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Trichuris Trichiura

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Parasitologia 
TRICHURIS TRICHIURA 
Filo: Nemathelminthes 
Classe: Nematoda 
Superfamília: Trichuroidea 
Família: Trichuridae 
Gênero: Trichuris 
Espécie: Trichuris Trichiura 
 
Nome popular: Verme do chicote 
 
Doença causada: Tricuríase. 
 
Estima-se que existem cerca de 1 bilhão de 
pessoas infectadas no mundo por Trichuris Trichiura, 
das quais, aproximadamente 350 milhões 
apresentam idade inferior a 15 anos. 
 
Morfologia do verme: Os vermes adultos 
apresentam uma forma típica semelhante a um 
chicote, de cor esbranquiçada ou rósea. Medem de 3 
a 5 cm de comprimento, sendo os machos menores 
que as fêmeas. A boca, localizada na extremidade 
anterior, é uma abertura simples e sem lábios, 
seguida por um esôfago bastante longo e delgado, 
que ocupa aproximadamente 2/3 do comprimento 
total do verme. A parte posterior do corpo, cerca de 
1/3 do comprimento total, compreende a porção 
alargada, onde se localiza o sistema reprodutor 
simples e o intestino que termina no ânus, localizado 
próximo à extremidade da cauda. 
 A extremidade posterior do macho é fortemente 
curvada ventralmente. A fêmea tem forma 
semelhante a fios de cabelo, com alargamento no 
intestino e órgãos intestinais. 
 
 
 
Morfologia do ovo: Medem de 50 a 55 µm de 
comprimento por 20 a 23 µm de largura. Apresentam 
um formato elíptico com poros salientes e 
transparentes em ambas extremidades, preenchidos 
por material lipídico. A casca do ovo é formada por 
três camadas distintas: uma camada lipídica 
externa, uma camada quitinosa intermediária e 
uma camada vitelínica interna, que favorece a 
resistência destes ovos a fatores ambientais. 
 
Habitat: Os vermes adultos são parasitos do 
intestino grosso de humanos. 
Toda a porção esofagiana do parasito penetra 
na camada epitelial da mucosa intestinal do 
hospedeiro, onde se alimentam principalmente de 
restos dos enterócitos lisados pela ação de enzimas 
proteolíticas secretadas pelas glândulas esofagianas 
do parasito. 
Alguns autores demonstram a presença de 
sangue no verme adulto, sugerindo a utilização de 
sangue. 
A porção posterior permanece livre na luz do 
intestino facilitando a reprodução e a eliminação dos 
ovo. 
 
Ciclo biológico: Monoxênico. 
 
Hospedeiro definitivo: Homem 
 
 Fêmeas e machos que habitam o intestino 
grosso se reproduzem sexuadamente e os ovos são 
eliminados para o meio externo com as fezes. A 
fêmea fecundada elimina de 3.000 a 7.000 ovos por 
dia. 
 O embrião contino no ovo recém-eliminado 
se desenvolve no ambiente (solo) para se tornar 
infectante, dependendo das condições ambientais. 
Os ovos são muito sensíveis a dessecação, não 
sobrevivendo por mais de 15 dias quando a umidade 
relativa é menor que 77%. 
 Os ovos infectantes podem contaminar 
alimentos sólidos e líquidos, podendo assim, serem 
ingeridos pelo homem. Passando pelo esôfago, ele 
chega ao estômago e vai eclodir no intestino delgado 
por causa da acidez do suco gástrico e do suco 
pancreático, liberando a larva. 
Essa larva liberada vai até o intestino grosso, 
onde ela vai crescer e se desenvolver, tornando-se 
um verme adulto. Apenas uma pequena parte dos 
ovos infectantes ingeridos, completa o 
desenvolvimento até vermes adultos. 
 
 Parasitologia 
O ciclo dura em torno de 60 a 90 dias, desde a 
infecção até a eliminação dos ovos nas fezes do 
hospedeiro. 
É um parasita de evolução simples, sem 
migrações das formas larvárias pelo organismo. 
 
 
Transmissão: Oro fecal - através da ingestão de 
água ou alimentos contaminados com ovos 
infectados. 
 Os ovos são eliminados com as fezes do 
hospedeiro infectado, contaminando o ambiente em 
locais sem saneamento básico. Como eles são 
resistentes às condições ambientais, podem ser 
disseminados pelo vento ou pela água, 
contaminando alimentos sólidos ou líquidos, sendo 
esses ingeridos pelo hospedeiro. 
 Os ovos também podem ser disseminados por 
moscas domésticas, que transportam os ovos do 
local onde as fezes foram depositadas até o 
alimento. 
 
Patogenia: A gravidade da tricuríase depende da 
carga parasitária, mas também tem importante 
influência de fatores como idade do hospedeiro, 
estado nutricional e a distribuição dos vermes adultos 
no intestino. Podem ocorrer infecções crônicas em 
crianças, infecções na mucosa intestinal e alteração 
na sua permeabilidade, e aumento do peristaltismo 
devido as toxinas liberadas pelo parasita. 
 
Sintomas: A maioria dos pacientes com infecções 
leves é assintomática, enquanto paciente com 
infecção moderada apresentam graus variados de 
sintomas, como dores de cabeça, dor epigástrica, dor 
abdominal, diarreia, náusea e vômitos, perda de 
apetite, sangramento, flatulência, eosinofilia, anemia 
e retardamento no desenvolvimento físico. Também 
pode haver emagrecimento, insônia e irritabilidade. 
 
EOSINÓFILOS: SÃO CÉLULAS DE DEFESA 
RESPONSÁVEIS POR DEFENDER O HOSPEDEIRO DE 
VERMES E PARASITOS GRANDES. 
 
Diagnóstico: Exames laboratoriais, fazendo a 
pesquisa ovos nas fezes em EPF. 
 
Tratamento: Albendazol e Mebendazol, são drogas 
mais eficientes no tratamento da tricuríase humana. 
 
Epidemiologia: Em países subdesenvolvidos ou em 
desenvolvimento, que apresentam uma elevada taxa 
de crescimento populacional, mas sem os 
investimentos necessários em saneamento e 
educação, as taxas de prevalência de nematódeos 
intestinais ainda são extremamente elevadas. A 
prevalência em crianças de idade escolar é superior 
a 90%, sendo mais perigosa entre 4 e 10 anos. 
 
Distribuição geográfica: Áreas de clima tropical, 
pois o clima quente e úmido favorece o 
embrionamento dos ovos. 
 
Profilaxia: Educação sanitária, construção de 
fossas sépticas, tratamento das pessoas parasitadas 
e proteção dos alimentos.

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