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PRINCÍPIOS DE MARKETING ESPORTIVO 1 SUMÁRIO 1. A INDÚSTRIA ESPORTIVA NO BRASIL E NO MUNDO ....................................... 3 2.MARKETING Esportivo .......................................................................................... 7 2.1 Objetivos e vantagens do marketing esportivo................................................. 10 3. FERRAMENTAS DE MARKETING ...................................................................... 11 3.1 Benchmarking .................................................................................................. 11 3.2 Servqual ........................................................................................................... 13 3.3 Customer Relationship Management - CRM ................................................... 14 3.4 SWOT ............................................................................................................. 15 3.5 Segmentação de Mercado .............................................................................. 17 3.6 Sistema de Informações de Marketing (S. I. M.) .............................................. 18 3.7 Pesquisa de Mercado ..................................................................................... 19 3.8 Planejamento de Marketing............................................................................. 20 3.9 Mix de Marketing ............................................................................................. 21 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 24 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 1. A INDÚSTRIA ESPORTIVA NO BRASIL E NO MUNDO Figura 1 - A Indústria Esportiva no Brasil e no Mundo Fonte: Google Imagens, 2020. “O marketing esportivo é uma alternativa diferenciada para as empresas, mas também para o esporte, que tem no marketing um importante meio de potencializar sua arrecadação”. (MELO NETO, 2000, p. 28) Nos Estados Unidos e Europa, países economicamente desenvolvidos, a exemplificação deste fenômeno está na constante divulgação de números de contratos de patrocínio esportivo. No início do ano de 2008, uma empresa de consultoria anunciou que calcula um investimento em patrocínio por companhias norte-americanas de aproximadamente US$ 16,78 bilhões este ano, sendo que o esporte deve representar 69% desse valor, chegando a US$ 11,6 bilhões. (ALMEIDA; NUNES; MARCHI JÚNIOR, 2008) A indústria esportiva no Mundo movimenta mundialmente US$ 1 trilhão, uma das mais lucrativas indústrias do planeta. Nos Estados Unidos, esse setor gera US$ 613 bilhões por ano, representando 6,7% do PIB, pois é a primeira indústria do país, à frente da indústria automobilística; e já está sendo denominado de Produto Nacional Bruto do Esporte. Os canais de televisão com programação esportiva nos Estados Unidos somavam 69 em 1997. Hoje, são mais de 150 canais com programação esportiva. (BARSANTI, 2006) 4 Na Europa, os direitos de transmissão com esportes eram em 1992 de US$ 1,47 bilhão, em 2004 valeram US$ 3,3 bilhões, e em 2008 chegou a US$ 7,5 bilhões. (BARSANTI, 2009) No Reino Unido, os direitos de transmissão pagos pelo Campeonato Inglês pularam de US$ 276 milhões em 1993 (pelo período de 4 anos) para US$ 3,0 bilhões em 2004 (pelo mesmo período). (BARSANTI, 2006) As Olimpíadas de Sidney 2000 geraram US$ 2,5 bilhões e Atenas 2004 US$ 16 bilhões. (BARSANTI, 2006) Outra possibilidade de recebimento de recursos é de parcerias com empresas de mídia, como a realizada com as Organizações Globo, empresa midiática brasileira que possui diversos canais de televisão e jornais. (ALMEIDA; NUNES; MARCHI JÚNIOR, 2008) O crescimento da relação entre esporte e mídia no Brasil está diretamente ligado à Rede Globo. A emissora se assemelha com o esporte por ter abrangência nacional, atingir todas as faixas etárias e sexos, além de mobilizar a população. A TV é o principal veículo para divulgar o esporte com abrangência nacional. (TERRA, 2008) As receitas consolidadas geradas pelo mercado brasileiro de clubes de futebol se desenvolveram muito, com uma