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Resumo- HELMINTOS

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Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
HELMINTOS
 
➢ Classe Nematoda 
➢ Classe sestoda 
➢ Classe trematoda 
 
CLASSE NAMATODA 
 
Ascaris lumbricoides 
 
→ Causa a ASCARIDIOSE 
→ Parasitam o intestino delgado de seres humanos. Podem ficar 
presos à mucosa ou migrarem pela luz intestinal 
→ Popularmente conhecidos como “lombriga” 
→ A espécie A. suum infecta o intestino delgado de suínos, ou seja, 
é uma zoonose (são muito semelhantes aos lumbricoides, porém 
maiores em comprimento e a quantidade de ovos colocados são 
diferentes.). A infecção dessa espécie ocorre por água e 
alimentos contaminados 
→ Associado a falta de saneamento 
→ A. lumbricoides é encontrada em quase todos os países do 
mundo e ocorre com frequência variada em virtude das 
condições climáticas, ambientais e, principalmente, do grau de 
desenvolvimento da população. 
→ A carga parasitária (nº de vermes no corpo) é proporcional a 
quantidade de ovos ingeridos, ou seja, se a pessoa ingeriu 5 
ovos, terá 5 vermes no intestino delgado; 
→ São GEOHELMINTOS: transmitidos pelo solo- provocam a 
helmintíase 
→ Houve diminuição da prevalência em locais com a presença de 
ESF e UBS 
 
MORFOLOGIA 
 
As formas adultas são longas, cilíndricas e apresentam as extremidades 
afiladas. O tamanho dos vermes depende do estado nutricional do 
hospedeiro e do número de parasitos encontrados no intestino delgado 
 
Há 3 formas a serem observadas: 
• Verme macho: cor leitosa, 20-30 cm de comprimento, boca 
na extremidade anterior. O reto é encontrado próximo à 
extremidade posterior e é encurvado 
 
 
• Verme fêmea: medem de 30-40 cm quando adultas. A 
extremidade posterior é reta; a cor, boca e o aparelho 
digestivo são semelhantes ao do macho. Possuem 2 ovários 
 
• Ovo: originalmente são brancos, mas adquirem cor castanha 
pelo contato com as fezes, ovais e com cápsula espessa, 
constituída por várias camadas de membrana, o que confere 
aos ovos resistência a condições diversas do ambiente e facilita 
a aderência dos ovos a superfície propiciando sua 
disseminação; 
Pode-se encontrar nas fezes ovos inférteis (têm citoplasma 
granuloso) 
 
 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 
→ Monoxênico- possuem um único hospedeiro 
→ Cada fêmea é capaz de colocar diariamente 200 mil ovos não 
embrionados, que chegam ao ambiente junto com as fezes 
→ Ovos tornam-se férteis em 15 dias no solo úmido e temperatura 
de 25-30ºC. Esses ovos têm resistência de até um ano na terra 
→ Transmissão: A ingestão de ovos com a larva L3 pode-se dar pela 
ingestão de terra ou água/ alimentos contaminados. Esses ovos 
ingeridos podem ser embrionados ou não embrionados. 
 
A primeira larva (L1), ainda dentro do ovo, sofre muda, transformando-
se em L2 (perda primária da cutícula) e, em seguida, nova muda 
transformando-se em L3 (forma infectante- são essas as formas que 
permanecem infectantes, dentro do ovo, no solo, por vários meses e 
pode ser inferida pelo hospedeiro). 
 
Após a ingestão da forma L3, no estômago a cápsula vai ser 
semidigerida e as larvas saem dos ovos e vão em direção ao intestino 
delgado. A forma L3 pode invadir a mucosa intestinal e outras partes do 
corpo, por invadirem a corrente sanguínea e linfática. Podem atingir o 
fígado, o coração e os pulmões (CICLO DE LOSS). Alguns dias após a 
infecção, as larvas sofrem muda para L4, rompem os capilares e caem 
nos alvéolos pulmonares, onde mudam para L5 (é o verme adulto). 
Sobem pela árvore brônquica e traqueia até a faringe, onde podem ser 
expelidas com a expectoração ou serem deglutidas e voltando ao 
intestino delgado, onde se alimentam de nutrientes, aminoácidos, glicose, 
vitaminas (principalmente a vitamina A) e ferro. 
 
Em 60 dias alcançam a maturidade sexual (período de encubação) – se 
fizermos exames antes desse tempo não é possível detectar o verme. 
Antes de alcançar a muda L5 não é possível a diferenciação em macho 
e fêmea. 
 
Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
Depois da formação da muda L5, o verme macho e a verme fêmea 
fazem cópula para a geração de novos ovos. 
 
Exame de hemograma revela eosinofilia (indica infecção por helmintos 
ou alergias) 
 
Como os ovos possuem muita resistência, uma vez que os ovos estão 
presentes nos alimentos eles não são removidos facilmente por lavagens. 
O ideal é o uso de substâncias que tenham capacidade de inviabilizar o 
desenvolvimento dos ovos em ambientes e em alimentos → ajuda no 
controle da transmissão. 
 
O verme pode viver até 2 anos no corpo 
 
Tratamento em geral é uma dieta rica e de fácil absorção 
 
 
 
1- Ovo não embrionado no exterior 
2-Ovo torna-se embrionado (LI) 
3- embrião passa para L3 infectante (dentro do ovo!) 
4-contaminação de alimentos ou mãos veiculando ovos até a boca 
Depois disso chegam ao intestino delgado e podem chegar ao coração, 
pulmão e faringe 
 
LARVAS 
 
Em infecções com baixa intensidade geralmente não há nenhuma 
alteração. 
Em infecções maciças pode ocorrer lesões hepáticas e pulmonares. Nos 
pulmões (ciclo de LOSS) há vários focos hemorrágicos na passagem 
das larvas pelos alvéolos. No ciclo de Loss vários sintomas podem surgir: 
 
• Tosse seca 
• Febre 
• Dificuldade respiratória 
• Irritação brônquica 
• Diagnóstico difícil 
 
Na tosse produtiva (com muco), o catarro pode ser sanguinolento e 
apresentar larvas do helminto 
 
VERMES ADULTOS 
 
Nas infecções por muitos vermes, os sinais e sintomas podem ser: 
• Diarreia 
• Vômito 
• Espoliação nutricional: os vermes consomem grande 
quantidade de proteínas, carboidratos, vitaminas, levando a 
subnutrição, 
• Convulsão 
• Oclusão intestinal: ocorre quando os vermes se enrolam, o 
tratamento é hospitalar 
• Urticária 
• Oclusão intestinal: 
• Localização ectópica: pode ocorrer migração erradica dos 
vermes adultos, como ir para o apêndice, boca e narinas Pode 
ocorrer em virtude do uso errado de medicamentos e ou 
alimentos com muitos condimentos, fazendo com que o 
helminto se desloca do seu habitat natural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
Trichuris trichiura 
 
→ TRICURÍASE 
→ Uma grande parte dos infectados apresenta menos de 15 nos e 
geralmente são expostos a alta carga parasitária, ou seja, há uma 
redução da prevalência da infecção por T. trichiura com a idade 
do hospedeiro; 
→ É um Geohelminto- transmitido pelo solo 
→ Vivem fixados na mucosa do intestino grosso por sua porção mais 
afilada/delgada e são hematófagos (associado ao aparecimento de 
fezes com sangue) 
→ Mesma carga parasitária que o A. lumbricoides 
→ Não faz ciclo de LOSS, ou seja, não passa pelo pulmão 
→ Os vermes são bem pequenos, por isso conseguem atravessam 
a mucosa do intestino grosso. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
→ Os ovos podem permanecer viáveis no solo por até 3 anos. 
→ O período de incubação é de 60-90 dias 
→ A maioria das infecções é assintomática 
→ Acima de 1000 ovos por grama de fezes, podem aparecer: 
• Cefaleia 
• Colite (inflamação do cólon) 
• Dor abdominal 
• Diarreia com muco e sangue 
• Espoliação nutricional 
• Náusea 
• Vômito 
• Prolapso retal (saída da mucosa do reto- mais comum 
em crianças de até 5 anos). 
 
 
 
MORFOLOGIA 
• Verme macho 
• Verme fêmea: maior que o macho 
• Ovos: formado por 3 camadas distintas (lipídica externa, 
quitinosa intermediária e vitelínica interna), o que favorece a 
resistência desses ovos a fatores ambientais. 
 
