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Biografias

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ITQ – INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR. CENTRO, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 
SP. 
CURSO INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO CRISTÃ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNA: Gisleine Dias de Sousa 1°ano 
 
 
 
 
 
 
 
São José dos Campos 
2020 
 
 
 
Biografia de Émile Durkheim 
 
Émile Durkheim (1858-1917) foi um sociólogo francês. É considerado o pai da 
Sociologia Moderna e chefe da chamada Escola Sociológica Francesa. É o criador da 
teoria da coesão social. Junto com Karl Marx e Max Weber, formam um dos pilares dos 
estudos sociológicos. 
 
 Infância e Formação 
Émile Durkheim nasceu em Épinal, região de Lorena, na França, no dia 15 de abril de 
1858. Descendente de família judia, filho e neto de rabinos, desde cedo foi preparado 
para seguir o mesmo caminho, mas rejeitou sua herança judaica. 
Estudou no Colégio d’Epinal e no Liceu, em Paris. Interessou-se inicialmente por 
filosofia e estudou na Escola Normal Superior de Paris. Terminado seus estudos, 
lecionou em diversos liceus provinciais franceses. 
Entre 1885 e 1886, Durkheim realizou uma viagem de estudo na Alemanha, 
especializando-se em Sociologia. Dentro da Sociologia educacional filiou-se à corrente 
denominada Pedagogia Social. Foi fortemente influenciado pelos métodos de psicologia 
experimental de Wilhelm Wundt. 
Em 1887, Durkheim foi nomeado professor da primeira cadeira de Ciências Sociais, 
associada à educação, na Universidade de Bordeaux. Em 1896 fundou a revista 
“L’Année Sociologique”, quando reuniu um eminente grupo de estudiosos. Em 1902, foi 
convidado para lecionar Sociologia e Pedagogia na Sorbonne, onde permaneceu até 
sua morte. 
 
 Divisão do Trabalho Social 
No âmbito das investigações, Émile Durkheim deixou um dos principais trabalhos de 
contribuição à sociologia, com a publicação da obra “Divisão do Trabalho Social” (1893), 
onde analisa as funções sociais do trabalho e procura mostrar a excessiva 
especialização e a desumanização do trabalho, que ascendeu com a Revolução 
Industrial. 
Durkheim sublinhava, em seus estudos, os grandes riscos que tal evolução significava 
para o bem e o interesse comum da sociedade. 
 
 Método Sociológico 
Em 1895, Émile Durkheim publicou sua obra fundamental, “As Regras do Método 
Sociológico”, que constitui uma síntese da Sociologia como uma nova ciência social. 
Nele, Durkheim delimita o campo da nova ciência e propõe uma metodologia de estudo, 
condição indispensável ao estabelecimento da legitimidade de qualquer ciência. 
Para ele, o objetivo do estudo da Sociologia não pode ser baseado em uma soma de 
indivíduos e sim em um fato social. Dentro de sua perspectiva, os fatos sociais devem 
ser considerados como “coisas”, com existência própria, exteriores às consciências 
individuais. 
É necessário respeitar e aplicar um método científico, aproximado, dentro do possível, 
das outras ciências exatas. Devendo-se evitar preconceitos e julgamentos subjetivos. 
 
 O Suicídio 
Em seus estudos sobre personalidade, Durkheim tentou mostrar que as causas do 
autoextermínio têm fundamentos em causas sociais e não individuais. 
Descreveu três tipos de suicídio; “o suicídio egoísta”, aquele em que o indivíduo se 
afasta do conjunto dos outros seres humanos, “o suicídio anômico”, originado da crença 
de que todo um mundo social, com seus valores, normas e regras, desmoronam-se em 
torno de si, e “o suicídio altruísta”, o realizado por extrema lealdade a dada causa. 
 
 Teoria da Religião 
Sobre os fenômenos religiosos, Durkheim escreveu uma de suas obras mais 
significativas, “As Formas Elementares da Vida Religiosa” (1912), baseada em diversas 
observações antropológicas, buscando mostrar as origens sociais e cerimoniais, como 
também as bases da religião, especialmente do totemismo. 
Afirmou que não existem religiões falsas, que todas são essencialmente sociais. Definiu 
religião como “Um sistema universal de crenças e práticas relativas às coisas sagradas”, 
que unem os indivíduos que dela compartilham em uma única comunidade moral, 
denominada igreja. 
Émile Durkheim faleceu em Paris, França, no dia 15 de novembro de 1917. Seus restos 
mortais encontram-se no cemitério de Montparnasse, em Paris. 
 
 Obras de Émile Durkheim 
Da Divisão do Trabalho Social, 1893 
As Regras do Método Sociológico, 1895 
O Suicídio: Um Estudo de Sociologia, 1897 
As Formas Elementares da Vida Religiosa, 1912 
A Educação e a Sociologia, 1922 (obra póstuma) 
A Educação Moral, 1925 (obra póstuma) 
Sociologia e Filosofia, 1929 (obra póstuma) 
 
 
 
Biografia de Burrhus Frederic Skinner 
 
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) foi um psicólogo norte-americano, seguidor do 
Behaviorismo de J. B. Watson, mas na década de 40, criou o Behaviorismo Radical com 
uma proposta filosófica sobre o comportamento humano. 
Burrhus Frederic Skinner nasceu em Susquehanna, Pensilvânia, Estados Unidos, no 
dia 20 de março de 1904. Filho de um advogado e de uma dona de casa desde cedo 
despertou o interesse sobre o comportamento dos animais. Ingressou no Hamilton 
College em Nova Iorque, com o objetivo de se tornar escritor. Em 1926 concluiu o 
bacharelado em Literatura Inglesa e Línguas Românicas. Durante dois anos se dedicou 
a escrever, mas concluiu que lhe faltava habilidades literárias. 
Em 1928, Skinner inscreveu-se no curso de pós-graduação em Psicologia pela 
Universidade de Harvard, embora nunca tenha estudado psicologia antes. Concluiu o 
mestrado em 1930 e o doutorado em 1931, permanecendo na Universidade, como 
pesquisador, até 1936. Nesse mesmo ano, casou-se com Yvonne Blue, com quem viria 
a ter dois filhos. Ainda em 1936 começou a lecionar na Universidade de Minnesota, onde 
permaneceu durante nove anos. Entre 1945 e 1947 lecionou na Universidade de 
Indiana, onde se tornou presidente do Departamento de Psicologia. Em 1948 retornou 
para Harvard como professor titular. 
 
 Teoria Comportamental 
Influenciado pela teoria dos reflexos condicionados de Pavlov e pelo estudo do 
comportamento de John B. Watson, Skinner acreditou que era possível explicar a 
conduta dos indivíduos como um conjunto de respostas fisiológicas condicionadas e se 
dedicou ao estudo das possibilidades que oferecia o controle científico da conduta 
mediante técnicas de reforço (estímulo do comportamento desejado). Para ele, a 
aprendizagem concentra-se na capacidade de estimular ou reprimir comportamentos, 
desejáveis ou indesejáveis. 
Seu encontro com o Behaviorismo de Watson o levou ao desenvolvimento de sua 
própria versão, o “Behaviorismo Radical”, que se definia contra causas internas 
(mentais) para explicar a conduta humana e negou também à realidade e a atuação dos 
elementos cognitivos, opondo-se a concepção de Watson. Para ele, o indivíduo era um 
ser único, homogêneo e não um todo construído de corpo e mente. 
Burrhus Frederic Skinner escreveu vários livros e centenas de artigos sobre teoria do 
comportamento, reforço e teoria da aprendizagem. Seu radicalismo ao rejeitar a maioria 
das teorias no campo da psicologia levantou diversas polêmicas em seu país. Sua maior 
crítica foi contra o pensamento de Sigmund Freud. Skinner acreditava que examinar os 
motivos inconscientes de seres humanos era uma perda de tempo, pois a única coisa 
que vale investigar é o comportamento. As ideias de impulsos internos com Id, Ego e 
Superego, eram vistas como absurdas. 
Burrhus Frederiic Skinner faleceu em Cambridge, Massachusetts, no dia 18 de agosto 
de 1990. 
 
 Obras de Burrhus Frederic Skinner 
O Comportamento dos Organismos (1938) 
Walden II (1948) 
Ciência e Comportamento Humano (1953) 
Comportamento Verbal (1957) 
Além da Liberdade e da Dignidade (1971) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biografia de Carl Rogers 
 
Carl Rogers (1902-1987) foi um psicólogo norte-americano. Desenvolveu a Psicologia 
Humanista, também chamada de Terceira Forçada Psicologia. Segundo o psicólogo 
Abraham Maslow, Carl Rogers foi um dos principais responsáveis pelo acesso e 
reconhecimento dos psicólogos ao universo clínico, antes dominado pela psiquiatria 
médica e pela psicanálise. Sua postura enquanto terapêuta sempre esteve apoiada em 
sólidas pesquisas e observações clínicas. 
Carl Rogers (1902-1987) nasceu em Oak Park, Illinois, nos Estado Unidos, no dia 8 de 
janeiro de 1902. Era o filho do meio de uma família protestante, onde os valores 
tradicionais e religiosos, juntamente com o incentivo ao trabalho duro eram amplamente 
cultivados. Aos doze anos, Rogers e sua família mudam-se para uma fazenda, onde, 
em terreno tão fértil e estimulante, passou a se interessar por agricultura e ciências 
naturais. 
Na universidade de Wisconsin, dedicou-se, inicialmente, ao aprofundamento de seus 
estudos em ciências físicas e biológicas. Logo após graduar-se, em 1924, diante das 
expectativas de sua família, passou a frequentar o Seminário Teológico Unido, em Nova 
Iorque, onde recebeu uma liberal visão filosófica da religião. Transferindo-se para o 
Teachers College da Columbia University, foi introduzido na psicologia. Obteve seus 
títulos de Mestre em 1928 e Doutor em 1931. 
Suas primeiras experiências clínicas, calcadas na tradição behaviorista e, psicanalista, 
foram feitas como interno do Institute for Child Guidance, onde sentiu a forte ruptura 
entre o pensamento especulativo freudiano e o mecanicismo medidor e estatístico do 
behaviorismo. Depois de receber seu título de Doutor, Rogers passou a fazer parte da 
equipe do Rochester Center, do qual passaria a ser diretor. Neste período, observou as 
idéias e exemplos de Otto Rank, que havia se separado da linha ortodoxa de Freud. 
Foi trabalhando em Rochester que atingiu novos insights e percepções do tratamento 
psicoterapêutico que lhe liberou da forte amarra acadêmica e conceitual que havia no 
ensino e prática da psicologia. Em 1949, Rogers passou a ocupar a cátedra de 
Psicologia da Universidade de Ohio. Por ter passado muito tempo envolvido diretamente 
com a clínica, ficou claro que, durante seu trabalho ativo com clientes, ele tinha atingido 
novas formas de pensar a prática psicoterapêutica que eram muito diferentes das 
abordagens acadêmicas convencionais. De todo modo, as críticas iniciais a que foi 
submetido e o interesse que os estudantes demonstravam em sua teoria compeliu-o a 
explanar melhor seus pontos de vista, resultando uma série de livros, principalmente 
Counseling and psychoterapy (1942). 
Em 1945, Carl Rogers tornou-se professor de Psicologia na Universidade de Chicago e 
secretário executivo do Centro de Aconselhamento Terapêutico, quando elaborou e 
definiu ainda mais seu método de terapia centrada no cliente, a partir do legado de 
outros teóricos, principalmente Kurt Goldstein, formulando uma teoria da personalidade 
e conduzindo pesquisas sobre a psicoterapia, o que muito pouco era feito com relação 
à abordagem do momento, a Psicanálise. 
Em 1957, Rogers passa a ensinar na Universidade em que se graduou, Winconsin, até 
1963. Durante esses anos, ele liderou um grupo de pesquisadores que realizou um 
brilhante estudo intensivo e controlado, utilizando a psicoterapia centrada com pacientes 
esquizofrênicos, obtendo, em alguns pontos, muito material sobre a relação terapêutica 
e muitos outros dados de interesse científico, em termos estatísticos, com estes e com 
seus familiares. De qualquer modo, foi o início de uma abordagem mais humana junto 
aos pacientes hospitalares. Desde 1964, Rogers associou-se ao Centro de Estudos da 
Pessoa, em La Jolla, Califórina, entrando em contato com outros teóricos humanistas, 
como Maslow, e filósofos, como Buber e outros. 
Carl Rogers passou a ser agraciado por muitos psicólogos pelo seu trabalho científico, 
e atacado por outros, que viam nele e em sua teoria uma abordagem tola e perigosa 
para o status e o poder que tinha, principalmente nos meios médicos que se viram 
forçados a reconhecer, a custas das inúmeras pesquisas sérias levadas por Rogers e 
seus auxiliares, que o psicólogo pode ter tanto ou mais sucesso no tratamento pisco-
terapêutico quanto um psiquiatra ou psicanalista. Foi, por duas vezes, eleito presidente 
da Associação Americana de Psicologia e recebeu desta mesma associação os prêmios 
de Melhor Contribuição Científica e o de Melhor Profissional. 
Carl Rogers faleceu em San Diego, Califórnia, Estados Unidos, no dia 4 de fevereiro de 
1987. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biografia de Henri Paul Hyacinthe Wallon 
 
Henri Paul Hyacinthe Wallon (1879-1962) foi um psicólogo, filósofo, médico e político 
francês. Tornou-se conhecido por seu trabalho científico sobre a Psicologia do 
Desenvolvimento. 
Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris, França, no dia 15 de junho de 1879. Seu 
avô foi o político Henri-Alexander Wallon. Em 1899, Wallon ingressou na Escola Normal 
Superior. Em 1902 formou-se em Filosofia. Em 1908 formou-se em Medicina. Entre 
1908 e 1931 dedicou-se ao trabalho com crianças especiais, portadoras de deficiência 
Mental. Em 1914, serviu como médico na Primeira Guerra Mundial. 
A partir de 1920, Wallon passou atuar como médico em instituições psiquiátricas. Foi 
convidado para organizar conferências sobre psicologia da criança, na Universidade de 
Sorbonne e em outras instituições superiores. Em 1927, foi nomeado diretor de estudos 
da École Pratique des Hautes Etudes. Criou o Laboratório de Psicologia do Centro 
Nacional de Pesquisa Científica. Em 1931, viajou para Moscou, onde integrou o Círculo 
da Rússia Nova. A proposta do grupo era aprofundar o estudo do materialismo dialético 
e examinar sua aplicação em várias áreas do conhecimento. 
Estudioso do Marxismo, Wallon filiou-se ao partido comunista francês, em 1942, 
enquanto atuava na Resistência Francesa, lutando contra a ocupação nazista. Atuou 
também como professor do Departamento de Psicologia do College de France. Durante 
1941 a 1945 permaneceu na clandestinidade, retornando às atividades ao final da 
Segunda Guerra Mundial. 
A partir de 1946, Wallon presidiu a seção francesa da Liga Internacional de Educação 
Nova, que congregava pedagogos, psicólogos e filósofos críticos do ensino tradicional. 
Presidiu esse grupo até 1962, ano de sua morte. Após a Segunda Guerra, foi convidado 
pelo governo francês para participar de uma comissão para restaurar o setor 
educacional da França. 
 
 Teoria do Desenvolvimento 
Em seus estudos, Wallon estabeleceu que a criança passa por cinco estágios de 
desenvolvimento, cada um com suas características próprias: o primeiro seria o 
“Impulsivo Emocional” (de 0 a 1 ano), quando a criança expressa sua afetividade através 
de movimentos desordenados e vem acompanhada de mudanças físicas. Utiliza 
emoções para se comunicar com o outro. 
O segundo estágio seria o “Sensório-Motor e Projetivo” (1 a 3 anos), quando a criança 
já possui coordenação motora que a impulsiona a manipular objetos. Período em que 
desenvolve atividades simbólicas e a linguagem. 
No terceiro, “Estágio do Personalismo” (3 a 6 anos), o desenvolvimento da construção 
da consciência de si é voltado para o enriquecimento do eu e também da construção da 
personalidade. O indivíduo já consegue explorar o processo de discriminação entre si e 
o outro, utiliza as expressões como, eu, meu, não, entre outras. Dentro desse estágio, 
predomina a afetividade que é vista em três fases distintas: a oposição, a sedução e a 
imitação. 
No quarto, “Estágio Categorial” (de 6 aos 11 anos), a criança já tem condições de 
realizar atividades de agrupamento e classificação em vários níveis, o que propicia ao 
indivíduo uma compreensão melhor de si mesmo. 
No quinto estágio “Puberdade e Adolescência”, que se inicia aos 11 anos, o jovem 
procede a exploração de si mesmo, como entidade autônoma, através do processo de 
autoafirmação,questionamento, apoio a seus pares, em contraposição ao mundo 
adulto. 
Para Wallon, os elementos afetividade, movimento, conhecimento e construção do eu 
como pessoa e espaço físico encontram-se juntas no mesmo plano. Portanto, as 
atividades pedagógicas e os objetos devem ser trabalhados de formas diversificadas. 
Henri Paul Hyacinthe Wallon faleceu em Paris, França, no dia 1 de dezembro de 1962 
 
 Obras de Henry Wallon 
Evolução Psicológica da Criança, s.d. 
Psicologia e Educação na Infância, 1975 
Objetivos e Métodos de Psicologia, 1975 
Origens do Pensamento da Criança, 1989 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biografia de Lev Vygotsky 
Lev Vygotsky (1896-1934) foi um psicólogo bielo-russo que realizou diversas pesquisas 
na área do desenvolvimento da aprendizagem e do papel preponderante das relações 
sociais nesse processo, o que originou uma corrente de pensamento denominada Sócio 
Construtivismo. 
Lev Semenovitch Vygolsky (1896-1934) nasceu em Orsha, pequena cidade perto de 
Minsk, a capital da Bielo-Rússia (região dominada pela Rússia que se tornou 
independente em 1991, com o fim da União Soviética, passando a se chamar Belarus), 
no dia 17 de novembro de 1896. Filho de uma próspera e culta família judia viveu um 
longo período em Gomel, também na Bielo-Rússia. Teve um tutor particular e se dedicou 
à leitura até ingressar no curso secundário, concluído aos 17 anos com excelente 
desempenho. