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O ALIENISTA- RESUMO POR CAPÍTULO

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O Alienista: Resumo Por Capítulo 
Paráfrase da obra “O Alienista” de Machado de Assis, por Bruno Alves 
 
Todos os direitos reservados. 
© 2012-2017 ResumoPorCapítulo.com.br 
 
contato@resumoporcapitulo.com.br 
 
 
http://resumoporcapitulo.com.br/
mailto:contato@resumoporcapitulo.com.br
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ÍNDICE 
PARA ENTENDER A OBRA 2 
1 – De como Itaguaí ganhou uma casa de orates 2 
2 – Torrente de loucos 2 
3 – Deus sabe o que faz! 3 
4 – Uma teoria nova 3 
5 – O terror 3 
6 – A rebelião 4 
7 – O inesperado 4 
8 – As angústias do boticário 4 
9 – Dois lindos casos 5 
10 – A restauração 5 
11 – O assombro de Itaguaí 5 
12 – O final do parágrafo 4º 6 
13 – Plus ultra! 6 
QUESTÕES DE VESTIBULARES 8 
 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 2 
 
PARA ENTENDER A OBRA 
Publicado em 1882, O Alienista é um conto coma estrutura narrativa de uma novela. Ele 
inaugura a fase realista de Machado de Assis, com profundas análises psicológicas das 
personagens e críticas sociais. O narrador onisciente consegue apresentar o ser humano 
que há além das aparências, expondo ironicamente a vaidade e o egoísmo do homem. 
Este resumo destina-se a contar o livro em uma linguagem mais acessível e concisa, 
sem deixar de lado os episódios que sustentam a obra como um todo e explicando 
alguns pontos que podem não ficar claros apenas com a leitura do texto original. Em 
alguns casos, para explanações mais completas sobre fatos históricos e expressões da 
época, há links que podem ser acessados diretamente no texto. 
Caso restem dúvidas quanto à obra ou ao próprio resumo, entre em contato pelo site 
ResumoPorCapítulo.com.br ou envie um e-mail para 
contato@resumoporcapitulo.com.br. Teremos prazer em ajudar! Boa leitura! 
1 – De como Itaguaí ganhou uma casa de orates 
Dr. Simão Bacamarte era um nobre médico formado na Europa, totalmente dedicado à 
ciência e profundamente interessado no povoado de Itaguaí. 
Casou-se com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, uma senhora muito feia – o que 
evitaria que ele se distraísse de seus estudos a contemplá-la. Por outro lado a mulher 
possuiria atributos fisiológicos perfeitos para dar-lhes filhos saudáveis, o que, no 
entanto, não ocorreu. 
O interesse maior de Simão se deu pela medicina psicológica, propondo a instalação de 
uma casa que reuniria todos os loucos da cidade para tratamento. Até então os doentes 
mentais mais graves eram enclausurados em seus quartos e os menos problemáticos 
viviam livres pelas ruas. 
Achando maluquice a ideia do doutor, Padre Lopes tentou convencer D. Evarista a levá-
lo ao Rio de Janeiro, onde se distrairia com outros pensamentos, mas a mulher não teve 
sucesso nesta empreitada. 
Após conseguir apoio e verba da Câmara de Vereadores local, Dr. Simão inaugurou a 
Casa Verde, primeiro hospício da região, com uma festa que durou uma semana. 
2 – Torrente de loucos 
Simão compartilhava suas expectativas com o boticário Crispim Soares: via em sua 
ação um toque divino de caridade que ampliava suas possibilidades de estudos 
científicos. Os loucos vinham de todos os cantos, com variadas manias. Em quatro 
meses a Casa Verde era uma “povoação”. 
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mailto:contato@resumoporcapitulo.com.br
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 3 
 
