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SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO................................................................................01 
O FEDERALISMO E O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO...02 
POLÍTICAS PÚBLICAS..................................................................04 
 Políticas Públicas de promoção da Educação.......................10 
 Políticas Públicas de qualidade da Educação........................11 
 Políticas Públicas de financiamento da Educaçao.................13 
 Políticas Públicas de avaliação da Educação........................14 
 Mapa mental (Políticas Públicas)...........................................15 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988..................................................16 
 Mapa mental (Constituição Federal)......................................32 
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO 9.394/96...........34 
 Mapa mental (LDB).................................................................66 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO............................................67 
 Mapa mental (PNE)................................................................74 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE........................75 
 Mapa mental (ECA)................................................................89 
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS............................91 
 Mapa mental (PCN’s).............................................................94 
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO 
INFANTIL........................................................................................95 
 Mapa mental (RCNEI)............................................................97 
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO 
BÁSICA...........................................................................................98 
 Mapa mental (DCN’s)...........................................................105 
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (ED. BÁSICA).........106 
 Mapa mental (BNCC Ed. Básica).........................................115 
 Mapa mental (BNCC Competências gerais)........................116 
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (ED. INFANTIL)......117 
 Mapa mental (BNCC Ed. Infantil).........................................125 
 
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (ENSINO 
FUNDAMENTAL)..........................................................................126 
 Mapa mental (Ensino fundamental)......................................136 
REFERÊNCIAS.............................................................................137 
 
 
1 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O estudo das legislações é parte essencial na preparação e 
desenvolvimento para concursos, considerando o contexto político e 
regimentar do Brasil, ao estudarmos a leis, vemos que todas as 
ações e determinações implementadas nas instituições de ensino 
nacionais são regimentadas e previamente discutidas em um 
ambiente legislativos e de políticas públicas. 
 Se você, assim como diversos professores, sonha com uma 
carreira no ambiente de ensino e aprendizagem público, é muito 
importante ter uma rotina de estudos sobre legislação da educação, 
assim, é muito importante saber as atribuições do cargo pretendido 
dentro do sistema de ensino e do que se tratam e como são 
organizadas as legislações vigentes no período de realização do 
concurso. Essas informações, estarão contidas em cada edital 
publicado, e estamos aqui para apresentar as principais leis e 
temáticas relacionadas a elas, dentro do que é cobrado nessas 
provas avaliativas. 
 Antes de tudo, atente-se aos principais objetivos de cada texto 
legislativo, para quais instâncias cada um legisla, quais órgãos são 
responsáveis por cada região, seu financiamento, implementação na 
prática e entendimento de cada um como um todo. Relacionar 
artigos, parágrafos, incisos e resoluções, não se desprendendo da 
realidade vivenciada em território nacional, pois essas leis serão 
cobradas em consonância com situações de realidade e trabalho 
cotidiano, ou seja, uma situação concreta. 
 Assim, temos como principal objetivo, apresentar aqui neste 
material, as principais leis que se relacionam ao sistema de ensino 
2 
 
 
vigente no Brasil, como foco em concursos da área de educação, 
trazendo explicações sobre os termos apresentados e mapas 
mentais ao fim de cada tópico, que auxiliarão na fixação e revisitação 
dos conteúdos estudados. 
Bons estudos! 
 
O FEDERALISMO E O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO 
 
 Antes de iniciarmos a exposição das leis em si, é importante 
haver uma contextualização de como e por que a educação no Brasil 
é organizada por meio de legislação, órgãos federativos e políticas 
públicas. Ao pensar os aspectos fundamentais referentes às leis que 
tratam do compromisso do Estado em ofertar uma educação gratuita 
e de qualidade, existe a necessidade de entender o que institui no 
Brasil um Sistema Nacional de Educação, bem como as relações e 
regulamentações que demarcam um regime de colaboração entre os 
entes federados (União, Distrito Federal e Municípios). 
 O federalismo, acordo como William Riker (1975, p. 101), “é 
uma organização política na qual as atividades do governo são 
divididas entre governos regionais e governo central, de modo que 
cada tipo de governo tem algumas atividades sobre as quais ele toma 
as decisões finais.” Sendo assim, o regime federalista possui 
instituições fundamentais, sendo elas, um governo de federação e 
um conjunto de governos das unidades membros, que tem trabalham 
dentro de um mesmo território, porém tendo cada um autoridade para 
realização de ações independentes de outros. 
3 
 
 
 Do ponto de vista jurídico e constitucional, segundo Cruz (2012, 
p. 65) “um sistema pode ser classificado como federalista quando em 
sua organização existem política existem elementos estruturais 
característicos nos diferentes planos governamentais, como poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário, já que tais elementos e garantias 
devem ter sua existência protegida jurídica-constitucionalmente”. 
Enquanto Alfred Stepan (1999), nos informa que podem ser 
considerados federativos os sistemas políticos democráticos que 
atenderem aos seguintes critérios: 1) “o Estado deve conter 
subunidades políticas territoriais, cujo eleitorado seja constituído 
pelos cidadãos dessas unidades; além disso, a Constituição deve 
garantir a essas unidades soberania na elaboração de leis e de 
políticas”; 2) “deve haver uma unidade política de âmbito nacional, 
que contenha um Poder Legislativo eleito por toda a população do 
Estado, e à qual caiba, por garantia constitucional, a competência 
soberana para legislar e formular políticas em determinadas 
matérias.” (p. 4). 
 Assim, entendemos que o federalismo é uma forma de 
organização territorial do poder, que possui certos critérios e 
determinações para seu funcionamento, o qual é instituído no Brasil, 
além de ser também o regime de outros países reconhecidos como 
Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Suíça, Austrália, Áustria, 
Bélgica, Argentina, Venezuela, México, Malásia, Paquistão, ex-
Iugoslávia e Rússia (RIKER, 1975; BOTHE, 1995; STEPAN, 1999; 
LIJPHART, 2003). E sendo esses, países com claras diferenças 
administrativas e jurídicas, isso nos leva a concluir que as condições 
de organização do federalismo, permeiam em condições 
socioeconômicas, culturais e políticas, condicionadas por inúmeros 
4 
 
 
elementos como, língua, economia, natureza, identidade nacional, 
estrutura física, relações étnico-culturais, entre outros. 
 Desde a instituição desse regime no Brasil em 1891, o país já 
passou por diferentes modelos de federalismo, de relação entre os 
entes federados e sociedade civil e o Estado, tendo como um de seus 
resultados o reconhecimento dos Municípios como entes federados. 
Além da instituição da descentralização financeira, onde há um 
sistema de transferências constitucionais de recursos públicos entre 
as esferas governamentais, e no que serefere à educação, isso se 
torna bem presente ao estudar os mecanismos de financiamento, 
que veremos mais à frente. 
 O âmbito educacional do federalismo é observado através das 
relações estabelecidas entre estados, Distrito Federal e municípios 
ao gerir as políticas educacionais nacionais, considerando as 
atribuições definidas na Constituição Federal. 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS 
 Segundo (Silva e Souza, 2016, p. 9) “As Políticas Públicas 
compreendem toda e qualquer ação de responsabilidade do Estado, 
que visa o bem-estar social do povo, tendo como sustentáculo os 
órgãos políticos e as entidades da sociedade civil. Elas se 
consolidam num processo de tomada de decisões que decorrem as 
normas, as regras e as leis de um país.” 
 Detalhando um pouco mais, o termo políticas públicas é 
binominal, o termo “política” tem origem no grego politiká, derivado 
de polis que significa aquilo que é público. Enquanto “pública”, tem 
origem no latim publicus, que se refere ao povo. 
5 
 
