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Exame Físico

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Exame Físico 1
Exame Físico
Bases Anatômicas
O abdome é tudo que está abaixo do diafragma e acima do assoalho pélvico (pelve 
faz parte do abdome) 
A parte do abdome coberta pelas costelas encobre os rins, fígado e baço
Limites:
Superior: diafragma
Inferior: assoalho pélvico
Anterior: M. reto abdominal
Posterior: M. Psoas e M. Quadrado Lombar
Lateral: Mm. Oblíquos e M. trasnverso
Divisão em Regiões
Essa nomenclatura serve para identificarmos o local da dor
1. Hipocondria direita (HD)
2. Epigástrica (E)
3. Hipocondria esquerda (HE)
4. Lateral/flanco direito (LD)
5. Mesogástrica (umbilical) (M)
6. Lateral/flanco esquerdo (LE)
7. Fossa ilíaca/inguinal direita (ID)
8. Hipogástrica (H)
9. Fossa ilíaca/inguinal esquerda (IE)
Linha horizontal traçada ao longo do rebordo costal
Linha horizontal inferior traçada a partir da crista ilíaca
Linhas verticais hemiclaviculares
Exame Físico 2
Divisão em Quadrantes
Essa nomenclatura serve mais para a conversa com o paciente
Divisão vertical: hemiabdome direito e esquerdo
Divisão horizontal: andar superior/inferior do abdome
Dica: ao iniciar o exame, colocar a mão no umbigo e ver se dói mais pra cima, pra 
baixo ou para qual dos lados
Inervação da Parede Abdominal
É importante saber para definir o tipo de dor sentida pelo paciente
Parede anterior e Peritônio parietal: Intercostais 
T6 a T12
OBS: Peritônio parietal é a parte do peritônio 
que recobre a parede
Parede Lateral: T5 – L1
Períneo: S3 e S4
Exemplo: paciente tendo um problema de coluna com compressão da raiz nervosa 
de T7, pode manifestar dor abdominal → por isso também a pneumonia de base 
pode causar dor no flanco
Exame Físico 3
Dor Abdominal
Classificação:
Somática: músculos da 
parede e peritônio parietal - 
dor bem definida, essas 
regiões são inervadas por 
fibras mielinizadas (portanto, 
mais específicas) - paciente 
consegue definir com o dedo 
o local da dor
Dor visceral: vísceras - dor 
com localização pouco 
definida, inervadas por fibras 
não mielinizadas, portanto, 
sujeita à irradiações, que irão 
de acordo com a inervação - 
paciente espalha a mão, não 
conseguindo definir o local 
exato da dor
Dor referida (imagem): sentida em áreas distantes de onde se originou o 
problema, porém com inervação por um mesmo segmento neural
Colecistite aguda: dor no ombro e no dorso (na parte escapular) - ocorre 
porque a via biliar possui inervação frênica que sai de C3, C4, C5 descendo 
pelo mediastino até o diafragma
Cólica renal: quando o cálculo atinge o terço inferior do ureter a dor pode 
ser sentida no testículo ou no grande lábio
Dor de infarto: tende a ser em aperto, paciente chega com a mão fechada 
em cima do tórax - geralmente ela invade o epigástrico quando for um 
infarto de parede inferior do coração e o eletro irá mostrar isso
📌 O peritônio parietal é inervado pelos mesmos nervos da parede 
abdominal, já o visceral não
Exame Físico 4
O abdome em tábua, chamado de abdome rígido, indica que a dor atingiu o 
peritônio parietal e o nervo faz a contração muscular involuntária da parede → 
significa que o processo não é recente
Pontos dolorosos: onde os pacientes mais apresentam dor
Ponto cístico: por causa da 
vesícula
Ponto uretral: dois pontos, pois 
pode haver um cálculo renal 
descendo
Ponto apendicular: região do 
apêndice
Ponto esplênico
Ponto epigástrico
Ponto xifoidiano
