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TEMP 3 EP1 Fundamentos e manobras da drenagem linfática

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DRENAGEM 
LINFÁTICA 
Fernanda Ribeiro de Oliveira
Fundamentos e manobras 
da drenagem linfática
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Descrever os fundamentos da drenagem linfática.
 � Identificar as manobras de drenagem linfática e seus efeitos.
 � Reconhecer as manobras relacionadas aos linfonodos.
Introdução
Antes de fazer atendimentos executando a técnica de drenagem linfática, 
é necessário conhecer muito bem todos os seus fundamentos e como 
é seu mecanismo de ação, entendendo todas as suas particularidades 
quanto à pressão, velocidade, ritmos e manobras. Trata-se de um recurso 
amplamente utilizado em estética, contemplando a maioria dos proble-
mas tratados nessa área.
Neste texto, você vai identificar quais são as características da drena-
gem linfática manual, seus fundamentos, indicações e contraindicações, 
além de conhecer as principais manobras e a direção correta que a linfa 
deve seguir.
Fundamentos da drenagem linfática manual 
A drenagem linfática manual (DLM) é uma massagem com manobras suaves 
que ajudam no escoamento do excesso de líquidos, muitas vezes conduzindo 
também dejetos de nosso metabolismo para eliminação total. A DLM imita 
nosso sistema linfático fisiológico.
A DLM está baseada em manobras de evacuação que permitem que haja um 
aumento no fluxo linfático e um direcionamento da linfa para os linfonodos, 
principalmente em região proximal. Também são fundamentais as manobras 
de captação, que simulam um bombeamento de pressão tissular leve, fazendo 
com os restos metabólicos sejam direcionados para os capilares linfáticos. 
Segundo Sanches e Elwing (2014), quanto maior for a aderência das mãos 
do profissional na pele do cliente, melhor será o resultado do direcionamento 
da linfa, e isso potencializará a fisiologia linfática local. As manipulações de 
DLM são compostas por basicamente três fases:
 � Uma fase ativa, onde há um empurre.
 � Duas fases passivas, quando há um apoio da mão e depois quando há 
o relaxamento.
Essas fases distintas permitem que os vasos linfáticos tenham tempo de se 
encher novamente, assim, podemos mobilizar melhor a linfa em seu interior. 
Do total de vasos e capilares linfáticos do nosso corpo, 80% estão loca-
lizados superficialmente. Logo, se a drenagem manipula a linfa que corre 
dentro dessas estruturas superficiais, ela deve ser realizada de maneira leve, 
empregando uma pressão de até, no máximo, 40 mmHg. Essa é uma pressão 
bem leve, apenas suficiente para ocasionar o deslocamento da linfa. 
O mmHg é uma unidade de medida utilizada para mensurar a pressão de algo. Na 
DLM, essa pressão é realizada com as mãos.
Outra característica da DLM é que ela deve ser lenta, pois, nessa técnica, 
você deve acompanhar o fluxo linfático, que corre muito mais lentamente do 
que a circulação sanguínea. Além disso, sua direção é sempre única.
De maneira geral, a DLM tem alguns efeitos distintos em nosso organismo, 
veja quais:
 � Efeito defensivo: a drenagem melhora a resposta imunitária das regiões 
tratadas. 
 � Efeito neural: por estimular o sistema nervoso vegetativo, a DLM 
tem um efeito sedativo, ou seja, atua diminuindo a dor na região 
manipulada.
Fundamentos e manobras da drenagem linfática52
 � Efeito muscular: devido ao toque leve acima das fibras musculares, a 
DLM tem influência sobre a musculatura estriada, com efeito relaxante, 
e sobre a musculatura lisa, potencializando seu funcionamento. 
 � Efeito drenante: a DLM atua na drenagem de toxinas e do excesso de 
líquido intersticial. 
A DLM auxilia de forma muito importante no combate ao edema, mas 
também é indicada em outros casos. Existem algumas alterações estéticas que 
são acompanhadas de um comprometimento na atuação do sistema linfático, 
entre elas: 
 � linfedema; 
 � flebedema; 
 � lipedema; 
 � hematomas; 
 � eritema solar; 
 � queimaduras; 
 � pós-cirúrgico; 
 � varizes; 
 � asma bronquial; 
 � prisão de ventre; 
 � dores menstruais; 
 � tratamento de cicatrizes; 
 � distensões; 
 � queda de cabelo. 
Além das indicações acima, Sanches e Elwing (2014) aponta que a drenagem 
também é indicada em transtornos neurovegetativos (como o stress e insônia), 
transtornos neurológicos (por exemplo, síndrome de Down), patologias crônicas 
das vias respiratórias (por exemplo, sinusite), doenças do tecido conjuntivo 
(como o lúpus eritematoso) e também nos transtornos osteomusculares e do 
tecido conjuntivo (como, por exemplo, doenças reumáticas e artropatia).
Mesmo diante dessas indicações, é necessário avaliar o paciente com muita 
cautela, pois você precisa entender qual é a indicação de DLM em cada caso. 
