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APOSTILA Eletronica Analógica

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ELETRÔNICA 
ANALÓGICA
2022
Sumário
1 – ELETRÔNICA ANALÓGICA.................................................................................................4
1.1 – Histórico.....................................................................................................................4
1.2 – Retificadores..............................................................................................................5
1.3 – Componentes Eletrônicos..........................................................................................5
2 – RESISTORES......................................................................................................................9
2.1 – Tipos de Resistores.....................................................................................................10
2.2 – Teste e Funcionamento...............................................................................................14
2.3 – Código de Cores..........................................................................................................24
3 – CAPACITORES..................................................................................................................24
 3.1 – Aplicações..................................................................................................................25
 3.2 – Tipos e Aspectos.........................................................................................................26
 3.3 – Teste de Funcionamento............................................................................................28
4 – INDUTORES.....................................................................................................................28
4.1 – Função e Teoria.......................................................................................................29
4.2 – Tipos e Aspectos......................................................................................................30
4.3 – Construção...............................................................................................................30
4.4 – Teste de Funcionamento..........................................................................................32
5 – TRANSFORMADORES.....................................................................................................33
5.1 – Função e Teoria Básica...............................................................................................33
5.2 – Tipos e Aspectos..........................................................................................................35
5.3 – Aplicação......................................................................................................................37
6 – MATERIAIS SEMI CONDUTORES....................................................................................38
 6.1 – Dopagem...................................................................................................................40
 6.2 – Cristais N e P.............................................................................................................40
7 – DIODO SEMI CONDUTOR................................................................................................42
7.1 – Introdução................................................................................................................42
1 
Profº Daniel Souza 
7.2 – Tipos.........................................................................................................................43
 7.3 – Aplicações....................................................................................................................43
7.4 – Configurações..............................................................................................................44
7.5 – Junção PN...................................................................................................................46
7.6 – Polarização..................................................................................................................48
7.7 – Teste de Funcionamento.............................................................................................50
8 – TRANSISTORES................................................................................................................52
 8.1 – INTRODUÇÃO...........................................................................................................52
 8.2 – Construção Física NPN e PNP...................................................................................53
9 – TIRISTORES......................................................................................................................59
9.1 – Introdução................................................................................................................59
9.2 – História.....................................................................................................................60
9.3 – Tipos de Tirtistores...................................................................................................60
 9.4 – Simbologia...............................................................................................................61
 
10 – COMPONENTES ELETRÔNICOS ESPECIAIS..............................................................61
10.1 – Termistores Tipo PTC e NTC.................................................................................61
10.2 – Foto Diodo / Foto Transistor..................................................................................63
10.3 – Led.........................................................................................................................65
10.4 – Principio de funcionamento do Led.......................................................................66
11 – REVISÃO ……………………………………………………………………………………………….68
2 
Profº Daniel Souza 
3 
Profº Daniel Souza 
I – Eletrônica analógica 
1.1 - Introdução
A eletrônica analógica é o ramo da Eletrônica que estuda o desempenho de componentes
eletrônicos e circuitos analógicos como: resistores, capacitores, bobinas, potenciômetros,
transistores, cristais e circuitos integrados em sua grande maioria. Trata-se também do estudo do
comportamento de sinais elétricos tais como radiofrequência (sinal AM e FM), Bluetooth,
Wireless, etc. Pode ser definida também como área da eletrônica que estuda características físicas
de maneira análoga a referenciais elétricos preestabelecidos como: temperatura, medida de peso,
medida de tensão e corrente (Multímetro), entre outras coisas. 
Segundo autor desconhecido, "A eletrônica analógica desenvolveu-se com o advento do
controle das grandezas físicas, variáveis ou não, formas oscilatórias, em baixas ou altas
frequências, e que são utilizados em quase todos os tipos de equipamentos[...]", ou seja, o estudo
da eletrônica analógica surgiu com a necessidade de controlar certas grandezas para que possam
ser utilizadas ou convertidas em valores reais ou utilizar e converter valores reais em grandezas.
1.2 História
Os primeiros passos de eletrônica ocorreram em 1837 com a criação do telégrafo por
Samuel Morse nos EUA. Em 1879, Thomas Edison fazendo experiências cria a primeira lâmpada
incandescente da história. Mais tarde, John Ambrose Fleming criou um dispositivo que consistia
em envolver o filamento de uma lâmpada elétrica por uma placa cilíndrica, que denominou válvula
termiônica (ou diodo, como ficou conhecida mais tarde). Nos anos 1920 surgiu a Tiratron (válvula
a gás). No final da década de 1930 começaram a surgir as válvulas mais modernas, como: válvulas
de feixe dirigido, tubo de raios catódicos, tubo de sintonia, válvulas metálicas e válvulas
miniaturas . Como consequência surgiram também os diodos de cristal dopado, o que
posteriormente deu origem ao transístor na década de 1950.
4 
Profº Daniel Souza 
1.3 - Retificadores
Os retificadoressão circuitos que transformam em . Também conhecidos como conversores
AC/DC. Existem dois tipos de retificadores: não-controlados e controlados. Os Retificadores não-
controlados usam diodos comuns para conversão de corrente alternada em corrente contínua. Enquanto
os retificadores controlados usam (, , , e , sendo os principais) que controlam o ângulo de disparo da
retificação para que, além de converter a AC em DC, haja um controle de potência em cargas indutivas
como motores.
•
•
•
•
•
 1.4 - Componentes eletrônicos
Polarizadores, Limitadores e Reguladores de tensão LM7805 - Regulador de tensão.
Os polarizadores e são circuitos que usam transistores para
determinar valores de tensão e/ou corrente que se mantenham
estáveis para que funcionem em determinada temperatura de
trabalho. O limitador de tensão são circuitos que usam diodos
(mais comumente o ) para proteger a carga de excessos de
tensão.
Amplificador Operacional como amplificador diferencial.
Os amplificadores operacionais, ou amp-op, são
amplificadores com impedância de entrada muito alta
(idealmente infinita) e impedância de saída muito baixa
(idealmente nula) e com ganho muito alto. Os usos mais
comuns de amp-op são: amplificador não-inversor, seguidor
unitário, somador, integrador e diferenciador.
5 
Profº Daniel Souza 
• Temporizadores e osciladores
Os temporizadores e osciladores utilizam o CI LM 555 para
controle de saída (liga ou desliga). Os temporizadores,ou timers,
são circuitos que enviam sinal de saída por um determinado
tempo. Pode-se controlar uma carga automaticamente durante
um certo tempo. Osciladores são circuitos que criam um sinal
oscilatório, ou senoidal.
Sensores
Os sensores são componentes eletrônicos que apresentam uma variação do
sinal de saída dependendo de sua exposição. 
Exemplo: sensores de presença, sensores de temperatura (LM35), sensores
de umidade (HIH-4000-001), entre outros. 
LM35 - Semicondutor sensor de temperatura. ->
 Acopladores
São circuitos usados para separar circuitos de potência
de circuitos de controle. Normalmente usa-se CI's opto
acopladores que servem para fazer a passagem da corrente
eléctrica de um ponto para outro sem a necessidade de usar
um condutor eléctrico, são basicamente composto por um
diodo emissor de infravermelho e um sensor óptico
(LDR,fotodiodo, fotoSCR, fotoTRIAC, fototransístor, foto
Darlington).
Relé
Um relé (do francês relais), ou, menos frequentemente, relê[1][2][3] (por influência do
inglês relay, embora esta forma ainda não esteja dicionarizada), é um interruptor
eletromecânico projetado por Michael Faraday na década de 1830, com inúmeras aplicações
possíveis em comutação de contatos elétricos, servindo para ligar ou desligar dispositivos.
A movimentação física deste interruptor ocorre quando a corrente elétrica percorre as
espiras da bobina do relé, criando assim um campo magnético que por sua vez atrai a
alavanca responsável pela mudança do estado dos contatos.
6 
Profº Daniel Souza 
É normal o relé estar ligado a dois circuitos elétricos
para efetuar a comutação. No caso do relé eletromecânico, a
comutação é realizada alimentando-se a bobina do mesmo.
Quando uma corrente originada no primeiro circuito passa
pela bobina, um campo eletromagnético é gerado, acionando
o relé e possibilitando o funcionamento do segundo circuito.
Sendo assim, uma das aplicações do relé é usar baixas
tensões e correntes para o comando no primeiro circuito,
protegendo o operador das possíveis altas tensões e
correntes que irão circular no segundo circuito (contatos).
História do relé
A história do relé começou com os estudos de Joseph Henry cientista norte americano
em 1830, enquanto construía eletroímãs, descobriu o fenômeno eletromagnético chamado
indução electromagnética ou auto-indutância e a indutância mútua. O seu trabalho foi
desenvolvido independentemente de o de Michael Faraday, mas é a este último que se
atribuí a honra da descoberta por ter publicado primeiro as suas conclusões. A Henry
também é creditada a invenção do motor elétrico, embora mais uma vez, não tenha sido o
primeiro a registrar a patente. Seus estudos acerca do relé eletromagnético foram a base do
telégrafo elétrico, inventado por Samuel Morse e Charles Wheatstone. Mais tarde provou
que as correntes podem ser induzidas à distância, magnetizando uma agulha com a ajuda
de um relâmpago a 13 quilómetros de distância.
