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Causalidade em Investigação Epidemiológica - Epidemiologia

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● Introdução: A epidemiologia é responsável 
por fazer associação entre fatores de risco e 
efeitos em saúde por meio de estudos analíticos. 
● Causalidade: A investigação da causa e efeito 
na epidemiologia se trata de determinados 
elementos na evolução da história natural da 
doença para que haja rotulação dos fatores de 
risco. 
 ➤ Associação Estatística: Determina possí-
veis explicações para uma associação estatística 
não-causal entre dois eventos. Inclusive fatores de 
coincidência; portanto, quando dois eventos 
possuem associação estatística, não neces-
sariamente estão ligados etiologicamente. 
 ☞ Exemplos: Consumo de café e câncer de pul-
mão. Nº de ordenhas e tuberculose. 
 ➤ Associação Causal: A presença de um 
evento precede e contribui para a ocorrência de 
um desfecho. Além disso, a remoção da causa 
diminui a frequência de um desfecho. 
 ☞ Exemplos: Tabagismo e bronquite crônica. 
Carcinoma mamário no sexo feminino. 
● Modelo Causa-Componente: As doenças são 
multifatoriais; portanto, é possível desenvolver 
uma constelação de componentes causais, ou 
seja, fatores que agem juntos na causalidade das 
doenças. 
 ☞ Constelações da Pasteurelose Pneumônica 
Bovina: A causa necessária é a Pasteurella, porém, 
ela não é suficiente. Segue exemplificações: 
 
 
 
 ☞ Constelações da Doença Respiratória Bovina: 
Cada fator isoladamente não é nem suficiente, 
nem necessário. 
 
● Avaliação Crítica: Para estabelecer uma 
associação causal, é necessário completar 3 
principais perguntas: 
 
O objetivo central das pesquisas é diferenciar as 
associações, trazendo evidências e argumentos 
que permitam separar a relação causal da simples 
coincidência ou associação estatística não-causal 
Obs.: Nesse modelo, as causas componentes não 
são universalmente necessárias nem suficientes. 
Além disso, parte delas pode ser desconhecida. 
 1. A associação não pode ser explicada por 
chance ou erro aleatório? Verificar a significância 
estatística da amostra. 
 2. Algum viés explica a associação encon-
trada ou o estudo é realmente válido? Observar o 
tipo e validade do estudo epidemiológico, é 
necessário que haja a menor temporalidade 
possível, como em coorte e experimental rando-
mizado. 
 3. A associação atende aos critérios mí-
nimos da causalidade? Checar os critérios. 
 ➤ Vieses: São erros sistemáticos que promo-
vem resultado ou inferência desviada da 
realidade. Diferente dos erros aleatórios, que 
podem ser mensurados e afetam a precisão; os 
vieses derivam de erro no procedimento e condu-
ção do estudo, sendo impossível de mensurar e 
afetando a validade do estudo. 
 
 ☞ Viés de Seleção: Erros na maneira de sele-
cionar a amostra e acompanhar a amostra durante 
o estudo. Ex.: População não adequada para os 
objetivos, falha na seleção e perda na amostra. 
 ☞ Viés de Informação: Também chamado de 
aferição, indica erros na forma de coleta de dados. 
Ex.: Definição inadequada das variáveis, instru-
mento não apropriado de mensuração, 
preparação ineficiente dos observadores, res-
postas equivocadas. 
 ☞ Viés de Confusão: Erro na omissão de 
variáveis relevantes para análise. Falha ao não 
incluir no estudo variáveis relevantes para a 
análise da associação em questão. 
 Variável Confundidora: Constitui um “terceiro 
fator” que explica a associação ilusória entre as 
duas variáveis principais de uma investigação, a 
exposição e a doença. Ele deve estar associado à 
exposição, deve ser fator de risco para a doença e 
não pode ser consequência da exposição. 
 
 
Relembrando... 
Coorte: O que vai acontecer? Parte dos animais 
expostos e não expostos para estabelecer efeito. 
Caso-Controle: O que aconteceu? Observa-se o 
efeito para avaliar a exposição. 
Transversais: O que está acontecendo? Avalia tanto 
a exposição quando o efeito. 
Critério de Julgamento 
da Relação Causal 
1. A exposição é anterior ao desfecho? 
2. A associação entre exposição e desfecho é forte 
(RR, OR)? 
3. Existe relação dose-resposta? 
4. Os resultados de vários estudos apontam 
consistentemente para a mesma direção? 
5. A associação faz sentido biologicamente? 
6. Já foram encontradas associações semelhantes? 
7. O fator estudado é capaz de produzir o desfecho 
mesmo isoladamente?

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