Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16007 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. Plantas medicinais e a doença de Alzheimer Medicinal plants and Alzheimer's disease DOI:10.34117/bjdv8n3-033 Recebimento dos originais: 24/02/2022 Aceitação para publicação: 04/03/2022 Ana Luiza de Castro Viero Graduação em Biologia, ensino superior Instituição :Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR Endereço : Rua Curupis, 1634 - Portão, Curitiba-PR E-mail: ana.lcastroviero@gmail.com Patrícia Andréia Dombrowski Doutora Instituição : Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR Endereço : Rua Clevelândia, 292, Ap 604, CEP:83.030-580, Bairro Silveira da Motta, São José dos Pinhais - PR E-mail: paty.ad@uol.com.br ou patricia.dombrowski@pucpr.br RESUMO Com o aumento da expectativa de vida a frequência de pessoas com doenças degenerativas também se eleva. O Alzheimer, considerada uma das causas de demência mais comuns atualmente, leva a distúrbios cognitivos, mudança de personalidade e ao comprometimento de atividades básicas diárias. Sendo uma doença progressiva e irreversível, pesquisadores trabalham constantemente em busca de tratamentos alternativos que auxiliem os pacientes, como a fitoterapia. Portanto, o presente estudo tem como objetivo demonstrar a eficácia do tratamento fitoterápico em pacientes com Alzheimer. Caracterizada principalmente pela presença de emaranhados neurofibrilares e placas amiloides que resultam na perda sináptica e morte celular, o tratamento com fitoterápicos pode trazer resultados promissores, como no uso da Cannabis sativa (maconha), Curcuma longa (açafrão-da-terra), Huperzia serrata, Paullinia cupana (guaraná) e Vitis vinifera (videira). No entanto estudos direcionados e padronizados devem continuar sendo feitos para a obtenção de resultados mais concretos e viáveis para os pacientes. Palavras-chave: demência, fitoterapia, neurodegenerativa, tratamento. ABSTRACT As life expectancy increases, so does the frequency of people with degenerative diseases. Alzheimer's, considered one of the most common causes of dementia today, leads to cognitive disorders, personality change, and impairment of basic daily activities. Being a progressive and irreversible disease, researchers are constantly working in search of alternative treatments that help patients, such as herbal medicine. Therefore, the present study aims to demonstrate the efficacy of herbal treatment in patients with Alzheimer's disease. Characterized mainly by the presence of neurofibrillary tangles and amyloid plaques that result in synaptic loss and cell death, the treatment with herbal medicines can bring promising results, as in the use of Cannabis sativa (marijuana), Curcuma longa Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16008 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. (turmeric), Huperzia serrata, Paullinia cupana (guarana), and Vitis vinifera (grape). However targeted and standardized studies should continue to be done for more concrete and feasible results for patients. Keywords: dementia, phytotherapy, neurodegenerative, treatment. 1 INTRODUÇÃO Estamos vivendo um período em que a expectativa de vida encontra-se altíssima comparada aos anos que nos antecedem. E a cada dia que passa essa expectativa aumenta e com ela a frequência de pessoas com doenças crônicas degenerativas, como a Doença de Alzheimer (DA), em idosos (Santana et al., 2018). Considerada uma das causas mais comuns de demência nos dias atuais (Falco et al., 2015 e Araújo et al., 2019) a DA, antigamente conhecida como mal de Alzheimer, foi caracterizada pelo psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer, no ano de 1906 (Penido et al., 2017). Atualmente podemos diferenciar a DA em duas formas, a DA de início tardio e a de início precoce, ambas definidas pelas mesmas características patológicas. A DA precoce, também conhecida como FAD (Familial Alzheimer’s Disease, no inglês) é a forma mais rara da doença, representa de 1% a 6% dos casos registrados de DA, surgindo antes dos 60 anos de idade por motivo de um forte componente genético através da "transmissão mendeliana autossômica dominante" (Falco et al., 2015), marcado por problemas relacionados a três genes, a própria proteína precursora amiloide (APP), e aos genes da presenilina (PSEN1 e PSEN2) que causam a produção de proteínas anormais (Reitz et al., 2011 e Araújo et al., 2019). Já a tardia ou esporádica, conhecida como LOAD (Late Onset Alzheimer’s Disease, no inglês), é a forma mais comum da doença, caracterizada pelo aparecimento após os 60 anos (Falco et al., 2015), todavia suas causas ainda não foram bem estabelecidas, mas provavelmente é resultado de um conjunto de fatores na vida do paciente e até mesmo de fatores genéticos que somados aumentam o risco do aparecimento da doença na velhice (Araújo et al., 2019). O esquecimento é uma consequência do envelhecimento, contudo, a característica neurodegenerativa progressiva e irreversível da DA é severa, e leva à demência, perda de memória, e a diversos distúrbios cognitivos e a uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos que acarreta em mudança de personalidade, além do https://www.nature.com/articles/nrneurol.2011.2#auth-Christiane-Reitz Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16009 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. comprometimento progressivo de atividades cotidianas básicas (Miranda et al., 2020). Isso ocorre devido a alterações bioquímicas e neuropatológicas que a doença traz consigo resultando na inflamação do tecido neural, mudanças estruturais que incluem os emaranhados neurofibrilares, composto pela proteína Tau hiperfosforilada (Voulgaropoulou et al., 2019), alterações no metabolismo amiloide, perdas sinápticas e morte neural (Ministério da Saúde, 2013). A proteína Tau é uma proteína de suma importância para a homeostase neural, ela pertence à família de proteínas associadas aos microtúbulos. São proteínas encontradas na parte interna dos neurônios, tendo como função estabilizar os microtúbulos, que formam o citoesqueleto da célula, através da agregação da α-tubulina e β-tubulina, possibilitando o transporte axonal (Josviak et al., 2015). Em geral um cérebro sadio possui a proteína Tau com dois grupos fosfato por molécula, já em um cérebro com DA são encontrados mais grupos fosfatos (6 à 8), ou seja, a fosforilação anormal ou hiperfosforilação da Tau compromete sua capacidade de ligação com a tubulina, desestabilizando a estrutura dos microtúbulos e consequentemente as células neurais (Josviak et al., 2015). Acerca dessas patologias que a DA promove foram escolhidas 5 plantas de diferentes famílias para esse estudo e a avaliação de seu favorecimento em relação à saúde de pacientes com DA. Cannabis sativa, ou maconha, pode atuar na recuperação da memória, como neuroprotetor e limitando a neurodegeneração, além de ações anti- inflamatórias (Barbosa et al., 2020 ). Curcuma longa, ou açafrão-da-terra, que apresenta ação anti-inflamatória e antioxidante, agindo no equilíbrio do estresse oxidativo (Voulgaropoulou et al., 2019). Huperzia serrata é conhecida por sua capacidade de aliviar dor e por apresentar uma potente ação inibitória sobre a acetilcolinesterase (AchE) (Wu et al., 2011). Vitis vinifera, a uva, é destacada por sua ação anti-inflamatória (Oliveira et al., 2017) e antioxidante (Pesco et al., 2012). Paullinia cupana, mais conhecida como guaraná, a partir de seu extrato hidroalcoólico (GHE) mostra uma redução na agregação do peptídeo beta-amilóide (Aβ) [sic] (Boasquívis et al., 2018) e é considerada um estimulante natural para o sistema central (Santana et al., 2018). Posto isso,o Ministério da Saúde conclui que para melhores resultados é essencial que a doença seja detectada em seus estágios iniciais (Ministério da Saúde, 2013). Portanto, sabendo que a DA é uma doença que sempre será estudada, em busca de novos meios que auxiliem seus portadores, o mundo vem abrindo portas para outros caminhos, além dos fármacos, como a estimulação do cérebro a partir de atividades cotidianas https://www.sciencedirect.com/topics/neuroscience/tau-protein https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6073/5023 https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/acetylcholinesterase http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/mostras/vi_mostra/danielle_cristina_sampaio_pesco_2.pdf Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16010 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. frequentes que promovam a reabilitação cognitiva e uma melhora de vida mesmo que de forma indireta, como atividade física, arteterapia, musicoterapia, fisioterapia, fonoaudioterapia, terapia nutricional, terapia ocupacional e psicoterapia (Ministério da Saúde, 2020). Todavia, observa-se nas últimas décadas o crescimento da investigação científica em outra área, na Fitoterapia, que há milênios utiliza plantas medicinais como terapia alternativa e complementar no tratamento de doenças e sintomas (Oliveira et al., 2017). Essa busca por tratamentos complementares e alternativos é fundamental, tendo em vista o crescente número de indivíduos acometidos por estágios cada vez mais graves da doença (Oliveira et al., 2017). Segundo o Ministério da Saúde, a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que foi criada em 2006, propõe inserir plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à Fitoterapia no Sistema de Saúde (SUS), com segurança, eficácia e qualidade para a comunidade, junto à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, já disponibilizando alguns medicamentos para a população (Ministério da Saúde, 2015). Melhor dizendo, é comprovada a eficácia e segurança destes para a saúde, sendo todos controlados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelas Vigilâncias Sanitárias Municipais e Estaduais (Ministério da Saúde, 2015). Além de apresentarem efeitos colaterais reduzidos, sendo uma fonte mais saudável e que exibe um custo de mercado mais acessível para a população (Santana et al., 2018). O tratamento da DA se baseia atualmente na restauração da função colinérgica (Morais et al., 2013), ou seja, no objetivo de estabilizar os níveis de acetilcolina (ACh) e prolongar sua meia-vida nas