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FACULDADE FUTURA TAISA ANDRESSA DA SILVA PAZ RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO PROJETO PRÁTICO PÉROLA 2021 FACULDADE FUTURA TAISA ANDRESSA DA SILVA PAZ PROJETO PRÁTICO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO PÉROLA 2021 Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, da Faculdade Futura, no Curso de Pedagogia, como pré-requisito para aprovação. PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO- CULTURA AFRICANA NO CONTEXTO ESCOLAR. RESUMO- A partir do dia 9 de janeiro de 2003 houve a implantação da Lei 10.639/03 onde escola públicas e particulares seriam obrigadas a incluírem em suas propostas curriculares e pedagógicas o ensino de cultura afro-brasileira no intuito de valorizar a diversidade cultural presente na formação da sociedade brasileira, bem como resgatar a cidadania e a identidade da população negra do Brasil. Neste sentido, este projeto visa desenvolver uma proposta interdisciplinar para o desenvolvimento de atividades que contribui para a cultura afro no currículo das escolas. A exigência de conteúdos e Cultura Afro-Brasileira na referida lei não garante sua aplicabilidade no Ensino fundamental promove um ensino que permita aos alunos refletirem sobre questões raciais no processo de valorização da cultura africana e afro-brasileira. PALAVRAS-CHAVE: Cultura, Escolas, Formação, Ensino Fundamental. 1. INTRODUÇÃO O negro tem uma história marcada por sofrimento má tratos e preconceito por todo mundo e no Brasil a história não é diferente. Muitos anos se passaram com o fim da escravidão no entanto é um assunto que nunca foi resolvido . As queixas de preconceito racial podem ser vista na mídia, nas escolas, no trabalho e em tantos outros lugares. Para tanto, foi criado a Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, no que se refere à inclusão no currículo dos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, da obrigatoriedade da temática “História e Cultura AfroBrasileira” e a inclusão no calendário escolar do dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”,no intuído de desenvolver nos alunos uma mentalidade de refletir sobre atitudes preconceituosas. Os resultados foram avanços significativos no processo de afirmação de setores marginalizados, como os negros, com a promulgação da Lei 10.639/2003, qual determina a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira nas Escolas. Para esta pesquisa optou por enfocar a lei 10.639 e verificar na disciplina de história. .Essa lei é importante no processo de condução de negros, setores sociais tradicionalmente marginalizados, ao adequado reconhecimento de sua contribuição para a construção do Brasil, bem como se tornaram instrumentos de combate ao racismo e à discriminação nas escolas. Neste sentido objetivo deste estudo, é averiguar a aplicabilidade da Lei no Lei 10.639/2003, quanto à obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro- Brasileira de forma interdisciplinar na escola . Para tanto, fez-se necessário além de conhecer a lei, verificar como ela é utilizada na escola e na disciplina de história considerando que o objetivo não é apenas desenvolver o tema da cultura afro somente em datas comemorativas, mas sim que seja um tema que permeie todo o currículo da disciplina de história com situações reais de combate ao racismo . A pesquisa pauta-se num estudo bibliográfico, através da análise da lei, sites e artigos já publicados e autores que tratam sobre o tema. Inicialmente conhecer a lei 1010.639/2003 em seguida verificar o trabalho interdisciplinar e depois conhecer o papel do professor no ensino da cultura afro e por últimos propor o desenvolvimento do projeto. Para tanto, fez-se necessário além de conhecer a lei, verificar como ela é utilizada na escola considerando que o objetivo não é apenas desenvolver o tema da cultura afro somente em datas comemorativas, mas sim que seja um tema que permeie todo o currículo da disciplina de história com situações reais de combate ao racismo. 2. DESENVOLVIMENTO A Constituição Federal cita sobre o ensino da cultura os afrodescendentes no Brasil em alguns dos seus Artigos. No Artigo 206 destaca que: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino. (Brasil,1988). Desta forma, todos têm direito a educação, não importando a etnia, crença, classe social entre outros. No Artigo 210, cita que: “Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”. Sendo assim, os conteúdos trabalhados em sala de aula devem conter informações básicas para o aluno de história e da cultura povos dos afrodescendentes. No ano de 2003 entrou em vigor a Lei Federal 10.639 /03 determinando a obrigatoriedade da inserção do ensino da Cultura afro Brasileira nas escolas de todos os níveis e modalidades de ensino. Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro Brasileira. § 1° incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinente à História do Brasil. § 2°. Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’ (BRASIL, 2003. n.p.). Destaca também que o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana tem por objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantir a igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, dos povos indígenas. (BRASIL, 2004, p. 01). A referida lei fez-se necessário para garantir valorização cultural africana que formam a diversidade cultural brasileira que é uma grande população. Neste contexto Rocha, (2007, p. 32) afirma ainda que: A Lei 10.639/03 pode construir-se como uma ferramenta importante para o combate ao racismo e consequentemente, para a superação do quadro de desigualdade racial e social presente na sociedade brasileira. Infelizmente para grande maioria dos envolvidos no processo de educação escolar, a relação entre raça/racismo passa despercebida (ROCHA, 2007, p. 32). Sendo assim, além de promover o reconhecimento dos negros que são marcados por discriminação pela sociedade tem ainda como metas, segundo o Conselho Nacional de educação garantir: [...] o direito dos negros, assim como de todos os cidadãos brasileiros, cursarem cada um dos níveis de ensino, em escolas devidamente instaladas e equipadas, orientados por professores qualificados para o ensino de diferentes áreas de conhecimentos; com formação para lidar com as tensas relações produzidas pelo racismo e discriminações, sensíveis e capazes de conduzir a reeducação das relações entre diferentes grupos étnico-raciais entre eles descendentes de africanos, de europeus,de asiáticos, e povos indígenas. Estas condições materiais das escolas e de formação de professores são indispensáveis para uma educação de qualidade para todos, assim como é o reconhecimento e valorização da história, cultura e identidade dos descendentes de africanos (BRASIL/ CNE, 2004, p.11). Portanto, a partir da aprovação da lei 10.639/03 as escolas passaram a inserir em seus currículos a temática, muitas ainda criaram equipes multidisciplinares com a participação de todos os segmentos da sociedade e da escola; professores, alunos, funcionários, equipe diretiva e pedagógica, instâncias colegiadas e comunidade escolar com objetivo de disseminar a cultura afro Brasileira. Assim com descreve Romão (2005 p.12) essa lei. Contribuirá para isso conhecer a história da educação do negro brasileiro, em seus aspectos de exclusão, resistência e inclusão, com o exercício de seus direitos. A história da educação do negro é a história de um conjunto de fenômenos. Parte da concepção do veto do negro; percorre os caminhos da articulação de consciência dos seus direitos; ressignifica a função social da escola, recupera os movimentos, no sentido de organizar suas experiências educativas e escrever uma história social da educação do negro; e revela imagens que não conhecemos, embora os indicadores sociais e educacionais nos deem muitas pistas acerca da moldura do quadro. A escola é um espaço de práticas culturais, onde ocorre parte do desenvolvimento humano, e também onde educar corresponde a ações de criar e recriar mundos e possibilidades de constituição do indivíduo enquanto parte do coletivo. Sendo o espaço escolar privilegiado, onde acontece boa parte do processo de socialização, nesse sentido crianças e adolescentes, de diferentes núcleos familiares, estabelecem relações no convívio com a diversidade. Por isso, é fundamental que os educadores sejam orientados em seu processo de aprendizagem por professores qualificados, com formação para lidarem com as tensas relações produzidas pelo racismo e preconceito, que sejam sensíveis e capazes de conduzir a reeducação nas relações ético-raciais. Isso requer estratégias pedagógicas, mudanças nos discursos, posturas, formas de tratar as pessoas, reconhecimento dos processos históricos e resistência negra desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e por seus descendentes. Entretanto é preciso envolvimento de todos na construção de um projeto de escola e de educação voltada para um trabalho coletivo de articulação