OBS: o ponto simétrico ao apendicular, do lado esquerdo, é um ponto comum de 
diverticulite no sigmoide
Princípios
Quanto mais distante dos orifícios externos, menor a dor → úlcera no reto 
dói mais que úlcera no íleo, pois a inervação é mais rica próximo às 
extremidades do tubo digestivo
Vísceras são insensíveis ao corte, esmagamento, queimadura
Vísceras são sensíveis a estiramentos, contrações, inflamações e isquemias
Princípios do Exame Físico
Expor todo o abdome - desde o apêndice xifoide até o pubis- coloca a mão na 
altura da crista ilíaca e traça uma linha sobre o abdome e pede ao paciente que 
abra a calça até a altura traçada (vai ser aproximadamente onde começam a 
aparecer os pelos pubianos)
Colocar-se à direita do paciente
Exame Físico 5
Obervar posição e atitude do paciente
Irritação peritonial imobiliza o paciente, já a cólica renal deixa o paciente 
inquieto
Inspeção
Começamos do lado direito e começamos a olhar o abdome - de cima, lado e 
de baixo
Tipos de abdome:
Batráquio: aumento do diâmetro lateral 
maior que o anteroposterior, com 
abaulamento nos flancos, com a 
superfície quase alinhada ao tórax
Escavado: superfície abaixo do nível do 
tórax
Avental: com o panículo adiposo 
projetado sobre as regiões inguinais
Plano: superfície alinhado com o tórax e a 
pelve
Globoso: aumento do diâmetro 
anteroposterior, convexidade simétrica 
verticalmente e horizontalmente - pode 
apresentar tensão
Diástase dos retos abdominais: condição 
congênita em que a linha aponeurótica não 
fechou completamente, fica mais evidente 
quando o paciente ergue o tronco
Simetria:
Simétrico ou Assimétrico - ponto de referência umbigo centralizado
Prestar atenção também em:
Exame Físico 6
Abaulamentos
Cicatrizes e retrações - descrever onde e tamanho
Centralidade do umbigo
Outras lesões cutâneas
Equímose peri-umbilical: Sinal de Cullen - sangue projetado na região 
umbilical - pancreatite aguda hemorrágica
Equímose em flanco esquerdo: Sinal de Grey-Turner - sangue projetado na 
região dos flancos - pancreatite aguda hemorrágica
Nódulo Irmã Maria José: é um nódulo de uma metástase de um tumor 
intra-abdominal - apresenta-se como um nódulo bem duro na região 
umbilical
Cicatrizes de cirurgias
Epônimos
Exame Físico 7
Circulação colateral: como se fossem varizes na parede abdominal - relação 
com hipertensão portal (cirrose - cabeça de medusa), significa que no sistema 
portal venoso existe congestão e as veias ficam salientes
Movimentos respiratórios: se o paciente estiver com peritonite, não usará 
abdome para respirar
Movimentos peristálticos → se houver alguma obstrução, a porção proximal 
do intestino tenta vencer essa obstrução aumentando o peristaltismo 
(peristaltismo de luta)
Hérnias: geram abaulamentos, e esse abaulamentos causados por hérnias 
sçao sempre em locais expecíficos - inguinal, umbilical, epigástrica
Exame Físico 8
Exemplo de descrição da inspeção
Abdome plano, simétrico, sem abaulamentos, movimentos peristálticos, circulação 
colateral ou equimoses, com cicatriz suprapúbica longitudinal de 6 cm.
Ausculta
No abdome, serve para duas coisas: ver se há movimento intestinal e ver se os 
vasos abdominais estão produzindo algum tipo de som anormal
VEM ANTES DA PALPAÇÃO, para não alterar os resultados
Ruídos Hidroaéreos: nome do ruído causado pelo movimento intestinal – 
interação entre líquidos e gases. Nos exames pode estar presente ou não (RHA+ ou 
RHA). Para dizer que é RHA negativo a ausculta dever ser de no mínimo 2 minutos.