fendas sinápticas para manter a neurotransmissão em partes importantes do cérebro (Ministério da Saúde, 2013), isto é, a ACh é um neurotransmissor essencial para a memória saudável, sendo um dos mais importantes em funções neurológicas. E para que ocorra uma menor porcentagem de degradação de ACh é promovido o aumento da concentração de inibidores de AChE, enzima responsável pela degradação da ACh (Penido et al., 2017). Um viés de prevenção muito utilizado quando o assunto é doença degenerativa é a recomendação de dietas ricas em antioxidantes ou o uso de plantas antioxidantes a partir de tratamentos fitoterápicos. Isso ocorre devido ao estresse oxidativo, que é um importante representante causador da DA. Esse estresse leva ao aumento dos níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), além da própria velhice que também favorece essa elevação (Rapaka et al., 2019). Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16011 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. Observa-se também uma diminuição na prevalência de doenças degenerativas como essa em indivíduos que costumam manter dieta constituída principalmente por alimentos naturais, que comportam compostos fenólicos (ácidos fenólicos e flavonóides), vitamina C, vitamina E, selênio e carotenóides que apresentam atividade antioxidante, presente em frutas e cereais (Penido et al., 2017) [sic]. Em síntese, a DA é uma doença sem cura, sendo assim, a melhor saída é a prevenção e retardo do aparecimento dos sintomas da doença (Santana et al., 2018), para que o paciente passe por esse processo da melhor forma possível. Como mencionado anteriormente, a expectativa de vida vem aumentando e com isso a quantidade de idosos acometidos pela DA. A utilização da fitoterapia como ponto principal do estudo tem por finalidade salientar que o uso de plantas como terapia alternativa e complementar promove uma melhora na qualidade de vida do paciente. Com a análise feita em diferentes bancos de dados foi possível destacar algumas plantas, que já foram muito estudadas como fitoterápicas em relação a DA, plantas que trazem consigo propriedades específicas que podem tratar ou diminuir o avanço da doença. Portanto, o presente estudo tem como objetivo entender a ação benéfica de plantas medicinais como Cannabis sativa (maconha), Curcuma longa (açafrão-da-terra), Huperzia serrata, Paullinia cupana (guaraná) e Vitis vinifera (videira), no tratamento da Doença de Alzheimer. Visto isso, temos como objetivo geral da pesquisa demonstrar a eficácia do tratamento fitoterápico em pacientes com DA através de uma revisão de literatura, buscando compreender a doença de Alzheimer e seus sintomas, identificar os componentes presentes nas plantas selecionadas que ajudarão no tratamento ou prevenção da DA e analisar o efeito benéfico das plantas selecionadas. 2 MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de um estudo de revisão em periódicos a partir do levantamento de dados entre os meses de setembro de 2020 e agosto de 2021. Foram coletados dados em sites e revistas científicas, publicados posteriormente ao ano de 2011. Foram pesquisados em buscadores de pesquisas científicas, sites e revistas, como do Ministério da Saúde, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Fitos, Revista Brasileira de Plantas Medicinais, LILACS, PubMed, NCBI, entre outros. Para o início da busca foram utilizados descritores como “Doença de Alzheimer”, “tratamentos alternativos para doença de Alzheimer”, “fitoterapia e a doença de Alzheimer”, “plantas medicinais e a Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16012 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. doença de Alzheimer”, “terapias complementares para pacientes com a doença de Alzheimer”, “terapia complementar para a doença de Alzheimer” e “herbal treatment for Alzheimer’s disease”, “plantas com função colinérgica", “Huperzia serrata and Alzheimer’s disease”, “Paullinia cupana e a doença de Alzheimer”, “Cannabis sativa no tratamento de doenças degenerativas”, “Curcuma longa no tratamento de Alzheimer”, “ação do resveratrol presente em Vitis vinifera” etc. Foram utilizados artigos em português e inglês, todos disponíveis por completo e gratuitamente. Após a seleção de alguns artigos a partir do título, foram analisados posteriormente a partir de seus resumos e, após a seleção, foram lidos na íntegra para a elaboração do projeto. Todos relacionados ao tema “uso de plantas medicinais como tratamento alternativo e complementar de pacientes com doença de Alzheimer”, sendo escolhidas algumas plantas medicinais como foco para exemplificar seus efeitos positivos sobre os pacientes. Sendo esses exemplares selecionados com base na pesquisa bibliográfica. 