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Aula 09 – Contratos empresariais 
Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Professor: Wangney Ilco 
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 Curso REGULAR de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 09 
 
Prof.º Wangney Ilco 2 de 66 
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Sumário 
1- Princípios da teoria geral dos contratos mercantis .......................... 3 
1.1– Introdução: Aplicabilidade do Código Civil e do Código de Defesa do Consumidor .............. 3 
1.2–Princípios fundamentais dos contratos ................................................................................... 4 
2- Contrato de compra e venda mercantil ............................................ 7 
2.1–Elementos e formação do contrato de compra e venda ........................................................ 8 
2.2–Obrigações do vendedor e comprador ................................................................................. 10 
3 – Contratos de colaboração ............................................................ 11 
3.1 – Contratos de Mandato e Comissão Mercantil .................................................................... 12 
3.2–Contrato de representação comercial autônoma ................................................................. 13 
3.3–Contratos de Agência e de Distribuição ................................................................................ 14 
3.4–Concessão Mercantil ............................................................................................................. 15 
3.5 – Contrato de Franquia (franchising) ..................................................................................... 16 
4 – Contratos Bancários ..................................................................... 17 
4.1– Contrato de depósito ........................................................................................................... 17 
4.1.1–Contrato de depósito bancário ...................................................................................... 18 
4.2–Fomento Mercantil (Factoring) ............................................................................................. 19 
4.3–Arrendamento Mercantil (Leasing) ....................................................................................... 21 
4.4–Alienação Fiduciária em Garantia ......................................................................................... 25 
5 – Questões comentadas ............................................................... 27 
6 – Lista de questões ......................................................................... 53 
7 – Gabarito ....................................................................................... 66 
 
 
 
 
Aula 09 – Princípios de teoria geral dos contratos mercantis. Tipos 
contratuais mercantis. Contratos mercantis: compra e venda, 
arrendamento mercantil (leasing), franquia (franchising), 
faturização (factoring), mandato e comissão mercantil, 
representação comercial autônoma, agência e distribuição, 
concessão mercantil, contrato de depósito bancário e alienação 
fiduciária em garantia. Aplicabilidade do Código Civil e do Código de 
Defesa do Consumidor. 
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E 
aqui estou eu, o escultor que pode dar forma a este dia. 
(Albert Einstein) 
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Teoria e Questões comentadas 
Prof.º Wangney Ilco – Aula 09 
 
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1- Princípios da teoria geral dos contratos mercantis 
 
1.1– Introdução: Aplicabilidade do Código Civil e do Código de 
Defesa do Consumidor 
 Bem, em termos gerais, o contrato é uma espécie de negócio jurídico 
bilateral, por meio do qual os indivíduos contraem obrigações uns com os 
outros de forma a atender os seus respectivos interesses. A sua disciplina 
normativa está no Código Civil de 2002 (arts. 421-853): Título V – Dos 
Contratos em Geral e Título VI – Das Várias Espécies de Contrato. Além 
disso, estudaremos algumas leis específicas, ok? 
Dos diversos tipos de contratos, como os civis, trabalhistas, 
consumeristas, aquele que interessa à nossa disciplina é o firmado entre os 
empresários e as sociedades empresárias entre si. Então, esta aula de 
hoje pressupõe empresários como as partes nas diversas espécies de contratos, 
como meio de exercer a sua atividade típica de empresa. 
 De forma contrária, caso a relação contratual entre as partes tenha 
características meramente consumeristas, mesmo entre empresários, o 
contrato não será mercantil e não será abrangido pelo regime jurídico 
empresarial. Neste sentido dispõe o Enunciado nº 20 da I Jornada de Direito 
Comercial, do Conselho da Justiça Federal (CJF): 
 
 
 
 
 
 
 Portanto, o CDC será aplicado aos contratos onde uma das partes 
representa um consumidor final, sem o intuito empresarial na relação 
contratual. Já no Código Civil, encontraremos os fundamentos da matéria 
contratual e algumas espécies de contratos mercantis, beleza? 
No mais, antes de estudarmos cada espécie de contrato, devemos cuidar 
dos príncípios que regem os contratos. 
 
 
 
Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor aos 
contratos celebrados entre empresários 
em que um dos contratantes tenha por objetivo suprir-se 
de insumos para sua atividade de produção, 
comércio ou prestação de serviços. 
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1.2–Princípios fundamentais dos contratos 
 Os princípios gerais que regem os contratos são os seguintes: 
Princípio Características 
Princípio da 
Autonomia da 
Vontade 
As partes têm liberdade para estabelecer as regras do 
contrato, contudo “em razão e nos limites da função social 
do contrato” (art. 421, CC). Deve haver equilíbrio contratual. 
 
Princípio do 
Consensualismo ou 
Consentimento 
O acordo de vontade entre as partes é o suficiente para 
caracterizar o vínculo contratual e assumir as obrigações. As 
exceções são os contratos reais, onde para aperfeiçoar o 
contrato é preciso a entrega de coisa, e os solenes, que 
dependem de formalidades. 
 
Princípio da 
Relatividade 
Os efeitos do contrato se restringem somente às partes (e 
herdeiros, quando o contrato não for personalíssimo) e ao 
objeto contratual. Exceção a esse princípio são os contratos 
expressos em favor de terceiro, como o seguro de vida. 
Princípio da 
Obrigatoriedade 
Pacta sunt servanda (os pactos devem ser respeitados). Traz 
segurança jurídica à relação contratual. Também conhecido 
como Princípio da Força Obrigatória 
 
 
Princípio da revisão 
Rebus sic stantibus (enquanto as coisas estão assim). 
Representa a chamada Teoria da Imprevisão e é exceção ao 
princípio da obrigatoriedade. O pacto pode ser alterado em 
razão das circunstâncias serem diferentes do momento da 
celebração do contratoprejudicando uma das partes. 
Princípio da boa-fé Os contratantes devem observar na conclusão e na execução 
do contrato a probidade e a boa-fé (art. 422, CC). 
 
 Ademais, vale ressaltarmos a evolução de alguns princípios tradicionais 
e o surgimento de princípios emergentes (atuais): 
 Princípio da autonomia privada => Princípio da boa-fé objetiva: pelo 
princípio da autonomia privada, prevalece a liberdade das partes de 
estipular as cláusulas contratuais, criando direitos e obrigações. Atualmente, 
o princípio da boa-fé objetiva restringe/limita a autonomia privada. A boa-fé 
objetiva corresponde à lealdade e à confiança nas relações contratuais, 
exercendo função interpretativa (quando houver dificuldade hermenêutica 
ou divergência entra vontade e declaração – art. 113, CC), função corretiva 
(veda-se o abuso de direito -art. 187, CC) e função integrativa 
(deveres/obrigações existentes além do contrato – dever de 
confidencialidade, dever de informação, etc. art. 422, CC). 
 
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a 
boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. 
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Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao 
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim 
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na 
conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade 
e boa-fé. 
 
 Princípio da Relatividade => Princípio da Função Social: pelo princípio 
da relatividade, as obrigações e deveres contratuais abrangem somente as 
partes contratantes, não alcançam terceiros. Ao contrário, o princípio da 
função social aduz que o contrato não se restringirá aos interesses das partes 
contratuais, mas poderá abranger terceiros, observando os interesses da 
coletividade (solidariedade social). O princípio da função social do contrato 
tem base constitucional, como o princípio da livre iniciativa e a função social 
da propriedade. Portanto, o princípio da relatividade é mitigado (sofre 
limitação) pelo princípio da função social, ou seja, o contrato abrange não só 
as partes, como também poderá alcançar estranhos à relação contratual. 
Num acidente de trânsito, a vítima atropelada (um terceiro) poderá exigir 
indenização diretamente da seguradora. Ainda, o contrato poderá ser 
oponível de forma negativa a terceiros, ou seja, terceiros não podem atentar 
contra os pactos dos contratantes, posto que não lhe diz respeito. 
 
