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Relevo-Brasileiro-e-suas-Características

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1 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 2 
1 ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL ....................................... 3 
1.1 As Grandes Estruturas do Território Brasileiro ............................ 3 
1 RELEVO BRASILEIRO E SUAS CARACTERÍSTICAS .................. 4 
1.1 Estudos Sobre o Relevo Brasileiro .............................................. 6 
1.2 Unidades do Relevo Brasileiro .................................................... 7 
1.3 O relevo Brasileiro e suas Classificações .................................... 8 
1.4 Relevo Por Regiões................................................................... 10 
2 OS 10 PICOS MAIS ALTOS DO BRASIL ..................................... 12 
3 PLANALTOS................................................................................. 20 
4 DEPRESSÕES ............................................................................. 23 
4.1 Classificação das depressões ................................................... 24 
4.2 Depressões no Brasil ................................................................ 25 
5 PLANÍCIES ................................................................................... 25 
6 O CLIMA BRASILEIRO ................................................................ 31 
7 HIDROGRAFIA ............................................................................. 32 
8 BACIAS HIDROGRÁFICAS .......................................................... 34 
9 VEGETAÇÃO ............................................................................... 37 
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL 
A orogênese que deu origem aos dobramentos modernos na costa ocidental 
da América teria repercutido numa grande extensão do território brasileiro sob a forma 
de epirogênese, soerguendo as plataformas, os dobramentos antigos e as bacias 
sedimentares. O resultado foi uma elevação das bacias sedimentares mais ou menos 
no nível das plataformas cristalinas, o que explica por que o território brasileiro é 
marcado pelo predomínio planáltico de baixa altitude, com poucas planícies e sem 
grandes depressões interiores. 
Ao longo de mais de 70 milhões de anos, as formas de relevo foram 
intensamente desgastadas pela erosão que se processou sob condições climáticas 
predominantemente quentes e úmidas. Mas o resultado da dinâmica erosiva não se 
deu em todos os lugares da mesma forma, e esse fator é, a chave interpretativa e 
principal e descritiva do relevo brasileiro. O principal evento a ser destacado refere-se 
ao modo como se deu a erosão nas áreas em que havia contato entre os planaltos de 
terrenos cristalinos (plataformas ou dobramentos antigos, também chamados pelo 
autor de cinturões orogênicos) e os planaltos de rochas sedimentares, o que resultou 
em um rebaixamento praticamente ocorrem ao longo de todo o território brasileiro. 
Nesses locais é que se encontram as depressões do relevo do Brasil. 
1.1 As Grandes Estruturas do Território Brasileiro 
Tais depressões eram conhecidas, mas estavam identificadas como partes 
internas e mais rebaixadas dos planaltos. 
Mantê-las como uma subdivisão interna dos planaltos (quando eram chamadas 
de depressões periféricas) não fazia juz ao processo mais importante de moldagem 
externa do relevo brasileiro. Assim, parece-nos sensato e mais educativo para a 
compreensão da dinâmica da litosfera que se passe a considerar esses terrenos 
depressões de fato. 
Por fim, resta a questão do desaparecimento da planície Amazônica, algo não 
tão surpreendente quanto parece. Planaltos são terras elevadas em relação ao nível 
do mar, superfícies mais ou menos planas, podendo até ter aspecto serrano. Quanto 
à distância, um planalto é uma compartimentação em que os processos erosivos 
 
4 
 
superam o processo de sedimentação em sua formação atual. Por sua vez, as 
planícies são áreas. 
 Planas e baixas, próximas ao nível do mar, onde claramente o processo de 
deposição de sedimentos está sendo mais importante para sua configuração do que 
a erosão. Dando-se ênfase maior ao aspecto dinâmico, não se pode chamar de 
planície terras nas quais a erosão tem sido o principal agente na morfogênese, mesmo 
que sejam terras baixas e planas. 
A parte oriental da Amazônia, é uma bacia sedimentar marcada por um 
modelado de formas de tipos convexos ou planos […]. Essas formas raramente 
ultrapassam os 300 metros e foram erodidas sobre sedimentos do Terciário, que são 
relativamente recentes. Ao Norte do chamado planalto da Amazônia oriental, na nova 
classificação existe uma frente de cuestas (escarpas típicas de erosão em bacias 
sedimentares que estão na borda das depressões); portanto, conceitualmente essa 
área deve ser mesmo considerada um planalto. Quanto à depressão da Amazônia 
ocidental, ela existe terrenos em torno de 200 metros, com formas de topos planos ou 
levemente convexizados, esculpidos nos sedimentos terciário – quartenário da 
formação Solimões. 
1 RELEVO BRASILEIRO E SUAS CARACTERÍSTICAS 
A Geografia possui uma área específica que se preocupa em compreender as 
irregularidades da superfície terrestre, e essa área se chama Geomorfologia, que 
significa o estudo das formas terrestres. Esse campo da Geografia estuda os 
fenômenos que estão relacionados aos diversos tipos de relevo existentes, ou seja, o 
modelado terrestre. 
 
 
5 
 
Fonte:profluchi.blogspot.com 
Existem na superfície terrestre várias formas de terrenos, e essas 
diferenciações constituem o que se convencionou chamar de relevo. O relevo é, 
basicamente, o modelado terrestre, ou seja, as formas que constituem a superfície do 
planeta Terra. 
Essas diferenças são ocasionadas pelo tipo de estrutura geológica 
predominante nos locais. O relevo tem um papel importante na definição das 
atividades humanas, pois influencia os processos de ocupação de alguns terrenos em 
detrimento de outros. 
O relevo terrestre é constituído a partir de fenômenos que dinamizam a crosta 
terrestre, podendo ser eles endógenos (internos) ou exógenos (externos). As forças 
endógenas modeladoras do relevo são aquelas que ocorrem a partir das pressões 
exercidas pelo magma. São conhecidas por forças endógenas o tectonismo 
(movimento das placas tectônicas), o vulcanismo (atividade e erupções vulcânicas) e 
os sismos (terremotos, abalos). 
O tectonismo possui duas formas básicas que constituem diferentes relevos, 
são os movimentos orogênicos, os quais dão origem aos dobramentos, ou seja, 
regiões montanhosas. E também os movimentos epirogênicos, que ocasionam 
abaixamentos ou soerguimentos da crosta terrestre. Enquanto os movimentos 
orogênicos movimentam as placas tectônicas em sentido horizontal,os movimentos 
epirogênicos movimentam as placas em sentido vertical. 
 
6 
 
As forças exógenas modeladores do relevo são aquelas que atuam 
externamente alterando as formas do relevo. As principais forças exógenas que 
modificam o relevo terrestre são as variações de temperatura, o vento e a chuva. Estes 
fenômenos produzem uma atividade conhecida como erosão ou intemperismo. 
O intemperismo consiste no desgaste ou desagregação das partículas das 
rochas, cujo material sedimentado é transportado de um local a outro do terreno. O 
intemperismo pode ser de origem física (oscilação de temperatura no interior das 
rochas), química (transformação dos minerais em contato com a água) ou biológica 
(pressão exercida pelas raízes das plantas). 
Esses agentes internos e externos vão, no decorrer do tempo, moldando e 
modificando as formas da superfície terrestre, alterando as formas do relevo 
existentes. 
As formas do relevo também dependem da posição que as regiões ocupam no 
globo, em conformidade com as latitudes e a incidência da irradiação da luz solar, por 
exemplo. O clima, portanto, possui uma relação muito próxima com as formas pelas 
quais o relevo terrestre é modelado. 
1.1 Estudos Sobre o Relevo Brasileiro 
O Brasil encontra-se, na maior parte de seu território, em uma zona tropical, 
onde há predominantemente uma elevada temperatura, bem como chuvas 
abundantes e uma atividade endógena (interna) baixa (vulcanismo, terremotos e 
dobramentos). Por esse motivo, os agentes modificadores do relevo que prevalecem 
são os exógenos (externos), como as chuvas e a temperatura, bem como a 
significativa quantidade de recursos hídricos, como os rios e lagos. 
Existem três pesquisadores principais que estudaram e definiram 
caracterizações ao relevo brasileiro, sendo eles Aroldo de Azevedo (1940), o qual 
levou em consideração principalmente a altitude dos terrenos. Aziz Ab’Saber (1958), 
o qual levou em consideração não apenas a altitude, mas também os processos 
geomorfológicos. E ainda, Jurandyr Ross (1995), o qual baseou seus estudos a partir 
do “Projeto Radambrasil”, que mapeou o território brasileiro durante os anos de 1950 
e 1980. 
 