 
 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 
→ Ciclo monoxênico, ou seja, há apenas 1 hospedeiro 
→ Os vermes adultos fêmeas e machos que habitam o intestino 
grosso reproduzem-se sexualmente e os ovos são eliminados para 
o meio externo juntamente com as fezes; 
→ A falta de diagnóstico, de tratamento, estrutura sanitária precária 
ou inexistente são os principais fatores associados à contaminação 
ambiental com os ovos do parasito; 
→ Umavez no ambiente, os ovos sofrem embriogênese, formando 
as larvas de primeiro estágio LI. O período necessário para 
completar a embriogênese no solo é de 15 dias 
→ Os ovos contendo as larvas L1 são infectantes para o hospedeiro, 
sendo geralmente ingeridos com água ou alimentos contaminados. 
As larvas conseguem sair do ovo através de um poro na 
extremidade do ovo, já no intestino delgado do hospedeiro, mas 
quando passam pelo estômago, as cascas são semidigeridas. 
Quando alcançam o intestino grosso do hospedeiro, têm 
preferência pelas criptas do ceco, penetrando assim na mucosa 
intestinal. 
→ Durante esse período no intestino grosso, as larvas passam pelos 
outros 4 estágios larvas típicos (LI-L5) do desenvolvimentos da 
classe Hematoda 
→ Infecções maciças podem ter larvas fixadas até a parede do reto. 
→ L1-L5, depois verme adulto 
 
 
a) machos e fêmeas no ceco do intestino grosso 
1) eliminação de ovos nas fezes 
2) ovos tornando-se embrionados 
3) ovo infectante contaminando alimentos 
No estômago o ovo é semidigerido. A larva eclode do duodeno para o 
ceco e, durante sua migração, sofre as outras 4 mudas. 
 
PROFILAXIA 
 
• Princípios básicos de higiene 
• Saneamento ambiental 
• Educação sanitária 
• Tratamento dos infectados em esquemas semestrais 
• Tratamento de água e esgoto doméstico 
• Vigilância sobre os produtores e manipuladores de alimentos 
 
 
 
Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
Enterobius vemicularis 
 
→ Provoca a ENTEROBIOSE 
→ Ocorre transmissão direta de pessoa-pessoa, através da ingestão 
de ovos 
→ Carga parasitária é crescente 
→ Não é hematófago 
→ Ocorre preferencialmente no intestino grosso, podendo alcançar 
a região anal. Podem estar livres ou aderidos na mucosa, 
alimentando-se do conteúdo intestinal do hospedeiro 
→ Causa prurido anal em crianças, principalmente noturno. A 
fêmeas grávidas são frequentemente encontradas na região do 
ânus durante a noite. Em mulheres, o parasita também pode ser 
encontrado na vagina e na vulva (por isso pode causar vulvite e 
inflamação pélvica). Pode haver também irritação e dor 
abdominal 
→ Os vermes são comensais, ou seja, não afetam a digestão. 
→ É feito o exame da fita adesiva na região perianal -para ver as 
fêmeas com os ovos 
 
 
MORFOLOGIA 
 
Esse helminto possui nítido dimorfismo sexual, tanto o verme macho 
quanto o verme fêmea possuem cor branca e corpo filiforme 
VERME FÊMEA → mede 1 cm de comprimento, a extremidade 
posterior é bastante afilada, sendo a cauda longa e pontiaguda. Possui 2 
úteros. A medida que o número de ovos intrauterinos aumenta, o corpo 
gradualmente se distende e é tomado quase que sua totalidade por ovos 
do parasito, podendo alcançar 80% do corpo os ovos (“saco de ovos”). 
Pode haver até 16 mil ovos na fêmea. Migram para a região perianal, mas 
acabam morrendo ali, o que provoca alergia e coceira, além de que, ao 
coçar, as vermes fêmeas são rompidas e os ovos são liberados. 
VERME MACHO → significativamente menor que a fêmea. A cauda é 
recurvada. 
OVO → apresenta o aspecto de letra “D”, já que um dos lados do ovo 
é achatado e o outro é convexo. Os ovos são delicados, sobrevivem 12 
dias no solo e são sensíveis a produtos químicos e à radiação UV. Como 
os ovos são pequenos, podem atravessar os tecidos das roupas e 
infectar o ambiente. 
 
 
 
 
CICLO BIOLÓGICO 
→ Monoxênico 
→ Depois da cópula, os machos são eliminados com as fezes do 
hospedeiro e morrem 
→ As fêmeas grávidas, ao invés de liberar os ovos diretamente no 
lúmen do tubo digestivo (o que possibilitaria que eles 
alcançassem o meio exterior junto com o material fecal), passam 
pelo ceco, por todo o intestino grosso, pelo esfíncter anal e 
assim alcançam o ambiente externo 
→ Tornam-se infectados de 4-6 horas- migram quando o infectado 
está em repouso (quando está dormindo principalmente) 
→ Após a ingestão dos ovos do parasito, as larvas eclodem no 
duodeno, alcançando o ceco. Nesse trajeto realizam duas novas 
mudas e transformam-se em vermes adultos 
→ De 40-60 dias após a infecção, as fêmeas já estão repletas de 
ovos; 
 
a) machos e fêmeas no ceco 
1- ovos depositados na região perianal 
2- ovos no meio exterior contaminando alimentos e na poeira 
3- ovos na região perianal levados a boca pelas mãos 
4- ingestão de ovos embrionados 
 
Pode ocorrer AUTOINFECÇÃO: 
• Externa: a pessoa coça a região perianal, infecta as unhas e 
depois coloca a mão na boca. É mais frequente em crianças 
do que em adultos. 
• Interna (raro): as larvas surgem do reto para o ceco, 
transformando-se em vermes adultos. 
• Retroinfecção: as larvas da região perianal penetram o sistema 
digestivo pelo ânus e caminham pelo intestino grosso até 
chegar no ceco, onde se transformam em vermes adultos. 
 