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites 
da função social do contrato. 
 
 Princípio da obrigatoriedade => Princípio do Equilíbrio Econômico: O 
princípio da obrigatoriedade representa o pacta sunt servanda (o contrato 
deve ser cumprido). No entanto, atualmente, o princípio da obrigatoriedade 
contratual não deve ser tão rigoroso, visto que, por exemplo, a revisão 
contratual é admitida. Assim, o princípio da obrigatoriedade é mitigado em 
razão, e objetivando, o equilíbrio econômico do contrato, tendo em vista 
aspectos relacionados à lesão e à excessiva onerosidade superveniente de 
uma das partes. 
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, 
ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente 
desproporcional ao valor da prestação oposta. 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a 
prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, 
com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos 
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do 
contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da 
citação. 
 
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 Por fim, devemos conceituar as seguintes teorias relacionadas à teoria 
geral dos contratos: 
 Teoria da Imprevisão: existe uma cláusula implícita nos contratos por 
meio da qual é permitida a revisão do contrato pela via judicial de forma 
a manter as condições inicialmente contratadas, quando presentes 
acontecimentos imprevisíveis e extraordinários. É a chamada 
cláusula rebus sic stantibus. Portanto, a teoria da imprevisão 
representa uma proteção ao equilíbrio contratual e à igualdade entre as 
partes. Também podemos dizer que a teoria da imprevisão está ligada ao 
conceito de onerosidade excessiva (art. 478, CC). 
 
Teoria do adimplemento substancial: ocorre quando o contrato estiver sido 
significativamente cumprido ou quase integralmente executado, e a mora for 
irrelevante, não ocorrendo a extinção contratual. Neste caso, outras 
consequências jurídicas podem ocorrer, como pedido de indenização por perdas 
e danos ou a mora. A aplicação desta teoria visa à preservação dos negócios 
jurídicos. A teoria do adimplemento substancial é bastante aplicada em 
contratos de financiamento. 
Bem, estes são os princípios fundamentais dos contratos. Verificaremos, 
agora, cada espécie de contrato mercantil, que, objetivamente falando, é o que 
cai em prova!!! Beleza? 
 
Obs.: Contratos típicos ou nominados – são aqueles estabelecidos e 
regulados por meio de legislação específica; Contratos atípicos ou 
inominados – são aqueles que podem ser estabelecidos livremente por acordo 
entre as partes pois não possuem uma lei específica normatizadora, devendo, 
no entanto, observar as normas gerais dos contratos (art. 425, CC). 
 
1. (FCC/Procurador-TCM-BA/2011) Os contratos 
empresariais: 
b) não estão vinculados à função social do contrato. 
Comentários 
Incorreta. Os contratos mercantis estão subordinados ao regramento civil, 
conforme já vimos acima. Assim, a função social do contrato mencionada no 
art. 421 do CC é aplicada aos contratos mercantis. A função social do contrato 
pode ser relacionada com as questões da dignidade da pessoa humana, com o 
bem estar da sociedade nacional, além do equilíbrio contratual. No nosso quadro 
de princípios acima, a função social refere-se ao princípio da autonomia da 
vontade. Porém, antes de ser limitador da liberdade contratual, a função social 
legitima esta liberdade, ok? Então, pessoal, devemos ter em mente que a função 
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social dos contratos é uma norma geral, que pode ser aplicada, inclusive, aos 
contratos mercantis ou empresariais. Gabarito: Incorreta. 
 
 
2- Contrato de compra e venda mercantil 
 
 Pois bem, o contrato de compra e venda está previsto no art. 481 do CC 
de forma geral, pelo qual uma das partes se obriga a transferir o domínio decoisa certa, enquanto a outra parte obriga-se ao pagamento a preço certo 
em dinheiro. 
 No caso que nos interessa, o mercantil ou empresarial, temos a 
participação de empresários ou de sociedades empresárias como participantes 
dessa relação contratual. Vejamos os REQUISITOS que caracterizam o 
contrato de compra e venda mercantil: 
 
 
 
 Notemos, portanto, que o empresário que compra determinada 
mercadoria com finalidade alheia a sua atividade econômica, para consumo por 
exemplo, não está sujeito ao regime dos contratos mercantis; ele encontra-se 
numa relação de consumo. Assim, é preciso que o objetivo de circulação de bens 
e riquezas esteja presente, ou seja, o empresário comprador da mercadoria 
deve empregá-la na sua atividade econômica de produção ou circulação de 
mercadorias para que a relação contratual mercantil fique configurada. 
 Então, pergunto: Na prática, qual a diferença do contrato de compra e 
venda mercantil em relação ao civil? A única diferença apontada é com relação 
à consequência no caso de insolvência do comprador. No mercantil, por se 
tratar de empresário, o contrato fica sujeito ao regime falimentar; no civil, o 
vendedor pode exigir caução como garantia de entrega do bem contratado em 
caso de insolvência do comprador (Art. 495. Não obstante o prazo ajustado para 
o pagamento, se antes da tradição o comprador cair em insolvência, poderá o 
vendedor sobrestar na entrega da coisa, até que o comprador lhe dê caução 
de pagar no tempo ajustado). 
 
Compra e venda 
mercantil
Comprador e vendedor devem ser EMPRESÁRIOS
O objeto contratual deve ser uma mercadoria
Finalidade de circulação de bens
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2.1–Elementos e formação do contrato de compra e venda 
 O contrato de compra e venda necessita de 3 (três) elementos: 
 
Obs.: Alguns autores indicam que o elemento “Condições” dá lugar ao elemento 
“Consentimento”. Fiquem atentos!!! A seguir falaremos do consentimento. 
 No entanto, estes elementos devem ser conjugados a partir da vontade 
das partes, ou seja, do consentimento entre os contratantes; o consentimento 
seria comum a todos os contratos. Portanto, o contrato de compra e venda é 
classificado como consensual, pois a obrigação contratual forma-se com a 
simples vontade das parte, não sendo necessário outro pressuposto 
qualquer. O art. 482 do CC dispõe muito bem sobre esse aspecto: “A compra e 
venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes 
acordarem no objeto e no preço”. Ou seja, é esssencial ao contrato de 
compra e venda o consentimento/ajustes sobre o preço e a coisa. 
2. (FCC/Procurador-TCM-BA/2011) Os contratos 
empresariais: 
e) de compra e venda entre empresas só podem ter como objeto coisa atual, 
defeso que se contrate sobre coisa futura. 
Comentários 
Incorreta. Conforme vimos acima, um dos elementos principais do contrato de 
compra e venda mercantil é o objeto contratato. Este objeto poderá ser uma 
coisa atual (já existente no momento da elaboração do contrato) ou futura 
(ainda será fabricada ou passará para o domínio do vendedor). Esta disposição 
está no art. 483, CC. Logo, esta afirmativa está incorreta devido à expressão 
“só”. 
 
Nota: Além de consensual, os contratos em geral podem ser reais ou solenes. 
É real o contrato que depende da entrega da coisa (múto bancário – o 
mutuante deve entregar ao mutuário o dinheiro). O solene forma-se somente a 
Elementos
O objeto
Deve ser lícito, possível, determinado ou 
determinável. Pode ser coisa atual ou 
futura, móvel ou imóvel. 
O preço
Fixado livremente pelas partes ou ao 
arbítrio de terceiro designado. Pode ser à 
vista ou a prazo.
As condições
As partes devem acertar as condições de 
exibilidade das obrigações (condição 
suspensiva ou resolutiva).
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partir da observância estrita de determinadas formalidades e emissão de 
documento, conforme a lei (Ex: contrato de compra e venda de imóvel). 
 No mais, a materialização das vontades das partes se dá pela proposta e 
aceitação: 
 PROPOSTA  Proponente se vincula a sua vontade (proposta), em 
regra; 
 ACEITAÇÃO  Aceitante adere incondicionalmente aos termos do 
contrato celebrado. 
 Em relação ao preço, é nulo o contrato de compra e venda onde apenas 
uma das partes exclusivamente fixa o preço, conforme o art. 489, CC. 
 Ainda sobre o preço, a regra é que as partes devem ajustá-lo, porém o 
preço do contrato pode ser fixado pelas formas a seguir: 
1) Ao arbítrio de terceiro; 
2) Pela taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia e lugar; 
3) Por meio de índices ou parâmetros suscetíveis de objetiva 
determinação; 
4) Por tabelamento oficial; 
5) Se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram 
ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor; 
6) Se não houver acordo sobre o preço acima, prevalece o termo médio. 
 