7 
 
O relevo brasileiro, de modo geral, é um relevo antigo e desgastado, derivado 
dos contextos pré-cambrianos e paleozoicos, com predominância de planaltos acima 
dos 200 metros de altitude. Os escudos cristalinos compõem cerca de 36% do 
território brasileiro, enquanto que as bacias sedimentares ocupam cerca de 64% dos 
terrenos. Como o Brasil não se encontra em limite de placas tectônicas, não há a 
presença de dobramentos modernos (montanhas) no território brasileiro. 
O ponto mais alto do Brasil é o Pico da Neblina, possuindo 2.995,3 de altitude, 
na fronteira do Amazonas com a Venezuela, porém no lado brasileiro. Do território 
brasileiro, cerca de 41% tem no máximo 200 metros de altitude, enquanto 78% tem 
até 500 metros de altitude e do total 92,7% podem chegar aos 900 metros. Portanto, 
há uma porcentagem muito pequena do território brasileiro que se estende acima dos 
900 metros de altitude. 
1.2 Unidades do Relevo Brasileiro 
O projeto Radambrasil, importante referência mais recente quanto às formas 
do relevo brasileiro, divide os terrenos do Brasil em três grandes grupos, sendo eles: 
os planaltos, as depressões e as planícies. O pesquisador que cunhou a definição do 
relevo brasileiro segundo o projeto, em 1989, foi Jurandyr Ross, trazendo além dos 
conceitos de planície e planalto, tradicionais até ali, o conceito também de depressão. 
Segundo esta caracterização, os planaltos são entendidos como relevos 
residuais, geralmente acima dos 300 metros de altitude e derivados de processos de 
erosão. São considerados planaltos os morros brasileiros, as serras e as chapadas 
existentes no território. Os planaltos brasileiros são circundados por depressões, e 
podem ser de dois tipos: os de bacias sedimentares, compostos por várias coberturas 
sedimentares de ciclos erosivos passados e os planaltos de núcleos cristalinos, que 
se encontram em áreas de dobramentos antigos, desgastados pelos processos 
erosivos. 
De modo geral, os planaltos são terrenos relativamente planos, e que se situam 
em áreas de maiores altitudes no território brasileiro. São exemplos de planaltos 
brasileiros: Planalto das Guianas (localizado no Norte do Brasil, tem sua maior parte 
em terras fora do território brasileiro); Planalto Brasileiro (se estende desde a 
Amazônia até o Rio Grande do Sul e de Roraima ao litoral Atlântico); Planalto Central 
 
8 
 
(engloba partes do Norte, Nordeste, Sudeste e principalmente do Centro-Oeste 
brasileiro); Planalto Atlântico ou Planalto Oriental (estende-se da região Nordeste ao 
Nordeste do Rio Grande do Sul); Planalto Meridional ou Arenito Basáltico (abrange as 
terras drenadas pela bacia do rio Paraná). 
Já as planícies são unidades do relevo formadas por bacias de sedimentação 
mais recente, originárias de deposições sedimentares do Quaternário. Por ser 
bastante jovem, é um tipo de relevo ainda em processo de consolidação. Os terrenos 
das planícies podem ter sido formados a partir de deposições de origem fluvial, 
marinha ou mesmo lacustre. Geralmente são áreas com características planas ou 
suavemente onduladas, e localizam-se em áreas de baixas altitudes. 
São exemplos de planícies brasileiras: Planície Amazônica (na região que 
compreende a bacia amazônica); Planície do Pantanal (Mato Grosso do Sul e o 
sudeste do Mato Grosso, se estende para outros países); Planície Costeira (abrange 
o litoral brasileiro); Planície Gaúcha ou dos Pampas (ocupa a metade Sul do Rio 
Grande do Sul). Esse modelado terrestre é formado pela deposição de sedimentos, 
portanto, há uma intensificação dos processos de deposição em relação aos 
processos de sedimentação. 
Já as depressões constituem terrenos rebaixados em relação às terras ao seu 
entorno. Existem dois tipos principais de depressões, as absolutas, que são aquelas 
que se situam em altitudes abaixo do nível do mar, além de estarem em altitudes 
menores do que os terrenos que os circundam. E também as depressões relativas 
que, apesar de serem mais baixas do que os terrenos ao entorno, não se encontram 
em altitudes abaixo do nível do mar. As principais depressões brasileiras são 
Depressões Norte e Sul Amazônica. 
1.3 O relevo Brasileiro e suas Classificações 
Uma das primeiras classificações para o relevo brasileiro foi proposta pelo 
professor Aroldo de Azevedo (1910-1974). Para ele o relevo do Brasil poderia ser 
classificado em grandes unidades de planaltos e planícies, com seus estudos propôs 
a divisão do Planalto Brasileiro em Planalto Atlântico, Planalto Central e Planalto 
Meridional. Essa classificação tem por base a altimetria do relevo: as planícies são 
 
9 
 
áreas que alcançam 200 m de altitude; os planaltos são áreas que superam essa 
altitude. 
 
Fonte:brasillouco.blogspot.com 
A proposta atual de classificação do relevo brasileiro é feita pelo professor 
Jurandyr Ross. Para concluí-la Ross baseou-se nos trabalhos anteriores – dos 
professores Aroldo de Azevedo e Ab`Saber – e nos relatórios, mapas e fotos 
produzidos pelo Projeto Radambrasil – entidade governamental responsável pelo 
levantamento dos recursos naturais do país. O professor Jurandyr Ross dá uma nova 
definição para os conceitos de planícies e planaltos e introduz uma nova forma de 
relevo, as depressões. O resultado de seu trabalho foi a identificação de 28 unidades 
de relevo que resultaram da ação de processos erosivos distintos em uma base 
litológica também distinta. 
As classificações do relevo brasileiro – divisões do território em grandes 
unidades – baseiam-se em diferentes critérios, que refletem o estágio de 
conhecimento à época de sua elaboração e a orientação metodológica utilizada por 
seus autores. A primeira classificação brasileira, que identifica oitounidades de relevo, 
é elaborada, nos anos 40, por Aroldo de Azevedo. Em 1958 é substituída pela tipologia 
de Aziz Ab´Sáber, que acrescenta duas novas unidades de relevo. Uma das 
 
10 
 
classificações mais recentes (1995), é a de Jurandyr Ross, do Departamento de 
Geografia da USP. Seu trabalho é baseado no projeto Radambrasil, um levantamento 
realizado entre 1970 e 1985 que fotografou o solo brasileiro com um equipamento 
especial de radar instalado num avião. Ross considera 28 unidades de relevo, 
divididas em planaltos, planícies e depressões. 
O relevo brasileiro tem formação antiga e resulta principalmente da ação das 
forças internas da Terra e da sucessão de ciclos climáticos. A alternância de climas 
quentes e úmidos com áridos ou semiáridos favoreceu o processo de erosão. 
1.4 Relevo Por Regiões 
Região Centro-Oeste 
 O relevo desta região se caracteriza pela predominância do extenso Planalto 
Central, chegando a atingir altitudes superiores a 1000 metros. Compreende todo o 
estado de Goiás e o Distrito Federal, recebendo o nome local de Planalto Goiano, 
seguindo para o oeste até a planície do Araguaia e ao sul até o Planalto Sedimentar 
da Bacia do Rio Paraná. É formado por terrenos antigos e fortemente aplainados pela 
erosão, que deu origem a grandes chapadas, como a dos Parecis, dos Guimarães e 
dos Veadeiros. A parte oeste do Mato Grosso do Sul e sudeste do Mato Grosso é 
ocupada pela depressão do pantanal Mato-Grossense, cortada pelo rio Paraguai, 
cujas cheias inundam a depressão. O Planalto Meridional se estende nos estados de 
Mato Grosso do Sul e Goiás, apresentando um solo fértil formado pela terra roxa. 
 