3 DESENVOLVIMENTO 1 DADOS Dentre os artigos analisados usando descritores relacionados à doença e as plantas selecionadas foi possível encontrar alguns artigos que apresentavam sua própria coletânea de plantas medicinais, analisando suas propriedades terapêuticas. Alguns desses artigos abordavam as plantas selecionadas nesse estudo de forma básica e foram utilizados para o início da coleta de dados. Em seguida foram coletados artigos específicos relacionadosa cada uma das 5 plantas selecionadas (tabela 1) e consideradas suas principais propriedades (tabela 2). Tabela 1: plantas selecionadas Família Nome científico Nome popular Cannabaceae Cannabis sativa maconha Zimgiberaceae Curcuma longa açafrão -da-terra, gengibre amarela Lycopodiaceae Huperzia serrata huperzia Sapindaceae Paullinia cupana guaraná Vitaceae Vitis vinifera videira Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16013 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. Tabela 2: principais propriedades das plantas selecionadas Principais propriedades citadas Cannabis sativa Curcuma longa Huperzia serrata Paullinia cupana Vitis vinifera Antioxidante X X X Anti-inflamatório X X X Neuroprotetor X X X Anti-AChE (inibição) X X Estimulante para SNC X 2 A DA São sugeridas atualmente duas principais hipóteses para tentar explicar a etiologia da DA, a hipótese da cascata amiloide e a hipótese colinérgica (Delanogare et al., 2019). A hipótese da cascata amiloide pode ser explicada pelo desequilíbrio na produção e depuração do peptídeo Aβ, produto da clivagem proteolítica anormal da proteína precursora amiloide (APP), que logo gera a agregação espontânea desses peptídeos gerando as placas amiloides ou senis, localizadas na parte externa dos neurônios, que culminam em uma disfunção sináptica e morte celular (Delanogare et al., 2019; Falco et al., 2015). Já a hipótese colinérgica é sustentada pela disfunção do sistema colinérgico que apresenta uma diminuição na concentração da colina acetiltransferase (ChAT), enzima responsável pela síntese do neurotransmissor ACh (Falco et al., 2015), além da diminuição de ACh devido à disfunção dos microtúbulos que a levam até o botão sináptico, também resultando em falhas sinápticas. Basicamente essa patologia é originada devido a um conjunto de eventos iniciados com o processamento de proteínas do sistema nervoso central (SNC) e atividades fisiológicas sendo realizadas de forma inapropriada, gerando produtos clivados de forma incorreta, que acabam se acumulando e se tornando tóxicos para os neurônios. Resultando na perda de neurônios e consequentemente massa encefálica, em áreas como no hipocampo, que é responsável pela memória, e no córtex cerebral, que é responsável pela fala, raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamentos (Barbosa et al., 2020). 3 PLANTAS, SEUS COMPONENTES E SUAS PROPRIEDADES 3.1 CANNABIS SATIVA (MACONHA) A espécie Cannabis sativa, pertencente à família Cannabaceae, possui inúmeras substâncias em sua composição, contudo duas delas são destacadas por suas ações Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16014 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. terapêuticas, o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), dois tipos de canabinóides [sic] (Barbosa et al., 2020). Devido a sua capacidade de transitar livremente através da barreira hematoencefálica, estrutura que envolve os vasos sanguíneos do SNC a fim de proteger contra substâncias tóxicas, a molécula de CBD (Barbosa et al., 2020) atua diretamente no tecido cerebral como agente neuroprotetor, anti-inflamatório e antioxidante (Filho et al., 2019). Alguns autores ainda descrevem que o CBD pode reduzir a hiperfosforilação da proteína Tau, (Cassano et al., 2020; Filho et al., 2019) ao reduzir a expressão de genes que codificam quinases, que são responsáveis pela fosforilação da proteína Tau, evitando assim a formação dos emaranhados neurofibrilares (Cassano et al., 2020). Alguns estudos também mostraram uma ação de neurogênese no hipocampo de roedores em experimentos in vivo (Filho et al., 2019; Pellati et al., 2018). Ademais, em um estudo in vitro utilizando células de neuroblastoma humano SH-SY5Y, foi observada a indução da ubiquitinação da APP pelo CBD, reduzindo a produção do peptídeo Aβ e a apoptose neural através da ativação do receptor nuclear PPAR γ (Pellati et al., 2018). Já o Δ⁹-THC, o THC mais psicoativo encontrado na Cannabis sativa, demonstrou em análises a redução da agitação e da atividade motora involuntária em pacientes com DA (Filho et al., 2019). 3.2 CURCUMA LONGA (AÇAFRÃO-DA-TERRA) A espécie Curcuma longa pertence à família Zimgiberaceae, ela é destacada por seus componentes conhecidos como curcuminoides que estão concentrados nos rizomas da planta e atuam no controle da liberação da proteína beta-amilóide [sic], mas principalmente a curcumina, que resultou em diversos estudos voltados para a área terapêutica (Silva & Biegelmeyer, 2020). Contudo essa substância traz consigo um grande obstáculo frisado por muitos autores, ela apresenta uma baixa biodisponibilidade devido a sua característica hidrofóbica, o que dificulta sua absorção pelos organismos a serem tratados, levando a resultados clínicos não significativos em muitos casos (Silva & Biegelmeyer, 2020; Santos et al., 2019; Costa et al., 2019; Voulgaropoulou et al., 2019). No entanto, ainda demonstra potencial terapêutico elevado como demonstrado em experimentos devido a sua ação anti-inflamatória e antioxidante, agindo no equilíbrio do estresse oxidativo através da eliminação de radicais livres (Voulgaropoulou et al., 2019). Além de sua ação direta nas placas amilóides [sic], nas quais a curcumina se liga Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16015 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. diminuindo sua toxicidade e inicia sua degradação, demonstrando sua capacidade em prevenir o declínio cognitivo de pacientes com DA (Voulgaropoulou et al., 2019). 