As excentricidades encontradas pelo doutor impressionavam até o Padre Lopes. Agora 
Simão se dedicaria a estudar a fundo cada transtorno, classificando-os e aplicando 
terapias. Este trabalho passou a consumir todos os seus dias. 
3 – Deus sabe o que faz! 
D. Evarista sentiu-se abandonada pelo marido e culpava “essa meia dúzia de loucos” 
por sua desgraça. Por compensação Simão sugeriu que ela fosse ao Rio de Janeiro. Tal 
possibilidade animou a mulher que, entretanto, não sabia de onde tiraria dinheiro para a 
viagem. Bacamarte revelou então a fortuna que havia acumulado com a renda da Casa 
Verde e D. Evarista passou a agradecer “essa meia dúzia de loucos”, afirmando que 
“Deus sabe o que faz”. 
Em três meses organizou-se a jornada na qual D. Evarista era acompanhada pela mulher 
e por um sobrinho do boticário, além de um padre, diversos pajens e mucamas. Crispim 
Soares entristeceu-se como distanciamento da esposa, enquanto Dr. Simão só pensava 
em seus loucos. 
4 – Uma teoria nova 
Após formular uma teoria que considera revolucionária, Dr. Simão convida Crispim 
Soares a conhecê-la: seus estudos com os doentes mentais o levaram a concluir que a 
loucura era muito mais abrangente do que parecia e que só poderiam ser considerados 
sãos aqueles que não têm absolutamente nenhum desvio de comportamento. 
O boticário achou extremista a proposta do doutor, mas não pode deixar de apoia-lo, 
como fazia em todas as circunstâncias, e sugeriu que sua descoberta fosse “caso de 
matraca”, ou seja, deveria ser divulgada publicamente – na época eram contratados 
homens com matracas que saíam pelas ruas chamando a atenção do povo e espalhando 
notícias. Dr. Simão, no entanto, achou melhor colocar a teoria logo em prática. 
5 – O terror 
Após quatro dias a população de Itaguaí se consternou com a internação de um homem 
aparentemente saudável na Casa Verde. Costa fora herdeiro de uma grande fortuna e 
emprestou todo o seu dinheiro entre os moradores do local sem cobrar juros, e 
terminando na miséria por não receber qualquer pagamento. Esse descuido com seus 
bens, para Dr. Simão, era prova de seu desequilíbrio mental. 
Uma pobre senhora, prima do Costa, interpelou o médico alegando que a gastança de 
seu primo era causada por uma praga rogada a seu tio, de quem ele recebera a herança: 
o tal ricaço negou um copo de água a um pedinte e este declarou que toda sua riqueza se 
esvairia em sete anos. Entendendo a crença da senhora como mais uma prova de 
insensatez, Simão também a encerrou no hospício. 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 4 
 
Este caso e outros semelhantes fizeram com que os ânimos da cidade se alterassem: 
dizia-se que a Casa Verde era um cárcere privado, suspeitava-se que Bacamarte decidia 
as internações por interesses próprios, que nada teriam a ver com patologias cerebrais. 
Assim que D. Evarista retornou do Rio, o Padre Lopes a procurou para indagar sobre a 
alta lotação da clínica de seu marido, mas a mulher acreditava piamente na ciência em 
que ele se apoiava. 
6 – A rebelião 
Com as recorrentes notícias de aprisionamentos arbitrários feitos por Bacamarte, o 
barbeiro Porfírio liderou uma revolta contra a Casa Verde: reuniu um grupo que 
solicitou à Câmara o fim da instituição, mas a maioria dos vereadores defendeu o 
médico. Somente um dos políticos, Sebastião Freitas, foi convencido pelo barbeiro 
quando este afirmou que o manicômio era a “Bastilha da razão humana”, e passou a 
fazer campanha utilizando-se dessa expressão, que considerou muito original. 
Atendendo ao clamor popular, Porfírio decidiu que a Casa Verde deveria ser derrubada 
por meios diretos e dirigiu a manifestação até o local. Lá Simão bacamarte teve a 
oportunidade de defender seu estabelecimento, garantindo que agia somente dentro dos 
parâmetros científicos, mas os revoltosos não se convenceram. 
Porfírio estava prestes a ordenar o ataque final à Casa Verde quando chegaram os 
dragões (soldados do governo) para detê-los. 
7 – O inesperado 
Alguns dos manifestantes se intimidaram com a ação da força pública contra o 
movimento, mas boa parcela permaneceu disposta ao confronto. Porfírio incitou a 
população e os dragões fizeram uso das armas, gerando grande rebuliço. 
A revolta parecia encerrada quando, surpreendentemente, um terço dos soldados passou 
a defender os manifestantes. Em instantes os demais dragões, recusando-se a atacar seus 
iguais, também se uniram ao povo. Aproveitando a reviravolta o barbeiro conclamou a 
invasão à Câmara e tomou o poder. 
Amplamente apoiado, Porfírio nomeou-se “O Protetor da vilaem nome de Sua 
Majestade e do povo” e declarou aquela data como um novo feriado. 
8 – As angústias do boticário 
Ao saber que o barbeiro Porfírio dirigia-se à casa de Simão, o boticário Crispim temeu 
pela própria segurança: ele poderia ser o próximo preso, por sua ligação amistosa com o 
doutor. Decidiu ir ao “Palácio do Governo” – como passou a se chamar a Câmara – para 
declarar seu apoio à nova administração. 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 5 
 