Em 1832, Henry tornou-se professor de Física no College of New Jersey, mais tarde
conhecido como Universidade de Princeton. Foi Professor na Academia de Albany (EUA) e o
primeiro diretor do Instituto Smithsoniano, de 1846 até à sua morte, 32 anos depois. À frente
deste Instituto, desempenhou importantíssimo papel no desenvolvimento da ciência norte-
americana.
Após a sua morte, a unidade de indutância ou resistência indutiva no Sistema Internacional
(SI), foi batizada de Henry, em reconhecimento do seu trabalho.
Componentes de um relé eletromecânico
As partes que compõem um relé eletromecânico são:
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Eeletroímã (bobina) - constituído por fio de cobre em torno de um núcleo de ferro maciço que
fornece um caminho de baixa relutância para o fluxo magnético;
Armadura de ferro móvel;
Conjuntos de contatos;
Mola de rearme;
Nota: Atualmente existem diversas empresas que utilizam relés desenvolvidos para
aplicação em PCI's (eletrônica convencional) em ambientes industriais, adaptando esta
aplicação através de bases/soquetes. Porém é importante notar que quando aplicado em um
ambiente industrial, onde se exige uma fácil reposição e manutenção, estes tipos de
terminais facilmente danificam-se e podem causar problemas de mau contato e diversos
outros tipos de falhas nas reposições futuras. Para aplicações industriais, seja qual for a sua
natureza, é indicada a aplicação de relés com terminais tipo Faston em conjunto com suas
bases por serem projetados para resistir a este tipo de operação e ambiente.
Princípio de funcionamento
Processo de Produção
A bobina de um relé é constituída por um fio em torno de um núcleo de aço maciço. Então
temos no relé uma bobina, um núcleo de aço que fornece um caminho de baixa relutância
para o fluxo magnético, uma armadura de aço móvel e um conjunto, ou conjuntos, de
contatos presos a molas. Enquanto a bobina se mantém desenergizada, a força das molas
mantém os contatos em estado de repouso de modo a existir uma lacuna de ar no circuito
magnético. O estado de repouso pode ser normalmente fechado (NF) ou normalmente
aberto (NA), a depender da função do relé no circuito. Quando a bobina recebe a corrente
elétrica, a armadura movimenta-se em direção ao núcleo, atraída pelo campo magnético
gerado, movimentando mecanicamente o contato ou contatos ligados a esta armadura. No
instante em que a força magnética gerada pela circulação de corrente na bobina se torna
maior que a força das molas, o contato é atraído fisicamente, sai do estado de repouso e
muda a condição do circuito para aberto (se for normalmente fechado) ou fechado (se for
normalmente aberto). Quando a circulação de corrente através da bobina cessa, a bobina é
desenergizada e o contato volta ao estado de repouso por força da mola.
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Profº Daniel Souza 
Se a configuração do contato de um relé é NF (normalmente fechado, ou NC na sigla em
inglês) o circuito está fechado enquanto o relé encontra-se desenergizado. Então quando
energizado, a conexão física entre contato fixo e móvel se abre e interrompe a passagem de
corrente elétrica. O inverso ocorre quando a configuração do contato do relé é NA
(normalmente aberto, ou NO em inglês).
Em alguns casos, os relés podem ter mais de um contato formando um conjunto de contatos
que atuam simultaneamente com a força magnética, dependendo da função do relé. Hácasos também, comuns nas partidas de motores industriais, em que a força da mola,
necessária para fazer o contato retornar ao estado de repouso, é substituída pela força da
gravidade.
Os relés, exemplificados na imagem utilizada no tópico Componentes de um relé, também
têm um fio de ligação da armadura ao terminal, o que garante a continuidade do circuito
entre os contatos que se deslocam sobre a armadura e a pista de circuito na Placa de
Circuito Impresso (PCB), através do terminal, que é soldada ao PCB. Quando uma corrente
elétrica passa através da bobina, o campo magnético resultante atrai a armadura e
consequentemente movimenta o contato móvel, fazendo ou quebrando a conexão com um
contato fixo. Se o conjunto de contatos for fechado quando o relé foi desenergizado, então o
movimento abre os contatos e quebra a conexão, e vice-versa, se os contatos foram
abertos. Quando a corrente na bobina é desligada, a armadura é devolvida por uma força
tão forte quanto a força magnética, à sua posição relaxada.
A maioria dos relés são fabricados para funcionar rapidamente. Em uma aplicação de baixa
tensão, isto ocorre para reduzir o ruído. Em uma aplicação de alta tensão ou corrente
elevada, isto ocorre para reduzir a formação de arco. Se a bobina é energizada em tensão
DC (corrente contínua), um diodo é frequentemente instalado na bobina, para dissipar a
energia do campo magnético em colapso na desativação, o que de outra forma poderia
gerar um pico de tensão perigosa para os componentes do circuito. Alguns relés automotivos
já incluem o diodo dentro da caixa de relé. Alternativamente, uma rede de proteção de
contato, consistituída por um capacitor e resistor em série, pode absorver também este pico
se a bobina for projetada para ser energizada em AC (corrente alternada).
II - Resistores
Os resistores são componentes elétricos passivos de dois terminais, que criam uma
resistência no fluxo da corrente elétrica em um circuito elétrico, por suas características, eles são
bastantes empregados em circuitos que necessitem: Delimitação de corrente elétrica, divisores de
tensão, geradores de calor, etc.
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Profº Daniel Souza 
Para entender o seu funcionamento, é necessário compreender os conceitos básicos dos
materiais condutores e os isolantes que basicamente só existem dois tipos, e são eles:
Isolantes Elétricos: São materiais onde a passagem de cargas elétricas sofrem uma grande
dificuldades no seu deslocamento. Alguns exemplos podem ser vistos abaixo:
Plástico, Vidro, Madeira, Papel, Borracha, Cerâmica, etc.
Condutores Elétrico: São materiais onde a passagem de cargas elétricas se deslocam com maior
facilidade. Alguns exemplos podem ser vistos abaixo:
Metais (cobre, ferro, alumínio etc), Gases Ionizados, Soluções Eletrolíticas
Como eles Funcionam?
Na eletrônica, os resistores basicamente tem uma função de trabalho específico, limitar uma
corrente que flui através de um circuito elétrico. A sua resistência é medida em ohms e o seu
símbolo padrão é "Ω" padronizada pelo Sistema Internacional de Unidades (SI).
Medições
Para um resistor com a medida de 1Ω "1 ohms" é mesurada quando uma corrente de 1A "1
Ampere", passa através de um resistor com uma queda de tensão de 1V "1 Voltes" em seus
terminais. 
A medida da corrente é proporcional à tensão nas extremidades do terminal, e essa proporção é
calculada através da formula consolidada e bastante conhecida, lei de Ohm: R = V / I
Onde: 
R = A resistência
V = A tensão
I = A corrente
II - Resistores - Tipos
Existem diversos tipos diferentes de resistores, tais como os resistores PTH, "Pin Through Hole"
(Fixar Através do Furo) que são bastante conhecidos como Resistores Axial, que possuem dois
terminais, um de cada lado, e Resistores Radial que teem dois terminais do mesmo lado. 
Temos também os resistores SMD "Surface Mount Device" (Dispositivo de Montagem Superficial),
os resistores SMT "Surface Mount Technology" (Tecnologia de Montagem Superficial) e os SMC
"Surface Mount Component" (Componentes de Montagem Superficial), que são resistores
extremamente pequenos com os terminais unificados ao próprio corpo que são soldados na
superfície da ilha da PCI "Placa de Circuito Impresso".
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Profº Daniel Souza 
Os resistores podem ser do tipo fixos ou do tipo variáveis. Neste último caso, são chamados de
Potenciômetros, Reostatos e Trimpots. O valor nominal em ohms é alterado ao girarmos o eixo
central, ou deslizarmos através de uma alavanca vertical. 
Existe ainda duas vertentes nos potenciômetros que diferem uma da outra em aspecto de
funcionamento de sua resistência, que serão melhor explanado na categoria abaixo.
Os resistores normalmente são divididos em CLASSES de construção e tipos de materiais. Iremos
abordar aqui os tipos de resistores mais conhecidos, agregadas as 3 classes de resistores:
Resistores Fixos
Resistor de Filme de Carbono - Padrão 5% de tolerância
Resistor de Filme Metálico - Padrão de precisão 1% de tolerância
Resistor de Fio - Resistores de alta Potência 
Resistores Variáveis
Potenciômetro
Trimpot
Reostato
Resistores que dependem de condições físicas
Varistor (VDR) - Muda de acordo com a tensão
Foto-Resistor (LDR) - Muda de acordo com o nível de luz
Thermistor (NTC e PTC) - Muda de acordo com a temperatura
Para a classe de Resistores Fixos, podemos destacar os 3 tipos de resistores mais conhecidos e
utilizados em diversos tipos de projetos de Eletrônica e Elétrica. 
Resistor De Filme De Carbono
Os resistores de Filme de Carbono são os tipos de resistores mais comuns como ilustrado na
Figura 2 abaixo, eles são resistores de uso geral, são baratos e fácies de serem encontrados no
mercado, e são imprescindivelmente utilizados em sua grande maioria nos circuitos eletrônicos. 
Seu elemento resistivo é fabricado à partir de uma mistura de pó de carbono ou grafite, e um pó
de cerâmica não condutor que unem todos os elementos dentro do encapsulamento.
