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Norma NBR 6808 - Conjuntos de Manobra e Controle de Baixa Tensão

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NBR 6808MAR 1993
42 páginas
SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Documentos complementares
3 Definições
4 Condições gerais
5 Condições específicas
6 Inspeção
ANEXO A - Figuras
ANEXO B - Tabelas
ANEXO C - Métodos para calcular a seção dos condutores
de proteção com respeito aos esforços térmi-
cos devidos às correntes de curta duração
1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para os conjun-
tos de manobra e controle de baixa tensão, cuja tensão no-
minal não exceda 1000 V em corrente alternada com fre-
qüência que não ultrapasse 1000 Hz e/ou 1500 V em cor-
rente contínua.
1.2 Esta Norma se aplica igualmente aos conjuntos que
comportam material eletrônico de comando e/ou de po-
tência onde as freqüências são elevadas. Neste caso, as
prescrições suplementares apropriadas devem ser apli-
cadas.
1.3 A presente Norma se aplica a conjuntos fixos ou mó-
veis, com ou sem invólucros.
1.4 Esta Norma não se aplica aos componentes indivi-
duais, tais como dispositivos de partida de motores, dis-
juntores, interruptores, dispositivos-fusíveis, componentes
eletrônicos, etc., os quais devem atender às suas normas
específicas.
1.5 Esta Norma se aplica também aos conjuntos construí-
dos para serem utilizados nas condições especiais de em-
prego, por exemplo: navios, plataformas marítimas para
exploração de petróleo, veículos sobre trilhos, máquinas
ferramentais, equipamentos de levantamento de cargas,
equipamentos instalados em atmosfera explosiva e para
aplicações domésticas (manobrados por pessoas não-es-
pecializadas) com a condição de que as prescrições es-
pecíficas correspondentes sejam respeitadas.
2 Documentos complementares
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
NBR 5370 - Conectores de cobre para condutores
elétricos em sistema de potência - Especificação
NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão -
Procedimento
NBR 5459 - Manobra e proteção de circuitos - Ter-
minologia
NBR 6146 - Invólucros de equipamentos elétricos -
Proteção - Especificação
NBR 7844 - Identificação dos terminais e das termi-
nações de equipamentos elétricos - Procedimento
Conjuntos de manobra e controle de baixa
tensão montados em fábrica - CMF
Palavras-chave: Conjunto de manobra e controle. Baixa tensão
Copyright © 1992,
ABNT–Associação Brasileira de
Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210-3122
Fax: (021) 220-1762/220-6436
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas
Especificação
Origem: Projeto 03:017.02-002/1990
CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:017.02 - Comissão de Estudo de Conjuntos de Manobra e Controle de Baixa Tensão
NBR 6808 - Low-voltage switchgear and controlgear assemblies installed in factory - Specification
Descriptors: Switchgear and controlgear assembly. Low-voltage
Esta Norma foi baseada na IEC 439
Esta Norma substitui a NBR 6808/1981
Válida a partir de 31.05.1993
Incorpora Errata de DEZ 1993
2 NBR 6808/1993
NBR 8755 - Sistemas de revestimentos protetores
para painéis elétricos - Procedimento
IEC 439 - Low-voltage switchgear and controlgear
assemblies
IEC 664 - Insulation co-ordination within low-voltage
systems including clearances and creepage distances
for equipment
IEC 664A - Insulation co-ordination within low-voltage
systems including clearances and creepage distances
for equipment
3 Definições
Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão defini-
dos em 3.1 a 3.9 e na NBR 5459.
3.1 Definições gerais
3.1.1 Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão
montados em fábrica (CMF)
Combinação de dispositivos e equipamentos de mano-
bra, controle, medição, proteção, sinalização e regulagem
de baixa tensão, completamente montados com todas as
interligações elétricas e mecânicas internas, e partes es-
truturais.
Nota: Por diversas razões, por exemplo: transporte e produção,
certas operações de montagem podem ser efetuadas fora
da fábrica. Os CMF são considerados como montados em
fábrica sempre que esta montagem se realize de acordo
com as instruções do fabricante, de maneira que assegure
o cumprimento das normas específicas, incluindo a exe-
cução dos ensaios de rotina correspondentes.
3.1.2 Barramento
Barras condutoras de impedância desprezível, nas quais
circuitos elétricos podem ser conectados separadamen-
te.
3.1.3 Grupo funcional
Grupo de várias unidades funcionais que são eletricamen-
te interligadas para o cumprimento das suas funções
operacionais.
3.1.4 Unidade de entrada
Unidade funcional do CMF através da qual a energia elé-
trica é normalmente fornecida a ele.
3.1.5 Unidade de saída
Unidade funcional do CMF através da qual a energia elé-
trica é fornecida normalmente a um ou mais circuitos ex-
ternos.
3.1.6 Condição de ensaio
Estado de um conjunto ou de uma parte, no qual os circui-
tos principais correspondentes estão desenergizados, en-
quanto os circuitos auxiliares associados estão ligados, o
que permite efetuar os ensaios de funcionamento dos
dispositivos incorporados.
3.2 Definições concernentes às unidades de construção
3.2.1 Coluna
Unidade do CMF, comumente auto-sustentável, que po-
de compreender várias seções, subseções ou comparti-
mentos.
3.2.2 Seção
Unidade de construção de um CMF entre duas separa-
ções verticais sucessivas de uma coluna.
3.2.3 Subseção
Subdivisão de uma seção.
3.2.4 Compartimento
Seção ou subseção fechada, exceto pelas aberturas ne-
cessárias para interligação, controle ou ventilação.
3.2.5 Seção ou subseção isolada
Seção ou subseção equipada com separadores projeta-
dos e dispostos para proteger contra contatos acidentais
a equipamentos adjacentes, quando da manipulação dos
componentes internos.
3.2.6 Módulo
Unidade padronizada que permite combinação com ou-
tras unidades sem necessidade de se efetuarem modifi-
cações na própria estrutura.
3.2.7 Unidade de transporte
CMF completo, ou uma parte determinada dele, consti-
tuindo uma estrutura auto-sustentável com dimensões e
massa compatíveis com os critérios habituais de projetos
e os meios de transporte normais.
3.2.8 Parte fixa
Parte constituída de componentes montados num supor-
te projetado para instalação fixa (ver Figura 1 do Anexo A).
3.2.9 Parte removível
Parte que pode ser facilmente removida do CMF tanto me-
cânica como eletricamente, dotada de dispositivos de se-
gurança necessários para permitir sua remoção, bem co-
mo recolocação com o circuito principal energizado.
3.2.10 Parte extraível
Parte removível que pode ser facilmente movida e desli-
gada do circuito principal, de modo a estabelecer uma dis-
tância de isolamento, enquanto permanecer mecanica-
mente ligada ao CMF, dotada de dispositivos de seguran-
ça necessários para permitir esta operação, mesmo que o
circuito principal esteja energizado (ver Figura 2 do Ane-
xo A).
Nota: Esta distância de isolamento pode referir-se tão-somente
aos circuitos principais como aos circuitos principais e
auxiliares.
NBR 6808/1993 3
3.2.11 Posição de operação
Posição de uma parte removível ou extraível em que ela
está completamente inserida para sua função normal pre-
vista.
3.2.12 Posição de ensaio
Posição de uma parte extraível na qual uma distância de
isolamento é estabelecida nos circuitos principais e na
qual os circuitos auxiliares estão ligados, permitindo en-
saios de operação da parte extraível, parte esta que fica
mecanicamente ligada ao conjunto.
3.2.13 Posição extraída
Posição de uma parte extraível na qual fica estabelecida
uma distância de isolamento nos circuitos principais e
auxiliares, ficando a parte extraível mecanicamente ligada
ao conjunto.
3.2.14 Posição removida
Posição de uma parte removível quando ela está fora e
mecanicamente separada do CMF.
3.3 Definições concernentes ao projeto do invólucro
3.3.1 Tipo aberto
CMF consistindo em uma estrutura que suporta o equipa-
mento elétrico, cujas partes energizadas são acessíveis
(ver Figura3 do Anexo A).
3.3.2 Tipo com proteção frontal
CMF tipo aberto, com um anteparo na face frontal que
assegura um grau de proteção mínima igual a IP2X,
conforme NBR 6146. As partes energizadas podem ser
acessíveis pelas outras faces (ver Figura 4 do Anexo A).
3.3.3 Tipo fechado
CMF com anteparos em todas as faces, salvo eventual-
mente sobre a superfície de montagem, de maneira a
assegurar um grau de proteção mínimo igual a IP2X,
conforme NBR 6146 (ver Figura 5 do Anexo A).
3.3.4 Tipo armário
Uma coluna fechada do tipo auto-sustentável (ver Figura
5 do Anexo A).
3.3.5 Tipo multicolunas
Combinação de colunas mecanicamente ligadas entre si
(ver Figura 6 do Anexo A).
3.3.6 Tipo mesa de comando
CMF fechado, com painel de controle horizontal ou incli-
nado, ou uma combinação de ambos, que incorpora ele-
mentos de comando, medição, sinalização, etc. (ver Figu-
ra 7 do Anexo A).
3.3.7 Tipo modular
Combinação de módulos mecanicamente ligados entre si
com ou sem estrutura de suporte e as ligações elétricas
entre módulos passando por aberturas nas faces adja-
centes (ver Figura 8 do Anexo A).
3.4 Definições concernentes às partes estruturais
3.4.1 Estrutura
Conjunto mecânico projetado para suportar vários com-
ponentes e invólucros, se houver (ver Figura 3 do Anexo A).
3.4.2 Estrutura de suporte
Estrutura projetada para suportar um CMF, que não faz
parte dela (ver Figura 9 do Anexo A).
3.4.3 Painel de montagem (Placa de montagem)
Painel projetado para suportar vários componentes e
apropriado para instalação num CMF, constituindo,
eventualmente, o próprio CMF (ver Figura 1 do Anexo A).
3.4.4 Quadro de montagem (Chassi de montagem)
Estrutura projetada para suportar vários componentes e
própria para instalação num CMF (ver Figura 1 do Ane-
xo A).
3.4.5 Invólucro
Parte que delimita fisicamente o CMF, destinada a asse-
gurar uma proteção aos componentes contra certas in-
fluências externas e assegurar em suas faces uma prote-
ção pelo menos igual a IP2X, conforme NBR 6146.
3.4.6 Porta (de um invólucro)
Parte articulada ou deslizante do invólucro.
3.4.7 Tampa (de um invólucro)
Parte do invólucro projetada para fechar uma abertura e
que pode ser removida para a realização de certas opera-
ções e trabalhos de manutenção.