melhora de 63% e atingiram R$ 1,6 bilhão no último exercício (2004 – 2007). Essa evolução representa um crescimento médio nesse período de R$ 157 milhões de recursos novos gerados a cada ano. Há um mercado a ser explorado pelos clubes de futebol no Brasil de quase R$ 1 bilhão para os próximos cinco anos, sendo R$ 360 milhões em receitas de marketing, R$ 280 milhões em recursos de mídia e R$ 320 milhões em receitas com os estádios. (SACCHETTIN, 2009) O futebol movimenta no mundo cerca de US$ 250 bilhões de dólares e no Brasil cerca de US$ 10 bilhões de dólares. As mais de 10 empresas que estiveram presentes como patrocinadores oficiais da Copa do Mundo de 2002, pagaram cerca de US$ 28 milhões de dólares cada. 5 A Siemens atribuiu grande parte do crescimento de 27% de suas vendas no Brasil, somente ao fato o atleta Ronaldo usar a camisa do time que a empresa patrocinava. (RESENDE, 2007) O jogador de futebol Ronaldo é um dos maiores salários no Brasil. Visto como atleta excepcional, pessoa humilde e um pai dedicado, segundo pesquisa realizada por empresas que cuidam de sua imagem, o jogador é um forte apelo junto a consumidores de diversas marcas. Seus principais contratos de patrocínio pessoal mantiveram os valores praticados quando ainda atuava na Europa - onde o consumo é muito maior. Mas a capacidade de atrair a atenção da mídia e de alavancar a audiência dos jogos e dos programas em que aparece tornam o jogador um craque também de vendas, capaz de dar inegável lucro ao patrocinadores que investem nele. (JULIBONI; SANDRINI, 2009) A imagem de Ronaldo alavanca a procura por produtos tão diversos quanto chuteiras no Brasil e cosméticos na Suíça. Há dois tipos de empresas que gravitam na órbita do jogador: aquelas que o patrocinam diretamente e as que se beneficiam por apoiar os clubes em que Ronaldo joga. Atualmente, por meio de seu grupo, o R9, Ronaldo mantém contratos com três companhias. O mais recente foi assinado em 2007 com a multinacional suíça Lato, do ramo farmacêutico e de cosméticos. O acordo torna Ronaldo seu garoto-propaganda na Europa até dezembro de 2009. A Ambev pagou ao atleta cerca de 7,2 milhões de reais por ano ao ídolo. As camisas de Nike, fornecedora oficial do uniforme do Corinthians, mantém um acordo em separado com o próprio jogador. A gigante americana de artigos esportivos tem contrato fechado com Ronaldo desde quando ele tinha apenas 18 anos. (JULIBONI; SANDRINI, 2009) A imagem de Ronaldo alavanca a procura por produtos tão diversos quanto chuteiras no Brasil e cosméticos na Suíça. Há dois tipos deempresas que gravitam na órbita do jogador: aquelas que o patrocinam diretamente e as que se beneficiam por apoiar os clubes em que Ronaldo joga. Atualmente, por meio de seu grupo, o R9, Ronaldo mantém contratos com três companhias. O mais recente foi assinado em 2007 com a multinacional suíça Lato, do ramo farmacêutico e de cosméticos. O acordo torna Ronaldo seu garoto-propaganda na Europa até dezembro de 2009. A Ambev pagou ao atleta cerca de 7,2 milhões de reais por ano ao ídolo. As camisas de Nike, 6 fornecedora oficial do uniforme do Corinthians, mantém um acordo em separado com o próprio jogador. A gigante americana de artigos esportivos tem contrato fechado com Ronaldo desde quando ele tinha apenas 18 anos. (JULIBONI; SANDRINI, 2009) O atacante foi a peça-chave para que o Corinthians acertasse, com a Batavo, o maior patrocínio já fechado na história do futebol brasileiro: 18 milhões de reais. Mas o faturamento do time e do jogador com patrocínios deve ser bem maior: 51 milhões de reais. O restante do dinheiro virá da venda dos calções e mangas (11 milhões de reais), do reajuste do contrato com a Nike para fornecimento de material (16 milhões de reais) e da renda com patrocínio avulso por jogo (2 milhões de reais no ano). (JULIBONI; SANDRINI, 2009) Dados fornecidos pela Abriesp mostram que o setor esportivo representa 2% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos no país. Enquanto o PIB nacional teve crescimento médio anual de 4% nos últimos anos, o PIB da indústria esportiva cresceu