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USO DE AINEs NA MEDICINA VETERINÁRIA Utilização de Antinflamatórios em cães ESFA – ESCOLA SUPERIOR SÃO FRANCISCO DE ASSIS Grupo: BRUNO PALAORO, EDUARDO ZETUM, JUAN COUTINHO BASTOS, JULIO CESAR KNAAK, MARIANA RUDIO, E RAMON BORGES. ANTI-INFLAMATÓRIOS Os anti-inflamatórios são muito usados na medicina veterinária, esse tipo de medicamento é utilizado para impedir ou amenizar uma reação de inflamação. AINEs ANTI-INFLAMATÓRIOS MECANISMO DE AÇÃO AINEs Os AINEs têm três efeitos principais sendo o de analgésico, antipiréticos e anti-inflamatórios. PGD2, PGE2, PGF2α, prostaciclinas (PGI2) e também dos tromboxanos (TX). UTILIZAÇÃO DE AINEs EM CAES Os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) são drogas frequentemente utilizadas com o intuito de minimizar as respostas inflamatórias indesejáveis, bloqueando a enzima cicloxigenase, interrompendo a formação de tromboxanos, prostaciclina e prostaglandina, o que leva ao bloqueio dos efeitos inflamatórios. Medicamentos mais utilizados são: • Carprofeno • Cetoprofeno • Prednisolona • Meloxicam Princípio Ativo: CETOPROFENO AINE inibidor não seletivo de COX-2. É do grupo de ácidos propiônicos, sendo um anti- inflamatório, antipirético e analgésico. Nomes comerciais: Princípio Ativo: CETOPROFENO Dose: A dosagem ideal, pode ser correspondente ao peso e à condição clínica em que o animal se encontra. Como ao exemplo a baixo. Exemplo: Ketojet 20 mg - Anti-inflamatório para Cães e Gatos à base de Cetoprofeno – Agener. Administrar: via oral, 1mg/kg de peso corpóreo/dia, ou seja, 1 comprimido para cada 20 kg de peso, a cada 24 horas. A duração do tratamento deverá ser de 3 a 5 dias. Princípio Ativo: CETOPROFENO Intervalo: 24/24h. Vias de administração em cães: Oral e SC. Período de administração em cães: De 3 a 5 dias. De preferência com o animal alimentado, para evitar problemas gastrointestinais. Indicações principais: Síndromes, como as degenerativas, inflamatórias e dolorosas. Como: artroses, artrites, luxações, fraturas, displasias, hérnias de disco, além de pós-operatórios e edemas. Princípio Ativo: CETOPROFENO Efeitos indesejáveis: Não utilizar em animais com problemas de coagulação, além de hepatopatas e nefropatas. Como: vômitos, anorexia, ulceras, insuficiência renal, gastrite e problemas hepáticos. Observações: Não é recomendado associar a outro AINE, anticoagulante ou diurético. E não existe estudos que comprovem o uso deste fármaco em gestantes. Princípio Ativo: MELOXICAM Anti-inflamatório Não Esteroidal (AINE) parcialmente seletivo para COX 2. Considerado inibidor principalmente de Cox-2, o meloxicam é um potente inibidor de prostaglandinas e tromboxanos, portanto apresenta boa ação antipirética e analgésica. Nomes comerciais: Princípio Ativo: MELOXICAM Nomes comerciais: Princípio Ativo: MELOXICAM Dose: 0,1 – 0,2 mg/kg cães Intervalo: 24/24 hrs Vias de administração em cães: Via oral(VO), intravenosa(IV) e subcutânea(SC). Período de administração em cães: Máximo 14 dias Indicações principais: Osteossarcoma em cães, além de patologias dolorosas ou degenerativas, agudas ou crônicas, do aparelho osteomioarticular, tais como: osteítes, artrites, artrites reumatoides, osteoartrites, espondiloses, espondiloartroses anquilosantes, displasias coxofemorais, calcificação de discos intervertebrais, reparação de fraturas, pós-operatório de artroplastias e traumatismos. Princípio Ativo: MELOXICAM Efeitos indesejáveis: • Vômito, inapetência, gastrite, ulcerações gastrointestinais, hemorragias, nefro toxidade, além de reações cutâneas ou oculares. • Em animais que apresentam comprometimento prévio, ou em tratamentos prolongados podem agravar quadros de doenças renais e hepáticas. • Em doses altas o meloxicam pode causar úlcera duodenal, peritonite, hepatotoxicidade e até morte. Princípio Ativo: MELOXICAM Observações: - Não é indicado para uso durante gestação ou lactação. - Quando utilizado de maneira prolongada monitorar função renal e hepática. - Não administrar em animais com distúrbios cardíacos, hepáticos ou renais severos e também com hipersensibilidade ao meloxicam. - Não administrar em animais com possível ulceração gastrintestinal ou que apresentarem evidência de desordem hemorrágica ou hipersensibilidade ao produto. - Não utilizar o produto em intoxicações por drogas anticoagulantes (Ex: Cumarina). Princípio