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FMU - Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas APS Bases Biológicas do Comportamento Humano Ana Paula Andrade - 2559279 Chalana de Oliveira - 2093153 Gabriela Cordeiro Mazzariello – 3034773 Rebecca Santana Lima - 2382915 Tatiane C. L. de Alencar Giebele - 2457924 São Paulo 2021 APS Bases Biológicas do Comportamento Humano ATIVIDADE 1: Resumo Científico – Base de estudo escolher um artigo científico de uma doença autoimune ATIVIDADE 2: Genes – funções e localização dos cromossomos. Atividade prática supervisionada do curso de Psicologia da FMU como requisito para obtenção de nota. Orientador: Prof. Flavio Teodoro da Silva São Paulo 2021 Sumario 1- Atividade (1) Introdução 4 1.1 Hepatite Autoimune 5 1.2 Sintomas 7 1.3 Diagnostico 7 1.4 Tratamento 8 1.5 Considerações finais 9 1.6 Bibliografia 10 2- Atividade (2) Introdução 11 2.1 Cromossomo da Esquizofrenia 12 2.2 Genética da Esquizofrenia 13 2.3 Sintomas 14 2.4 Diagnostico 14 2.5 Tratamento 14 2.6 Considerações finais 15 2.7 Bibliografia 16 3 1. Atividade (1) Introdução Quando se fala em doenças do fígado, a primeira associação que fazemos é com a cirrose ou com a hepatite comum. Porém, existem doenças autoimunes que acometem o órgão e são, na maioria das vezes, desconhecidas pela população. Pontuar uma doença autoimune é um dos desafios da ciência, em muitos casos não existe uma causa aparente, a hepatite autoimune (HAI) é uma das classificações dentre as doenças que comprometem o funcionamento do fígado, especificamente a hepatite autoimune é uma forma crônica inflamatória do fígado. É sabido da importância do bom funcionamento do corpo humano e suas funções fisiológicas, ou seja, a homeostase/equilíbrio é fundamental para que o indivíduo possa viver de forma adequada. Qualquer desequilíbrio seja ele químico/metabólico, celular, tecidual, orgânico ou seja, a nível sistêmico que venha acometer o corpo humano, irá se conectar com o controle da homeostase mostrando a deficiência. A hepatite autoimune crônica afeta diretamente o funcionamento de um dos órgãos vitais do nosso corpo o fígado. Ela é causada por um distúrbio no sistema imunológico que entende as suas céluas como estranhas e começa a atacá-las. Esse combate provoca uma inflamação crônica e destrói o fígado progressivamente. Desta forma, a atenção será direcionada para que o órgão não entre em falência, sendo necessária um acompanhamento clínico por profissionais da área hepatológica. 4 1.1 Hepatite Autoimune A hepatite autoimune (HAI) é uma forma de hepatite crônica que acomete um grupo de pacientes que perderam a tolerância imunológica a antígenos do próprio fígado. A imunologia segundo esclarecimento da Bióloga Mariana Aguiar publicado no Mundo Educação/uol é: “A Imunologia, como o nome sugerem e a ciência responsável pelo estudo do sistema imunológico e suas funções. Ela se atém à análise de processos relativos à defesa do organismo contra agentes estranhos (antígenos).” Quando um paciente perde intolerância imunológica ao Antígenos¹, entendemos que o corpo humano se compõe de uma complexa rede de processos interligadas entre si, desta forma, o equilíbrio/homeostase se faz necessário para o funcionamento de todos processos vitais para sua sobrevivência. O distúbio responsável pelo aconteciemnto da Hepatite Autoimune se dá pelo não reconhecimento do próprio corpo, entendendo que as células do fígado são estranhas dentro do organismo, ou seja, o próprio corpo começa a atacar as células hepáticas saudáveis destruindo-as. A Hepatite Autoimune está classificada nesse processo de doenças distintas, que tem como origem o fato de o sistema imunológico passar a produzir anticorpos contra componentes do próprio organismo ¹ Faculdade de Ciência Médicas – UNICAMP :O termo antígeno ou imunógeno, significa toda espécie molecular de origem biologia isolada ou constituída por uma