à média de 12% ao ano. O setor gera 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos no Brasil. (GANDRA, 2009) A realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil e a perspectiva de o país sediar os Jogos Olímpicos de 2016 podem dinamizar ainda mais o setor. “O Brasil está na alça da mira de vários investidores internacionais que querem promover a Copa do Mundo.” Ele lembrou ainda que o país será sede dos Jogos Militares de 2011. (GANDRA, 2009) 7 2. MARKETING ESPORTIVO Figura 2 – Marketing Esportivo Fonte: Google Imagens, 2020. Marketing esportivo é “o conjunto de ações voltadas á pratica e a divulgação de modalidades esportivas, clubes e associações, seja pela promoção de eventos e torneios ou através do patrocínio de equipes e clubes esportivos”. (STOTLAR; DUALIB, 2005, p. 21) De forma geral o marketing esportivo não passava de contratação de um atleta para divulgação de um produto. O esporte vem sendo usado para lançar novos produtos e aumentar a empatia do consumidor em relação a uma empresa, até mesmo para minar a liderança regional de uma marca. No princípio os objetivos eram apenas institucionais. À medida que os resultados da estratégia foram aparecendo através do fortalecimento da imagem da empresa, novos caminhos vêm sendo descobertos. (MELO NETO; CARVALHO, 2006) O marketing esportivo refere-se à aplicação específica dos princípios e processos do marketing a produtos de esporte (times, ligas, eventos entre outros) e aos produtos não esportivos mas que tem associação com o esporte (bebidas, serviços de telefone de longa distância e outros). (STOTLAR; DUALIB, 2005) 8 A origem do marketing esportivo data do início do século XIX, mas tornou-se mais conhecido quando “em 1921 a Hillerich & Bradsby (H&B), fabricante do taco de beisebol Louisville Slugger implementou um plano de marketing e se tornou líder na produção de tacos de beisebol”. (PITTS, 2002, p. 49) As primeiras ações do marketing esportivo ocorreram na década de 30, tendo como produto o cigarro e o evento esportivo, o turfe - Grande Prêmio Ascot (Inglaterra) – utilizando o nome do evento para divulgar o produto, além de impressa a figura de um cavalo nas embalagens de cigarro. (SACCHETTIN, 2009) No exterior, o marketing esportivo surgiu como uma válvula de escape das severas restrições à publicidade do cigarro e da bebida alcoólica impostas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. A primeira iniciativa de patrocínio para o futebol ocorreu na Itália, em 1952, quando a Stock, marca de bebidas muito conhecida na época, teve a idéia de divulgar sua marca nos estádios italianos. Para isso pagou a cada clube uma cota de 30 mil dólares, o que representava uma boa quantia para a época. (CORRÊA, CAMPOS, 2008) É válido ressaltar que o marketing esportivo só não foi incrementado há mais tempo no futebol, porque a Federação Internacional de Futebol (FIFA) não permitia que as equipes tivessem nenhum tipo de publicidade nas camisas, com exceção apenas para a marca do fabricante, mas de forma bem discreta. (CORRÊA, CAMPOS, 2008) As primeiras grandes negociações entre empresas ocorreram de uma forma que seria pouco usada hoje, onde seriam poucas as empresas que disponibilizariam de capital o suficiente para comprar um clube ou a marca de um clube, se levar em consideração que junto com o clube, se este fosse de grande projeção o que haveria de mais relevante com relação ao seu preço, seria toda a sua historia e sua torcida, que na grande maioria das vezes vem formada por apaixonados. Em 1979 na Itália, o Perugia recebe 250 mil dólares do pastifício Ponte, transformando o seu nome em marca de materiais esportivos, onde passou assim a estampá-lo em sua camiseta. (CORRÊA, CAMPOS, 2008) Alguns anos mais tarde na Alemanha, o tradicional laboratório Bayer passou a divulgar sua marca depois de adquirir os times de futebol Leverkusen e Uerdigen. Na 9 Holanda encontra-se a mesma tática sendo usada pela Philips, onde a mesma comprou a maioria das ações do Eindhoven, que passou a se chamar União Esportiva Philips, ou mais conhecido como PSV