entre os processos educativos escolares, políticas públicas e movimentos sociais. Por ser muito abrangente a população escolar contempla inúmeras diversidades tais como hábitos, costumes, comportamentos, crenças e valores, alteridade, invisibilidade dos sujeitos, preconceito racial, social, homofobia suscitando com que se tenha uma intervenção mais clara, objetiva e imediata. Buscando superar os apontamentos acima e para implementar as legislações educacionais a respeito (Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003) os PTD - Plano de Trabalho Docente fazem uso de palestras, vídeos, música, leitura de artigos jornalísticos, estudo de casos e debates, discussões, reflexões, enfim instrumentalizar-nos para transformar nossa prática pedagógica no intuito de desconstruir uma “verdade” e construí-la, conforme os pressupostos estabelecidos de diversidade na escola. 3. RELATO DE ESTUDO Esse projeto tem o foco de mostrar a importância da cultura africana no contexto escolar, e quanto nos professores devemos ler mas sobre esse assunto para ter um bom conhecimento para trabalhar em sala de aula. Contudo o conteúdo sobre a cultura africana deve ser inserida na escolas de forma indisciplinar. O foco deste projeto seria uma execução em sala de aula mas devido a pandemia COVID-19 não foi possível. Mas para ser feito este projeto foi necessário muito estudo para obter o conhecimento do conteúdo. Desse modo será apresentado um projeto de intervenção referente a cultura africana no ensino fundamental II. PROJETO DE INTERVENÇÃO TEMA: A ARTE AFRICANA OBJETIVO GERAL: • Introduzir os alunos dentro da cultura africana de modo teórico e pratico. OBJETIVO ESPECÍFICO: • Conhecer o surgimento da arte africana no meio cultural. • Possibilitar que o aluno se expresse através do desenho e da pintura. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: A aula será iniciada com a apresentação de um texto sobre a arte africana onde o foco principal será as famosas mascaras africanas, nesta aula iremos conhecer mas sobre a criação e os motivos da existência dessas mascaras, também será exibido aos alunos vídeos mostrando vários modelos que já foram criados. Apos os alunos conhecerem a historia das mascaras será proposto aos alunos que criem sua mascara usando de inspiração as que foram apresentadas a eles durante a aula, logo em seguida que os alunos finalizem sua mascaras iremos montar um mural de exposição no pátio da escola para exibir as mascaras confeccionadas na aula referente a arte africana. RECURSOS Materiais para confecção das mascaras. AVALIAÇÃO Será realizada através de observação do desempenho dos alunos em relação as atividades desenvolvidas pelos alunos verificando se houve alcance dos objetivos propostos. 4. CONCLUSÃO . Concluímos que por meio desta pesquisa foi possível concluir que após estudar a lei 10.63/03 vimos que o papel do professor é fundamental no processo de garantir o direito de reconhecimento para as populações negras, como participantes e garantir o direito de reconhecimento para as populações negras, da formação cultural, social e econômica brasileira e deve ser estudada em todas as escolas da Educação Básica em práticas de professores de interdisciplinar . A Lei obriga a inserção da história e da cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos escolares, sendo assim uma grande vitória para o movimento que busca despertar a consciência negra, mostrando a suma importância de trabalhar o combate ao preconceito no processo de formação do aluno . Assim, concluímos que o educador deve trabalhar esta temática com a finalidade de proporcionar que seus alunos despertem para uma mentalidade que se volta para o respeito pelas diversas etnias, e percebemos que esse objetivo será alcançado através da valorização e da divulgação dos estudos da historia e da cultura Afro-Brasileira e Africana, em que o educador trabalhe com os seus alunos a construção das identidades, como também fazendo discussões sobre o racismo e o preconceito, para que as crianças desenvolvam-se pautada numa educação de respeito para com o outro, compreendendo que cada indivíduo é diferente, e que cada ser humano tem o seu valor e a sua própria identidade, independente da sua cor de pele ou situação social. 5. REFERÊNCIAS https://gife.org.br/lei-que-torna-ensino-da-historia-e-cultura-afro-brasileira-completa- 15-anos/ https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_18.02.2016/art_206_.a sp
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