COMO? Estetoscópio em um ponto de cada quadrante, sem importar onde 
começa
Se não tem RHA → sem movimentos intestinais
Aumento de RHA pode ser grave ou não, por exemplo, em ambos diarreia e 
obstrução intestinal o RHA estará aumentado, mas as duas condições não 
apresentam o mesmo grau de gravidade
Altera-se ao longo da evolução de um quadro obstrutivo → a parte proximal à 
obstrução vau tentar vencer pleo aumento do movimento, aumentando o ruído
Porém, se a obstrução continuar, passa a ter alteração inflamatória, sendo 
tóxica com os mediadores químicos do intestino, assim o RHA vai cessando
Aumentam nas hemorragias intraluminais: sempre que há um derramamento 
de sangue dentro da luz haverá aumento de peristaltismo, porque o sangue é 
irritante para a parede - porém, quando o derramamento é fora da luz, haverá 
diminuição de RHA
Tipos de Ruídos:
Patinhação: representa estase e acúmulo de líquido (som similar a um tapa em 
superfície líquida) → técnica usada no estômago e no ceco
Gargarejo: som de bolhas grossas durante a palpação deslizante de Hausman
Borborigmo: não relacionadoao toque e é um som audível sem estetoscópio - 
representa a interação de gases com líquido dentro das alças intestinais
Exame Físico 9
Vascolejo: som produzido por movimentar bruscamente o abdome a partir dos 
flancos
Pesquisa de Sopros:
O estetoscópio deve ser colocado em regiões específicas, em que se escutam 
melhor os vasos do abdome - o sopro pode significar: aneurisma, trombose...
É sinal de alerna na ausculta abdominal mas ocorre em 20% das pessoas 
saudáveis
Sopros no:
Epigástrico: relação com a mesentérica
Lateralmente à linha mediana: relação com as artérias renais → paciente 
pode ser hipertenso devido a uma estenose de artéria renal
Á esquerda da lina mediana: relação com a parte abdominal da A. Aorta - 
pode significar aneurisma de aorta abdominal (na presença de sopro, 
obrigatória ausculta de ilíacas e femorais)
Umbilical: geralmente em pacientes com ascite, com circulação lateral - um 
sopro nessa região significa recanalização da veia umbilical, sendo chamado de 
Sinal de Cruveillier-Baumgarten
Espaço de Traube: fica sobre o baço, está do lado esquerdo abaixo do 
diafragma - sopros nessa região indicam alteação relacionada ao baço - pode 
ocorrer na malária, leucemia, tumor esplênico
Área Hepática: pode significar aneurisma de artéria hepática, cirrose, 
carcinoma hepatocelular e metástases
Exame Físico 10
Azul: Xifoide + rebordo costal → limite superior do abdome
Ponto preto: localização da mesentérica (abaixo do xifoide)
A Aorta pode ser auscultada no ponto bege, mais para a esquerda e descendo até 
2, 3 cm antes do umbigo - o ponto marrom sinaliza a divisão da Aorta nas Ilíacas
Os rins são protegidos pelas últimas costelas posteriores, ou seja, são mais 
altos do que a maioria pensa - lembrar disso na hora de auscultar.
Exemplo de Ausculta (falar sobre RHA e sopros)
Ausculta com ruídos hidroaéreos normais, com sopro na topografia da artéria ilíaca 
esquerda.
PERCUSSÃO
Diferencia a consistência do conteúdo palpável - irregular
Inicia-se longe do sítio doloroso
Som predominantemente timpânico, mais variável ao longo do abdome - 
inclusive Traube
Macicez na área hepática e sobre massas
Timpanismo aumentado se distendido por gases ou obstrução intestinal
Exame Físico 11
OBS: Fígado medimos com a percussão - não fazer igual a imagem - começar de 
cima e continuar até mudança de som!
Exemplo de Percussão
Timpanismo normalmente distribuído, exceto por macicez em flanco esquerdo sobre 
a massa palpável. Percussão hepática indolor com hepatimetria de 8 com na LHCD. 
Espaço de Traube timpânico.
Palpação
Ocorre simultaneamente com a percussão
É a parte principal do exame de abdome
Acontece em dois momentos, superficial e profunda
Superficial
Avaliação da parede abdominal quanto à:
Integridade: hérnias (abaulamento)
Sensibilidade e tumores - a ideia é saber se a dor é da parede ou profunda
Tensão: definir se a tensão é da parede (parietal) ou intra-abdominal
Parietal: paciente com rigidez abdominal, chamada de abdome tábua → 
voluntária ou involuntária
Exame Físico 12
A tensão parietal voluntária é quando o paciente está com medo da 
palpação e ele mesmo contrai o abdome
Por que seria involuntária? A inervação do peritônio parietal é a mesma da 
musculatura superficial do abdome
Intra-abdominal: a rigidez não é da parede, ela vem de dentro do abdome - 
distensão, ascite, gestção, tumores
★ Manobra de Carnett: pedimos para o paciente flexionar a cabeça contra a mão 
do examinador → isso é feito para enrijecer os músculos retos abdominais, e 
averiguar se a região que está sendo palpada continua doendo. Se continuar 
doendo é a parede, se não, é o interior do abdome.
