Buscar

analise dos gestos esportivos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Analisar sob a ótica da biomecânica dois gestos esportivos.
 O presente texto tem por finalidade analisar gestos esportivos sob a ótica da biomecânica, sendo essa um ramo da biologia que se ocupa em aplica leis físicas, especificamente da mecânica, a organismos vivos. Na educação física a biomecânica se preocupa em analisar os processos mecânicos do movimento humano, muito usada no esporte pois seu entendimento colabora na eficiência dos gestos esportivos e consequentemente, no desempenho dos atletas, bem como na prevenção e recuperação das lesões. (Santos et al, 2021)
 Essa analise trará informações sobre a pernada no nado Crawl e o chute no futebol, ambos esportes conhecidos e muito praticados por brasileiros.
A Pernada no Nado Crawl
 Por ser um esporte que exige alta performance atlética, a natação pode comprometer o sistema musculo esquelético de seus praticantes, motivo pelo qual tem sido constantemente alvo de estudos biomecânicos como tentativa de identificar a correta, mais eficaz e mais segura forma de execução dos movimentos. Os estilos de natação são separados conforme a distinção biomecânica das braçadas e pernadas. De forma geral, no nado crawl há uma exigência maior dos membros superiores, destacando-se os movimentos alternados de membro superior realizado pela articulação glenoumeral; o nadador precisa ainda ter um alto grau de flexibilidade para recuperar a posição do braço de forma correta, assim, a estrutura articular do ombro costumar ser a mais lesionada pelo movimento repetitivo da natação. Com relação as pernadas – que é o foco dessa análise – as articulações do tornozelo também são alvo de sobrecarga pois é a flexão plantar que permite que os pés impulsionem a água para trás e para baixo. (Portela, et al 2018).
 Na pernada do nado Crawl, o movimento das pernas é uma oscilação de membros inferiores com ações curtas e alternadas, onde, obrigatoriamente, um movimento deve iniciar antes que outro termine e é a pernada que dará equilíbrio, propulsão e sustentação para corpo nesse estilo. Os movimentos das pernas se originam no quadril (articulação coxo-femural) e com uma pequena flexão de joelho além da flexão plantar. O movimento das pernas recebe o nome de ascendente e descendente. A fase Descendente é o movimento ativo da perna, ocorre de baixo para cima com uma leve flexão do joelho, primeiramente, o joelho flexiona-se um pouco mais sobre a coxa, a perna flexionada se entende sobre a coxa causando uma elevação do quadril. Na fase Ascendente, ocorre um movimento passivo de relaxamento da parte ativa com extensão total da perna. Partindo em extensão e com o pé no prolongamento da perna, a musculatura posterior, especialmente os glúteos máximos e ísquios tibiais, elevará a perna, encontrando resistência na água; quando essa resistência for atenuada, a ação dos isquiotibiais trará uma inevitável flexão da perna sobre a coxa, compensada pelo abaixamento do joelho. (Fonseca et al, 2010)
 Seguiremos para uma análise mais detalhada dos movimentos de flexão e extensão de quadril, joelho e flexão plantar do tornozelo da pernada de Crawl, realizados no plano sagital e eixo frontal.
 A articulação do joelho, classificada como diartrose, sinovial, nonoaxial, dobradiça, tendo relação com o fêmur, tíbia, fíbula e patela, sofre os movimentos de flexão, durante aa pernada Crawl, quando o calcanhar é puxado em direção a nádega e extensão, quando ocorre a retificação do joelho a partir da posição flexionada. Os músculos relacionados com a flexão do joelho são: bíceps femoral; semitendinoso; semimembranoso (agonistas) e quadríceps femoral, reto femoral, vasto intermediário, vasto interno e vasto externo (antagonistas). A articulação do quadril é classificada como diartrose, sinovial, triaxial, esferoide; tendo o fêmur, oílio, ísquio e púbis como ossos envolvidos. Durante a flexão de quadril na pernada de Crawl, os músculos agonistas são: grande psoas e ilíaco e os antagonistas são: grande glúteo, semitendinoso, semimembranoso e bíceps femoral. A articulação do tornozelo, também envolvida na pernada do nado Crawl é classificada como diartrose, sinovial, monoaxial, dobradiça; os ossos envolvidos com essa articulação são: tíbia, fíbula e tálus.; e o movimento realizado por ela na pernada analisada é o de flexão plantar. Os músculos agonistas da flexão plantar são: gastrocnêmio e sóleo e o antagonista é o tibial anterior. A musculatura das coxas e pernas são responsáveis por quase toda a força da pernada e o pé trabalha em extensão de forma solta e precisa ser muito flexível, dessa forma, a musculatura antagonista e agonista do tornozelo e muito pouco exigida. (Machado et al, 2015).