3. (FCC/Procurador-TCM-BA/2011) Os contratos 
empresariais: 
d) são mero protocolo de intenções, como regra, não obrigando efetivamente o 
proponente. 
Comentários 
Incorreta. Como regra, o proponente se obriga a sua proposta de contrato (art. 
427, CC). A exceção ocorre nas seguintes hipóteses: 
 Os termos da proposta permitem a retratação ou arrependimento do 
proponente (“...se o contrário não resultar dos termos dela...”); 
 A natureza do negócio resulta na desobrigatoriedade do preponente; 
 Certas circunstâncias previstas em lei (art. 428, CC). 
Portanto, a assertiva está incorreta! 
 
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2.2–Obrigações do vendedor e comprador 
 Podemos listar 3 (três) obrigações principais do vendedor no contrato de 
compra e venda: 
 
 Além destas, o vendedor também tem a obrigação de custear as despesas 
com a tradição (entrega) dos bens, como o transporte e seguro (art. 490, CC). 
Porém, tanto as despesas com tradição, como a responsabilidade pelos vícios e 
evicção podem ser mitigadas por cláusulas no contrato, caso seja da vontade 
dos contratantes. 
 Quanto às obrigações do comprador, verificamos as seguintes: 
 Podemos notar que a principal obrigação do comprador é o 
pagamento do preço contratado pelo bem objeto do contrato de compra e 
venda. 
 
 
 
Obrigações do
Vendedor
Responsabilidade 
pelos vícios na coisa 
vendida
Embora sem defeito, o 
bem é também viciado 
se o seu valor é inferior 
ao comprado.
Rescisão do contrato 
(ação redibitória) ou
Redução proporcional 
do preço - ação 
estimatória.
Transferir o domínio 
do objeto contratado
O momentoda tradição 
do bem determina os 
direitos e deveres dos 
contratantes.
Indenização por 
perdas e danos ou
Entrega da coisa 
vendida
Responsabilidade por 
evicção
É a perda do objeto por 
ser propriedade de 
terceiro em decisão 
judicial.
O vendedor arca c/ 
todas as despesas 
judiciais e indeniza 
todas as perdas do 
comprador
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Pagamento do preço, no tempo e local acordado. Se nada for 
acordado, será à vista no momento e local da entrega do bem. 
Recebimento da mercadoria no local, na data e do modo 
contratados.
Providenciar e arcar com o registro correspondente ao 
domínio do bem transferido, quando necessário. Ex: aquisição de 
quotas ou ações de sociedade.
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3 – Contratos de colaboração 
 
 No contrato de colaboração há dois sujeitos: o colaborador e o 
fornecedor. Por meio do contrato, o colaborador se obriga a criar ou ampliar 
o mercado relativo aos produtos ou serviços do fornecedor. Portanto, o 
colaborador pratica ações ou atividades objetivando beneficiar a atividade 
empresarial do fornecedor. 
 Em termos práticos, o colaborador pode atuar no ramo da propaganda, 
divulgação, treinamento de pessoal, e outras. Então, o fornecedor contrata 
terceiros para criar ou ampliar o mercado de seus produtos. O colaborador, 
deste modo, possui o dever de realizar investimentos para cumprir as 
obrigações pactuadas com o fornecedor. 
 Por sua vez, o fornecedor deve garantir ao colaborador as condições 
necessárias para que ele tenha o retorno de seus investimentos. Assim, o 
fornecedor garante que não irá realizar concorrência direta ou indiretamente ao 
seu colaborador em determinada localidade. Esta é a chamada cláusula de 
exclusividade de zona ou de territorialidade que integra grande parte dos 
contratos de colaboração. 
 Os contratos de colaboração podem ser assim divididos: 
 Veremos cada um desses contratos acima, ok? 
 
 
 
• O colaborador atua na 
identificação dos revendedores
dos produtos do fornecedor, 
recebendo um valor pecuniário 
sobre os negócios que ajudar a 
celebrar entre fornecedor e 
revendedor.
Por 
aproximação
• O colaborador adquire os 
produtos do fornecedor por meio 
de contrato de compra e venda 
mercantil para revendê-los. A 
remuneração do colaborador é 
devida pelo exercício de sua 
própria atividade de revenda.
Por 
intermediação
Concessão 
Distribuição-
intermediação 
Mandato 
Comissão 
Representação 
Agência 
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3.1 – Contratos de Mandato e Comissão Mercantil 
 Os contratos de mandato e comissão mercantil são espécies de contratos 
de colaboração por aproximação e estão previstos no Código Civil (art. 653 
a 709). O objetivo é o escoamento da produção do fornecedor com a ajuda do 
colaborador na identificação e motivação dos possíveis revendedores. Por seu 
trabalho, o colaborador costuma receber determinado percentual sobre as 
vendas dos produtos do fornecedor. Logo, tais contratos são considerados 
onerosos pela própria dinâmica e natureza da atividade empresarial. 
 Ressalta-se que quando tratar-se de contratos civis, o art. 658 do CC 
acena com a possibilidade de gratuidade quando não houver sido estipulada 
contribuição, ok? 
 Assim, vejamos as principais característicasdesses contratos de forma 
comparativa no quadro abaixo: 
MANDATO MERCANTIL COMISSÃO MERCANTIL 
Colaborador = Mandatário presta 
serviços ao Fornecedor = Mandante 
Colaborador = Comissário presta 
serviços ao Fornecedor = Comitente 
Mandatário pratica atos em nome e por 
conta do mandante 
Comissário pratica atos em nome 
próprio, mas a conta do comitente 
O adquirente dos produtos realiza 
negócio com o mandante=fornecedor 
O adquirente dos produtos realiza negócio 
com o comissário=colaborador 
REGRA- art. 697: Pelo inadimplemento ou insolvência do comprador, o colaborador 
(mandatário ou comissário) não responde. Sua remuneração continua devida. 
 