3.4.8 Placa (de um invólucro)
Parte do invólucro projetada para fechar uma abertura de-
le e prevista para ser presa por parafusos ou meios simi-
lares. É normalmente fixada antes de o equipamento ser
posto em operação e permite posterior remoção para am-
pliação ou acesso interno.
Nota: A placa pode ter entrada de cabos.
3.4.9 Divisão
Parte de um invólucro destinada a separar compartimen-
tos adjacentes.
3.4.10 Barreira
Anteparo, com grau de proteção mínimo IP2X, conforme
NBR 6146, assegurando a proteção contra os contatos
diretos em todas as direções habituais de acesso e contra
os arcos provenientes de dispositivo de manobra ou ou-
tros, se existirem.
3.4.11 Obstáculo
Elemento que impede um contato direto acidental, mas
não impede um contato direto por ação deliberada.
4 NBR 6808/1993
radiação eletromagnética de outros condutores ou ma-
teriais.
3.9 Definições concernentes às características elétricas
3.9.1 Corrente suportável nominal de curta duração
Valor eficaz da corrente que um circuito de um CMF pode
suportar durante um curto intervalo de tempo nas condi-
ções de serviço e funcionamento especificadas. Salvo es-
pecificação em contrário, este tempo é de 1 s.
3.9.2 Valor suportável nominal de crista de corrente
Valor de crista de corrente que um circuito de um CMF
pode suportar sob condições de serviço e funcionamento
especificadas.
3.9.3 Corrente suportável nominal presumida de curto-circuito
Valor eficaz da corrente presumida de curto-circuito que
um circuito de um CMF pode suportar durante um curto
intervalo de tempo nas condições de emprego e funciona-
mento especificadas. Salvo especificação em contrário,
este tempo é de 1 s.
3.9.4 Corrente nominal condicionada de curto-circuito
Valor da corrente presumida que um circuito de um CMF,
protegido por um dispositivo limitador de corrente, pode
suportar durante o tempo de operação desse dispositivo
sob as condições de serviço e funcionamento especifi-
cadas.
Nota: Em corrente alternada, o valor dessa corrente é o valor
 eficaz de sua componente alternada.
3.9.5 Corrente nominal de curto-circuito limitada por fusível
Valor da corrente nominal condicionda de curto-circuito
de um circuito de um CMF, quando o dispositivo limitador
de corrente for um fusível.
3.9.6 Fator nominal de diversidade
Fator nominal de diversidade de um CMF ou de uma par-
te deste, contendo vários circuitos principais (p.ex.: uma
coluna, uma seção ou uma subseção). É a razão da má-
xima soma, a qualquer instante, das correntes previstas de
todos os circuitos principais envolvidos pela soma das
correntes nominais de todos os circuitos principais do
CMF ou das partes escolhidas dele.
3.9.7 Freqüência nominal de um CMF
Valor da freqüência que designa o CMF e para o qual as
condições de operação são referidas. Se os circuitos de
um CMF são designados por valores diferentes de fre-
qüência, estes devem ser fornecidos.
4 Condições gerais
4.1 Condições normais de serviço
Os CMF abrangidos por esta Norma são projetados para
uso em locais nas condições descritas em 4.1.1, 4.1.2 e
4.1.3.
3.4.12 Obturador
Peça que pode ser movida, entre uma posição onde se
estabeleça engate dos contatos das partes removíveis
com os contatos fixos e uma posição onde passa a fazer
parte do invólucro externo ou divisão, impedindo acesso
aos contatos fixos.
3.4.13 Entrada de cabos
Parte com as aberturas que permitem a passagem de
cabos para o interior do conjunto.
Nota: Uma entrada de cabos pode constituir-se ao mesmo tem-
po de caixa de extremidade.
3.5 Definições relativas às condições de instalação
dos conjuntos
3.5.1 CMF para instalação interior
CMF construído para ser abrigado permanentemente das
intempéries, em condições normais de serviço, especifi-
cado em 4.1.1.1, 4.1.2.1 e 4.1.3.
3.5.2 CMF para instalação exterior
CMF construído para suportar exposição permanente-
mente às intempéries, em condições normais de serviço,
especificado em 4.1.1.2, 4.1.2.2 e 4.1.3.
3.5.3 CMF fixo
CMF destinado a estar fixado na instalação, por exemplo
ao chão ou à parede (ver Figura 10 do Anexo A).
3.5.4 CMF móvel
Conjunto destinado a ser facilmente deslocado de um
local de utilização para outro.
3.6 Definições concernentes à proteção contra choque
elétrico
3.6.1 Proteção contra contatos diretos
Prevenção de contato perigoso de pessoas com partes
vivas.
3.6.2 Proteção contra contatos indiretos
Prevenção de contato perigoso de pessoas com massas
em caso de falta.
3.7 Definições concernentes a corredores internos
3.7.1 Corredor de operação
Espaço usado pelo operador para a operação e supervi-
são do CMF.
3.7.2 Corredor de manutenção
Espaço acessível apenas ao pessoal autorizado, destina-
do ao uso quando da manutenção do equipamento.
3.8 Definição concernente aos campos eletromagnéticos
3.8.1 Blindagem
Invólucro utilizado para proteger os condutores ou os ma-
teriais contra perturbações provocadas, em particular, por
NBR 6808/1993 5
Nota: Quando se usam componentes que não sejam projetados
para estas condições, medidas apropriadas devem ser
tomadas para assegurar a operação adequada.
4.1.1 Temperatura do ar ambiente
4.1.1.1 Para instalação interior:
a) temperatura máxima de 40°C e sua média num
período de 24 h não devendo exceder 35°C;
b) temperatura mínima de -5°C.
4.1.1.2 Para instalação exterior:
a) temperatura máxima de 40°C e sua média num
período de 24 h não devendo exceder 35°C;
b) temperatura mínima de -25°C.
4.1.2 Condições atmosféricas
4.1.2.1 Para instalação interior, o ar deve ser limpo e a sua
umidade relativa não deve exceder 50% à temperatura
máxima de 40°C. Umidades relativas mais altas podem
ser permitidas em temperaturas mais baixas, por exem-
plo: 90% a 20°C.
Nota: Deve-se tomar cuidado com a condensaçãomoderada
que pode, ocasionalmente, ocorrer devido às variações de
temperatura.
4.1.2.2 Para instalação exterior, a umidade relativa pode
ser tão alta como 100% a uma temperatura máxima de
25°C.
4.1.3 Altitude
A altitude não deve exceder 1000 m.
Notas: a) As tensões nominais e os níveis de isolamento especi-
ficados nesta Norma aplicam-se a CMF destinados a
uso em locais com altitudes não-superiores a 1000 m.
Quando os CMF forem destinados a uso em locais
com altitudes superiores a 1000 m, as tensões de en-
saio das partes, que usam o ar como meio isolante,
devem ser multiplicadas pelo fator de correção dado na
Tabela 1 do Anexo B, ou a tensão nominal deve ser
multiplicada pelo fator de correção dado na mesma
tabela.
b) A corrente nominal ou a elevação de temperatura deve
ser corrigida para altitudes acima de 1000 m, utilizan-
do-se os fatores dados na Tabela 1 do Anexo B.
4.2 Condições especiais de serviço
4.2.1 São consideradas como condições especiais de
serviço:
a) instalações em locais com temperatura ambien-
te, umidade relativa ou altitude diferentes das es-
pecificadas em 4.1;
b) instalações em locais onde a variação de tempe-
ratura e/ou pressão atmosférica ocorra tão brus-
camente que uma condensação dentro do CMF
seja provável de ocorrer;
c) instalações em locais com poluição atmosférica
por poeira, fumaça, partículas corrosivas ou radio-
ativas, vapores ou sal;
d) exposição a campos elétricos ou magnéticos rele-
vantes;
e) exposição a temperaturas extremas, como por
exemplo radiação do sol ou de fornos;
f) presença de fungos ou pequenos animais;
g) instalações em locais com perigo de incêndio ou
explosão;
h) exposição a vibrações e choques mecânicos fortes;
i) instalações em que a capacidade de condução de
corrente ou capacidade de interrupção sejam afe-
tadas, por exemplo: equipamento montado em
máquinas ou embutido em parede;
j) freqüência acima de 1000 Hz.
4.2.2 Quando se verificar qualquer destas condições es-
peciais, os requisitos particulares aplicáveis devem ser
cumpridos ou devem ser feitos acordos especiais entre
o fabricante e o comprador. O comparador deve informar
ao fabricante se existem condições especiais de serviço.
4.3 Informações mínimas a serem fornecidas pelo
comprador
O comprador deve indicar por ocasião da encomenda,
através de documentos, desenhos, diagramas, etc., as
seguintes informações:
a) tensão nominal;
b) freqüência nominal;
c) tensão de operação;
d) tensão de operação do circuito auxiliar, com as
respectivas tolerâncias de variação de tensão;
e) corrente nominal do barramento principal;
f) corrente suportável nominal de curta duração;
g) valor suportável nominal de crista de corrente;
h) grau de proteção e condições de serviço;
i) tipo de invólucro do CMF;
j) posição de entrada/saída de circuito;
k) quantidade, material e seção dos cabos de força de
entrada/saída;
l) esquema unifilar ou documentos que permitam ao
fabricante a elaboração deste.
Nota: Na impossibilidade da informação contida em 4.3-i), deve
ser estabelecido acordo entre comprador e fabricante.
6 NBR 6808/1993
4.4 Informações mínimas a serem fornecidas pelo
fabricante
O fabricante deve fornecer, através de documentos, dese-
nhos, diagramas, etc., as seguintes informações:
a) tipo e número de identificação;
b) esquemas elétricos;
c) desenhos dimensionais e de disposição frontal;
d) detalhes de fixação;
e) lista de materiais;
f) relatório dos ensaios de rotina.
Nota: As documentações acima devem abranger todas as infor-
mações prescritas em 4.3.
4.5 Instruções para transporte, instalação,
funcionamento e manutenção
4.5.1 O fabricante deve especificar em seus documentos
ou catálogos as condições eventuais de instalação, fun-
cionamento e manutenção do conjunto e do material que
ele contém.
4.5.2 Se necessário, as instruções para o transporte, ins-
talação e funcionamento do conjunto devem indicar as
medidas que são de particular importância para a insta-
lação correta, colocação em serviço e funcionamento
apropriado do CMF.
4.5.3 Quando necessário, os documentos acima mencio-
nados devem indicar a natureza da manutenção e sua
periodicidade.