Assim, para algumas patologias, é necessário sempre ter indicação médica 
para a realização da técnica. 
Você viu que a drenagem pode ajudar em muitos casos. Observe na lista 
a seguir que ela também é indicada em alterações estéticas muito comuns no 
cotidiano do profissional da área da estética. 
53Fundamentos e manobras da drenagem linfática
 � Acne: reduz os edemas intersticiais provindos do processo inflamatório 
e também auxilia na eliminação de toxinas.
 � Rosácea: auxilia na circulação sanguínea e linfática, aliviando o eri-
tema, além de contribuir para a eliminação de toxinas. 
 � Olheiras: quando decorrente de uma má vascularização, a DLM atuará 
melhorando a irrigação linfática e sanguínea do local. 
 � Cicatrizes: ajuda na recuperação do tecido. 
 � Couperose: esta afecção deixa a pele ruborizada e pode ter sensação 
de ardor (pode ser acompanhada de quadro de acne) devido a uma 
alteração nos vasos sanguíneos; a DLM atuará melhorando a circulação 
e suavizando o quadro gradativamente.
 � Fibro edema geloide (FEG): também conhecido como celulite, nesses 
casos a DLM ajuda na redução de edema e melhora a circulação.
Como é legal saber quantas coisas você pode ajudar a amenizar e até mesmo 
tratar com a drenagem linfática manual! Entretanto, uma técnica tão rica e que 
manipula de forma tão intensa nosso tecido e sistema linfático não poderia 
deixar de ter suas restrições. Veja agora quais são as contraindicações da DLM.
Contraindicações relativas
As contraindicações relativas são aquelas patologias que necessitam de atenção; 
se controladas, poderão receber a técnica de drenagem linfática. Para Sanches e 
Elwing (2014), as seguintes contraindicações podem ser consideradas relativas: 
 � inflamação crônica; 
 � hipotensão arterial; 
 � hipertensão arterial;
 � asma brônquica; 
 � distúrbios da tireoide; 
 � transtornos abdominais; 
 � gestação; 
 � elefantíase.
Fundamentos e manobras da drenagem linfática54
Contraindicações absolutas 
As contraindicações absolutas dizem respeito àqueles casos em que não se 
pode realizar a DLM de maneira alguma. São elas:
 � câncer; 
 � infecções bacterianas ou virais; 
 � infecções agudas; 
 � tromboses;
 � flebite;
 � tromboflebites;
 � tuberculose; 
 � crise asmática; 
 � insuficiência cardíaca; 
 � toxoplasmose; 
 � erisipela;
 � eczema aguda. 
Agora que você já sabe quais são as indicações e contraindicações da 
DLM, está na hora de aprender sobre as manobras que são realizadas na DLM.
Manobras e seus efeitos 
As manobras para a realização DLM diferem totalmente da massagem que 
estamos acostumados a realizar. Nessa técnica, todas as manobras irão au-
xiliar no fluxo linfático; em cada manobra, suas mãos devem ir se adaptando 
para que o deslocamento da linfa seja feito corretamente, sem excessos e 
movimentos inadequados. 
As manobras sempre deverão ocorrer em direção aos linfonodos de cada 
quadrante linfático — isto é, você sempre realizará as manobras na direção 
em que o fluxo linfático percorre. Esse detalhe é de extrema importância, pois, 
do contrário, você poderá até mesmo piorar o quadro de edema do cliente. 
Na Figura 1 você pode visualizar as divisões topográficas e o trajeto que a 
linfa percorre, tanto na face, quanto no corpo. Esse é o caminho que deve ser 
percorrido durante o procedimento de DLM,e isso não pode mudar jamais.
55Fundamentos e manobras da drenagem linfática
Figura 1. Linhas de massagem linfática. 
Fonte: mashabr/Shutterstock.com.
As setas indicam a direção e os pontos para onde a linfa será encaminhada 
durante a DLM. A seguir, veja quais são as principais manobras utilizadas.
Círculo fixos 
A manobra é realizada com a movimentação de cotovelo e ombros; com am-
bas as mãos na pele do cliente, realizam-se círculos estacionários (fixos). As 
mãos devem estar inteiramente estendidas sobre a área a ser tratada, e a pele 
é massageada com movimentos de empurrar com pressão leve, em formato de 
círculo fixo. Importante ressaltar que o círculo é realizado com a pele e não 
na pele; as mãos e os dedos permanecem passivos, a movimentação é toda 
feita pelo punho. Veja na Figura 2 um exemplo da realização da manobra.
Fundamentos e manobras da drenagem linfática56
Figura 2. Manobra de círculos fixos.
Fonte: Fineart1/Shutterstock.com.
Regiões onde essa manobra pode ser realizada: 
 � rosto; 
 � cabeça;
 � nuca;
 � pescoço;
 � cotovelos;
 � joelhos;
 � mãos; 
 � pés;
 � região de linfonodos axilares (para estimulação);
 � região de linfonodos inguinais (para estimulação);
 � região de linfonodos poplíteos (para estimulação);
 � região de linfonodos cubitais (para estimulação).