Eindhoven. (CORRÊA, CAMPOS, 2008). Na América do Sul, iniciado pelo Brasil, as primeiras tentativas de associar o marketing esportivo ao esporte ocorreram no mesmo período em que o marketing moderno ganhava projeção, em razão de uma política de progresso implantada pelo governo Juscelino Kubistsckek, nos anos 50, onde fora lançado um programa de governo que era denominado 50 anos em 5. A economia brasileira passou a viver uma nova fase. Grandes Organizações começaram a operar no país, motivadas pelo novo Brasil que JK prometeu com seu plano de metas. A primeira estratégia de marketing esportivo de que se tem registro, foi também nos anos de 1930, em uma corrida de automóveis no Rio de Janeiro, onde um dos automóveis pilotado pelo Barão de Tefé levava a marca da cerveja Caracu. (SACCHETTIN, 2009) Porém, foi nas décadas de 1960-70 que acontece a grande explosão do marketing esportivo, com o advento das transmissões esportivas pela televisão, como olimpíadas, copa do mundo de futebol, corrida de fórmula 1 entre outros. A partir daí, os grandes grupos empresariais passaram a enxergar nessa forma de comunicação, a possibilidade de divulgarem em grande escala – em massa – seus produtos, e ao mesmo tempo, aliarem sua marca a uma imagem de saúde, bem estar e vitórias que o esporte traz. (SACCHETTIN, 2009) Entre os anos 70 e 80, no Brasil, o esporte brasileiro começou a despertar interesse da juventude, fazendo com que a mídia intensificasse sua divulgação, aproveitando-se de novos talentos, dando origem assim ao marketing esportivo. A partir daí, o marketing esportivo evoluiu de maneira tão rápida, que pode-se dizer que economia mundial foi quem mais perdeu em não trabalhar esta ferramenta de marketing de maneira, mais profissional, antes nos anos 80. (CORRÊA, CAMPOS, 2008) Alguns historiadores argumentam que atletas, patrocinadores e comentaristas têm estado em evidência no esporte desde os festivais da Grécia antiga. Mas no Brasil até 1970 somente o futebol, ocupava espaço na mídia, o que caracterizou ainda mais isso foi à conquista do tricampeonato mundial, onde começaram a surgir empresas 10 utilizando técnicas de merchandising nos uniformes das equipes.(CORRÊA, CAMPOS, 2008) Nos últimos tempos, o brasileiro tem praticado mais esportes, ou algum tipo de atividade física. Esta mudança de hábitos serviu como diretriz para os empresários que querem investir no esporte como forma de buscar novos mercados, atingir um público-alvo, ou mesmo trabalhar sua marca junto aos consumidores ou futuros consumidores. (CORRÊA, CAMPOS, 2008) 2.1 Objetivos e vantagens do marketing esportivo Os objetivos do marketing esportivo visam aumentar o reconhecimento público, reforçar a imagem corporativa, estabelecer identificação com segmentos específicos do mercado, combater ou antecipar-se a ações da concorrência, envolver a empresa com a comunidade, conferir credibilidade ao produto com a associação à qualidade e emoção do evento. (BERTOLDO, 2004) O marketing esportivo também tem por objetivo avaliar o mercado, os concorrentes e consumidores; desenvolver estratégias e táticas promocionais; fortalecer a marca e a imagem da empresa e/ou produtos; planejar o uso da mídia para obter retorno espontâneo; além de abrir e conquistar novos mercados e usar a comunicação como ferramenta estratégica. (CALADO, 2007) As vantagens do marketing esportivo relacionam projeção da marca, simpatia junto ao público e à mídia, visual direto do produto, sem custos, rejuvenescimento da imagem da empresa e venda de produtos com a marca da equipe e do patrocinador. (BERTOLDO, 2004) 11 3. FERRAMENTAS DE MARKETING Figura 3 - Imagem Ilustrativa: Ferramentas de Marketing Fonte: Google Imagens, 2020. Para nossos estudos consideraremos como ferramentas de marketing o conjunto de recursos e metodologias utilizado pelo marketing para desenvolvimento de suas atividades. 