3.3 HUPERZIA SERRATA (HUPERZIA) A espécie Huperzia serrata, da família Lycopodiaceae, é uma planta de origem asiática muito utilizada pela medicina chinesa devida a sua capacidade de aliviar a dor (Wu et al., 2011; Jaswinder et al., 2016). Um de seus compostos ativos mais analisados é a huperzine A (Hup A) que apresenta uma propriedade potente de inibição da AchE (Wu et al., 2011; Jaswinder et al., 2016), além de apresentar uma boa penetração na barreira hematoencefálica que favorece o tratamento de doenças como a DA, ter efeitos neuroprotetores sobre células expostas a altas concentrações de glutamato (Florien, 2016), regula atividade de enzimas antioxidantes, elimina EROs e atua na modulação do processamento da APP reduzindo a produção do peptídeo Aβ (Wu et al., 2011). 3.4 PAULLINIA CUPANA (GUARANÁ) A espécie Paullinia cupana, da família Sapindaceae, é uma planta caracterizada por ser estimulante do SNC popularmente, possuindo em sua composição uma alta concentração de cafeína, em torno de 3-6%, e também de polifenóis [sic] ou saponinas (Santana et al., 2018; Oliveira et al., 2017). Outro ponto importante do guaraná é que ele apresenta uma ação inibidora da AChE com uma capacidade de aproximadamente 65% de inibição da atividade enzimática (Santana et al., 2018), tendo um potencial elevado de tratamento para DA. Boasquívis et al. (2018) mostram que o uso do pó de guaraná previne muitas situações relacionadas com a DA, como a agregação do peptídeo Aβ, a glicação de proteínas, o comprometimento da memória e reduz o estresse oxidativo e a morte celular, além da diminuição da atividade da AChE no hipocampo de ratos hiperlipidêmicos em determinado estudo (Boasquívis et al., 2018). Outros estudos feitos no nematóide [sic] Caenorhabditis elegans ( C. elegans ) mostram também que é possível observar uma propriedade neuroprotetora a partir do GHE, que pode reduzir a agregação de proteínas, proteger da toxicidade e consequentemente diminuir a morte de neurônios a partir da ativação de vias antioxidantes e de degradação de proteínas (Boasquívis et al., 2018). Brazilian Journal ofDevelopment ISSN: 2525-8761 16016 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. 3.5 VITIS VINIFERA (VIDEIRA/UVA) A espécie Vitis vinifera, pertencente à família Vitaceae, é uma planta que se destaca por ter em sua composição uma alta concentração de compostos fenólicos como uma substância conhecida como resveratrol, que está presente nas sementes e cascas das uvas e age como anti-inflamatório (Santana et al., 2018; Oliveira et al., 2017), ligada a inibição da oxidação (Oliveira et al., 2017), e antioxidante (Pesco et al., 2012) lembrando que, quanto mais escura for a casca da uva, maior sua funcionalidade em razão de ter maior concentração de compostos fenólicos e consequente melhora na capacidade antioxidante (Pesco et al., 2012). Tais características foram observadas ao longo dos séculos após a análise de pessoas que consumiam grandes quantidades de vinho, por exemplo, levando a essas pesquisas e experimentos in vitro (Pesco et al., 2012). Um estudo realizado por Rapaka et al. (2019) , em ratos Sprague-Dawley, o Alzheimer foi induzido pelo cloreto de alumínio e testes foram feitos utilizando-se o extrato da planta em pó. A Vitis vinifera apresentou resultados significativos, contudo de forma dependente da dose, quanto maior a dose melhores os resultados, mostrando ações antioxidantes, neuroprotetoras em razão da capacidade de modificar os parâmetros bioquímicos e inibir a expressão do mRNA da APP e Tau, eliminando os emaranhados neurofibrilares e o aumento da atividade colinérgica. O uso dessa planta medicinal traria melhoras de comportamento e na função cognitiva principalmente (Rapaka et al., 2019). 4 CONSIDERAÇÕES GERAIS Perante o exposto, é possível concluir como os estudos existentes ainda são prematuros, havendo sempre um ponto a ser questionado ou melhorado, como o debate a respeito da C. sativa e sua liberação, a C. longa e sua questão de biodisponibilidade, H. serrata, seu baixo rendimento na produção do extrato e longo tempo para maturação que é destacado por alguns autores (Barden, 2011), dentre outros obstáculos encontrados nos estudos de plantas fitoterápicas. Como já mencionado, a DA não é uma doença curável, todavia são oferecidos, em centros de referência de tratamento de doenças neurodegenerativas do SUS, tratamentos paliativos aos pacientes a fim de retardar a progressão da doença (Barbosa et al., 2020). Ainda assim, muitas pessoas não têm acesso a esses medicamentos, tanto pelo custo quanto pela falta de orientação, mesmo com a distribuição feita pelo SUS. A carência de fármacos eficazes para o tratamento ou diminuição do avanço da DA evidência a