4.5.4 Se os circuitos não são nitidamente distinguidos
através do arranjo físico dos aparelhos instalados, é con-
veniente fornecer informações apropriadas, por exemplo
esquemas ou tabelas de fiação.
4.6 Classificação dos conjuntos
Os CMF podem ser classificados de acordo com:
a) projeto do invólucro (ver 3.3);
b) local de instalação (ver 3.5.1 e 3.5.2);
c) grau de proteção (ver 5.2.5);
d) método de montagem, por exemplo: partes fixas
ou extraíveis;
e) medidas de proteção contra choques elétricos (ver
5.2.6).
4.7 Placa de identificação
Cada CMF deve ser fornecido com placa de identificação
marcada de maneira legível e durável, resistente às con-
dições de uso a que se destina, localizada de forma fa-
cilmente visível e contendo, no mínimo, as seguintes in-
formações:
a) nome do fabricante ou marca;
b) tipo ou número de identificação;
c) ano de fabricação;
d) tensão nominal do circuito principal;
e) corrente nominal do circuito principal;
f) freqüência nominal;
g) capacidade de curto-circuito (em kA);
h) grau de proteção;
i) massa.
4.8 Embalagem e armazenagem
4.8.1 Condições de despacho
4.8.1.1 O conjunto de manobra e controle deve ser emba-
lado de maneira adequada, a critério e sob responsabili-
dade do fabricante, de modo que o peso e as dimensões
sejam conservados dentro de limites razoáveis, a fim de
facilitar o manuseio, o armazenamento e o transporte, e
assegurar que não ocorram avarias ou danos que possam
alterar as condições de projeto e desempenho. Deve ser
levado em consideração o seguinte:
a) os componentes extraíveis devem ser embalados
separadamente;
b) os relés e os demais instrumentos de controle e de
medição devem ter suas partes móveis bloquea-
das;
c) o equipamento deve ser cuidadosamente protegi-
do contra qualquer dano que lhe possa ser causa-
do pela umidade;
d) as partes salientes do conjunto de manobra e con-
trole, tais como terminais de barra de terra e outras
partes frágeis, devem receber proteção adicional
no acondicionamento;
e) cuidados especiais devem ser tomados com rela-
ção aos trechos de barras e chapas em geral, no
sentido de impedir flexões e impactos durante a
carga, o transporte e a descarga;
f) todas as embalagens devem levar externamente,
no mínimo, as marcas habituais para facilitar o
manuseio, tais como: “FRÁGIL”, “PARA CIMA”,
massa bruta e líquida, e demais dados solicitados
pelo usuário.
4.8.1.2 As peças sobressalentes devem ser embaladas
para armazenamento e conservação durante longo tem-
po, considerando-se o seguinte:
a) as peças metálicas devem ser protegidas contra
corrosão;
b) todas as peças devem ser embaladas em invólucro
impermeável selado, contendo em seu interior ab-
NBR 6808/1993 7
sorventes de umidade e sendo acondicionadas em
caixas totalmente fechadas, com identificação in-
dividual de forma facilmente legível com a indica-
ção “PEÇAS SOBRESSALENTES”.
4.8.1.3 As ferramentas especiais devem ser identificadas
individualmente e embaladas, a critério e sob responsabi-
lidade do fabricante, de modo a assegurar que não ocor-
ram danos durante o transporte e o tempo de armazena-
gem. As embalagens devem ser marcadas, de forma fa-
cilmente legível, com a identificação “FERRAMENTA ES-
PECIAL”.
4.8.1.4 Para efeito de conferência, o fabricante deve fazer
uma relação de todos os itens componentes, claramente
identificados, divididos por embalagem de embarque, de
forma a permitir a identificação rápida das partes conti-
das em cada volume. Uma cópia desta relação deve ser
anexada a cada volume.
4.8.2 Armazenagem
4.8.2.1 No período em que o equipamento for armazena-
do, a guarda deste deve ser feita em locais cobertos, sen-
do necessário manter ligado o sistema de aquecimento
durante este tempo.
4.8.2.2 Para o aquecimento, os pontos externos de ali-
mentação devem trazer indicadas a tensão e a potência
requeridas.4.8.2.3 Recomenda-se que os equipamentos de execução
extraível, bem como as peças sobressalentes, sejam
armazenados em local abrigado, adequado de forma a
não permitir a condensação de umidade sobre eles.
5 Condições específicas
5.1 Características nominais
5.1.1 Características nominais de um CMF
As características nominais de um CMF são:
a) tensão nominal;
b) corrente nominal:
c) corrente suportável nominal de curta duração;
d) valor suportável nominal de crista de corrente;
e) corrente suportável nominal presumida de curto-
circuito;
f) corrente nominal condicionada de curto-circuito;
g) corrente nominal de curto-circuito limitada por fu-
sível;
h) fator nominal de diversidade;
i) freqüência nominal;
j) nível de isolamento (conforme Tabelas 2 e 3 do
Anexo B).
Notas: a) Devem ser sempre indicados os valores das caracterís-
ticas nominais anteriores. As características nominais
das alíneas c), d), e), f) e g) devem ser indicadas de
acordo com 5.1.3.2.
b) Para o estabelecimento das correntes nominais dos cir-
cuitos principais, pode ser considerado o fator de diver-
sidade que deve ser especificado pelo comprador. Sal-
vo acordo em contrário, devem ser adotados os valores
da Tabela 4 do Anexo B.
c) A freqüência nominal padronizada para circuitos de cor-
rente alternada é de 60 Hz.
5.1.2 Elevação de temperatura
A elevação de temperatura das partes de um CMF não de-
ve exceder os valores estabelecidos na Tabela 5 do Ane-
xo B, quando o CMF é percorrido pela corrente nominal
nas condições prescritas em 6.4.
5.1.3 Proteção contra curto-circuito e capacidade de curto-
circuito
Nota: Este Capítulo se aplica fundamentalmente a equipamento
de CA não contendo requisitos acerca de equipamentos
de CC.
5.1.3.1 Generalidades
Os CMF devem ser construídos de forma a suportar os
efeitos térmicos e dinâmicos resultantes da corrente de
curto-circuito até os valores nominais.
Notas: a) Os esforços de curto-circuito podem ser reduzidos pelo
uso de dispositivos limitadores de corrente (indutân-
cias, fusíveis limitadores ou outros dispositivos limita-
dores). Os CMF devem ser protegidos contra correntes
de curto-circuito por meio de, por exemplo: disjuntores,
fusíveis, ou combinações de ambos, que podem ser in-
corporados aos CMF ou dispostos fora deles.
b) O mais alto grau de proteção deve ser dado às pessoas
em caso de falta, levando em conta a formação de arco
dentro do CMF, embora o objetivo principal seja evitar
estes arcos ou limitar sua duração.
c) Para conjuntos previstos para uso em sistema IT (ver
NBR 5410), o dispositivo de proteção contra curto-cir-
cuito deve ter uma capacidade de interrupção suficien-
te para interromper uma falta simultânea de duas fases
a terra.
5.1.3.2 Informação acerca da capacidade de curto-circuito
5.1.3.2.1 Para um CMF tendo apenas uma unidade de en-
trada, o fabricante deve definir a capacidade de curto-
circuito de acordo com:
a) para os CMF com um dispositivo de proteção
contra curto-circuito incorporado na unidade de
entrada, a capacidade de curto-circuito deve ser in-
dicada pelo valor máximo permissível da corrente
presumida de curto-circuito nos terminais de uni-
dade de entrada. Os fatores de potência e os va-
lores de crista correspondentes, quando não espe-
ci f icados, devem ser aqueles indicados em 5.1.3.3.
Se o dispositivo de proteção contra curto-circuito é
um dispositivo-fusível, devem ser indicadas tam-
bém as características dele (corrente nominal, ca-
pacidade de interrupção, corrente de corte, I2t, etc.).
Se um disjuntor com desligador do tipo retardado
for usado, deve-se indicar o tempo máximo de re-
tardo e os ajustes de corrente correspondentes à
corrente de curto-circuito presumida indicada;
8 NBR 6808/1993
b) para os CMF com dispositivos de proteção contra
curto-circuito não incorporado à unidade de entra-
da, a capacidade de curto-circuito deve ser indi-
cada de uma das seguintes maneiras:
- pela corrente nominal suportável de curta du-
ração e o tempo correspondente, se diferente de
1 s, e pelo valor suportável nominal de crista de
corrente (caso este valor não tenha sido forneci-
do, deve ser aplicada a Tabela 6 do Anexo B);
Nota: Para durações inferiores a 3 s, a relação entre a
corrente nominal suportável de curta duração e o
tempo associado é dada pela fórmula:
I2t - constante. No entanto, o valor de crista da
primeira semi-onda da corrente não deve ex-
ceder o valor suportável nominal de crista de
corrente.
- pelo valor da corrente suportável nominal pre-
sumida de curto-circuito nos terminais de entra-
da dos CMF juntamente com o tempo associado
se diferente de 1 s. Neste caso, a relação entre os
valores de crista e eficaz deve estar de acordo
com a Tabela 6 do Anexo B;
- pela corrente nominal condicionada de curto-
circuito;
- pela corrente nominal de curto-circuito limitada
por fusível.
Notas: a) Para as duas últimas subalíneas, o fabricante deve indi-
car as características (corrente nominal, capacidade de
interrupção, corrente de corte, I2t, etc.) dos dispositivos
limitadores de corrente (disjuntores ou fusíveis limita-
dores de corrente) necessários para proteção do CMF.
b) Quanto à reposição de fusíveis, devem ser usados aque-
 les que possuam as mesmas características.
5.1.3.2.2 Para um CMF que tenha várias unidades de en-
trada não previstas para operação em paralelo, a capa-
cidade de curto-circuito pode ser indicada para cada uni-
dade de entrada, de acordo com 5.1.3.2.1.
5.1.3.2.3 Para um CMF que tenha várias unidades de en-
trada previstas para operação em paralelo e para um CMF
que tenha uma unidade de entrada e uma ou mais unida-
des de saída para máquinas rotativas de alta potência
prováveis de contribuírem para a corrente de curto-circui-
to, deve-se fazer um estudo especial para determinar os
valores da corrente de curto-circuito presumível em cada
unidade de entrada, saída e nos barramentos.
5.1.3.3 Relação entre os valores de crista e eficaz da
corrente de curto-circuito
O valor de crista da corrente de curto-circuito (valor de
crista da primeira semi-onda da corrente de curto-cir-
cuito, incluindo a componente contínua) para determina-
ção dos esforços eletrodinâmicos deve ser obtido pela
multiplicação do valor eficaz simétrico da corrente de
curto-circuito pelo valor n. Valores padronizados para o
fator n e os fatores de potência correspondentes são da-
dos na Tabela 6 do Anexo B.
