Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Lic enç a d e u so exc lus iva par a P etro brá s S .A. Lic enç a d e u so exc lus iva par a P etro brá s S .A. 1 Objetivo 1.1 Esta Norma prescreve o método para a determinação complexométrica de dureza em águas, pelo sal dissódico do ácido etilenodiamino tetracético (EDTA). 1.2 Aplica-se a águas naturais, águas tratadas e águas de caldeira. Não é adequado para águas fortemente colo- ridas. 2 Aparelhagem Deve-se empregar a aparelhagem convencional de quí- mica analítica. 3 Execução do ensaio 3.1 Resumo O sal dissódico do ácido etileno diamino tetracético forma complexos solúveis com certos cátions, como, por exemplo, o Ca+2 e o Mg+2. Se uma pequena quantidade de negro-de-eriocromo T for adicionada à solução devida- mente tamponada, ele adquirirá cor vermelho-vinho. A adição de EDTA em quantidade suficiente para a total complexação dos mesmos íons ocasiona mudança da cor vermelho-vinho para azul, no ponto estequiométrico da equivalência. 3.2 Interferências 3.2.1 Cátions Alguns cátions interferem, causando esmaecimento da cor ou pontos da viragem indistintos. A adição de inibi- dores pode contornar os efeitos dessa interferência. Copyright © 1984, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Telex: (021) 34333 ABNT - BR Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Palavras-chave: Água. Dureza NBR 5761 DEZ 1984 Determinação da dureza em água (Método complexométrico) 3 páginas 3.2.2 Matéria orgânica coloidal ou em suspensão A matéria orgânica presente em quantidade capaz de mascarar o ponto de viragem deve ser eliminada por calci- nação. 3.2.3 Temperatura Proceder às titulações à temperatura ambiente. Em temperatura elevada, o corante se decompõe, enquanto que, em temperatura baixa, varia lentamente de cor. 3.3 Reagentes 3.3.1 Sal dissódico do ácido etilenodiamino tetracético diidratado(C10 H14 O8 N2 Na2 2H2O). 3.3.2 Sulfato de magnésio heptaidratado (Mg SO4 7 H2O). 3.3.3 Cloreto de amônio (NH4Cl). 3.3.4 Hidróxido de amônio concentrado (NH4OH, d = 0,91). 3.3.5 Negro-de-eriocromo T. 3.3.6 Cloreto de sódio (NaCl). 3.3.7 Carbonato de cálcio anidro (CaCO3). 3.3.8 Ácido clorídrico solução (1:1) (HCl). 3.3.9 Cianeto de sódio (NaCN). Origem: MB-1067/1975 CB-10 - Comitê Brasileiro de Química, Petroquímica e Farmácia CE-10:201.01- Comissão de Estudo de Laboratório NBR 5761 - Determination of hardness in water (complexometric method) - Method of test Descriptors: Water. Hardness Reimpressão da MB-1067/1975 Método de ensaio Licença de uso exclusiva para Petrobrás S.A. Licença de uso exclusiva para Petrobrás S.A. NBR 5761/19842 3.3.10 Cianeto de potássio (KCN). 3.3.11 Sulfeto de sódio monoidratado (Na2S H2O) ou sulfeto de sódio pentaidratado (Na2S.5H2O). 3.3.12 Cloridrato de hidroxilamina. 3.3.13 Álcool etílico ou isopropílico (C2H5OH). 3.3.14 Hidróxido de sódio (NaOH). 3.3.15 Vermelho-de-metila. Nota: Todos os reagentes mencionados devem ser do grau p.a. Qualquer referência à água deve-se entender como água destilada ou desmineralizada. 3.4 Preparação das soluções 3.4.1 Solução tampão Dissolver, em 50 mL de água destilada, 1,179 g do sal dissódico do ácido etileno diamino tetracético diidratado e 0,780 g de sulfato de magnésio heptaidratado. A esta solução adicionar 16,9 g de cloreto de amônio e 143 mL de hidróxido de amônio concentrado. Diluir a 250 mL, com água. Manter em frasco de polietileno perfeitamente fechado, para evitar desprendimento de amoníaco ou absorção de gás carbônico. Nota: A solução tampão deve manter a amostra com o pH 10,0 ± 0,1 até o fim da determinação. Deve-se verificar periodicamente essa condição, com o emprego de um potenciômetro, e substituir a solução, se for o caso. 3.4.2 Indicador Misturar 0,5 g de negro-de-eriocromo T com 100 g de cloreto de sódio e triturar em gral de porcelana, até resultar um pó fino e homogêneo. Guardar em frasco escuro, ao abrigo da umidade. 3.4.3 Solução padrão 0,01M de EDTA 3.4.3.1 Preparação Pesar 3,723 g de EDTA e dissolver em um pouco de água, aquecendo se necessário. Completar a 1 L, pa- dronizar esta solução com solução padrão de cálcio (ver 3.4.4) e guardar em frasco de polietileno. 