PROFILAXIA 
 
• Limpeza do ambiente domiciliar por 12 DIAS, para garantir que, 
durante o tratamento, não haja reinfecção. 
• Fervura das roupas 
• Tratamento de infectados e contatos familiares 
• Higiene pessoal 
 
 
 
Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
ANCILOSTOMÍDEOS 
 
Causa a ancilostomose (AMARELÃO) através dos vermes adultos; 
São hematófagos; 
Causa anemia ferropriva (microcítica -hemácias pequena- e hipocrômica) 
hipoproteinemia, albuminemia, ou seja, o verme consome ferro e 
albuminemia. 
Como gera albuminemia, é comum apresentar sinais de EDEMA 
 
Os ancilostomídeos podem ser de 2 gêneros: 
Gênero → Necator 
Espécie que infecta humanos → N. americanos (origem na África e é a 
espécie predominante no mundo- ocorre em regiões de clima tropical- 
Corresponde de 70-80% dos casos no Brasil) 
 
Gênero → Ancylostoma 
Espécies que infectam humanos → A. duodenale (20-30% dos casos no 
Brasil) e A. ceylanicum 
 
TRANSMISSÃO 
Ocorre pela penetração das larvas filarioides (L3 ou infectante), por via 
transcutânea ou oral (alimentos contaminados) 
 
São geo-helmintos → transmitidos pelo solo contaminado que provê 
condições para o desenvolvimento de ovos não embrionados até o 
estágio larval infectante. L3 pode permanecer no solo por até 6 meses. 
 
A prevalência da infecção é associada à áreas de pobreza e 
desigualdades sociais, incluindo deficiência de acesso à infraestrutura 
sanitária e serviço básico de saúde adequados. Andar descalço; 
 
Algumas espécies podem causar a larva migrans cutânea, que é a 
migração erradica de formas larvais da espécie que não conseguem 
completar o ciclo evolutivo em seres humanos. 
 
Os ovos saem nas fezes e contaminam o solo. 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
São vermes pequenos. 
Adultos machos e fêmeas são cilindriformes, com a extremidade anterior 
encurvada dorsalmente. 
Cápsula bucal profunda -é uma projeção da cutícula na região anterior 
do verme. Podem ter dentes nessa região de cápsula bucal. → Cor 
rósea-avermelhada 
O dimorfismo sexual é evidente pois a fêmea é maior que o macho, 
além de que os machos possuem uma bolsa copuladora./cubernáculo 
(projeção da cutícula na região posterior) 
Boca sempre virada para as costas 
 
Vivem na mucosa do intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo) 
 
Dilaceram a mucosa do intestino delgado, para a obtenção de sangue. 
Podem mudar de posição 8 vezes por dia, aumentando os focos 
hemorrágicos. 
 
PROFILAXIA 
• Tratamento em massa da população infectada 
• Saneamento básico 
• Educação sanitária e ambiental 
• Uso de calçados 
 
 
 
 
 
 A. duodenale Necator americanus 
 
CICLO EVOLUTIVO 
 
Ciclo monoxênico- apenas um hospedeiro. 
 
L1 e L2 → Rabditóide 
L3 → Filarióide 
 
L1, L2 e L3 ficam no meio externo 
L3, L4 e L5 tem vida no hospedeiro 
 
Ovos liberados nas fezes do hospedeiro darão origem aos dois primeiros 
estádios larvais (L1 e L2) e, posteriormente ocorre a muda para a forma 
de vida infectante (L3)- essa forma tem livre movimentação, mas não 
se alimentam e possuem dupla cutícula. 
 
As condições de oxigenação (soloarenoargiloso, com bastante matéria 
orgânica), temperatura (maior que 20ºC) e umidade (maior que 90%) 
do ambiente favorecem o desenvolvimento dos ovos até a formação 
das larvas L3, que tem a capacidade de penetrar na pele íntegra. 
 
