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estabilidade de taludes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS 
E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR 
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AMBIENTAL 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
Estabilidade de Taludes 
 
 
 
 
 
 
 
POMBAL-PB 
DEZEMBRO, 2021 
 
DARAH ANGELO ARAUJO 
MAYLA ESTRELA BRAGA 
NATANIELE LINS OLIVEIRA 
RAFAELA DO NASCIMENTO COELHO 
 
 
 
 
 
 
 
Estabilidade de Taludes 
 
 
 
 
 Trabalho realizado na Universidade Federal 
ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssde Campina Grande – UFCG Campus Pombal, como 
ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssparte das exigências para obtenção de nota para a 
ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssdisciplina de Obras de Terra. 
 Profª.: Dra. Suelen Silva Figueiredo Andrade. 
 
 
POMBAL-PB 
DEZEMBRO, 2021 
 
ESTABILIDADE DE TALUDES 
A estabilidade de taludes é um assunto que precisa de muitos estudos, 
pois as condições de estabilidades são distintas para os diversos materiais 
que compõem o solo e rocha, que vão variar de acordo com a região e a 
instabilidade dos mesmos podem envolver perdas econômicas ou até 
mesmo de vidas humanas (Pinto; Júnior; Gatts, 2001). 
 
Este é um assunto que abrange várias áreas do conhecimento, como a 
engenharia civil, a geologia, a geotecnia a geomorfologia, a mecânica dos 
solos e das rochas e diversas outras. 
 
O talude pode ser definido como qualquer superfície inclinada em relação 
a horizontal que delimita uma determinada massa de solo, rocha, ou qualquer 
outro material, podendo este ser minério, rejeito ou até mesmo lixo. 
 
Os maciços sob o aspecto genético podem ser agrupados em duas 
categorias: naturais e artificiais. Estes frequentemente exibem uma 
homogeneidade mais acentuada que os maciços naturais e, por isto, 
adequam-se melhor às teorias desenvolvidas para as análises de 
estabilidade. Dois outros aspectos elucidativos deste ponto merecem 
atenção: o primeiro refere-se ao fato de que os taludes naturais possuem 
uma estrutura particular que só é conhecida através de um criterioso 
programa de prospecção; o segundo está associado à vida geológica do 
maciço natural, intimamente ligado ao histórico de tensões sofrido por ele – 
erosão, tectonismo, intemperismo etc. 
São vários os fatores naturais que atuam isolada ou conjuntamente 
durante o processo de formação de um talude natural e que respondem pela 
estrutura característica destes maciços. Estes fatores podem ser agrupados 
em duas categorias: 
• Fatores Geológicos: 
- Litologia 
- Estruturação 
- Geomorfologia 
 
• Fatores Ambientais: 
- Clima 
- Topografia 
- Vegetação. 
 
 Os fatores geológicos são responsáveis pela constituição química, 
organização e modelagem do relevo terrestre; à ação deles, soma-se a dos 
fatores ambientais. Assim, a litologia, com os constituintes dos diversos tipos 
de rocha, a estruturação dos maciços – através dos processos tectônicos, de 
dobras, de falhamento, etc, e a geomorfologia – tratando da tendência 
evolutiva dos relevos, apresentam um produto final que pode ser alterado 
pelos fatores climáticos, principalmente pela ação erosiva influenciada pelo 
clima, topografia e vegetação. 
 
As paisagens naturais são dinâmicas, alterando-se continuamente ao 
longo do tempo sob a ação destes fatores. 
 
 Ao lado destas ações naturais podem surgir as ações humanas que altera 
a geometria das paisagens e atua sobre os fatores ambientais, mudando ou 
destruindo a vegetação alterando as formas topográficas e às vezes mesmo 
o clima; em razão disto, estes maciços diferem bastante dos aterros artificiais 
cujo controle de “colocação das terras” permite conhecê-los infinitamente 
melhor. 
 
Dentre os principais elementos que fazem parte de um talude estão: 
 