3.4.3.2 Padronização Proceder como descrito em 3.5, substituindo a amostra por uma alíquota da solução padrão de cálcio. Calcular o fator da solução pela fórmula: f = V v Onde: f = mg de CaCO3 correspondentes a 1 mL da solução de EDTA v = volume em mL da solução de EDTA gastos na dosagem V = volume em mL da solução padrão de cálcio 3.4.4 Solução padrão de cálcio (1 mg CaCO3/mL) Pesar 1000 g de carbonato de cálcio anidro e transferir, quantitativamente, para um erlenmeyer de 500 mL, por meio de um funil. Adicionar, pouco a pouco, solução 1:1 de ácido clorídrico, até dissolver todo o carbonato. Adi- cionar 200 mL de água destilada e aquecer à fervura por alguns minutos, para expelir o gás carbônico. Deixar esfriar à temperatura ambiente. Juntar algumas gotas da solução de vermelho-de-metila e ajustar a acidez até o ponto da viragem, por adição da solução 1:1 de hidróxido de amônio, ou de 1:1 de ácido clorídrico. Transferir, quantitativamente, para balão volumétrico de 1 L e com- pletar o volume com água. 3.4.5 Inibidor Para a maioria das águas, não há necessidade de inibidor. A presença de interferentes em certas amostras pode dificultar a observação do ponto final e exigir o uso de um inibidor adequado (ver 3.4.5.2). 3.4.5.1 Inibidor I Adicionar à amostra em titulação 0,25 g de cianeto de sódio ou 0,33 g de cianeto de potássio pulverizado, traba- lhando em capela com boa exaustão. Nota: Tome precauções especiais quando usar este inibidor, uma vez que o cianeto é extremamente venenoso. Des- carte diretamente no esgoto da pia as soluções que con- tiverem este sal, sob um fluxo de água corrente e com a certeza da ausência de qualquer ácido. 3.4.5.2 Inibidor II Dissolver em 100 mL de água 5,0 g de sulfeto de sódio monoidratado ou 3,5 g de sulfeto de sódio pentaidratado. 3.4.5.2.1 Este inibidor deteriora-se em contato com o ar, por oxidação do sulfeto. Deve-se guardar a solução em frasco fechado com rolha de borracha bem apertada. Quando for apreciável a concentração de metais pesados, o uso deste inibidor tende a obscurecer o ponto final, por causa da formação de sulfetos insolúveis. Nota: Pontos finais indistintos geralmente denunciam indicador deteriorado, inibidor deteriorado ou inadequado. 3.4.5.3 Inibidor III Dissolver 4,5 g de cloridrato de hidroxilamina em 100 mL de álcool etílico ou isopropílico a 95%. 3.5 Procedimento 3.5.1 Pipetar o volume adequado de amostra para uma cápsula de porcelana. O volume de amostra não deve exigir gasto de solução de EDTA superior a 15 mL. Nota: Amostras com dureza inferior a 5 mg/L necessitam de 100 mL a 1000 L para preencher esta condição. Deve-se proceder com estas amostras de maneira análoga à descrita, empregando quantidades proporcionais dos reagentes, tomando como base, na maioria dos casos, uma amostra de 50 mL. Deve-se adicionar, de uma microbureta, a solução de EDTA e fazer um branco com volume de água igual ao da amostra, utilizando as mesmas quantidades de reagentes. Lic enç a d e u so exc lus iva par a P etro brá s S .A. Lic enç a d e u so exc lus iva par a P etro brá s S .A. NBR 5761/1984 3 3.5.1.1 Se a amostra contiver matéria orgânica, esta deve ser eliminada conforme 3.5.2. Em caso contrário, deve-se proceder diretamente à titulação (ver 3.5.3). 3.5.2 Para eliminar a matéria orgânica deve-se evaporar o conteúdo da cápsula em banho-maria, até secura, e calcinar a 600oC, para obtenção de resíduo mineral. 3.5.2.1 Deve-se dissolver este resíduo em 20 mL dasolução 1:1 de ácido clorídrico; neutralizar o pH7, com solução a 10% de hidróxido de sódio, usando papel indicador; diluir aproximadamente a 50 mL com água. Deve-se aplicar a esta solução o procedimento exposto em 3.5.3 (ver nota de 3.5.1). 3.5.3 Juntar 0,2 g do indicador, 1 mL e 2 mL da solução tampão e 1 mL de inibidor. Se for usado o inibidor I, pro- ceder como descrito em 3.4.5.1 (ver nota de 3.4.5.2.1). 3.5.4 Por meio de uma bureta, adicionar solução de EDTA, lenta e continuamente, com agitação constante, de modo que, entre a adição da solução tampão e a vi- ragem, o tempo total de titulação não exceda 5 min. 3.5.4.1 No ponto de viragem, a solução (observada à luz do dia, ou luz equivalente) passa da cor vermelha-vinho para o azul. 3.5.4.2 Convém fazer uma determinação prévia, para se obter o volume estimado de solução de EDTA. Na reali- zação das determinações definitivas, deve-se adicionar à amostra cerca de 90% deste volume da solução, antes de adicionar a solução tampão, para ajuste de pH (ver 3.5.2). 4 Resultado 4.1 Cálculo Dureza ppm CaCO3 = A . f . 1000 B Onde: A = mL da solução de EDTA gastos na titulação da amostra f = mg CaCO3 correspondentes a 1 mL de solução de EDTA B = mL da amostra Nota: Tempo de duração do ensaio: 20 min.
Compartilhar