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Aula 01 - Direito Administrativo - Curso Estágio Ministério Público Estadual

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CURSO: Ministério Público Estadual 
 
 
 
Estagiando Direito 
@estagiando_direito_ 
 
 
 
AULA 01 – 
Direito 
ADMINISTRATIVO 
 
 
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APRESENTAÇÃO DO CURSO 
É com muita esperança e animação que iniciamos nossa disciplina de Direito Administrativo voltada para 
diversos cargos de concurso nível médio, mas principalmente para todos aqueles que almejam conquistar 
sua vaga de estagio nos órgãos públicos. 
Em nosso estudo vamos sempre buscar tratar de forma objetiva e clara os tópicos mais recorrentes nas 
provas e nas questões, pois estamos aqui para acertar o máximo de questões a fim de conquistar a vaga. 
O material foi elaborado com base em diversas anotações de leituras realizadas em doutrinas como a de 
Maria Silvia de Pietro e Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, sempre observando os assuntos mais 
cobrados e, consequentemente, com maior chance de incidência em provas, não deixando de citar alguns 
temas com menor incidência. 
A nossa metodologia a ser seguida é a leitura do material teórico, capítulos da lei seca mais recorrentes, e 
por fim, e não menos importante, vamos ter algumas questões para a fixar o conteúdo e verificar onde 
devemos melhorar. 
 
NOÇÕES INICIAIS E PRINCÍPIOS 
A nossa disciplina está presente em quase todos os concursos públicos, seja ele de estágio até magistratura, 
sendo dessa maneira de suma importância criamos uma base boa dos tópicos mais importantes para 
realizarmos nossas provas. 
Definição do Regime jurídico 
Primeiramente precisamos criar uma noção do Regime jurídico que é aplicado no nosso direito 
administrativo. Para facilitar nossos estudos em nossa aula devemos conceituar Regime Juridico 
Administrativo como um conjunto de regras e princípios harmônicos que regem toda a atuação da 
Administração pública em sua relação com os administrados, com seus agentes, prestação de serviços e sua 
organização interna. 
Princípios Basilares da Administração Pública ou Pedras de toque: 
A doutrina nos apresenta dois princípios sendo eles considerados as bases de todo o direito administrativo ou 
como Celso Antônio os chama de Pedras de toque: 
• Supremacia do Interesse Público; 
o Entende-se por esse princípio como a prevalência do direito público frente ao privado nas 
decisões em que a Administração for tomar. Cada vez mais com a constitucionalização do 
DIRA (direito administrativo) se vê a mitigação desse princípio, ocasionando muita das vezes 
soluções com observância ao principio da dignidade da pessoa humana. Portanto, conclui-se 
que não é um princípio absoluto e não está presente em todas as decisões da administração 
como era anteriormente a constituição vigente. 
 
 
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• Indisponibilidade do Interesse Público; 
o Princípio esse que está implícito em nossa constituição, nos mostra que os administradores 
são meros gestores da coisa pública, não possuindo propriedade dos bens e serviços que estão 
em sua guarda. 
Princípios Expressos 
Nossa constituição trouxe apenas cinco princípios expressamente previstos em nossa artigo 37, Caput, quais 
são eles, L.I.M.P.E: 
• Legalidade: Diferente do ramo privado, onde que pode fazer tudo aquilo em que a lei não proíba a 
Administração está limitada a atuar apenas quando há previsão legal expressa para tal ato. 
• Impessoalidade: No momento em que o administrado está atuando, não se pode atuar com o intuito 
de favorecer a si próprio ou qualquer outro tipo de sentimento pessoal. 
• Moralidade: Semelhante ao princípio anterior, mas com ele não se confunde, os agentes públicos 
devem, além de respeitar as leis, atuar de forma honesta, proba, com lealdade e boa-fé e com 
fundamento nos padrões éticos de conduta. DICA, falou na questão sobre ética da administração, 
quase certeza que está se falando desse princípio. 
o ATENÇÃO NA Súmula vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente 
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal. 
o O que podemos extrair da SV 13 é que não há nepotismo quando a pessoa for nomeada e tem 
parente no órgão, mas não possui hierarquia capaz de influir na nomeação; 
o Não há nepotismo quando a nomeação é destinada à ocupação de cargos políticos, como 
cargo de Ministro ou Secretário do Estado ou Município. 
• Publicidade: A publicidade (não se confunde com a espécie publicação) tem como intuito realizar 
uma atividade o mais transparente possível, não sendo absoluto, pois a própria constituição prevê 
algumas situações como a segurança do Estado que deve atuar em sigilo. 
• Eficiência: Esse é o princípio mais novo implementado em nossa constituição com o objetivo de 
buscar os melhores resultados (produtivo), por meio da melhor atuação possível, evitando o máximo 
possível os desperdícios (economicidade). 
Princípios Implícitos 
 
 
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São vários os princípios em que diversas doutrinas vêm classificando como implícitos, porem nos optamos 
por apresentar apenas aqueles mais recorrentes em questões de provas: 
• RAZOABILIDADE: muitas vezes tratado junto com a proporcionalidade, esse principio nos mostra 
que a conduta deve estar dentro dos padrões aceitos pela sociedade. 
 
• PROPORCIONALIDADE: essa conduta apresentada na razoabilidade deve ser realizada de forma 
a não caracterizar excessos, por isso tem como aspectos ou elementos: 
o Adequação/idoneidade: O meio empregado deve ser o mais adequado ou idôneo para atingir 
a finalidade pretendida. 
o Necessidade/exigibilidade: Verificação de inexistência de meio menos gravoso para atingir 
o objetivo pretendido. 
o Proporcionalidade em sentido estrito: Ponderação entre o ônus imposto pela medida e o 
benefício trazido pelas suas consequências. 
 