9 – Dois lindos casos 
Dr. Simão estava pronto para se entregar quando foi surpreendido por uma diferente 
postura de Porfírio: o novo governante pediu que o doutor apenas libertasse alguns dos 
loucos para atender ao apelo popular, pois também era necessário manter alguma ordem 
pública na cidade – já bastavam os onze mortos e vinte e cinco feridos durante a revolta. 
Analisando aquelas informações, Bacamarte encantava-se com “dois lindos casos” de 
insanidade: o do próprio barbeiro, que alterava suas convicções abruptamente, e o da 
população revoltosa, que levou à morte cidadãos inocentes. 
Porfírio saiu da Casa Verde garantindo ao povo que em breve tudo se resolveria, mas 
dentro da devida ordem. 
10 – A restauração 
Em cinco dias a Casa Verde tinha cinquenta novos internos, todos apoiadores do novo 
governo. O povo já considerava Porfírio um traidor e João Pina, um barbeiro rival, foi 
empossado como novo governante. 
Sabendo do que se passava na vila, o vice-rei mandou uma força com a função de 
restaurar a ordem tradicional. A Câmara voltou a funcionar e Dr. Simão teve mais 
poderes do que nunca: internou no manicômio o barbeiro Porfírio, o vereador Sebatião 
Freitas e até mesmo o boticário Crispim, após descobrir sua inconstância durante a 
revolta. 
A coleta de loucos pelas ruas não parava: qualquer caso de mentira, fofoca ou vício era 
argumento para a internação na Casa Verde. O ápice desse momento ocorreu com a 
prisão da própria esposa do Doutor, que segundo ele teve sua modéstia afetada desde 
que retornara do Rio de Janeiro: comprara inúmeros vestidos e tecidos caros e passara a 
se interessar demasiadamente com a própria aparência. 
11 – O assombro de Itaguaí 
Para o espanto geral, o alienista Dr. Simão Bacamarte redigiu um ofício à Câmara 
afirmando que soltaria todos os loucos do hospício. 
Ele alegava que sua teoria inicial, que determinava como loucura qualquer tipo de 
desequilíbrio mental, fez com que quatro quintos dos cidadãos fossem internados. 
Assim, baseado nos estudos feitos durante esse processo, o médico concluiu que a 
loucura real estaria naqueles que possuem uma estabilidade psicológica absoluta e que 
estes sim deveriam ficar na Casa Verde. 
A liberdade dos loucos foi comemorada intensamente por toda a cidade, que não teve 
tempo de atentar-se à nova definição de insanidade proposta por Simão. 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 6 
 