 Porém, na comissão mercantil, o comissário poderá responder em caso 
de inadimplência ou insolvência do comprador quando agir com culpa ou exisitir 
cláusula Del credere. 
Obs.: Cláusula Del credere: Na comissão, pode ser estipulada a transferência 
do comitente para o comissário do risco de descumprimento das obrigações do 
comprador. O comissário fica solidário com o comprador perante o 
comitente, quando há inadimplência ou insolvência do comprador (art. 698, 
CC). O comissário poderá ter comissão maior neste caso, devido ao aumento 
dos riscos. 
4. (FCC / Procurador–TCE–MA / 2005) A empresa X Ltda. 
celebrou contrato com a empresa Y Ltda., pelo qual se obrigou a realizar 
operações de venda de bens fabricados por esta última. As operações de 
venda seriam realizadas junto aos clientes em nome de X e por conta de Y. 
Não foi estipulada em contrato a chamada cláusula del credere. De acordo 
com essa fórmula de contratação, em caso de insolvência dos clientes, a 
empresa Y Ltda. 
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a) teria o direito de reclamar de X todos os valores que deixaram de ser pagos 
pelo cliente final, tendo em vista que X, na qualidade de concessionária 
autorizada para a revenda dos produtos de Y, deve responder solidariamente 
com os seus clientes. 
b) teria o direito de exigir de X a parcela relativa aos custos de produção das 
mercadorias, excluindo-se, no entanto, o lucro que seria obtido em cada 
operação. 
c) não teria, como regra, o direito de reclamar a dívida junto à empresa X, 
porque esta, na qualidade de comissária, não responde pela insolvência das 
pessoas com quem tratar. 
d) não teria o direito de reclamar a dívida junto à empresa X, porque, nos 
contratos de representação comercial, o representante não responde pela 
insolvência dos clientes, exceto se ajustada previamente a cláusula del 
credere. 
e) não teria o direito de reclamar a dívida junto à empresa X, porque, após a 
entrega da mercadoria, o único vínculo jurídico que subsiste é o contrato de 
compra e venda entre a empresa Y e o cliente final. 
Comentários 
Letra “c”. Pelo enunciado da questão podemos notar que trata-se de contrato 
de comissão mercantil firmado entre a empresa X e Y, onde X é a comissária e 
Y a comitente. Assim, a empresa X atua em seu próprio nome mas a conta de 
Y, portanto, como regra, X não responderá pela inadimplência ou insolvência 
dos compradores com que contratar (art. 697). No enunciado, há a informação 
de inexistência de cláusula Del credere.Portanto, a única alternativa correta é 
a letra C. Ressalta-se, que nos contratos de representação comercial é proibida 
a inserção da cláusula Del credere, como mais a frente veremos. 
 
3.2–Contrato de representação comercial autônoma 
 O contrato de representação comercial autônoma é um contrato de 
colaboração por aproximação, sendo regulado pela Lei nº 4.886/65. É 
considerado, portanto, um contrato típico, onde o representante se obriga a 
comercializar as mercadorias do representado por meio de contratos de 
compra e venda mercantil, em caráter não eventual. Neste tipo de contrato 
não há vínculo empregatício entre representante e representado; por isso, é 
autônomo. Porém, o representante deve ter registro no Conselho Regional de 
Representantes Comerciais. 
 Portanto, o representante realiza a intermediação ou mediação de 
negócios empresariais, transmitindo propostas ou pedidos para o representado, 
podendo ser pessoa física ou jurídica. Vejamos outras importantes 
características do contrato de representação comercial autônoma: 
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Obs.: Exclusividade de zona: o representante tem direito de atuar com 
exclusividade em determinada região. Se o representado desejar atuar, direta 
ou indiretamente, deverá fazer constar expressamente esta condição no 
contrato, pois a cláusula de exclusividade de zona é implícita. 
Obs.: Exclusividade de representação: o representante tem direito de 
representar outro fornecedor. Para que seja proibido, deve vir expresso em 
contrato, pois a cláusula de exclusividade de representação não é implícita. 
 Em relação ao direito à remuneração do representante, somente será 
paga quando ocorrer o pagamento dos pedidos ou propostas, ou seja, é preciso 
que tenha sido encaminhado o pedido ou a proposta ao representado e que este 
tenha aceitado; então, após o pagamento pelo comprador, o representante terá 
direito à sua comissão. 
 Por fim, nos termos do art. 43 da lei 4.886/65, é vedada a inclusão de 
cláusula Del credere nos contratos de representação autônoma – portanto, o 
representante não poderá ser responsabilizado pelos riscos de descumprimento 
das obrigações do contrato pelo comprador. 
 
3.3–Contratos de Agência e de Distribuição 
 Há certa divergência de autores se os contratos de agência e de 
distribuição são modalidades distintas de contrato ou não. Não entraremos 
nesse mérito, pois temos outros objetivos, certo? No entanto, basta sabemos 
que, embora muito semelhantes, a tendência é que sejam tratados como 
contratos distintos, ok? 
 Pois bem, o legislador não nos ajudou muito ao conceituar no mesmo art. 
721 do CC os dois contratos: “Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, 
em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de 
promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos 
negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o 
agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada”. Então vejamos algumas 
características comuns aos dois contratos: 
Representação 
Comercial
Contrato interempresarial - o representando não 
pode estar impedido de ser empresário
Deve indicar a existência ou não de exclusividade de 
zona - cláusula implícita
Deve indicar a existência ou não de exclusividade de 
representação - cláusula não implícita
O representante tem direito à comissão pelos negócios 
realizados por meio de seu esforço.
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 Agora, a principal diferença entre o contrato de agência e de distribuição 
está na parte final do art. 710 do CC: “...caracterizando-se a distribuição 
quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada”. 
 Portanto, a distribuição se caracteriza pela aquisição dos bens do 
proponente pelo distribuidor para posterior revenda por sua conta e risco, ok? 
 
3.4–Concessão Mercantil 
 O contrato de concessão mercantil é celebrado entre duas partes 
empresárias, onde uma se obriga a comercializar (revender) os bens 
produzidos pela outra parte. Assim, temos a figura do concessionário 
(colaborador) e do concedente (fornecedor). Pode haver ou não cláusulas de 
exclusividade de comercialização dos produtos e de atuação em determinada 
zona ou território (territorialidade). 
 A concessão mercantil tem como característica o seguinte: 
 
 A grande diferença entre o contrato de concessão e os demais contratos 
de colaboração está justamente no fato de que o concessionário atua em nome 
próprio e por conta própria. O seu objeto principal é a comercialização de 
veículos automotores e peças automotivas. 
Contratos de Agência 
e de distribuição
Atuam de forma 
não eventual ou 
continuada para a 
promoção dos 
negócios do 
proponente 
(fornecedor) sem 
vínculo 
empregatício e 
dentro de zona 
determinada
São consensuais, 
onerosos, típicos. 
O agente ou 
distribuidor são 
retribuídos 
conforme os 
serviços prestados 
ao proponente no 
sentido de escoar a 
sua produção ou 
estoque 
DESPESAS
Com a agência ou 
distribuição são por 
conta do agente ou 
distribuidor, embora 
atuem por conta do 
proponente, salvo
disposição em 
contrário
INDENIZAÇÃO
Direito do 
agente ou 
distribuidor se o 
proponente 
cessar o 
contrato sem 
justa causa ou 
reduzí-lo.
Concessão 
Mercantil
Contrato atípico, exceto quando se trata da lei 
6.729/79 - veículos automotores terrestres -"Lei 
Ferrari".
O concessionário age em nome e por conta 
próprios
É comum o concessionário prestrar serviços de 
assistência técnica aos adquirentes
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3.5 – Contrato de Franquia (franchising) 
 O contrato de franquia empresarial é regulamentado pela Lei nº 
8.955/94. O contrato de franquia objetiva a prestação de serviços 
especializados pelo franqueador ao franqueado em relação a 
determinada atividade empresarial. Tais serviços referem-se ao direito de 
uso de marca ou patente, à distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de 
produtos ou serviços e podem englobar o direito de uso de tecnologia de 
implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos 
ou detidos pelo franqueador. Obviamente que aquele que presta tais serviços, 
o franqueador, receberá remuneração de forma direta ou indireta. Contudo, não 
poderá caracterizar vínculo empregatício entre franqueador e franqueado. 
É considerado um contrato de colaboração. 
 Segundo o art. 6º da Lei 8.955/94, o contrato de franquia deve ser escrito 
e assinado na presença de 2 (duas) testemunhas. Então, vejamos as obrigações 
de cada umadas partes do contrato: 
 
 
 