3.1 Benchmarking Entende-se por benchmarking o processo utilizado para uma continua avaliação da organização no que tange produtos, serviços, processos, dentre outros; com o objetivo de propor melhorias para a organização. O benchmarking vai além de banco de dados ou copiar concorrência. Sendo assim, é necessário que a organização entenda o seu mercado e seu ambiente, baseado nesses dados as organizações proporá ações de melhorias, ou seja, podemos dizer o benchmarking é processo investigatório, onde uma organização compara seu estado atual com aquilo que existe de melhor em seu ramo. Vale ressaltar que o benchmarking é processo sistêmico e continuo de aprendizagem, onde as melhores práticas no mercado são estudadas, não é uma cópia ou imitação, ou seja, a ideia é entender porque aquela atividade é realizada (figura 4). O benchmarking possui quatro princípios, sendo eles: reciprocidade, analogia, medicação e validade. O primeiro princípio está relacionado com uma parceria de 12 “ganha-ganha”, ou seja, é a disposição para compartilhar as informações com a organização de referência. O segundo princípio está relacionado a semelhança entre os objetos estudados, independe do ramo de atuação, do tamanho da organização. O terceiro princípio está relacionado com poder de avaliação da organização. E o último princípio está relacionado com a confiabilidade das informações obtidas. Figura 4 - Benchmarking Fonte: Carvalho, 2017. Os tipos benchmarking variam, sendo o meio de captação das informações o meio de classificação, vejamos os tipos de benchmarking: Benchmarking de processos: É o processo comparativo dos processos, visando implantar melhorias nos processos da organização, consequentemente melhorando os resultados. Benchmarking de produtos: É o processo comparativo dos produtos, no que tange características e funcionalidades, consequentemente melhorando os resultados. 13 Benchmarking de resultados: É o processo comparativo dos resultados, visando verificar a competividade da organização comparada com as organizações de referências, consequentemente melhorando os resultados. Benchmarking colaborativo: É o processo comparativo dos processos, produtos. Contudo, é avaliado um conjunto de organizações que concordaram de forma prévia o estudo, e essas organizações possuem a solução para problemas comuns, consequentemente melhorando os resultados. Benchmarking corporativo: É o processo comparativo realizada pela área corporativa, visando identificar as melhores práticas do mercado e consequentemente melhorando os resultados. 3.2 Servqual O modelo servqual é o modelo pioneiro na avaliação da qualidade de um serviço. Esse modelo foi atribuído a Parasuraman, Zeithaml e Berry. O modelo servqual leva em consideração as lacunas, conhecidas com gaps. Essa lacuna se dá devido a diferença entre a expectativa do usuário e o que é oferecido, sendo assim, os gaps são grandes obstáculos para o sucesso da organização. O modelo possui como principal objetivo avaliar a satisfação perante aos serviços prestados. SAIBA MAIS O benchmarking possui diversas vantagens para um negócio, independe do seu ramo de atuação, em negócios gastronômicos isso não é diferente. Entra as vantagens estão as melhorias nos desempenhos, aumento de produtividade e resultados da organização. 14 Figura 5 - Modelo Servqual Fonte: Martins, 2016. Gap 1: É a lacuna entre a expectativa do cliente a percepção da gestão da organização. Gap 2: É a lacuna entre a percepção da gestão da organização com as normas. Gap 3: É a lacuna entre a qualidade do serviço e o serviço prestado. Gap 4: É a lacuna entre a prestação do serviço e a comunicação externa. Gap 5: É a lacuna entre a percepção do serviço e o serviço prestado. 3.3 Customer Relationship Management - CRM O Customer Relationship Management – CRM é uma metodologia que coloca o cliente como o centro das atenções, sendo assim o CRM é planejado para conseguir identificar a antecipar a necessidade dos clientes e possíveis clientes. Sendo assim, 15 o CRM é uma estratégia de negócio e que o advento tecnológico, o mesmo proporciona um sistema de gestão integrada, onde o cliente é o foco. Figura 6 - Customer Relationship Management Fonte: Sanches, 2014. 