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Profº Daniel Souza 
Fig. 2 - Resistores de Filme de Carbono
E são exatamente essas misturas entre o pó de carbono e a cerâmica, que determinam os valores
resistivos gerais da resistência, a proporção dessas misturas são; quanto mais carbono, menor
será a resistência. 
A modelagem é feita em forma cilíndrica com pedaços de fios condutores fixados em cada lado do
resistor para permitir a condução elétrica limitado a sua resistência antes de serem revestidos
com um material isolante externo, e suas marcações são codificadas por cores e indicam o seu
valor resistivo em Ω - Ohm, KΩ - Kilo Ohm, MΩ - Mega Ohm.
Os resistores de carbono geralmente teem seus prefixos CR "Carbon Resistor" e são padronizados
por séries, conhecido como E-series. 
A série mais básica dentro da faixa E é a série E3, para a os resistores de Filme de Carbono,
as séries estariam disponíveis apenas nas faixas de tolerância mais baixas, pois seus valores não
podem ser garantidos com uma tolerância tão estreita, eles estão disponíveis em encapsulamento
E6 com tolerância de ± 20%, E12 com tolerância de ± 10%, e "não muito normal" E24 com tolerância
de ± 5%, e sua potência são classificadas com valores entre 0,250W, conhecidos como 1/4 de W, até
5W.
As faixas de valores de resistores padrão da série E, são aceitas internacionalmente e foram
adotadas por organizações de padrões internacionais. A EIA (Electrical Industries Association),
"Associação de Indústrias Elétricas" com sede na América do Norte, é uma organização que
adotou o sistema e, como resultado, as séries de valores de resistores são frequentemente
chamadas de valores de resistores padrão EIA.
Resistor De Filme Metálico
Os resistores de Filme Metálico possuem uma fina camada de metal como elemento resistivo em
um corpo de cerâmica, cuja determinação da resistência é feita através da largura e da espessura
da camada metálica, diferentemente do resistorde carbono, o ruído emitido por este resistor e
bem baixo. 
Devido a sua camada ser constituída de Níquel Cromo Ni (Níquel) Cr (Cromo), garante uma
precisão maior nos valores das resistências, e para aplicações especiais também são usadas outras
tipos de ligas, como estanho e antimônio, ouro com nitreto de platina e tântalo. Suas tolerâncias
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Profº Daniel Souza 
são variáveis e dependendo do resistor, eles estão disponíveis com tolerâncias entre; 0,1%, 0,25%,
0,5%, 1% e 2%. 
E o Coeficiente de Resistência de Temperatura é geralmente entre 50 e 100 ppm / K. A aparência
dos resistores de filme de metal é semelhante aos resistores de filme de carbono, como mostrado
na Figura 3 abaixo, mas suas propriedades de estabilidade, precisão e confiabilidade são
consideravelmente melhores.
Assim como os Resistores de Filme de Carbono, os valores das resistências também são
disponibilizados em cores, e é possível identificar a resistência através da tabela de código de
cores.
Fig. 3 - Resistores de Filme Metálico
Resistor De Fio
Os Resistores de FIO são componentes elétrico passivo de dois terminais, dotados de diversos
modelos e tamanhos, como mostrado na Figura 4 abaixo, que tem a função de limitar ou restringir
um fluxo de corrente em um circuito. 
Os resistores de Fio são construídos com um fio metálico condutor de alta resistividade, que
geralmente são feitos de um liga como o Ni-Cr (Nicromo) ou também de uma liga chamada
manganês (Cobre-Níquel-Manganês), que é então enrolado em torno de um núcleo de material
não condutor "Na maioria das vezes são de cerâmica, mas também são fabricados com materiais
de Vidro e Plástico de alta Resistência ao calor". 
A resistividade do Resistor de Fio, dependem do material condutor utilizado em sua fabricação,
eles podem ser fabricados com muita precisão e suas propriedades resistivas são excelentes
trazendo resultados bem precisos, o que faz desse tipo de resistor, mesmo sendo um tipo de
resistor muito antigo, mais ainda sim, são bem utilizados nos dias atuais, para aplicações de alta
potências. 
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Profº Daniel Souza 
Fig. 4 - Resistores de Fio de potência
II - Resistores – Testes de Funcionamento
Existem vários tipos de padrões diferentes utilizados para descrição de como os componentes
devem ser exibidos. No entanto a organização internacional de padrões elétrico e eletrônico IEC -
"International Electrotechnical Commission", publicou o padrão IEC 60617 que é o padrão
internacional para esses símbolos eletrônicos que seguimos atualmente, isso para descomplicar a
grande demanda de símbolos diferentes, já que no passado muitos países e indústrias
costumavam usar seus próprios padrões, o que tornava tudo muito confuso. 
Existe o padrão ANSI qua ainda é muito comum nos Estados Unidos, em software de simulação e
em muitos diagramas esquemático, e por serem os padrões mais conhecidos e utilizado
atualmente, iremos adotar esses símbolos padrões como mostrado na Figura 5 abaixo. 
Fig. 5 - Padrões Símbolos Resistores ANSI e IEC
14 
Profº Daniel Souza 
Para a classe de Resistores Variáveis, também podemos destacar os 3 tipos de resistores mais
conhecidos e utilizados em diversos tipos de projetos de Eletrônica e Elétrica. 
Potenciômetro - Linear E Logarítmico
Os potenciômetros, "também conhecido como resistor variável" são dispositivos de 3 terminais
cuja sua resistência varia de acordo com um controle manual giratório ou deslizante, que tem
umas aletas de contatos deslizante na superfície resistiva que aumenta ou diminui a resistência de
acordo com o nível de ajuste feito.
O que faz com que o fluxo de corrente elétrica seja controlado formando um divisor de tensão
ajustável, isso quando utilizamos os três terminais, quando utilizados com apenas dois terminais,
ele funcionará como um resistor variável ou um reostato. 
Os potenciômetros são normalmente utilizados para controlar dispositivos eletrônicos e elétricos,
como controles de volume em equipamentos de áudio, mesa de som, amplificadores, são também
utilizados como sensores de posição operados por um mecanismo como joystick.
Como controle de tensão em fontes ajustáveis através de circuitos específicos pois os
potenciômetros não são usados para controlar diretamente um circuito de carga, devido a
potência dissipada no potenciômetro serem baixas "em sua grande maioria".
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Os potenciômetros podem ser de volta simples ou de múltiplas voltas com um elemento
helicoidal, e alguns deles são dotados de um display mecânico para monitorar as voltas dada.
Existem ainda, duas vertentes nos potenciômetros que diferem uma da outra em aspecto de
funcionamento de sua resistência, são eles os Potenciômetros Lineares que podemos identificar
pela letra B que veem impresso antes do código da resistência, ou os Potenciômetros Logarítmico
que sempre veem com a letra A antes do código da resistência, como podemos ver na Figura 6
abaixo.
Fig. 6 - Potenciômetros lineares e Logarítmicos
Potenciômetro Linear
Os potenciômetros lineares teem um elemento resistivo de seção transversal constante,
resultando em um dispositivo onde a resistência entre o controle deslizante ou transportador do
limpador e os terminais, são proporcionais à distância entre eles, dividindo proporcionalmente
uma tensão regulada aplicada em sua faixa operacional que fornece uma saída de tensão
proporcional à posição do ângulo de rotação do controle deslizante.
 Os potenciômetros lineares podem ser utilizados em diversas aplicações e em vários tipos
de dispositivos que necessitem de um dispositivo de medição com movimentos lineares, alguns
exemplos de aplicações em dispositivos conhecidos que utilizam esse componente:
Aplicação Robótica
Aplicação Sensor de posição
Aplicação dispositivos Médico Hospitalar
Aplicação em dispositivos Automobilísticos
Aplicação em máquinas agrícolas
Aplicação em mesa de iluminações 
Aplicação em Laboratórios
Aplicação em Processos Industriais, etc...
Potenciômetro logarítmico
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Os Potenciômetros Logarítmicos são potenciômetros que mudam a resistência logarítmica
conforme você gira o controle deslizante do potenciômetro, ele possui uma polarização embutida
no elemento resistivo.
Isso significa que a posição central do potenciômetro não é a metade do valor total do
potenciômetro. Isso está em contraste com os potenciômetros lineares, que mudam a resistência
linearmente conforme o controle deslizante do potenciômetro é girado.
O elemento resistivo é projetado para seguir um afilamento logarítmico, também conhecido como
um expoente matemático ou perfil "quadrado". 
Um potenciômetro logarítmico são fabricados com material cuja resistividade não são
homogêneas, eles variam de uma extremidade à outra, isso resulta em um dispositivo onde a
tensão de saída é uma função logarítmica na posição do controle deslizante.
Os potenciômetros Logarítmicos podem ter diversas aplicações em diversos seguimentos, mas, os
mais comuns são em aplicações de áudio para ajustar o nível ou volume do som.
O ouvido humano percebe o som de forma logarítmica, isso quer dizer que se fossemos utilizar
um potenciômetro linear para controle de volume, as mudanças de volume em nossa percepção
não sairiam corretas aos nossos ouvidos. 
Ajuste de Funcionamento
O ajuste de um potenciômetro linear cresce muito rapidamente à medida que o potenciômetro é
girado de zero.
Os dois padrões mais conhecidos e utilizado no diagrama esquematicamente em um circuito com
os Potenciômetros, são representadas pelos símbolos mostrados na Figura 7 abaixo.
