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Língua 
Portuguesa
TJ-SP
Livro Eletrônico
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
Bruno Pilastre
Sumário
Aula Essencial 80/20 ..................................................................................................................... 3
Introdução ........................................................................................................................................ 3
Análise do Edital do Concurso para o TJ/SP, Banca VUNESP ................................................. 3
Conteúdos de Língua Portuguesa mais Cobrados nas Últimas Provas da Banca 
VUNESP .............................................................................................................................................. 4
Conteúdos mais Avaliados .......................................................................................................... 10
Resumo dos Conteúdos de Língua Portuguesa mais Avaliados e Perfil da Banca 
VUNESP ............................................................................................................................................. 11
Compreensão e Interpretação de Textos e Sentidos do Texto ............................................. 11
Coesão (Conjunções e Pronomes) ..............................................................................................13
Formação de Palavras (Morfologia) ..........................................................................................15
Sintaxe do Período Simples .........................................................................................................15
Sintaxe do Período Composto ..................................................................................................... 17
Funções do “que” e do “se” ...........................................................................................................19
Pontuação ........................................................................................................................................21
Crase ................................................................................................................................................ 23
Reescrita .........................................................................................................................................24
Questões de Concurso .................................................................................................................28
Gabarito ........................................................................................................................................... 76
Exercícios ........................................................................................................................................ 77
Gabarito ......................................................................................................................................... 108
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
Bruno Pilastre
AULA ESSENCIAL 80/20
Introdução
Nesta Aula 80/20, meu objetivo é tornar a sua preparação mais eficiente. Primeiramente, 
analiso o edital que normatiza o processo seletivo para o Tribunal de Justiça do estado de São 
Paulo (Escrevente Técnico Judiciário), de 21 de julho de 2021. Você observará que o conteúdo 
programático de Língua Portuguesa (Texto e Gramática) abrange muitos tópicos. De modo a 
extrair os conteúdos mais relevantes dessas disciplinas, analiso as provas mais recentes da 
banca Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista – VUNESP, organizadora 
do certame para o TJ/SP. Dessa análise, extraio os pontos mais recorrentes, direcionando a 
sua preparação para o que é mais importante, indo direto ao ponto.
Apenas uma observação: esta Aula 80/20 pressupõe uma articulação com os conteúdos 
abordados em meu curso de Língua Portuguesa (aulas autossuficientes em PDF, Gran Cursos 
Online). Partimos da abordagem mais ampla dos conteúdos (abarcando todos os tópicos do 
edital) para, aqui, otimizarmos ao máximo sua preparação, direcionando as suas forças para 
os conteúdos mais avaliados pela banca. Vamos ao trabalho, então!
AnálIse do edItAl do ConCurso pArA o tJ/sp, BAnCA Vunesp
No Anexo III do Edital para o concurso do TJ/SP, lemos que os seguintes conteúdos de Lín-
gua Portuguesa serão exigidos (Bloco I, 24 questões):
• 1. Análise, compreensão e interpretação de diversos tipos de textos verbais, não verbais, 
literários e não literários.
• 2. Informações literais e inferências possíveis.
• 3. Ponto de vista do autor.
• 4. Estruturação do texto: relações entre ideias; recursos de coesão.
• 5. Significação contextual de palavras e expressões.
• 6. Sinônimos e antônimos.
• 7. Sentido próprio e figurado das palavras.
• 8. Classes de palavras: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem: 
substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção.
• 9. Concordância verbal e nominal.
• 10. Regência verbal e nominal.
• 11. Colocação pronominal.
• 12. Crase. 13. Pontuação.
No subitem 1.1.2, é dito que “a prova objetiva será composta de questões de múltipla esco-
lha, com 5 (cinco) alternativas cada uma”. O(A) candidato(a) deve, é claro, marcar uma única 
alternativa como correta.
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
Bruno Pilastre
Pois bem, já sabemos o que está estipulado no edital, especialmente o conteúdo de Língua 
Portuguesa a ser avaliado. Agora preciso destacar o seguinte: TODOS os conteúdos elencados 
acima estão contemplados em meu curso de Língua Portuguesa (aulas autossuficientes em 
PDF, Gran Cursos Online). Como o objetivo agora é otimizar a sua preparação, abordarei de 
forma objetiva e concisa os conteúdos mais relevantes para a sua preparação – isto é, os con-
teúdos mais cobrados nas últimas provas.
A seguir, faço a análise dos conteúdos de Língua Portuguesa mais abordados nas provas 
anteriores da banca VUNESP e apresento uma sugestão de rotina de estudos. Na sequência, 
apresento didaticamente os conteúdos teóricos mais importantes. Por fim, trabalho as ques-
tões essenciais, ilustrando o modo como cada um dos conteúdos é abordado pela banca.
Conteúdos de línguA portuguesA mAIs CoBrAdos nAs últImAs proVAs dA 
BAnCA Vunesp
A pergunta mais importante (e recorrente) feita por candidato(a)s quando um edital está 
publicado é: qual(is) conteúdo(s) merece(m) mais atenção? E essa pergunta faz muito sentido, 
porque os recursos (tempo, energia, dinheiro) devem ser utilizados com máxima eficiência.
Como saber quais conteúdos de Língua Portuguesa merecem mais atenção? É simples: 
basta analisar as provas anteriores. Quando utilizamos a excelente plataforma Gran Questões, 
aplicando os filtros [Banca VUNESP]; [Língua Portuguesa]; [Anos de 2017 a 2021]; e [Cargo de 
Escrevente Técnico Judiciário], obtemos o seguinte resultado (eu também elaborei o gráfico, 
para facilitar a leitura):
Conteúdo Porcentagem
Interpretação de Textos 40
Sintaxe 19
Morfologia – pronomes e 
conjunções (coesão) 18
Pontuação 14
Crase 9
Tabela – Top 5 dos conteúdos mais recorrentes de Língua Portuguesa nas provas da banca VUNESP entre 2017 
e 2021
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
Bruno Pilastre
Gráfico – porcentagem dos conteúdos mais recorrentes (Top 5) de Língua Portuguesa nas provas da banca 
VUNESP entre 2017 e 2021.
Pronto, temos o resultado dos conteúdos mais recorrentes nas provas de Língua Portugue-
sa aplicadas pela banca VUNESP nos últimos anos.
A pergunta que se coloca agora é a seguinte:
Como estudar esses conteúdos de maneira mais eficiente?
Bom, não há segredo: basta seguir o par teoria-prática. Como você já sabe que o conteúdo 
de crase é avaliado com frequência, estude o conteúdo (principais regras do emprego do sinal 
indicativo de crase) e, na sequência, pratique resolvendo questões. Veremos mais à frente um 
exemplo de questão da banca VUNESP em que o conteúdo de crase é avaliado. Se você repetir 
essa prática por diversas vezes, a sua mente vai gravando de forma muito eficaz esse conteú-
do (isto é, você vai aprendendo de maneira muito sólida).
E especificamente sobre o perfil da banca VUNESP em provas de Língua Portuguesa, o 
que eu devo saber, professor?
Bom, vamos direto ao ponto.