Região Nordeste 
O relevo nordestino é remontado basicamente pelo Planalto da Borborema, 
localizado a leste, uma das principais causas pela secura do sertão, já que o planalto 
impede a chegada de chuvas a região, causando grandes estiagens, a Bacia do Rio 
Parnaíba, a oeste, e algumas elevações, como as chapadas e os planaltos, um 
exemplo é a Chapada de Diamantina. Ao litoral vemos as planícies. 
 
Região Norte 
Na Região Norte, prevalecem três áreas de relevo: 
 
11 
 
 Planície Amazônica, que acompanha a grande bacia fluvial, com 
altitudes que variam de 100 a 200 metros acima do nível do mar. 
 Região de planaltos, entre 200 a 800 metros de altitude, em áreas de 
chapadas e serras, entre elas a serra dos Carajás, serra Pelada, serra 
de Tumucumaque, a serra do Acarai e a serra do Cachimbo no estado 
do Pará; a serra Dourada, a chapada das Mangabeiras, no Tocantins e 
a chapada dos Parecis em Rondônia. 
 Regiões de maiores altitudes, acima de 800 metros, entre elas a serra 
do Parima e do Pacaraima, no estado de Roraima, na fronteira com a 
Venezuela e a serra do Imeri, no estado do Amazonas, onde se localiza 
o Pico da Neblina e o pico 31 de maio. 
 
Região Sudeste 
O relevo da região sudeste é bem variado, encontramos planícies costeiras, 
largas, na formação de baixadas, ou estreitas, onde é comum a formação de lagos, 
praias (que englobam as famosas praias cariocas) e até mesmo restingas, além das 
serras, como a da Mantiqueira e Canastra, caracterizada por formações cristalinas e 
irregulares, planaltos e escarpas. 
O Planalto Meridional é caracterizado por rochas mais frágeis e resistentes, 
geralmente constituídas de sedimentos ou restos vulcânicos, neste caso formando o 
planalto arenito-basáltico, entre ele e as elevações leste e sudeste, encontra-se 
também a depressão periférica. 
 
 Região Sul 
O clima na Região Sul é subtropical, exceto no norte do Paraná (tropical), 
caracterizando-se pela diversidade de temperaturas - mais baixas com a presença de 
neve, nos planaltos, e mais elevadas, nos Pampas e litoral. 
 Planície platina ou pampa: Formada por terrenos sedimentares e 
ondulados (coxilhas), no interior, e lagoas e restingas, no litoral. 
 Planalto atlântico: Terrenos cristalinos próximos ao litoral, que se 
estendem do Paraná ao norte do Rio Grande do Sul. 
 
12 
 
 Planalto meridional: De formação vulcânica com rochas basálticas, 
situa-se no interior. Subdivide-se em depressão periférica (estreita faixa 
de arenitos a oeste do Planalto Atlântico) e planalto arenito-basáltico, 
que se estende até o rio Paraná, formando degraus cujas bordas são as 
chamadas cuestas. 
O relevo da Região Sul apresenta áreas de serra, destacando-se a Serra do 
Mar, Central e Serra do Sudeste. 
 
O território brasileiro, de um modo geral, é constituído de estruturas geológicas 
muito antigas, apresentando, também, bacias de sedimentação recente. Essas bacias 
recentes datam do terciário e quaternário (Cenozoico 865 milhões de anos) e 
correspondem aos terrenos do Pantanal Mato-grossense, parte da bacia Amazônica 
e trechos do litoral nordeste e sul do país. O restante do território tem idades 
geológicas que vão do Paleozoico ao Mesozoico (o que significa entre 570 milhões e 
225 milhões de anos), para as grandes áreas sedimentares, e ao pré-cambriano 
(acima de 570 milhões de anos), para os terrenos cristalinos. 
As estruturas e formações rochosas são antigas, mas as formas de relevo são 
recentes, decorrentes do desgaste erosivo. Grande parte das rochas e estruturas do 
relevo brasileiro são anteriores à atual configuração do continente sul-americano, que 
passou a ter o formato atual depois do levantamento da cordilheira dos Andes, a partir 
do Mesozoico. 
Podemos identificar três grandes unidades geomorfológicas que refletem sua 
gênese: os planaltos, as depressões e as planícies. 
2 OS 10 PICOS MAIS ALTOS DO BRASIL 
O relevo do Brasil é constituído de formações antigas, portanto estas já 
passaram por inúmeros processos erosivos ao longo de milhões de anos, fato que faz 
com que suas altitudes não sejam tão elevadas e não estejam entre as maiores do 
mundo, mas não é por isso que deixam de ser belas e fascinantes. Vejamos na 
sequência os 10 (dez) pontos mais altos do Brasil. 
 
 
13 
 
Os dez Picos Mais Altos do Brasil, alturas e localização 
 
1º – Pico da Neblina – 2.995,3 metros 
 
 
Fonte: roraimabrasil.com.br 
O Pico da Neblina é o ponto mais alto do Brasil, apresentando 2.995,3 metros 
de altitude. Esta de localizado na Serra do Imeri, no Planalto das Guianas, Estado do 
Amazonas, na fronteira entre Brasil e Venezuela. O pico empresta seu nome ao 
Parque Nacional do Pico da Neblina, onde está localizado, juntamente com o Pico 31 
de Março. Seu nome se deve ao fato da parte superior de seu pico ficar a maior parte 
do ano encoberto pela neblina. Coordenadas geográficas: 00°48’01” N e 66°00’25” W. 
 
2º – Pico 31 de Março – 2.974,18 metros 
 
 
14 
 
 
Fonte: br.pinterest.com 
Localizado na Serra do Imeri, entre Amazonas e Venezuela, o Pico 31 de Março 
é o segundo maior ponto do relevo brasileiro, apresentando 2.974,18 metros de 
altitude. A parte brasileira, pertence ao município de Santa Isabel do Rio Negro – AM, 
contudo São Gabriel da Cachoeira é a cidade mais próxima. Este pico faz parte do 
mesmo maciço do Pico na Neblina, estando a apenas 687 metros deste. Coordenadas 
geográficas: 00° 48’ 24” N e 66° 00’ 18” W. 
 
 
3º – Pico da Bandeira – 2.891,32 metros 
 
 
15 
 
 
Fonte: pt.wikipedia.org 
Está localizado no Parque Nacional do Caparaó, na serra do Caparaó, na divisa 
entre os municípios de Ibitirama, Espírito Santo, e Alto Caparaó, Minas Gerais. É 
também o terceiro ponto mais alto do país, com 2891,32 metros de altitude. 
Coordenadas do pico são 20º26'04" de latitude sul e 41º47'44" de longitude oeste. 
 
4º – Pedra da Mina – 2.798, 06 metros 
 
 
Fonte: mantiex.com.br 
Localizado na Serra da Mantiqueira, entre os estados de São Paulo e Minas 
Gerais, a Pedra da Mina é o quarto ponto mais alto do Brasil com 2.798, 06 metros de 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_do_Capara%C3%B3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Serra_do_Capara%C3%B3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ibitiramahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%ADrito_Santo_(estado)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alto_Capara%C3%B3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Gerais
 
16 
 
altitude e o maior de São Paulo. O cume da Pedra da Mina é a tríplice divisa entre os 
municípios de Queluz e Lavrinhas, em São Paulo, com o de Passa Quatro, em Minas 
Gerais. Coordenadas geográficas: 22°25’S e 44° 51’O 
 
5º – Pico das Agulhas Negras – 2.790,94 metros 
 
 
Fonte: trilhaseaventuras.com.br 
É o quinto ponto mais elevado do Brasil, com 2.790,94 metros, mas também é 
o maior do Estado do Rio de Janeiro. Localiza-se no Parque Nacional de Itatiaia, na 
Serra de Itatiaia entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, mais 
especificamente entre os municípios de Itatiaia-RJ e Resende-RJ, e o município de 
Bocaina de Minas-MG, na parte alta do Parque Nacional de Itatiaia. Coordenadas 
geográficas: 22°24’48” S e 44°39’42” O. 
 
 
 
6º – Pico do Cristal – 2.769,05 metros 
 
 
17 
 
 
Fonte: viagensbr.com.br 
Sexto maior pico do Brasil, com 2.769,05 metros de altitude, o Pico do Cristal, 
assim como o Pico da Bandeira, está localizado na Serra do Caparaó, no Parque 
Nacional do Caparaó. Fica no município de Alto Caparaó, no estado de Minas Gerais. 
Seu nome se deve ao fato da presença de quartzo em sua formação. Coordenadas 
geográficas: 20°26’37” S e 41°48’42” O. 
 