Trimpot - Trimmer Potentiometer
A nomenclatura trimpot é uma abreviação de duas palavras "Trimmer Potentiometer"
(potenciômetro trimmer) é um pequeno dispositivo de três terminais que é usado para ajustes,
sintonia, volume, calibração, divisor de tensão, etc., emcircuitos eletrônicos. 
Quando são usados como uma resistência variável, são chamados de resistores de predefinições
"Preset". Os trimpots ou presets são normalmente soldados diretamente nas placas de circuito
impresso e ajustados usando uma chave de fenda. 
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O material utilizado em sua construção como pista resistiva varia, mas o mais comum é a
composição de Carbono ou Cermet. 
Os Trimpots são projetados para ajustes ocasionais e muitas vezes podem alcançar uma alta
resolução ao usar parafusos de configuração multi-voltas, eles podem ser usados como
substitutos dos potenciômetros, no entanto, deve-se tomar cuidado, pois a vida útil projetada
geralmente é de apenas 200 ciclos.
Existem diferentes tipos de trimpots, que utilizam diferentes métodos de construção e
montagens, como; sobreposto na PCI, SMD, ou através do orifício PTH, também com orientações
de ajustes verticais e horizontais, (topo, lado), e podem ser do tipo uma volta ou do tipo multi-
voltas como ilustrada na Figura 8 abaixo.
 
Tipos de Trimpots
Os Dois Padrões Mais Conhecidos E Utilizado No Diagrama Esquematicamente Em Um Circuito
Com Os Trimpots, São Representadas Pelos Símbolos Mostrados Na Figura 8 Abaixo.
Reostato
Os Reostatos são resistores variáveis com dois ou três terminais, sendo um deles o móvel
deslizante, utilizado para controlar o fluxo de corrente elétrica aumentando ou diminuindo
manualmente a resistência, como podemos ver na Figura abaixo.
Os reostatos são projetados para lidarem em sua grande maioria de aplicação, com níveis mais
altos de tensão e corrente, o que os difere dos potenciômetros e os torna ideais para aplicações
em diversos tipos de equipamentos comerciais e industriais, como: Motores elétricos, dímeres,
bombas, ventiladores, sopradores, equipamentos odontológicos, etc.
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Para alcançar essas altas potências, em geral, os reostatos são construídos enrolando-se um fio de
Nicromo em torno de um núcleo não condutor "geralmente cerâmica", e o valor final total do
reostato, depende da espessura e tamanho do enrolamento feito com o fio de Nicromo enrolado
no núcleo. 
Além de suporte para o enrolamento, o núcleo do reostato atua também como material
isolante e ainda, devido ao reostato transformar a corrente que circula por ele em calor, o núcleo
de cerâmico também exerce a função de dissipação de calor, e por motivos óbvios de semelhança,
os reostatos também são conhecidos por resistores de fio variável.
Os Dois Padrões Mais Conhecidos E Utilizado No Diagrama Esquematicamente Em Um Circuito
Com Os Reostatos, São Representadas Pelos Símbolos Mostrados Na Figura 10 Abaixo.
Para a classe de Resistores que dependem de condições físicas, podemos destacar os 3 tipos de
resistores mais conhecidos e utilizados em diversos tipos de projetos de Eletrônica e Elétrica.
Varistores -
O Varistor é um dispositivo não linear, que fornece excelente supressão de tensões
transientes, eles são dotados de uma resistência que varia de acordo com a tensão aplicada em
seus terminais. O seu nome foi derivada de uma combinação linguística de palavras; “Variando” e
“resistor”. 
Eles também são conhecido como VDR - "voltage dependent resistor" resistor dependente de
voltagem, o tipo e suas aparência variam de fabricante para fabricante, como mostrado na Figura
11, abaixo. 
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Fig. 11 - Tipos de Varistores
Os Varistores são projetados para proteger diversos tipos de dispositivos eletrônicos e elementos
semicondutores de comutação e picos de raios induzidos.
Eles contém uma massa cerâmica de grãos de óxido de zinco, em uma matriz de outros óxidos de
metal (como pequenas quantidades de bismuto, cobalto, manganês) ensanduichada entre duas
placas de metais "os eletrodos", e por serem feitos de materiais semicondutor, sua resistência
diminui à medida que a voltagem aumenta. Existem dois propósitos principais de funcionamento
dos varistores, como: 
Dispositivo de proteção: Quando exposto a uma tensão transiente excessiva, ele desvia essa
tensão através da sua resistência que baixa a ponto de criar no circuito uma alta corrente, com
isso disparando os circuitos de proteção, como os fusível, e não deixando que tensões de picos
maiores passem para o resto do circuito. 
Elemento de controle ou equilíbrio: Quando exposto a tensão transiente mais alta, ele absorve
essa energia e a dissipa como calor, fornecendo condições operacionais ideais mantendo a
tensão a um nível seguro.
Os Dois Padrões Mais Conhecidos E Utilizado No Diagrama Esquematicamente Em Um Circuito
Com Os Varistores, São Representadas Pelos Símbolos Mostrados Na Figura 12 Abaixo.
Fig. 12 - Padrões Símbolos Varistores ANSI e IEC
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LDR (Light Dependent Resistor)
Os LDRs "light dependent resistor" - Resistor Dependente de Luz, são dispositivos eletrônicos cuja
suas resistências variam diacordo com a intensidade luminosa incidida sobre sua superfície, eles
também são conhecidos como foto-resistor, fotocélula, fotocondutor. 
Quando um campo luminoso incide sobre a superfície do LDR, a sua resistência muda. A
grande maioria dos sensores LDRs teem uma resistência que diminui com o aumento da
intensidade da luz incidindo sobre o dispositivo cuja relação entre a luminosidade e a resistência é
inversamente proporcional. A resistência típica de um LDR gira em aproximadamente:
Com luz incidindo - "Luz do dia" - Resistência aproximadamente 500Ω ~ 5KΩ
Sem Luz incidindo - "Escuro" - Resistência aproximadamente 200KΩ ~ 20MΩ
As aplicações dos LDRs são muito abrangente, mas, geralmente eles são usados em circuitos onde
é necessário detectar a presença de luz como os utilizados em iluminação Pública nos postes das
ruas, em iluminação de Jardim nas casas, em câmeras como ajustadores automáticos do flash,
etc... 
Na Figura 13 temos a imagem com alguns tipos de LDRs.
Os dois padrões mais conhecidos e utilizado no diagrama esquematicamente em um
circuito com os Resistores Dependentes de Luz, são representadas pelos símbolos mostrados na
Figura 14 abaixo.
Termistores - NTC e PTC
Os Termistores são dispositivos passivos cuja resistência varia o seu valor de acordo com a
temperatura à qual são submetidas. 
O seu nome foi derivado da combinação de dois termos: “térmico” e “resistor”. Eles são feito de
óxidos metálicos, prensado em uma encapsulamento com formato de disco ou com formato
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cilíndrico e, em seguida, encapsulado com um material impermeável, como epóxi ou vidro.
Existem dois tipos de termistores:
Coeficiente de Temperatura Negativo: NTC "Negative Temperature Coefficient". Para esse
thermistor, quando há um aumento na temperatura, a sua resistência diminui e quando há uma
diminuição na sua temperatura, a resistência aumenta. Este tipo de thermistor é o mais usado.
Coeficiente de Temperatura Positivo PTC "Positive Temperature Coefficient". Para esse thermistor
o seu funcionamento é um pouco diferente. Quando a temperatura aumenta, a resistência
também aumenta, e quando a temperatura diminui, a resistência também diminui. Este tipo de
thermistor é geralmente usado como fusível.
Os Termistores também são dispostos em diversos tipos de encapsulamentos, isso depende do
fabricante, alguns deles são mostrado na Figura 15 logo abaixo. 
Fig. 15 - Tipos de Termistores NTC e PTC
Normalmente, um thermistor atinge alta precisão dentro de uma faixa de temperatura limitada de
cerca de 50ºC em torno da temperatura alvo. Este intervalo depende da resistência de base.
Os metais mais usado são a platina, daí as designação Pt100 e Pt1000, quando a sigla vem dotada
com o número 100, é porque à temperatura em 0 °C, têm uma resistência de 100ohm, e quando a
sigla vem dotada com o número 1000, significa que à temperatura em 0 °C, têm uma resistência de
1000ohm, e ainda existem outrosmateriais, como o Níquel e seguindo a mesma lógica, Ni100, é
para 100ohms em 0°C e Ni1000 é para 1000ohms em 0°C.
Os dois padrões mais conhecidos e utilizado no diagrama esquematicamente em um circuito com
os Termistores, são representadas pelos símbolos mostrados na Figura 16 abaixo.
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Fig. 16 -
Padrões
Símbolos Termistores ANSI e IEC
Outros Tipos De Resistores 
Ainda existem muitos outros tipos de resistores para diversas aplicações, podemos ainda dizer
que são resistores menos comum e conhecidos, mas que desempenham de forma majestosa o
seu trabalho, temos como exemplos os:
MDRs "Magnetic Dependent Resistor" - Resistor Dependente de Magnetismo, são resistores cuja
resistência elétrica muda quando um campo magnético externo é aplicado.
WDR "Water Dependent Resistor" - Resistor Dependente de água, são resistores cuja resistência
elétrica muda quando inside uma certa quantidade de água em seu campo de medição.