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Língua Portuguesa
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Em relação ao conteúdo de morfologia, solicita-se com muita frequência a identificação 
(nomenclatura) das classes de palavras (em especial, pronomes e conjunções). Um outro pa-
drão da banca é pedir que você “preencha a coluna com a palavra/expressão adequada”. Essa 
palavra pode ser uma preposição, uma conjunção etc. Nesse preenchimento, é preciso consi-
derar, principalmente, a semântica correta do tipo de palavra selecionada. Veja esta questão 
de uma prova de 2019:
001. (VUNESP/SOLDADO 2ª CLASSE/PM-SP/2019) Coube ____ Domenico De Masi ____ cria-
ção do conceito de ócio criativo, referindo-se ____ desconexão necessária com a labuta como 
caminho para se chegar ____ experiências criativas do ser humano.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, cor-
reta e respectiva – mente, com:
a) à... à ... à ... as
b) a... a ... à ... às
c) a... à ... a ... a
d) à... a ... à ... às
e) à... a ... a ... à
O gabarito é a alternativa (B). Para saber preencher corretamente as colunas, podemos seguir 
um critério: não pode haver crase diante de nomes masculinos (como “Domenico De Masi), e 
por isso a primeira coluna é preenchida apenas como o “a”. Eliminamos, assim, as alternativas 
(A), (D) e (E). Diante da palavra “criação”, só pode haver um artigo simples, porque não há termo 
regente que exija a preposição “a”. Assim, eliminamos a alternativa (C). Eis a resposta: alterna-
tiva (B) é a única que “sobra” (e, claro, que preenche corretamente as lacunas).
Letra b.
Nas questões relacionadas às classes gramaticais, a banca VUNESP faz uso de quadri-
nhos e textos mais curtos, esforçando-se para trabalhar os valores semânticos/textuais do 
emprego das classes. Nem sempre a banca tem sucesso nessa tentativa, e aí as questões 
ficam descontextualizadas. Mas fique atento(a): observe sempre contexto em que as frases 
analisadas ocorrem.
Sobre pontuação, a banca faz um procedimento recorrente: uma frase é pontuada de diver-
sas formas, uma em cada alternativa. Você precisa identificar a pontuação adequada, ativando 
em sua memória as principais regras (como “não se separa o sujeito de seu predicado”, ou “o 
vocativo é isolado por vírgulas”). Observe a questão a seguir, de 2019:
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
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002. (VUNESP/SOLDADO 2ª CLASSE/PM-SP/2019) De acordo com a norma-padrão, o título 
do texto está corretamente reescrito e pontuado em:
a) No Brasil uso de inteligência artificial pode aumentar desemprego diz FGV.
b) Diz FGV, uso de inteligência artificial no Brasil pode aumentar desemprego.
c) “No Brasil, uso de inteligência artificial pode aumentar desemprego”, diz FGV.
d) “FGV diz” – uso no Brasil de inteligência artificial pode aumentar desemprego.
e) FGV diz que, uso de inteligência artificial pode aumentar desemprego no Brasil.
O gabarito é a alternativa (C). Na alternativa (A), falta uma vírgula antes de “diz FGV” (porque 
a ordem dos termos foi alterada). Na alternativa (B), a vírgula deveria ser substituída por dois-
-pontos. Na alternativa (C), a correta, temos a pontuação isolando adjunto e o termo “diz FGV”, 
como eu havia falado há pouco. Além disso, há uso das aspas para indicar “fala externa” (uma 
citação). Em (D), faz-se uso inadequado das aspas e do travessão. Por fim, na alternativa (E) o 
erro está em separar o termo seguinte à conjunção integrante “que” (além, é claro, de não haver 
uso de aspas).
Letra c.
O padrão geral de abordagem da banca em relação ao conteúdo de Interpretação é este: 
há grande destaque para o conteúdo de COMPREENSÃO (aferição de informações explícitas 
do texto) e de COESÃO (sequencial e referencial). Veja, a seguir, uma questão representati-
va da banca:
003. (VUNESP/SOLDADO/PM-SP/2017)
“Efeito Google” muda uso da memória humana
Pense rápido: qual o número de telefone da casa em que morou quando era criança? E o ce-
lular das pessoas com quem tem trocado mensagens recentemente? Por certo, foi mais fácil 
responder à primeira pergunta do que à segunda – mas você não está sozinho. Estudos cien-
tíficos chamam esse fenômeno de “efeito Google” ou “amnésia digital”, um sintoma de um 
comportamento cada vez mais comum: o de confiar o armazenamento de dados importantes 
aos nossos dispositivos eletrônicos e à internet em vez de guardá-los na cabeça.
Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-número de informações. Segundo Adrian 
F. Ward, da Universidade de Austin, nos Estados Unidos, o acesso rápido e a quantidade de 
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
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textos fazem com que o cérebro humano não considere útil gravar esses dados, uma vez que é 
fácil encontrá-los de novo rapidamente. “É como quando consultamos o telefone de uma loja: 
após discar e fazer a ligação, não precisamos mais dele”, explica Paulo Bertolucci, da Unifesp.
É o que mostra também uma pesquisa recente conduzida pela empresa de segurança digital 
Kaspersky, realizada com 6 mil pessoas em países da União Europeia. Ao receberem uma 
questão, 57% dos entrevistados tentam sugerir uma resposta sozinhos, mas 36% usam a inter-
net para elaborar sua resposta. Além disso, 24% de todos os entrevistados admitiram esquecer 
a informação logo após utilizá-la para responder à pergunta – o que gerou a expressão “amné-
sia digital”. Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto. “Amnésia significa esquecer-se 
de algo; na ‘amnésia digital’, a pessoa não chega nem a aprender e, portanto, nãoconsegue 
esquecer algo que escolheu nem lembrar.”
Bruno Capelas. O Estado de S.Paulo, 06.06.2016. Adaptado
A pesquisa da Kaspersky revelou que
a) uma parte significativa dos entrevistados consultou a internet para responder à pergunta.
b) uma parte irrelevante dos entrevistados foi capaz de responder à questão sem recorrer 
à internet.
c) os entrevistados demonstraram distúrbios de atenção e de aprendizado após serem expos-
tos à internet.
d) cerca de um quarto dos entrevistados que acessaram a internet desconhecia o propósito 
da pesquisa.
e) a maior parte dos entrevistados foi incapaz de responder à pergunta sem o auxílio da internet.
O gabarito é a alternativa (A). Como você pode ver, para responder a questão, basta recorrer ao 
terceiro parágrafo do texto (isto é, basta voltar ao terceiro parágrafo e checar a informação). O 
que se exige é a sua capacidade de traduzir verbalmente os significados dos dados estatísti-
cos apresentados neste parágrafo (porcentagens).
Letra a.
Até aqui, tudo certo, não é? Já sabemos um pouco mais o que estudar com mais atenção, 
conhecemos melhor o perfil da banca e o modo como o conteúdo é avaliado (ilustrado por al-
gumas questões). Para tornar a sua aprendizagem ainda mais eficiente, vamos resolver mais 
uma questão de Língua Portuguesa da banca VUNESP. Escolhi uma questão bem recente, apli-
cada em maio de 2021, no concurso para o Tribunal de Justiça Militar do estado de São Paulo 
(Nível Médio). Dessa vez, comentarei cada um dos detalhes mais importantes da questão, 
ok? Vamos lá!
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004. (VUNESP/TÉCNICO DESENVOLVEDOR/TJM-SP/2021) Assinale a alternativa redigida 
segundo a norma-padrão de concordância e emprego do sinal de crase.
a) Exposto às pessoas presentes, a proposta do plano de seguridade, que não as favorecem, 
foi rejeitada.
b) Foi feito, à partir das sugestões dos funcionários, alterações substanciais nos horários 
de trabalho.
c) Os dados foram devidamente analisados para que, enviado às chefias, não houvesse repa-
ros à fazer.
d) Frente à frente com novas tecnologias, uma pessoa pelo menos ficou meia hesitante em 
adotá-las.
e) Os envolvidos obedeceram à ordem de dar continuidade apenas ao projeto que não os dei-
xará sujeitos a prejuízo.