7º – Monte Roraima – 2.734,05 metros 
 
 
Fonte: roraimabrasil.com.br 
 
18 
 
Sétimo maior pico do Brasil, com 2.734,05 metros de altitude, o Monte Roraima, 
está localizado na Serra de Pacaraima na tríplice fronteira entre Brasil (Roraima), 
Venezuela e Guiana. Seu relevo é uma meseta, pois o monte tem suas formas 
parecidas com a de uma mesa. Suas terras estão distribuídas da seguinte forma: 5% 
em território brasileiro, 10% na Guiana e 85% na Venezuela. A porção brasileira 
integra o Parque Nacional do Monte Roraima e a porção venezuelana pertence ao 
Parque Nacional Canaima. Coordenadas geográficas: 05°12’07” N e 60°44’16” W. 
 
8º – Morro do Couto – 2.680 metros 
 
 
Fonte: montanhasdoitatiaia.com.br 
Oitavo ponto de maior altitude do Brasil, com 2.680 metros de altitude, o Morro 
do Couto se localiza na Serra das Prateleiras, no estado do Rio de Janeiro, também 
integrando a parte alta do Parque Nacional de Itatiaia. Coordenadas geográficas: 
22°23’04” S e 44°41’49” W. 
 
 
 
 
9º – Pedra do Sino de Itatiaia – 2.670 metros 
 
 
19 
 
 
Fonte: coconomato.com.br 
Na nona colocação encontramos a Pedra do Sino de Itatiaia, com 2.670 metros 
de altitude, localizada na Serra da Mantiqueira no estado de Minas Gerais, na divisa 
dos municípios de Itamonte-MG e Bocaina de Minas-MG, fazendo parte também da 
parte alta do Parque Nacional de Itatiaia. Coordenadas geográficas: 22°22’13” S e 
44°39’42” W 
 
10º – Pico Três Estados – 2.665 metros 
 
 
Fonte: wikimapia.org 
Por último, em décimo lugar, apresentando 2.665 metros de altitude, temos o 
Pico Três Estados. Localizado na Serra da Mantiqueira entre os estados de São Paulo, 
 
20 
 
Minas Gerais e Rio de Janeiro (daí o seu nome), respectivamente nos municípios de 
Passa Quatro-MG, Resende-RJ e Queluz-SP. Coordenadas geográficas: 22°24’22” S 
e 44°48’34” W. 
3 PLANALTOS 
Os planaltos em bacias sedimentares são limitados por depressões periféricas 
ou marginais e se caracterizam por seus relevos escarpados representados por 
frentes de cuestas (borda escarpada e reverso suave). Nessa categoria estão os 
planaltos da Amazônia Oriental, os planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba e os 
planaltos e chapadas da bacia do Paraná. 
 Os planaltos em intrusões e coberturas residuais de plataforma constituem o 
resultado de ciclos erosivos variados e se caracterizam por uma série de morros e 
serras isolados, relacionados a intrusões graníticas, derrames vulcânicos antigos e 
dobramentos pré-cambrianos, a exceção do planalto e chapada dos Parecis, que é do 
Cretáceo (mais de 65 milhões de anos). Nessa categoria, destacam-se os planaltos 
residuais norte-amazônicos e os planaltos residuais sul-amazônicos. 
 Os planaltos em núcleos cristalinos arqueados são representados pelo planalto 
da Borborema e pelo planalto sul-rio-grandense. Ambos fazem parte do cinturão 
orogênico da faixa Atlântica. 
Planaltos em cinturões orogênicos ocorrem nas faixas de orogenia (movimento 
geológico de formação de montanhas) antiga e se constituem de relevos residuais 
apoiados em rochas geralmente metamórficas, associadas a intrusivas. Esses 
planaltos situam-se em áreas de estruturas dobradas que abrangem os cinturões 
Paraguai-Araguaia, Brasília e Atlântico. Nesses planaltos, localizam-se inúmeras 
serras, geralmente associadas a resíduos de estruturas intensamente dobradas e 
erodidas. 
Nessa categoria, destacam-se: planaltos e serras do Atlântico Leste-Sudeste, 
associados ao cinturão do Atlântico, sobressaindo as serras do Mar, da Mantiqueira e 
do Espinhaço, e as fossas tectônicas como o vale do Paraíba do Sul; Os planaltos e 
serras de Goiás e Minas, que estão ligados à faixa de dobramento do cinturão de 
Brasília, destacando-se as serras da Canastra e Dourada, entre outras; Serras 
 
21 
 
residuais do Alto Paraguai que fazem parte do chamado cinturão orogênico Paraguai-
Araguaia, com dois setores, um ao sul e outro ao norte do Pantanal Mato-grossense, 
com as denominações locais de serra da Bodoquena e Província Serrana, 
respectivamente. 
Calcula-se que 58% do seu território sejam formados por planalto (as terras 
mais altas) e 42%, de baixo planalto e planície (as mais baixas, com altitudes inferiores 
a 200 metros). 
Existem dois planaltos predominantes no Brasil: o Planalto das Guianas e o 
Planalto Brasileiro. 
As regiões acima de 1.200 m de altura representam apenas 0,54% da 
superfície do país, ou 42.267 km². As planícies Amazônica, do Pantanal, do Pampa e 
Costeira ocupam os restantes 41% do território. Predominam no Brasil as altitudes 
modestas, sendo que 93% do território está a menos de 900 m de altitude. 
 
 
Fonte: pt.wikipedia.org 
Planalto das Guianas 
Encontra-se ao norte do país, abrangendo também Venezuela, Guiana 
Suriname e Guiana Francesa. É muito antigo (pré-Cambriano), cristalino e 
desgastado. 
Pode ser dividido em duas grandes unidades: 
 
22 
 
Região serrana, situada nos limites setentrionais do planalto. Como o próprio 
nome indica, apresenta-se como uma linha de serras, geralmente com mais de 2.000 
metros de altitude. Nessa região, na serra do Imeri ou Tapirapeçó, localiza-se o pico 
da Neblina, com 2.995,3 metros, ponto mais alto de nosso relevo. Fazem parte desse 
planalto, ainda, as serras de Parima, Pacaraima, Acaraí e Tumucumaque. 
Planalto Norte Amazônico, situado ao sul da região serrana, caracterizado por 
altitudes modestas, inferiores a 800 metros, intensamente erodidas e recobertas pela 
densa selva amazônica. 
 
Planalto Brasileiro 
É um vasto planalto que se estende por toda a porção central do Brasil, 
prolongando-se até o nordeste, leste, sudeste e sul do território. É constituído 
principalmente por terrenos cristalinos, muito desgastados, mas abriga bolsões 
sedimentares significativos. Por ser tão extenso, é dividido em planalto Central, 
planalto Meridional, planalto Nordestino, serras e planaltos do Leste e Sudeste, 
planaltos do Maranhão-Piauí e planalto Uruguaio-Rio Grandense. 
O planalto Central, na porção central do país, caracteriza-se pela presença de 
terrenos cristalinos (do pré-Cambriano) que alternam com terrenos sedimentares do 
Paleozoico e do Mesozoico. Nessa região aparecem diversos planaltos, mas as 
feições mais marcantes são as chapadas, principalmente as dos Parecis, dos 
Guimarães, dos Pacaás Novos, dos Veadeiros e o Espigão Mestre, que serve como 
divisa de águas dos rios São Francisco e Tocantins. 
O planalto Meridional, situado nas terras banhadas pelos rios Paraná e Uruguai,na região sul, estende-se parcialmente, pelas regiões Sudeste e Centro-Oeste. 
É dominado por terrenos sedimentares recobertos parcialmente por lavas 
vulcânicas (basalto). Nessa porção do relevo brasileiro, existem extensas cuestas 
emoldurando a bacia do Paraná. 
Apresenta duas subdivisões: o planalto Arenito-Basáltico, formado por terrenos 
do Mesozoico (areníticos e basálticos) fortemente erodidos, e a depressão periférica, 
faixa alongada e deprimida entre o planalto arenito basáltico, a oeste e o planalto 
Atlântico, a leste. 
 
