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Teste do campo conservativo Joana Mohr IME-UFRGS Joana Mohr (IME-UFRGS) 1 / 11 Vimos no TFIL que se F é conservativo, isto é, existe φ : D → R tal que F(x, y) = ∇φ(x, y), (x, y) ∈ D e se C for uma curva paramétrica lisa por partes qualquer, começando em (x0, y0), terminando em (x1, y1), vale∫ C F(x, y) · dr = φ(x1, y1)− φ(x0, y0). Perguntas: Como checar se F é conservativo e como encontrar tal φ em caso afirmativo? Joana Mohr (IME-UFRGS) 2 / 11 Uma região do plano D é dita conexa se quaisquer dois pontos desse conjunto podem ser unidos por uma curva lisa por partes que está inteiramente contida em D. Dizemos que uma curva paramétrica é simples se ela não intersecta a si mesma entre os seus pontos extremos. Joana Mohr (IME-UFRGS) 3 / 11 Seja D um conjunto conexo do plano. Dizemos que D é simplesmente conexo se nenhuma curva fechada simples em D envolver pontos que não pertençam a D. Informalmente, um conjunto conexo D é simplesmente conexo se este não tiver buracos. Um conjunto conexo com um ou mais buracos é dito multiplamente conexo. Joana Mohr (IME-UFRGS) 4 / 11 Teorema (Teste do campo conservativo). Se f(x, y) e g(x, y) forem cont́ınuas e tiverem derivadas parciais de primeira ordem cont́ınuas em alguma região aberta D e se o campo vetorial F(x, y) = f(x, y)i + g(x, y)j for conservativo em D então ∂f ∂y = ∂g ∂x (∗) em cada ponto de D. Reciprocamente, se D for simplesmente conexo e (∗) valer em cada ponto de D, então F(x, y) = f(x, y)i + g(x, y)j é conservativo. Joana Mohr (IME-UFRGS) 5 / 11 Exemplo: Confirme que não é conservativo o campo F(x, y) = f(x, y)i + g(x, y)j = −yi + xj . ∂f ∂y = −1 6= ∂g ∂x = 1. Joana Mohr (IME-UFRGS) 6 / 11 Exemplo: Seja F(x, y) = f(x, y)i + g(x, y)j = y2 i + 2xy j. a) Mostre que F é um campo conservativo em todo o plano xy. b) Determine φ, o potencial associado a F. c) Usando o TFIL calcule a integral,∫ (1,3) (−1,2) y2 dx+ 2xy dy a) Como ∂f ∂y (x, y) = 2y = ∂g ∂x (x, y), portanto (∗) vale para todo (x, y), logo é conservativo. Joana Mohr (IME-UFRGS) 7 / 11 b) Existe φ tal que ∇φ(x, y) = F(x, y) = y2 i + 2xy j, ou seja, ∂φ ∂x = y2, ∂φ ∂y = 2xy Queremos: encontrar φ. Escolha uma das equações e integre-a: ∂φ ∂x = y2 =⇒ φ(x, y) = ∫ y2 dx = xy2 + k(y) onde k = k(y) é uma função que depende de y, ou seja, φ(x, y) = xy2 + k(y). Joana Mohr (IME-UFRGS) 8 / 11 ∂φ ∂x = y2, ∂φ ∂y = 2xy φ(x, y) = xy2 + k(y) (∗∗) Agora, vamos comparar a informação obtida em (∗∗) com a segunda equação. Para isto, derivamos (∗∗) com respeito a y: φ(x, y) = xy2 + k(y) =⇒ ∂φ ∂y = 2xy + k′(y) Igualando esta equação e a segunda, obtemos 2xy + k′(y) = 2xy =⇒ k′(y) = 0 =⇒ k(y) = K onde K ∈ R é um constante. Joana Mohr (IME-UFRGS) 9 / 11 Conclusão: φ(x, y) = xy2 +K c) ∫ (1,3) (−1,2) y2 dx+ 2xy dy = xy2 ∣∣∣(1,3) (−1,2) = 13. Joana Mohr (IME-UFRGS) 10 / 11 Exemplo: Verifique que F(x, y) = f(x, y)i + g(x, y)j = x2 i + y 3 j é um campo conservativo e encontre o potencial φ associado a F. Temos que ∂f ∂y = 0 = ∂g ∂x . Procuramos φ que satisfaz ∂φ ∂x = x 2 , ∂φ ∂y = y 3 , (∗ ∗ ∗) ∂φ ∂x = x 2 =⇒ φ(x, y) = ∫ x 2 dx = x2 4 + k(y) Assim φ(x, y) = x 2 4 + k(y) =⇒ ∂φ ∂y = k ′(y). Igualando à segunda equação de (∗ ∗ ∗) temos que k′(y) = y3 , portanto k(y) = y 2 6 +K =⇒ φ(x, y) = x2 4 + y2 6 +K. Joana Mohr (IME-UFRGS) 11 / 11
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