5.1.3.4 Coordenação dos dispositivos de proteção contra
curto-circuito
5.1.3.4.1 A coordenação dos dispositivos de proteção de-
ve ser objeto de acordo entre fabricante e comprador. As
informações constantes nos catálogos dos componentes
podem substituir tal acordo.
5.1.3.4.2 Os ajustes ou seleção dos dispositivos de prote-
ção contra curto-circuito do CMF devem ser escalonados
de maneira que um curto-circuito que ocorra em qualquer
unidade de saída seja extinto pelo dispositivo de proteção
instalado no circuito em que ocorreu a falta, sem afetar os
outros circuitos de saída, assegurando assim a seletivida-
de no sistema de proteção do CMF.
5.1.3.5 Circuitos internos ao CMF
5.1.3.5.1 Circuitos principais
Os barramentos principais, salvo disposição em contrá-
rio, devem ser dimensionados de acordo com as infor-
mações a respeito da capacidade de curto-circuito (ver
5.1.3.2) e projetados para suportar pelo menos os esfor-
ços de curtos-circuitos limitados pelos dispositivos de
proteção no lado de seu alimentador. Os condutores en-
tre os barramentos principais e a entrada de uma unidade
funcional, bem como os componentes incluídos nesta
unidade, podem ser dimensionados com base nos esfor-
ços de curto-circuito reduzidos que ocorram no lado de
carga do dispositivo de proteção contra curto-circuito
desta unidade, desde que os circuitos sejam dispostos de
tal maneira que, nas condições normais de operação, um
curto-circuito interno seja apenas uma possibilidade re-
mota (p.ex.: através de isolação adequada). Isto também
se aplica aos condutores no lado da alimentação de uni-
dades funcionais dentro dosCMF que não contenham
barramentos principais.
Nota: Para efeito de cálculo de dimensionamento dos circuitos
principais internos ao CMF, devem ser consideradas as
disposições de 5.2.10.6.
5.1.3.5.2 Circuitos auxiliares
Em geral, circuitos auxiliares devem ser protegidos con-
tra os efeitos dos curtos-circuitos. Entretanto, um dispo-
sitivo de proteção de curto-circuito não deve ser coloca-
do se sua operação puder causar perigo. Os condutores
dos circuitos auxiliares devem ser dispostos de tal forma
que os curtos-circuitos não sejam prováveis de ocorrer
sob condições normais de serviço.
5.2 Características construtivas
5.2.1 Generalidades
5.2.1.1 Os CMF devem ser construídos com materiais ca-
pazes de suportar os esforços mecânicos, elétricos e tér-
micos, bem como os efeitos da umidade, possíveis de
ocorrer no serviço normal.
5.2.1.2 Os componentes e circuitos no CMF devem ser dis-
postos de forma a facilitar a operação e manutenção e ao
mesmo tempo assegurar o grau necessário de proteção.
5.2.2 Distâncias de escoamento e distâncias de isolamento
(espaçamentos)
5.2.2.1 Distâncias de isolamento (ver IEC 664).
NBR 6808/1993 9
5.2.2.2 Distâncias de escoamento (ver IEC 664A).
5.2.3 Terminais para condutores externos
5.2.3.1 Os terminais devem ser tais que os condutores ex-
ternos possam ser ligados por meio de conectores, os
quais devem assegurar que a necessária pressão de con-
tato, correspondente à corrente nominal, e a capacidade
de curto-circuito do componente e do circuito sejam man-
tidas.
5.2.3.2 Na ausência de acordo entre fabricante e compra-
dor, os terminais devem ser capazes de acomodar con-
dutores e cabos de cobre, em função da corrente nominal
correspondente, com seções de acordo com a Tabela 7 do
Anexo B. Onde foram utilizados condutores, dados na co-
luna 3 da Tabela 7 do Anexo B, são usualmente ade-
quados. Onde o uso da máxima seção do condutor de alu-
mínio impeça a utilização da corrente nominal plena do cir-
cuito, é necessário um acordo entre fabricante e compra-
dor, a fim de se obterem meios de conexão para o con-
dutor de alumínio de seção imediatamente superior. Em
casos de condutores externos de circuitos eletrônicos
com correntes de baixo nível (menor que 1 A e tensão me-
nor que 50 VCA ou VCC), que devem ser conectados ao
CMF, não se aplica a Tabela 7 do Anexo B.
5.2.3.3 O espaço disponível para fiação deve permitir liga-
ção apropriada dos condutores externos de qualquer tipo
e, no caso de cabos múltiplos, a distribuição dos cabos in-
dividuais. Os condutores não devem estar sujeitos a es-
forços que reduzam a sua vida útil.
5.2.3.4 Os terminais para condutor neutro devem permitir
a ligação de condutores de cobre, tendo uma capacidade
de condução de corrente:
a) igual à plena capacidade de condução de cor-
rente do condutor-fase se a seção deste for equi-
valente ou inferior a 16 mm2;
b) igual à metade da capacidade de condução de
corrente do condutor-fase, com uma seção míni-
ma de 16 mm2, se a seção do condutor-fase ex-
ceder 16 mm2.
Notas: a) Para condutores outros que não os condutores de co-
bre, as seções acima devem ser substituídas por se-
ções de mesma capacidade de condução, que podem
requerer terminais maiores.
b) Para certas aplicações, por exemplo: grandes instala-
ções de iluminação fluorescentes, um condutor neutro,
tendo a mesma capacidade de condução de corrente
que os condutores-fase, pode ser necessário, sujeito a
especial acordo entre fabricante e comprador.
5.2.3.5 Se forem previstos meios de ligação de condutores
neutro, proteção e PEN (ver NBR 5410) de entrada e de
saída, estes devem ser colocados nas vizinhanças dos
terminais dos condutores-fase associados.
5.2.3.6 As aberturas das entradas de cabos, placas de co-
bertura, etc. devem ser projetadas de forma que, quando
os cabos estiverem instalados, as medidas protetoras
definidas contra contato e os graus de proteção sejam
mantidas.
5.2.3.7 Para identificação de terminais, ver NBR 7844.
5.2.4 Medidas para levar em conta a umidade atmosférica
Medidas adequadas devem ser tomadas para evitar con-
densação danosa dentro do CMF em locais com umidade
elevada e com grande variação de temperatura, por
exemplo: ventilação, aquecimento e/ou desumidificação.
Nota: Os valores de umidade relativa e os limites de variação de
temperatura no local de instalação do CMF devem ser
fornecidos pelo comprador.
5.2.5 Graus de proteção para invólucros
Os graus de proteção para os invólucros estão especifi-
cados na NBR 6146. Em função das condições de servi-
ço, o comprador deve especificar o grau de proteção de-
sejado para todo o CMF ou parte dele.
5.2.6 Medidas de proteção contra choques elétricos
As prescrições seguintes são destinadas a assegurar que
as medidas de proteção exigidas sejam mantidas após a
inserção de um conjunto numa instalação conforme sua
especificação. As medidas de proteção geralmente acei-
tas se encontram na NBR 5410. As medidas de proteção
particularmente importantes para o CMF são reproduzi-
das em 5.2.6.1 e 5.2.6.2.
5.2.6.1 Proteção contra contatos diretos
A proteção contra contatos diretos pode ser obtida por
medidas de construção adequadas do próprio CMF ou por
medidas complementares a serem tomadas durante a
instalação, o que pode requerer informações adicionais do
fabricante (p. ex.: instalação de conjunto do tipo aberto em
local de acesso restrito a pessoas autorizadas). Uma ou
mais medidas protetoras a seguir relacionadas podem ser
adotadas mediante acordo entre fabricante e comprador.
Informações fornecidas pelo fabricante podem substituir
tal acordo:
a) por barreiras ou invólucros;
b) por isolação das partes vivas;
c) por extrabaixa tensão de segurança;
d) por colocação fora de alcance;
e) por meio de obstáculos.
5.2.6.1.1 Proteção por barreiras ou invólucros
Todas as superfícies externas devem ter um grau de pro-
teção de pelo menos IP2X (ver NBR 6146). A distância en-
tre os meios mecânicos previstos para proteção e as par-
tes energizadas que eles protegem não deve ser menor
que os valores especificados para os espaçamentos indi-
cados em 5.2.2, a menos que os meios mecânicos sejam
de material isolante. Todas as barreiras e invólucros de-
vem ser firmemente fixados, devendo ter estabilidade e
durabilidade suficientes para resistirem aos esforços e
tensões prováveis de ocorrerem em serviço normal. Quan-
do for necessária remoção de barreiras, abertura de invó-
lucros ou retirada de partes do invólucro (portas, caixas,
tampas, etc.), um dos seguintes requisitos deve ser cum-
prido:
10 NBR 6808/1993
a) abertura, desconexão ou retirada devem necessi-
tar de uso de uma ferramenta ou chave;
b) todas as partes energizadas que podem ser toca-
das acidentalmente, depois da porta aberta, de-
vem estar desligadas antes que a porta possa
ser aberta;
Nota: Por exemplo, através de um intertravamento das
portas com um dispositivo tal que elas só possam
ser abertas quando aquele dispositivo o permitir e
que as partes vivas só possam ser reenergizadas
quando as portas estiverem fechadas. Se, por mo-
tivos de operação, o CMF for equipado com um
dispositivo que permita ao pessoal autorizado o
acesso às partes energizadas, enquanto o equi-
pamento estiver ligado o intertravamento deve
ser automaticamente restaurado pelo fechamento
da(s) porta(s).
c) o CMF deve incluir uma barreira, blindando todas
as partes energizadas de maneira que elas não
possam ser tocadas acidentalmente quando a
porta estiver aberta. Esta barreira deve obedecer
aos requisitos de 5.2.6.1 (para exceção, ver a alí-
nea d)). A barreira deve ser fixa no lugar ou deve
deslizar para o lugar quando se abre a porta. Deve
ser impossível retirar a barreira sem o uso da
ferramenta ou chave. Pode ser necessário o uso de
etiquetas de advertência;
d) quando quaisquer partes atrás do separador ou in-
vólucro necessitarem de manuseio ocasional (tais
como substituição de um fusível ou lâmpada), a
abertura, desconexão ou retirada sem o uso de fer-
ramentas e sem o desligamento deve ser possívelapenas se as seguintes condições forem satisfei-
tas:
- uma segunda barreira deve ser prevista após a
primeira barreira ou invólucro, de modo a evitar
que pessoas toquem acidentalmente partes
energizadas não protegidas por outra medida
protetora. Entretanto, esta barreira não precisa
evitar que as pessoas toquem intencionalmente a
parte energizada, ultrapassando esta barreira.