23 
 
O planalto Nordestino, é uma região de altitudes modestas (de 200m a 600m) 
em que se alternam serras cristalinas, como as do Borborema e de Baturité, com 
extensas chapadas sedimentares, como as do Araripe, do Ibiapaba, do Apodi e outras. 
As serras e os planaltos do Leste e do Sudeste, estão localizados próximos ao 
litoral, formando o maior conjunto de terras altas do país, que se estende do Nordeste 
até Santa Catarina. Os terrenos são muito antigos, datando do período Pré-
Cambriano, e integram as terras do escudo Atlântico. Merecem destaque, nessa 
região, as serras do mar, da Mantiqueira e do Espinhaço, de Caparaó ou da Chibata, 
onde se encontra o pico da Bandeira, com 2891,32 metros, um dos mais elevados do 
nosso relevo. Em muitos trechos, essas serras desgastadas aparecem como 
verdadeiros “mares de morros” ou “pães de açúcar”. 
O planalto do Maranhão-Piauí (ou do Meio-Norte) situa-se na parte sul e 
sudeste da bacia sedimentar do Meio-Norte. Aparecem, nessa área, vários planaltos 
sedimentares de pequena altitude, além de algumas cuestas. 
 O planalto Uruguaio-Sul-Rio-grandense – aparecem no extremo sul do Rio 
Grande do Sul e é constituído por terrenos cristalinos com altitudes de 200 a 400 
metros, caracterizando uma sucessão de colinas pouco salientes, conhecidas 
localmente por coxilhas, ou ainda acidentes mais íngremes e elevados, conhecidos 
como cerros. 
4 DEPRESSÕES 
 Depressões configuram uma unidade de relevo que possui área 
mais baixa em relação às áreas que estão em suas margens. As altitudes dessa forma 
de relevo variam entre 100 e 500 metros, podendo ser encontradas também em níveis 
altimétricos abaixo do nível do mar. Sua paisagem é caracterizada por 
apresentar inclinações e por ser irregular, apesar de plana. Sua superfície acidentada 
é resultado de longos processos de erosão. 
As depressões são formadas por meio de prolongados processos erosivos. 
Normalmente podemos encontrar em suas laterais bacias sedimentares. A erosão 
natural causada nessas bacias, seja por agentes exógenos (como água e vento), seja 
por agentes endógenos (como tectonismo e vulcanismo), origina as depressões. 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/formas-relevo.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/processos-erosivos.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/bacias-sedimentares.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/agentes-exogenos-relevo.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/agentes-endogenos-relevo.htm
 
24 
 
Quando forças advindas do interior da Terra abalam a superfície terrestre, 
provocando o afundamento de áreas, depressões são também formadas. Rochas 
cristalinas e rochas sedimentares podem gerar depressões quando sofrem desgaste 
e geram sedimentos que se acumulam nas áreas mais baixas. 
4.1 Classificação das depressões 
Segundo a altitude 
 Depressões relativas: encontram-se a níveis altimétricos superiores ao 
nível do mar, mas inferiores às áreas que estão em suas margens. 
Exemplos: Depressão Cuiabana, no Brasil. 
 Depressões absolutas: encontram-se a níveis altimétricos inferiores ao 
nível do mar. Exemplo: Mar Cáspio, localizado entre os continentes 
europeu e asiático. 
 
Segundo a localização 
 Marginais: situam-se em áreas de formação sedimentar. Um exemplo 
dessa depressão no Brasil é a Depressão Sul-Amazônica. 
 Periféricas: situam-se em áreas onde há o contato entre escudos 
cristalinos e bacias sedimentares. Um exemplo no Brasil é a Depressão 
Periférica Sul-Rio-Grandense. 
 Interplanálticas: situam-se entre regiões de planaltos, estando 
rebaixadas em relação a essas áreas. Exemplo: Depressão Sertaneja e 
do São Francisco. 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/rochas-sedimentares.htm
 
25 
 
4.2 Depressões no Brasil 
 
Fonte: pt.wikipedia.org 
Ao longo de alguns anos, as depressões não faziam parte das classificações 
propostas por estudiosos para o território brasileiro. O professor e geógrafo Jurandyr 
Ross foi o primeiro a apresentar essa classificação de relevo. Baseado em alguns 
estudos, como os do geógrafo Aziz N. Ab'Saber e levantamentos de dados 
fotográficos do Projeto RadamBrasil, Ross dividiu o território em 28 unidades de 
relevo, distribuídas entre planícies, planaltos e depressões. Para essa divisão, o 
geógrafo utilizou como critério aspectos como altitude, estrutura geológica e 
processos de formação. As depressões brasileiras são formadas normalmente 
por processos erosivos ocorridos em estruturas cristalinas ou sedimentares. 
Os principais exemplos são: Depressão Sertaneja e do São Francisco, 
Depressão Cuiabana, Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense, Depressão do 
Araguaia, Depressão Amazônica, Depressão do Miranda, entre outras. 
5 PLANÍCIES 
 Correspondem geneticamente às áreas predominantemente planas, 
decorrentes da deposição de sedimentos recentes de origem fluvial, marinha ou 
lacustre. Estão geralmente associadas aos depósitos quaternários, principalmente 
 
26 
 
holocênicos (de 20 mil anos atrás). Nessa categoria podemos destacar a planície do 
rio Amazonas, onde se situa a ilha de Marajó, a do Araguaia com a ilha de Bananal, a 
do Guaporé, a do Pantanal do rio Paraguai ou Mato-grossense, além das planícies 
das lagoas dos Patos e Mirim e as várias outras pequenas planícies e tabuleiros ao 
longo do litoral brasileiro. 
Antes de conhecer o relevo brasileiro, é preciso saber primeiro o que é relevo. 
Relevo são irregularidades na superfície terrestre. 
O relevo brasileiro possui uma grande variedade morfológica que podem ser 
classificadas em: planaltos, planícies, chapadas, depressões, que foram formados por 
fatores internos e externos. 
Os fatores internos (endógenos) são forças do interior da Terra como 
vulcanismo e tectonismo, atuam como agentes modeladores do relevo. Os fatores 
externos (exógenos) são agentes modeladores do relevo que advém dos fenômenos 
climáticos, ou naturais, ventos, rios e chuva. 
No Brasil há predomínio de pequenas elevações, o ponto mais alto é o Pico da 
Neblina (2.995,3 m). 
O Brasil tem uma topografia pouco acidentada e tem altitudes pequenas: 93% 
de sua área total estão abaixo de 900 metros. 
As terras baixas e planícies são: 
 
 
 
Planície costeira 
As planícies costeiras ou litorâneas são planícies formadas por sedimentos 
terciários ou quaternários, depositados na zona costeira, ocorrendo em cada uma das 
grandes regiões reconhecidas para a costa brasileira. A gênese desse ambiente está 
relacionada a um conjunto variado de fatores, que podem ser as variações do nível 
do mar do quaternário associadas às correntes de deriva litorânea, às fontes primárias 
de sedimento e às armadilhas para retenção do sedimento. Frequentemente tais 
planícies estão associadas a desembocaduras de grandes rios e/ou reentrâncias na 
linha de costa, e podem estar intercaladas por falésias e costões rochosos de idade 
pré-cambriana. As planícies costeiras formadas pela justaposição de cordões 
litorâneos são uma das feições mais marcantes do litoral brasileiro, especialmente da 
 
27 
 
sua porção sudeste e sul, em cujos ambientes atuais podem ser encontradas praias, 
dunas frontais, cordões litorâneos e zonas intercordões. 
 