12 – O final do parágrafo 4º 
No parágrafo 4º do ofício de Simão estava o novo conceito de loucura que seria tratada 
na Casa Verde: o equilíbrio perfeito das faculdades. A Câmara decidiu legislar sobre o 
assunto para evitar novos extremismos, determinando o prazo de um ano para a 
avaliação do sistema. 
Os vereadores aprovaram uma regra que impedia que eles próprios fossem internados, 
sendo Galvão o único legislador contrário a esta medida. Por considerar os argumentos 
deste vereador muito equilibrados, ele foi o primeiro a ser internado. 
Padre Lopes e a esposa do boticário também se enquadraram no novo perfil de loucura, 
sendo levados à Casa Verde. Ao saber do confinamento da mulher, Crispim declarou 
que agiria com violência contra o antigo amigo. Um senhor procurou Dr. Simão para 
avisar-lhe do perigo que corria e o médico, avaliando a extrema sensatez deste senhor, 
também o internou. 
Em cinco meses havia dezoito pessoas alojadas na Casa Verde, o que confirmava a 
validade da nova teoria de Bacamarte. As internações só eram efetuadas após um 
detalhado estudo dos comportamentos suspeitos: na dúvida, o doutor elaborava testes 
em que as pessoas eram incentivadas a agir de maneira pouco razoável, para se livrarem 
da internação. 
Os novos loucos eram classificados entre modestos, tolerantes, verídicos, símplices, 
leais, sagazes, sinceros... Os familiares destes se rebelaram contra o novo sistema: 
pediram mudanças à Câmara e buscaram a liderança de Porfírio. O barbeiro, entretanto, 
recusou envolver-se em novos conflitos. Esta atitude equilibrada lhe rendeu mais uma 
internação no hospício. 
13 – Plus ultra! 
Com o apoio da Câmara para continuar os tratamentos por mais seis meses, Simão 
Bacamarte empenhou-se em terapias que levassem seus internados a desequilíbrios 
psíquicos: aos modestos ele dava motivos de orgulho próprio, aos moderados ele 
propiciava situações em que se consternassem, e assim por diante... 
A Casa Verde já estava vazia novamente quando Dr. Simão sentia aproximar-se da 
maior verdade, do “Plus ultra!” em relação à loucura: fechou-se em seu escritório e deu 
vazão a seus pensamentos mais profundos. 
O estudioso concluiu que a cura propiciada por seus tratamentos apenas despertou um 
desequilíbrio latente, que já existia na mente de seus pacientes: portanto não havia 
nenhum louco em Itaguaí. No entanto essa afirmação absoluta pareceu-lhe um engano: 
deveria existir algum cérebro completamente consertado naquela cidade e só poderia 
ser... o dele mesmo! 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 7 
 
Convicto de seu grande achado científico, o alienista declarou-se alienado e internou-se 
solitário na Casa Verde. Após dezessete meses morreu aquele que fora intitulado o 
único louco de Itaguaí. 
FIM 
 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 8 
 
QUESTÕES DE VESTIBULARES 
1. UFPI2002 - Numere os parênteses de 1 a 5, sequenciando cronologicamente as ações 
do conto. 
( ) Inquietação popular e revolta dos canjicas. 
( ) Casamento com Evarista e desejo de filhos. 
( ) Retorno ao Brasil e decisão pela psiquiatria. 
( ) Consulta a amigos e decisão de autoconfinamento. 
( ) Inauguração da Casa Verde e primeiros confinamentos. 
A sequência correta é: 
(A) 4, 2, 1, 5, 3. 
(B) 4, 5, 3, 1, 2 
(C) 4, 5, 2, 1, 3. 
(D) 5, 2, 1, 3, 4. 
(E) 5, 4, 1, 2, 3. 
 
2. UFPI2002 - No conto O Alienista, o narrador: 
(A) recria um episódio histórico de Itaguaí com base em relatos. 
(B) faz crer que a ética profissional impede a prática de fraudes. 
(C) supõe que as teorias estejam de acordo com os fatos reais. 
(D) defende as construções retóricas e a eloquência em voga. 
(E) sustenta a opinião de que a ciência é eterna e estática. 
 
3. UFPI2002 - Simão Bacamarte classifica de forma radical os pacientes segundo as 
categorias: 
(A) alegria / tristeza 
(B) prazer / sofrimento 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 9 
 
(C) verdade / mentira 
(D) bondade / maldade 
(E) sanidade / loucura 
 
4. UFPI2002 - Leia o texto abaixo. 
A notícia dessa aleivosia do ilustre Bacamarte lançou o terror à alma da população. 
Ninguém queria acabar de crer que, sem motivo, sem inimizade, o alienista trancasse na 
Casa Verde uma senhora perfeitamente ajuizada, que não tinha outro crime senão o de 
interceder por um infeliz. 
Assis, Machado de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. V. 2. P. 263 
Fundamentando-se no texto acima, escreva V, para verdadeiro, e F para falso. 
( ) Louco é quem for declarado louco por uma autoridade médica. 
( ) A sabedoria e a ciência são remédios contra a insanidade mental. 
( ) O alienado é um indivíduo que perdeu a consciência de si e da realidade. 
(A) F - V - F. 
(B) V - F - F. 
(C) V - V - F 
(D) F - F - V 
(E) V - F – V 
 