 
 Assim, entende-se que Políticas Públicas são ações 
governamentais realizadas em prol do interesse do povo, segundo 
Medeiros (2000, p.1), “[...] área de políticas públicas consolidou na 
última metade do século XX um corpo teórico próprio e um 
instrumental analítico voltado para a compreensão de fenômenos de 
natureza político-administrativa [...]”. Isso nos indica que não há uma 
definição exata em relação às políticas públicas, mas, analisando 
como um todo e segundo as atribuições, os conceitos mais utilizados 
são os que fazem essa definição como sendo ações governamentais. 
 A política pública se enquadra como um campo de 
conhecimento presente nas ciências políticas, onde os governos 
estão a todo momento tomando decisões de ações e ao mesmo 
tempo analisando suas ações, afim de propor mudanças nos cursos 
dessas ações, de acordo com Silva e Sousa (2016, p. 20) “a 
formulação de políticas públicas traduzem propostas de eleição em 
programas, projetos, base de dados, sistemas de informações e 
pesquisas e se essas ações implementadas pelo governo darão 
resultados ou mudanças reais (submetidas a acompanhamento e 
avaliação). 
 Assim como as definições atuais trazem muito o aspecto de 
resolução de problemas públicos, paralelos a isso existem aspectos 
conflituosos sobre os limites impostos à essas decisões de governo, 
a cooperação entre governos, outras instituições e grupos sociais, 
que também se enquadra dentro das políticas públicas, acaba sendo 
deixada de fora das definições que englobam apenas o lado 
resolutivo. E além de ser uma área de conhecimento da ciência 
política, a política pública interage com diversas áreas do 
6 
 
 
conhecimento como: gestão, planejamento, ciências sociais 
aplicadas, sociologia, antropologia, geografia e economia. 
 No campo educacional, as políticas públicas devem ser 
pensadas de forma a favorecer a criação e manutenção de 
instituições de ensino, desde que isso satisfaça o bem comum, esteja 
em consonância com a legislação e seja considerada eficiente, 
segundo os princípios de planejamento, acompanhamento e 
avaliação. 
 O processo de elaboração de políticas públicas, conhecido 
também como ciclo de políticas públicas, se configura como um 
esquema de visualização e interpretação que organiza uma política 
pública em fases sequenciais e interdependentes, segundo aponta 
Secchi (2017) 
 Uma das formas desenvolvidas para visualização do ciclo de 
políticas públicas é o modelo que o define em 7 (sete) fases 
principais, são elas: 1) identificação do problema, 2) formação da 
agenda, 3) formulação de alternativas, 4) tomada de decisão, 5) 
implementação, 6) avaliação, 7) extinção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Identificação do 
problema 
Identificação do 
problema 
Identificação do 
problema 
Identificação do 
problema 
Identificação do 
problema 
Identificação do 
problema 
Identificação do 
problema 
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 Agora explicitaremos mais sobre cada fase do ciclo para 
entendimento da utilidade dessa organização. 
 
- Identificação do problema 
 Um problema é considerado uma discrepância entre o status 
quo e o cenário ideal, no caso de um problema público este se refere 
à diferença entre o que é a realidade pública e o que se gostaria que 
ela fosse. 
 A identificação do problema público envolve: a percepção do 
problema, pois este nasce a partir da percepção dos atores 
envolvidos e interpretação de determinada situação como sendo um 
problema. A definição ou delimitação do problema, que envolve 
definir os principais elementos deste e sintetizar em uma frase a sua 
essência. A avaliação da possibilidade de resolução, ouvimos muito 
por aí que um problema sem solução não é um problema, em alguns 
casos as políticas públicas não consegue de fato solucionar um 
problema, algumas delas apenas mitigam ou diminuem ele de forma 
exponencial, mas dificilmente um problema sem solução é 
identificado socialmente. 
- Formação da agenda 
 A agenda é um conjunto de assuntos ou problemas que 
apresentam certa relevância pública, de acordo com Secchi (2017, p. 
40) “Ela pode tomar forma de um programa de governo, um 
planejamento orçamentário, um estatuto partidário ou, ainda, de uma 
simples lista de assuntos que o comitê editorial de um jornal entende 
como importantes.” 
 Segundo Cobb e Elder (1983), existem 2 tipos de agenda: 
8 
 
 
 Agenda política: Conhecida como agenda sistemática, que 
caracteriza o conjunto de problemas que a comunidade política 
considera relevantes e passíveis de intervenção pública. 
 Agenda formal: Conhecida como agenda institucional, esta se 
caracteriza por elencar os problemas que o poder público já 
decidiu enfrentar. 
 
- Formulação de alternativas 
 A formulação de alternativas passa pelo estabelecimento de 
objetivos e estratégias e determinação das possíveis consequências 
das alternativas de solução. Segundo Schattschneider (1960, p.68) 
“a definição das alternativas é o instrumento supremo de poder, 
porque a definição de alternativas é a escolha dos conflitos, e a 
escolha dos conflitos aloca poder”. 
 A etapa de formulação de alternativas é o momento em que são 
traçados métodos com fim de alcançar os objetivos estabelecidos 
inicialmente, vale ressaltar que um objetivo pode ser atingido de 
diversas formas e por caminhos diferentes. 
 
- Tomada de decisão 
 Esta etapa é a etapa que sucede a formulação de alternativas 
de resolução, a tomada de decisão representa a explicitação das 
intenções de enfrentamento do problema público e momento em que 
os interesses dos responsáveis são equacionados a essas intenções. 
 
- Implementação da política pública 
 A etapa de implementação acontece anteriormente ao 
primeiros esforços avaliativos, é nesse momento que se produzem 
os resultados concretos das políticas públicas. Nesta fase os 
9 
 
 
esforços anteriores de criação teórica e formulação de alternativas 
de ação são de fato postos em ação, convertidos em rotinas e 
processos sociais ativos. 
 É neste momento que as funções administrativas, como 
lideranças e coordenação de ações, são postos em prática por parte 
dos governantes que implementam as políticas, esses atores 
envolvidos tem a função de liderar, motivar os envolvidos no 
processo e prever os possíveis obstáculos que possam surgir ao 
longo da ação e métodos de driblar esses obstáculos em curso, 
identificando as deficiências organizativas e agindo diretamente nas 
negociações entre os executores. 
 
- Avaliação da política pública 
 Dentro das políticas públicas, a avaliação é o “processo de 
julgamentos deliberados sobre a validade de propostas para a ação 
pública, bem como sobre o sucesso ou a falha de projetos que foram 
colocados em prática” (ANDERSON, 1979, p. 711). 
 Existe uma distinção de avaliação nas políticas públicas: 
avaliação ex ante (anterior à implementação) e avaliação ex post(posterior à implementação) e avaliação in itinere, conhecida como 
avaliação formativa ou monitoramento, que é feita durante a 
implementação. 
 Essa etapa do ciclo de políticas públicas é o momento em que 
o processo de implementação e a funcionalidade da política pública 
são monitorados e julgados, afim de conhecer em que nível está o 
desempenho e como tem impactado no problema inicial, momento 
da produção de feedback. 
 
 
10 
 
 
- Extinção da política pública 
 Assim como no ciclo de vida orgânica existe o momento da 
morte, o ciclo de políticas públicas também tem um fim ou extinção. 
Segundo Giuliani (2005), existem 3 causas principais da extinção de 
políticas públicas: 
1) O problema que motivou a política pública foi resolvido; 
2) Os métodos e programas implementados para resolução do 
problema foram entendidos como ineficazes; 
3) O problema, ainda que não resolvido, perdeu sua relevância e 
saiu das agendas políticas e formais. 
 Existem também algumas políticas que são iniciadas com 
prazo determinado de vigência, políticas essas criadas para resolver 
problemas específicos e contextuais, tendo período determinado de 
duração. 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO 
 Programa Escola acessível: Tem como objetivo promover 
acessibilidade ao ambiente físico escolar, desde os recursos 
didáticos e pedagógicos até os recursos de comunicação e 
informação nas escolas públicas de ensino regular. 
 Programa Caminho da Escola: Que objetiva fornecer acesso 
e manutenção à frota de veículos escolares das redes 
municipal, do DF e estadual de educação básica pública. Esse 
programa é voltado principalmente a estudantes residentes de 
áreas rurais e ribeirinhas, visando segurança e qualidade de 
transporte. 
 Programa Benefício de Prestação Continuada na Escola: 
Instituído com intuito de garantir o acesso de crianças e 
11 
 
 
adolescentes com deficiência à educação, por meio de ações 
articuladas entre o Ministério do Desenvolvimento Social 
(MDS), o Ministério da Educação (MEC), o Ministério da Saúde 
(MS) e o Ministério dos Direitos Humanos (MDH). São 
estabelecidos também compromissos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios com objetivo de assegurar 
a esses estudantes acesso a matrícula e permanência na 
escola e ainda acesso a demais políticas conforme a 
necessidade individual. 
 Programas de educação a distância: Promovidos 
principalmente no ensino médio e superior, esses programas 
de governo objetivam a mediação didático-pedagógica nos 
processos de ensino e aprendizagem promovidos por meio de 
tecnologias de informação e comunicação à distância entre 
estudantes e professores. Um exemplo é o programa Rede e-
tec Brasil. 
 Programa Educação em Prisões: Tem como objetivo 
promover apoio técnico e financeiro à implementação da 
Educação de Jovens e Adultos (EJA) no sistema penitenciário. 
 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE QUALIDADE DA EDUCAÇÃO 
 
 Programa Mais Alfabetização: Estratégia do Ministério da 
Educação para melhorar as unidades escolares no processo de 
alfabetização dos estudantes matriculados nos 1º e 2º anos do 
ensino fundamental. 
 Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa – PNAIC: 
É um compromisso formal assumido pelos governos federais, 
estaduais, municipais e do Distrito Federal afim de assegurar a 
12 
 
 
alfabetização de todas as crianças até os oito anos de idade, 
ao fim do 3º ano do ensino fundamental. 
 Programa Brasil alfabetizado: Voltado para a alfabetização 
de jovens, adultos e idosos. Desenvolvido em todo o território 
nacional com prioridade em municípios que apresentam altas 
taxas de analfabetismo, tem como objetivo promover a 
superação do analfabetismo entre jovens de 15 anos ou mais, 
adultos e idosos. 
 Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional 
Comum Curricular (ProBNCC): Visa apoiar a implementação 
da BNCC, com monitoramento das metas alcançadas pelos 
estados, fornecendo apoio técnico e recursos para compor 
equipes nos estados e municípios. 
 Programa de Inovação Educação Conectada: Objetiva a 
universalização do acesso à internet em alta velocidade e 
fomento do uso pedagógico de tecnologias digitais na 
educação básica. 
 Programa Novo Mais Educação: Busca melhorar a 
aprendizagem em língua portuguesa e matemática no ensino 
fundamental, através da ampliação da jornada escolar, 
otimizando o tempo dos estudantes na escola. 
 Educação de jovens e adultos integrada à educação 
profissional: Tem como objetivo promover ações para oferta 
de 3,8% das matrículas da Educação de Jovens e Adultos, nos 
ensinos fundamental e médio, na forma articulada à educação 
profissional, de acordo com o que propõe a Meta 10 do Plano 
Nacional de Educação. 
 
 
13 
 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO 
 
 Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE: 
Órgão responsável por executar parte das ações do Ministério 
da Educação (MEC) relacionadas à educação básica, através 
da prestação de auxílio financeiro e técnico aos municípios e 
execução de ações contribuintes à uma educação de 
qualidade. 
 Fundo de Manutenção de Desenvolvimento da Educação – 
FUNDEB: Fundo especial, de natureza contábil, e âmbito 
estadual, composto por recursos advindos de impostos e 
transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios 
vinculados à educação. 
 Programa Nacional do Livro Didático – PNLD: Tem a 
finalidade de avaliar e disponibilizar obras didáticas, 
pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à 
prática educativa, de forma sistemática, regular e gratuita nas 
escolas públicas de educação básica. 
 Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE: Presta 
assistência financeira às escolas, em caráter suplementar, 
contribuindo para a manutenção e melhoria da infraestrutura 
física e pedagógica, visa também fortalecer a participação 
social e a autogestão escolar. 
 Salário Educação: Contribuição social destinada ao 
financiamento de programas para a educação básica pública. 
Seus recursos são repartidos em cotas, entre a União, os 
estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
 
 
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO 
 
 Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – 
SAEB: Permite que as escolas e as redes municipais e 
estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação 
oferecida aos estudantes, indicando a qualidade da educação 
brasileiro e oferecendo subsídios para elaboração de políticas 
públicas com base em evidências. 
 Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA: Mede os níveis 
de alfabetização e letramento em língua portuguesa, a 
alfabetização em matemática e as condições do ensino dessas 
disciplinas nas instituições da rede pública de ensino. 
 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB: 
Indicador nacional de monitoramento da qualidade da 
educação, calculado a partir da taxa de rendimento escolar e 
as médias de desempenho dos exames aplicados no Inep. 
 Prova Brasil: Avalia a qualidade da educação através de 
testes padronizados e questionário socioeconômico aplicados 
nos 5º e 9º anos do ensino fundamental. 
 Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM: Avalia o 
desempenho dos estudantes ao término da educação básica e 
é também, mecanismo de acesso à educação superior no 
Brasil. 
 Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - ENADE: 
Avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação 
de acordo com os conteúdos programáticos previstos nas 
diretrizes curriculares. 
 
 
15 
 
 
 
 
Políticas 
Públicas 
Toda e qualquer ação 
de responsabilidade 
do estado que visa o 
bem-estar social. 
Favorecimento da 
criação e 
manutenção de 
instituições de ensino. 
Participação da 
população nas 
decisões. 
Criadas pensando no 
legislação educativa 
vigente e 
desenvolvimento 
pleno da educação. 
PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO: 
Escola acessível;Caminho da 
escola; Benefício de prestação 
continuada; Educação à 
distância; Educação em prisões. 
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO: 
Mais alfabetização; PNAIC; 
Brasil alfabetizado; ProBNCC; 
Educação conectada; Mais 
educação; EJA e Ed. 
profissional 
FINANCIAMENTO: 
FNDE; FUNDEB; PNLD; 
PDDE; Salário Educação. 
 
AVALIAÇÃO: 
SAEB; ANA; IDEB; ENEM; 
ENADE. 
 
16 
 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 
 A Constituição Federal de 1988, também conhecida como 
Constituição Cidadã ou Carta Magna, é a política instituinte que rege 
o sistema jurídico brasileiro, considerada um dos marcos mais 
importantes na garantia de direitos fundamentais dos cidadãos, é 
através deste documento legal que são definidos direitos, deveres e 
o papel dos poderes públicos e população. 
 É também através da Constituição Federal que são 
determinadas uma série de diretrizes para a área da educação, 
tornando dever do Estado o oferecimento de educação de qualidade 
a todos os cidadãos. Confira abaixo os principais artigos da CF que 
trazem explicitações para a educação. 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da 
família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. 
 
Este artigo apresenta a educação como um direito subjetivo e dever 
do Estado, sendo a educação entendida a partir do texto 
constitucional como um direito social, que concede à população o 
acesso à esta sendo um serviço público obrigatório. 
 Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios: 
17 
 
 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o 
pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e 
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, 
na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por 
concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade. 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da 
educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da 
vida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de 
trabalhadores considerados profissionais da educação básica e 
sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus 
planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
53, de 2006) 
18 
 
 
O art. 206 apresenta 9 princípios que norteiam a educação 
nacional: 
1º Todos devem ter o direito de entrar e permanecer na escola; 
2º A ações executadas em ambiente escolar devem ser dotadas de 
liberdade; 
3º O ensino pode ocorrer em ambientes públicos e privados e deve 
ser permeado pela diversidade de ideias e formas de ensino; 
4º O ensino nas redes públicas deve ser gratuito; 
5º Os profissionais da educação pública devem ingressar através 
de concurso público e ter direito a plano de carreira; 
6º Gestão democrática é lei; 
7º Garantia de qualidade é lei; 
8º Os profissionais da educação tem direito a piso salarial por lei; 
9º garantia de educação ao longo da vida do cidadão brasileiro. 
 
 Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-
científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e 
obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa 
e extensão. 
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 11, de 1996) 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa 
científica e tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, 
de 1996) 
19 
 
 
O Art. 207 dispõe sobre a autonomia universitária, definindo 
características importantes da autonomia didático-científica, de 
administração financeira e patrimonial. O artigo também lança base 
do conhecido tripé universitário: ensino, pesquisa e extensão, 
princípios necessários ao título de instituição como universidade. 
Esta prerrogativa aplica-se também à instituições de pesquisa 
científica e tecnológica. 
 Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado 
mediante a garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 
(dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita 
para todos os que a ela não tiveram acesso na idade 
própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 
2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
II - progressiva universalização do ensino médio 
gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de 
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 
(cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 53, de 2006) 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 
criação artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do 
educando; 
20 
 
 
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação 
básica, por meio de programas suplementares de material 
didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à 
saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público 
subjetivo. 
§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, 
ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade 
competente. 
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no 
ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou 
responsáveis, pela freqüência à escola. 
 Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as 
seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; 
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
 Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino 
fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e 
respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. 
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá 
disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino 
fundamental. 
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua 
portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a 
21 
 
 
utilização de suas línguas maternas e processos próprios de 
aprendizagem. 
 Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. 
 § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos 
Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e 
exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, 
de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e 
padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica 
e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 
1996) 
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 14, de 1996) 
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no 
ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucionalnº 14, de 1996) 
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de 
colaboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e 
a equidade do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020) 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao 
ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
22 
 
 
§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
exercerão ação redistributiva em relação a suas escolas. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
 § 7º O padrão mínimo de qualidade de que trata o § 1º deste 
artigo considerará as condições adequadas de oferta e terá como 
referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em regime de 
colaboração na forma disposta em lei complementar, conforme o 
parágrafo único do art. 23 desta Constituição. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020) 
 Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, 
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por 
cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida 
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento 
do ensino. 
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados 
aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo 
previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. 
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste 
artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e 
municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213. 
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao 
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se 
refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e 
equidade, nos termos do plano nacional de educação. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
23 
 
 
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à 
saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos 
provenientes de contribuições sociais e outros recursos 
orçamentários. 
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de 
financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida 
pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 53, de 2006) (Vide Decreto nº 6.003, de 2006) 
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da 
contribuição social do salário-educação serão distribuídas 
proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação 
básica nas respectivas redes públicas de ensino. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
§ 7º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos §§ 
5º e 6º deste artigo para pagamento de aposentadorias e de 
pensões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
§ 8º Na hipótese de extinção ou de substituição de impostos, 
serão redefinidos os percentuais referidos no caput deste artigo e no 
inciso II do caput do art. 212-A, de modo que resultem recursos 
vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, bem 
como os recursos subvinculados aos fundos de que trata o art. 212-
A desta Constituição, em aplicações equivalentes às anteriormente 
praticadas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
§ 9º A lei disporá sobre normas de fiscalização, de avaliação e 
de controle das despesas com educação nas esferas estadual, 
24 
 
 
distrital e municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 
2020) 
 Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 
desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na 
educação básica e à remuneração condigna de seus profissionais, 
respeitadas as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020) Regulamento 
I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o 
Distrito Federal, os Estados e seus Municípios é assegurada 
mediante a instituição, no âmbito de cada Estado e do Distrito 
Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da 
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação 
(Fundeb), de natureza contábil; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 108, de 2020) 
II - os fundos referidos no inciso I do caput deste artigo serão 
constituídos por 20% (vinte por cento) dos recursos a que se referem 
os incisos I, II e III do caput do art. 155, o inciso II do caput do art. 
157, os incisos II, III e IV do caput do art. 158 e as alíneas "a" e "b" 
do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta 
Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
III - os recursos referidos no inciso II do caput deste artigo serão 
distribuídos entre cada Estado e seus Municípios, proporcionalmente 
ao número de alunos das diversas etapas e modalidades da 
educação básica presencial matriculados nas respectivas redes, nos 
âmbitos de atuação prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º 
25 
 
 
do art. 211 desta Constituição, observadas as ponderações referidas 
na alínea "a" do inciso X do caput e no § 2º deste artigo; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
IV - a União complementará os recursos dos fundos a que se 
refere o inciso II do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020) 
V - a complementação da União será equivalente a, no mínimo, 
23% (vinte e três por cento) do total de recursos a que se refere o 
inciso II do caput deste artigo, distribuída da seguinte 
forma: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
a) 10 (dez) pontos percentuais no âmbito de cada Estado e do 
Distrito Federal, sempre que o valor anual por aluno (VAAF), nos 
termos do inciso III do caput deste artigo, não alcançar o mínimo 
definido nacionalmente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, 
de 2020) 
b) no mínimo, 10,5 (dez inteiros e cinco décimos) pontos 
percentuais em cada rede pública de ensino municipal, estadual ou 
distrital, sempre que o valor anual total por aluno (VAAT), referido no 
inciso VI do caput deste artigo, não alcançar o mínimo definido 
nacionalmente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 
2020) 
c) 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos percentuais nas 
redes públicas que, cumpridas condicionalidades de melhoria de 
gestão previstas em lei, alcançarem evolução de indicadores a serem 
definidos, de atendimento e melhoria da aprendizagem com redução 
das desigualdades, nos termos do sistema nacional de avaliação da 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc108.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc108.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc108.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc108.htm#art1
26 
 
 
educação básica; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 
2020) 
VI - o VAAT será calculado, na forma da lei de que trata o inciso 
X do caput deste artigo, com base nos recursos a que se refere o 
inciso II do caput deste artigo, acrescidos de outras receitas e de 
transferências vinculadas à educação, observado o disposto no § 1º 
e consideradas as matrículas nos termos do inciso III do caput deste 
artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
VII - os recursos de que tratam os incisos II e IV do caput deste 
artigo serão aplicados pelos Estados e pelos Municípios 
exclusivamente nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, 
conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 desta 
Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
VIII - a vinculação de recursos à manutenção e ao 
desenvolvimento do ensino estabelecida no art. 212 desta 
Constituiçãosuportará, no máximo, 30% (trinta por cento) da 
complementação da União, considerados para os fins deste inciso os 
valores previstos no inciso V do caput deste artigo; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
IX - o disposto no caput do art. 160 desta Constituição aplica-se 
aos recursos referidos nos incisos II e IV do caput deste artigo, e seu 
descumprimento pela autoridade competente importará em crime de 
responsabilidade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 
2020) 
X - a lei disporá, observadas as garantias estabelecidas nos 
incisos I, II, III e IV do caput e no § 1º do art. 208 e as metas 
27 
 
 
pertinentes do plano nacional de educação, nos termos previstos no 
art. 214 desta Constituição, sobre: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020) 
a) a organização dos fundos referidos no inciso I do caput deste 
artigo e a distribuição proporcional de seus recursos, as diferenças e 
as ponderações quanto ao valor anual por aluno entre etapas, 
modalidades, duração da jornada e tipos de estabelecimento de 
ensino, observados as respectivas especificidades e os insumos 
necessários para a garantia de sua qualidade; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020) 
b) a forma de cálculo do VAAF decorrente do inciso III 
do caput deste artigo e do VAAT referido no inciso VI do caput deste 
artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
c) a forma de cálculo para distribuição prevista na alínea "c" do 
inciso V do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 108, de 2020) 
d) a transparência, o monitoramento, a fiscalização e o controle 
interno, externo e social dos fundos referidos no inciso I 
do caput deste artigo, assegurada a criação, a autonomia, a 
manutenção e a consolidação de conselhos de acompanhamento e 
controle social, admitida sua integração aos conselhos de 
educação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
e) o conteúdo e a periodicidade da avaliação, por parte do órgão 
responsável, dos efeitos redistributivos, da melhoria dos indicadores 
educacionais e da ampliação do atendimento; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020) 
28 
 
 
XI - proporção não inferior a 70% (setenta por cento) de cada 
fundo referido no inciso I do caput deste artigo, excluídos os recursos 
de que trata a alínea "c" do inciso V do caput deste artigo, será 
destinada ao pagamento dos profissionais da educação básica em 
efetivo exercício, observado, em relação aos recursos previstos na 
alínea "b" do inciso V do caput deste artigo, o percentual mínimo de 
15% (quinze por cento) para despesas de capital; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
XII - lei específica disporá sobre o piso salarial profissional 
nacional para os profissionais do magistério da educação básica 
pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
XIII - a utilização dos recursos a que se refere o § 5º do art. 212 
desta Constituição para a complementação da União ao Fundeb, 
referida no inciso V do caput deste artigo, é vedada. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
§ 1º O cálculo do VAAT, referido no inciso VI do caput deste 
artigo, deverá considerar, além dos recursos previstos no inciso II 
do caput deste artigo, pelo menos, as seguintes 
disponibilidades: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 
2020) 
I - receitas de Estados, do Distrito Federal e de Municípios 
vinculadas à manutenção e ao desenvolvimento do ensino não 
integrantes dos fundos referidos no inciso I do caput deste 
artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
29 
 
 
II - cotas estaduais e municipais da arrecadação do salário-
educação de que trata o § 6º do art. 212 desta Constituição; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
III - complementação da União transferida a Estados, ao Distrito 
Federal e a Municípios nos termos da alínea "a" do inciso V 
do caput deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, 
de 2020) 
§ 2º Além das ponderações previstas na alínea "a" do inciso X 
do caput deste artigo, a lei definirá outras relativas ao nível 
socioeconômico dos educandos e aos indicadores de disponibilidade 
de recursos vinculados à educação e de potencial de arrecadação 
tributária de cada ente federado, bem como seus prazos de 
implementação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 
2020) 
§ 3º Será destinada à educação infantil a proporção de 50% 
(cinquenta por cento) dos recursos globais a que se refere a alínea 
"b" do inciso V do caput deste artigo, nos termos da lei." (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
 Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas 
públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais 
ou filantrópicas, definidas em lei, que: 
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus 
excedentes financeiros em educação; 
30 
 
 
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola 
comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no 
caso de encerramento de suas atividades. 
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados 
a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da 
lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando 
houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na 
localidade da residência do educando, ficando o Poder Público 
obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na 
localidade. 
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e 
fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições 
de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio 
financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 85, de 2015) 
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de 
duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de 
educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, 
metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção 
e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e 
modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das 
diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
I - erradicação do analfabetismo; 
II - universalização do atendimento escolar; 
31 
 
 
III - melhoria da qualidade do ensino; 
IV - formação para o trabalho; 
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. 
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos 
em educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Constituição 
Federal 
(Art. 205 a 209) 
 
 
 
 
 
Art. 205 
A educação é: 
-Direito de todos; 
- Dever do Estado; 
- Dever da família; 
- De responsabilidade 
social. 
Art. 206 
Princípios da educação: 
- Igualdade de acesso e 
permanência; 
- Liberdade; 
- Pluralismo; 
- Gratuidade; 
- Valorização profissional; 
- Gestão democrática; 
- Padrão de qualidade; 
- Piso salarial; 
- Ed. ao longo da vida 
Art. 207 
Às universidade e instituições 
de pesquisa: 
- Ensino, pesquisa e extensão; 
- Autonomia didático-
científica e administrativa. 
 
- De responsabilidade social. 
Art. 208 
O Estado deve garantir: 
- Ed. básica gratuita dos 04 
aos 17 anos; 
- Progressão do E.M; 
- Atendimento especializado 
a alunos PCD; 
- Ed. infantil até 05 anos; 
- Acesso ao ensino elevado; 
- Ensino noturno regular; 
- material didáticoescolar, 
transporte, alimentação e 
assistência à saúde. 
Art. 209 
À iniciativa privada: 
- Cumprimento de normas; 
- Autorização e avaliação 
do Poder Público 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Constituição 
Federal 
(Art.210 a 214) 
 
 
 
 
 
 
 
Art.210 
Conteúdos mínimos para o 
Ensino Fundamental: 
- Ensino religioso 
facultativo; 
- Utilização de língua 
materna e processo 
próprios de aprendizagem 
por estudantes indígenas; 
 
Art. 211 
- Regime de colaboração 
entre entes federadosl: 
- União: Organiza o sistema 
federal de ensino, financia 
instituições públicas federais, 
assistência técnica e 
financeira; 
- Municípios: atuam no E.F e Ed. 
infantil; 
- Estados e DF: atuam no E.F e 
E.M. 
 
 
Art. 212 
- Percentual de aplicação de cada 
ente federado: União: nunca – de 
18%; DF, Estados e Municípios 
destinam 25% no mínimo; 
- Salário-educação como fonte 
adicional de financiamento; 
- Normas de fiscalização, avaliação 
e controle de despesas nas esferas 
estadual, distrital e municipal. 
 
Art. 213 
- Recursos públicos 
destinados a escolas 
públicas, confessionais e 
filantrópicas; 
- Bolsas de estudo para 
E.F e E.M; 
- Apoio financeiro a 
pesquisa, extensão e 
inovação científica; 
 
Art. 214 
- Estabelecimento do PNE; 
- Condução à erradicação do 
analfabetismo, universalização escolar, 
melhoria da qualidade, formação 
profissional, formação humanística e 
tecnológica ; 
- Meta de aplicação de recursos 
proporcional ao PIB. 
 
34 
 
 
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO 9.394/96 
 
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), também 
conhecida como Lei Darcy Ribeiro, é a legislação que regulamenta o 
sistema de educação do Brasil, tanto no setor público como privado, 
se tornando a principal referência no que se refere a legislação 
educacional no país. 
 Conforme vimos no capítulo anterior, a Constituição Federal 
estabelece certas diretrizes para a educação que são ampliadas e 
detalhadas na LDB, sendo citada pela primeira vez em texto 
constitucional na CF de 1934, mas foi criada de fato em 1961, tendo 
duas promulgações em 1971 e 1996, que é a LDB como conhecemos 
atualmente, salvo as atualizações que vem acontecendo ao longo 
dos anos e são devidamente sinalizadas na lei. 
 A LDB tem como objetivo estabelecer os princípios da 
educação e as atribuições do Estado enquanto agente principal na 
oferta de educação pública, definindo assim as quais 
responsabilidades decairão sobre cada ente federado, sendo estes a 
União, o Distrito Federal e os Municípios. E é essa lei que estabelece 
a obrigatoriedade de uma gestão democrática nas redes de ensino 
públicas, pensando uma evolução da autonomia pedagógica, 
administrativa e de gestão financeira das escolas, a LDB prevê 
também em consonância com a Constituição Federal a criação do 
Plano Nacional de Educação. 
- Divisão da educação brasileira na LDB 
 De acordo com a LDB, a divisão da educação brasileira é feita 
em dois níveis: educação básica, e ensino superior. 
35 
 
 
 A educação básica é composta por educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio. Cada uma dessas etapas possui formas 
de organização e financiamento próprios, a educação infantil pode 
ser oferecida de forma gratuita ou não, ela inclui as creches e pré-
escolas, que recebem crianças de 0 a 5 anos de idade. 
 O ensino fundamental é etapa obrigatória, podendo ser gratuita 
ou não, este é composto pelos anos iniciais, de 1º a 5º anos e anos 
finais, de 6º a 9º ano. Falando da parte financeira, a LDB estabelece 
que os municípios se responsabilizem pelo ensino fundamental. 
 O ensino médio, financiado pelo Estado, corresponde ao antigo 
2º grau e é a última etapa da educação básica, podendo ser 
articulado com a educação técnica profissional, somente para 
aqueles que já tiverem concluído do ensino fundamental, essa 
articulação é planejada afim de conduzir o aluno de ensino médio à 
habilitação profissional técnica de nível média, realizada na mesma 
instituição de ensino e a certificação é condicionado à conclusão total 
do curso. 
 Já o ensino superior é de competência da União, podendo 
também ser ofertado pelo Estado e Município, desde que esses 
atendam aos níveis pelos quais são responsáveis. Os cursos 
superiores podem ser de Tecnologia, Bacharelado e Licenciatura. 
- Cursos superiores de Tecnologia: São cursos de graduação mais 
curtos com foco em uma área específica de conhecimento, com 
vistas aos arranjos produtivos do mercado de trabalho; 
- Cursos superiores de Bacharelado: Cursos de graduação que 
habilitam o profissional a atuar na atividade acadêmica ou 
36 
 
 
profissional, dentro de uma determinada área de conhecimento, mas 
não habilitam para o magistério; 
- Cursos de Licenciatura: Cursos de graduação que habilitam o 
profissional a atuar no magistério da Educação básica e em diversas 
áreas do conhecimento. 
 Sobre as modalidades previstas na LDB, estão classificadas 
em 8, incluindo uma nova modalidade dada por atualização no anos 
de 2021, são elas: 
 Educação de Jovens e Adultos (EJA): Anteriormente 
conhecida como supletivo, a EJA atualmente tem uma 
concepção de inclusão social e oferta de escolarização para 
aqueles que por algum motivo não tiveram oportunidade de 
oferta idade certa. (Art. 37 e 38); 
 Educação Especial: Esta modalidade é oferecida na rede 
regular de ensino para estudantes com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, sendo oferecido Atendimento Educacional 
Especializado (AEE), complementar à escolarização. (Art. 58, 
59 e 60); 
 Educação Profissional e Tecnológica: Anteriormente citada, 
essa modalidade integra-se aos diferentes níveis e 
modalidades de educação e ocorre na oferta de cursos de 
formação inicial e continuada ou de qualificação profissional na 
educação técnica profissional ou nível médio; 
 Educação Básica do Campo: A educação do campo prevê 
adequações necessárias às especificidades da vida no campo 
considerando cada região, assim, define-se orientações de três 
aspectos principais de organização pedagógica para essa 
37 
 
 
modalidade: conteúdos curriculares e metodologias 
apropriadas, organização escolar própria e adequação à 
natureza do trabalho rural. 
 Educação Escolar Indígena: Essa modalidade é 
implementada em unidades educacionais inscritas em terras 
indígenas e requer pedagogia própria que respeite valorize as 
especificidades étnico-culturais da comunidades, além de 
formação específica do quadro docente de acordo com os 
princípios legislativos da educação; 
 Educação Escolar Quilombola: A modalidade é 
implementada em unidades educacionais inscritas em terras 
quilombolas, e requer pedagogia e formação específica do 
quadro docente de igual modo à modalidade anterior; 
 Educação a Distância: Nessa modalidade, docente estudante 
estão separados física e/ou temporalmente, por isso faz-se 
necessário o uso de tecnologias para sua realização. É 
regulamentada por legislação específica e pode ser implantada 
tanto na educação básica como na educação superior; 
 Educação Bilíngue de surdos: Modalidade prevista na 
atualização recente da LDB, esta instaura a Língua Brasileira 
de Sinais (Libras) como primeira língua e o português escrito 
como segunda língua, beneficiando estudantes surdos, 
surdocegos, com deficiências auditivas sinalizantes, surdos 
com altas habilidades ou superdotação ou com outras 
deficiências associadas que tenham optado pela modalidade 
bilíngue. 
 
- Organização da LDB 
38 
 
 
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional possui 
noventa e dois artigos dispostos da seguinte forma: 
 Título I - Da educação (Artigo 1º) 
 Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional (Artigos 
2º e 3º) 
 Título III - Do Direito à Educação e do Dever de Educar (Artigos 
4º ao 7º-A) 
 Título IV - Da Organização da Educação Nacional (Artigos 8º 
ao 20) 
 Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino 
(Artigos 21 ao 60) 
 Capítulo I - Da Composição dos Níveis Escolares 
 Capítulo II - Da Educação Básica 
 Seção I - Das DisposiçõesGerais 
 Seção II - Da Educação Infantil 
 Seção III - Do Ensino Fundamental 
 Seção IV - Do Ensino Médio 
 Seção V - Da Educação de Jovens e Adultos 
 Capítulo III - Da Educação Profissional 
 Capítulo IV - Da Educação Superior 
 Capítulo V - Da Educação Especial 
 Título VI - Dos Profissionais da Educação (Artigos 61 ao 67) 
 Título VII - Dos Recursos Financeiros (Artigos 68 ao 77) 
 Título VIII - Das Disposições Gerais (Artigos 78 ao 86) 
 Título IX - Das Disposições Transitórias (Artigos 87 ao 92) 
 
 Abaixo estão listados os artigos da LDB mais cobrados em 
concursos da área de pedagogia (Educação Infantil e Ensino 
39 
 
 
Fundamental) e que são de extrema importância para determinação 
dos assuntos citados acima, além da leitura, conhecimento e revisão 
da legislação. 
 
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos 
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem 
por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, 
o pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; 
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII - valorização do profissional da educação escolar; 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei 
e da legislação dos sistemas de ensino; 
IX - garantia de padrão de qualidade; 
40 
 
 
X - valorização da experiência extra-escolar; 
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas 
sociais. 
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela 
Lei nº 12.796, de 2013) 
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo 
da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) 
XIV - respeito à diversidade humana, linguística, cultural e 
identitária das pessoas surdas, surdo-cegas e com deficiência 
auditiva. (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021) 
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será 
efetivado mediante a garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 
(dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação 
dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de 
idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
III - atendimento educacional especializado gratuito aos 
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento 
e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, 
41 
 
 
etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de 
ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio 
para todos os que não os concluíram na idade própria; (Redação 
dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 
criação artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do 
educando; 
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, 
com características e modalidades adequadas às suas necessidades 
e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as 
condições de acesso e permanência na escola; 
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da 
educação básica, por meio de programas suplementares de material 
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à 
saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a 
variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos 
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem. 
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino 
fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir 
do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei 
nº 11.700, de 2008). 
42 
 
 
Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o 
período de internação, ao aluno da educação básica internado para 
tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tempo 
prolongado, conforme dispuser o Poder Público em regulamento, na 
esfera de sua competência federativa. (Incluído pela Lei nº 13.716, 
de 2018). 
Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público 
subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação 
comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra 
legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder 
público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
§ 1º O poder público, na esfera de sua competência federativa, 
deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade 
escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a 
educação básica; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
II - fazer-lhes a chamada pública; 
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à 
escola. 
§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público 
assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos 
termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e 
modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e 
legais. 
43 
 
 
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem 
legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º 
do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário 
a ação judicial correspondente. 
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para 
garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser 
imputada por crime de responsabilidade. 
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, 
o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes 
níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior. 
Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das 
crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de 
idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de 
ensino. 
§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de 
educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo 
função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais 
instâncias educacionais. 
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos 
termos desta Lei. 
Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento) 
44 
 
 
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições 
oficiais do sistema federal de ensino e o dos Territórios; 
III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus 
sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade 
obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; 
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação 
infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os 
currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação 
básica comum; 
IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, diretrizese procedimentos para 
identificação, cadastramento e atendimento, na educação básica e 
na educação superior, de alunos com altas habilidades ou 
superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015) 
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; 
 VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento 
escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração 
com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e 
a melhoria da qualidade do ensino; 
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-
graduação; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm#art9iva
45 
 
 
 VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições 
de educação superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem 
responsabilidade sobre este nível de ensino; 
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, 
respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e 
os estabelecimentos do seu sistema de ensino. (Vide Lei nº 10.870, 
de 2004) 
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de 
Educação, com funções normativas e de supervisão e atividade 
permanente, criado por lei. 
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União 
terá acesso a todos os dados e informações necessários de todos os 
estabelecimentos e órgãos educacionais. 
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser 
delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham 
instituições de educação superior. 
 Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: 
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições 
oficiais dos seus sistemas de ensino; 
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta 
do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição 
proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a 
ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma 
dessas esferas do Poder Público; 
46 
 
 
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em 
consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, 
integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios; 
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, 
respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e 
os estabelecimentos do seu sistema de ensino; 
V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, 
o ensino médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no 
art. 38 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009) 
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede 
estadual. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003) 
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as 
competências referentes aos Estados e aos Municípios. 
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: 
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições 
oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e 
planos educacionais da União e dos Estados; 
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; 
III - baixar normas complementares para o seu sistema de 
ensino; 
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do 
seu sistema de ensino; 
47 
 
 
V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com 
prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros 
níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente 
as necessidades de sua área de competência e com recursos acima 
dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à 
manutenção e desenvolvimento do ensino. 
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede 
municipal. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003) 
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se 
integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um 
sistema único de educação básica. 
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas 
comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: 
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e 
financeiros; 
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula 
estabelecidas; 
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada 
docente; 
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor 
rendimento; 
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando 
processos de integração da sociedade com a escola; 
48 
 
 
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, 
se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e 
rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta 
pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009) 
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos 
alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por 
cento) do percentual permitido em lei; (Redação dada pela Lei nº 
13.803, de 2019) 
IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e de 
combate a todos os tipos de violência, especialmente a intimidação 
sistemática (bullying), no âmbito das escolas; (Incluído pela Lei nº 
13.663, de 2018) 
X - estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz 
nas escolas. (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) 
XI - promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de 
prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de 
drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) 
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: 
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do 
estabelecimento de ensino; 
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta 
pedagógica do estabelecimento de ensino; 
III - zelar pela aprendizagem dos alunos; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13840.htm#art17
49 
 
 
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de 
menor rendimento; 
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de 
participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à 
avaliação e ao desenvolvimento profissional; 
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as 
famílias e a comunidade. 
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão 
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com 
as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: 
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do 
projeto pedagógico da escola; 
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos 
escolares ou equivalentes. 
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades 
escolares públicas de educação básica que os integram progressivos 
graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão 
financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. 
Art.16. O sistema federal de ensino compreende: (Regulamento) 
I - as instituições de ensino mantidas pela União; 
II - as instituições de educação superior mantidas pela iniciativa 
privada; (Redação dada pela Lei nº 13.868, de 2019) 
III - os órgãos federais de educação. 
50 
 
 
Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal 
compreendem: 
I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo 
Poder Público estadual e pelo Distrito Federal; 
II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder 
Público municipal; 
III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e 
mantidas pela iniciativa privada; 
IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, 
respectivamente. 
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educação 
infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu 
sistema de ensino. 
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem: 
I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação 
infantil mantidas pelo Poder Público municipal; 
II - as instituições de educação infantilcriadas e mantidas pela 
iniciativa privada; 
III – os órgãos municipais de educação. 
Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis 
classificam-se nas seguintes categorias 
administrativas: (Regulamento) (Regulamento) 
51 
 
 
I - públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, 
mantidas e administradas pelo Poder Público; 
II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por 
pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. 
III - comunitárias, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 13.868, 
de 2019) 
§ 1º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III 
do caput deste artigo podem qualificar-se como confessionais, 
atendidas a orientação confessional e a ideologia 
específicas. (Incluído pela Lei nº 13.868, de 2019) 
§ 2º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III 
do caput deste artigo podem ser certificadas como filantrópicas, na 
forma da lei. (Incluído pela Lei nº 13.868, de 2019) 
Art. 21. A educação escolar compõe-se de: 
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio; 
II - educação superior. 
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o 
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o 
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no 
trabalho e em estudos posteriores. 
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries 
anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13868.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13868.htm#art3
52 
 
 
de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na 
competência e em outros critérios, ou por forma diversa de 
organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem 
assim o recomendar. 
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se 
tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no 
exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. 
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades 
locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo 
sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas 
previsto nesta Lei. 
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será 
organizada de acordo com as seguintes regras comuns: 
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o 
ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um 
mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o 
tempo reservado aos exames finais, quando houver; (Redação dada 
pela Lei nº 13.415, de 2017) 
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira 
do ensino fundamental, pode ser feita: 
a) por promoção, para alunos que cursaram, com 
aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; 
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras 
escolas; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art1
53 
 
 
c) independentemente de escolarização anterior, mediante 
avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e 
experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa 
adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de 
ensino; 
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por 
série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, 
desde que preservada a sequência do currículo, observadas as 
normas do respectivo sistema de ensino; 
IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de 
séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, 
para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes 
curriculares; 
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes 
critérios: 
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, 
com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e 
dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas 
finais; 
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com 
atraso escolar; 
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante 
verificação do aprendizado; 
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; 
54 
 
 
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência 
paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento 
escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus 
regimentos; 
VI - o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o 
disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de 
ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do 
total de horas letivas para aprovação; 
VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos 
escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou 
certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis. 
§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I 
do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino 
médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de 
ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil 
horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 
2017. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 2o Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação 
de jovens e adultos e de ensino noturno regular, adequado às 
condições do educando, conforme o inciso VI do art. 4o. (Incluído pela 
Lei nº 13.415, de 2017) 
Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis 
alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor, 
a carga horária e as condições materiais do estabelecimento. 
55 
 
 
Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista 
das condições disponíveis e das características regionais e locais, 
estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo. 
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino 
fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a 
ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada 
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas 
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da 
economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013) 
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, 
obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o 
conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e 
política, especialmente do Brasil. 
§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões 
regionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação 
básica. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) 
§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da 
escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, 
sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 
10.793, de 1º.12.2003) 
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis 
horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, 
de 1º.12.2003) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm#art2
56 
 
 
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em 
situação similar, estiver obrigado à prática da educação 
física; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 
1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as 
contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do 
povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e 
européia. 
§ 5º No currículo do ensino fundamental,

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