Planície Amazônica 
A Planície Amazônica foi formada no período quaternário e está localizada no 
estado de Rondônia e noextremo norte do Amazonas, porém não é possível saber 
sua extensão exata, pois os relevos se interpenetram. 
Sua altitude varia entre 90 a 200 metros acima do nível do mar. Seu clima é o 
Equatorial, quente e úmido, com pluviosidade que ultrapassa os 2000 mm anuais e 
baixa amplitude térmica, devido às temperaturas que são altas o ano todo. De 
superfície aplainada, com um clima que ocasiona ainda mais o aplainamento e 
compartimentação da superfície. 
Conta com uma vegetação de floresta equatorial, que apesar de possuir solos 
rasos e pobres, essa vegetação se renova a partir da decomposição do seu próprio 
bioma, além de sofrer forte intervenção humana, com o desmatamento e a imposição 
da agropecuária. 
Conta com uma vegetação de floresta equatorial, que apesar de possuir solos 
rasos e pobres, essa vegetação se renova a partir da decomposição do seu próprio 
bioma, além de sofrer forte intervenção humana, com o desmatamento e a imposição 
da agropecuária. 
Planície do Pampa 
Localiza-se entre o Rio Grande do Sul e a Argentina. Sua vegetação é 
composta por plantas rasteiras, com algumas árvores próximas aos rios. Auxilia no 
controle da erosão. Possui clima subtropical, com temperaturas amenas e chuvas ao 
longo do ano. 
 
Planície do Pantanal 
Situa-se na porção oeste de Mato Grosso do Sul e sul do Mato Grosso. É 
banhada pelo rio Paraguai e apresenta terrenos sedimentares quaternários. 
O nome Pantanal, a rigor, é impróprio, já que não se trata de uma área 
permanentemente alagada, a não ser, e apenas parcialmente, por ocasião das cheias, 
quando os rios da bacia do Paraguai extravasam seus leitos e provocam inundações. 
 
28 
 
Nesta época surgem pequenas lagoas, e as já existentes se ampliam. Essas 
lagoas de formas circulares ou elípticas são chamadas de baías e, por ocasião da 
estiagem, quando as águas descem, a intensa evaporação provoca a formação das 
salinas, locais para onde o gado se dirige. Quando as cheias são violentas, as baías 
se ampliam e ligam-se umas às outras através de canais chamados corichos. Entre 
uma baía e outra existem terrenos mais elevados denominados cordilheiras, que são 
os locais preferidos pelos fazendeiros para instalarem suas fazendas de gados, 
porque nelas o gado está protegido das inundações. 
Com a utilização de tecnologias mais avançadas, definiu-se novos critérios para 
a classificação do relevo brasileiro, segundo Jurandyr L. S. Ross, divididos em 28 
unidades: 11 planaltos, 11 depressões e 06 planícies. 
Durante muito tempo, a classificação mais comum do relevo brasileiro foi a 
proposta pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. Entretanto, em 1995, as tradicionais 
discussões e descrições sobre o relevo do Brasil que predominavam nas salas de 
aulas e nos materiais didáticos foram abaladas pela súbita notoriedade que uma nova 
proposição de classificação das formas de relevo adquiriu, inclusive nos meios de 
comunicação, tendo sido noticiado até mesmo que o mapa do Brasil mudara. Tratava-
se de uma proposta do professor Jurandyr L. Sanches Ross, da Universidade de São 
Paulo, que rapidamente adquiriu formas oficiais, sendo espraiada para todas as 
publicações, concursos e vestibulares. Com essa penetração, o entendimento da 
proposta tornou-se obrigatório, mas também gerou diversas distorções. 
Essa classificação foi feita a partir de descobertas que revelaram, por exemplo, 
que a planície Amazônica não possui as proporções imaginadas anteriormente. Além 
disso, teríamos mais planaltos do que se sabia, e identificaram-se depressões que 
desconhecíamos. 
Para se produzir uma classificação, é preciso dominar um conjunto de 
informações sobre o fenômeno que será alvo dela. Quanto mais atualizadas e 
pormenorizadas as informações, melhor. Para fazer uma classificação é preciso ainda 
uma definição muito clara e precisa dos critérios, métodos e formas teóricas de 
encarar o objeto que se vai estudar. A proposta do professor Jurandyr resulta mais 
um modo de ver a dinâmica do relevo do que propriamente do acesso a novas 
informações, que sozinhas não seriam decisivas para esse fim. 
 
29 
 
Independentemente dos mistérios técnicos dessa nova classificação, ela é 
louvável por ter produzido uma discussão sobre os critérios e as formas de 
pensamento, mostrando que a realidade, mesmo a natural, pode ser interpretada de 
várias maneiras. 
Considerando os grandes compartimentos geológicos, da litosfera – escudo 
cristalino, bacia sedimentar e dobramentos modernos -, as classificações genéricas 
da estrutura geológica do Brasil, apontavam uma combinação de bacias sedimentares 
(64% do território) e escudos cristalinos (46%), e a inexistência de dobramentos 
modernos, encontráveis, na América do Sul somente em sua parte oeste (os Andes). 
A nova proposta parte, da mesma base, apresentado apenas um dado 
diferente: os escudos cristalinos são divididos em duas partes, em razão das 
diferentes origens dessas rochas. A primeira delas são as plataformas, terrenos 
formados na chamada era Pré-Cambriana (abrangendo as eras Azoica, Arqueozoica 
e Proteozóica), portanto, entre 900 milhões e 4,5 bilhões de anos atrás. Trata-se de 
terras baixas e aplainadas, onde predominam rochas cristalinas. 
A Segunda são os cinturões orogênicos, áreas que sofreram dobramentos 
antigos e ainda guardam traços serranos, como testemunho da movimentação 
ocorrida. No Brasil essas áreas datam também do período Pré-Cambriano, com 
predomínio de rochas cristalinas. 
 
Formações geomorfológicas conhecidas como “cuestas”, na Serra de 
Botucatu (SP). Situadas em área de depressão muito erodida, elas resistiram 
porque são constituídas por materiais geológicos mais rígidos. 
 
As cadeias orogenéticas que existiam no Brasil não se enquadram na 
compartimentação de dobramentos modernos, sendo mesmo muito diferentes destes. 
Como já dissemos, não há sentido para em destacar, para uma classificação genérica 
em escala planetária, todos os dobramentos antigos, já que eles perderam quase 
todas as suas características originais, a começar pela composição rochosa, agora 
metamorfizada. Mas, no caso do Brasil, o professor Jurandyr viu sentindo em dar esse 
destaque para melhor explicitar sua longa tipologia de planaltos e assim explicar as 
formas do nosso relevo. 
 
 
30 
 
Quanto às formas de relevo propriamente ditas, confrontando a 
classificação do professor Jurandyr com a tradicional, pode-se constatar as 
seguintes diferenças, que vão merecer explicação: 
 
A classificação convencional identifica apenas planícies e planaltos, estes em 
áreas de escudos cristalinos e bacias sedimentares. 
A nova classificação introduz uma terceira macro compartimentação: as 
depressões. 
A nova classificação identifica, na grande bacia sedimentar amazônica, um 
grande trecho de planalto e uma enorme área de depressão, enquanto as 
classificações anteriores identificam essa área como planície; o mesmo ocorre em 
outras áreas de terras rebaixadas, que anteriormente eram identificadas como 
planícies e agora passaram a ser designadas como depressão. 
Extensas áreas tradicionalmente caracterizadas como planaltos, na nova 
classificação são identificadas como grandes depressões. Consequentemente, a 
continuidade antes atribuída aos planaltos foi perdida. 
Por exemplo: a extensa área designada como planalto Brasileiro, que dominava 
a parte central do território, na nova classificação ficou toda recortada e interrompida 
por depressões. 
 
 
 
Fonte: plantasdobrasil.com.br 
 
31 
 
Considerando a inclusão de mais um macro compartimento de relevo – as 
depressões –, a perda de continuidade territorial dos planaltos e o destaque que o 
autor resolveu dar aos planaltos associados aos dobramentos pré-cambrianos, um 
dos resultados de sua proposta foi o aumento da nomenclatura dos segmentos de 
relevo, que costuma assustar os que imaginam ser necessário decorar todos essesnomes. 
Assim, temos planaltos identificados em associação com as bacias 
sedimentares, em associação com duas manifestações das plataformas (núcleos 
arqueados e cobertura residual de sedimentos) e em associação com os dobramentos 
antigos. 
6 O CLIMA BRASILEIRO 
O Brasil é um país com grande diversidade climática. Em alguns lugares faz 
frio e em outro muito calor, mas em geral a temperatura é elevada em quase todo o 
território. Há três tipos de clima no país: equatorial, tropical e temperado. 
 