57Fundamentos e manobras da drenagem linfática
Bombeamento 
Nesta manobra, as mãos em contato com a pele do cliente, juntas ou alternadas, 
irão provocar uma pressão leve, não pela musculatura e sim por uma flexão 
palmar do punho — você percebe que o braço se move para frente. Após esse 
movimento, retira-se levemente a mão da pele do cliente. A partir disso, você 
segue repetindo esses movimentos de pressão e descompressão, de maneira 
gradual, leve e lenta. Veja na Figura 3 um exemplo da realização da manobra.
Figura 3. Movimento de bombeamento.
Fonte: Master1305/Shutterstock.com.
As regiões onde se pode aplicar essa manobra são áreas mais longas e 
curvilíneas do corpo, como:
 � braços;
 � antebraços; 
 � coxas; 
 � pernas; 
 � flancos. 
Fundamentos e manobras da drenagem linfática58
Rotatório 
Com as mãos apoiadas sobre a pele do cliente e os polegares separados, você 
deve realizar giros, inclusive com o polegar; os dedos estarão entreabertos 
e orientarão o movimento de empurrar da manobra, que é parecida com a 
de círculos fixo. Esse movimento ocorre desde a base até a ponta dos dedos. 
Suavemente, a palma abaixa até tocar totalmente na pele, exercendo suave 
pressão no limite da elasticidade da pele; após, faz a descompressão, afastando 
a mão levemente da pele. Veja um exemplo da manobra na Figura 4. 
Figura 4. Movimento rotatório.
Fonte: Andrey_Popov/Shutterstock.com.
Essa manobra é utilizada em regiões planas, como:
 � tórax; 
 � abdome; 
 � costas.
59Fundamentos e manobras da drenagem linfática
Movimento doador
Essa manobra é realizada exclusivamente em antebraços e pernas. Sua apli-
cabilidade é muito parecida com a de bombeamento, porém, a palma da mão 
estará voltada para você mesmo. Veja na Figura 5 um exemplo de como a mão 
deve estar posicionada.
Figura 5. Movimento doador.
Fonte: Lisa S./Shutterstock.com.
A palma da mão estará estirada. Ao tocar a pele, você fará movimentos de 
empurrar com giro; relaxe as mãos, afrouxe a pressão e depois volte a repeti-la. 
O importante nessa manobra é que o punho regule os movimentos — se ele 
estiver rígido, a manobra não sairá correta. 
Bracelete 
Com uma ou com as duas mãos, você envolve a pele do cliente, exercendo 
uma pressão leve, porém intermitente, que vai conduzir a linfa.
Fundamentos e manobras da drenagem linfática60
Figura 6. Movimento bracelete.
Fonte: Adam Gregor/Shutterstock.com.
As regiões em que são feitas essa manobra são: 
 � pernas; 
 � coxas; 
 � braços; 
 � antebraços. 
Informações importantes quanto à realização da drenagem linfática:
 � Todo movimento começa com pressão zero na pele, o aumento e dimi-
nuição da pressão ocorrem lentamente.
 � Você sempre inicia na região proximal ao linfonodo; todas as manobras 
são de proximal a distal, ou seja, você vai iniciar as manobras sempre 
da região mais próxima dos linfonodos (proximal) e vai se deslocando 
para as regiões mais distantes (distais), sempre direcionando a linfa 
até os linfonodos. 
 � As manobras da DLM não devem causar vermelhidão na pele.
 � A DLM não deve ser dolorosa. 
 � As manobras precisam ser rítmicas e uniformes.
61Fundamentos e manobras da drenagem linfática
 � O número de repetições indicada é de 3 a 5 manobras em cada local,
porém, essa quantidade pode variar de acordo com a condição do tecido. 
 � A utilização de creme para o deslizamento não é obrigatória, mas, se
for utilizar, use com moderação, para que a técnica seja realizada com
mais eficiência; o ideal é que haja aderência da mão na pele.
 � Sempre posicione corretamente seu cliente na maca.
 � Antes de iniciar as manobras, os linfonodos devem ser estimulados.
As manobras citadas aqui são as principais manobras encontradas na 
literatura, porém, existem alguns autores que defendem maneiras diferentes 
de se aplicar a técnica. Fisiologicamente, no entanto, todas as vertentes pro-
metem alcançar o mesmo objetivo, que é estimular a ação e o transporte do 
sistema linfático. 
Fundamentos e manobras da drenagem linfática62
SANCHES, O.; ELWING, A. Drenagem linfática manual: teoria e prática. São Paulo: 
Senac, 2014. 
Leituras recomendadas
LEDUC, A.; LEDUC, O. Drenagem linfática: teoria e prática. 3. ed. Barueri, SP: Manole, 2007.
WITTLINGER, H. et al. Drenagem linfática: método Dr. Vodder. Porto Alegre: Artmed, 
2011. 
Referência