O processo de penetração dura meia hora e, após a liberação da cutícula 
externa, migram para a circulação sanguínea ou linfática até alcançar os 
pulmões (CICLO DE LOSS). Atravessam os capilares do pulmão até a 
 
Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
luz dos alvéolos pulmonares, onde acendem para os bronquíolos, 
brônquios e traqueia. 
Nos pulmões, por conta da alta oxigenação, mudam para L4, que 
apresenta uma cápsula bucal provisória. 
Ao atingir a laringe, as larvas L4 podem ser deglutidas ou expectoradas. 
Caso sejam deglutidas, vão para o trato gastrointestinal até o intestino 
delgado, onde exercem hematofagia e, depois de 15 dias da infecção, 
mudam para as formas adultas jovens, que darão origem a vermes 
adultos sexualmente maduros. 
Depois da reprodução sexuada entre casais, as fêmeas depositam ovos 
na luz intestinal, que então vão ser depositados ao meio exterior junto 
as fezes. 
 
 
PATOLOGIA E SINTOMATOLOGIA 
O grau de infecção depende da carga parasitária, da fase da infecção, 
da localização do parasita, da idade.... 
 
 
A lesão logo desaparece, já que a larva atinge a circulação sanguínea. 
Síndrome de Loeffer ocorre durante a passagem pelos pulmões, no 
qual apresentam-se os sintomas de febre, tosse produtiva e eosinofilia. 
 
 
 
Geofagia: vontade de comer terra. 
 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
 
 
LARVA MIGRANS CUTÊNEA 
 
É a migração erradica de formas larvais da espécie que não conseguem 
completar o ciclo evolutivo em seres humanos; 
 
Ocorre com mais frequência nas regiões tropicais e subtropicais 
 
 
As fêmeas desses parasitos eliminam ovos diariamente junto com as 
fezes de cães e gatos infectados. No meio exterior, em condições ideais 
de umidade, temperatura e oxigenação, ocorre desenvolvimento em L1 
dentro do ovo, que eclodem e se alimentam no solo de matéria orgânica 
e microrganismos. 
Em um período de aproximadamente 7 dias, as larvas L1 passam por 
duas mudas, alcançando a L3, que não se alimenta e pode sobreviver 
no solo por várias semanas. Cães e gatos podem infectar-se pelas vias 
oral, cutânea e transplacentária. 
 
Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
Nos humanos, as L3 penetram ativamente a pele e migram através do 
tecido subcutâneo durante semanas ou meses e então morrem por 
perda de energia, já que não se alimentam. À medida que as L3 
progridem, deixam atrás de si um rastro sinuoso conhecido como BICHO 
GEOGRÁFICO. 
 
3 dentes 
Brasilienses tem 1 par de dentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LARVA MIGRANS VISCERAL e OCULAR 
 
É uma síndrome determinada por migrações prolongadas das larvas, que 
são condenadas à morte depois de longa permanência nas vísceras, sem 
podem chegar ao estágio adulto. 
 
Quando alcançam o globo ocular, ocorre a “larva migrans ocular” – pode 
provocar deslocamento da retina e opacificação do humor vítreo. 
 
 
 
Provocadas pela Toxocara canis, parasito do intestino delgado de cães 
e gatos, também através da L3. 
Provoca febre, hepatomegalia, manifestações pulmonares e cardíacas, 
lesões cerebrais e/ou oculares, leucocitose, eosinofilia... 
Transmissão ocorre via intrauterina. 
 
Os cães infectados pela ingestão de ovos com L3 que eclodem do 
intestino delgado, atravessam a parede intestinal, alcançam o fígado, o 
coração e o pulmão, onde mudam para L4, que migram então para os 
alvéolos, brônquios, traqueia e são deglutidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
STRONGYLOIDES STERCORALIS 
Causa a ESTRONGILOIDOSE 
 
É oportunista -é o helminto que mais causa problemas nos 
transplantados. É também um geo-helminto. 
 
Habitat → intestino delgado (duodeno e jejuno) 
 
Há 6 formas evolutivas desse parasito: 
→ Fêmea partenogenética 
→ Fêmea de vida livre/ estercoral 
→ Macho de vida livre 
→ Ovos (1m- haploides/ 2m- diploides/ 3m- triploides - esses ovos 
têm casca bem delgada) 
→ Larvas rabditoides 
→ Larvas filarioides 
 
No intestino delgado só se encontra vermes fêmeas. Os ovos eclodem/ 
se abrem no próprio intestino. Não são eliminados ovos nas fezes, são 
eliminados vermes. Vivem em contato íntimo com a mucosa 
 
Femeas são triploides e podem colocar 3 tipos de ovos, que eclodem 
no intestino. Essas larvas contaminam o solo e então podem evoluir: 
Ovos haploides serão MACHOS de vida livre 
Ovos diploides serão FÊMEAS de vida livre 
Ovos triploides serão as LARVAS INFECTANTES – penetram na pele, 
vão para a circulação e fazem ciclo de loss no pulmão. 
 