Não deve ser possível remover a barreira sem o
uso de ferramenta ou chave;
- partes energizadas cuja tensão atende às
condições para a extrabaixa tensão de seguran-
ça (ver 5.2.6.1.3) não necessitam ser cobertas
(ver NBR 5410).
5.2.6.1.2 Proteção por isolação das partes vivas
As partes vivas devem ser completamente cobertas com
material isolante que só possa ser removido através da
sua destruição. Esta isolação deve ser feita com material
apropriado que resista aos esforços elétricos, térmicos e
mecânicos aos quais estará sujeita em serviço. As tintas,
vernizes, esmaltes e produtos similares não são conside-
rados como uma proteção suficiente contra os contatos
diretos.
Nota: Como exemplos, têm-se os cabos e os componentes elé-
tricos revestidos com isolante.
5.2.6.1.3 Proteção por extrabaixa tensão de segurança
Ver NBR 5410.
5.2.6.1.4 Proteção por meio de obstáculos
Os obstáculos destinam-se apenas a impedir contatos
fortuitos e não contatos voluntários com partes vivas. A
proteção parcial contra os contatos diretos por meio de
obstáculos deve ser considerada realizada quando os
obstáculos impedirem:
a) aproximação não-intencional das partes vivas
(p. ex.: por meio de corrimão ou de telas de arame);
b) contatos não-intencionais com partes vivas por
ocasião da utilização de equipamentos sob tensão
(p. ex.: por meio de telas ou painéis sobre os sec-
cionadores).
Nota: Os obstáculos podem ser desmontáveis sem a ajuda de
uma ferramenta ou de uma chave, entretanto, devem ser
fixados de forma a impedir qualquer remoção involuntária.
Esta medida de proteção tem sua aplicação limitada como
detalhado na NBR 5410.
5.2.6.1.5 Proteção por colocação fora de alcance
Para proteção por colocação fora de alcance, as partes
vivas devem ser dispostas a uma distância tal de todos os
lugares normalmente acessíveis às pessoas, de maneira
que não haja risco de que sejam tocadas. Quando do es-
tabelecimento destas distâncias, deve-se levar em conta
as dimensões e o formato dos objetos normalmente ma-
nuseados nestes lugares.
5.2.6.2 Proteção contra contatos indiretos
O comprador deve indicar a medida protetora que se apli-
ca à instalação para a qual o CMF é projetado. Para pro-
teção contra os contatos indiretos, pode ser adotada
uma, ou a combinação de duas ou mais, das seguintes
medidas:
a) por meio da utilização de um circuito de proteção;
b) por separação elétrica;
c) por extrabaixa tensão de segurança;
d) por isolação total.
5.2.6.2.1 Proteção por meio da utilização de circuito de
proteção
Um circuito de proteção num CMF consiste em um condutor
de proteção separado ou das partes metálicas estrutu-
rais, ou ambos. O circuito de proteção fornece:
a) proteção contra as conseqüências das faltas den-
tro do CMF;
b) proteção contra as conseqüências devido a faltas
nos circuitos externos supridos pelo CMF.
5.2.6.2.1.1 Devem ser tomadas precauções na construção
para assegurar a continuidade elétrica entre as partes
NBR 6808/1993 11
metálicas expostas do CMF e entre estas partes e o
circuito de proteção da instalação.
5.2.6.2.1.2 Certas partes metálicas expostas de um CMF
não necessitam ser ligadas ao circuito protetor por não
constituírem perigo, pois:
a) não podem ser tocadas ou seguras; ou
b) são localizadas de tal maneira que excluem qual-
quer contato com partes energizadas.
Nota: Isto se aplica a rebites, placas de identificação, eletroí-
mãs de contatores ou relés, núcleos magnéticos de pe-
quenos transformadores, certas partes de disparadores,
etc.
5.2.6.2.1.3 Meios de operação manual metálicos (alavan-
cas, volantes, etc.) devem ser:
a) eletricamente ligados, de maneira segura e per-
manente, ao circuito de proteção; ou
b) munidos de uma isolação adicional que os isolem
de outras partes condutoras do CMF. Esta isola-
ção deve suportar, pelo menos, a tensão nominal
do equipamento.
Nota: Partes metálicas cobertas com uma camada de
verniz ou esmalte não podem ser consideradas
como adequadamente isoladas para atender a es-
te requisito.
5.2.6.2.1.4 A continuidade dos circuitos de proteção deve
ser assegurada por interligações, seja diretamente ou por
meio de condutores de proteção, e atender às seguintes
prescrições:
a) quando uma parte do CMF for removida do invólu-
cro (p. ex.: para manutenção de rotina), os circui-
tos de proteção para o restante do CMF não de-
vem ser interrompidos. Meios usados para mon-
tagem das várias partes metálicas do CMF são
considerados como suficientes para assegurar
continuidade dos circuitos de proteção se as pre-
cauções tomadas garantirem uma boa condutivi-
dade permanente e uma capacidade de conduzir
corrente suficiente para suportar a corrente de fal-
ta para terra que possa fluir no CMF;
Nota: Eletrodutos metálicos flexíveis não podem ser usa-
dos como condutores de proteção.
b) quando as partes removíveis ou extraíveis forem
equipadas com superfícies de suporte metálicas,
estas superfícies serão consideradas suficientes
para assegurar continuidade dos circuitos de
proteção desde que a pressão nelas exercida seja
suficientemente alta. Pode ser necessário tomar
precauções para garantir permanentemente uma
boa condutividade. O circuito de proteção de uma
parte deve permanecer efetivo, desde a posição
ligada até a posição de ensaio, inclusive;
c) para tampas, portas, placas de chapeamento ex-
terno e similares, as conexões roscadas e dobra-
diças metálicas usuais são consideradas suficien-
tes para assegurar continuidade elétrica. Se um
equipamento com uma tensão excedendo os li-
mites da extrabaixa tensão for preso à porta, tam-
pa, placa de chapeamento externo, etc., deve-se
tomar medidas para assegurar continuidade dos
circuitos de proteção. Recomenda-se que estas
partes sejam equipadas com um condutor de pro-
teção, cuidadosamente instalado, cuja seção de-
penda da seção máxima do condutor de alimenta-
ção do equipamento fixo. Uma ligação elétrica
equivalente, especialmente projetada para este
propósito (contato deslizante, dobradiças prote-
gidas contra corrosão) deve ser também conside-
rada satisfatória;
d) todas as partes do circuito de proteção dentro do
CMF devem ser projetadas de maneira a suportar
os esforços térmicos e dinâmicos que possam
ocorrer no local da instalação do CMF;
e) quando o invólucro é usado como circuito de pro-
teção, a sua seção deve pelo menos ser eletrica-
mente igual à seção mínima especificada em
5.2.6.2.1.6;
f) quando a continuidade puder ser interrompida por
meio de conectores ou dispositivos de plugue-to-
mada, o circuito de proteção deve ser interrom-
pido somente após a interrupção dos condutores
vivos e a continuidade estabelecida antes que os
condutores vivos sejam religados;
g) em princípio, circuitos de proteção dentro de um
CMF não devem incluir um dispositivo de seccio-
namento (chaves, etc.). Os únicos meios de sec-
cionamento permitidos num circuito de proteção
são ligações que sejam removíveis com o auxílio de
ferramentas e acessíveis apenas ao pessoal au-
torizado (estas ligações podem ser requeridas pa-
ra certos ensaios).
5.2.6.2.1.5 Os terminais para condutores de proteção ex-
ternos devem ser nus e apropriados para a ligação de con-
dutores de cobre. Um terminal separado de tamanho ade-
quado deve ser previsto para cada condutor de proteção
de saída de cada circuito. No caso de invólucros e condu-
tores de alumínio ou ligas de alumínio, considerações par-
ticulares devem ser dadas ao perigo de corrosão eletrolí-
tica. No caso de CMF com estruturas, invólucros, etc.,
metálicos, deve-se prever meios para assegurar continui-
dade elétrica entre as partes metálicas expostas do CMF
e a proteção metálica dos cabosde ligação (eletroduto de
aço, revestimento de chumbo, etc.). Os meios de ligação
não devem ter função estrutural.
5.2.6.2.1.6 A seção dos condutores de proteção para liga-
ção interna do CMF deve ser:
a) igual à do condutor-fase, se a seção deste último
não exceder 16 mm2. Se os condutores de prote-
ção forem feitos de material diferente dos condu-
tores-fase, sua seção deve possuir a mesma capa-
cidade de condução de corrente;
b) igual ao valor calculado com o auxílio da fórmula
dada no Anexo C, se a seção de um dos conduto-
res-fase exceder 16 mm2.
Nota: Sob certas condições de instalação, o valor da corrente de
falta que pode fluir através do condutor de proteção pode
12 NBR 6808/1993
ser limitado. Neste caso, a seção do condutor de proteção
pode ser acordada entre fabricante e comprador.
5.2.6.2.1.7 Para estabelecer a seção dos condutores de
proteção, as seguintes condições devem ser satisfeitas si-
multaneamente:
a) quando se efetua o ensaio especificado em 6.7.2,
o valor da impedância do circuito de falta deve
atender às condições requeridas para a operação
do dispositivo de proteção;
b) as condições de operação do dispositivo de pro-
teção devem ser escolhidas de maneira a eliminar
a possibilidade de a corrente de falta no circuito
protetor causar uma elevação de temperatura que
tenda a prejudicar este condutor ou sua continui-
dade elétrica.
5.2.6.2.1.8 No caso de um CMF contendo partes estrutu-
rais, invólucros, etc., constituídos de material condutor,
um condutor protetor, se houver, não precisa ser isolado
destas partes.
5.2.6.2.1.9 Condutores de certos dispositivos de prote-
ção, incluindo os condutores que os ligam a um eletrodo
de aterramento separado, devem ser cuidadosamente
isolados. Isto se aplica, por exemplo, a dispositivos de
detecção de faltas operados por tensão e pode também
aplicar-se a ligações de aterramento do neutro do trans-
formador.
Nota: Precauções especiais devem ser tomadas na aplicação
das especificações destes dispositivos.
5.2.6.2.2 Proteção por separação elétrica
Ver NBR 5410.
5.2.6.2.3 Proteção por extrabaixa tensão de segurança
Ver NBR 5410.