3.4 SWOT O SWOT é uma ferramenta de marketing que busca entender uma organização, bem como seu ambiente interno e externo. Essas informações ajudaram nas tomadas de decisões e no planejamento de marketing. O SWOT busca identificar os pontos fracos, fortes, oportunidades e ameaças que rodeia uma organização. Pontos fortes: São pontos positivos internos de uma organização, esses pontos estão sobre controle da mesma, por exemplo, qualidade do atendimento. Pontos fracos: São pontos negativos internos de uma organização, esses pontos estão sobre controle da mesma e poderão melhorar, por exemplo, baixa qualidade nas mídias sociais. 16 Oportunidades: São pontos externos, que não estão sobre o controle da organização. Contudo, proporciona a mesma oportunidade de crescimento, por exemplo, aquisição de um novo ponto no centro da cidade. Ameaças: São pontos externos, que não estão sobre o controle da organização. Contudo, interfere nas metas da organização, por exemplo, inflação. Figura 7 - SWOT Fonte: Haracemiv, 2019. 17 3.5 Segmentação de Mercado Segmentação de mercado é o processo de dividir o mercado em fatias de acordo com características, por exemplo, clientes do gênero masculino, infanto- juvenil. Figura 8 - Segmentação de Mercado Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. Entende-se por segmentação geográfica a divisão dos clientes em unidades geográficas, por exemplo, estado, bairro, regiões. Essa segmentação permite que as organizações atua em determinadas regiões e planejar um plano de marketing, baseado na região. A segmentação psicográfica é a união da psicologia e demografia buscando entender melhor o cliente. Essa segmentação busca divide gruposdemográficos de acordo com suas características psicológicas. 18 Entende-se por segmentação demográfica a divisão dos clientes por aspectos como idade, sexo, renda, etc. Essas informações são utilizadas pelos profissionais de marketing, pois geralmente está associado as necessidades e desejos dos clientes. A segmentação comportamental é a divisão dos clientes de acordo com seu conhecimento do produto, além das suas atitudes. 3.6 Sistema de Informações de Marketing (S. I. M.) No processo de tomada de decisão as informações são necessárias para assertividade dessas tomadas. O marketing não é diferente, o marketing se baseia em informações para planejamento e ações. Nessa perspectiva, é de suma importância a pesquisa de mercado mantendo sempre atualizado as informações. O Sistema de Informação de Marketing – S. I. M é o processo que buscar coletar informações mercadológicas, além de processar e analisar essas informações. A atuação do marketing será com efetividade com os dados coletados sejam de qualidades. Pesquisa de Mercado: É o processo para conhecer o mercado, além do ambiente interno e externo, buscando identificar os valores agregados. A pesquisa de mercado busca identificar as tendências do mercado, bem como os dados históricos sobre clientes e produtos. Público-alvo: É a definição da amostra a serem estudado, baseado em informações como características, interesses, entre outros. Produto: Após conhecer o mercado e o consumidor a empresa deve realizar ações de marketing para benefícios atraentes para os clientes, bem como melhorar os produtos. Registros Internos: Os registros são dados coletados pelos profissionais de marketing, dados como reclamação, índice de vendas, 19 entre outros. Esses dados são analisados e transformando em informações, baseado nessas informações o marketing deverá elaborar plano de marketing e ações. Resultados: Baseado nos dados coletados pelo S. I. M. a organização poderá corrigir falhas durante o processo, bem como realizar ações buscando inovar e apresentar um diferencial competitivo. Contudo, essas análises e tomadas de decisões devem ser realizadas por especialistas da área, evitando assim ações equivocadas. 