célula, vírus, liquido biológicos ou sintética que quando introduzida em um organismo vertebrado (chamado hospedeiro ou receptor) é capaz de produzir uma reação imune. Se o organismo for imunocompetente ele pode manifestar uma resposta imune ou uma tolerância. Os antígenos são essencialmente macromoléculas não obrigatoriamente imunogênicas. As macromoléculas antigênicas (imunogênicas) são basicamente proteínas (vários polipeptídeos) e polissacarídeos. É importante lembrar que por definição é uma molécula, assim como o termo antígeno também é aplicado a uma suspensão ou extratos celulares que apresentam um complexo de antígenos, ou seja várias moléculas diferentes. 5 O seu diagnóstico muitas vezes se dá em achados clínicos e ou laboratoriais, nesses exames laboratoriais são analisados os marcadores hepáticos. Os biomarcadores utilizados nas triagens para detectar disfunção hepáticas são AST, ALT, GGT, FA, albumina, bilirrubina e plaquetas. De acordo com o estudo da agência de notícias das hepatites, “as enzimas hepáticas mais importantes a serem avaliadas são transaminases. Elas incluem a aminotransferase de aspartate (AST ou SGOT ou TGO ou GOT) e a aminotransferase de alanine (ALT ou SGPT ou TGP ou GPT). Estas enzimas estão contidas dentro das células do fígado”, publicado no site As Transaminases AST ou TGO e ALT ou TGP | Hepato. Esses exames laboratoriais são solicitados pelos hepatologistas e tem como função identificar qualquer suspeita de anormalidade no fígado, são chamados de hepatograma. Caso os resultados apontem para TGP e TGO elevados temos indicadores de danos hepáticos em diferentes tipos de doenças, relacionando-os a diagnósticos da hepatite autoimune tipo 1 e 2. Hepatite Autoimune tem predominancia no sexo feminino, associa-se com hipergamaglobulinemia² . A idade de diagnóstico da Hepatite Autoimune (HAI) segundo artigo publicado pela Dra. Gilda Porta Hepatologista varia de seis meses de vida até setenta e cinco anos, segundo estudos, é raro os diagnósticos antes dos dois anos aumentado a frequência entre 10 e trinta anos, Dra Gilda destaca “(...) O curso da doença pode ser persistente ou recorrente. Não há diferenças quanto aos sintomas entre os vários tipos de HAI. Entretanto, o tipo 2 ocorre mais frequentemente em idades mais precoces do que o tipo 1.” ² Faculdade de Ciência Médicas – UNICAMP : A hipergamaglobulinemia é uma condição incomum que geralmente resulta de uma infecção, distúrbio autoimune ou malignidade, como mieloma múltiplo. É caracterizado por níveis elevados de imunoglobulinas no sangue. As imunoglobulinas são anticorpos que circulam nos vasos sanguíneos e tecidos que atuam para remover bactérias, vírus, fungos e substâncias estranhas do sangue. Existem diferentes tipos de anticorpos em seu sangue. O anticorpo mais comum é a imunoglobulina G (IgG). Pessoas com hipergamaglobulinemia geralmente apresentam níveis elevados de IgG. 6 https://hepato.com/2001/05/12/as-transaminases-ast-ou-tgo-e-alt-ou-tgp/ https://hepato.com/2001/05/12/as-transaminases-ast-ou-tgo-e-alt-ou-tgp/ 1.2 Sintomas As manifestações podem ser observadas com queixas de dores abdominais agudas, cor da pele amarelada devido aos níveis de bilirrubina alterados, dores articulares e náuseas. Após análise clínica e exames laboratoriais, faz se necessário o encaminhando do paciente para um especialista Hepatológico, a fim de identificar qual anomalia se dá o quadro. 