5.2.6.2.4 Proteção por isolação total
Para proteção contra contatos indiretos por isolação to-
tal, devem ser atendidas as seguintes prescrições:
a) o equipamento deve ser completamente envolvido
por material isolante. O invólucro deve ter marcado
um símbolo , que deve ser visível do exterior;
b) o invólucro, quando o CMF está pronto para ope-
ração e ligado à fonte, deve envolver todas as
partes vivas e massas de tal forma que não pos-
sam ser tocadas. O invólucro deve fornecer, pelo
menos, um grau de proteção IP4X (ver NBR 6146).
Se um condutor de proteção que se estende a um
equipamento elétrico do lado da carga do CMF
tiver que passar através de um outro CMF, cujas
massas são isoladas, terminais necessários para
conexão dos condutores de proteção externos de-
vem ser previstos e identificados por uma mar-
cação apropriada;
c) as massas dentro do CMF não devem ser ligadas
ao circuito de proteção, isto é, não podem ser in-
cluídas numa medida protetora que envolva o uso
de circuito de proteção; isto se aplica também aos
equipamentos incorporados ao CMF, mesmo que
eles tenham um terminal de ligação para condutor
de proteção. Dentro do CMF, o símbolo deve ser
visivelmente indicado em adição ao símbolo es-
pecificado na alínea a);
d) o invólucro isolante não deve, em ponto algum, ser
atravessado por partes condutoras que possibili-
tem a transferência de uma tensão de falta para fo-
ra do invólucro. Isto significa, por exemplo, que
partes metálicas, que por motivos de construção
tenham de atravessar o invólucro, devam ser sufi-
cientemente isoladas, seja no interior ou no exte-
rior;
e) o invólucro deve ser feito de, ou coberto com, um
material isolante, que seja capaz de suportar os es-
forços mecânicos, elétricos e térmicos, quando su-
jeito às condições normais ou especiais de serviço
(ver 4.1 e 4.2) e deve ser resistente ao envelheci-
mento e ao fogo. Camadas de tinta, verniz e pro-
dutos similares não são consideradas como aten-
dendo a estes requisitos;
f) se as partes ou chapeamentos externos do invólu-
cro puderem ser abertos sem uso de chave ou fer-
ramenta, uma barreira de material isolante deve ser
prevista para dar proteção contra contato aciden-
tal não apenas com as partes vivas acessíveis, mas
também com as massas que só sejam acessíveis
depois que o chapeamento externo tenha sido re-
movido. Esta barreira, porém, não deve ser remo-
vível, exceto com o uso de ferramenta.
Nota: Dentro do invólucro mencionado na alínea b), o condutor
de proteção e seus terminais devem ser isolados das par-
tes vivas e das massas da mesma maneira que as partes
vivas. O condutor de proteção e seu terminal devem ser
dispostos de modo a evitar contato acidental.
5.2.7 Descarga de cargas elétricas
5.2.7.1 Se o CMF possuir equipamentos que possam reter
cargas elétricas perigosas depois que tiverem sido des-
ligados (p. ex.: capacitores), é necessária uma placa de
advertência.
5.2.7.2 Pequenos capacitores, tais como os usados para
extinção de arco, para retardo de resposta dos relés, etc.,
não devem ser considerados perigosos.
Nota: Contato não-intencional não é considerado perigoso se a
tensão resultante da carga estática cai abaixo de 120 VCC
em menos de 5 s depois de desconectado da fonte.
5.2.8 Corredores de operação e manutenção dentro do CMF
Os corredores que não são separados de partes vivas
desprotegidas ou que não são separados por barreira
com grau de proteção menor do que IP2X (ver NBR 6146)
devem ser projetados de modo que possam ser conside-
rados como sendo lugares reservados ao pessoal au-
torizado. Isto pressupõe que:
a) são mantidos trancados;
NBR 6808/1993 13
b) não podem ser destrancados, exceto por pessoal
autorizado;
c) só são acessíveis às pessoas qualificadas;
d) são claramente marcados com advertência;
e) para os corredores com portas de acesso, estas
devem ser providas de meios que impeçam o fe-
chamento acidental. Estas portas devem permitir a
sua abertura pelo lado interno. Os corredores para
operação e manutenção devem ter dimensões mí-
nimas especificadas.
Nota: Bases de fusíveis e soquetes de lâmpadas que sejam
equipadas com uma capa, dando proteção contra choque
elétrico, devem ser considerados como sendo suficien-
temente protegidos.
5.2.9 Acesso ao CMF em serviço pelo pessoal autorizado
Para acesso ao CMF em serviço pelo pessoal autoriza-
do, devem ser observadas as prescrições de 5.2.9.1 a
5.2.9.3. Estas prescrições devem ser complementares às
medições protetoras especificadas em 5.2.6.1 e 5.2.6.2.
Nota: Isto implica que os requisitos combinados devem ser
válidos quando uma pessoa autorizada puder ter acesso ao
CMF, por exemplo, com auxílio de ferramentas ou por
anulação de um intertravamento (ver 5.2.6.1.1) quando o
CMF ou parte dele estiver sob tensão.
5.2.9.1 Acesso para inspeção e operações similares
O CMF deve ser projetado e disposto de tal forma que
certas operações, por acordo entre fabricante e compra-
dor, possam ser feitas quando o CMF estiver em serviço
e sob tensão. Estas operações podem ser:
a) inspeção visual de: dispositivos de manobra, re-
lés, conexões de condutores e identificações, ou-
tros componentes;
b) ajuste e rearme de relés e outros dispositivos:
c) substituição de fusíveis;
d) substituição e lâmpadas indicadoras e de ilumina-
ção interna;
e) certas operações de localização de falta, por
exemplo: medida de corrente e tensão com dispo-
sitivos adequadamente projetados e isolados.
5.2.9.2 Acesso para manutenção
Medidas adequadas devem ser tomadas para permitir
manutenção de uma parte do CMF que esteja desener-
gizada, estando as outras partes adjacentes sob tensão
quando o CMF for projetado para tal propósito. A escolha
da medida adequada depende de fatores tais como con-
dições de serviço, freqüência de manutenção, grau de
competência do pessoal autorizado, regras locais de
instalação e segurança, etc.Esta medidas podem ser:
a) suficiente espaço entre a unidade ou grupo fun-
cional em questão e as unidades ou grupos
funcionais adjacentes. É recomendável que as par-
tes a serem removidas para manutenção tenham,
tanto quanto possível, meios de fixação seguros e
confiáveis;
b) uso de subseções protegidas por barreiras para
cada unidade ou grupo funcional;
c) uso de compartimentos para cada unidade ou
grupo funcional.
5.2.9.3 Previsão para ampliações
Quando for necessário permitir ampliação futura do CMF
com unidades adicionais ou grupos funcionais permane-
cendo as outras partes do CMF sob tensão, os requisitos
de 5.2.9.2 são aplicáveis. Estes requisitos são também
aplicáveis para inserção e ligação de cabos de saída adi-
cionais quando os cabos já existentes estiverem sob
tensão.
Notas: a) Isto pode ser conseguido pela utilização de meios pro-
tetores adicionais.
b) A menos que o projeto do CMF permita ligação de uni-
dades adicionais à entrada da alimentação sob tensão,
considera-se que estas ligações não são feitas sob
tensão.
5.2.10 Componentes de um CMF
5.2.10.1 Seleção dos componentes
5.2.10.1.1 Os componentes devem ser apropriados para a
aplicação a que se destinam, tendo em vista as suas ca-
racterísticas, tais como tensão nominal, corrente nominal,
vida útil de serviço, capacidade de interrupção, capaci-
dade de curto-circuito, etc.
5.2.10.1.2 Componentes que tenham uma capacidade de
curto-circuito ou uma capacidade de interrupção que se-
ja insuficiente para suportar os esforços prováveis de
ocorrer no local de instalação devem ser protegidos por
meio de dispositivos de proteção limitadores de corrente,
por exemplo: dispositivos-fusíveis, disjuntores limitado-
res ou reatores. Na seleção de fusíveis de retaguarda in-
corporados a dispositivos de manobra, deve-se levar em
conta os valores máximos permissíveis do dispositivo de
manobra, tendo em vista os problemas de coordenação
(ver 5.1.3.4).
5.2.10.1.3 Os componentes do CMF devem atender às
normas aplicáveis. A coordenação de componentes
(p. ex.: chaves de partida de motores com equipamentos
de proteção de curto-circuito) deve ser verificada.
5.2.10.2 Instalação de componentes
Os componentes devem ser instalados de acordo com as
instruções do seu fabricante (posição de uso, espaça-
mentos a serem observados para arcos elétricos ou para
remoção das câmaras de extinção) e atender às prescri-
ções de 5.2.10.2.1 a 5.2.10.2.5.
5.2.10.2.1 Os equipamentos, as unidades funcionais mon-
tadas no mesmo suporte (painel de montagem, estrutura
de montagem) e os terminais para condutores externos
devem ser dispostos de forma a serem acessíveis para
montagem, fiação, manutenção e reposição. Dispositivos
de ajuste e rearmamento que tenham que ser operados
dentro do CMF devem ser facilmente acessíveis. Para os
14 NBR 6808/1993
CMF apoiados no solo, os instrumentos indicadores que
precisam ser lidos pelo operador não devem estar loca-
lizados a uma altura acima de 2,20 m em relação ao solo.
Dispositivos de operação, tais como manoplas (punho de
manobra), botoeiras, etc., devem ser dispostos numa al-
tura que permita ser facilmente operados, isto é, em geral
sua linha de centro não deve estar a uma altura superior a
2,00 m em relação ao solo. Em particular é recomendado
que os terminais estejam situados pelo menos a 0,2 m
acima do solo, de modo que os cabos possam ser fa-
cilmente conectados a eles.
Notas: a) Atuadores para dispositivos de seccionamento de emer-
gência devem ser acess íveis dentro de uma faixa entre
0,8 m e 1,6 m acima do n ível de serviço.
b) É recomendado que CMF montado em parede ou piso
deva ser instalado a uma altura com respeito ao nível de
operação, de modo que as exigências mencionadas
para acesso e operação sejam observadas.
5.2.10.2.2 Os equipamentos devem ser instalados e suas
fiações executadas de forma que não sejam influencia-
dos por interações, tais como calor, arcos, vibrações,
campos energéticos, que sejam provenientes da opera-
ção normal. No caso de dispositivos-fusíveis, contidos em
invólucros, considerações especiais devem ser dadas
aos efeitos térmicos (ver 5.1.2) para a seleção do tipo e
dos valores nominais dos fusíveis a serem usados.