Primeiramente, vejamos o comando da questão: você deve selecionar a alternativa que está 
redigida de acordo com a norma-padrão de concordância e emprego do sinal indicativo de 
crase. Em outras palavras: qual é a frase redigida SEM erro de concordância ou de crase? Para 
escolher a alternativa correta, é necessário ler cada uma das orações e realizar uma verifica-
ção sobre quais alternativas contêm erros. A alternativa que não contiver erro será a correta. 
(Sim, estou sendo bem repetitivo, mas é proposital).
Na alternativa (A), o emprego do sinal indicativo de crase está correto, pois há termo regente 
(expor algo a alguém) e artigo definido feminino (as pessoas). O problema está na flexão do 
termo “Exposto”, que deve concordar com “a proposta do plano de seguridade”, com núcleo 
feminino. Então o adequado seria “a proposta exposta às pessoas”. Além disso, a oração su-
bordinada adjetiva restritiva “que não as favorecem” contém outro erro de concordância, já que 
o pronome relativo “que” tem como referente um termo no singular (a proposta). Por isso, o 
verbo deveria flexionar na terceira pessoa do singular: “que não as favorece”. Eu fiz a análise 
completa, mas na prova é mais eficiente proceder assim: se você encontrou ao menos um erro 
na frase da alternativa, ela já pode ser descartada (ou seja, não faz diferença alguma encontrar 
1 erro ou 5 erros em uma alternativa, porque ela estará errada da mesma forma).
Na alternativa (B), o erro está no registro do sinal indicativo de crase diante de uma forma 
verbal (partir), o que viola a norma-padrão. A ideia por trás dessa regra de crase é a seguinte: 
formas verbais não aceitam artigo (ninguém diria “a comprar roupas no shopping é legal”). 
Além desse erro, há o desvio na flexão da forma verbal passiva “foi feito”, que deveria estar no 
plural (com particípio no feminino): “alterações substanciais nos horários de trabalho foram 
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Língua Portuguesa
AULA ESSENCIAL 80/20
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feitas”. Note que em (A) e (B) a concordância ocorre em relação ao termo posposto (e a banca 
VUNESP avalia com certa frequência esse tipo de estrutura sintática).
Na alternativa (C), há dois erros: a flexão da forma participial “enviado”, que deveria estar no 
plural por concordar com “os dados” (os dados enviados); a ocorrência de crase diante de for-
ma verbal (o correto é “a fazer”).
Em (D), o adequado é “frente a frente”, pois não se emprega o sinal indicativo de crase entre 
palavras repetidas (cara a cara, lado a lado). Na sequência, há o desvio na flexão do advérbio 
“meio”, que deve permanecer invariável (“meio hesitante”).
Se as alternativas (A), (B), (C) e (D) contêm erros, é de se supor que a alternativa (E) esteja cor-
reta. Bom, é isso mesmo: não há desvios de concordância ou de emprego do sinal indicativo 
de crase na frase em (E).
Letra e.
À medida que você for resolvendo as questões, perceberá que a banca é muito repetitiva na 
abordagem dos conteúdos. Isso é bom, porque temos como saber mais ou menos como será 
o formato da prova para o TJ/SP.
Agora, aquela pergunta final (mas não menos importante):
Professor Bruno, quantas questões eu devo resolver por dia?
Entre questões anteriores e simulados, eu sugiro a média de 3 a 5 questões por dia (ou 
entre 20 e 30 questões por semana). Como sabemos, o importante é a regularidade, pois isso 
é o que garantirá a fixação do conteúdo, deixando-o “fresco” em sua mente.
Obs.: � Somente nesta Aula Essencial 80/20, você encontrará mais de 100 questões para pra-
ticar. E todas estão comentadas em detalhes por mim!
Na sequência, vamos organizar os resumos da parte teórica. Na sequência, vamos à prática!
Conteúdos mAIs AVAlIAdos
Como eu já disse, no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa – Texto, os conteúdos são 
mais recorrentes nas provas da banca VUNESP são estes:
• Interpretação de Textos.
• Coesão (pronomes e conjunções).
No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa – Gramática, os conteúdos são mais recor-
rentes nas provas da banca VUNESP são estes:
• sintaxe;
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Língua Portuguesa
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• morfologia;
• pontuação;
• crase.
É claro que os termos acima não dizem muito sobre como cada conteúdo é abordado. Em 
“coesão”, por exemplo, sabemos haver questões sobre pronomes, sobre conjunções, sobre 
organização paragrafal etc. É justamente aqui que realizo o mapeamento e o detalhamento de 
cada conteúdo/tópico, direcionando a sua aprendizagem para o que é realmente fundamental.
Após a exposição sobre os conteúdos mais relevantes (de maneira muito sintética, resu-
mida, ok?), comento um conjunto de questões dabanca VUNESP que ilustra de maneira muito 
clara a abordagem em relação ao conteúdo de Língua Portuguesa.
Bom, vamos direto ao ponto, então!
resumo dos Conteúdos de línguA portuguesA mAIs AVAlIAdos e perfIl dA 
BAnCA Vunesp
Compreensão e InterpretAção de textos e sentIdos do texto
Em questões de Compreensão e interpretação de textos, a banca VUNESP explora os pres-
supostos e subentendidos do texto.
A operação de pressuposição ocorre quando uma marca linguística nos permite inferir 
uma informação não expressa verbalmente no texto. Essa marca linguística pode ser realizada 
mediante (ATENÇÃO!):
• o uso de pontuação expressiva, como aspas, reticências, exclamação, interrogação (per-
guntas retóricas);
• o uso de formatação especial (itálico, negrito, caixa-alta, maiúscula, minúscula);
• o uso de vocabulário específico (jargões técnicos, coloquialismos, gírias);
• o uso de recursos morfológicos expressivos, como diminutivo, aumentativo etc.; ou
• o uso de padrões sintáticos, como voz passiva, impessoalizações e inversões sintáticas.
Diferentemente da pressuposição, um subentendido de um texto não pode ser identificado 
por marcas linguísticas. Subentender algo é realizar uma espécie de “cálculo” de sentidos, o 
qual nos leva a um “resultado” (desse resultado, extraímos uma informação não explícita). Um 
exemplo de cálculo é a comparação entre ideias. O autor apresenta uma ideia (que possui uma 
relação de causa e consequência, por exemplo) e, em seguida, aplica essa mesma relação a 
outra ideia.
Nas questões analisadas por mim (conferir sequência da aula), você verificará a banca 
VUNESP trabalhando com essas duas operações (pressuposição, com marcas linguísticas; 
subentendidos, sem marcas linguísticas).
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Professor, como eu posso aperfeiçoar minha capacidade de realizar essas operações 
(isto é, conseguir ler os “pressupostos” e os “subentendidos” de um texto)?
A resposta é uma só: PRÁTICA, MUITA PRÁTICA. Somente lendo textos e resolvendo ques-
tões será possível realizar essas operações com rapidez e eficiência. À medida que você for 
praticando (resolvendo questões lá no Gran Cursos Questões), a identificação de marcas lin-
guísticas vai se tornando mais e mais automática, bem como as operações de inferência acer-
ca das informações de um texto.
Professor, e quando a banca VUNESP avalia o conteúdo denominado “sentidos do texto”. 
Isso sempre aparece nos comandos das questões...
É verdade! Quando a banca VUNESP avalia os “sentidos do texto”, a abordagem é direcio-
nada para a noção de “manutenção dos sentidos do texto”. Vamos analisar a ideia por trás 
de sentido.
No âmbito lexical (isto é, no nível das palavras), sentido é a relação que se estabelece entre 
um significante e um significado. Traduzindo: quando eu digo “celular”, esse registro (oral ou 
escrito, um significante) faz referência a uma entidade (um aparelho para estabelecer comuni-
cação, o significado).