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II - Resistores – Código de Cores
III - CAPACITORES 
Podemos definir o capacitor como um dispositivo usado nos circuitos elétricos, capaz de
armazenar uma carga em virtude da presença do campo eletrostático. 
O capacitor na sua forma mais simples consiste de duas placas de metal condutoras separadas
separadas por um meio isolante, que chamamos de dielétrico. Em um capacitor prático, as
placas podem ser construídas com várias configurações (circular, retangular, etc.).
O dielétrico “material não condutor” serve para manter a isolação elétrica entre as placas.
Os materiais dielétricos ou isolantes são classificados segundo a sua habilidade em suportar o
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fluxo elétrico em termos do valor denominado constante dielétrica. Quanto maior o valor dessa
constante, melhor é o material dielétrico. Podemos citar alguns exemplos usados em
capacitores: o plástico, papel, vidro, cerâmica, mica, ar e etc. Veremos mais adiante alguns tipos
de capacitores.
Na imagem abaixo, podemos ver dois tipos de capacitores: um com terminais polarizados
(capacitor eletrolítico) e o outro não (capacitor cerâmico).
 Composição
Armadura: São as duas placas metálicas que são responsáveis por armazenar a energia na
forma de carga elétrica.
Dielétrico: É o elemento que fica instalado entre as duas placas metálicas e possui a função de
isolar as mesmas. Lembrando que o ar é isolante e pode também ser considerado um dielétrico.
III – CAPACITORES - Aplicações
Para que serve um capacitor? Os capacitores são componentes que conseguem
armazenar energia na forma de campo eletrostático e também são dispositivos que conseguem
se opor a alterações de tensão, ou seja, podem resistir a qualquer mudança de tensão sobre
seus terminais.
Onde os capacitores podem ser usados? Podem também ser utilizados como filtros,
deixando passar altas frequências e bloqueando ao mesmo tempo as baixas frequências. São
utilizados em vários equipamentos como divisores de tensão.
Podem ser aplicados em circuitos retificadores, onde têm a função de reduzir a oscilação
da tensão retificada. Em placas e fonte de alimentação eletrônicas são muito utilizados pois
impedem que uma variação de tensão prejudique o funcionamento do circuito.
Enfim, são muitas as funções de um capacitor. São muitos modelos de capacitores, cada um
com suas características e aplicações específicas.
Princípio de funcionamento de um capacitor
Um capacitor é formado usando-se duas placas metálicas separadas por um isolante
chamado dielétrico. Quanto menor o espaço entre essas placas metálicas, maior será o valor de
capacitância que o mesmo poderá armazenar.
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Quando ligado a uma fonte de tensão, a tensão força os elétrons para uma das placas, fazendo
a mesma ficar negativa, e retira elétrons da outra fazendo-a ficar positiva. Os elétrons não
podem fluir através do dielétrico que é isolante. Como há uma quantidade definida de elétrons
para carregar o capacitor, diz-se que ele tem capacidade, uma característica conhecida como
capacitância.
O que é capacitância?
O valor de capacitância de um capacitor é medido em farads (F). O farad é uma unidade de
medida que é utilizada para representar a quantidade de energia que o capacitor armazena.
Essa unidade é um tributo à memória de Michael Faraday, um cientista que realizou muitas
experiências eletrostáticas e magnéticas.
A capacitância de um capacitor depende dos seguintes fatores:
1 Área das placas;
2 Distância entre as placas; e
3 Constante dielétrica do material entre as placas.
Esses três fatores se referem à capacitância de um capacitor de duas placas e paralelas entre si.
Quanto maior for o valor de capacitância, maior é a quantidade de energia armazenada. Como o
farad é uma unidade muito grande, geralmente os capacitores são fabricados com valores em
microfarad (μF), picofarad (pF) e nanofarad (nF). A capacitância é igual a 1 Farad quando uma
tensão , variando numa razão de 1 volt por segundo, produz uma corrente de carga igual a 1
ampère.Tensão em um capacitor
Quando for necessário selecionar um capacitor para um determinado circuito, seja para inclusão
em um projeto ou substituição de algum danificado, alguns pontos devem ser considerados:
8 Valor de capacitância desejada;
9 Valor de tensão à qual o capacitor será submetido.
Se for aplicado um valor execessivo de tensão sobre os terminais do capacitor, o dielétrico pode
não suportar a pressão elétrica, vindo a ocorrer um arco entre as placas, destruindo o dielétrico.
Dessa forma, o capacitor fica curto-circuitado e um possível fluxo de corrente através do mesmo
poderá danificar outras partes do circuito.
A tensão de trabalho do capacitor irá depender do tipo de material usado como dielétrico e da
espessura do dielétrico. Deve-se lembrar que quanto maior a espessura do dielétrico, menor
será o valor de capacitância.
III – CAPACITORES – TIPOS E ASPÉCTOS
Os capacitores são chamados de fixos quando são construídos de forma que possuam
um valor fixo de capacitância que não pode ser ajustada. Eles são classificados de acordo com o
tipo de material usado como dielétrico, conforme alguns exemplos abaixo:
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Papel: São capacitores que utilizam o papel como dielétrico. Consistem de duas lâminas finas de
metal flexíveis separadas por um material dielétrico na forma de papel revestido com cera.
Cerâmica: Esse tipo de capacitor usa como dielétrico um tipo de material cerâmico. As placas
consistem de uma fina camada de metal depositado sobre o cilindro de cerâmica. Possuem altos
valores de capacitância.
Vácuo: Os capacitores a vácuo possuem uma alta capacidade de tensão de ruptura, porém são
fornecidos com valores muito baixos de capacitância.
Mica: O capacitor de mica é feito de lâminas metálicas separadas por folhas de mica como
dielétrico. O conjunto é coberto por plástico moldado. A mica é um excelente dielétrico e suporta
maiores tensões que o papel parafinado.
Eletrolítico: Os capacitores eletrolíticos são polarizados, ou seja, podem ser ligados somente em
circuitos de corrente contínua e indicam em seu corpo as marcações (+) e (-) devendo essa
ligação ser obedecida. É utilizado como meio dielétrico o eletrólito, podendo ser utilizado em sua
forma líquida ou pasta. Consistem essencialmente de duas lâminas de metal entre as quais é
colocado o eletrólito.
Poliéster: Os capacitores de poliéster possuem uma ou mais camadas finas de um material
plástico chamado poliéster. São muito empregados em circuitos de aparelhos eletrônicos.
Óleo: Os capacitores a óleo são nada mais que capacitores de papel imersos em óleo. O pepel
impregnado de óleo apresenta uma alta constante dielétrica, o que permite a produção de
capacitores com alto valor capacitivo.
Vidro: São obtidos empilhando-se camadas de fibra de vidro e camadas de placas de folhas de
alumínio. Esse tipo de capacitor consegue armazenar seu valor de capacitância durante longos
períodos de tempo.
O que é um capacitor variável?Os capacitores variáveis são construídos de maneira que os seus valores de capacitância
podem ser variados.Existem os capacitores do tipo rotor-estator, onde dois conjuntos de placas
de metal são arranjados de maneira que o conjunto móvel do rotor se encaixa entre as placas do
estator. Eles alteram o valor de capacitância conforme exista a mudança de posição das placas
do rotor. Existem também os trimmers, Esses tipos de capacitores são feitos com dielétricos
de ar, cerâmica, mica, poliestireno ou teflon. Seu ajuste é feito a partir de um parafuso capaz de
variar a distância entre suas placas.
Veja na imagem abaixo um modelo de capacitor variável.
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III – CAPACITORES – Teste e Funcionamento
O teste de capacitores com o Localizador de Defeitos é uma forma bastante prática de se
verificar o estado destes componentes. Como o teste é feito através da comparação de desenhos
(gráficos das curvas características), sua realização é bastante intuitiva. Apesar da simplicidade, a
avaliação da curva característica do capacitor com o Localizador de Defeitos pode nos indicar se
ele está em curto, com seu valor de capacitância alterado ou com a ESR muito alta. Ou seja, é
possível fazer uma verificação bastante abrangente deste componente, com apenas uma
medição, como se pode ver nos exemplos abaixo:
• Curva característica típica do capacitor
 
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•
• Capacitor em curto
Gráfico vermelho: capacitor bom. Gráfico verde: capacitor em teste
• Capacitor com valor alterado
Gráfico vermelho: capacitor bom. Gráfico verde: capacitor em teste
• Capacitor com ESR elevada
Gráfico vermelho: capacitor bom. Gráfico verde: capacitor em teste
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IV – INDUTORES
A indução eletromagnética é um fenômeno causado por um campo magnético
e gera corrente elétrica. Uma área delimitada por um determinado condutor sofre
variação no de fluxo de indução magnética é criado entre seus terminais uma força
eletromotriz (fem) ou tensão. Caso seus terminais estiverem ligados a um aparelho
elétrico irá gerar corrente, chamada corrente induzida. A indutância é a grandeza
física relacionada aos indutores, representada pela letra L e medida em Henry (H). É
um parâmetro que relaciona a tensão induzida no campo magnético e a corrente
responsável pelo surgimento deste campo. A tensão nos terminais do indutor é
proporcional a corrente que nele passa.