Clima Equatorial 
Presente nas zonas tropicais (Amazônia, África e Indonésia), próximas à Linha 
do Equador. Apresenta temperaturas elevadas, com médias anuais em torno de 25°C, 
pequena amplitude térmica (diferença entre a maior temperatura registrada e a 
menor) e muita umidade, com médias pluviométricas superiores a 2.000 milímetros 
por ano. 
 
Clima Tropical 
Ocorre na maior parte das regiões localizadas entre os trópicos de Capricórnio 
e de Câncer. Apresenta elevadas temperaturas, com médias anuais em torno de 20ºC, 
e duas estações bem definidas: uma quente e úmida (verão) e outra mais fria e seca 
(inverno). A quantidade de umidade varia conforme a sua localização. Regiões 
tropicais próximas ao litoral, que são influenciadas pela maritimidade, são mais 
úmidas do que as regiões localizadas no interior do continente, que são influenciadas 
pela continentalidade. Assim, as médias de pluviosidade variam entre 1.000 e 2.000 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/maritimidade-continentalidade.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/maritimidade-continentalidade.htm
 
32 
 
por ano e dependem da região em que se encontram. Em virtude dessa variação de 
umidade, o clima tropical pode ser dividido em: Clima tropical úmido ou 
litorâneo e Clima tropical continental ou clima tropical típico. As áreas mais elevadas 
do clima tropical apresentam temperaturas mais amenas em razão da variação de 
altitude, o que configura o clima tropical de altitude. 
 
Clima Temperado 
Presente em áreas de médias altitudes, é o único tipo de clima que possui as 
quatro estações bem definidas: Primavera, Verão, Outono e Inverno. 
Possui temperaturas mais amenas, com médias anuais que variam em torno de 8ºC 
e 15ºC, e umidade que varia de acordo com a sua localização (quanto mais próximo 
ao litoral, mais úmido). Esse tipo de clima é dividido em: 1) Clima temperado 
oceânico - É um clima mais úmido e que apresenta invernos menos rigorosos em 
virtude da influência da umidade oceânica. Como a água demora mais tempo para se 
resfriar, ela mantém a temperatura atmosférica por mais tempo, diminuindo, assim, a 
amplitude térmica entre o verão e o inverno. 2) Clima temperado continental - como 
não é influenciado pela umidade oceânica, é mais seco e apresenta invernos mais 
rigorosos. 
7 HIDROGRAFIA 
A hidrografia brasileira ocupa um lugar de destaque entre os elementos naturais. 
O destaque nesse sentido é proveniente da quantidade e variedade hídrica presente 
no país. 
Grande parte dos rios brasileiros nasce em relevos com pouca altitude, exceto o 
rio Amazonas, que nasce na Cordilheira dos Andes. 
Com 55.467 km2 o país ocupa o primeiro lugar em rede hidrográfica, isso devido 
à sua extensão. A riqueza hídrica nacional favorece a presença de rios de grande 
profundidade, além de rios largos e extensos, em decorrência do tipo de relevo 
predominante no país forma rios de planaltos. 
 
33 
 
No Brasil, os rios são caudalosos e as bacias hidrográficas extensas, 
proporcionando um significativo potencial hídrico no desenvolvimento de usinas 
hidrelétricas, captação de água, irrigação, transporte entre outros. 
As principais características da hidrografia brasileira são: 
 Ocorrência de grande parte dos rios do tipo caudalosos, isso significa 
cursos com elevado volume de água e que não secam (perene), 
característica derivada do clima úmido. Somente no sertão nordestino 
ocorre, em determinadas localidades, rios temporários. 
 Domínio principal de foz do tipo estuário e alguns rios com foz do tipo delta. 
 Os regimes dos rios brasileiros são de predominância do tipo pluvial, isso 
quer dizer que os períodos de cheias e vazantes são determinados pela 
ocorrência de chuvas e secas, influência direta do clima na hidrografia. 
 Modesta quantidade de lagos. 
 Superioridade de rios que deságuam no mar, nascem no interior do país e 
percorrem em direção ao oceano, chamado de drenagem do tipo exorréica. 
 Grande parte dos rios corre sobre planaltos e depressões, esses são os 
tipos de relevo que mais se destacam no Brasil, favorecendo a instalação 
de usinas hidrelétricas. 
 
Em detrimento da abundância hídrica, o Brasil se coloca como um privilegiado 
nesse sentido, uma vez que a escassez de água assola muitos países do mundo. 
Apesar dessa riqueza, a população não cuida dos rios, pois diariamente são 
lançados esgotos, produtos químicos, lixo e muitos outros detritos nos mesmos. 
 
 
34 
 
Fonte: 
www.todamateria.com.br 
8 BACIAS HIDROGRÁFICAS 
A Bacia Hidrográfica, também chamada de Bacia de Drenagem, é uma região 
caracterizada pela captação de água da chuva que escoam pela chamada “rede de 
drenagem” (rede hidrográfica), formada pelos cursos de água como riachos, córregos, 
ribeirões e os rios, seus afluentes e subafluentes.- Bacia do Leste - Bacia do Sudeste-
Sul. 
Em síntese, a bacia hidrográfica corresponde a uma área drenada por um rio e 
seus afluentes. Importante destacar que dois aspectos são primordiais para a 
constituição das bacias hidrográficas: o relevo e a hidrografia. 
O Brasil possui 12 regiões hidrográficas, das quais oito Bacias Hidrográficas se 
destacam: 
 
Bacia Amazônica 
Maior bacia hidrográfica do mundo, localizada na região norte do país, com 
aproximadamente 7 milhões de Km2 de extensão, no qual cerca de 4 milhões de 
Km2estão no território brasileiro. O principal rio da Bacia Amazônica é o rio Amazonas, 
https://www.todamateria.com.br/relevo/
https://www.todamateria.com.br/bacia-amazonica/
https://www.todamateria.com.br/rio-amazonas/
 
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sendo seus principais afluentes os rios: Negro, Solimões, Madeira, Purus, Tapajós, 
Branco, Juruá, Xingu e Japurá. 
 
Bacia do Tocantins-Araguaia 
Maior bacia hidrográfica totalmente brasileira, a bacia do Tocantins-Araguaia, 
está localizada nas regiões norte e central do país e possui cerca de 2.500 km. Sua 
denominação advém da união dos nomes dos dois rios mais importantes da bacia: o 
Araguaia e o Tocantins. 
 
Bacia do Rio Parnaíba 
Localizada na região nordeste do país, a bacia do rio Parnaíba possui cerca de 
340 mil Km2 de extensão. O principal rio é o Parnaíba e seus afluentes que merecem 
destaque são: Parnaíbinha, Gurguéia, Balsas, Medonho, Uruçuí-Preto, Poti, Canindé 
e Longa. 
 
Bacia do Rio São Francisco 
Localizada na região sudeste (Minas Gerais) e, em maior parte, na região 
nordeste do país, a bacia do rio São Francisco possui aproximadamente 640 mil 
Km2 de extensão. Seu principal rio é o rio São Francisco, popularmente chamado de 
“Velho Chico”, sendo seus principais afluentes os rios: Pardo, Paraopeba, Jequitaí, 
Pará, Abaeté, Grande, Verde e das Velhas. 
 
Bacia do Paraná 
Localizada na região sudeste e sul do Brasil, a bacia do Paraná possui cerca 
de 800 mil Km2 de extensão. O principal rio é o Paraná que recebe as águas de muitos 
afluentes com destaque para os rios: Grande, Tietê, Paranapanema. 
 
Bacia do Rio Paraguai 
Localizada na região centro oeste do país, a bacia do Paraguai possui cerca de 
1.100.000 Km2 de extensão. O principal rio é o Paraguai, um dos afluentes do rio 
Paraná. 
 
Bacia do Rio Paraíba do Sul 
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https://www.todamateria.com.br/bacia-do-rio-paraiba-do-sul/
 
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Localizada na região sudeste, a Bacia do rio Paraíba do Sul possui cerca de 60 
mil Km2 de extensão. Seu principal rio é o Paraíba do Sul, que banha os estados do 
Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Seus principais afluentes são os rios: 
Paraibuna, Jaguari, Buquira, Pomba, Piabanha e Muriaé. 
 