 Esta circular de oferta de franquia deverá ser entregue ao interessado por 
escrito, em liguagem clara e acessível. Ela contém informações acerca do 
negócio oferecido pelo franqueador, devendo obrigatoriamente conter: 
 Histórico resumido, forma societária e nome completo ou razão social do 
franqueador e de todas as empresas a que esteja diretamente ligado; 
 Balanços e demonstrações financeiras da empresa franqueadora relativos 
aos dois últimos exercícios; 
 Indicação precisa de todas as pendências judiciais em que estejam 
envolvidos o franqueador; 
 Descrição detalhada da franquia, descrição geral do negócio e das atividades 
que serão desempenhadas pelo franqueado; 
 Perfil do franqueado ideal no que se refere a experiência anterior; 
Franqueador
•Fornecer ao interessado a 
circular de oferta de 
franquia que contém 
informações essenciais para a 
celebração do contrato;
•A circular de oferta deve ser 
entregue ao interessado no 
mínimo 10 dias antes da 
assinatura do contrato ou 
pré-contrato ou de qualquer 
pagamento.
Franqueado
•Pagamento da taxa de adesão;
•Pagamento de porcentagem do 
faturamento;
•Venda dos produtos 
exclusivos indicados pelo 
fornecedor;
•Venda dos produtos conforme 
tabela de preços fornecida pelo 
franqueador.
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 Requisitos quanto ao envolvimento direto do franqueado na operação e na 
administração do negócio; 
 especificações quanto ao total estimado do investimento inicial necessário à 
aquisição, implantação e entrada em operação da franquia, ao valor da taxa 
inicial de filiação ou taxa de franquia e de caução e ao valor estimado das 
instalações, equipamentos e do estoque inicial e suas condições de 
pagamento; 
 relação completa de todos os franqueados, subfranqueados e 
subfranqueadores da rede; 
 situação perante o Instituto Nacional de Propriedade Industrial - (INPI) das 
marcas ou patentes cujo uso estará sendo autorizado pelo franqueador. 
 
 Caso, a cirlular não seja apresentada no mínimo em 10 dias antes da 
assinatura do contrato ou pré-contrato ou pagamento de qualquer tipo de taxa 
ao franqueador, o franqueado poderá requerer a anulação do contrato e 
exigir a devolução de tudo que já pagou devidamente corrigido, pela variação 
da remuneração básica dos depósitos de poupança mais perdas e danos. A 
mesma anulabilidade pode ser pleiteada em caso de informações falsas na 
circualr de oferta. 
 Por fim, destaca-se que o contrato de franquia deve ser registrado no 
Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), conforme o art. 211 
da Lei nº 9.279/96, como forma de produzir efeitos em relação a terceiros. 
Caso não seja levado a registro no INPI, o contrato de franquia possui 
validade, mas somente produz efeitos entre as partes. Portanto, notemos 
que o contrato de franquia representa, em suma, prestação de serviços, 
distribuição de produtos e direito de uso de marca e/ou patente, de maneira 
continuada. 
 
 
4 – Contratos Bancários 
 
4.1– Contrato de depósito 
 O contrato de depósito objetiva a custódia ou guarda de bem móvel pelo 
depositário em favor do depositante, o qual poderá solicitar a qualquer 
momento a restituição do bem depositado. Notemos, portanto, que a 
disponibilidade do bem depositado não é transmitida – o depositante 
possui a total disponibilidade do bem. Este tipo de contrato está previsto no art. 
627 e seguinites do CC. 
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 Bem, o depositário, então, poderá receber retribuição do depositante 
pelos serviços prestados de guarda e conservação do bem SE assim for acordado 
em contrato; na omissão de estipulação contratual, a regra é que seja gratuito. 
Não há prazo para vigorar o contrato. 
 No mais, o contrato de depósito poderá ser duas modalidades, conforme 
a característica do bem depositado: 
 
Obs.: Contrato de mútuo: trata de empréstimos de coisa fungível. O mutuário 
(depositário) obriga-se a restituir ao mutuante (depositante) a coisa depositada 
no mesmo gênero, quantidade e qualidade. Aqui o domínio do bem é transferido 
ao mutuário, que arca com todos os riscos. 
 
4.1.1–Contrato de depósito bancário 
 O depósito bancário aproxima-se do contrato de depósito irregular 
(bens fungíveis), na medida em que o depositante fornece ao banco depositário 
a custódia e guarda de seus valores monetários. É o contrato de conta bancária 
que as pessoas possuem junto aos bancos, ok? 
 Porém, a grande diferença entre o depósito bancário e o depósito 
irregular é que o banco torna-se proprietário dos valores monetários 
depositados pelo cliente. Assim, esta é uma relação contratual considerada 
como fiduciária, pela qual o banco poderá utilizar o bem depositado pelo cliente 
em outras operações ou despesas. 
 Por fim, há 3 (três) modalidades de depósito bancário: 
 
Contrato de Depósito
Bens fungíveis
O depósito é considerado 
irregular, pois a devolução será 
em bens do mesmo gênero, 
qualidade e quantidade. 
Semelhante ao mútuo.
Bens infungíveis
Os bens depositados são específicos 
e o depósito é considerado regular, 
pois a restituição é do próprio bem 
depositado.
Depósito 
Bancário
À vista Quando solicitada, a restituição deve 
ser imediata pelo banco
A pré-aviso A restituição se dará em prazo fixado 
pelas partes
A prazo fixo O depositante somente pode solicitar a 
restituição após determinada data
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4.2–Fomento Mercantil (Factoring) 
 Segundo art. 15, §1º, III, d), da Lei nº 9.249/95 que altera a legislação 
do imposto de renda sobre pessoas jurídicas, o contrato de factoring seria 
definido como a prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria 
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, 
administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos 
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de 
serviços (factoring). 
 Já o Professor Fabio Ulhoa Coelho define o contrato de factoring nesses 
termos: 
“O fomento mercantil (factoring) é contrato pelo qual um 
empresário (faturizador) presta a outro (faturizado) serviços de 
administração do crédito concedido e garante o pagamento das 
faturas emitidas (maturity factoring). É comum também o contrato 
abranger a antecipação do crédito, numa operação de 
financiamento (convencional factoring).” 
 Assim, podemos concluir que, o fomento mercantil ou faturização ou 
factoring é o contrato por meio do qual uma empresa assume o faturamento 
da outra, bem como a administraçãode seus créditos junto aos clientes, 
obrigando-se ao seu pagamento. Então, a parte (faturizador) que assume o 
faturamento irá cobrar o valor das faturas diretamente dos clientes da outra 
parte (faturizado). 
 Portanto, o empresário faturizado receberá o pagamento antecipado ou 
não pelas faturas, sem prestar garantia de que os seus clientes irão pagá-las ao 
empresário faturizador. Obviamente, que o ganho da faturizador está na 
compra dessas faturas por valor menor do que aquele representado por 
elas. 
 Então, temos a seguinte esquematização para fixarmos bem a ideia de 
fomento mercantil, bem como as suas modalidades: 
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 Vejamos algumas características do contrato de factoring que podem ser 
cobrados em prova: 
 