Bom, essa mesma relação ocorre no âmbito textual. Um texto também possui um sentido: 
estabelece-se uma relação entre o que está registrado (na escrita) e o que esse registro signi-
fica. Se eu digo: “A Ana doou apenas um brinquedo para a creche”, essa sequência de palavras 
forma um enunciado, o qual diz algo sobre o mundo. Se eu realizar alguma modificação nessa 
sequência de palavras, o que é dito sobre o mundo pode ou não continuar o mesmo:
(i) “A Ana doou apenas um brinquedo para a creche”
(ii) “Apenas a Ana doou um brinquedo para a creche”
A mudança de posição da palavra “apenas” altera o sentido original do enunciado, porque 
agora a restrição (o “apenas”) é aplicada a quem doou para a creche (originalmente, restringe-
-se a coisa doada).
Então, isso é o sentido do texto. Em questões, é preciso ficar atento ao que se afirma: se 
se disser, por exemplo, “ao se substituir X por Y, são preservadas a correção gramatical e a 
coerência textual”, NÃO HÁ QUE SE CONSIDERAR O SENTIDO ORIGINAL DO TEXTO, porque o 
comando fala apenas em correção gramatical e coerência textual. Coerência está ligada a ou-
tros fatores, como violações às relações de causa e consequência, de premissa e conclusão, 
de existência no mundo etc. Agora, se se disser “ao se sustituir X por Y, preservam-se a corre-
ção gramatical e os sentidos originais do texto”, estamos diante de uma questão que avalia OS 
SENTIDOS DO TEXTO.
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Coesão (ConJunções e pronomes)
Dois tipos de coesão são avaliados em questões da banca VUNESP: (i) coesão sequencial; 
(ii) coesão referencial.
A coesão sequencial é aquela que permite que o texto progrida, que o texto avance – 
além, é claro, de estabelecer as relações lógicas entre as partes (conclusão, oposição, con-
cessão etc.).
A coesão referencial é aquela que permite a referenciação interna (elementos linguísticos) 
e externa (enunciativos, biossociais etc.).
As questões sobre coesão sequencial trabalham dois pontos centrais: (i) os valores se-
mântico-discursivos dos conectores (subordinativos e coordenativos); e (ii) a possibilidade de 
substituição de um conector por outro. O mapa a seguir sintetiza os conectores:
Conectores (conjunções coordenativas).
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Conectores (conjunções subordinativas).
As questões sobre coesão referencial abordam dois mecanismos: a anáfora e a catáfora. 
A anáfora ocorre quando uma forma pronominal (ou uma elipse) é capaz de RETOMAR um re-
ferente interno ao texto. A catáfora, por sua vez, é uma forma pronominal capaz de ANTECIPAR 
um referente interno ao texto.
Na anáfora, o conhecimento das formas pronominais é muito importante, principalmente 
o papel dos pronomes pessoais retos de terceira pessoa (ele(a)(s)), os pronomes oblíquos, os 
pronomes possessivos (meu, minha, seu, sua) e os pronomes demonstrativos (este, isso, aqui-
lo). Outro conhecimento importante é o da flexão verbal: por meio dela, é possível recuperar o 
referente da predicação (em estruturas de sujeito desinencial/elíptico/oculto).
Uma outra forma de se realizar a referenciação em um texto é por meio de sinônimos, 
hipônimos e hiperônimos. Nesse caso, a retomada não é feita pronominalmente, mas se-
manticamente.
Como eu já disse, as questões sobre coesão são abundantes. Veja dois exemplos de afir-
mativas em questões:
A palavra “oportunidade” retoma a expressão “prática empreendedora”.
A expressão “suas relações” refere-se às relações da “democracia ateniense”.
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formAção de pAlAVrAs (morfologIA)
O conteúdo “formação de palavras” é avaliado de maneira muito objetiva. O foco é iden-
tificar o processo: se sufixação, prefixação, parassíntese etc. Para identificar o processo, é 
necessário conhecer a unidade básica morfema.
O assunto mais recorrente é a distinção entre (i) derivação sufixal e prefixal; e (ii) derivação 
parassintética. Em ambas, há junção de um afixo e um prefixo a uma base. No entanto, apenas 
na derivação parassintética a junção “prefixo + sufixo” ocorre simultaneamente.
sIntAxe do período sImples
A seguir, você pode relembrar os principais termos do período simples:
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Termos essenciais e acessórios do período simples.
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Nas provas da banca VUNESP, duas noções são fundamentais: a tipologia do sujeito (isto 
é, os tipos de sujeito) e a tipologia do predicado verbal (isto é, os tipos de predicado verbal).
Sobre os tipos de sujeito, é necessário conhecer a técnica para identificá-los: pergunte ao 
predicado “quem é quê [predicado]?”. Essa técnica funciona para sujeitos em posição canô-
nica (tipo S-V) e para sujeitos em posição pós-verbal. Destaque para o fato de que a banca 
VUNESP exige recorrentemente a identificação de sujeitos pospostos.
Eu também destaco a indeterminação do sujeito, que ocorre de duas maneiras:
• terceira pessoa do plural (sem referente anterior);
• terceira pessoa do singular com I. I. DO SUJEITO (SE). Essa estrutura é comum em ver-
bos transitivos indiretos e intransitivos.
Nos predicados verbais, é preciso identificar os tipos de complemento dos verbos transiti-
vos (direto, indireto; oracional). Essa identificação pode ser feita pela fórmula:
• quem [verbo], [verbo] COMPLEMENTO
– Verbo “comprar”: quem compra, compra ALGO
– Verbo “entregar”: quem entrega, entrega ALGO a ALGUÉM
Quando o verbo é transitivo indireto, é preciso atenção se a preposição exigida for “a”, como 
em “entregou o medicamento a [alguém]”. Nesse caso, se o objeto indireto (regido pela preposi-
ção “a”) tiver como núcleo um termo determinado por artigo definido feminino, a crase ocorre:
Entregou o medicamento à paciente do leito 38.
Nesse caso, “a paciente do leito 38” é termo feminino de natureza definida, e por isso o 
artigo “a” o antecede.
Lembre-se: não ocorre crase (e a banca VUNESP SEMPRE avalia esse tipo de conheci-
mento) quando o termo introduzido pela preposição “a” é um verbo, um pronome pessoal ou 
qualquer forma que não aceite artigo definido feminino (por exemplo, todo e qualquer termo 
masculino).
Outro ponto muito importante ligado à transitividade verbal é a transposição voz ativa<>voz 
passiva. Nesse caso, APENAS verbos que selecionem objeto direto na ativa podem apassivar. 
Além disso, é bom destacar que, na passiva sintética (aquela com a partícula apassivadora 
“se”), o verbo flexiona de acordo com o sujeito (que tipicamente está posposto).
Na morfossintaxe do período composto, lembre-se de diferenciar as orações subordinadas 
adjetivas restritivas das explicativas: estas sempre ocorrem separadas por vírgula.
sIntAxe do período Composto
Na morfossintaxe do período composto (sintetizada no mapa mental a seguir), lembre-se 
de diferenciar as orações subordinadas adjetivas restritivas das explicativas: estas sempre 
ocorrem separadas por vírgula.
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Morfossintaxe do período composto.
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funções do “que” e do “se”
Ah, as funções das formas “que” e “se” (nos períodos simples e composto) também são 
importantes. Confira o mapa mental a seguir:
Funções do “que” e do “se”.
Por fim, vejamos o conteúdo sobre concordância. Nos mapas mentais a seguir, você pode 
observar os principais casos de concordância verbal e concordância nominal:
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Casos de concordância verbal.