• AUTOTUTELA: Esse é um dos mais importantes da administração, principalmente quando for 
tratarmos de controle dos atos. Ele tem como intuito retirar do mundo jurído os atos praticados pela 
administração: 
o Revogação (mérito) -> Oportunidade e conveniência, apenas a administração pode realizar. 
o Anulação (legalidade) -> Ilegitimidade ou ilegalidade, junto com a administração, o poder 
judiciário pode realizar o controle pois é inafastável do controle jurisdicional qualquer 
ilegalidade. 
 
• MOTIVAÇÃO: É por ele que administração fica obrigada a realizar a indicação expressa dos 
pressupostos fáticos e jurídicos e sua correlação lógica com a decisão proferida, apenas sendo 
dispensada quando houver disposição expressa neste sentido. Motivação é diferente de motivo. O 
primeiro é a indicação expressa do motivo, que, por sua vez, consiste nos fundamentos de fato e de 
direito que levam à decisão (pense que o motivo é algo estático enquanto a motivação é a realização 
pratica do motivo). 
o Existe a teoria dos motivos determinantes que é de suma importância, pois estabelece que, 
ainda que a motivação do ato seja dispensada, caso o administrador tenha optado por 
expressar os motivos de forma escrita, ficará vinculado aos referidos fundamentos fáticos e 
jurídicos indicados. A fim de esclarecer, vou contar uma história. Você terminou com sua(eu) 
namorada (o), nesse momento é um ato discricionário seu, sem obrigação nenhuma de dar 
motivos, porem quando você estabeleceu que terminou para ter mais tempo de estudar, na 
 
 
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outra semana você não pode aparecer com outro companheiro (a), pois o antigo ao ver aquilo 
vai falar: “mas você não disse que era para estudar?”. Qual é a lição que trago para vocês? Se 
não tem motivo para determinar alguma coisa, não determine, pois poderá se voltarcontra 
você XD. 
• PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA: Esses dois princípios estão 
presente em toda o ramo do Direito, em todas as disciplinas, pois eles têm a finalidade de garantir os 
direitos de: 
o tomar conhecimento de todos os atos do processo administrativo ou judicial; 
o oportunidade para se manifestar; 
o produzir provas e formular requerimentos; 
o oportunidade de influenciar no julgamento da autoridade. 
 
 
 
QUESTÕES 
Para finalizar nossos estudos, deixo algumas questões com o gabarito seco ao final, caso tiver qualquer tipo 
de dúvida ou desejar por mais questões, podem entrar em contato via e-mail ou Instagram, vou adorar ajudar 
vocês. 
1- Acerca do princípio da moralidade, é correto afirmar que: 
A. refere-se ao respeito aos princípios éticos de razoabilidade e justiça, não sendo, contudo, 
pressuposto de validade de todo ato da Administração Pública; 
B. exige proporcionalidade entre os meios e os fins a atingir, entre os sacrifícios impostos à 
coletividade e os benefícios por ela auferidos, impondo observância aos valores éticos; 
C. enquadra-se nos denominados crimes de responsabilidade civil contra a ordem pública a conduta 
do administrador em desrespeito ao princípio da moralidade administrativa; 
D. não vincula os servidores, mas sim os agentes políticos que detêm discricionariedade para 
escolha e tomada de decisão para gestão da coisa pública; 
E. exclui-se do controle jurisdicional dos atos administrativos seu exame, em virtude da ausência de 
previsão constitucional expressa. 
 
 
2- A doutrina contemporânea perfilha o entendimento de que a estrutura normativa é composta 
por princípios e regras jurídicas. Os princípios, que são mais genéricos e abstratos do que as 
regras, não estão subsumidos a uma situação de fato (possuindo uma dimensão de peso ou 
 
 
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importância). Nesse sentido, nos termos do art. 37 da Constituição Federal, a Administração 
Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios deve obedecer aos seguintes princípios: 
A. legalidade, informalidade, continuidade, segurança jurídica e ampla defesa; 
B. legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência; 
C. legalidade, moralidade, razoabilidade, economicidade e motivação; 
D. legalidade, verdade real, proporcionalidade, oficialidade e moralidade; 
E. legalidade, moralidade, subsidiariedade, urbanidade e hierarquia. 
 
3- A Constituição Federal, no seu art. 37, impõe à Administração Pública, direta e indireta, a 
obrigatoriedade de obediência a vários princípios básicos, mas entre os quais não se inclui a 
observância: 
A. da eficiência. 
B. imprescritibilidade. 
C. impessoalidade. 
D. legalidade. 
E. moralidade. 
 
4- Assinale a opção que elenque dois princípios norteadores da Administração Pública que se 
encontram implícitos na Constituição da República Federativa do Brasil e explícitos na Lei n. 
9.784/99. 
A. Legalidade / moralidade. 
B. Motivação / razoabilidade. 
C. Eficiência / ampla defesa. 
D. Finalidade / eficiência. 
 
 
5- Em razão do princípio da legalidade, é correto afirmar que a: 
A. atividade administrativa deve ser exercida com presteza, qualidade e produtividade funcional. 
B. Administração Pública tem certa liberdade de atuação, pois pode exercer qualquer atividade, desde 
que a lei não proíba. 
C. Administração Pública só pode fazer o que a lei determina ou autoriza. 
D. Administração Pública fica obrigada a manter uma posição imparcial em relação aos administrados. 
 
 
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E. atividade administrativa somente poderá ser válida, se exercida no limite e intensidade necessária ao 
fim 
 
 
 
 
 
GABARITO: 1: B 2: B 3: B 4: B 5: C

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