• A crista; 
• O pé; 
• O ângulo de inclinação; 
• A altura; 
• O corpo do talude; 
• O terreno da fundação. 
Na figura abaixo pode-se observar cada um destes elementos. 
Imagem 1 – elementos de um talude 
FONTE: Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt – PUC Goiás – Geotecnia II. 
Segundo a Associação Brasileira de Geologia de Engenharia 
(ABGE, 1998), a execução de cortes nos maciços pode condicionar 
movimentos de massa ou, mais especificamente, escorregamento de 
taludes, desde que as tensões cisalhantes ultrapassem a resistência ao 
cisalhamento dos materiais, ao longo de determinadas superfícies de 
ruptura. Naturalmente que os taludes provenientes da má execução de 
aterros podem também levar ao movimento de massas de solos. 
Os tipos de movimentos de massa apresentados a seguir seguem 
a classificação adotada por Carvalho(1991), conforme apresentado pela 
ABGE (1998). 
• Escorregamento devido à inclinação: 
 Estes escorregamentos ocorrem sempre que a inclinação do 
talude excede aquela imposta pela resistência ao cisalhamento do maciço 
e nas condições de presença de água. A prática tem indicado, para 
taludes de corte de até 8m de altura, constituídos por solos, a inclinação 
de 1V:1H como a mais generalizável. Os padrões (inclinações 
estabelecidas empiricamente, como referência inicial) usuais indicam as 
inclinações associadas aos gabaritos estabelecidos nos triângulos 
retângulos. 
 Estes gabaritos são frequentemente usados na prática da 
Engenharia, porém, para um grande números casos de taludes não se 
obtém a sua estabilidade com estas inclinações, sendo necessário a 
realização de uma análise de estabilidade como será visto nesta unidade. 
• Escorregamento por descontinuidades 
 O contato solo-rocha constitui, em geral, uma zona de transição 
entre esses materiais. Quando ocorre um contraste de resistência 
acentuado entre eles, com inclinação forte e, principalmente, na presença 
de água, a zona de contato pode condicionar a instabilidade do talude 
(figura 03-a). As descontinuidades geológicas, presentes nos maciços 
rochosos e em solos de alteração, constituem também planos ao longo 
dos quais pode haver escorregamento, desde que a orientação desses 
planos seja em sentido à rodovia. 
• Escorregamentos por percolação de água 
Os escorregamentos, devidos à percolação d‟ água são 
ocorrências que se registram durante períodos de chuva quando há 
elevação do nível do lençol freático ou, apenas, por saturação das 
camadas superficiais de solo. Quando os taludes interceptam o lençol 
freático, a manifestação, eventual, da erosão interna pode contribuir para 
a sua instabilização. 
• Escorregamento em aterro 
O projeto de um aterro implica na consideração das características 
do material com o qual vai ser construído, como também das condições 
de sua fundação. Quando construídos sobre rochas resistentes, os 
aterros se mostram, em geral, estáveis por longo tempo. No caso de 
aterros sobre solos moles, como argila marinha ou argila orgânica, o seu 
projeto e construção devem obedecer a técnicas adequadas, de modo a 
impedir que ocorram recalques exagerados, deixando as pistas com 
ondulações e provocando rompimentos ou deslizamentos de canaletas, 
bueiros e galerias (Almeida,1996). 
• Escorregamentos em massas coluviais 
Massas coluviais constituem corpos em condições de estabilidade 
tão precárias que pequenos cortes, e mesmo pequenos aterros, são 
suficientes para aumentar os movimentos de rastejo, cujas velocidades 
são ainda mais aceleradas, quando saturados, na época das chuvas. 
Existem no Brasil, vários casos de obras rodoviárias implantadas nesses 
corpos que ocasionaram sérios problemas, durante anos, até sua 
completa estabilização. 
Nos projetos de estabilização o fundamental é atuar sobre os 
mecanismos instabilizadores. Assim, sufocando a causa com obras ou 
soluções de alto efeito não só se ganha em tempo como efetivamente em 
custo e segurança. Se a ação instabilizadora é a percolação interna no 
maciço, devemser convenientes obras de drenagem profunda e/ou 
impermeabilização a montante do talude os efeitos da erosão podem ser 
combatidos com a proteção vegetal; e, se o deslizamento ocorre por efeito 
das forças gravitacionais o retaludamento deve ser a primeira opção a ser 
pensada. 
 Nas obras de estabilização é importante considerar também as 
soluções mais simples, às vezes, elas são as mais adequadas. As obras 
mais caras só se justificam quando o processo de instabilização não pode 
ser mais controlado pelas obras mais simples. 
Para a análise da estabilidade dos taludes, será quantificando os 
coeficientes de segurança contra o escoramento. Na hipótese de não se 
obter o coeficiente de segurança requerido opta-se por uma das soluções 
abordadas nos parágrafos anteriores. Nos maciços artificiais, além das 
alternativas propostas, podem auxiliar no processo de majoração destes 
coeficientes, as escolhas do material constituinte, dos parâmetros de 
compactação, etc. 
Antes de iniciar o estudo das análises de estabilidade será 
conveniente tratar das causas que podem levar os taludes a escorregar. 
Estas causas são complexas, pois envolvem uma infinidade de fatores 
que se associam e entrelaçam. O conhecimento delas permite ao 
engenheiro escolher com mais critério as soluções que se apresentam 