Leia o texto abaixo para responder às questões 5 a 11. 
“As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo 
médico, o Dr.Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do 
Brasil, de Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro 
anos regressou ao Brasil, não podendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, 
regendo a universidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia. 
- A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu 
universo. 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 10 
 
Dito isto, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, 
alternando as curas com as leituras, e demonstrando os teoremas com cataplasmas. Aos 
quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco 
anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele, caçador 
de pacas perante o Eterno, e não menos franco, admirou-se de semelhante escolha e 
disse-lho. Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e 
anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom 
pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e 
inteligentes. Se além dessas prendas, - únicas dignas da preocupação de um sábio, - D. 
Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, 
porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação 
exclusiva, miúda e vulgar da consorte. 
D. Evarista mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, não lhe deu filhos robustos nem 
mofinos. A índole natural da ciência é a longanimidade; o nosso médico esperou três 
anos, depois quatro, depois cinco. Ao cabo desse tempo fez um estudo profundo da 
matéria, releu todos os escritores árabes e outros, que trouxera para Itaguaí, enviou 
consultas às universidades italianas e alemãs, e acabou por aconselhar à mulher um 
regímen alimentício especial. A ilustre dama, nutrida exclusivamente com a bela carne 
de porco de Itaguaí, não atendeu às admoestações do esposo; e à sua resistência, - 
explicável mas inqualificável, - devemos a total extinção da dinastia dos Bacamartes. 
Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as mágoas; o nosso médico mergulhou 
inteiramente no estudo e na prática da medicina. Foi então que um dos recantos desta 
lhe chamou especialmente a atenção, - o recanto psíquico, o exame da patologia 
cerebral. Não havia na colônia, e ainda no reino, uma só autoridade em semelhante 
matéria, mal explorada, ou quase inexplorada. Simão Bacamarte compreendeu que a 
ciência lusitana, e particularmente a brasileira, podia cobrir-se de "louros 
imarcescíveis", - expressão usada por ele mesmo, mas em um arroubo de intimidade 
doméstica; exteriormente era modesto, segundo convém aos sabedores.” 
Machado de Assis. O alienista. São Paulo: Ática, 1982, pp. 9-10. 
5. PUC-RIO-2000 - O alienista, publicado entre outubro de 1881 e março de 1882, é 
considerado um dos mais importantes contos de Machado de Assis. A partir da 
trajetória de Simão Bacamarte, protagonista da estória, Machado constrói um painel da 
sociedade brasileira de seu tempo, com seus valores, problemas e impasses. Tomando 
por base o fragmento selecionado, assinale a opção que melhor exprime a intenção do 
autor. 
(A) Valorização da ciência como caminho preferencial para a superação do atraso 
intelectual do país. 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 11 
 
(B) Ironia em relação aos critérios utilizados por Simão Bacamarte na escolha de 
D. Evarista como sua esposa e genitora de seus filhos. 
(C) Apoio aos postulados do pensamento positivista e da ideologia do progresso 
defendidos por Simão Bacamarte. 
(D) Crítica aos hábitos culturais da vila de Itaguaí, em especial à alimentação, fator que 
contribuía para a dificuldade de D. Evarista em engravidar. 
(E) Exaltação do papel do médico como referência de desenvolvimento de uma 
sociedade. 
 
6. PUC-RIO-2000 - Em relação ao foco narrativo, podemos afirmar que: 
(A) a narrativa é constantemente interrompida pelos comentários de Simão, o que faz 
dele o narrador da estória. 
(B) alternam-se no trecho narradores de primeira e terceira pessoas, prática comum na 
ficção realista. 
(C) o narrador é de primeira pessoa, onisciente. 
(D) o narrador constrói a sua narrativa a partir da leitura dos cronistas de Itaguaí, 
problematizando a noção de origem e a veracidade dos fatos narrados. 
(E) os cronistas da vila de Itaguaí são os verdadeiros narradores da estória, como pode 
ser percebido no início do texto. 
 
