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Introdução a Parasitologia Termos • Agente etiológico: é o agente causador ou responsável por uma doença. Pode ser vírus, bactéria, fungo, protozoário ou helminto. É sinônimo de “patógeno”. • Vetor: é um artrópode, molusco ou veículo que transmite um parasito entre dois hospedeiros. Termos • Parasito: é o ser vivo de menor porte que vive associado a outro ser vivo de maior porte, à custa ou na dependência deste. • Hospedeiro: é o organismo que alberga o parasito. Termos • Epidemia: é conceituada como a ocorrência de uma doença em uma população, que se caracteriza por uma elevação progressiva, inesperada e descontrolada, ultrapassando os valores endêmicos ou esperados. • Endemia: é definida como a presença constante de uma doença em uma população de determinada área geográfica; pode também referir-se a prevalência usual de uma doença em um grupo populacional ou em uma área geográfica. • As doenças parasitárias, em sua grande maioria, se manifestam como endemias, no Brasil e no mundo. Bases da Parasitologia Clínica • Parasitologia: é a ciência que estuda o parasitismo. • O parasitismo ocorre quando um organismo vive em associação com outro organismo, do qual retira os meios para sua sobrevivência. • Protozoário, helminto ou artrópodes. Bases da Parasitologia Clínica Estuda: • Parasitos e Hospedeiros; • Patogenia; • Epidemiologia; • Diagnóstico; • Profilaxia e tratamento. Surgimento do parasitismo • Os seres vivos na natureza apresentam inter- relacionamento. • O parasitismo ocorreu quando na evolução de uma destas associações um organismo menor se sentiu beneficiado, quer pela proteção, quer pela obtenção de alimento. Adaptações - Morfológicas • Degenerações: representadas por perdas ou atrofia de órgãos locomotores, aparelho digestivo etc. • Hipertrofia: encontradas principalmente nos órgãos de fixação, resistência ou proteção e reprodução. Adaptações - Biológicas • Capacidade reprodutiva: são capazes de produzirem grandes quantidades de ovos, cistos ou outras formas infectantes. • Tipos diversos de reprodução: o hermafroditismo, a partenogênese, a poliembrionia. Adaptações - Biológicas • Capacidade de resistência à agressão do hospedeiro: presença de enzimas que neutralizam a ação dos sucos digestivos; capacidade de resistir à ação de anticorpos. • Tropismos: os diversos tipos de tropismos são capazes de facilitar a propagação, reprodução ou sobrevivência. Epidemiologia • É o estudo da distribuição e dos fatores determinantes da frequência de uma doença. • Trata de dois aspectos fundamentais: a distribuição (idade, sexo, raça, geografia etc.), e os fatores determinantes da frequência de uma doença (tipo de patógeno, meios de transmissão etc.). Epidemiologia O objetivo principal da epidemiologia é a promoção da saúde através da prevenção de doenças, em grupos populacionais. Relações interativas entre o homem e o agente etiológico • Meio ambiente biológico: inclui reservatórios de infecção, vetores que transmitem as doenças (moscas, mosquitos, triatomíneos), plantas e animais. • Meio ambiente social: é definido em termos da organização política e econômica e da inserção do indivíduo dentro da sociedade. • Meio ambiente físico: inclui situação geográfica, recursos hídricos, poluentes químicos, agentes físicos e ambientais, que são os seus componentes. Temperatura, umidade e pluviosidade são variáveis climáticas que mais de perto se relacionam com as doenças. Prevenção e Controle • Prevenção primária: Medidas que procuram impedir que o indivíduo adoeça, controlando os fatores de risco; agem, na fase em que o indivíduo encontra-se sadio ou suscetível. • Ex.: saneamento básico, moradia adequada, tratamento de água, alimentação adequada, imunização, controle de vetores. Prevenção e Controle • Prevenção secundária: Medidas aplicáveis aos indivíduos que se encontram sob a ação do agente patogênico. Estas medidas procuram impedir que a doença se desenvolva para estágios mais graves, que deixe sequelas ou provoque morte. • Ex.: o diagnóstico da infecção ou da doença, e o tratamento. Prevenção e Controle • Prevenção terciária: Consiste na prevenção da incapacidade através de medidas destinadas a reabilitação, aplicadas na fase em que esteja ocorrendo ou que já tenha ocorrido a doença. • Ex.: reeducação e readaptação de pessoas. Associação Parasito - Hospedeiro • Comensalismo: é a associação harmônica entre duas espécies, na qual uma obtém vantagens (o hóspede) sem prejuízos para o outro (o hospedeiro). • Essas vantagens podem ser: proteção (habitação), transporte (meio de locomoção) e nutrição (o hóspede se aproveita dos restos alimentares). Associação Parasito - Hospedeiro • Simbiose: é a associação entre seres vivos, na qual há uma troca de vantagens, que esses seres são incapazes de viver isoladamente. Associação Parasito - Hospedeiro • Parasitismo: é a associação entre seres vivos, na qual existe unilateralidade de benefícios, ou seja, o hospedeiro é espoliado pelo parasito, pois fornece alimento e abrigo para este. Tipos de Parasitos • Endoparasitas: são parasitas internos, localizam-se nos tecidos ou dentro das células. Ex.: protozoários e helmintos. • Ectoparasitas: são parasitas externos, que vivem na superfície do corpo do hospedeiro. Ex.: artrópodes como ácaros, carrapatos e piolhos. Tipos de Hospedeiro • Hospedeiro definitivo: é o que apresenta o parasito em sua fase de maturidade ou em fase de reprodução sexuada. • Hospedeiro intermediário: é aquele que apresenta o parasito em sua fase larvária ou assexuada. Ação Parasito - Hospedeiro • Ação espoliativa: quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro. • Ação tóxica: algumas espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro. Ex.: reações alérgicas. Ação Parasito - Hospedeiro • Ação mecânica: algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. Ex.: obstrução intestinal. • Ação traumática: causada pela migração ou fixação do parasita, causando traumas. Ação Parasito - Hospedeiro • Ação irritativa: Deve-se a presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado. • Ação enzimática: ação de enzimas do parasita contra o hospedeiro Ação Parasito - Hospedeiro • Anoxia: qualquer parasito que consuma o O2, da hemoglobina, ou produza anemia, é capaz de provocar uma anoxia generalizada. Intensidade da doença parasitária • Número de formas infectantes; • Malignidade da cepa; • Idade e estado do hospedeiro; • Órgãos acometidos; • Resposta imunológica do hospedeiro. Ciclo Biológico • Ciclo monoxêmico: são parasitas que completam seu ciclo biológico em um só hospedeiro. • Ciclo heteroxêmico: são parasitas que necessitam de mais de um hospedeiro para completar seu ciclo biológico. Tipos de Vetor • Vetor biológico: quando o agente etiológico se multiplica ou se desenvolve no vetor. • Vetor mecânico: quando o parasito não se multiplica ou se desenvolve no vetor, esse simplesmente serve de transporte ao parasito. Formas evolutivas • Cisto: é a forma de resistência de certos protozoários, nos quais se encontra uma película ou cápsula protetora, envolvendo uma forma capaz de reproduzir-se quando encontrar o ambiente adequado. • Oocisto: forma de resistência e, ou transmissão, originadas da reprodução sexuada. • Trofozoíto: Estágio adulto ou forma ativa do protozoário capaz de se alimentar, movimentar e se reproduzir. Formas evolutivas • Ovo: formas derivadas da reprodução sexuada. • Larva: formas originadas do ovo. • Verme adulto. Reprodução • Reprodução sexuada: nos protozoários ocorre por conjugação, e nos helmintos ocorre por junção dos gametas feminino e masculino. • Reprodução assexuada: mais comum em protozoários – bipartição ou cissiparidade. Nomenclatura • A nomenclatura das espécies é designada por duas palavras: a primeira represente o gênero (deve ser escritacom a primeira letra maiúscula); a segunda a espécie considerada (deve ser escrita com letra minúscula, mesmo quando for nome de pessoa). Estas palavras devem ser escritas em itálico. Referências • Neves, DP. Parasitologia Humana. 11ª ed., São Paulo: Atheneu, 2005. • Pantoja, LDM. et al. Princípios de parasitologia. 2. ed., Fortaleza: EdUECE, 2015.
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