IV – INDUTORES – 
4.1 -Função e Teoria Básica
O indutor, também chamado de solenoide ou bobina, é um dispositivo elétrico
passivo, capaz de armazenar energia criada em um campo magnético formado por
uma corrente (CA). Este componente é usado em circuitos elétricos, eletrônicos e
digitais, para armazenar energia através de um campo magnético. Indutores são
usados para impedir variações de corrente elétrica, para formar um transformador e
também em filtros que excluem sinais em alta frequência, os filtros do tipo passa
baixa.
Ao ler estas definições, concluímos que os indutores e os tem por comum a
capacidade de armazenar energia. Assim como os capacitores, os indutores se
opõem a corrente alternada. Também em comparação aos capacitores, dizemos que:
13 Quanto mais rápida a variação da corrente em um espaço de tempo,
mais a quantidade de tensão nos terminais do indutor;
14 Não é aceito variações bruscas de corrente;
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IV – INDUTORES – 
4.2 - Construção
Os indutores são, geralmente, construídos como uma bobina de um material condutor,
como o cobre. Um núcleo ferromagnético, que aumenta a indutância concentrando as linhas
e orça do campo magnético que fluem pelo interior das espiras condutoras.
Com as possibilidades de aplicação, os indutores podem ser construídos para uma situação
especifica como, por exemplo, em circuitos integrados. Neste caso o material condutor
geralmente é o alumínio.
Pequenos indutores feitos para serem usados em frequências altas podem ser feitos com
um fio passando através de um cilindro de ferrite.
IV – INDUTORES - 
4.3 - Tipos e Aspectos
Os indutores podem se diferenciar nas características construtivas de cada modelo. Veja 
abaixo os principais tipos de indutores:
Núcleo de ar:
Nos indutores de núcleo de ar não usa-se material ferromagnético no núcleo, como citado
anteriormente. Este possui perdas baixas, o que resulta em uma alta frequência. De baixa
indutância e usado para altas frequências.
Núcleo ferromagnético:
Nestes modelos, o núcleo é feito de um material ferromagnético, o que resulta em uma
indutância muito maior, porém, também ocasiona em perdas. A indutância maior é graças ao
material, pois ele é capaz de concentrar melhor o campo magnético.
Núcleo laminado:
Usados em indutores de baixa frequência e transformadores. O núcleo é feito por laminas de
material aço-silício, envolvi as por verniz isolante. Estes compostos não são escolhidos a
toa. O verniz previne perdas por corrente parasita, e o silício adicionado ao aço faz com que
a histerese no material seja reduzida.
Núcleo de ferrite
Estes indutores são feitos de um tipo de cerâmica ferromagnética, que tem um melhor
desempenho em altas frequências, onde são mais empregadas. Não apresentam correntes
parasitas além de baixa histerese.
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Bobinas toroidais:
O núcleo toroidal geralmente é feito de ferrite, e tem um formato de rosca. Graças a este
formato, é criado um caminho pelo qual o campo magnético circula. Este tipo de núcleo é
usado em bobinas que tem formato de bastão. Neste caso o campo magnético sofre perdas
à circular de uma extremidade a outra, pelo contato com o ar. Por isso este núcleo foi
projetado para fazer um caminho para este campo, evitando o número de perdas.
A energia armazenada no indutor (medida em joules) é igual a quantidade de trabalho
necessária para estabelecer o fluxo no indutor, ou seja, o campo magnético.
•
IV – INDUTORES – 
4.4 - Teste de Funcionamento
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V –TRANSFORMADORES 
5.1 Função e Teoria Básica
Transformadores são dispositivos usados para abaixar ou aumentar a tensão e a corrente 
elétricas. Os transformadores consistem em dois enrolamentos de fios, primário e secundário, 
envolvidos em um núcleo metálico. A passagem de uma corrente elétrica alternada no 
enrolamento primário induz à formação de uma corrente elétrica alternada no enrolamento 
secundário. A proporção entre as correntes primária e secundária depende da relação entre o 
número de voltas em cada um dos enrolamentos. 
Logo, como, os transformadores são usados para abaixar ou aumentar as tensões e correntes 
elétricas em circuitos de consumo ou . Se um transformador abaixa uma tensão elétrica, ele 
automaticamente aumenta a intensidade da corrente elétrica de saída e vice-versa, mantendo 
sempre constante a transmitida, dada pelo produto da corrente pela tensão.
P — potência elétrica
U — tensão elétrica
i — corrente elétrica
Por questões de eficiência, a transmissão de energia elétrica em grandes distâncias sempre
ocorre em alta tensão e com baixa corrente elétrica, em resposta às perdas de energia
ocasionadas pelo , uma vez que a energia dissipada nos fios é proporcional à corrente elétrica.
Para os circuitos de consumo de energia, como os residenciais, são utilizados baixos valores de
tensão elétrica, por questões de segurança — potenciais elétricos muito elevados podem
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produzir descargas elétricas. É por essa razão que encontramos grandes transformadores nos
postes, cuja função é a de abaixar o potencial elétrico da corrente que é conduzida pelos fios,
levando-a para as residências com tensões de 110 V ou 220 V.
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Os transformadores comuns são construídos com dois enrolamentos de fios de cobre, chamados
de primário e secundário. Esses enrolamentos sempre contam com diferentes números de voltas
e encontram-seentão torcidos em volta de um núcleo de ferro, sem que haja contato entre eles.
Observe a figura a seguir:
Transformador com enrolamentos primário e secundário.
O enrolamento primário é ligado diretamente a um alternada (transformadores não funcionam
com corrente direta), ou seja, nele, forma-se uma corrente elétrica de intensidade e sentido
variável, levando à geração de um campo magnético com as mesmas características.
Esse campo magnético é então concentrado e amplificado pelo núcleo férreo em direção ao
enrolamento secundário. O campo magnético variável induz ao surgimento de uma corrente
elétrica no secundário. A relação entre os potenciais elétricos entre os enrolamentos primário e
secundário é dada pela fórmula seguinte:
VP — tensão no enrolamento primário
VS — tensão no enrolamento secundário
NP — número de espiras no enrolamento primário
NS — número de espiras no enrolamento secundário
Como sabemos, a tensão e a corrente elétricas são inversamente proporcionais, portanto, a
relação para as correntes elétricas dos enrolamentos primário e secundário é invertida:
IP — corrente elétrica no enrolamento primário
IS — corrente elétrica no enrolamento secundário
NP — número de espiras no enrolamento primário
NS — número de espiras no enrolamento secundário
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O fenômeno físico por trás do funcionamento dos transformadores é chamado de e é descrito 
pela lei de Faraday-Lenz. Essa lei informa que, ao produzirmos uma variação do fluxo magnético 
por alguma região do espaço, um campo magnético deverá surgir de modo a opor-se a essa 
variação. Quer saber mais sobre o assunto? Acesse o nosso texto: .
V –TRANSFORMADORES 
5.2 Tipos e Aspectos
Os transformadores podem ser classificados de acordo com vários parâmetros, tais como
finalidade, tipo, material do núcleo, quanto ao número de fases, etc.
Quanto a Finalidade:
Transformador de corrente:
Transformador de corrente, ou TC, tem por finalidade detectar ou medir a corrente elétrica que
circula em um cabo ou barra de alimentação, e transforma-la em outra corrente de valor menor,
para ser transmitida a um instrumento de medição ou eletrônico. O TC é muito usado para abaixar
a corrente elétrica da rede para alimentar dispositivos eletrônicos que não suportam grandes
níveis de corrente.
Transformadores de potêncial:
O nome transformador de potêncial (ou TP) denota que está máquina muda os valore de
potencia, mas na verdade ela muda os valores de tensão que entram na bobina primária. A espira
primária recebe a tensão primária e conduz uma corrente primária. Por essa corrente ser
alternada, ela gera uma variação no fluxo magnético no seu interior. Esse fluxo é canalizado pelo
núcleo ferromagnético, e na espira secundária, induzindo uma tensão nesta espira. Se não houver
um circuito fechado ligado à espira secundária, uma corrente induzida será estabelecida.
Transformador de distribuição:
Esse tipo de transformador é empregado principalmente pelas concessionarias distribuidoras de
energia e em usinas geradoras de energia. São usados para a energia gerada até os
consumidores, com valores diferentes do que o gerado, adequado a cada tipo de consumidor.
Podem ser auto protegidos contra sobrecargas e curto circuitos.
Transformadores de Força:
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São usados para geração e distribuição de energia por concessionárias e usinas, e subestações de
distribuição de energia elétrica, e subestações de grandes indústrias, incluindo aplicações
especiais como fornos de indução e a arco, e retificadores.
Transformador elevador e abaixador de tensão:
O valor a qual a tensão será apos sair do transformador está diretamente ligado ao numero de
espiras que cada bobina possui. No caso de um transformador elevador de tensão o número de
espiras da segunda bobina é maior do que o número de espiras da primeira bobina. E no
transformador abaixador, o número de espiras da segunda bobina é menor do que o número de
espiras na primeira bobina.
Quanto ao Tipo:
Número de bobinas:
No caso de transformadores de duas bobinas, é comum chama-las de primárias e secundárias.
Quando há uma terceira bobina, ela se denomina de terciária. Existem também os
transformadores com apenas uma bobina, o chamado autotransformador.
• Material do núcleo:
Ferro magnético:
No caso de um transformador com núcleo de ferromagnético, são usadas chapas de aço
laminadas, no geral chapas de aço de silício, para diminuir as perdas por correntes parasitas.