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Casos de concordância nominal.
pontuAção
A banca VUNESP avalia de duas maneiras o emprego dos sinais de pontuação: (i) valor 
expressivo da pontuação (como uso das aspas); e (ii) correção gramatical.
A pontuação de um texto é capaz de trazer diversos matizes discursivos, além de ampliar 
consideravelmente a expressividade. Por exemplo, a pontuação (juntamente com o desloca-
mento) é capaz de dar destaque a certos itens da frase:
a) Fabiano caminhava com extrema dificuldade.
b) Com extrema dificuldade, Fabiano caminhava.
Na frase em (b), o adjunto adverbial “com extrema dificuldade” foi deslocado de sua posi-
ção final (canônica) para o início do período. A posição inicial é mais privilegiada em termos 
informacionais (o leitor presta mais atenção nesse comecinho), por isso o deslocamento é um 
recurso de destaque (juntamente com a pontuação, que marca o deslocamento).
Trabalharei dois sinais, os quais são muito recorrentes em provas da banca VUNESP: as 
aspas e a vírgula.
O uso mais comum das aspas é o de delimitar uma citação textual. Também se utilizam 
as aspas para identificar, dentro de um texto, títulos (de obras, textos, capítulos e mídias em 
geral), palavras estrangeiras e metalinguagem.
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Outro usomuito comum das aspas é do tipo subjetivo, em que o autor, ao adotar as aspas 
em determinado texto, indica ironia, descrença, malícia, imprecisão etc. Para que a interpre-
tação do valor semântico-discursivo das aspas torne-se mais clara, sugiro realizar a leitura 
global do texto. Nessa leitura, é possível depreender o “tom” adotado pelos enunciadores (e, 
consequentemente, qual valor é veiculado pelo emprego das aspas).
No emprego da vírgula, importa saber o seguinte:
Casos em que o emprego da vírgula é PROIBIDO.
Casos em que o emprego da vírgula é OBRIGATÓRIO.
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Casos de emprego opcional da vírgula.
CrAse
Vejamos mais um pouco o fenômeno de crase: casos facultativos, casos proibitivos e ca-
sos obrigatórios.
indeterminado
CRASE: casos facultativos, casos proibitivos e casos obrigatórios.
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reesCrItA
Apenas como reforço, trago este conteúdo para a prova do TJ/SP, porque a banca VU-
NESP tem se aventurado na tentativa de trabalhar questões de reescrita.
Em questões de reescrita, a banca pode avaliar:
• a preservação de estrutura gramatical (norma culta);
• a preservação de sentido original do texto;
• a preservação da estrutura gramatical E do sentido original do texto;
• a preservação de organização textual (períodos, parágrafos etc.) (no âmbito da coe-
rência e da coesão).
Professor, então nas questões de reescrita a banca pode avaliar qualquer conteúdo de 
Língua Portuguesa?
EXATAMENTE! Eu costumo chamar a denominação “reescrita” como termo coringa para 
a banca cobrar todo e qualquer conteúdo de gramática, semântica ou texto. É um desafio, 
eu sei. Você precisa articular bem seus conhecimentos de gramática aos conhecimentos 
de texto (tipologia, gêneros, níveis de formalidade, coesão, coerência, estrutura do pará-
grafo etc.).
No âmbito gramatical, os principais tópicos avaliados em questões de reescrita são estes:
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Tópicos recorrentes em questões de reescrita.
No âmbito da Interpretação de Textos, a reescrita é tratada como um fenômeno de paráfra-
se, definida como “diferentes formas de dizer a mesma coisa; frase sinônima”. Assim, a pará-
frase é o recurso linguístico de dizer a mesma coisa de diferentes formas. A frase declarativa 
a seguir pode ter diversas paráfrases:
O João Gabriel comprou aquela guitarra na Amazon.
Paráfrases:
(i) Foi na Amazon que o João Gabriel comprou aquela guitarra. [clivagem]
(ii) Aquela guitarra foi comprada na Amazon pelo João Gabriel. [apassivação]
(iii) O João Gabriel comprou, na Amazon, aquela guitarra. [deslocamento]
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(iv) Ele a comprou lá. [pronominalização]
Há diversas formas de se realizar paráfrases. As principais são estas:
Tipos de paráfrases mais recorrentes.
Professor, e quando a banca usa o termo “correção”?
Por correção gramatical, entende-se apenas a estrutura morfossintática do período (e sua 
pontuação). Em uma questão que trata apenas a correção gramatical, não se considera a ma-
nutenção de sentidos originais. Por correção gramatical, então, devemos considerar as regras 
da gramática normativa, aquelas que enunciam, por exemplo, que “não se separa com vírgula 
o sujeito de seu predicado”.
São raras as questões que trabalham apenas a correção gramatical. O mais comum é a 
questão que avalia a “correção gramatical” e “os sentidos originais do texto”, como veremos 
em nossa seleção de questões essenciais. Antecipo brevemente a afirmativa de uma questão 
da banca, a título de ilustração:
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“Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma verbal restam 
poderia ser substituída por mantém-se”.
Considerando apenas a correção gramatical, podemos julgar a questão como errada, já 
que a forma “restam” está flexionada no plural (e, desse modo, a forma adequada é mantêm-
-se, grafada com circunflexo).
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QUESTÕES DE CONCURSO
005. (VUNESP/PC-SP/AGENTE/2018) Leia o texto, para responder a questão.
Frei Caneca e a Virgem Maria
 No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção 
da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o lendário Frei Cane-
ca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha participado da revolta da Confe-
deração do Equador, sufocada pelo governo de Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da 
Madre de Deus. Sob o olhar curioso da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desau-
toração1, perdendo os direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.
 Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas. Perma-
neceu firme quando recebeu na tonsura2 o golpe simbólico da excomunhão. O carrasco já se 
preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido, dizendo que a Virgem Maria 
estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do carrasco, que também se recusou a exe-
cutar Frei Caneca, diante da visão da Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, 
mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois 
presos da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca. E 
eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.
 Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar 
futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado. Percebendo que os solda-
dos tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou exortá-los:
 – Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Mariahá de compreender 
os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.
 E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.
(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)
A frase em que a palavra destacada está empregada em sentido conotativo (figurado) é:
a) Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de 
Pernambuco.
b) Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.
c) Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futu-
ros conspiradores.
d) E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução.
e) Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus.
1 Desautorização: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.
2 Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.
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O sentido conotativo é aquele em que há a alteração dos semas que compõem a palavra. 
Semas são unidades mínimas de significação. Por exemplo, em (B) temos a palavra “despir”. 
Essa palavra tem o significado de “tirar do corpo (parte do vestuário)”, e esse significado geral 
é formado a partir de pequenas unidades de significado (os semas).
No caso das frases em (b), (c), (D) e (e), todas as palavras possuem seus semas sem modifica-
ções, isto é, essas palavras estão em sentido denotativo. Despir realmente significa “tirar do corpo 
(parte do vestuário)”; desencorajar significa “tirar a (alguém ou si mesmo) a coragem”; execução 
significa “ato ou efeito de executar”; e hábito significa “indumentária de religioso ou religiosa”.
Já em (a), o verbo sufocar não está sendo empregado em seu sentido denotativo (literal) de 
“asfixiar”. Na verdade, o sentido é de “impedir de se manifestar (de maneira autoritária)”.
Então fica a seguinte lição: todas as vezes que houver uma questão que exija a identificação de 
sentido “literal x figurado” ou “denotativo x conotativo”, você deve saber se a palavra está sendo 
empregada em seu sentido original ou em sentido derivado (com modificação de semas). À 
frente, veremos muitas questões desse tipo. Para não ser repetitivo, vou direto à resolução da 
questão, ok?