★ Manobra de Smith-Bates: é o mesmo princípio, só que ao invés de levantar a 
cabeça, o paciente deve levantar as pernas, sem dobrar os joelhos.
Profunda: 
Avalia vísceras
Limitada diante de contratura, dor, ascite e obesidade
Preferencialmente feita com as duas mãos
Acessa aproximadamente 10 cm de profundidade
Avalia-se massas intra-abdominais quanto ao local, volume, formato, 
consistência, mobilidade, superfície (lisa ou irregular), limites, sensibilidade (dor 
ou não) e pulsatilidade (se for pulsátil, pensar em aneurisma)
Exame Físico 13
Técnica deslizante de Huasmann: colocar as duas mãos próximas uma da 
outra sobre a barriga do paciente - afundá-las juntas para um lado e para o 
outro, deslizando sobre o abdome, a fim de procurar anormalidades
A palpação do sigmoide pode evidenciar que está cheio de fezes - o que é 
normal; aorta normal é aorta palpável e ceco palpável
Peritonismo: é a presença de uma contratura do abdome que impede de se 
fazer a palpação profunda + Blumberg (dor à descompressão súbita)
Órgão palpáveis somente em condições patológicas
Bexiga vazia
Apêndice cecal
Vesícula biliar
Flexuras do cólon
Delgado
Baço
Órgãos normalmente palpáveis:
Grande curvatura gástrica
Ceco
Sigmoide 
Cólons, especialmente o transverso
Órgãos naturalmente hipersensíveis (a palpação causa um pouco de dor):
Aorta
Ceco
Sigmoide
Posição das Mãos
Interessante para avaliação de uma 
massa tumoral - colocando-as em 
cada borda do tumor, ora apertando 
Exame Físico 14
uma ora outra. Teremos uma ideia dos 
limites do tumor, se é imóvel ou não 
(tumoração maligna costuma ser mais 
imóvel)
Essa forma é mais utilizada para as 
fossas ilíacas - as mãos ficam juntas 
formando uma flecha, para analisar as 
fossas ilíacas, que são pequenas. O 
círculo mostra onde é feita a pressão.
Utilizada para regiões 
pequenas - coloca-se uma 
mão sobre a outra.
Exemplo de Palpação: 
Abdome depressível (ou inocente, flácido, quer dizer que ele não empurra a mão 
para cima – permite a palpação), sem defesa, com dor à palpação profunda do 
flanco esquerdo, onde palpa-se massa de consistência pétrea, imóvel e indolor, de 
5 por 7 cm. Blumberg e Murphy ausentes. Fígado com borda fina e consistência 
normal.
Exame de Alguns Tipos de Abdome
Abdome potuberante
Por obesidade: é a principal causa de abdome 
protuberante
A parede é espessa e pesada
Exame Físico 15
Umbigo é central e não possui 
abaulamento (como ocorre na ascite)
Distribuição normal do timpanismo
Para o palpação do sigmoide em abdome 
em avental, é necessário levantar a dobra 
com uma mão e palpar com outra
Por gás:
Distenção lozalizada ou generalizada
Timpanismo à percussão
Obstruções e íleos adinâmicos → luz 
normal mas para de mexer
Quanto mais distal (próx. do sigmoide 
e reto) a obstrução, maior a 
distensão
Imagem: distenção das alças do 
abdome do paciente
Por ascite: acúmulo de água. A percussão varia com a posição do paciente:
Em decúbito dorsal: a água fica acumulada nas bordas, onde vai haver 
macicez - no meio fica o ar, onde haverá timpanismo
Em decúbito lareral: a água desce, onde ficará maciço, e o ar fica em cima, 
onde ficará timpânico
Observar o umbigo protuberante
Abdome em avental
Exame Físico 16
Por tumor:
Macicez localizada deslocando as alças 
e seus timpanismos
Tumores intestinais, uterinos e ovarianos
Diferenciar de bexigoma (bexiga cheia, 
fica palpável acuma da sínfise púbica) e 
gestação
Exame Específico de Víscera
FÍGADO
PALPAÇÃO
Como parte do fígado é encoberto pelas costelas, palpamos sua borda inferior
Avaliar:
Consistência: elástica (normal), amolecida, pétrea
Sensibilidade: indolor - se o fígado estiver aumentado ele pode causar dor, 
pela distenção da cápsula de Glisson, que o recobre
Tamanho: 6 a 12 cm → linha hemiclavicular!!