Ativo: CARPROFENO • Inibe a cox-2 de maneira 100 vezes mais eficiente que a cox-1, evidenciando um inibidor seletivo, confeccionando assim maior segurança de aplicação. Nomes comerciais: Princípio Ativo: CARPROFENO Dose: BID 2,2 mg / kg e SID 4,4 mg / kg. Intervalo: 12/12h ou 24/24h. Vias de administração em cães: Oral, IV e SC. Período de administração: Durante 2 ou 3 dias Indicações principais: Tratamento da dor aguda (pré) e crônica. Estudos demonstram o carprofeno como um dos mais eficientes aliviantes de dor em cães acometidos pela osteoartrite e dor oncológica. Princípio Ativo: CARPROFENO Efeitos indesejáveis: • Vômitos, diarreia e inapetência. • Entretanto, estudos comprovam que apesar dos AINE’s inibidores da COX-2 possam realmente produzir mais adversidades, estes são aqueles que menos causam lesões no trato gastrointestinal, já que poupam a COX-1, elevando a resistência gastrointestinal. Princípio Ativo: CARPROFENO Observações: - Seguro para filhotes: indicado para cães a partir de 6 semanas de vida. - Anti-inflamatório não esteroidal (AINE) seletivo de COX-2 com efeito analgésico, anti-inflamatório, antipirético, com maior segurança gastrointestinal. - Estudos demonstram que o carprofeno confere menos efeitos adversos quando comparado aos anti-inflamatórios altamente seletivos de COX-2 (COXIBES). - Eficaz para o tratamento da dor aguda e crônica: clinicamente eficaz para o alívio da dor aguda (por exemplo pós-operatório e traumas) e dor crônica (osteoartrite e dor oncológica). - Uso prolongado: estudos publicados demonstraram menor incidência de efeitos adversos em cães tratados por período prolongado. - Efeito condroprotetor: inibe a degeneração e estimula o reparo articular. Princípio Ativo: PREDNISOLONA (AIE) Dose: Uso em alergias : 0,5 - 1 mg / kg Uso em Imunussupressão: 2 mg / kg Uso Contínunuo em manhãs alternadas: 0,5 - 2 mg / kg Intervalo: 12/12 horas Vias de administração em cães: IM, Oral. Período de administração em cães: De acordo com protocolo médico. Princípio Ativo: PREDNISOLONA (AIE) Nomes comerciais: Princípio Ativo: PREDNISOLONA (AIE) Indicações principais: Glicocorticóide anti-inflamatório e imunossupressor. A prednisolona pode ser indicada no tratamento de doenças inflamatórias imunomediadas, como miosites, poliartrites, meningites e lúpus eritematoso, e ainda no tratamento de otite externa, edema espinhal vasogênico, lúpus, doença obstrutiva pulmonar crônica (ROCHA e JOAQUIM, 2012) e outros casos a critério do médico veterinário. No cão, é indicada a associação de trimeprazina e prednisolona para alívio do prurido (GROSS, 2013). Observações: O uso de glicocorticoides de modo sistêmico é contraindicado em casos de infecções sistêmicas por fungos e trombocitopenia idiopática. Usar com maior atenção em animais que possuem função renal diminuída. Quando se instituir a terapêutica por longo período, é recomendável não interromper o tratamento abruptamente e sim usar-se um esquema regressivo de dosagens (FERGUSON e HOENIG, 2013). Não recomendado para animais portadores de diabetes mellitus e processos cicatriciais, sobretudo aqueles envolvendo córnea e ossos, animais em crescimento e gestantes. Princípio Ativo: PREDNISOLONA (AIE) Efeitos indesejáveis: A retirada abrupta do tratamento com glicocorticoides pode ocasionar efeitos como febre, mialgia e artralgia, podendo ser confundidos com a exacerbação dos sintomas prévios da doença tratada (MACEDO e OLIVEIRA, 2010). Os glicocorticoidescausam diversos efeitos adversos, que podem porém, ser controlados com o ajuste adequado da dose durante o tratamento. Dentre eles estão: Distúrbios eletrolíticos como retenção de sódio e edema (poliúria), excreção aumentada de potássio (polidipsia), excreção aumentada de cálcio (polifagia), náuseas, vômitos, úlcera péptica, esofagite, pancreatite, hipercortisolismo, insuficiência suprarrenal secundária, diabete melito, hipertensão arterial, tromboembolismo, glaucoma, fraqueza muscular, fraturas ósseas, necrose asséptica da cabeça do fêmur, neutrofilia, eosinopenia, linfopenia, monocitopenia e púrpuras (ROCHA e JOAQUIM, 2012). Como os glicocorticoides dificultam a deposição de fibrina e a proliferação de fibroblastos acabam por retardar o processo de cicatrização (MACEDO e OLIVEIRA, 2010). Referencias OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
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