3.7 Pesquisa de Mercado A pesquisa de mercado é uma ferramenta de marketing que busca auxiliar o profissional durante o processo de tomada de decisão. A pesquisa de mercado é um processo investigatório, onde a organização busca estudar as variáveis que impactam em suas atividades. As variáveis estudadas são: Preço; Legislação; Satisfação do Cliente; Política; Economia; Oportunidade de expansão; Potencialidade de Consumo. A pesquisa de mercado pode ser dividida em dois tipos, qualitativa e quantitativa. A pesquisa qualitativa é utilizada para identificar informações subjetivas, esse tipo de pesquisa é aplicado para um grupo pequeno. Já a pesquisa quantitativa busca levantar indicadores numéricos, essa pesquisa busca levantar dados precisos. Quadro 1 - Etapas do processo de Pesquisa de Mercado 20 Definição dos objetivos Qual é a real necessidade e os motivos que levaram à realização da pesquisa. Exemplo de objetivos: expandir a área de atuação, lançar um produto novo, aumentar a força de vendas, ajustar preços, construir uma imagem. Diagnóstico Nesta fase, obtém-se uma posição realista da organização, suas carências e dificuldades, e oportunidades de melhoria que a pesquisa poderá sugerir. Método de Pesquisa Qual o tipo de pesquisa mais adequado e quais serão os procedimentos adotados (elaboração de questionários, formulários). Pesquisa Levantamentos acerca do público-alvo. (Gênero, idade, renda, valores e hábitos de consumo). Levantamento sobre os concorrentes, séries históricas sobre o mercado, conhecer os fornecedores (preços praticados, condições de entrega e de pagamento). Tabulação dos dados Reunir os dados para trabalhá-los, produzir relatórios e informações que darão suporte à decisão. Comunicação Parece ilógico, mas várias pesquisas consomem recursos e esforços para serem arquivadas. No máximo, frequentam a mesa de um ou dois dirigentes. O fato de os funcionários participarem do processo de atuação da empresa cria comprometimento e alinha os seus interesses deles com os da empresa. Fonte: Daher, 2015. 3.8 Planejamento de Marketing O planejamento de marketing são ações que serão desenvolvidas para maximizar os resultados de uma organização frente ao mercado. O planejamento busca principalmente acompanhar os mercados internos e externos. Analisando a figura acima vemos o ciclo do planejamento, conforme apresenta a imagem o clico possui cinco etapas, vejamos sobre cada uma. A primeira etapa é o diagnóstico, entende-se por diagnóstico análise realizada pela organização, buscando identificar seu estado atual. A segunda etapa é a SWOT, onde a empresa buscará identificar os pontos que levaram a mesma para seu nível atual, bem como conhecimento do ambiente interno e externo. A terceira etapa consiste na definição da visão, ou seja, onde queremos chegar. A quarta etapa consiste na definição das ações a serem executadas para atingimento da visão e por fim avaliação consiste em avaliar os resultados obtidos com a visão da organização. O planejamento pode ser dividido em níveis, sendo eles: estratégico, tático e operacional. Entende-se por nível estratégico o planejamento desenvolvido pela 21 direção executiva, tais ações e metas definidos afetam a organização como um todo. Já o nível tático envolve uma repartição da organização, ou seja, o gestor da área baseado nas metas estratégicas desenvolve objetivos para desenvolvimento interno do setor. Por fim, o nível operacional busca apresentar as metodologias de implantação das metas, buscando apresentar os recursos necessários, procedimentos, dentre outros. Quadro 2 - Estrutura do Planejamento Definição dos objetivos O principal objetivo da ação de Marketing varia entre o aumento nas vendas e a criação/ manutenção da imagem. Composto mercadológic o Toda ação de Marketing envolve pelo menos um elemento do Mi x (4Ps). Devido ao tempo exíguo, esta estratégia normalmente mira no ótimo, mas se contenta com o satisfatório. Elaboração do orçamento O orçamento de Marketing deve ser elaborado a partir das necessidades, e não o contrário. O padrão do mercado é a empresa gastar 5% de seu faturamento. Estratégia de Vendas Definida a partir de um conhecimento razoável sobre o cliente e o mercado concorrente. O que vender, a quem, de que forma, e onde vender. Levantamento Levantamento dos pontos fortes e do que pode ser melhorado. Definição dos limites (note que esta não é uma ação passiva). Conhecer o mercado concorrente Análise de Ambiente Movimentos demográficos. Legislação vigente (de que maneira ela impacta seu ramo de negócio?). Avanço tecnológico. Acompanhamento do mercado. Pesquisa constante dos hábitos dos clientes. Fonte: Daher, 2015. 