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Answer Key for Exam A Problemas (10 pontos cada) Resolva 3 dos 4 problemas com o maior detalhamento possível. Utilize esboços/desenhos para mostrar o seu raciocínio. Certifique-se de incluir todo o seu trabalho. Caso sua solução não esteja totalmente correta, você receberá crédito parcial. 1. A caminhonete carregada, que possui uma massa de 2000 kg com centro de massa em G1, está pu- xando o reboque de 800 kg com centro de massa em G2. Enquanto desce uma inclinação de 10%, o motorista aciona os freios e diminui a velocidade de 80 km/h para 55 km/h em um intervalo de tempo de 10 segundos. Para esse intervalo, calcule as componentes x e y da força exercida sobre o engate do reboque em D pela caminhonete. Encontre também a força normal correspondente sob cada par de rodas em A e B. Despreze o efeito da rotação das rodas. Answer: Iniciamos calculando a (des)aceleração da caminhoneta usando M.R.U.V. (Movimento Re- tilíneo Uniformemente Acelerado): v = v0 − a · t (1) 55000 m 3600 s = 80000 m 3600 s − a · 10 s (2) a = 0, 694 m/s2 (3) Análise do D.C.L. da caminhoneta: ∑ Fx = M · a (4) Ou, Mg sen θ − Dx − F = M a (5) F + Dx = M (g sen θ − a) (6) F + Dx = (2000 kg) ( 9, 8 m/s2 sen 5, 71o − 0, 694 ) (7) 2 Answer Key for Exam A Answer: F + Dx = 562, 1 N (8) Na direção y: ∑ Fy = NA + NB − Mg cos θ − Dy = 0 (9) NA + NB − Dy = 19502, 75 N (10) Fazendo somatório de momentos em relação à D para eliminar a força do engate temos: ∑ MD = 0 (11) A figura abaixo esquematiza as forças relevantes para o momento de forças em torno de D. Escrevendo os termos: Mg cos θ · (1550 + 1200) 1000 + Mg sen θ (600 − 450) 1000 + F · 450 1000 (12) − NA (1450 + 1550 + 1200) 1000 − NB (1200) 1000 = 0 (13) 53632, 56 Nm + 2940 Nm = 4, 2 NA + 1, 2 NB − 0, 45 F (14) 3 4, 2 NA + 1, 2 NB − 0, 45 F = 56572, 56 Nm (15) Análise do D.C.L. da carreta: ∑ Fx = m aG2 (16) Dx + mg sen θ = −m aG2 (17) Dx = −m (a + g sen θ) (18) Dx = − (800 kg) (0, 694 + 9, 8 sen 5, 71o) (19) Dx = −1335, 2 N → (20) Agora na direção y: ∑ Fy = 0 : Dy + NC − mg · cos θ = 0 (21) Dy + NC = 7801, 1 N (22) Dy = 343, 2 N ↑ (23) Obtendo momentos de força em relação a D agora: ∑ MD = 0 (24) NC 1250 1000 + mg sen θ 550 1000 − mg cos θ 1250 1000 = 0 (25) NC (1, 25) = (800 kg) ( 9, 8 m/s2 ) (1, 25 cos θ − 0, 55 sen θ) (26) 1, 25 NC = 9322, 36 (27) NC = 7457, 9 N ↑ (28) 4 { NA + NB = 19845, 95 N × (−1, 2) 4, 2 NA + 1, 2 NB = 57426, 36 N { −1, 2 NA − 1, 2 NB = −23815, 14 N 4, 2 NA + 1, 2 NB = 57426, 36 N E somando as equações temos 3 NA = 33.611, 22, ou NA = 11.203, 74 N e NB = 8.642, 21 N . 2. O componente de máquina de 250 kg mostrado na figura é confeccionado fazendo-se um furo fora de centro, com diâmetro de 160mm através do cilindro homogêneo com 400mm de diâmetro e 350mm de comprimento. Determinar (1) Ix, o momento de inércia do componente em relação ao eixo x; e (2) k̄x, o raio de giração do componente ao redor de seu eixo central x. Answer: O componente de máquina da figura pode ser visto como a diferença entre dois cilindros homogêneos, o externo propriamente dito e o furo. A massa específica do componente é dada por: ρ = M π ( RA 2 − RB2 ) h = 250 kg π (0, 202 − 0, 082) (0, 35) = 6767 kg/m 3 (29) E assim podemos calcular as massa de cada cilindro “cheio”: MA = ρ π RA 2 h = (6767) π (0, 20) 2 (0, 35) = 297, 6 kg (30) MB = ρ π RB 2 h = (6767) π (0, 08) 2 (0, 35) = 47, 6 kg (31) E verificamos os cálculos, pois MA − MB = 250 kg, ok! Do formulário fornecido, a expressão para o momento de inércia ao redor de eixo central x é: Ix = 1 12 M ( 3R2 + h2 ) (32) Então: (Ix)A = 1 12 MA ( 3RA 2 + h2 ) = 1 12 (297, 6) ( 3 · 0, 22 + 0, 352 ) = 6, 014 kg m2 (33) (Ix)B = 1 12 MA ( 3RB 2 + h2 ) = 1 12 (47, 6) ( 3 · 0, 082 + 0, 352 ) = 0, 562 kg m2 (34) 5 Answer: Para ambos cilindros, a distância entre os eixos paralelos x e x′ é a metade da altura h/2, isto é, 0, 175 m. Então: (Ix)A = (Ix)A + MA dA 2 = 6, 014 + 297, 6× 0, 1752 = 15, 128 kg m2 (35) (Ix)B = (Ix)B + MB dB 2 = 0, 562 + 47, 6× 0, 1752 = 2, 020 kg m2 (36) E o momento de inércia do componente é: Ix = (Ix)A − (Ix)B = 15, 128 − 2, 020 = 13, 108 kg m2 (37) Por simetria, as coordenadas x− e z− do centro de massa do componente são: x = 0 (38) z = −0, 175 m (39) A coordenada y é calculada por: y = MA yA − MB yB M = (297, 6) (0) − (47, 6) (−0, 11) 250 (40) y = 0, 02094 m (41) E o momento de inércia em relação a um eixo central x pode agora ser calculado pelo teorema dos eixos paralelos: Ix = Ix − My2 = 13, 108 − 250 (0, 021)2 (42) Ix ≈ 13 kg m2 (43) E o raio de giração correspondente é: kx = √ Ix M = √ 13 250 = 0, 2191 m (44) 3. O centro O do disco possui a velocidade e a aceleração indicadas na figura. Se o disco rola sem deslizar sobre a superfície horizontal, determine a aceleração de A e a velocidade de B para o instante repre- sentado. Answer: Tendo em vista que a velocidade do centro O é conhecida (figura), podemos obter a veloci- dade angular do disco como: v0 = ω · R (45) Onde R é o raio do disco (R = 0, 4 m). Então a velocidade angular ω é igual a v0/R, isto é, ω = 3 m/s 0,4 m = 7, 5 rad/s, no sentido horário de giro. Para obter a velocidade do ponto B do disco, vamos utilizar o centro instantâneo de rotação no ponto de contato com a superfície (ponto I). Poderíamos também obter através do vetor fixo entre o centro O e o ponto B. A distância entre I e B, (raio de giro instantâneo do ponto B) é obtida por: 6 Answer: IB 2 = R2 + ( R 2 )2 = 5 R2 4 (46) IB 2 = 5 4 · (0, 4 m)2 = 0, 2 m2 (47) IB = 0, 4472 m (48) Agora vB pode ser calculado: 7 vB = ω IB (49) vB = (7, 5 rad/s) (0, 4472 m) (50) vB = 3, 354 m/s (51) Em forma vetorial, ~vB pode ser escrito como: ~vB = vB ( +cos θ î − sen θ ĵ ) (52) onde θ = arc tan ( 1 2 ) . Então: ~vB = (3, 54 m/s) ( 0, 8944 î − 0, 4472 ĵ ) (53) ~vB = 3 î − 1, 5 ĵ m/s (54) Agora a aceleração do ponto A. Aqui utilizamos o vetor fixo entre o centro do disco O e o ponto A, e, após derivar no tempo a expressão vetorial da velocidade de A em relação a O, obtemos a seguinte expressão: Figura 1: Vetores aceleração. ~aA = ~aO + ~α× ~ρOA + ~ω × (~ω × ~ρOA) (55) O vetor fixo entre O e A pode ser expresso como: ~ρOA = R ( −cos 45o î + sen 45o ĵ ) (56) ~ρOA = (0, 4 m) ( − √ 2 2 î + √ 2 2 ĵ ) (57) ~ρOA = − ( 0, 2 √ 2 ) ( î − ĵ ) (58) Para obter ~α, a aceleração angular do disco, relacionamos o centro instantâneo de velocidade, ponto I, com o ponto A, pois sabe-se que o ponto I tem aceleração vertical para cima com magnitude igual à componente radial de aceleração, isto é, ω2 R, onde R é a distância entre I e O. Assim: 8 ~aO = ~aI + ~α× ~ρIO + ~ω × (~ω × ~ρIO) (59) −5 î = (7, 5)2 (0, 4) ĵ + α k̂ × 0, 4 ĵ − 7, 5 k̂ × ( −7, 5 k̂ × 0, 4 ĵ ) (60) −5 î = 22, 5 ĵ − 0, 4 α î − 7, 5 k̂ × 3 î (61) −5 î = 22, 5 ĵ − 0, 4 α î − 22, 5 ĵ (62) α = 5 0, 4 = 12, 5 rad/s (63) Sendo a aceleração angular α no sentido anti-horário de giro. Podemos agora voltar para a expressão da aceleração do ponto A em relação a O e escrever: ~aA = −5 î + 12, 5 k̂ × −0, 2 √ 2 ( î − ĵ ) − 7, 5 k̂ × [ −7, 5k̂ × −0, 2 √ 2 ( î − ĵ )] (64) ~aA = −5 î − 3, 536 ĵ − 3, 536 î − 7, 5 k̂ × ( 2, 121 ĵ + 2, 121 î ) (65) ~aA = −5 î − 3, 536 ĵ − 3, 536 î + 15, 91 î − 15, 91 ĵ (66) ~aA = (−5 − 3, 536 + 15, 91) î + (−3, 536 − 15, 91) ĵ (67) E, finalmente, ~aA = +7, 374 î − 19, 266 ĵ m/s2 (68) Ou, em módulo, aA = 20, 63 m/s 2. 4. O ciclista mostrado pedala regularmente para manter uma velocidade constante de 12 km/h em opo- sição a uma leve brisa frontal. Calcule o módulo da velocidade absoluta do pedal em A, quando está alinhado horizontalmente a frente. Answer: Analisando o movimento do pedal em relação ao centro O da coroa (engrenagem maior onde o pedal está fixado) podemos expressar a velocidade do pedal como: ~vA = ~vO + ~vA/O (69) Com ~vO = +(12 km/h) î e ~vA/O = ~ω × ~ρOA, sendo que ~ρOA= (0, 16 m) î. 9 Answer: Figura 2: Diagrama cinemático para o pedal. Analisando o movimento da roda traseira, sabemos que a velocidade angular da mesma é também a velocidade angular do pinhão (engrenagem menor fixa à roda traseira). Como o centro da roda traseira tem a mesma velocidade de 12 km/h, podemos obter esta velocidade angular, aplicar para o pinhão, e calcular então a velocidade (linear) da corrente. Isto permitirá obter a velocidade angular da coroa, única incógnita faltante para obter a velocidade absoluta do pedal em A. Figura 3: Esquema da roda traseira. Então: v0 = ωT (0, 66 m) (70) ωT = 12 km/h 0, 66 m (71) ωT = 5, 051 rad/s (72) E a velocidade na engrenagem traseira: vT = ωT ( 70 mm 2 ) = (5, 051 rad/s) (0, 035 m) = 0, 1768 m/s (73) Agora obtemos a velocidade angular da engrenagem dianteira (coroa): vC = vT = ωC · ( 170 mm 2 ) (74) ωC = 0, 1768 m/s 0, 085 m = 2, 08 rad/s (75) Então ~ω = −2, 08 k̂ rad/s y. E: ~vA/O = −2, 08 k̂ × 0, 16 î (76) ~vA/O = −0, 333 ĵ ↓ m/s (77) E, finalmente: 10 ~vA = 3, 33 î − 0, 333 ĵ (78) |~vA| = 3, 35 m/s. 11 Informações úteis Descrição Símbolo/Expressão Valor a ser usado Mov. Retilíneo Unif. Acelerado v = v0 + a t para a constante Comprimento de arco s = r θ θ em rad Velocidade circular v = r ω ω em rad/s Aceleração tangencial at = r α α em rad/s 2 Aceleração radial ar = ω 2 r = v 2 r ω em rad/s Teorema de Chasles ~VB = ~VA + ~ωAB × ~ρAB velocidades Derivada Vetor Fixo ~̇ρAB = ~ωAB × ~ρAB ~ρAB é vetor fixo Momento de Inércia IG = 1 12 M ( 3R2 + h2 ) para cilindro, M é massa, R é o raio e h altura Teo. Eixos Paralelos I = IG + M d 2 d é distância entre eixos paralelos Raio de giração I = M k2 I mom. de inércia; M massa, e k raio de giração Segunda Lei de Newton ∑ ~F = M~aG aG aceleração do centro de massa do corpo rígido Momento de força ∑ ~M = IG ~α α aceleração angular do corpo rígido Lei dos Senos asen A = b sen B = c sen C a, b e c lados; A, B e C ângulos opostos Lei dos Cossenos a2 = b2 + c2 − 2 (b c) cos θ θ ângulo entre lados b e c 12
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