Transmissão é transcutânea, por penetração ativa na pele íntegra. 
 
Possuem dois tipos de ciclo: 
• DIRETO, ou partenogenético. Neste ciclo as larvas rabditoides 
no solo ou na pele da região perianal transformam-se em 
larvas filarioides infectantes 
• INDIRETO -é sexuado ou de vida livre. Há a produção de 
fêmeas ou machos de vida livre, ocorre no solo. 
As fêmeas podem produzir, simultaneamente, os 3 tipos de ovos, dando 
origem a três tipos de larvas rabdoides: 
1. Larvas rabditoides que se diferenciam em larvas filarioides, 
completando o ciclo direto. 
2. Larvas rabditoides que originam fêmeas de vida livre- ciclo 
indireto. 
3. Larvas rabditoides que evoluem para machos de vida libre- 
ciclo indireto. 
A fase dos ciclos que se passa no solo exige condições ideais: solo 
arenoso, umidade alta, temperatura de 25-30ºC e ausência de luz solar 
direta. 
Os ciclos direto e indireto se completam pela penetração ativa das larvas 
L3 na pele ou em mucosas oral, esofágica ou gástrica do hospedeiro. 
Algumas morrem no local, mas o ciclo se continua pelas larvas que 
alcançam as circulações venosa e linfática e através desses vasos 
seguem para o coração e os pulmões, onde transformam-se em L4 e 
migram pela arvore brônquica, até chegar na faringe. Podem ser 
deglutidas ou expectoradas, chegando no intestino delgado, onde se 
transformam em fêmeas partenogenéticas que depositam poucos ovos 
por dia na mucosa intestinal. 
Na mucosa intestinal, as larvas rabditoides maturam, alcançam a luz 
intestinal e são eliminadas com as fezes do paciente. 
Esse ciclo dura de 15-25 dias. 
 
Homem elimina larvas rabditoides nas fezes e evoluirão para larvas 
filarioides infectantes no ciclo direto. 
No ciclo indireto, as larvas rabditoides das fezes vão para o solo e 
evoluirão para fêmeas e machos de vida livre, que, após a cópula, 
originarão ovos, larvas rabditoides e filarioides infectantes. 
As larvas infectantes penetram ativamente na pele. 
Fp- fêmea partenogenética 
Fvl- femea de vida livre 
Lf- larva filarioide 
Lr- larva rabditoide 
Mvl- macho de vida livre 
o- ovo 
 
 
 
 
 
 
Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
 
 
 
EPIDEMIOLOGIA → 
• Presença de fezes de homens ou animais infectados, 
contaminando o solo; 
• Presença de larvas infectantes originárias dos ciclos direto e de 
vida livre no solo 
• Solo arenoso ou areno-argiloso, úmido, com ausência de luz solar 
direta; 
• Temperatura entre 25°C e 30°C; 
• Condições sanitárias e hábitos higiênicos inadequados 
• Não utilização de calçados 
• Contato com alimentos contaminados por água de irrigação 
poluída com fezes 
 
 
PROFILAXIA → 
→ Utilização de calçados 
→ Educação e engenharia sanitaria 
→ Melhoria da alimentação 
→ Diagnósticar e tratar todas as pessoas parasitadas 
→ Dianósticar e tratar indivíduos com AIDS e 
Imunodeprimidos (uso profilático).Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
TENIOSE E CISTICERCOSE 
 
Há a Taenia solium e a Taenia saginata (popularmente conhecidas como 
solitárias), ambas tem um só hospedeiro definitivo, que são os seres 
humanos. 
 
A teniose e a cisticercose são doenças ligadas à falta de saneamento 
básico e ao consumo de carne crua ou malcozida. Ambas são causadas 
pelo mesmo parasita, porém com fase de vida diferente: 
 
➢ Teniose corresponde a presença da forma adulta da Taenia 
solium e Taenia saginata no intestino delgado do hospedeiro 
definitivo 
➢ Cisticercose corresponde a presença da larva cisticercose nos 
tecidos (subcutâneo, muscular, cerebral, olhos...) de hospedeiros 
intermediários normais, como suínos (Taenia solium) e bovinos 
(Taenia saginata) 
 
Os locais que mais ocorrem a teníase é SP, SC, RS, PR e MS, que são 
estados onde os animais têm bastante contato com a população humana. 
 