Nota: No caso dos CMF com componentes eletrônicos, estes
podem necessitar de separação ou blindagem entre cir-
cuitos e potência e circuitos de controle.
5.2.10.2.3 Barreiras para dispositivos de manobra opera-
dos manualmente devem ser projetadas de maneira que
os arcos não representem perigo para o operador. Para
minimizar o perigo quando da reposição de fusíveis, bar-
reiras entre fases devem ser aplicadas, a menos que o
projeto e localização dos dispositivos-fusíveis tornem isto
desnecessário.
5.2.10.2.4 Os componentes do CMF devem ser seleciona-
dos com base nas condições normais de serviço especi-
ficadas em 4.1 (ver também 5.2.10.2.2). Quando necessá-
rio, precauções apropriadas (aquecimento, ventilação)
devem ser tomadas para assegurar que as condições de
serviço essenciais para o funcionamento adequado de
certos componentes sejam mantidas (p. ex.: para certos ti-
pos de relés, medidores, etc., a temperatura ambiente não
deve ficar abaixo de 5°C).
5.2.10.2.5 Para os CMF pode-se utilizar tanto o arrefeci-
mento natural como o forçado. Se precauções especiais
são requeridas para assegurar arrefecimento próprio, o fa-
bricante deve fornecer a informação necessária (p. ex.:
previsão de afastamento com respeito às partes que são
prováveis de impedir a dissipação de calor ou produzir
calor).
5.2.10.3 Partes fixas
5.2.10.3.1 No caso de partes fixas, as ligações dos circui-
tos principais só podem ser estabelecidas ou rompidas
quando o CMF estiver desenergizado. Em geral a remo-
ção ou instalação de partes fixas necessita de uso de
ferramentas.
5.2.10.3.2 A remoção de uma parte fixa pode requerer a
desenergização do CMF completo ou de parte dele.
Nota: Se, sob certas condições, é permitido o trabalho nos cir-
cuitos energizados, as precauções de segurança aplicá-
veis devem ser respeitadas.
5.2.10.4 Partes removíveis e partes extraíveis
5.2.10.4.1 As partes removíveis e as extraíveis devem ser
construídas de modo que seus equipamentos elétricos
possam ser conectados e desconectados com seguran-
ça do circuito principal, estando este energizado. As dis-
tâncias mínimas de isolamento e escoamento (ver 5.2.2)
devem ser respeitadas nas diferentes posições, bem co-
mo durante a passagem de uma posição para outra.
Notas: a) Isto pode requerer o uso de ferramentas apropriadas.
b) Pode ser necessário assegurar que estas operações
não sejam feitas sob carga.
c) Partes removíveis devem ter uma posição de operação
e uma posição removida.
d) Partes extraíveis devem ter, além das mencionadas em
c), uma posição extraída e podem ter uma posição de
ensaio.
e) As partes referidas em c) e d) devem ter as suas dife-
rentes posições clara e visivelmente marcadas e, em
cada posição, as correspondentes posições elétricas
devem estar garantidas (ver Tabela 8 do Anexo B).
5.2.10.4.2 Salvo acordo entre comprador e fabricante, par-
tes extraíveis devem ser equipadas com um dispositivo
que assegure que o equipamento somente possa ser ex-
traído e/ou reinserido com o seu circuito principal aberto.
A fim de evitar operação não-autorizada, partes extraíveis
podem ser munidas de um cadeado ou trava para mantê-
las em qualquer uma de suas posições.
5.2.10.4.3 O grau de proteção (ver 5.2.5) indicado para os
CMF normalmente se aplica à posição de operação das
partes removíveis e/ou extraíveis. Se requerido, o fabri-
cante deve indicar o grau de proteção obtido nas outras
posições e durante a transição entre estas. Os CMF com
partes extraíveis podem ser construídos de tal modo que
o grau de proteção referente à posição de operação seja
também mantido nas posições: de ensaio, extraída e du-
rante a transição entre estas. Se, após a remoção de uma
parte removível e/ou extraível, o grau de proteção original
não for mantido, medidas apropriadas devem ser acor-
dadas para asseguraruma proteção adequada.
5.2.10.4.4 Os circuitos auxiliares podem ser abertos com
ou sem uso de ferramentas. No caso de partes extraíveis,
a ligação dos circuitos auxiliares deve ser preferivelmente
feita sem o uso de ferramentas.
5.2.10.5 Separação interna por barreiras ou divisões
5.2.10.5.1 Uma ou mais das seguintes condições podem
ser atendidas pela divisão dos CMF por meio de barreiras
ou divisões metálicas ou não-metálicas e compartimen-
tos separados ou subseções separadas:
a) proteção contra o contato com partes vivas per-
tencentes às unidades funcionais adjacentes;
NBR 6808/1993 15
b) proteção contra a passagem de corpos sólidos
estranhos de uma unidade de um CMF para uma
unidade adjacente;
c) limitação da probabilidade de iniciar arco.
Notas: a) Os efeitos de um arco podem ser consideravelmente re-
duzidos pelo uso de meios que limitem a intensidade e
duração da corrente de curto-circuito.
b) É necessário que as aberturas entre compartimentos
sejam de tal forma que os gases produzidos pelos
equipamentos de proteção de curto-circuito não pre-
judiquem a operação das unidades funcionais de
compartimentos adjacentes.
5.2.10.5.2 Os seguintes itens são formas típicas de se-
paração por barreiras ou divisões:
a) forma 1:
- sem separações;
b) forma 2:
- separações entre barramentos e unidades fun-
cionais (ver Figura 11 do Anexo A);
c) forma 3:
- separação entre barramentos e unidades fun-
cionais e separação entre todas as unidades
funcionais, mas não entre seus terminais de
saída, de uma unidade para outra. Os terminais
de saída não precisam ser separados do barra-
mento (ver Figura 12 do Anexo A);
d) forma 4:
- separação entre barramentos e unidades fun-
cionais e separação entre todas unidades
funcionais, incluindo seus terminais de saída,
de uma unidade para outra (ver Figura 13 do
Anexo A).
Nota: As formas das separações internas devem ser objeto de
acordo entre fabricante e comprador.
5.2.10.6 Dimensionamento dos condutores
A escolha das seções dos condutores dentro do CMF é de
responsabilidade do fabricante. Devem ser considerados,
além da intensidade das correntes, as solicitações térmi-
cas e eletromecânicas provocadas pela corrente de cur-
to-circuito, a maneira como são instaladas, o tipo de iso-
lação e, se aplicáveis, as limitações impostas pelos ele-
mentos aos quais estão ligados (p. ex.: eletrônicos).
5.2.10.7 Fiação
5.2.10.7.1 Os condutores isolados devem ser dimensiona-
dos pelo menos para a tensão nominal do circuito refe-
rido.
5.2.10.7.2 Condutores isolados entre dois dispositivos de
ligação não devem ter emendas ou juntas soldadas. As
ligações devem, sempre que possível, ser feitas nos
terminais fixos.
5.2.10.7.3 Condutores isolados não devem se apoiar em
partes energizadas nuas com potenciais diferentes ou em
cantos vivos e devem ser adequadamente fixados.
5.2.10.7.4 Condutores para ligação a aparelhos ou instru-
mentos de medida localizados nas portas ou chapeamen-
tos externos devem ser instalados de forma que não so-
fram danos mecânicos em conseqüência do movimento
destas portas ou chapeamentos.
5.2.10.7.5 Se os terminais não forem adequados ao tipo de
condutor usado, meios de ligação adequados (luvas, bor-
nes, etc.) devem ser utilizados.
5.2.10.7.6 Ligações soldadas aos componentes do CMF
somente podem ser permitidas nos casos em que os
componentes sejam previstos para este tipo de ligação.
Quando este componente estiver sujeito a fortes vibra-
ções durante a operação normal, os condutores devem
ser mecanicamente presos a uma distância adequada do
ponto de ligação.
5.2.10.7.7 Em locais onde existem vibrações fortes du-
rante operação normal (p. ex.: no caso de operação em
dragas ou guindastes, operação a bordo de navios, equi-
pamentos de içamento e locomotivas), deve-se dar aten-
ção especial ao suporte dos condutores. Para os com-
ponentes não mencionados em 5.2.10.7.6, terminais para
soldagem de cabos ou extremidades soldadas de con-
dutores encordoados não são aceitos sob condições de
vibrações fortes.
5.2.10.7.8 Geralmente só um condutor deve ser ligado a
um terminal. A ligação de dois ou mais condutores a um
terminal só é permissível nos casos em que terminais
sejam projetados para este propósito. (Entende-se por
terminal o conector ligado à extremidade do condutor.)
5.2.10.8 Ligações
As ligações das partes condutoras de corrente não de-
vem sofrer alteração indevida como resultado do aumen-
to de temperatura normal, envelhecimento dos materiais
isolantes e vibrações que ocorrem na operação normal.
Em particular, os efeitos de dilatação térmica e da ação
eletrolítica no caso de metais diferentes e os efeitos da
resistência dos materiais às temperaturas atingidas de-
vem ser levados em consideração. Ligações entre partes
condutoras de corrente devem ser estabelecidas por
meios que assegurem uma pressão de contato suficiente
e durável.
5.2.10.9 Identificação
5.2.10.9.1 Identificação dos condutores dos circuitos principais
e auxiliares
5.2.10.9.1.1 Os condutores devem ser identificados (p. ex.:
por número, disposição, cores ou símbolos) e esta iden-
tificação deve estar indicada nos diagramas e desenhos.
Se for usada a identificação das fases pela disposição dos
barramentos, esta disposição deve ser tal que, quando
vistas de frente do CMF, as fases A, B e C estejam sempre
em uma das seguintes ordens:
a) da esquerda para a direita;
16 NBR 6808/1993
b) de cima para baixo;
c) de frente para trás.
5.2.10.9.1.2 Se for usada a identificação por cores, os bar-
ramentos e/ou cabos devem ser identificados pelas
seguintes cores:
a) corrente alternada:
- fase A - azul-escuro;
- fase B - branco;
- fase C - violeta ou marrom;
b) corrente contínua:
- positivo - vermelho;
- negativo - preto.
Notas: a) Para os barramentos, preferencialmente, deve-se asso-
ciar as duas maneiras de identificação acima citadas.
b) Para fiação interna de aparelhos e equipamentos, so-
mente uma cor deve ser utilizada, preferencialmente
preta, respeitadas as condições de 5.2.10.9.2 e
5.2.10.9.3. Entretanto, o uso de outras cores, ou a
combinação de cores, não é excluído onde for necessá-
rio para fins de fabricação ou manutenção.