Superfície: lisa (normal) ou nodular
Borda: fina (normal), romba ou nodular
Para palpar o fígado, deve-se pedir ao paciente para respirar fundo, pois assim o 
diafragma desce e empurra o fígado para baixo.
Obs: em pacientes com DPOC, num quadro enfisematoso, o difragma se 
encontra mais expandido empurrando o fígado
Estar no tamanho normal não quer dizer que não haja problema, também ser 
impálpavel não significa normalidade.
Técnicas de Palpação
Polegar de Glenard: os quatros 
dedos da mão esquerda na parteposterior e o polegar esticado para 
o outro lado para sentir a borda do 
Exame Físico 17
fígado. A mão direita serve para 
ajudar.
Lemos-Torres: mão esquerda 
abaixo do paciente, empurrando-o 
para cima. Mão direita com os 
dedos apontando para a clavícula. 
Pedir ao paciente para que respire 
profundamente, esperar o fígado 
tocar e analisar a borda inferior.
Mathieu: é uma das melhores, 
porque conseguimos ter oito dedos 
para palpar o fígado. O médico 
muda de posição e usa a “mão em 
garra”, afundando as unhas, como 
uma garra, sobre o rebordo.
Exame Físico 18
Cuidado: o fígado pode estar aumentando, e ao realizar Lemos Torres a mão fica 
em cima do fígado, ao invés de ficar abaixo da borda. Dica do Gerson: ir palpando 
desde o limite da fossa ilíaca direita e o flanco direita até o rebordo costal para ter 
noção do tamanho do fígado. Se chegar no rebordo costal e não estiver palpado o 
fígado, quer dizer que está ele está do rebordo para cima. Portanto, é desse ponto 
que pedimos para o paciente inspirar e examiná-lo.
PERCUSSÃO
Analisar tamanho e sensibilidade
Começa a partir do 4 espaço intercostal direito, descendo pela linha 
hemiclavicular → assim que chega na borda superior do fígado ocorre 
submaciez, na parte central ocorre maciez, e chegando na borda inferior ocorre 
submacicez novamente
Hepatimetria: medição do tamanho do fígado, vai desde a submacicez da 
borda superior até a submacicez da borda inferior
Geralmente no exame físicio o fígado é menor que o real, cerca de 2 cm
★ Sinal de Torres-Homem
Realizado quando há suspeita de abcesso hepático
Exame Físico 19
Febre, cirurgia abdominal prévia recente, fígado dolorido em algumas partes e 
não em outras
É feita a percussão em toda a região do fígado - vai doer em cima do abcesso
AUSCULTA
Atrito na superfície se tumoração, quando o paciente inspira
Sorpo em carcinomas e hepatite aguda alcóolica
★ Ténica de Arranhadura
Técnica auxiliar da hepatimetria
Fixa-se o estetoscópio em algum ponto do fígado e vai arrando até esse ponto - 
quando o som vai ficando mais grosso quer dizer que é onde o fígado está
DOENÇAS DO FÍGADO 
Hepatite Aguda: fígado inflama e cresce → aumentado, superfície lisa, borda 
fina, consistência normal e macio e doloroso (pela distensão da Cápsula de 
Glisson)
Hepatite Crônica: aumentado e começa a ficar com consistência mais firme, 
podendo estar indo pata uma situação de cirrose, e indolor
Cirrose: aumentado no início em estágio terminal, superfície nodular, borda 
romba (grossa), consistência rígida, indolor
DPOC: fígado rebaixado, superfície lisa, borda lisa, consistência normal e 
indolor
ICC: fígado aumentado (porque fica cheio de água, acúmulo de líquido), 
superfície lisa, borda romba (porque ficou grosso) e doloroso (distendeu a 
cápsula)
VESÍCULA BILIAR
Normalmente impalpável, quando palpável indica alguma anormalidada
Manobras de palpação:
★ Técnica de Mathieu: mão em garra, com 8 dedos abaixo do rebordo costal
★ Processo de Chiray e Pavel: como Mathieu, porém com o paciente em decúbito 
lateral e com as coxas fletidas → paciente fica deitado de costas para o médico
