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Processos legislativos especiais

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Emendas constitucionais
1. Iniciativa. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de um terço dos membros da Câmara dos Deputados, de um terço dos membros do Senado Federal, do Presidente da República ou de mais da metade das Assembleias Legislativas, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros (art. 60, I a III).
2. Quórum e promulgação. A proposta de emenda será discutida e votada em cada uma das Casas, em 2 turnos, devendo, para ser aprovada, ter em cada turno o voto de 3/5 dos respectivos membros. A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado (art. 60, §§ 2º e 3º).
3. Rejeição. A emenda rejeitada não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Trata-se de vedação absoluta (também se diferenciando nesse sentido de lei ordinária). 
Leis delegadas
1. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, devendo solicitar a delegação ao Congresso Nacional, que, por resolução, especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício (art. 68, caput e seu § 2º). Se a resolução determinar a apreciação futura do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda – o que se denomina delegação imprópria (art. 68, § 3º). O ato de delegação é sempre temporário, ou seja, se o Presidente não legislar no prazo determinado, extinguem-se automaticamente os efeitos da resolução. Leis delegadas possuem o mesmo nível hierárquico das leis ordinárias.
Medidas provisórias
1. É um ato normativo próprio do Presidente da República, em que a participação do Legislativo se dá num segundo momento. Com efeito, em caso de relevância e urgência, o Presidente poderá adotar medidas provisórias, com força de lei. Posteriormente as Casas do Congresso Nacional devem deliberar sobre o atendimento dos pressupostos constitucionais, da relevância e da urgência. 
2. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias (prorrogáveis por mais 60). Nessa situação o Congresso Nacional deverá disciplinar as relações jurídicas decorrentes da medida provisória, por meio de decreto legislativo. Se o decreto não for editado até 60 dias após perda de eficácia da medida provisória, as relações jurídicas decorrentes de atos praticados durante sua vigência continuarão regidas pela medida provisória. 
3. Trancamento de pauta. Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência – conhecido como trancamento de pauta (art. 62. §6°). 
4. Vedações. O art. 62, §1° trata de matérias que não podem ser objeto de medida provisória. 
5. Aprovação e rejeição. Após apreciação pelo plenário de cada uma das Casas, pode a medida provisória ser:
· Aprovada: transformando-se em lei ordinária e promulgada pelo presidente do Congresso Nacional.
· Rejeitada: a medida provisória deixa de existir desde sua publicação (ex tunc).
· Emendada: a medida provisória transforma-se em projeto de lei de conversão seguindo, a partir de então, o processo legislativo ordinário. 
6. Estados e Municípios. Com esteio no princípio da simetria, as Constituições Estaduais, bem como as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios podem prever a edição de medidas provisórias.
7. Por fim, acresça-se que é possível a revogação de uma medida provisória pendente de apreciação pelo Congresso Nacional por outra medida provisória. Nesta hipótese, a medida provisória ainda pendente de apreciação fica suspensa até o pronunciamento final pelo Congresso Nacional acerca da medida provisória revogadora, a qual, se convertida em lei, tornará definitiva a revogação efetuada; caso contrário, retomará a medida provisória primitiva os seus efeitos pelo período que ainda lhe resta para vigorar (ADI 1.665, Rel. Min. Moreira Alves).
Decretos legislativos
1. O decreto legislativo é o ato normativo primário (art. 59, VI) mediante o qual são executadas as competências exclusivas do Congresso Nacional (art. 49). Produz, via de regra, efeitos jurídicos externos ao Congresso Nacional. Dispensam a participação do Presidente da República, ou seja, não se fala em sanção ou veto presidencial, conforme consignado no caput do art. 48.
Resoluções
1. As resoluções são os atos normativos primários (art. 59, VII) que materializam as competências privativas da Câmara e do Senado (arts. 51 e 52). Produzem, via de regra, efeitos jurídicos interna corporis (dentro das Casas do Congresso Nacional). Também dispensam a participação do Presidente da República, não se falando em sanção ou veto presidencial, em obediência ao caput do art. 48.
Referências 
DUTRA, Luciano. Direito constitucional essencial. 3 ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017.

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