contínua Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16017 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. necessidade de realização de pesquisas científicas nesse ramo, o que instiga pesquisadores a buscarem cada vez mais novas abordagens para tratar e prevenir essas doenças. Ainda que estudos mostrem o potencial das plantas medicinais de forma científica, é possível encontrar inúmeros experimentos que não evidenciam seus benefícios. Deixando claro que para uma melhor análise seria essencial à realização de revisões, experimentos in vitro e in vivo e estudos clínicos bem padronizados a curto e a longo prazo a fim de evitar variáveis, na tentativa de chegar a um resultado mais concreto e viável para os pacientes. Levando sempre em conta o número de indivíduos utilizados nos estudos, a preparação, quantidade e concentração das doses dos extratos aplicados, se a terapia é aplicada em conjunto com outros fármacos ou não, a existência ou não de efeitos colaterais, e muitos outros fatores que influenciam na credibilidade dos resultados apresentados nos estudos. Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16018 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. REFERÊNCIAS Araújo, A. G. P.; Santos, I. L. V. L. & Silva, C. R. C. (2019) Processo de envelhecimento associado à doença de Alzheimer e seus aspectos genéticos e farmacológicos. VI Congresso Internacional de Envelhecimento Humano, 12p. Recuperado em 18 de abril de 2021 de http://editorarealize.com.br/editora/anais/cieh/2019/TRABALHO_EV125_MD1_SA11 _ID2729_10062019235925.pdf Barbosa, M. G. A.; Barros, E. F. A.; Lima, G. R. D.; Silva, G. F .D. & Souza, P. G. V. D. (2020) O uso do composto de Canabidiol no tratamento da doença de Alzheimer (revisão da literatura). Research, Society and Development, v. 9, n.8. Recuperado em 01 de junho de 2021 de https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6073/5023 Barden, D. (2011) Rapid route to huperzine A. Chemistry World. Acesso em: 15 de outubro de 2021. Disponível em: https://www.chemistryworld.com/news/rapid-route-to- huperzine-a-/3003393.article Boasquívis, P. F.; Silva, G. M. M.; Paiva, F. A.; Cavalcanti, R. M.; Nunez, C. V. & Oliveira, R. D. P. (2018) Guarana (Paullinia cupana) Extract Protects Caenorhabditis elegans Models for Alzheimer Disease and Huntington Disease through Activation of Antioxidant and Protein Degradation Pathways. Oxidative Medicine and Cellular Longevity, v. 2018, 16 p. Recuperado em 02 de junho de 2021 de https://www.hindawi.com/journals/omcl/2018/9241308/ Cassano, T., Villani, R., Pace, L., Carbone, A., Bukke, V. N., Orkisz, S., Avolio, C., & Serviddio, G. (2020). From Cannabis sativa to Cannabidiol: Promising Therapeutic Candidate for the Treatment of Neurodegenerative Diseases. Frontiers in pharmacology, v. 11, art. 124. Acesso em: 11 de outubro de 2021. Disponível em; https://doi.org/10.3389/fphar.2020.00124 Costa, I. M.; Freire, M.; Cavalcanti, J. P.; Araújo, D. P.; Norrara, B.; Rosa, I. M.; Azevedo, E. P.; Rego, A.; Filho, I. A. & Guzen, F. P. (2019). Supplementation with Curcuma longa Reverses Neurotoxic and Behavioral Damage in Models of Alzheimer's Disease: A Systematic Review. Current neuropharmacology, v. 17, n. 5, p. 406–421. Acesso em: 6 de outubro de 2021. Disponível em: https://doi.org/10.2174/0929867325666180117112610 Delanogare, E.; Flores, D.; Souza, R. M.; Souza, S. & Moreira, E. L. G. (2019) Hipótese amiloide e o tratamento da doença de Alzheimer: revisão dos estudos clínicos realizados. Vittalle, v. 31, n. 1, p. 84-106. Acesso 29 de setembro de 2021. Disponível em: http://repositorio.furg.br/handle/1/7873 Falco, A. D. ; Cukierman, D. S. ; Hauser-Davis, R. A. & Rey, N. A. (2015) Doença de Alzheimer: hipóteses etiológicas e perspectivas de tratamento. Química Nova, 18p. Recuperado em 18 de abril de 2021 de https://www.scielo.br/j/qn/a/6QpByS45Z7qYdBDtD5MTNcP/?format=pdf&lang=pt http://editorarealize.com.br/editora/anais/cieh/2019/TRABALHO_EV125_MD1_SA11_ID2729_10062019235925.pdf http://editorarealize.com.br/editora/anais/cieh/2019/TRABALHO_EV125_MD1_SA11_ID2729_10062019235925.pdf https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6073/5023 https://www.chemistryworld.com/news/rapid-route-to-huperzine-a-/3003393.article https://www.chemistryworld.com/news/rapid-route-to-huperzine-a-/3003393.article https://www.hindawi.com/journals/omcl/2018/9241308/ https://doi.org/10.3389/fphar.2020.00124 https://doi.org/10.2174/0929867325666180117112610 http://repositorio.furg.br/handle/1/7873 https://www.scielo.br/j/qn/a/6QpByS45Z7qYdBDtD5MTNcP/?format=pdf&lang=pt Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16019 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. Filho, M. F. A. C.; Romanini, A. P.; Pyrich, B. C.; Pedri, E.; Fontoura, G. C.; Zorrer, L. A.; Gonçalves, V. D. M. A.; Gianini, V. C. M. & Müller, J. C. (2019) Canabinoides como uma nova opção terapêutica nas doenças de Parkinson e de Alzheimer: uma revisão de literatura. Revista Brasileira de Neurologia,v. 55, n. 2, p 17-32. Acesso em: 12 de outubro de 2021. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/08/1010037/revista552-v21-artigo3.pdf Florien (2016) Huperzine A. Acesso em: 16 de outubro de 2021. Disponível em: https://florien.com.br/wp-content/uploads/2016/06/HUPERZINE-A.pdf Jaswinder, K.; Rajmeet, S.; Gurinder, S.; Harpreet, K.; Jasvir, K.; Manpreet, K.; Parminder, S. & Jaspreet, K. (2016) A Systematic Review on Huperzia serrata. International Journal of Pharmacognosy and Phytochemical Research, v. 8, n. 8, p. 1250- 1255. Acesso em: 13 de outubro de 2021. Disponível em: https://impactfactor.org/PDF/IJPPR/8/IJPPR,Vol8,Issue8,Article2.pdf Josviak, N. D.; Batistela, M. S.; Simão-Silva, D. P.; Bono, G. F.; Furtado-Alle, L. & Souza, R. L. R. (2015) Revisão dos principais genes e proteínas associadas à demência frontotemporal tau-positiva. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 18, n. 1, p. 201-211. Acesso em: 12 de outubro de 2021. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1809-9823.2015.13113> Ministério da Saúde. (2013). Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Doença de Alzheimer. Recuperado em 16 de outubro de 2020 de https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-doenca-de- alzheimer-livro-2013.pdf Ministério da Saúde. (2015). Programa de Fitoterápico e Plantas Medicinais. Recuperado em 16 de outubro de 2020 de https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a- informacao/acoes-e-programas/programa-de-fitoterapico-e-plantas-medicinais Ministério da Saúde. (2020) Profissional da Rede Ebserh explica sobre tratamento para a doença de Alzheimer. Recuperado em 16 de outubro de 2020 de https://www.gov.br/ebserh/pt-br/comunicacao/noticias/profissional-da-rede-ebserh- explica-sobre-tratamento-para-a-doenca-de-alzheimer Miranda, S. A.; Lima, B. J. M.; Santos, Y. D. L. M.; Aires, N. O.; França, R. P. & Souza, E. C. D. et al. (2020) Aplicabilidade de atividades lúdicas como parâmetro na recognição do Alzheimer precoce na atenção básica de saúde. Revista Eletrônica Acervo Saúde, Vol.Sup, n.44, e2250. Recuperado em 20 de abril de 2021 de https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/2250/1720 Morais, S.M; Lima, K.S.B. ; Siqueira, S.M.C. ; Cavalcanti, E.S.B. ; Souza, M.S.T. ; Menezes, J.E.S.A. & Trevisan, M.T.S. (2013) Correlação entre as atividades antiradical, antiacetilcolinesterase e teor de fenóis totais de extratos de plantas medicinais de farmácias vivas. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Campinas, v.15, n.4, p.575- 582. Recuperado em 22 de abril de 2021 de https://sci- hub.do/https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516- 05722013000400014&script=sci_arttext&tlng=pt https://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/08/1010037/revista552-v21-artigo3.pdf https://florien.com.br/wp-content/uploads/2016/06/HUPERZINE-A.pdf https://impactfactor.org/PDF/IJPPR/8/IJPPR,Vol8,Issue8,Article2.pdf https://doi.org/10.1590/1809-9823.2015.13113 https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-doenca-de-alzheimer-livro-2013.pdf https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-doenca-de-alzheimer-livro-2013.pdf https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programa-de-fitoterapico-e-plantas-medicinais https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programa-de-fitoterapico-e-plantas-medicinais https://www.gov.br/ebserh/pt-br/comunicacao/noticias/profissional-da-rede-ebserh-explica-sobre-tratamento-para-a-doenca-de-alzheimer https://www.gov.br/ebserh/pt-br/comunicacao/noticias/profissional-da-rede-ebserh-explica-sobre-tratamento-para-a-doenca-de-alzheimer https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/2250/1720 https://sci-hub.do/https:/www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-05722013000400014&script=sci_arttext&tlng=pt https://sci-hub.do/https:/www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-05722013000400014&script=sci_arttext&tlng=pt https://sci-hub.do/https:/www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-05722013000400014&script=sci_arttext&tlng=pt Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16020 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. Oliveira, L. V.; Anjos, C. J. F. D.; Confessor, M.; Villar, D. D. A. & Villar, M. S. D. A. (2017) Fitoterapia como alternativa ao retardamento do Alzheimer. VI Congresso Brasileiro de Ciências da Saúde, 9p. Recuperado em 17 de outubro de 2020 de http://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conbracis/2017/TRABALHO_EV071_ MD1_SA4_ID1360_09052017100412.pdf Pellati, F.; Borgonetti, V.; Brighenti, V.; Biagi, M.; Benvenuti, S. & Corsi, L. (2018) Cannabis sativa L. and Nonpsychoactive Cannabinoids: Their Chemistry and Role against Oxidative Stress, Inflammation, and Cancer. BioMed Research International, v. 2018, art. ID 1691428, p. 15. Acesso em: 12 de outubro de 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1155/2018/1691428 Penido, A. B.; Morais, S. M. D.; Ribeiro, A. B.; Alves, D. R.; Rodrigues, A. L. M. & Santos, L. H.D. et al. (2017) Medicial plants from northeastern Brazil against Alzheimer’s disease. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 8p. Recuperado em 19 de outubro de 2020 de https://www.hindawi.com/journals/ecam/2017/1753673/ Pesco, D. C. S.; Silva, D. A. R. D.; Damazio, T. G.; Cortez, D. A. G. & Cortez, L. E. R. (2012) Avaliação da atividade antioxidante de amostras de uvas (Vitis vinifera L.). VI Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica. Recuperado em 02 de junho de 2021 de http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/mostras/vi_mostra/danielle_cristina_sampaio_p esco_2.pdf Rapaka, D.; Bitra, V. R.; Vishala, T. C. & Akula, A. (2019) Vitis vinifera acts as anti- Alzheimer's agent by modulating biochemical parameters implicated in cognition and memory. Journal of Ayurveda and Integrative Medicine, vol. 10, ed. 4, pag. 241-247. Recuperado em 01 de junho de 2021 de https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0975947617300608 Reitz, C. ; Brayne, C. & Mayeux, R. (2011) Epidemiology of Alzheimer disease. Nature Reviews Neurology, v.7, p.137–152. Recuperado em 19 de abril de 2021 de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3339565/ Santana, J. D. ; Dourado, S. H. A. & Bieski, I. G. C. (2018) Potencial das plantas medicinais no tratamento de doença de Alzheimer com ênfase em Curcuma longa. Revista Saúde Viva Multidisciplinar da AJES, 16p. Recuperado em 19 de outubro de 2020 de https://acientistaagricola.pt/wp-content/uploads/2019/05/estudo.pdf Santos, R.; Daltio, T. S.; Feitosa, J. G.; Cipriano, D. Z.; Camargo, A. O.; Dias, L. A. S. & Carnevale, R. C. (2019) Uso de Curcuma longa L. e Ginkgo biloba L. no tratamento da Doença de Alzheimer.. Revista Saúde em Foco, n 11. Acesso em: 2 de outubro de 2021. Disponível em: https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp- content/uploads/sites/10001/2019/10/083_C%C3%9ARCUMA-LONGA-L.-E- GINKGO-BILOBA-L.-NO-TRATAMENTO-DA-DOEN%C3%87A-DE- ALZHEIMER-964-a-971.pdf Silva, A. W. R. & Biegelmeyer, R. (2020) Curcuma longa L. (Zingiberaceae): desenvolvimento tecnológico para aplicação como agente terapêutico auxiliar no tratamento de pacientes portadores da Doença de Alzheimer. Revista Fitos, v. 14, n. 2, p. http://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conbracis/2017/TRABALHO_EV071_MD1_SA4_ID1360_09052017100412.pdf http://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conbracis/2017/TRABALHO_EV071_MD1_SA4_ID1360_09052017100412.pdf https://doi.org/10.1155/2018/1691428 https://www.hindawi.com/journals/ecam/2017/1753673/ http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/mostras/vi_mostra/danielle_cristina_sampaio_pesco_2.pdf http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/mostras/vi_mostra/danielle_cristina_sampaio_pesco_2.pdf https://www.sciencedirect.com/science/journal/09759476/10/4 https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0975947617300608 https://www.nature.com/articles/nrneurol.2011.2#auth-Christiane-Reitzhttps://www.nature.com/articles/nrneurol.2011.2#auth-Carol-Brayne https://www.nature.com/articles/nrneurol.2011.2#auth-Richard-Mayeux https://www.nature.com/nrneurol https://www.nature.com/nrneurol https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3339565/ https://acientistaagricola.pt/wp-content/uploads/2019/05/estudo.pdf https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/10/083_C%C3%9ARCUMA-LONGA-L.-E-GINKGO-BILOBA-L.-NO-TRATAMENTO-DA-DOEN%C3%87A-DE-ALZHEIMER-964-a-971.pdf https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/10/083_C%C3%9ARCUMA-LONGA-L.-E-GINKGO-BILOBA-L.-NO-TRATAMENTO-DA-DOEN%C3%87A-DE-ALZHEIMER-964-a-971.pdf https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/10/083_C%C3%9ARCUMA-LONGA-L.-E-GINKGO-BILOBA-L.-NO-TRATAMENTO-DA-DOEN%C3%87A-DE-ALZHEIMER-964-a-971.pdf https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/10/083_C%C3%9ARCUMA-LONGA-L.-E-GINKGO-BILOBA-L.-NO-TRATAMENTO-DA-DOEN%C3%87A-DE-ALZHEIMER-964-a-971.pdf Brazilian Journal of Development ISSN: 2525-8761 16021 Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 16007-16021 mar., 2022. 249-258. Acesso em: 16 de setembro de 2021. Disponível em: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/909/699 Voulgaropoulou, S. D.; van Amelsvoort, T. A. M. J.; Prickaerts, J. & Vingerhoets, C. (2019) The effect of curcumin on cognition in Alzheimer’s disease and healthy aging: A systematic review of pre-clinical and clinical studies. Brain Researc, v. 1725. Recuperado em 10 de outubro de 2021 de https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S000689931930530X?via%3Dihub Wu, Tzong-Yuan; Chen, Chip-Ping & Jinn, Tzyy-Rong (2011) Medicamentos tradicionais chineses e doença de Alzheimer. Taiwanese Journal of Obstetrics and Gynecology. v. 50, p. 131-135. Acesso em: 16 de setembro de 2021. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S102845591100101X#bib5 https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/909/699 https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S000689931930530X?via%3Dihub https://www.sciencedirect.com/science/journal/10284559 https://www.sciencedirect.com/science/journal/10284559 https://www.sciencedirect.com/science/journal/10284559/50/2 https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S102845591100101X#bib5
Compartilhar