TRANSMISSÃO 
 
Teniose → ingestão de carne crua ou mal cozida com cisticercos de T. 
solium e T. saginata 
 
Cisticercose → ingestão de ovos viáveis da T. solium nos humanos (HD) 
ou a presença das larvas de T. solium e T. saginata nos tecidos dos 
hospedeiros intermediários (suíno e bovino) 
o Auto-infecção externa 
o Auto-infecção interna (retroperistaltismo) 
o Heteroinfecção- quando uma pessoa transmite para outra por 
não lavar as mãos ou outro contato físico. 
 
 
 
MORFOLOGIA 
Tanto a T. solium como T. saginata apresentam corpo achatado 
dorsoventralmente, em forma de fita, divididos em: 
• Escólex ou cabeça 
• Colo ou pescoço 
• Estróbilo ou corpo 
 
 
Escólex ou cabeça do verme → é uma pequena dilatação, serve para 
fixação na mucosa do intestino delgado. Apresenta 4 ventosas, formadas 
por tecido muscular, arredondadas e proeminentes, que facilitam a 
fixação à mucosa do intestino delgado. 
Um dos sintomas do complexo teniose-cisticercose é a cólica, já que a 
cabeça possui uma cadeia de ganchos. 
 
 
Escólex da Taenia solium, possui duas fileiras de ganchos 
Taenia saginata não possui ganchos no escólex 
 
 
Escólex da T. saginata – é possível ver as 4 ventosas 
 
Colo ou pescoço → porção mais delgada do corpo. É a zona de 
crescimento do parasito ou de formação das proglotes. 
 
Estróbilo ou corpo → é o restante do corpo do parasito; inicia-se logo 
após o colo. Cada segmento do estróbilo denomina-se proglote ou anel, 
podendo ter de 800-1000 proglotes, e alcançar 3 metros na T. solium ou 
mais de mim, chegando em 8 metros na T. saginata. 
A medida que o colo cresce, vai ocorrendo a delimitação das proglotes 
e cada uma delas inicia a formação de seus órgãos → quanto mais 
afastadas do colo, mais evoluídas são as proglotes. 
 
Proglotes: 
→ Jovens: mais curtas do que largas e apresentam o início do 
desenvolvimento das genitais masculinas e femininas 
→ Maduras: possui os órgãos reprodutores completos e aptos 
para a fecundação 
→ Grávidas: essas se desprendem e saem nas fezes, são mais 
compridas do que largas, distantes do escólex, sofrem 
involução, onde o útero se ramifica cada vez mais e fica 
repleto de ovos. 
A proglote grávida da T. solium é do tipo quadrangular, com 
12 pares de ramificação uterinas e pode ter até 80 mil ovos. 
A proglote grávida da T. saginata é retangular, com 26 
ramificações uterinas e até 160 mil ovos. 
 
As proglotes sofrem apólise, ou seja, desprendem-se espontaneamente 
do estróbilo/corpo. 
 
 
Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
As proglotes possuem testículos, ovários e útero. – são vermes 
hermafroditas. Ocorre autofecundação interna. 
 
T. solium → Há a eliminação de 3-6 proglotes nas fezes. 
T. saginata → Eliminação de proglotes no intervalo entre as defecações 
(pois possui maior capacidade de contração), contaminando a roupa 
íntima do hospedeiro. 
 
 
 
 
O parasita consome muita glicose, por isso um dos sintomas é a vontade 
de comer dose. 
 
LONGEVIDADE 
• Os ovos podem sobreviver de 4-6 meses no ambiente, em 
temperatura de 20-30 graus e umidade de 50 a 80%, na sombra. 
• Taenia solium vive até 3 anos no intestino e a Taenia saginata até 
10 anos. 
• Cisticercos podem sobreviver de 2-6 anos no parênquima cerebral. 
 
 
Os ovos são morfologicamente indistinguíveis entre as espécies. 
Possuem uma casca protetora: embrióforo, este formado por blocos 
piramidais de quitina 
 
O cisticerco da T. solium possui uma vesícula translúcida com líquido 
claro. 
 