1.3 Diagnostico O diagnóstico é feito pela associação de achados clínicos, bioquímicos, imunológicos, de imagem e biópsia do fígado, para constatar se há fibrose no órgão. Fazse necessário toda triagem, para identificar qual grau de comprometimento do fígado. Outro fator relevante, é saber o histórico familiar do paciente, saber se na família há algum membro com doenças autoimunes, pois a probabilidade de se desenvolver uma doença autoimune está correlacionada a genética em muitos dos casos. É de fundamental importância acompanhar a evolução do acometimento do fígado, pois a hepatite crônica pode evoluir para uma cirrose, pois em muitos dos casos pode vir ter a necessidade de um transplante. Entretanto, a doença sendo diagnosticada cedo, o paciente tem mais chance de ter um tratamento com resultados satisfatório, com as intervenções medicamentosa, o fígado é capaz de se regenerar, ou seja, o fígado e um órgão vital, mesmo que doente, uma vez respondendo ao tratamento, ele é capaz de se reintegrar e recuperar seu pleno funcionamento. 7 1.4 Tratamento O tratamento consiste em intervenção medicamentosa via oral, o quanto antes iniciar o tratamento melhor para o paciente. Os remédios disponíveis para o tratamento são os corticoides como a Prednisona, imunossupressores, como a Azatiopina, que tem como função reduzir a inflamação aguda do fígado. Esse tratamento pode ser feito em casa, no início é necessário ser acompanhado e controlado pelo Hepatologista, sendo necessário exames laboratoriais com intervalos de 3 em 3 meses, com a finalidade de ver a resposta do fígado com as medicações. São analisados os marcadores hepáticos, e uma vez controlados, o paciente poderá ter uma vida normal, controlando ao longo dos anos, já que a hepatite autoimune não tem cura. Em crianças e adolescentes em fase de crescimento é necessário um acompanhamento com um endocrinologista, pois o corticoide em uso contínuo pode interferir a parte hormonal, rejudicando a produção de GH hormônio do crescimento. O endocrinologista que estiver acompanhando o caso, pode medicar o paciente com GH sintético, com objetivo de intervir caso necessário para que o paciente não venha ter prejuízo futuro em seu desenvolvimento. Na fase da adolescência quando os processos hormonais estão no auge produtivo, qualquer desequilíbrio que o indivíduo venha ter, certamente irá impactar em sua rotina. Um dos tratamentos a serem indicados para pessoas portadoras de doenças autoimune são sessões de terapias, com a intenção de atenuar os efeitos colaterais do tratamento da doença em questão, e para que esse possa compartilhar de suas frustações e culpabilidade, pois o diagnóstico que confronta as doenças autoimune são de deficiências imunológicas sem uma causa aparente. 8 Esse processo de culpabilidade pode vir acompanhado de o desenvolvimento de uma depressão, pois os efeitos colaterais do uso contínuo de medicamentos (corticoides) para o controle da doença, podem alterar o peso, gerar queda de cabelo, irritabilidade, fadiga dentre outros aspectos que podem vir a prejudicar a autoestima do paciente. Desta forma, destacamos a importância de um trabalho multiprofissional na vida do paciente portador de doenças autoimune, trabalho em conjunto visando atenuar os problemas que abrangem corpo e mente. 1.5 Considerações Finais Realizar o trabalho nos trouxe conhecimentos biológicos/científicos de uma doença que compromete um órgão vital/fígado em nosso corpo, entender a responsabilidade do fígado em nosso organismo é ampliar o nossa visão referente a funcionabilidade e sua importância. O fígado é o responsável em produzir a bílis que por sua vez ajuda na digestão e metabolização das gorduras em nosso organismo, como também em filtrar nosso sangue para eliminar as toxinas. A falência do órgão seria fatal para o indivíduo, sendo necessário o transplante do órgão afetado. Esse processo se dá para não comprometer o organismo como um todo e outros órgãos e suas funções, sendo assim, somos a máquina mais perfeita que pode existir, o homem é capaz de identificar um problema imunológico dando sinais de deficiência com surgimento de sintomas, habilitando assim tratamentos que supram suas necessidades. O estudo mostra a importância de acompanhar de perto o paciente em situações de vulnerabilidade imunológica tendo como consequências outras respostas do organismo como o psíquico/mental, uma vez que o paciente possa se sentir incapaz e fragilizadado diante da doença. Em muitos casos pode-se notar a necessidade de um acompanhamento psicológico para atenuar os efeitos colaterais do tratamento. 