Núcleo de ar:
Os transformadores com núcleo de ar consistem em na localização das bobinas, que ficam em
contato direto com a atmosfera.
a) Número de fases:
Monofásicos:
Esse tipo de transformador é próprio para alimentação de circuitos de comando ou de uso
industrial. O transformador usado em casas também é o monofásico, ele transforma em 220 V e
220 V em 127 V.
Trifásico:
Esse é o tipo de transformador que vemos nas ruas, ele recebe a tensão da subestação de
distribuição e em um nível de tensão de 13800 V e transforma em 127 V ou 220 V.
Polifásico:
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Possui eficiência relativamente alta, estes transformadores fornecem a tensão para sistemas que
necessitam de mais fases através do sistema trifásico. Esse tipo de transformador varia de 3 a 6
fases. Esses sistemas que necessitam de mais fases são especialmente para retificação de medida
de onda completa devido aos seus componentes
V –TRANSFORMADORES 
5.3 Aplicação 
Os tipos de transformadores mais usados são : 
a) redutor b) isolador c) elevador d) Autotransformador
 Transformador Redutor 
É o transformador que recebe uma maior tensão elétrica (ACV), na bobina chamada de (primária),
já na sua bobina chamada de secundária, existirá uma menor tensão elétrica (ACV), em relação a
tensão que foi aplicada na bobina primária.Ex.: Os transformadores de força dos equipamentos de
som.
Conclusão: Em um trafo redutor vamos encontrar:
Transformador Isolador 
O transformador é chamado “trafo isolador”, quando o enrolamento da bobina do primário, é
totalmente “separado” (isolado), da bobina do secundário.
Ex.: O transformador usado no interior do módulo isolador.
 Transformador elevador 
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Quando a tensão obtida no enrolamento da bobina do secundário, for superior ao valor da tensão
(ACV) que foi aplicada no enrolamento da bobina do primário. Um trafo elevador:
Coclusão: Em um trafo elevador, vamos encontrar:
Autotransformador 
É fabricado de maneira especial: um único enrolamento trabalha como primário e
secundário. Sendo assim, existe um valor de resistência ôhmica, entre a bobina do primário, com
o enrolamento do secundário.
Obs.: O autotransformador pode ser do tipo redutor ou elevador.
Ex.: O transformador usado no estabilizador de tensão, do tipo auto transformado (redutor), isso
se deve principalmente por ser mais econômica a sua fabricação.
VI –SEMICONDUTORES 
A oposição que os materiais têm à passagem da corrente elétrica. Essa resistência tem a
ver com as características atômicas de cada material. Tanto os materiais com grande oposição à
passagem de corrente elétrica quanto os materiais que facilitam essa passagem tem grande
emprego nos circuitos elétricos.
Além destas duas condições citadas, existem materiais que são um meio termo, estes são os
semicondutores! Os materiais semicondutores são sensíveis às condições ambientais, eles
possuem uma resistência elétrica que varia de acordo com a temperatura e com um processo
chamado dopagem.
Em condições químicas normais, os materiais semicondutores não são capazes de conduzir
energia elétrica. A constituição atômica dos semicondutores é tetravalente, o que significa que
possuem apenas quatro camadas de valência, tornando-os elementos não estáveis.
Para tornarem-se condutores, os semicondutores precisam ter seusátomos agrupados, para
ganharem estabilidade. Esse agrupamento ocorre quando existem ligações químicas covalentes,
onde os átomos passam a ter oito elétrons, tornando-se condutores de eletricidade.
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Os semicondutores tornam-se condutores graças à chamada banda proibida intermediária. Essa
camada fica localizada entre a camada de valência e a camada de condução do átomo, região que,
ao receber um campo elétrico, forma uma corrente elétrica.
Desta maneira ocorre a transição do estado isolante para o estado condutor, pois ao receber certa
camada de energia, os elétrons tornam-se livres e vão da camada de valência para a camada de
condução.
Os principais elementos semicondutores são o silício e o germânio, que possuem quatro elétrons
na camada de valência em condições químicas normais.
O silício e o germânio são utilizados para a fabricação de componentes eletrônicos como por
exemplo, os transistores, , microprocessadores, chips, nano circuitos, LEDs, entre outros produtos
tecnológicos presentes em praticamente todos os eletroeletrônicos que utilizamos hoje.
Componentes feitos de materiais semicondutores.
VI –SEMICONDUTORES - 
6.1 – Dopagem
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Como dito anteriormente, o semicondutor torna-se um condutor quando os seus elétrons
se deslocam das camadas. Variar o estado do semicondutor, tornando possível este deslocamento
dos elétrons, é possível de duas formas: variando a temperatura e pelo processo de dopagem.
Variação da temperatura: o silício tem as suas camadas de bandas de valência
preenchidas nas temperaturas mais baixas. Elevando-se a temperatura, estes elétrons
libertam-se da última camada, tornando-se elétrons livres capazes de conduzir a energia
elétrica.
Processo de dopagem: a dopagem acontece quando é adicionada alguma impureza, ou
seja, outro material, ao silício. Com esse processo é possível controlar os portadores de
carga e modificar as propriedades condutoras do material.
6.2 – Cristais N e P
Essa dopagem ainda pode ser dividida em dois tipos, o tipo N (negativo) e o tipo P (positivo).
Dopagem tipo N: A impureza adicionada ao silício pode ser o fósforo ou o arsênio. Esses
elementos possuem cinco elétrons na camada de valência. Os quatro elétrons do silício
não estabelecem ligações com todos os elementos da camada do elemento
acrescentado, desta maneira, sobra um elétron que se caracteriza por possuir carga
negativa, denominando a dopagem como tipo N.
Dopagem tipo P: A impureza adicionada ao silício pode ser o bóhrio ou o gálio. Esses
elementos possuem apenas três elétrons na camada de valência. Os elementos do silício
fazem as ligações com esses três elétrons, mas sobra um espaço. Esse espaço se
caracteriza por possuir carga positiva, denominando a dopagem como tipo P.
Conforme dito anteriormente, o silício e o germânio são exemplos de materiais semicondutores.
Esses materiais são muito usados para construir o diodo semicondutor, elemento fundamental
para os mais diversos circuitos eletrônicos.
VII –DIODO SEMICONDUTOR- 
7.1 - INTRODUÇÃO
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Um diodo é o mais simples , encontrando uma miríade de aplicações nos mais variados
campos da eletrônica, desde áudio e vídeo até eletrônica de potência e aplicações militares.
Quando falamos sobre diodos, na verdade estamos nos referindo a dispositivos semicondutores
conhecidos como Diodos de Junção PN, que são dispositivos compostos por uma junção de duas
camadas, uma de semicondutor tipo N e uma tipo P, geralmente encapsulados em plástico ou em
vidro.
Antigamente, o termo diodo designava um tipo de válvula eletrônica, que ainda existe, mas é
raramente utilizada, encontrando algumas aplicações nos campos de transmissores de RF de alta
potência e equipamentos de áudio profissionais, como amplificadores valvulados para
instrumentos musicais, por exemplo.
Um diodo semicondutor é um dispositivo de dois terminais que permite a passagem de corrente
elétrica apenas em um sentido (chamado de sentido direto), bloqueando-a na direção contrária.
Isso ocorre quando o anodo do diodo possui um potencial aplicado mais positivo do que seu
catodo. Nesta condição, dizemos que o diodo está diretamente polarizado.
Se a polaridade da tensão aplicada for invertida, o diodo estará no estado de polarização reversa,
e a corrente elétrica não fluirá entre seus terminais – até que um determinado limite seja
alcançado.
VII –DIODO SEMICONDUTOR-
7.2 Tipos
Existem diversos tipos de diodos (Figura 1), para os mais diversos tipos de aplicações,
como: o genérico (), o zener (regulador de tensão), o LED (emissor de luz) e o foto-diodo
(receptor de luz). 
VII –DIODO SEMICONDUTOR-
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7.3 Aplicações : 
Os diodos encontram inúmeras aplicações em circuitos eletrônicos, tais como:
Retificação: Um dos usos mais comuns, consiste na conversão de corrente alternada em
corrente contínua em fontes de alimentação
Supressão de picos de tensão: Dispositivos como bobinas, motores e outros indutores podem
gerar um pico de tensão elevado quando ligados ou desligados. Esse pico é chamado de Força
Contra-Eletromotriz, e pode danificar outros componentes presentes no circuito. Neste caso,
um diodo pode ser empregado como shunt (caminho paralelo para a corrente), protegendo o
circuito.
Seleção de Tensão: Circuitos que permitem selecionar um nível de tensão de saída
especificado, utilizando diodos especiais.
Grampeamento de Tensão (Clamp):Circuito que eleva ou abaixa o nível de uma tensão elétrica,
mantendo-a em um nível distinto em relação a um valor de referência.
Multiplicador de Tensão: Os diodos podem ser utilizados para criar circuitos multiplicadores de
tensão, que permitem obter valores de tensão AC duas, três ou mais vezes maiores do que os
níveis em sua entrada. São úteis em dispositivos que necessitem de fontes de alta tensão,
como copiadoras, impressoras, armas de eletrochoque (tasers), entre outras.
Portas Lógicas: são dispositivos que implementam funções lógicas digitais (booleanas) e
tomam decisões baseadas em diferentes combinações de níveis lógicos digitais (0 e 1)
aplicados às suas entradas.