satisfatórias e mesmo prever o desempenho destas alternativas. 
 A ocorrência da instabilização de um maciço de terra, 
principalmente em áreas urbanas densamente povoadas, cujas encostas 
comumente têm sua ocupação inadequada e irregular, tem levado a 
inúmeras fatalidades, conseguido destaque na imprensa. 
Com o objetivo de averiguar as possibilidades de escorregamentos 
de taludes naturais ou artificiais, assim como também certificar-se a 
estabilidade dos taludes quando sujeitos à diferentes construções, os 
mapas de análise de risco podem contribuir com a redução de possíveis 
acidentes e a decisão de quais medidas de prevenção serão cabíveis. 
Assim, uma das formas da construção desses mapas é a 
realização do mapeamento das áreas de interesse a partir de fatores 
geradores de escorregamentos e da probabilidade de sua ocorrência. 
Dentre as técnicas adotadas para análise da estabilidade de taludes, a 
análise probabilística e a análise determinística são as mais relevantes. 
(DYMINSKI, 2007). 
Para fazer uma análise probabilística sobre estabilidade de taludes, 
requer conhecimento das distribuições de probabilidade ou das funções 
de densidade de probabilidade das variáveis aleatórias 
O número de dados disponíveis e o grau de dispersão dos mesmos 
em relação a uma média afetam sensivelmente a probabilidade calculada. 
A interdependência de fatores (p.ex.: grau de intemperismo x resistência; 
Intensidade de chuva x tipo de solo x variações de resistência; inclinação 
do talude x tipo de solo x condições de drenagem; etc.) e número pequeno 
de informações tornam as análises probabilísticas, no momento, restritas 
do ponto de vista de aplicação prática na previsão de problemas de 
ruptura de um modo geral. 
Porém, com o progresso dos estudos nos últimos anos, estas 
análises encontram-se em expansão. As análises de estabilidade de 
taludes são em geral realizadas por métodos determinísticos e avaliadas 
por meio de um fator de segurança. 
Embora se saiba que os parâmetros geotécnicos podem 
apresentar grande dispersão, nessas análises eles são considerados fixos 
e conhecidos. Os métodos probabilísticos, por sua vez, quantificam as 
incertezas oriundas da variabilidade dos parâmetros geotécnicos, 
permitindo a determinação de um índice de confiabilidade e de uma 
probabilidade de ruína. 
Por outro lado, se tem que as abordagens determinísticas 
tradicionais de estabilidade de taludes utilizam estimativas do valor único 
para cada variável considerada no cálculo da estabilidade de taludes, de 
modo que a saída desta análise é uma estimativa determinística do valor 
único, determinando se o talude é estável ou não, podendo ser expressa 
como um fator de segurança, o qual, ao mesmo tempo pode representar 
uma interrogante determinada dentro do projeto. 
Atualmente a capacidade para modelar com precisão o 
desempenho do talude é comprometida por uma série de incertezas nas 
propriedades do solo consideradas na modelagem do problema, sendo 
estas incertezas inevitáveis devido aos materiais principalmente naturais 
com que lida a engenharia geotécnica. 
Estas propriedades podem ser obtidas a partir de ensaios de 
campo e/ou de laboratório, variando de acordo com certos critérios de 
variação como: a localização do ponto de exploração, número de 
amostras, métodos de amostragem (intacta ou 
disturbada), métodos de execução de ensaios de laboratório, 
interpretação dos resultados de ensaios de laboratório, método de 
análise, erro instrumental e erro humano, sendo considerados estes 
critérios como incertezas, o resultado é que o comportamento exato do 
talude não pode ser previsto com precisão, motivo pelo qual uma 
abordagem determinística clássica forneceria resultados pouco 
confiáveis. 
Consequentemente, a abordagem probabilística oferece um 
tratamento sistemático das incertezas correspondentes às propriedades 
dos materiais envolvidos na análise de estabilidade de taludes. Em termos 
de probabilidade, as incertezas podem ser relacionadas quantitativamente 
para a confiabilidade de um projeto. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
DYMINSKI, Andréa Sell. Noções de estabilidade de taludes e 
contenções. Universidade Federal do Paraná, Notas de Aula, 
Estabilidade de Taludes. 28p, 2007 
FILHO, Oswaldo Augusto; VIRGILI, José Carlos. Estabilidade de 
Taludes. In: OLIVEIRA, Antônio Manoel dos Santos; BRITO, Sérgio 
Nertan Alves de. Geologia de engenharia. São Paulo: Associação 
Brasileira de Geologia de Engenharia, 1999. 
MARINHO, Filipe. Instabilidade de Taludes. 2020. Disponível em: 
https://www.guiadaengenharia.com/estabilidade-taludes-deslizamentos/. 
Acesso em 03.ago.2021. 
MESAVILLA, Débora T. Sabes qual a importância de um Estudo 
Estabilidade de Talude? Disponível 
em:<http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=9&Cod=888
#:~:text=As%20causas%20que%20levam%20aos,talude%2C%20conse
quentemente%20reduzindo%20a%20resist%C3%AAncia> Acesso em 
19.dez.2021 
NETO, Djalma P.P. Tipos de Escorregamntos e Importância de 
Estudos Geotécnicos. Disponível 
em:<http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=9&Cod=888
#:~:text=As%20causas%20que%20levam%20aos,talude%2C%20conse
quentemente%20reduzindo%20a% 20resist%C3%AAncia>. Acesso em 
18.dez.2021.

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