 
Obs.: As empresas de factoring são equiparadas às instituições financeiras 
por determinação expressa do §2º do art. 1º da LC 105/2001, para fins de 
sigilo de suas operações. Há julgados no STJ que consideram que as 
empresas de factoring não se sujeitam à LC 105/2001 por não serem 
consideradas como instituições financeiras. Logo, fiquem atentos a essa 
contradição. 
Fomento 
mercantil
Faturizador adquire as faturas do faturizado
Obrigações
do faturizador
Administrar os créditos do 
faturizado
Pagar ao faturizado o valor 
das faturas
Assume o risco pelo não 
pagamento pelo devedor
Conventional factoring - o 
faturizado recebe pagamento 
antecipado, há 
financiamento e serviço de 
administração do crédito. 
Maturity factoring - o 
faturizado recebe pagamento 
no vencimento e serviço de 
administração do crédito. 
Não há financiamento 
Factoring
Contrato atípico - sem regulamentação legal
As empresas de factoring não são instituições 
financeiras - sem autorização do BACEN
Proibidas de exercer atividades típicas de bancos
Juros máximos de 12% a.a. em suas operações, 
conforme a lei de Usura (decisão do STJ)
Cessão dos créditos ao faturizador, que assume o risco 
pelo inadimplemento, salvo estipulação em contrário (art. 
296, CC). Não há direito de regresso contra o 
faturizado.
Modalidades 
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4.3–Arrendamento Mercantil (Leasing) 
 O contrato de arrendamento mercantil ou leasing é formado por duas 
partes: a empresa arrendadora ou locadora e o cliente arrendatário. O 
arrendatário escolhe determinado bem e a empresa arrendadora adquire esse 
bem para ele. O cliente arrendatário, então, detém a posse e o usufruto do bem 
nos termos do contrato e por prazo determinado. Porém, a propriedade do bem 
é da arrendadora, beleza? 
 Portanto, no polo da arrendadora temos uma pessoa jurídica constituída 
sob a forma de sociedade anônima e que deve ter autorização do Banco Central 
para explorar operações de arrendamento mercantil. No lado do arrendatário, 
podemos ter tanto uma pessoa jurídica quanto física. Também, importa destacar 
que o contrato de arrendamento mercantil tem regulamentação específica: 
 
5. (FCC/Juiz Substituto-TJ-GO/2012) Sobre contratos 
mercantis, é correto afirmar: 
a) No arrendamento mercantil ou leasing, previsto em lei, o arrendador é 
necessariamente pessoa jurídica, constituída sob a forma de sociedade 
anônima, controlada e fiscalizada pelo Banco Central, tendo o contrato por 
objeto bem móvel ou imóvel. 
Comentários 
Correta. Conforme o art. 11 da Res. CMN 2.309/96 o objeto do contrato de 
leasing pode ser bem móvel ou imóvel. O art. 3º desta resolução também 
disciplina que a arrendadora seja pessoa jurídica constituída sob a forma de 
sociedade anônima e autorizada pelo BACEN. Assertiva correta. 
 
Leasing
Lei 6.099/74 e 
Res. CMN 
2.309/96
Arrendatário
(cliente)
Bem 
móvel ou 
imóvel
Arrendadora
(empresa)
Propriedade 
Posse e 
usufruto 
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 O parágrafo único do art. 1º da Lei nº 6.099/74 define o arrendamento 
da seguinte forma: 
“....o negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de 
arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária, 
e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela 
arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio 
desta”. 
 Conforme o art. 11 da Res. CMN 2.309/96 o objeto do contrato de leasing 
pode ser bem móvel ou imóvel. Os arts. 3º e 4º desta resolução também 
disciplinam que a arrendadora seja uma pessoa jurídica constituída sob a forma 
de sociedade anônima e autorizada pelo BACEN. Importa destacar ainda que se 
aplica à sociedade arrendadora a legislação pertinente às instituições financeiras 
(Lei nº 4.595/64). 
Art. 11. Podem ser objeto de arrendamento bens móveis, de produção 
nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos pela entidade 
arrendadora para fins de uso próprio da arrendatária, segundo as 
especificações desta. 
Obs.: Nome empresarial: a expressão “Arrendamento Mercantil” é privativa das 
sociedades arrendadoras. 
 Uma característica importante e específica do arrendamento mercantil é 
a opção de no final do contrato o arrendatário adquirir o bem, ou seja, o 
contrato poderá prever ao arrendatário a opção de compra do bem pagando um 
valor residual. Também, poderá renovar o contrato por mais um período ou, 
simplesmente, devolver o bem à empresa arrendadora. Assim, há 3 
possibilidades de ação ao arrendatário ao final do contrato: 
 
 Observemos, então, que o contrato de arrendamento mercantil reflete 
uma promessa unilateral de venda devido ao fato de que o arrendador 
concede a opção de compra ao arrendatário. Da mesma maneira, podemos 
visualisar nessa operação de arrendamento mercantil o instituto do mandato 
quando o próprio arrendatário se dirige ao vendedor para escolher o bem que 
será objeto do arrendamento. No mais, o contrato de arrendamento mercantil 
pode ser considerado de natureza complexa por conta dessa combinação de 
elementos. 
Opções do 
arrendatário
Continuar o arrendamento
Encerrar o arrendamento
Adquirir o bem por valor 
residual (parcelas pagas mais 
depreciação)
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 Pois bem, ainda é importante sabermos queexistem 3 (três) modalidades 
de contrato de arrendamento mercantil ou leasing previstas na Lei e na 
resolução do BACEN: 
 
 O VRG é previsto somente para o leasing financeiro e não depende do 
exercício da opção de compra ao final do contrato. Conforme o contrato, o 
VRG poderá ser pago juntamente com as parcelas, ou seja, o valor residual do 
bem arrendado será diluído ao longo das parcelas a serem pagas pelo 
arrendatário. Segundo a súmula 293 do STJ, esta antecipação do valor residual 
não descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil: 
“A cobrança antecipada do valor residual garantido (VRG) não 
descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil.” 
 
 Por fim, qual seria o prazo do contrato de arrendamento mercantil? Há 
prazo mínimo? Sim, há prazo mínimo. Vejamos: 
Modalidades de 
Arrendamento
Financeiro
Modelo clássico. 
Arrendadora
adquire o bem e o 
aluga ao arrendatário. 
Soma das parcelas 
suficientes para lucro 
da arrendadora. A 
assistência técnica a 
cargo da arrendatária
Valor residual
inexpressivo.
Valor residual 
garantido (VRG) -
antecipação do valor 
residual do bem
Operacional
O bem pertence à 
arrendadora que o 
aluga. A assistência 
técnica pode ser de 
responsabilidade da 
arrendadora ou da 
arrendatária. Soma 
das parcelas no 
máximo 90% do custo 
do bem arrendado e 
prazo contratual 
inferior a 75% da vida 
útil do bem. Valor 
residual expressivo 
corresponde ao valor 
de mercado do bem.
Lease Back
O bem pertence ao 
arrendatário que o 
vende à empresa 
arrendadora que irá 
arrendá-lo. Ocorre 
sempre na 
modalidade 
financeiro. Envolve 
necessariamente 
pessoas jurídicas.
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 Prazos: 
o Leasing Financeiro: 
 2 (dois) anos, compreendidos entre a data de entrega dos 
bens à arrendatária e a data de vencimento da última 
contraprestação, quando se tratar de arrendamento de bens 
com vida útil igual "ou inferior a 5 (cinco) anos; 
 3 (dois) anos, compreendidos entre a data de entrega dos 
bens à arrendatária e a data de vencimento da última 
contraprestação, quando se tratar de arrendamento de bens 
com vida útil superior a 5 (cinco) anos. 
o Leasing Operacional: 90 (noventa) dias. 
Obs.: Em caso de inadimplemento do arrendatário, pode-se utilizar de ação de 
reintegração de posse. E sobre a mora nos contratos de arrendamento 
mercantil, há a sumula 369 do STJ: “No contrato de arrendamento mercantil 
(leasing), ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é necessária a notificação 
prévia do arrendatário para constituí-lo em mora”. 
6. (FCC / Juiz Substituto-TJ-GO / 2012) Sobre contratos 
mercantis, é correto afirmar: 
e) contrato de arrendamento mercantil, segundo a jurisprudência consolidada 
do Superior Tribunal de Justiça, é descaracterizado pela cobrança antecipada 
do valor residual garantido, tornando-se um contrato de compra e venda de 
execução imediata. 
Comentários 
Incorreta, pois segundo a súmula 293 do STJ “A cobrança antecipada do valor 
residual garantido (VRG) não descaracteriza o contrato de arrendamento 
mercantil”. 
 
3 ANOS 
P/ bem com vida útil 
até 5 anos 
Leasing 
Financeiro 
Entrega do 
bem 
Para os demais bens 
Já para o leasing operacional o prazo mínimo de 
contrato é de 90 dias (art. 8º, II, Res. CMN 2.309/96). 
 