7. PUC-RIO-2000 - O texto nos permite afirmar que: 
(A) Evarista recusava-se sistematicamente a submeter-se aos tratamentos de fertilidade 
propostos pelo marido. 
(B) Evarista não se empenhava no projeto de ter filhos, pois temia que o marido 
passasse a dedicar somente ao filho o pouco tempo livre de que dispunha. 
(C) Evarista negou-se a fazer uma dieta alimentícia especial, à base de carne de porco. 
(D) a devoção ao trabalho ajudou Bacamarte a esquecer um projeto frustrado em 
sua vida. 
(E) o tio de Simão Bacamarte admirou-se de o sobrinho ter escolhido como esposa a 
viúva de um juiz de fora. 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 12 
 
 
8. PUC-RIO-2000 - O texto nos permite afirmar de Simão Bacamarte que: 
(A) mudou-se para Itaguaí por tratar-se de um lugar no Brasil onde ainda não havia 
nenhuma autoridade na área da patologia cerebral. 
(B) declinou das ofertas do rei de Portugal, porque não correspondiam a suas 
expectativas de remuneração. 
(C) casou-se com Evarista aos quarenta anos, embora a achasse miúda e vulgar, pois via 
a sua falta de atrativos como um aspecto positivo. 
(D) passou a dedicar-se especificamente ao estudo das doenças mentais somente 
alguns anos depois de seu regresso a Itaguaí. 
(E) era dado a arroubos e explosões de temperamento no cenário doméstico, embora se 
mostrasse diferente em sua vida pública. 
 
9. UFPI2002 - Escreva V ou F, conforme as declarações sobre o texto sejam verdadeiras 
ou falsas. 
( ) A prática científica implica esforço intelectual o troca de informações. 
( ) A dedicação aos estudos e à pesquisa garante a ascensão social dos pobres. 
( ) As crônicas de Itaguaí combinam registros históricos com os exageros da memória 
coletiva. 
A sequência correta é: 
(A) F - V - F. 
(B) F - V - V. 
(C) F - F - V. 
(D) V - F - V. 
(E) V - V - F. 
 
10. UFPI2002 - Considerando o texto, assinale a alternativa correta sobre as afirmações 
abaixo. 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 13 
 
I. A ausência da beleza é motivo de lástima. 
II. A contemplação da beleza é associada à vulgaridade. 
III. A contemplação da beleza se opõe aos interesses da ciência. 
(A) apenas I é verdadeira. 
(B) Apenas II é verdadeira. 
(C) Apenas III é verdadeira. 
(D) Apenas I e III são verdadeiras. 
(E) Apenas II e III são verdadeiras. 
 
11. UFPI2002 - De acordo com o texto, numere a 2ª coluna de forma a completar 
corretamente a informação da 1ª. 
1 Simão Bacamarte não permaneceu na Europa. 
2 Simão Bacamarte anunciou aos serviços burocráticos. 
3 Simão Bacamarte decidiu desposar D. Evarista. 
4 Simão Bacamarte desejou ter filhos. 
( ) Isso o impediria de dedicar-se totalmente aos estudos. 
( ) Essa escolha chocou um de seus tios. 
( ) Lá, ele não desenvolveria seus conhecimentos científicos. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
(A) 2 - 3 - 1 
(B) 2 - 4 - 3 
(C) 3 - 1 - 2 
(D) 4 - 2 - 1 
(E) 1 - 4 - 2 
 
O ALIENISTA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 14 
 
12. UFRS2007- Assinale a alternativa correta em relação a "O Alienista", de Machado 
de Assis. 
(A) O foco do texto é a denúncia da ignorância do povo em relação ao desenvolvimento 
da ciência brasileira, sobretudo no que se refere aos avanços das pesquisas sobre a 
mente. 
(B) A narrativa, cuja ação se passano Rio de Janeiro, centra-se na crítica aos valores da 
classe média urbana, preocupada apenas com o consumo. 
(C) Com rigor científico e distanciado das injunções do poder, Simão Bacamarte aplica 
conhecimentos para curar os seus pacientes e obtém resultados eficazes. 
(D) O barbeiro Porfírio comanda uma rebelião contra o despotismo e, ao assumir o 
poder, mantém-se coerente com as propostas que o levaram ao governo da cidade. 
(E) Ao narrar experiências científicas do alienista, o conto enfoca também o 
arbítrio e a corrupção dos poderosos, bem como a impotência da população diante 
dos acontecimentos.

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