Exame Físico 20
★ Manobra de Pron: com os dois polegares estando à esquerda do paciente - em 
decúbito dorsal
Sinal de Murphy: coloca-se a mão embaixo do rebordo costal direito na região da 
vesícula e pede para o paciente inspirar profundamente - ao inspirar a vesícula vem 
em direção à mão
Positivo: se o paciente sentir dor pela pressão à vesícula → paciente interrompe 
a respiração pela dor
Deve ser escrito Murphy positivo mesmo que a dor não seja origininada pela 
vesícula
Sente-se a vesícula como uma saliência na borda hepática, piriforme, móvel com a 
inspiração, macio e indolor se não tiver inflamação
Confundível com nódulo hepático, porém a vesícula é móvel com a respiração
BAÇO
Normalmente (fisiologicamente) impalpável → palpável quando 1,5 a 2x maior 
(patológico)
Naturalmente indolor
PALPAÇÃO 
Baixa sensibilidade: 18-69%
Boa especificidade: 89-99%
É realizada durante a expiração, já que haverá o deslocamento do baço
Manobra de Pron
Exame Físico 21
Avaliar:
Tamanho: distância em relação ao reborto costal esquerdo
Consistência: firme (normal), amolecida
Superfície: lisa (normal), irregular
Técnicas
★ Lemos Torres em decúbito dorsal: no baço nos deslocamos para a esquerda 
do paciente e invertemos as mãos - mão direita embaixo do paciente e a esquerda 
para palpar a região do baço - afundar mão no rebordo costal e pedir para o 
paciente respirar fundo
★ Mathieu na Posição de Schuster: o pacieente fica em decúbito lateral direito, 
para aproximar o baço do médico - a coxa esquerda deve estar fletida e o braço 
esquerdo do paciente deve estar para cima em diração à nuca - e então 
começamos a técnica da mão em garra
Exame Físico 22
PERCUSSÃO
★ Espaço de Traube
Limites:
Superior: 6º EIC → linha amarela
Inferior: rebordo costal esquerdo 
→ linha azul
Medial: borda esternal esquerda
Lateral: linha axilar anterior → 
linha vermelha
★ Técnica de Castell: percussão ao longo da LAA durante a inspiração com o 
paciente em decúbito dorsal
Normal: timpanismo
Macicez: suspeita de esplenomegalia
Tamanho é indicado pela associação da palpação e percussão
Macicez no Espaço de Traube e Esplenomegalia
Sensibilidade: 62%
Especificidade: 72%
Exame Físico 23
Em magros → sensibilidade: 78% e especificidade: 82%
Graus de Esplenomegalia
Tem como referência o rebordo costal e uma linha traçada a alrura do umbigo:
GI: palpação do baço no RCE (dobro do tamanho)
GII: palpação entre o RCE e a linha do umbigo
GII: palpado na altura ou abaixo do umbigo
Sinais de hepatopatia crônica associados a esplenomegalia ao exame físico há 
sensibilidade de 34% e especificidade de 90% para detecção de cirrose hepática
AUSCULTA
Só é realizada se o paciente referir dor na altura do baço (hipocôndrio 
esquerdo)
Se houver atrito suspeitar de Periesplenite
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Tumor renal
Rins policísticos
Ca do ângulo esplênico do cólon
Dilatação colônica por fezes
Tumores gástricos
Massas retroperitoneais
Última costela flutuante - confundem a pontinha com o baço
BAÇO E SUAS DOENÇAS
Infecções Agudas: endocardite, malária, mononucleose → baço aumentado, 
amolecido, doloroso e liso
Hipertensão Portal: baço aumentado pois a veia esplênica vai para o sistema 
porta e passa por dentro do fígado - se esse trajeto está congestionado o baço 
Exame Físico 24
irá aumentar e ficar mais rígido → aumentado, rígido, porém sem dor e liso
Leucemias/Linfomas/Leishmaniose: baço muito aumentado, rpigido, indolor e 
com contorno irregular
Destruição de eritrócitos: esferocitose, talassemia → aumentado, 
discretamente rígido
Infarto Esplênico: problema vascular que gerou esse infarto → dor à palpação