9 É importânte ressaltar também a importância da homeostase em nossa vida, para que possamos viver em equilíbrio e fazer com que nosso corpo receba sinais de deficiência e logo acione o processo de defesa mantendo-nos em equilíbrio, garantindo assim a sua preservação e a vida. 1.6 Referências Bibliográficas Disponível em:http://www.jped.com.br/conteudo/00-76-S181/port.pdf Acesso em:23 de agosto de 2021 Porta G. Hepatite autoimune na infância. Análise clínico laboratorial, histológica e evolutiva [tese livre-docência]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; Disponível http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt- hepatite-autoimune-livro-2012.pdf Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Portaria SAS/MS nº 457, de 21 de maio de 2012. HEPATITE AUTOIMUNE Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/imunologia.htm Acesso: 23 de agosto de 2021 Disponível em https://www.fcm.unicamp.br/fcm/cipoi/imunologia- celular/overview/antigenos Acesso em 30 de agosto de 2021 Disponivel em https://hepato.com/2001/05/12/as-transaminases-ast-ou-tgo-e- alt-ou-tgp/ Acesso em: 30 de agosto de 2021 10 http://www.jped.com.br/conteudo/00-76-S181/port.pdf http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-hepatite-autoimune-livro-2012.pdf http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-hepatite-autoimune-livro-2012.pdf https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/imunologia.htm%20Acesso:23 https://www.fcm.unicamp.br/fcm/cipoi/imunologia-celular/overview/antigenos https://www.fcm.unicamp.br/fcm/cipoi/imunologia-celular/overview/antigenos https://hepato.com/2001/05/12/as-transaminases-ast-ou-tgo-e-alt-ou-tgp/ https://hepato.com/2001/05/12/as-transaminases-ast-ou-tgo-e-alt-ou-tgp/ 2. Atividade (2) Genética Introdução Esquizofrenia é um transtorno crônico, indicado como uma psicose que se apresenta como um conjunto de diferentes doenças ou sintomas, os fatores genéticos e ambientais estão estreitamente ligados ao desenvolvimento da doença. A definição da palavra esquizofrenia vem do grego “esquizo” que significa dividir e "frenia" mente. O nome combina perfeitamente com a doença, o transtorno da “mente dívida” é vivenciado por meio de surtos, delírios e alucinações. A doença normalmente se manifesta na adolescência ou na vida adulta. O número mundial de pessoas que sofrem com o transtorno é de 1 a cada 100 pessoas. Já no Brasil estima-se que cerca de 1,6 milhões de pessoas sofram com a doença. Segundo PIOLLA,Carolina em: Comorbidade psiquiátrica: Esquizofrenia, histórias conceitos e subtipos. O conceito de Esquizofrenia foi criado por Eugen Bleuler em 1911 quando escreveu sua monografia intitulada "Demência precoce ou grupo das esquizofrenias”. Antes o até então conceito aceito era só demência precoce de Emil Kraepelin. Que indicava que era a deterioração mental de pessoas jovens,o objetivo de Bleuler era ir além do que foi mostrado em alguns casos que a deterioração não era identificada no paciente precocemente. Bleuler viu então a necessidade de rever o nome da doença. Bleuler definiu então a esquizofrenia como uma junção de psicoses, sendo caracterizada então o transtorno como um tipo específico da alteração do comportamento, pensamentos e relação com o mundo exterior. Isso acaba atingindo diretamente a funçãopsíquica, associativa e afetiva. Bleuler definiu então 4 grandes aspectos da esquizofrenia ou os “4 A’s de Bleuler : Afrouxamento dos nexos de associação do pensamento, ou seja as idéias são associadas de maneira errada, caracterizados também pelo isolamento social, redução de expressões faciais como gesto de comunicação, a desmotivação e apatia também é observada com frequência no comportamento. 