Bacia do Rio Uruguai 
Localizada na região sul do Brasil, a bacia do rio Uruguai possui 
aproximadamente 385 mil Km2 de extensão, donde 180.000 Km2 estão no território 
brasileiro. Seu principal rio é o Uruguai com destaque para seus afluentes: Peixe, 
Chapecó, Peperi-Guaçu, Passo Fundo, Ijuí, Negro e da Várzea. 
 
 
 
Bacia Platina 
A Bacia do rio da Prata (Bacia Platina), formada pelas Bacias do Uruguai, 
Paraná e Paraguai, é considerada uma das maiores bacias hidrográficas do mundo, 
com cerca de 3 milhões Km2 de extensão, donde 1,4 milhão Km2 está localizada em 
território brasileiro. 
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https://www.todamateria.com.br/bacia-platina/
 
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9 VEGETAÇÃO 
 
Fonte: portalkairos.org 
O espaço geográfico brasileiro abrange seis tipos de cobertura 
vegetal: Floresta Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal e 
Pampa. Apesar de essas vegetações sofrerem com o processo de desmatamento 
desde o período da colonização, elas ainda recobrem uma considerável parte do 
território nacional. A seguir, as principais características de cada uma delas: 
 
 
Floresta Amazônica 
Também chamada de Floresta Latifoliada Equatorial, é a maior e mais extensa 
forma de vegetação no Brasil, ocupando também vários outros países da América do 
Sul. Sua área aproximada, atualmente, corresponde a mais de seis milhões de km², 
sendo que quatro milhões deles encontram-se no Brasil. Ocupa quase a metade do 
território brasileiro, apesar de 20% de sua área já ter sido devastada. 
Caracteriza-se por ser uma floresta do tipo heterogênea, ou seja, com uma 
acentuada variedade de espécies vegetais. É do tipo perene (as árvores não perdem 
 
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as suas folhas em um determinado período do ano), higrófita (com fácil adaptação à 
umidade) e latifoliada (as folhas costumam ser grandes e largas). 
 
Mata Atlântica 
Também chamada de Floresta Latifoliada Tropical, ocupa cerca de 13% do 
território nacional, sendo menor apenas que a Floresta Amazônica e o Cerrado. É o 
tipo de cobertura vegetal mais devastado, apresentando atualmente apenas 14% de 
sua área original. Localiza-se ao longo de todo o litoral brasileiro, estendendo-se da 
região Nordeste do país. Em alguns de seus trechos, encontram-se os maiores índices 
de biodiversidade do planeta, ou seja, apresenta uma grande quantidade de espécies 
de animais e vegetais por m². 
 
Cerrado 
É uma formação florestal do tipo Savana, sendo considerado por muitos 
autores como o mais complexo tipo de savana do mundo. É o segundo maior domínio 
florestal brasileiro, ocupando mais de 24% da área do país. Assim como a Mata 
Atlântica, o Cerrado também foi bastante devastado, tendo quase 80% de sua 
biomassa destruída pela ação do homem. 
Em virtude do fato de a baixa umidade ser predominante durante a maior parte 
do ano, bem como por apresentar um solo pobre em nutrientes, o Cerrado apresenta 
árvores esparsas, não muito altas e de tronco retorcido para evitar a perda de água. 
Existem também os chamados Cerradões, em que a formação florestal é mais densa. 
Por apresentar um solo muito ácido, seu território pouco favoreceu a agricultura 
até os anos 1970, quando se descobriu que, acrescendo Calcário ao solo, essa acidez 
era corrigida. Tal descoberta contribuiu para um avanço da agricultura no país, porém 
também foi responsável pela intensificação de processo de devastação dessa 
composição florestal. 
 
Caatinga 
Localizada quase totalmente na região Nordeste do Brasil, a Caatinga é o único 
bioma 100% situado em território nacional, ocupando cerca 10% da área do Brasil. 
Apesar de ser aparentemente pobre em diversidade, é a mata de clima semiárido mais 
rica em fauna e flora do mundo, o que justifica a necessidade de sua preservação. 
 
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A sua vegetação caracteriza-se por ser do tipo xerófila (que se adapta 
facilmente à aridez). Sua composição muda conforme variam as condições climáticas. 
Durante os períodos de estiagem, perde suas folhas e fica praticamente seca. No 
entanto, durante o período de chuvas, rapidamente se transforma, tornando-se uma 
vegetação verde recoberta de folhas. 
 
Pantanal 
O complexo do Pantanal ocupa parte da região Centro-oeste do país, 
estendendo-se por outros países, como Paraguai e Argentina. Ocupa cerca de 2% do 
território brasileiro, caracterizando-se, principalmente, por ser a formação florestal 
mais heterogênea do país e por ser considerada a maior planície inundável do mundo. 
As condições de vida animal nesse ambiente são determinadas pela dinâmica 
dos fluxos de água. Durante a época das chuvas (a maior parte do ano), os leitos dos 
rios costumam transbordar, em virtude da baixa declividade do terreno; nesse período, 
as espécies terrestres migram buscando refúgio e os animais aquáticos se 
reproduzem. Durante a época das secas, o nível das águas novamente diminui e deixa 
o solo rico em nutrientes, favorecendo o retorno das espécies de animais e facilitando 
a reprodução das aves. 
Por ser uma zona de transição entre a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e 
o Cerrado, apresenta uma elevada biodiversidade, chegando a registrar um dos 
maiores índices de concentração de animais em todo o mundo. 
 
Pampa 
Também chamado de Campos Sulinos e Campanha Gaúcha, é uma vegetação 
de campo, formada por plantas herbáceas (predominantemente rasteiras). Ocupa 
cerca de 2% do território nacional na região Sul do país e se estende ao Uruguai. 
 
 
 
 
 
 
 
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10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AB’SABER, A.N. Regiões de Circundesnudação Pós-Cretáceos no Planalto 
Brasileiro. Boletim Paulista de Geografia v.1, p. 1-21, 1949. 
AB’SABER, Aziz N. O relevo brasileiro e seus problemas. In: AZEVEDO, Aroldo de 
(org.). Brasil. A terra e o homem. São Paulo, Nacional, 1964. 
Ab’Sáber A.N. 1975. Formas do Relevo. Projeto brasileiro para o ensino de geografia. 
São Paulo, Edart. 80p. 
CABRAL, J. KOIDE, S. SIMÕES, S.J.C. MONTENEGRO, S. (2003) Recursos 
hídricos Subterrâneos. In Hidrologia Aplicada à Gestão de Pequenas Bacias 
Hidrográficas. Org. por PAIVA, J.B.D. PAIVA, E.M.C.D. ABRH, Porto Alegre, pp. 237-
279. 
CASSETI, W. Ambiente e apropriação do relevo. São Paulo, Contexto, 1991. 
Casseti V. 1994. O relevo no contexto ideológico da natureza: uma nota. Boletim 
Goiano de Geografia, 14(1):103-115. 
EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. CENTRO 
NACIONAL DE PESQUISA DE SOLO. Sistema brasileiro de classificação de 
solos. Rio de Janeiro: EMBRAPACNPS, 1999. 412p. 
FONSECA, G.P.S. Formas de Relevo e os Materiais de Superfície do Pantanal de 
Poconé MT. Tese de doutoramento. São Paulo: FFLCH-USP, 2015. 
PENA, Rodolfo F. Alves. Vegetação no Brasil; Brasil Escola. Disponível em 
<https://brasilescola.uol.com.br/brasil/vegetacao-brasil.htm>. Acesso em 19 de marco 
de 2019. 
Ross J.L.S. 1999. Relevo Brasileiro: Planaltos, Planícies e Depressões. In: Ana 
Fani A. Carlos. org. Novos Caminhos da Geografia. São Paulo, Ed. Contexto. p. 41-
63. (Col. Caminhos da Geografia). 
SIPOT2000. Banco de dados hidrológicos. ELETROBRÁS. 
 
41 
 
SOUSA, Rafaela. Depressões. Geografia Física. Disponível em 
<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/depressoes.htm>. Acesso em 
13/02/2019. 
DA REDAÇÃO. Nova medição do IBGE aumenta 1,52 metro do Pico da Neblina. 
Disponível em <http://blogdescalada.com/nova-medicao-do-ibge-aumenta-152-
metro-do-pico-da-neblina/>. Acesso em 13/02/2019. 
 
 
 
 
 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/geografia-fisica.htm

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