Letra a.
006. (VUNESP/PC-SP/AGENTE/2018) Considerando-se as características do texto, é correto 
afirmar que se trata do tipo
a) dissertativo, com discussão de ideias.
b) dissertativo, com pontos de vista de personagens.
c) narrativo, com apresentação de uma tese.
d) descritivo, com caracterização de ambiente.
e) narrativo, com exposição de fatos.
A narração é caracterizada é caracterizada pela apresentação de ações que ocorrem no tempo 
e no espaço. Essas ações são desenvolvidas por personagens (reais ou fictícios). É exatamen-
te esse o caso do texto em análise: apresentam-se ações (fatos históricos) desenvolvidas por 
personagens (Frei Caneca, por exemplo) em determinado tempo e espaço.
Por não haver defesa de tese, exclui-se a opção (c). As demais opções são excluídas por não 
considerarem o texto (predominantementE) uma dissertação.
Letra e.
007. (VUNESP/PC-SP/AGENTE/2018) Assinale a alternativa que expressa adequadamente 
o sentido contextual das palavras “impassível” e “altivo”, em destaque no início do segundo 
parágrafo.
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a) Importunado e cheio de orgulho.
b) Intranquilo e cheio de desconfiança.
c) Calmo e cheio de esperança.
d) Imperturbável e cheio de brio.
e) Emudecido e cheio de si.
A questão solicita que você identifique os SINÔNIMOS de impassível e altivo. No texto, é claro 
que Frei Caneca está imperturbável e cheio de brio. Esse é o sentido contextual.
Por eliminação, excluímos “cheio de si”, principalmente porque não se trata de um sentimento 
de individualidade, mas de alta dignidade. Também não se trata de esperança, desconfiança ou 
orgulho. Altivez está relacionada à ideia de gesto nobre.
Esse raciocínio é suficiente para eliminar as alternativas incorretas ((a), (b), (C) e (e)).
Letra d.
008. (VUNESP/PC-SP/AGENTE/2018) Leia o texto, para responder a questão.
Escravos no século XXI
 Esses retratos, junto com muitos outros, formam uma galeria que o país não gosta de 
ver. São vários Antônios, vários Franciscos, vários Josés que dão carne e osso a um grande 
drama brasileiro: o trabalho em condições análogas às de escravidão. Sim, todas essas pesso-
as foram escravizadas – em pleno século XXI.
 Enredadas em dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a situa-
ções deploráveis no trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os porcos, e algu-
mas sofreram a humilhação máxima de ser espancadas, para não falar de constantes amea-
ças de morte.
 Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13 de 
maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a escravidão negra – e 
que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é multiétnica.
 Estima-se que atualmente 160000 brasileiros trabalhem e vivam no país em condições 
semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho forçado, servidão por 
meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias degradantes (em relação a moradia e 
alimentação, por exemplo). Comparada aos milhões de africanos trazidos para o país para 
trabalhar como escravos, a cifra atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160000 
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pessoas escravizadas é um escândalo humano de proporções épicas. Em 1995, o governo 
federal reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável – e criou uma 
comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de melhorar, a situ-
ação está ficando mais grave.
(Jennifer Ann Thomas, Veja, 09 de maio de 2018. Adaptado)
Com a expressão em destaque na passagem “…abrigar 160000 pessoas escravizadas é um 
escândalo humano de proporções épicas.”, a autora está afirmando, mediante o emprego de 
palavras em sentido
a) próprio, que a dimensão do escândalo é verídica.
b) figurado, que a dimensão do escândalo é comovente.
c) figurado, que a dimensão do escândalo é grandiosa.
d) próprio, que a dimensão do escândalo é terrível.
e) figurado, que a dimensão do escândalo é insana.
Sentido próprio é semelhante a sentido denotativo (literal). A palavra épica está sendo empre-
gada em sentido figurado, já que não expressa seu sentido original (próprio) de “gênero literário 
que relata, em versos, uma ação heroica”. Por isso, eliminam-se as opções (A) e (d).
Sabemos que a palavra épica está sendo empregada em sentido conotativo (figurado, deri-
vado). Agora é preciso saber qual é esse sentido figurado. Bom, no texto, a ideia é de que a 
dimensão do escândalo é grandiosa, exatamente o sentido que ao qual a palavra está asso-
ciada (uma explosão épica, por exemplo, é uma explosão de intensidade ou grandeza forado comum).
Letra c.
009. (VUNESP/PC-SP/ESCRIVÃO/2018)
O drama dos viciados em dívidas
 Apesar dos sinais de recuperação da economia, o número de brasileiros endividados 
chegou a 61,7 milhões em fevereiro passado – o equivalente a 40% da população adulta. O nú-
mero é alto porque o hábito de manter as contas em dia não é apenas uma questão financeira 
decorrente do estado geral da economia – pode ser uma questão comportamental. Por isso, 
há grupos especializados que promovem reuniões semanais com devedores, com a finalidade 
de trocar experiências sobre consumo impulsivo e propensão a viver no vermelho. Uma dessas 
organizações é o Devedores Anônimos (DA), que funciona nos mesmos moldes do Alcoólicos 
Anônimos (AA).
 Pertencer a uma classe social mais alta não livra ninguém do problema. As pessoas 
de maior renda são justamente as que têm maior resistência em admitir a compulsão. Pior. É 
comum que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo 
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padrão de vida em lugar de cortar gastos para se encaixar na nova realidade. Pedir um emprés-
timo para quitar outra dívida é um comportamento recorrente entre os endividados.
 Para sair do vermelho, aceitar o vício é o primeiro passo. Uma vez que o devedor reco-
nhece o problema, a próxima etapa é se planejar.
(Felipe Machado e Tatiana Babadobulos, Veja, 04.04.2018. Adaptado)
A alternativa em que está caracterizado emprego de palavras em sentido figurado é:
a) Pertencer a uma classe social mais alta não livra ninguém do problema...
b)... há grupos especializados que promovem reuniões semanais com devedores...
c)... o número de brasileiros endividados chegou a 61,7 milhões em fevereiro passado...
d) Pedir um empréstimo para quitar outra dívida é um comportamento recorrente entre os 
endividados.
e) Para sair do vermelho, aceitar o vício é o primeiro passo.
Para resolver essa questão, é interessante analisar palavra por palavra. Mentalmente, você 
pode fazer isso: leia a frase e se pergunte: “número” significa realmente “número”? Essa per-
gunta pode te ajudar a ver se a palavra está empregada em sentido próprio (denotativo, literal).
A partir dessa estratégia, você percebeu que as palavras vermelho e passo, em (e), são empre-
gadas em sentido figurado (conotativo, derivado). Vermelho, em “sair do vermelho”, significa 
“sair da zona de perigo”, havendo uma referência ao significado que a cor vermelha adquiriu 
em nossa cultura ocidental. Passo, em “primeiro passo”, é uma derivação (por metonímiA) da 
noção de “ato de deslocar”, significando “etapa, fase, período”.
Letra e.
010. (VUNESP/TJ-RS/JUIZ/2018) Leia o texto para responder a questão abaixo.
 Nas escolas da Catalunha, a separação da Espanha tem apoio maciço. É uma situação 
que contrasta com outros lugares de Barcelona, uma cidade que vive hoje em duas dimensões. 