11 Já Schneider em 1948, nomeou de “os sintomas de primeira ordem”, que são sintomas muito semelhantes à esquizofrenia. São eles escutar o próprio pensamento, roubo ou difusão do pensamento, a pessoa acredita que seus pensamentos são ouvidos pelos outros, vivência de influência que é quando o indivíduo acredita que forças externas estão agindo sobre ele. Esses são os sintomas da chamada primeira ordem que prejudica a interação do indivíduo com o mundo ao seu redor. 2.1 Cromossomo da Esquizofrenia Segundo a revista Folha Online em: Estudos associam genes do cromossomo 22 à esquizofrenia. Estudos recentes identificaram uma nova atividade genética que aparentemente está ligada à esquizofrenia. No primeiro estudo a equipe da Maria Karayiorgou da Universidade de Rockefeller em Nova York, descobriram dois genes que aparentemente influenciam o surgimento do transtorno. Esses genes estão localizados na região do cromossomo 22, que já é associado à esquizofrenia. Foram analisados o DNA de 200 pessoas com esquizofrenia. Os dois genes foram identificados são eles o PRODH2, que codifica a enzima cerebral comum, e o DGCR6, que está associado ao desenvolvimento do sistema nervoso. Esses genes parecem ser mais comuns em portadores de esquizofrenia do que em outras pessoas. No segundo estudo, a equipe de Sabine Bahn, localizada em Cambridge, no Reino Unido, encontraram genes que podem causar a esquizofrenia que pode acarretar o aparecimento do transtorno. Neste estudo foram analisados o tecido cerebral de pessoas mortas que em sua vida sofreram de esquizofrenia, esse material também foi retirado de pessoas saudáveis. Nos portadores de esquizofrenia era produzido pelos genes a apolipoproteína L1, uma proteína codificada por genes conhecido como família apo L. Esses genes têm uma função de transportar colesterol no organismo. 12 O colesterol é essencial para o cérebro adulto e durante a fase inicial do desenvolvimento do mesmo, a pesquisa deixou os pesquisadores confiantes por sugerir as anormalidades que podem causar a esquizofrenia. 2.2 Genética da Esquizofrenia Um dos maiores fatores da esquizofrenia é a hereditariedade. Possuir um familiar com o transtorno é o fator mais consistente para o desenvolvimento da doença. O risco fica ainda maior quando o parentesco é de 1° grau. Segundo Silva, Regina em esquizofrenia fez uma revisão. A chance de esquizofrenia em gêmeos idênticos é de 50% e para gêmeos dizigóticos é de 12% sendo assim maior 1% de risco do desenvolvimento da população geral. Outro fator de suma importância pro desenvolvimento da doença seria a formação do cérebro. Existem estudos que apontam que o distúrbio pode ter fatores na vida intrauterina ou logo após o nascimento. A falta de nutrição do feto, a redução de iodo, oxigênio, glicose e ferro levam a prejuízos no desenvolvimento do sistema nervoso central. As condições maternas que levam a falta de nutrição aumentam o risco de esquizofrenia. O nascimento prematuro, complicações no parto e outros eventos perinatais estão claramente relacionados à esquizofrenia, mas só explica uma pequena porcentagem dos casos. 13 2.3 Sintomas A esquizofrenia apresenta alguns sintomas que podem ser identificados por pessoas do convívio do indivíduo. Pois a própria pessoa que sofre desse mal tem uma visão deturpada da realidade sendo muito difícil ser feito a própria análise, alguns dos sintomas são: ● Apatia ● Pouca vontade de estudar, trabalhar ● Mania de Perseguição ● Delírio ● Isolamento Social ● Não Reagir a situações felizes ou tristes ● Escutar vozes ou outras alterações nos órgãos do sentido ● Insônia 2.4 Diagnostico O diagnóstico da esquizofrenia é feito por um médico psiquiatra a partir dos sintomas que são apresentados. Infelizmente não tem nenhum exame de laboratório que permita a confirmação do diagnóstico. Após o diagnóstico, o tratamento da esquizofrenia tem o propósito de controlar os sintomas do paciente e tentar inserir novamente o indivíduo a o contato social. 