2 ANOS 
Data de vencimento da última 
contraprestação 
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4.4–Alienação Fiduciária em Garantia 
 No contrato de alienação fiduciária em garantia há duas partes: o 
devedor fiduciante e o credor fiduciário. O fiduciante transfere a 
propriedade um bem (móvel ou imóvel) ao fiduciário com a finalidade de 
garantir determinada obrigação prevista em contrato. O fiduciário, então, tem 
a propriedade, mas a posse indireta do bem; a posse direita fica com o 
fiduciante que pode usufruir do bem. Caso o fiduciante cumpra as suas 
obrigações, o fiduciário devolverá a propriedade do bem (condição resolutiva). 
 Portanto, a propriedade fiduciária é um direito real de garantia da 
satisfação de crédito; é um direito acessório. Assim, o contrato de alienação 
fiduciária em garantia é considerado um contrato-meio, pois propicia a 
realização de outros negócios. 
 No Brasil, o contrato de alienação fiduciária em garantia é bastante usado 
quando o comprador adquire crédito para comprar veículos. O credor fica com 
a propriedade do veículo como garantia do pagamento da dívida de 
financiamento pelo comprador, que fica impedido de negociar o veículo com 
terceiros, mas poderá usar normalmente o veículo. Vejamos o seguinte 
esquema para fixarmos os conceitos: 
 
 Bem, por fim destacamos alguns aspectos conforme o instrumento 
legislativo que regula o contrato de alienação fiduciária em garantia: 
 Lei nº 4.728/65, art. 66-B – No âmbito do Mercado Financeiro e de Capitais 
ou em garantia de créditos fiscais ou previdenciários; 
 Lei nº 9.514/97 – Alienação fiduciária de coisa imóvel; 
Alienação 
Fiduciária
Fiduciante 
(devedor)
Fiduciário 
(credor)
Bem móvel ou 
imóvel
É garantia de 
pagamento da dívida 
pelo fiduciante
Condição resolutiva - saldando 
a dívida, a propriedade do bem 
passa ao fiduciante
É contrato-meio
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 Decreto-lei nº 911/69 – Normas processuais sobre alienação fiduciária; 
 Código Civil, art. 1.361 – Propriedade fiduciária de bens móveis. 
 No caso de inadimplemento da obrigação do devedor fiduciante, o 
credor fiduciário poderá vender o bem a terceiros e com o valor da venda 
saldar o seu crédito. Havendo sobra, deverá ser entregue ao devedor. Se o 
valor da venda não bastar para saldar o crédito, o devedor continuará obrigado 
a pagar o saldo devedor. Ressalta-se que o credor não poderá simplesmente 
ficar com bem se a dívida não for paga no vencimento; qualquer cláusula que 
a autorize É NULA. 
 
 
 
 Pois bem, pessoal. Esta foi a parte teórica de hoje. A seguir temos uma 
lista de questões sobre contratos mercantis, ok? 
Abraços e bons estudos! 
Wangney Ilco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7.(FCC/Juiz Substituto-TJ-GO/2015) Acerca do contrato de franquia 
empresarial, é correto afirmar: 
a) O franqueado poderá requerer a sua anulação se não lhe tiver sido fornecida 
a circular de oferta de franquia com a antecedência prevista em lei, ainda 
que não a tenha requerido previamente por escrito ao franqueador. 
b) Deve ser escrito e assinado na presença de 2 testemunhas e só terá validade 
depois de registrado em cartório ou órgão público. 
c) Estabelece vínculo empregatício entre franqueador e franqueado. 
d) A falsidade das informações contidas na circular de oferta de franquia 
entregue ao franqueado o torna nulo de pleno direito, e não meramente 
anulável. 
e) Atualmente não é disciplinado por lei especial ou extravagante, sendo regido 
exclusivamente pelo Código Civil. 
Comentários 
a) É a nossa resposta, conforme o art. 4º, §único da Lei nº 8.955/94. 
b) Incorreta, pois o contrato de franquia terá validade independente de ser 
levado a registro em cartório ou órgão público (art. 6º). 
Art. 6º O contrato de franquia deve ser sempre escrito e assinado na 
presença de 2 (duas) testemunhas e terá validade independentemente de 
ser levado a registro perante cartório ou órgão público. 
c) Incorreta, pois não há caracterização de vínculo empregatício entre as partes. 
Art. 2º Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede 
ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito 
de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, 
eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e 
administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou 
detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem 
que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. 
d) Incorreta, informações falsas tornam o contrato anulável e não nulo de pleno 
direito como sugere a alternativa. 
Art. 7º A sanção prevista no parágrafo único do art. 4º desta lei aplica-
se, também, ao franqueador que veicular informações falsas na sua 
circular de oferta de franquia, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. 
e) Incorreta, o contrato de franquia é disciplinado pela Lei nº 8.955/94. 
Art. 1º Os contratos de franquia empresarial são disciplinados por esta 
lei. 
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8.(FCC / Juiz do Trabalho-TRT-24ª / 2014) No que se refere aos contratos 
a seguir discriminados, é correto afirmar: 
a) Pelo contrato de factoring ou faturização, privativamente uma instituição 
financeira, ela assume o crédito proveniente de vendas mercantis, pagando 
ao cedente sempre antecipadamente o valor ajustado, mediante desconto 
de juros bancários e comissão pela administração do crédito adquirido. 
b) Na representação mercantil, uma das partes obriga-se, contra retribuição 
ajustada com o representado, a promover com exclusividade, 
necessariamente, a realização de operações mercantis em determinada 
região, agenciando pedidos em benefício do representado. 
c) Pelo contrato de leasing uma instituição financeira, ou um particular, 
concede a uma pessoa física ou jurídica, pelo prazo mínimo de 24 meses, o 
direito de utilizar máquinas ou veículos que adquiriu para esse fim, 
cobrando-lhe aluguel por esse uso temporário e admitindo que, a certo 
tempo, declare opção de compra, pagando o preço residual do bem. 
d) Alienação fiduciária em garantia é o negócio jurídico pelo qual o devedor 
fiduciante, para garantir o pagamento da dívida, transmite ao credor 
fiduciário a propriedade de um bem, retendo-lhe a posse direta, sob a 
condição resolutiva de saldar o débito. 
e) Pelo contrato de franchising ou franquia um empresário cede a outro a marca 
de seu produto, sempre mediante assistência técnica e financeira, para sua 
comercialização, recebendo em troca a remuneração previamente ajustada. 
Comentários 
d) É o nosso gabarito. Está conforme a nossa definição que vimos mais acima. 
Segue a definição do Professor Fabio Ulhoa Coelho: 
“A alienação fiduciária é o contrato pelo qual uma das partes (fiduciante) 
aliena um bem para a outra (fiduciário) sob a condição de ele ser 
restituído à sua propriedade quando verificado determinado fato. Trata-
se de contrato-meio, que instrumentaliza outros contratos. A alienação 
fiduciária em garantia é a alienação fiduciária que instrumentaliza o 
mútuo, sendo mutuário o fiduciante e mutuante o fiduciário.”. 
a) Incorreta. Há dois possíveis erros sobre o contrato de factoring: considerar a 
empresa de factoring uma instituição financeira e usar a expressão “sempre”, 
pois há um tipo de factoring onde ocorre o pagamento antecipado. 
Relembremos: 
 