Regulação de Tensão: Diodos são comumente empregados em circuitos reguladores de
tensão, onde uma tensão variável aplicada à sua entrada (até certo ponto) é regulada em um
valor fixo na saída, para alimentar circuitos que necessitem de um valor de tensão com
determinada precisão.
Sinalização Luminosa: Diodos especiais encontram inúmeras aplicações em sinalização
luminosa, como painéis mostradores, sinalização liga/desliga, dispositivos de alerta, entre
outros.
VII –DIODO SEMICONDUTOR-
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7.4 Configuração : 
A Figura abaixo mostra uma relação entre a estrutra do diodo com a do , onde é observada
a organização dos seus materiais semicondutores NP. Em uma análise preliminar da figura pode-se
concluir que nunca haverá condução entre o coletor e o emissor. No entanto, uma pequena
corrente na base do transistor faz com que a corrente possa fluir entre o coletor e o emissor. O
transistor tem dois usos básicos, atuando como amplificador (corrente e tensão) ou como chave
eletrônica (com funcionamento detalhado mais adiante). No atual mundo dos computadores a
funcionalidade de chave eletrônica é muito importante. Para ilustrar esta importância lembramos
que o computador, em seu núcleo, só reconhece dois estados, 0 e 1, materializados eletricamente
por ausência ou presença de corrente.
Se a chave já faz o trabalho, qual o motivo da existência dos transístores? Em um rápido
apanhado histórico destacam-se quatro elementos a chave comum acionada por uma pessoa não
apresenta um tempo de comutação constante (importante para o funcionamento correto do
computador), por isso nos primórdios da computação as chaves comuns acionavam relés (chaves
eletromecânicas) e estes implementavamo binário 0 e 1; ii) como os relés tinham comutação
ainda muito lenta, foram substituídos pelas válvulas (transistores rudimentares), que eram muito
grandes e aqueciam em demasia, danificando (daí o termo queimando) muito rápido; iii) no final
da década de 1940 foi inventado o transístor, que era muito menor e fazia o mesmo serviço com
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um aquecimento bem menor, assim diminuindo o tamanho dos computadores e aumentando o
seu tempo de uso sem apresentar problemas; iv) atualmente os circuitos integrados são
compostos de dezenas a centenas de milhares de transistores montados em pastilhas de silício
menores que uma unha do dedo mindinho. 
VII –DIODO SEMICONDUTOR-
7.5 Junção PN : 
Uma junção P-N é produzida quando dois do e do são ligados de forma que se mantenha
a continuidade do reticulado . Ou seja, não basta apenas colocar em contato íntimo os tipos de
semicondutores, pois além da presença de impurezas e defeitos nas superfícies, existem
também de que cobrem essas superfícies, mudando totalmente a interface dos semicondutores
O de junção é um elemento básico para quase todos os dispositivos semicondutores que usam
uma junção P-N.
A maioria dos dispositivos semicondutores usados em modernos utiliza junções P-N como sua
estrutura fundamental.
História
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Algumas décadas depois da criação do diodo de (1849 - 1945), o
Engenheiro (1898 - 1987), compreendeu que as diferenças causadas nos
detectores de deviam-se a impurezas presentes no , a partir disso ele
utilizou um forno adequado para purificar mais o , seus resultados
mostraram semelhanças em testes de retificação. Entretanto, alguns
obtiveram resultados opostos, que foram classificados em . Diante dessa
descoberta, Ohl foi capaz de fabricar bastões com bordas de de diferentes
tipos para fabricar o primeiro diodo de junção, e também foi capaz de criar
o diodo fotodetector, após perceber que o aparelho era sensível à luz.[3]
O diodo de junção representou um grande avanço para eletrônica, a
junção P-N, e foi fundamental não apenas para o diodo como também
para o desenvolvimento de diversos dispositivos eletrônicos.[4]
Foto de John Ambrose Fleming
Processos de produção da junção P-N
Existem vários processos que garantem a continuidade cristalina entre os lados P e N de
uma junção. Os principais são:
I. Processo de liga: neste método um como o é colocado sobre uma pastilha de
semicondutor () do tipo N e aquecido até 600 °C. Nesta temperatura o índio e dissolve-se no
germânio. Quando um resfriamento lento é feito, o germânio contendo impurezas de índio
começa a se , cristalizando-se na mesma orientação do cristal do substrato. Porém,
diferentemente do substrato (que era do tipo N), a nova região formada é do tipo P (em função
do índio). Na interface entre o substrato não dissolvido e a região recentemente cristalizada surge
uma junção P-N muito bem definida ou abrupta.
II. Processo de difusão: neste método a junção é formada pela de uma impureza (por
exemplo aceitadora) na forma ou para dentro de um substrato semicondutor (por
exemplo doador do tipo N). Quando os da impureza aceitadora penetram o interior do
semicondutor, forma-se primeiramente uma região chamada de intrínseca (onde há uma
compensação das impurezas doadoras do substrato). À medida que as impurezas vão se
acumulando, esta parte do semicondutor vai se tornando do tipo P. A profundidade desta região
depende do e da na qual ocorre a difusão. A interface entre a parte do semicondutor tornada P e
a parte N do substrato que permaneceu não contaminada forma a junção P-N, que é do tipo
gradual.
Barreira interna de potencial
Junção P-N onde nota-se a formação da barreira de potencial após a difusão das cargas.
Quando a junção é formada, ocorre uma difusão de do cristal tipo N ao P e dos (ou lacunas) do
cristal tipo P ao N. Portanto, o material do tipo N que era inicialmente neutro, começa a ficar com
uma deficiência de elétrons e consequentemente com positiva. O mesmo raciocínio vale para o
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Dopagem_eletr%C3%B4nica#Aceitadoras_e_doadoras
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dopagem_eletr%C3%B4nica#Aceitadoras_e_doadoras
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jun%C3%A7%C3%A3o_PN#cite_note-4
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jun%C3%A7%C3%A3o_PN#cite_note-3
lado P da junção, que começa a ficar com carga negativa. À medida que progride o processo de
difusão, a zona de carga espacial vai aumentando sua largura aprofundando-se nos cristais em
ambos os lados da junção. A acumulação de positivos na zona N e de íons negativos na zona P cria
um (E) que atuará sobre os elétrons livres da zona N e sobre os buracos da zona P com uma
determinada que se oporá à de difusão até que um equilíbrio seja atingido.
A região que contém esse átomos ionizados e, portanto, desprovida de cargas livres é chamada
de.
A associada a esse campo é chamada de barreira de potencial.[1]
Essa diferença de potencial está em torno de 0,6 no caso do e 0,3 V se os cristais são de
germânio.[5]
VII –DIODO SEMICONDUTOR-
7.6 Polarização 
Para que um diodo esteja polarizado diretamente, é necessário conectar o polo positivo de
uma ao (zona P) do diodo e o polo negativo ao (zona N).[6] Nestas condições podemos observar
que:
I. O polo negativo da bateria repele os elétrons livres do cristal N, de maneira que estes
elétrons se dirigem à junção P-N.
II. O polo positivo da bateria atrai os elétrons de valência do cristal P, isto é equivalente a
dizer que empurra as lacunas para a junção P-N.
III. Quando a diferença de potencial entre os bornes da bateria é maior que a diferença de
potencial na zona de carga espacial P, os elétron livres do cristal N, adquirem a energia suficiente
para saltar até as lacunas do cristal P, as quais previamente foram deslocadas para a junção P-N.
IV. Uma vez que um elétron livre da zona N salta à zona P atravessando a zona de carga
espacial, cai em uma das muitas lacunas da zona P convertendo-se em elétron de valência. Uma
vez que isto ocorre o elétron é atraído pelo polo positivo da bateria e se desloca de átomo em
átomo até chegar ao final do cristal P, através do qual introduz-se no fio condutor e chega à
bateria.
Neste caso, a bateria diminui a barreira de potencial da zona de carga espacial (cedendo elétrons
livres à zona N e atraindo elétrons de valência da zona P), permitindo a passagem da corrente de
elétrons através da junção; isto é, o diodo polarizado diretamente conduz a eletricidade.
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Jun%C3%A7%C3%A3o_PN#cite_note-Kittel-6
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jun%C3%A7%C3%A3o_PN#cite_note-Cipelli-5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jun%C3%A7%C3%A3o_PN#cite_note-Pierce-1
Polarização inversa da junção P-N
Na polarização inversa, o polo negativo da bateria é conectado à zona P e o polo positivo à
zona N, o que faz aumentar a zona de carga espacial, e a tensão nesta zona até que se alcance o
valor da tensão da bateria.[6]
a) O polo positivo da bateria atrai os elétrons livres da zona N, os quais saem do cristal N e se
introduzem no condutor no qual se deslocam até chegar à bateria. A medida que os elétrons livres
abandonam a zona N, os átomos que antes eram neutros, ao verem-se desprendidos de seus
elétrons no orbital de condução, adquirem estabilidade (8 elétrons na camada de valência, ver e
átomo) e uma carga elétrica líquida de +1, o que os faz converterem-se em positivos.
b) O polo negativo da bateria cede elétrons livres aos átomos da zona P. Recordemos que
estes átomos só têm três elétrons de valência, e uma vez que tenham formado as ligações
covalentes com os átomos de silício, têm somente 7 elétrons de valência, sendo o elétrons que
falta denominado lacuna Acontece que quando estes elétrons livres cedidos pela bateria entram
na

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