5.2.10.9.2 Identificação do condutor de proteção (PE) e do
condutor neutro (N) de circuito principal
5.2.10.9.2.1 O condutor de proteção deve ser facilmente
identificado por forma, localização, cor ou marcação. Se a
identificação por cores for usada, deve ser utilizada a
dupla coloração verde/amarela ou, na falta desta, a cor
verde. No caso do condutor de proteção ser em cabo
singelo isolado, esta identificação por cores deve ser
usada preferencialmente em todo o seu comprimento. Na
identificação por cor, a cor verde/amarela ou verde é
reservada estritamente para o condutor de proteção. Os
terminais para condutores de proteção externos devem
ser marcados com o símbolo de proteção .
Nota: Este s ímbolo não é necessár io quando o condutor de pro-
teção estiver ligado a um condutor que seja claramente
identificado com cor verde/amarela ou verde.
5.2.10.9.2.2 Todo condutor neutro do circuito principal de-
ve ser facilmente identificado pela forma, localização,
marcação ou cor. Se a identificação por cores for utiliza-
da, deve ser usada a cor azul-clara para a identificação do
neutro.
5.2.10.9.3 Identificação dos circuitos individuais, conectores
e réguas de bornes
5.2.10.9.3.1 Todos os circuitos individuais e seus disposi-
tivos de proteção devem ser identificados.
5.2.10.9.3.2 Todos os conectores nos quais devam ser fei-
tas ligações de condutores pelo comprador devem ser
identificados por números, símbolos ou letras, que devem
estar de acordo com as indicações nos diagramas e
desenhos de fiação.
5.2.10.9.3.3 Réguas de bornes terminais para ligações
externas devem ser identificadas.
5.2.10.9.4 Direção de operação e posição dos dispositivos
A direção de operação e indicação das posições dos
dispositivos de manobra devem estar de acordo com as
normas aplicáveis ao equipamento referido.
5.2.10.10 Tratamentoe pintura
Ver NBR 8755.
6 Inspeção
A inspeção pressupõe uma série de atividades, entre as
quais se destacam os ensaios de tipo e de rotina a seguir
descritos.
6.1 Ensaios de tipo
6.1.1 Os ensaios de tipo têm a finalidade de verificar a con-
formidade com os requisitos exigidos na especificação de
um dado tipo de CMF. Os ensaios de tipo devem ser
executados num protótipo do CMF ou em protótipo de
partes dos CMF fabricados segundo o mesmo projeto. A
aceitação ou não dos certificados, assim como a reali-
zação ou não dos ensaios de tipo que se fizerem necessá-
rios ficarão a critério do comprador. Ensaios de tipo in-
cluem:
a) ensaio de elevação de temperatura (conforme 6.4);
b) ensaio de tensão suportável à freqüência indus-
trial durante 1 min (conforme 6.5);
c) ensaio de curto-circuito (conforme 6.6);
d) verificação da eficácia do circuito de proteção
(conforme 6.7);
e) verificação das distâncias de isolação e escoa-
mento (conforme 6.8);
f) verificação da operação mecânica (conforme 6.9);
g) verificação do(s) grau(s) de proteção (conforme
6.10).
6.1.2 Estes ensaios podem ser executados em qualquer
ordem e/ou em diferentes protótipos do mesmo tipo. Se
forem feitas modificações nos componentes do CMF,
devem ser executados novos ensaios de tipo, quando
solicitados pelo comprador, se estas modificações são
prováveis de afetar adversamente os resultados destes
ensaios.
6.2 Ensaios de rotina
Os ensaios de rotina têm a finalidade de detectar falhas
de materiais e de fabricação. Devem ser executados pelo
fabricante em todos os CMF. Eles são realizados logo
após a montagem de cada CMF completo ou em cada
unidade de transporte. Não é necessário outro ensaio de
rotina no local da instalação. Os ensaios de rotina podem
ser executados em qualquer ordem e incluem:
a) inspeção do CMF incluindo verificação de fiação e,
onde aplicáveis, ensaios de operação elétrica e
mecânica (conforme 6.12);
NBR 6808/1993 17
b) resistência de isolamento;
c) verificação das medidas de proteção e da continui-
dade elétrica do circuito de proteção;
d) tensão suportável à freqüência industrial.
Nota: Mesmo com a aprovação do CMF após a realização dos
ensaios de rotina nas instalações do fabricante, reco-
menda-se ao usuário do CMF fazer uma verificação geral
após o transporte e a instalação. Nesta verificação deve-se
incluir um reaperto geral nas ligações dos circuitos princi-
pais.
6.3 Ensaios de elevação de temperatura
6.3.1 Generalidades
6.3.1.1 O ensaio de elevação de temperatura é previsto
para verificar se os limites de elevação de temperatura
especificados na Tabela 5 do Anexo B, para as diferentes
partes do CMF, não são excedidos. O ensaio deve ser
normalmente executado com os valores nominais de cor-
rente, de acordo com 6.3.3, com componentes do CMF
instalados. Em certos casos, o ensaio pode ser executa-
do com o auxílio de resistores aquecedores de potência
dissipada equivalente, de acordo com 6.3.4. É permis-
sível ensaiar partes individuais (painéis, caixas, invólu-
cros, etc.) do CMF (ver 6.3.2), desde que se tomem pre-
cauções apropriadas para tornar o ensaio representativo.
6.3.1.2 O ensaio de elevação de temperatura nos circuitos
individuais deve ser feito com o tipo de corrente e fre-
qüência para o qual foram projetados. As tensões de en-
saio usadas devem ser tais que uma corrente igual à
corrente determinada de acordo com 6.3.3 flua através
dos circuitos. Bobinas de relés, contatores, disparado-
res, etc. devem ser submetidos à tensão nominal. CMF
tipo aberto não precisa ser submetido ao ensaio de eleva-
ção de temperatura, se for óbvio, pelos ensaios de tipo
nas partes individuais ou pela seção dos condutores e pe-
lo arranjo dos equipamentos, que não há elevação de
temperatura excessiva e que nenhum dano é causado ao
equipamento ligado ao CMF e às partes adjacentes de
material isolante.
6.3.2 Arranjo do CMF
6.3.2.1 O CMF deve ser disposto como para uso normal,
com todos os chapeamentos, etc. no lugar.
6.3.2.2 Quando do ensaio de partes individuais ou unida-
des de construção, as partes adjacentes ou unidade de
construção devem produzir as mesmas condições de
temperatura como em uso normal. Resistores de aque-
cimento podem ser usados.
6.3.3 Ensaio de elevação de temperatura usando corrente
em todos os equipamentos
6.3.3.1 O ensaio deve ser feito em uma ou mais combina-
ções representativas dos circuitos, escolhidas de forma a
cobrir com precisão razoável as piores condições para as
quais o CMF foi projetado. Para este ensaio, cada circui-
to é alimentado com a corrente nominal multiplicada pelo
fator de diversidade dado na Tabela 2 do Anexo B. Se o
CMF incluir dispositivos-fusíveis, estes devem ser muni-
dos, para o ensaio, com fusíveis que atendam à espe-
cificação do fabricante do CMF.
6.3.3.2 A potência dissipada nos fusíveis usados para o
ensaio deve fazer parte do relatório de ensaio. As seções
e disposições dos condutores externos usados para o
ensaio devem fazer parte do relatório de ensaio. O ensaio
deve ser feito por um tempo suficiente para que a eleva-
ção de temperatura atinja um valor constante (mas não ex-
cedendo 8 h). Na prática, esta condição é atingida quan-
do a variação de temperatura não exceder 1°C/h.
Notas: a) Na prática, para encurtar o tempo de ensaio, a corren-
te pode ser aumentada durante a primeira parte do en-
saio, reduzindo-se posteriormente para o valor da cor-
rente de ensaio especificada.
b) Quando um controle eletromagnético for energizado du-
rante o ensaio, a temperatura deve ser medida quando
o equilíbrio térmico for atingido, tanto no circuito prin-
cipal como no controle eletromagnético.
c) Em todos os casos, o uso de corrente alternada mono-
fásica para ensaio de um CMF polifásico é somente
permitido se os efeitos magnéticos forem suficiente-
mente pequenos que possam ser desprezados. Isso
requer uma consideração especial para correntes aci-
ma de 400 A.
6.3.3.3 Na ausência de informações detalhadas a respeito
das condições de serviço, a seção dos condutores exter-
nos deve estar de acordo com as prescrições de 6.3.3.4,
6.3.3.5 ou 6.3.3.6, conforme o valor da corrente de ensaio.
6.3.3.4 Para os valores de corrente de ensaio até 400 A
inclusive, as ligações devem:
a) ser de cabos ou fios singelos de cobre, isolados
em PVC e com seção de acordo com a Tabela 9 do
Anexo B;
b) ser tanto quanto possível ao ar livre;
c) ter um comprimento mínimo de cada ligação tem-
porária de terminal a terminal de:
- 1 m para condutores de até 35 mm2 inclusive; e
- 2 m para condutores de seção superior a 35 mm2.
6.3.3.5 Para valores de corrente de ensaio superiores a
400 A mas não excedendo 800 A:
a) os condutores devem ser cabos de cobre unipola-
res, com isolação em PVC ou barras de cobre equi-
valentes indicados na Tabela 10 do Anexo B, se-
gundo as recomendações do fabricante do CMF;
b) os cabos ou as barras de cobre devem ser espa-
çados aproximadamente da distância existente en-
tre os terminais. As barras de cobre devem ter um
acabamento preto-fosco. Os cabos múltiplos em
paralelo ligados ao mesmo terminal devem ser
agrupados e espaçados uns dos outros, no ar, de
aproximadamente 10 mm. As barras múltiplas de
cobre relativas ao mesmo terminal devem ser es-
paçadas uma das outras por uma distância igual à
sua espessura. Se as dimensões indicadas para as
barras não se adaptam aos terminais ou não são
disponíveis, é permitido empregar outras barras
com aproximadamente a mesma seção e com igual
ou menor superfície de resfriamento. Os cabos ou
barras de cobre não devem ser intercalados;
18 NBR 6808/1993
c) para os ensaios monofásicos ou polifásicos, o
comprimento mínimo de qualquer ligação tempo-
rária para alimentação do ensaio deve ser de 2 m.
O comprimento mínimo ao ponto comum (ponto-
estrela) pode ser reduzido a 1,2 m.
6.3.3.6 Para os valores de corrente de ensaio maiores que
800 A mas não excedendo 3150 A:
a) os condutores devem ser barras de cobre com as
dimensões indicadas na Tabela 10 do Anexo B, a
menos que o CMF seja projetado

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