2.5 Tratamento Os tratamentos da esquizofrenia se apresentam de duas maneiras, psicossocial e medicamentosa: ● Medicamento: A maioria dos pacientes precisam do uso do medicamento para evitar crises, são eles os antipsicóticos ou neurolépticos, que aliviam os sintomas e previne novos episódios da doença. ● Terapia: É de extrema importância para a reintegração do paciente na sociedade e ajudar a lidar com os próprios sentimentos. 14 2.6 Considerações finais Estudar os transtornos da personalidade esquizoide/Esquizofrenia, sendo ela uma doença que acomete o comprometimento do indivíduo no meio social, nos fez refletir como é importante o conhecimento da genética no campo dos estudos Psicológicos. Ampliar os estudos e saberes na genética humana, é trazer conhecimento e diagnóstico para o paciente e seus familiares que tanto sofrem com seus sintomas, distúrbios e crises. Estudos recentes por Ana Luísa Fernandes Atualizado em 4 nov 2016, publicado em 28 jan 2016, no site disponível Descoberto o gene que pode causar a esquizofrenia | Super (abril.com.br) acesso 31/08/2021, afirma “(...) pesquisadores da Universidade de Harvard podem, finalmente, ter descoberto o processo biológico que resulta na esquizofrenia. Eles analisaram quase 65 mil pessoas para decifrar quais traços genéticos, dentro do MHC, eles encontraram uma forte relação entre o desenvolvimento da doença e a presença de uma variação do gene C4”. Outra descoberta de suma importância foi os casos de esquizofrenia em gêmeos, segundo o artigo da SILVA, Regina em: Esquizofrenia uma revisão, as chances de gêmeos idênticos ter o transtorno é de 50% e 1% maior em relação a população mundial, com certeza esse dado vai nos ajudar em casos e prognóstico de futuros pacientes com esse distúrbio. Partindo dos estudos pudemos notar que a ciência está caminhando em busca de respostas para a esquizofrenia, uma doença que atinge em sua maioria indivíduos que estão na sua fase da adolescência e início da vida adulta. Saber que fatores genéticos estão relacionados ao transtorno, mostra que podemos prever riscos e sobretudo, tratamentos específicos para atenuar sofrimentos futuros. O trabalho com pacientes esquizofrênicos será feito por multiprofissionais, envolvendo psiquiatria, neuro e acompanhamento psicoemocional, tendo diretrizes para terapias cognitivo-comportamentais. 15 Trabalhar com pacientes que sofrem de transtornos mentais envolve estabelecer uma relação de empatia para com o outro, desenvolvendo habilidades de ajuda mútua e compreensão diante das deficiências e limitações que o paciente apresenta, tendo como objetivo, ajudar e atenuar sua dor. 2.7 Referencias Bibliográficas SHIRAKAWA, Itiro: Aspectos gerais do manejo do tratamento dos pacientes com esquizofrenia. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbp/a/KgfQmK5WPLbfHzhdcTgFxDL/?lang=pt&format=pdf Acesso em: 25 de agosto de 2021. SILVA, Regina: Esquizofrenia uma revisão. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pusp/a/Vt9jGsLzGs535fdrsXKHXzb/?format=pdf&langpt Acesso em 25 de agosto de 2021 PIOLLA, Carolina: Comorbidade psiquiátrica: Esquizofrenia, história, conceitos e subtipos Disponível em: https://clinicajorgejaber.com.br/novo/2018/11/comorbidade-psiquiatricaesquizofrenia- historia-conceito-e-subtipos/ Acesso: 25 de agosto de2021. PFIZER: Esquizofrenia. Disponível em: https://www.pfizer.com.br/sua-saude/sistema-nervoso-central/esquizofrenia Acesso em: 25 de agosto de 2021 FOLHA: Estudos associam genes do cromossomo 22 a esquizofrenia. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters/ult112u13121.shtml Acesso: 27 de agosto de 2021 16 FERNANDES, Ana Luísa: Descoberto o gene que pode causar esquizofrenia. Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/descoberto-o-gene-que-pode- causar-a-esquizofrenia/ Acesso: 27 de agosto de 2021 17
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