O Chute no Futebol
 Seguimos com nossa análise para o segundo gesto esportivo: o chute. No futebol, o chute é o gesto esportivo mais tem tendo por finalidade acertar a bola usando, na maioria das vezes, a face antero medial no pé. O futebol é um esporte, no qual, seus praticantes aplicam grande esforço nos membros inferiores, forçando ligamentos, ossos, músculos e articulações dos pés, quadril, tornozelos e joelhos. 
 Podemos separar a execução do movimento de chute em 4 fases: a primeira (Imagem 1) tida como um movimento de recuo onde a perna é impulsionada para trás e o é joelho flexionado, seguido do movimento de balanço (imagem 2) com a rotação superior e inferior da perna, posteriormente temos o impacto (imagem 3) e flexão do joelho com a desaceleração da coxa e aumento aceleração da perna para o impacto e conclui-se com o movimento de finalização (imagem 4) com a projeção do movimento para frente e flexão do quadril. (Wickstrom, 1975 apud Junior s.d.)
Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4
 Durante o chute a articulação do joelho sofre uma extensão rápida e severa, possibilitada pela musculatura do quadríceps, precisamente reto femoral, vasto medial, vasto lateral e vasto intermédio, e logo depois ocorre uma flexão do quadril seguida da contração dos músculos abdominais. A musculatura do quadril contrai excentricamente quando a coxa é levada para trás e concentricamente quando parte para a bola. Na articulação do quadril do membro anterior é realizada uma semiflexão do quadril pelos músculos do quadril e coxa.
 Quando o joelho do membro anterior está se dirigindo para extensão, o músculo agonista do movimento é o quadríceps femoral. E no membro posterior o joelho está em semiflexão e os músculos envolvidos são os isquiotibiais, grácil e poplíteo.
 No chute, o tornozelo do membro anterior está em fase de apoio, tendendo a dorsiflexão e o movimento é acompanhado pelos músculos gastrocnêmios, sóleo, fibular longo, fibular curto, plantar, tibial posterior, flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos.
   Na finalização ou fase de execução de chute, o centro de gravidade do jogador é alterado para a manutenção do equilíbrio, e os membros serão chamados de dominante (que estará em contato com a bola, realizando o chute) e membro de apoio. Na abordagem do membro dominante percebe-se a flexão do quadril, adução e rotação interna e o membro apoiado está em semiflexão. O joelho do membro dominante sofre uma extensão e membro apoiado continua em semiflexão. O tornozelo no membro dominante está em flexão plantar até que o pé toque a bola e o membro de apoio está em posição neutra. Posteriormente à fase de finalização do chute, observa - se atividade flexora do quadril seguida por extensão excêntrica do joelho, sendo que a carga imposta ao joelho pode causar prejuízos às estruturas dos tecidos mais frágeis, predispondo-os ao rompimento. 
 Em relação a parte anatômica das articulações mencionadas do movimento em questão, descreve-se as mesmas da seguinte forma. Quadril sinovial, tipo esferoidal e triaxial, joelho sinovial, uniaxial, tipo dobradiça e tornozelo, sinovial, uniaxial e dobradiça. (Machado, 2014)
Referência Bibliográfica
FONSECA, E. Biomecânica da natação: Uma ênfase ao nado Crawl.UNIP. Altamira, 2010.
JUNIOR, Guanis de Barros Vilela. BIOMECÂNICA DO CHUTE. S.d.
MACHADO A.A. et al. Análise biomecânica do gesto esportivo pernada do nado de crawl. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 201. 2015. 
MACHADO, A. A. et al. Análise cinesiológica e biomecânica de um gesto esportivo. O chute no futebol. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 191, Abril de 2014.
PORTELA T.M. Análise biomecânica do gesto desportivo na natação: Uma revisão de literatura. XXIII Seminário Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e Extensão. 23 a 25, out de 2018. 
SANTOS, T.R. et al. Biomecânica aplicada ao desempenho físico e prevenção de lesões em jogadores de futebol. Revista CPAQV–Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida| Vol, v. 13, n. 1, p. 2, 2021.

Continue navegando