3.9 Mix de Marketing Entende-se por Mix de Marketing o conjunto de variantes, onde a empresa busca influenciar seus consumidores. O Mix de Marketing é conhecido como quatros p’s – Produto, Praça, Promoção e Preço. 22 Figura 10 - Mix de Marketing Fonte: Borges, 2013. Produto: entende-se por produto, toda a fase que contempla o produto desde da sua concepção até a produção, ou seja, contempla todas fases, como planejamento, designer, dentre outros. Preço: entende-se por preço, todas as variantes que contempla o preço desde do custo de produção até o preço final praticado pela concorrência, ou seja, contempla todas fases, como condições de pagamento. Praça: a praça se refere aos canais de distribuição, podemos dizer que a praça está relacionada as variantes logísticas, ou seja,as ações necessárias para o produto final chegar ao consumidor. 23 Promoção: entende-se por promoção o conjunto de ações que buscam modificar os hábitos deles perante ao produto. 24 REFERÊNCIAS BORGES, Leandro. O que são os 4 Ps do Marketing, Mix de Marketing ou Composto de Marketing. 1.0. [S. l.], 2013. Disponível em: https://blog.luz.vc/o-que- e/4-ps-do-marketing-mix-de-marketing-ou-composto-de-marketing/. Acesso em: 6 set.. 2020. CARVALHO, Henrique. 15 simples passos para usar o Benchmarking e aplicar os melhores processos do mercado no seu negócio. 1.0. [S. l.], 2017. Disponível em: https://viverdeblog.com/benchmarking/. Acesso em: 6 set.. 2020. FILHO, Rodolfo Araújo de Moraes; FILHO, Zildo Ernesto Ferraz. Benchmarking, sua utilização e formalização nas pequenas e médias empresas: um modelo de implantação. 1.0. [S. l.], 2004. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/403058970/Benchmarking-nas-MPE-s. Acesso em: 6 set.. 2020. FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Benchmarking. 1.0. [S. l.], 2019. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/338227313/benchmarking-fnq. Acesso em: 6 set. 2020. GANDRA, A. Crise econômica não afeta indústria nacional de equipamento esportivo. Agência Brasil. 19 jan. 2009. Brasília. Disponível em: . Acesso em 25 ago. 2020. HARACEMIV, Lucia. A importância da Análise SWOT para o Planejamento Estratégico de Vendas. 1.0. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.dnadevendas.com.br/blog/planejamento-estrategico-vendas-swot/. Acesso em: 6 ago. 2020. HOFRICHTER, Markus. Análise SWOT. 1.0. [S. l.], [s.a.]. Disponível em: https://pt.scribd.com/read/405840521/Analise-SWOT-quando-usar-e-como-fazer. Acesso em: 6 ago. 2020. MARTINS, J. R. Branding, São Paul: Negócio Editora, 2.000. 25 MARTINS, Mariana. Modelo SERVQUAL. 1.0. [S. l.], 2016. Disponível em: https://knoow.net/cienceconempr/marketing/modelo-servqual/. Acesso em: 6 ago. 2020. MELO NETO, F. P. Marketing esportivo. Rio de Janeiro: Sprint, 2000. MULLIN, B. J. Marketing esportivo. 2. ed. Porto Alegre: Artmed/Bookman, 2004. PITTS, B. Fundamentos de marketing esportivo. São Paulo: Phorte Editora, 2002. SANCHES, Thiago. Como construir e fortalecer o relacionamento com clientes através do Zoho CRM. 1.0. [S. l.], 2014. Disponível em: http://vidamaisfacil.com.br/utilidades/negocio/como-construir-e-fortalecer-o- relacionamento-com-clientes-atraves-do-zoho-crm/. Acesso em: 6 ago. 2020. SILVIA, Flavio. Customer Relationship Management. 1.0. [S. l.], 2011. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/60543775/Customer-Relationship-Management. Acesso em: 6 ago. 2020. TEITELBAUM, I. Marketing esportivo: um estudo exploratório. 1997. Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. TERRA, T. Petrobras, Nextel e Globo promovem suas marcas. Marketing Esportivo. 24 nov. 2008. ZENONE, Luiz Claudio. CRM - customer relationship management: gestão do relacionamento com o cliente e a competitividade empresarial. São Paulo: Novatec Editora Ltda, 2007. 160 p.
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