ESPLENOMEGALIA X HIPERESPLENISMO
Esplenomegalia: baço aumentado
Hiperesplenismo: esplenomegalia + alterações dos elementos figurados do 
sangue, e com uma reação da medula óssea, que fica hiperplásica, para 
compensar essa alteração
ESPLENOMEGALIA X TUMOR RENAL
Baço é muito mais superficial que o rim
Esplenomegalia é um aumento em aspecto de vírgula
Se estiver palpando o rim: sobre ele haverá o cólon
Se estiver palpando o baço: o cólon estará abaixo dessa massa palpável
RINS
Palpação bimanual: paciente em decúbito dorsal, colocar a mão entre ele e a 
maca com a palma virada para cima na altura da topografia renal. A outra mão 
vai sobre o abdome de forma que fosse pensar os rins com as duas mãos
Exame Físico 25
★ Técnica PPL ou Giordano
É realiza por uma espécie de um soco 
dado na altura do rim nas costas do 
paciente → é usada para saber se está 
com dor, especialmente pielonefrite 
(infecção urinária alta). O soco é dado 
com a face medial da mão, no encontro 
da musculatura paravertebral e a última 
costela.
Obs: as mulheres tem muito mais 
infecção urinária - sintomas: dor na 
região lombar, febre, urina turva, fétida 
→ nesses casos ao invés de fazer 
Giordano podemospalpar 
delicadamente o local e se houver dor 
já se considera PPL+ ou Giordano+
Aumento do Rim
Unilateral: pensar em tumor
Bilateral: pensar em rins policísticos → paciente com cistos renais que vão 
cursar com insuficiência renal
PÂNCREAS
Normalmente impalpável - é retroperitonial, em decúbito dorsal fica mais para 
as costas do paciente - por isso que quando há algum problema a dor costuma 
irradiar para o dorso
Massa fixa no epigástrico: é gerada por tumor pancreático
Macete: se houver uma massa palpável no epigástrico, estômago ou 
pâncreas? Pedir para o paciente inspirar profundamente, se a massa for do 
pâncreas ela não irá mexer, já se for um tumor gástrico haverá 
movimentação durante a inspiração
VÍSCERAS OCAS
Faz-se palpação deslizante: duas mãos sobre o abdome do paciente, afunda 
bem → a ideia é ver se a mão vai ‘’tropeçar’’ em alguma coisa
Exame Físico 26
Algumas coisas normais de serem palpáveis: grande curvatura gástrica, os 
cólons, o ceco e o sigmoide
Ao encontrar alguma massa deve ser feita a percussão no mesmo momento 
para ser feita a descrição
É comum encontrar fezes no sigmoide - fezes geram macicez
CECO
Normalmente palpável, costuma ser mais superficial e sensível
Manobras de Palpação
★ Manobra de Obrastzow:
Mão direita estendida na fossa ilíaca esquerda com movimentos de compressão 
intermitentes, pra ver se facilida a palpação do ceco
Mão esquerda palpando o ceco
A ideia é que a palpação na FIE movimente o conteúdo intra-abadominal para 
dentro do abdome, o que acaba levantando o ceco do outro lado
★ Técnica de Sigaut
Comprimir o cólon ascendente logo acima do ceco para ver se o seco distente
Comprimir com o polegar esquerdo e os outros dedos ficam para baixo
Mão direita em garra no Ceco
★ Manobra de Merlo
2º, 3º, 4º, 5º dedos da mão esquerda comprimindo o cólon ascendente
Exame Físico 27
Mão direita em garra no ceco
Avaliação de Massas e Abaulamentos
Local, tamanho, forma, bordas, superfície, consistência, motilidade espontânea, 
sensibiidade, pulsátil, redutibilidade
AORTA ABDOMINAL
Entre o hiato diafragmático (T12) e sua bifurcação (L4), tem 13 cm e está à 
esquerda da linha mediana
Inspeção: durante apneia expiratória - expirar e trancar, para ver se ela é visível
Palpação: discretamente dolorosa, à esquerda do umbigo - sente-se a 
pulsatilidade
Ausculta: pesquisa de sopros (não é normal ter)

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