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b) Incorreta, pois o representante pode representar outro representado se nada 
expressamente for dito em contrário. 
c) Incorreta. O erro está no prazo. Relembremos: 
 Prazos: 
o Leasing Financeiro: 
 2 (dois) anos, compreendidos entre a data de entrega dos 
bens à arrendatária e a data de vencimento da última 
contraprestação, quando se tratar de arrendamento de bens 
com vida útil igual "ou inferior a 5 (cinco) anos; 
 3 (dois) anos, compreendidos entre a data de entrega dos 
bens à arrendatária e a data de vencimento da última 
contraprestação, quando se tratar de arrendamento de bens 
com vida útil superior a 5 (cinco) anos. 
o Leasing Operacional: 90 (noventa) dias. 
e) Incorreta, pois o que é cedido é o uso da marca e não a própria marca. Além 
disso, nem sempre é prestada a assistência técnica. 
Art. 2º Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede 
ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao 
direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços 
e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação 
e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou 
detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem 
que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. 
Fomento 
mercantil
Faturizador adquire as faturas do faturizado
Obrigações
do faturizador
Administrar os créditos do 
faturizado
Pagar ao faturizado o valor 
das faturas
Assume o risco pelo não 
pagamento pelo devedor
Conventional factoring - o 
faturizado recebe pagamento 
antecipado, há 
financiamento e serviço de 
administração do crédito. 
Maturity factoring - o 
faturizado recebe pagamento 
no vencimento e serviço de 
administração do crédito. 
Não há financiamento 
Modalidades 
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www.exponencialconcursos.com.br9.(FCC / Juiz Substituto-TJ-GO / 2012) Sobre contratos mercantis, é 
correto afirmar: 
d) Na alienação fiduciária em garantia, é possível ao credor fiduciário ficar com 
o bem objeto do contrato como consequência contratual do inadimplemento do 
devedor fiduciante, com a perda por este das prestações eventualmente pagas. 
Comentários 
 O credor fiduciário NÃO poderá ficar com o bem em caso de 
inadimplemento. O procedimento neste caso é a venda do bem a terceiros para 
que com o valor da venda cubra a dívida do devedor e as despesas de cobrança 
(art. 1.364 e 1.365, CC; art. 3º do DL 911/69). Gabarito: Incorreta. 
Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, 
judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no 
pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o 
saldo, se houver, ao devedor. 
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar 
com a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento. 
Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu 
direito eventual à coisa em pagamento da dívida, após o vencimento 
desta. 
Art. 3o O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que comprovada 
a mora, na forma estabelecida pelo § 2o do art. 2o, ou o inadimplemento, 
requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem 
alienado fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, podendo 
ser apreciada em plantão judiciário 
 
10.(FCC/Juiz Substituto-TJ-GO/2012) Sobre contratos mercantis, é correto 
afirmar: 
d) No contrato de franquia um empresário, denominado franqueador, detentor 
de marca ou produto, concede, mediante remuneração, o seu uso a outra 
pessoa, denominada franqueado, que a explorará mediante vínculo 
empregatício com o franqueador. 
Comentários 
Incorreta. Não há vínculo empregatício entre franqueador e franqueado no 
contrato de franquia (art. 2º da Lei nº 8.955/94). 
 
11.(FCC/Procurador-TCM-BA/2011)Os contratos empresariais: 
a) de prestação de serviço não admitem convencionar por mais de quatro anos, 
embora tenham por causa o pagamento de dívida do prestador ou se destinem 
à execução de certa e determinada obra. 
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Comentários 
Correta. O contrato de prestação de serviço está regulado pelo art. 593 e 
seguintes do CC. São normas gerais que não englobam expressamente os 
contratos sujeitos ao regime trabalhista e previstos em lei especial. Não é um 
tema muito cobrado em prova, mas não custa darmos uma “pincelada de leve”, 
já que temos esta questão, certo? Assim, notemos o esquema abaixo: 
 
 Portanto, conforme o art. 598 do CC, o prazo máximo que poderá ser 
convencionado no contrato de prestação de serviço é de 4 anos, mesmo que o 
objetivo do contrato seja o pagamento de dívida pelo prestador ou a execução 
de obra certa. Assim, a afirmativa da questão está correta. 
 
12.(FCC/Procurador-TCM-BA/2011)Os contratos empresariais: 
c) válidos são os contratos típicos, vedada a celebração de contratos atípicos. 
Comentários 
Incorreta. Como vimos, por contrato atípico, entende-se aquele que não se 
encontra regulamento em lei, ficando à mercê da vontade das partes a sua 
estrutura. O art. 425 do CC prevê a possibilidade das partes celebrarem 
contratos atípicos, devendo observar as normas gerais dos contratos. Logo, 
afirmativa está incorreta. 
 
13.(FCC/Procurador-MPE-CE/2009) Em relação a contratos mercantis, é 
correto afirmar que: 
a) por sua natureza, o mandato mercantil pode ser oneroso ou gratuito. 
b) a compra e venda é mercantil quando o vendedor ou comprador são 
empresários, podendo uma das partes sê-lo ou não. 
c) a alienação fiduciária em garantia tem sua abrangência restrita a bens 
móveis. 
d) as empresas de faturização, ou fomento mercantil, a exemplo das 
instituições financeiras, devem manter sigilo sobre suas operações. 
Contrato de 
prestação de 
serviços
Uma das partes é analfabeta - pode assinatura a rogo e 
subscrito por duas testemunhas
Prazo máximo convecionado entre as partes: 4 (quatro) anos
Omissão de prazo e impossibilidade de inferir: qualquer das 
partes pode encerrar o contrato, mediante aviso prévio.
Aviso prévio: 8 dias, se o salário for no mín. mensal; 4 dias, se 
for por semana ou quinzena; na véspera, se contratado por 
menos de sete dias.
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e) arrendamento mercantil é a locação caracterizada pela compra compulsória 
do bem locado ao término da locação. 
Comentários 
a) Incorreta, pois ao se tratar de contrato empresarial ou mercantil, a 
onerosidade é obrigatória do mandato. Caso o contrato de mandato seja civil, 
presume-se ser gratuito quando não houver sido pactuado a retribuição nos 
termos do art. 658 do CC. 
b) Incorreta, pois os contratos mercantis são celebrados por partes 
empresárias. 
c) Incorreta. A alienação fiduciária em garantia pode ter por objeto tanto bens 
móveis quanto imóveis (art. 22, Lei nº 9.514/97). 
d) Correta. Como vimos, por força do §2º do art. 1º da LC nº 105/2001, as 
empresas de fomento mercantil são equiparadas às instituições financeiras e, 
portanto, devem manter o sigilo sobre as suas operações. 
e) Incorreta. No arrendamento mercantil é opcional a compra do bem pelo 
arrendatário ao final do contrato. O contrato deve conter essa cláusula de opção 
(art. 7º, VI, Res. CMN 2.309/96 e art. 5º, alínea c, Lei nº 6.099/74). 
 
14.(FCC/ICMS-DF/2001) O arrendamento mercantil ou leasing: 
a) é um contrato de natureza complexa, compreendendo uma locação, uma 
promessa unilateral de venda e, às vezes um mandato, quando é o próprio 
arrendatário quem trata com o vendedor na escolha do bem. 
b) é um contrato de natureza composta porque compreende suas operações 
bancárias, uma delas denominada del credere bancário e a outra operação 
de câmbio. 
c) compreende uma compra e venda, posto que os objetos comprados, 
necessariamente móveis ou semoventes, são destinados a revenda ou a 
cessão, bem como a exigência de ser o comerciante o comprador e o 
vendedor. 
d) é um contrato de natureza simples, porque compreende um direito real de 
garantia e uma promessa bilateral de compra e venda, o que resulta na 
imediata titularidade do bem imóvel, o que não ocorre com os móveis. 
e) compreende uma prestação de serviço ou aquisição de produto, 
aproximando-se da cessão, a título gratuito, assim como, de um contrato de 
fornecimento e distribuição. 
Comentários 
Letra “a”. O arrendamento mercantil é considerado contrato de natureza 
complexa, como vimos em nossa aula. Assim, pode compreender uma 
promessa unilateral de compra e venda, já que ao final do contrato há a 
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