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INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS FACULDADE ITPAC CRUZEIRO DO SUL Curso de Graduação em Medicina ALÍCIA PINHO LANDAZURI SISTEMA RENINA- ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA CRUZEIRO DO SUL, AC 2021 ALÍCIA PINHO LANDAZURI SISTEMA RENINA- ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA Trabalho apresentado ao módulo de Sistemas Orgânicos Integrados, como parte do requisito para a aprovação no módulo. Orientadora: Profª. Dra. Adriele Karlokoski. CRUZEIRO DO SUL, AC 2021 SUMÁRIO CAPA ........................................................................................................................ 01 CONTRACAPA ........................................................................................................ 02 SUMÁRIO ................................................................................................................ 03 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 04 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 07 1. Descreva o funcionamento e a regulação do Sistema Renina-Angiotensina- Aldosterona. O Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA) corresponde a um complexo sistema hormonal, cuja função é manter a homeostasia hidroeletrolítica do organismo e o controle da pressão arterial sistêmica (PA). Portanto, é um conjunto que envolvem os sistemas renal e adrenal, fígado, hipófise posterior e endotélio dos vasos sanguíneos. Vale destacar, a sua importância na regulação da secreção de aldosterona pelo córtex da glândula suprarrenal. A via SRAA inicia-se a partir das células justaglomerulares, localizadas nas arteríolas aferentes dos néfrons, secretam uma enzima chamada renina a qual é armazenada e liberada após um estímulo. Assim, a renina cliva uma proteína plasmática inativa, o angiotensinogênio (sintetizado no fígado), em angiotensina I (ANG I). Esta, no que lhe concerne, é clivada por uma enzima conversora de angiotensina (ECA), então, ela é convertida à ANG II. No passado acreditava-se que a ECA ocorresse apenas nos pulmões, mas de acordo com estudos recentes ela está presente no endotélio dos vasos sanguíneos em todo o corpo. Figura 1- Aparelho justaglomerular (JG). Fonte: EATON et al, 2016. Nesse sentido, o ANG II circulante nos vasos sanguíneos chega à glândula suprarrenal, estimula a síntese e a liberação de aldosterona. Por conseguinte, no néfron distal a aldosterona desencadeia reações intracelulares que estimulam a reabsorção de Na+ pelo túbulo renal. Há três fatores para ativação do SRAA pelas células justaglomerulares: 1. As células granulares são sensíveis à pressão arterial. Elas respondem a baixa PA nas arteríolas renais secretando renina. 2. Os neurônios simpáticos, ativados pelo controle cardiovascular (barorreceptores) quando a PA diminui estimulando a secreção de renina. 3. A retroalimentação parácrina da mácula densa no túbulo distal para as células granulares, que estimula a liberação de renina. Nessa perspectiva, a reabsorção de sódio não aumenta devido à baixa pressão arterial, porém a retenção de sódio aumenta a osmolaridade, o que estimula a sede. Ao ingerir mais líquido o volume extracelular irá aumentar, o volume do sangue aumenta, consequentemente, a PA aumentará. Logo, a angiotensina II é um hormônio notável, com vários efeitos que levam ao aumento da pressão arterial. Dessa maneira, a ANG II aumenta a pressão arterial por cinco mecanismos adicionais: aumenta a secreção de vasopressina através de receptores no hipotálamo, estimula a sede, potente vasoconstritor, ativa receptores de ANG II no centro de controle cardiovascular elevando o estímulo do SNP do coração e vasos sanguíneos, amplia a reabsorção de Na+ túbulo proximal. A seguir a tabela 1 mostra como ocorre o controle de secreção de aldosterona e os efeitos de ANG II no organismo. Tabela 1- Sistema Renina-Angiotensina Fonte: SILVERTHORN, 2017. O SRA também é modulado por hormônios sexuais como o estradiol que apresenta efeitos vasculares com redução de potentes vasoconstritores tal como a angiotensina II, endotelina-1 e catecolaminas. Os inibidores da ECA pertencem a uma classe de drogas com o uso crescente em várias doenças as quais incluem hipertensão, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, nefropatia diabética e entre outras. A ECA inativa a citocina bradicinina, portanto, seus inibidores a elevam no organismo fazendo com que alguns pacientes produzam tosse seca. A solução para este problema foi a produção de novos fármacos conhecidos de bloqueadores dos receptores de angiotensina, uma vez que bloqueiam os efeitos da ANG II ligando-se sobre os receptores AT1. Recentemente, outros fármacos foram aceitos, atuando diretamente na enzima renina, ou seja, inibindo- a e, consequentemente, toda a cadeia do SRA. REFERÊNCIAS EATON, Douglas. C.; POOLER, John. P. Fisiologia Renal de Vander. Porto Alegre: Grupo A, 2016. 9788580554144. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554144/. Acesso em: 30 out. 2021. RIGATTO, Katya Vianna; BOHLKE, M.; IRIGOYEN, Maria Cláudia. Sistema renina angiotensina: da fisiologia ao tratamento. Rev Soc Cardiol do Rio Grande do Sul, v. 3, p. 1-5, 2004. SILVERTHORN, Dee. U. Fisiologia Humana. Porto Alegre: Grupo A, 2017. 9788582714041. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714041/. Acesso em: 30 out. 2021.
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