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA 
 
TENIOSE → 
-frequentemente assintomática 
-causa dor abdominal, náuseas, vômitos, astenia, perda de peso, cefaleia, 
tonturas, diarreia, apetite excessivo, irritação, desnutrição, eosinofilia, 
prurido anal 
CISTICERCOSE HUMANA → neurocisticercose, cisticercose muscular, 
cisticercose subcutânea 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 
 
 
DIAGNÓSTICOS 
 
TENIOSE → 
-Clínico: difícil de ser feito, já que a maioria é assintomática 
-Laboratorial: 
 
CISTICERCOSE → 
 
 
PROFILAXIA 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
SCHISTOSOMA MANSONI 
Provoca a esquistossomose. 
É uma exceção dentro da sua classe por apresentar dimorfismo sexual 
e possui corpo em aspecto de folha. 
O macho possui uma ventosa oral e a ventosa ventral (acetábulo), 
testículos e canal ginecóforo, onde a fêmea se insere. 
Se insere no sistema porta-hepático. São vermes sanguíneos (vasos 
sanguíneos do intestino grosso- principalmente no segmóide), mas 
precisam depositar seus ovos na luz do intestino, ou seja, não é um 
parasita intestinal, é um parasita sanguíneo. 
É uma espécie importada, de origem africana, que se adaptou aos 
moluscos brasileiros.. 
Está presentes em áreas quentes com muita água doce e com falta de 
saneamento (assim ele terá contato com as fezes humanas). 
A região nordeste, principalmente a Bahia, é o local mais suscetível a 
esse verme. 
 
 
 
Ciclo heteroxênico (dois hospedeiros) 
Hospedeiro definitivo: homem. 
Hospedeiro intermediário: moluscos da família Planorbidae, gênero 
Biomphalaria. 
-B. glabrata 
-B. straminea. 
-B. tenagophila.. 
 
Ovo: presença de um espinho e miracídeo. É o principal ovo encontrado 
nas fezes humanas. Tem casca bem fina. 
O miracídeo é liberado e nada em direção ao molusco, penetrando no 
tegumento do animal. No hepatopancreas do molusco, o miracídeo evolui 
para o esporocisto, depois formarão cercarias e vão sendo liberadas, 
infectando os hospedeiros humanos (definitivos) por própria pele íntegra. 
Roedores também podem ser infectados. Depois de penetrar na pele 
íntegra, virará esquistossômulo. 
 
 
OVO MIRACÍDEO 
 
 
CERCÁRIA. ESQUISTOSSÔMULOS 
 
Os esquistossômulos ficam circulantes no sangue por 3 dias e encontram 
o fígado, por associação com proteínas específicas. 
 
 
Há um estímulo luminoso para a liberação das cercarias. 
A fase crônica da doença é de 50 DIAS- exame de fezes dá negativo 
se fazer antes desse período. O que é possível fazer antes desse 
período de tempo é testes de anticorpos. 
 
Os ovos acabam se prendendo em todo o sistema porta-hepático- a luz 
dos vasos vai diminuindo com o tempo, aumentando a pressão e assim 
vai extravasar mais líquido, provocando a ascite- tanto pelo 
comprometimento do fígado como pelo extravasamento de líquidos. 
Há a formação de granulomas ao redor dos ovos, que é maior ainda 
que os ovos, surgindo assim tecido cicatricial no fígado, o que provoca 
fibrose no fígado. Porém é um processo lento e que depende da carga 
parasitária. 
 
 
Ventosa oral 
Ventosa ventral/ acetábulo 
Canal ginecóforo 
 
Gabriele Babel | MED FURB LII 
 
ESQUISTOSSOMOSE AGUDA → 
 
 
Faz mimetismo molecular- com as células do hospedeiro, podendo viver 
até 30 anos no corpo do hospedeiro. 
 
 
ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA → 
O grande problema da esquistossomose é a deposição contínua dos 
ovos. Se as lesões não forem tratadas, são irreversíveis 
• Carga parasitária é crescente 
• Há alta deposição de ovos 
• Há fibrose do fígado eformação de varizes 
• Ascite 
• Há modulação da resposta imune- diminuição dos sinais 
 
 
DIAGNÓSTICO → 
• Laboratorial: 
o Exame de fezes: Kato-Katz (solicitar 5 exames) 
o Lutz (sedimentação) 
o Biópsia retal ou hepática 
o Colonoscopia 
 
• Exames sorológicos: 
o Intradermoreação 
o ELISA 
o Fixação de complemento 
o RIFI 
 
TRATAMENTO → Praziquantel- distribuído pelo SUS 
 
EPIDEMIOLOGIA → 
• Construção de represas e obras de irrigação sem precauções 
adequadas 
• Maior contato das populações rurais com essas águas 
• Condições precárias de saneamento e habilitação da 
população rural e urbana. 
CONTROLE E PREVENÇÃO → 
• Reduzir ou impedir a transmissão do parasitismo 
o Uso de molusccicidas 
o Saneamento ambiental 
o 
• Redução das fontes de infecção 
o Tratamento em massa da população infectada 
o Educação sanitária

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