De um lado, há a Barcelona dos turistas, que se cotovelam nos pontos turísticos da cidade, 
fazem fila para entrar nos museus e buscam mesa nos restaurantes. Para a maioria deles, a ca-
pital da Catalunha segue seu ritmo normal. Nos bairros afastados do centro turístico, onde se 
concentram os moradores de Barcelona, todas as conversas tratam da tensa situação política 
– e há muita divisão em relação à independência. Segundo a última pesquisa feita pelo jornal 
El Mundo, 33% dos catalães são a favor da criação de um estado independente, enquanto 58% 
são contra. A divisão pode ser verificada pelas bandeiras penduradas nas sacadas e janelas. 
Chama a atenção ver as esteladas, como são conhecidas as bandeiras independentistas, dis-
putando o espaço com as bandeiras da Espanha.
 Nesse quadro de cisão, o separatismo tem nas escolas suas grandes aliadas para propagar 
as ideias nacionalistas. Isso ocorre desde a redemocratização espanhola, no fim dos anos 1970. 
Antes disso, durante a ditadura comandada pelo general Francisco Franco, que governou a Espanha 
entre 1938 e 1973, os colégios públicos eram proibidos de ensinar em catalão. Somente os privados 
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ofereciam aulas nessa língua. Em sua maioria, essas escolas tinham perfil inovador e vanguardista, 
se comparadas às tradicionais escolas católicas da época. Com a queda do general Franco, as esco-
las catalãs privadas foram incorporadas à rede pública e tornaram-se o modelo principal do sistema 
educacional, que hoje abriga 1,5 milhão de alunos e 71 mil professores. Como a educação pública 
na Espanha está a cargo dos governos regionais, os diretores dos centros escolares são escolhidos 
a dedo pelo governo catalão – que toma o cuidado de selecionar somente diretores separatistas. 
“A manipulação dos jovens é central para o independentismo catalão. É assim com qualquer movi-
mento supremacista na Europa”, diz a historiadora espanhola Maria Elvira Roca. “É mais fácil conven-
cer estudantes a apaixonarem-se por uma causa do que trabalhadores que estão encerrados num 
escritório”.
(Época, 13.11.2017. Adaptado)
Leia as passagens do texto.
• De um lado, há a Barcelona dos turistas, que se cotovelam nos pontos turísticos da cidade…
• … o separatismo tem nas escolas suas grandes aliadas para propagar as ideias nacionalistas.
• “… do que trabalhadores que estão encerrados num escritório”.
Em relação aos significados dos termos em destaque, é correto afirmar que
a) “propagar” e “se cotovelam” estão empregados em sentido figurado, equivalendo, respecti-
vamente, a “descortinar” e a “se apertam nos lugares”; “encerrados” está empregado em senti-
do figurado, equivalendo a “retirados”.
b) estão empregados em sentido literal, equivalendo, respectivamente, a “se juntam”, a “irra-
diar” e a “presos”.
c) estão empregados em sentido figurado, equivalendo, respectivamente, a “estarem próxi-
mos”, a “intensificar” e a “confinados”.
d) “propagar” está empregado em sentido literal, equivalendo a “alastrar”; “se cotovelam” e 
“encerrados” estão empregados em sentido figurado, equivalendo, respectivamente, a “se agri-
dem” e a “expatriados”.
e) “propagar” e “encerrados” estão empregados em sentido literal, equivalendo, respectiva-
mente, a “difundir” e a “enclausurados”; “se cotovelam” está empregado em sentido figurado, 
equivalendo a “se amontoam”.
Aqui eu precisarei comentar questão por questão, porque há erros relacionados à atribuição 
de significados.
a) “Propagar” não está empregado em sentido figurado e não equivale a “descortinar” (equiva-
le, na verdade, a “espalhar-se”).
b) “cotovelar” não está empregado em sentido literal.
c) “propagar” e “encerrar” não estão empregados em sentido figurado.
d) “encerrados” não está empregado em sentido figurado.
e) Todo o item (E) é uma explicação clara para os usos das palavras em destaque: “propagar” 
e “encerrados” estão empregados em sentido literal, equivalendo, respectivamente, a “difundir” 
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e a “enclausurados”; “se cotovelam” está empregado em sentido figurado, equivalendo a “se 
amontoam”.
Letra e.
011. (VUNESP/ARSESP/ANALISTA/2018)
 A revolução digital fortalece as previsões de que as casas ou lares inteligentes oferece-
rão mais conveniência e menos dispêndio de energia em um futuro próximo.
 A definição de conveniência para esses novos lares tecnológicos está ligada ao ganho 
de tempo para os moradores, com redução ou eliminação de trabalhos domésticos. Portanto, 
para que as edificações inteligentes tenham sucesso, elas deverão se estruturar com base 
nessa visão de conveniência como solução para os que vivem em um mundo acelerado e estar 
ancoradas em uma grande variedade de sistemas tecnológicos acessíveis e fáceis de operar, 
tornando a vida das pessoas mais simples.
 Além da conveniência, outro relevante benefício das casas inteligentes para os consu-
midores é a sua capacidade de incorporar aspectos relacionados à administração do gasto 
de energia, principalmente com iluminação, condicionamento de ar e eletrodomésticos. Um 
conjunto de sensores, adequadamente configurados para gerenciar esses sistemas, pode ge-
rar diminuição considerável nos gastos com energia, com reflexos ambientais e econômicos 
importantes.
 O departamento de engenharia da computação da Academia Árabe de Ciências e Tec-
nologia desenvolveu um estudo para avaliar a economia no consumo de energia gerada com o 
uso de sensores inteligentes em um apartamento de um dormitório, cozinha, sala de estar, sala 
de jantar e banheiro. O estudo concluiu que a economia pode chegar a quase 40% do consumo 
médio mensal de energia. A tendência de crescimento desse mercado é clara. A empresa de 
pesquisas Zion Market Research prevê que a tecnologia das casas inteligentes deve alcançar 
um faturamento de US$ 53 bilhões (R$ 170 bi) em 2022. O crescimento estará calcado, prin-
cipalmente, na conexão da casa com os ambientes digitais externos, como, por exemplo, a 
conexão do refrigerador com os equipamentos dos fornecedores de alimentos.
 Naturalmente, a tecnologia das casas inteligentes continuará a evoluir, tornando-se 
acessível e barata. Com isso, mais pessoas poderão utilizar-se dela, e novos padrões, modelos 
e estilos de vida devem se consolidar, principalmente nas áreas urbanas.
(Claudio Bernardes. Casas inteligentes trarão conveniência e reduzirão gasto de energia. Folha de S.Paulo. www.
folha.uol.com.br. 22.01.18. Adaptado)
Um vocábulo empregado com sentido figurado está em destaque na seguinte passagem:
a)... outro relevante benefício das casas inteligentes para os consumidores... (3º parágrafo)
b)... elas deverão [...] estar ancoradas em uma grande variedade de sistemas tecnológicos 
acessíveis... (2º parágrafo)
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c) A definição de conveniência para esses novos lares tecnológicos está ligada ao ganho de 
tempo para os moradores... (2º parágrafo)
d)... administração do gasto de energia, principalmente com iluminação, condicionamento de 
ar e eletrodomésticos. (3º parágrafo)
e)... a conexão do refrigerador com os equipamentos dos fornecedores de alimentos. (5º 
parágrafo)
Observe aquela técnica: a palavra destacada significa o quê? Relevante significa relevante, 
certo? Morador significa morador. Ar significa ar e alimento significa alimento. Ou seja, todas 
essas são palavras empregadas em sentido literal (denotativo, próprio).
A palavra ancorada, diferentemente, não significa “ancorada” (lançar âncora (ferro), de modo 
a reter uma embarcação, por exemplo). O significado, nesse caso, é figurado (conotativo, de-
rivado): “elas deverão estar baseadas, fixadas, fundamentadas em uma grande variedade de 
sistemas...
É por isso que a opção (B) é a correta.
Letra b.
012. (VUNESP/PREFEITURA DE BARRETOS – SP/AGENTE/2018)
 Há uma razão simples para o manual de escrita de William Zinsser ter se tornado um 
best-seller e um clássico contemporâneo: o livro é ótimo.
 “Como Escrever Bem” difere de guias de redação convencionais que reinavam absolu-
tos na literatura americana desde 1959. Não que ele menospreze gramática e técnica. Voltado 
para a não ficção, o manual cobre fundamentos do estilo de texto jornalístico aperfeiçoado nos 
EUA ao longo do século 20 e elevado a arte nos anos 1960.
 Não faltam conselhos para fugir da geleia de mediocridade à qual tende toda escrita, 
como vem provando mais uma vez a safra internética: perseguir clareza e simplicidade, valori-
zar verbos e substantivos, desconfiar de adjetivos e advérbios, reescrever, cortar tudo que for 
supérfluo, pulverizar clichês e palavras pomposas etc.
 São lições importantes, mas batidas, que Zinsser revitaliza com frases lapidares: “Não 
há muita coisa a ser dita sobre o ponto final, a não ser que a maioria dos escritores não chega a 
ele tão cedo quanto deveria”. Ou ainda: “Poucas pessoas se dão conta de como escrevem mal”.
 Contudo, o livro é melhor quando vai além da técnica, revelando um autor apaixonado 
que não se furta de tomar partido e expor idiossincrasias*3. O ofício de escrever aparece como 
algo vivo, condicionado por miudezas objetivas e complicações subjetivas.
 A questão do gosto, tão difícil de definir quanto de ignorar, tem sido tratada como falsa 
pelo pensamento acadêmico. O autor não foge da briga: “O gosto é uma corrente invisível que 
atravessa a escrita, e você precisa estar ciente dele”.
3 Idiossincrasia: predisposição de um indivíduo para reagir de maneira pessoal à influência de agentes exteriores.
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A tradução, correta e fluida em linhas gerais, tem o mérito maior de preservar o humor de Zins-
ser. Inevitavelmente, há momentos em que a obra perde na transposição, como ao tratar de 
modismos e inovações vocabulares do inglês. Nada que passe perto de empanar o brilho de 
um livro necessário como nunca.
(Sérgio Rodrigues. Com frases lapidares, autor ensina a fugir da escrita medíocre. Folha de S.Paulo, 12.01.2018.
Adaptado)
A seguinte passagem do texto caracteriza-se pelo emprego de palavra(s) em sentido figurado:
a) “Como Escrever Bem” difere de guias de redação convencionais…
b) Não que ele menospreze gramática e técnica.
c) São lições importantes, mas batidas, que Zinsser revitaliza com frases lapidares…
d) Contudo, o livro é melhor quando vai além da técnica…
e) A questão do gosto, tão difícil de definir quanto de ignorar, tem sido tratada como falsa…
Em (c), a palavra batida não está sendo empregada em sentido literal (denotativo, próprio), 
como em “o carro batido será consertado em breve”. Nesse caso, o sentido é figurado (cono-
tativo, derivado): refere-se a algo que não possui originalidade, muito conhecido, vulgar, co-
mum, banal.
A palavra lapidar também está empregada em sentido figurado.
Nos demais itens ((a), (b), (D) e (e)), todas as palavras estão empregadas em sentido literal 
(denotativo, próprio).
Letra c.
013. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE/2018)
Ai, Gramática. Ai, vida.
 O que a gente deve aos professores!
 Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e Dona 
Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que gramática? La 
grammaire qui sait régenterjusqu’aux rois – dizia Molière: a gramática que sabe reger até os 
reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des troubles du monde sont grammairiens – a 
maior parte de confusão no mundo vem da gramática.
 Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu excelen-
te inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu tirei tantas citações? 
Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo exclusivamente citações. Para enfei-
tar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não 
aprendi na escola. Foi lendo as revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).
 Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina na 
escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão Lourenço, no 
schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a vida.
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 Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é pon-
tuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos acompanhar a 
vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as diferentes etapas por sinais de 
pontuação.
 Infância: a permanente exclamação:
 Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não mama!
 Me dá! É meu!
 Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!
 Olha como o vovô está quietinho, mamãe!
 Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!
 Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país 
como este!
 Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!
(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)
Assinale a alternativa em que há expressão(ões) empregada(s) em sentido figurado.
a) Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu excelente inglês, até que desco-
briu a gramática.
b) Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as revistas MAD e outras que vocês po-
dem imaginar.
c) Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e Dona Nair 
Freitas que me ensinaram.
d) Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é pontuação.
e) Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo exclusivamente citações.
Nossa, professor, a banca VUNESP realmente gosta desse conteúdo, não é?
É isso mesmo! Por isso, vamos a mais uma questão sobre emprego de palavras/expressões 
em sentido figurado.
As expressões “vida é gramática” e “vida é pontuação” são claramente figuradas, já que a adje-
tivação “gramática” e “pontuação” deslocam o sentido original dessas palavras para caracteri-
zar traços específicos do que o autor considera ser a vida.
Nos demais itens ((a), (b), (C) e (e)), todas as palavras e expressões estão empregadas em 
sentido literal (denotativo, próprio).
Letra d.
014. (VUNESP/IPSM/ASSISTENTE/2018)
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Para se alfabetizar de verdade, Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas
 Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte comentá-
rio: “É de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau, o sujeito se meter a 
querer ensinar os outros a escrever”.
 Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades humanas, 
da música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita não pode ser ensina-
da. Por quê?
 Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do leitor citado, que 
completou seu comentário com esta pérola: “Saber escrever é uma questão de talento, quem 
não tem, não vai nunca aprender…”
 Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda pessoa 
alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio.
 Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos falando só 
de correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais delegado à inteligência 
artificial.
 Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o leitor 
de confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma igualitária por qualquer 
sociedade que se pretenda civilizada e justa.
(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017)
No texto, a passagem cujo termo em destaque exemplifica uso de linguagem figurada é:
a) “É de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau…”.
b) Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns.
c) É o caso do leitor citado, que completou seu comentário com esta pérola…
d) … a ilusão de que toda pessoa alfabetizada domina a escrita…
e) … aspecto que será cada vez mais delegado à inteligência artificial.
Observe a definição do sentido literal (denotativo, próprio) da palavra pérola: concreção densa, 
geralmente globular e de coloração levemente prateada, que se forma nas conchas de diversos 
moluscos, a partir da deposição de material nacarado sobre uma partícula qualquer.
Ora, não é este o sentido da palavra pérola no trecho em destaque. Você é capaz de identificar 
a ideia de que “soltou uma pérola” é equivalente a “afirmou algo esdrúxulo”, “falou uma bestei-
ra (erro)”.
Nos demais itens ((a), (b), (D) e (e)), todas as palavras destacadas estão empregadas em sen-
tido literal (denotativo, próprio).
Letra c.
015. (VUNESP/PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES – SP/AUXILIAR/2018)
 Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no Brasil 
crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número de brasileiros 
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vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014, para cerca de 22 mi-
lhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas 
(FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com outra chaga, diferente da pobreza: a 
desigualdade. Os mais ricos se protegem melhor da crise, que empurra para baixo a parcela 
da população já empobrecida. Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da 
desigualdade no país. Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado 
Gini. Foi a primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente 
ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em democracias ca-
pitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que subestimávamos o problema.
 Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de Gini, ba-
seado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse método, ficavam de 
fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais ricos conseguem de outras fontes, 
que não o salário – a renda do capital, oriunda de ativos como aplicações financeiras, partici-
pação em empresas e propriedade de imóveis. Isso mudou quando

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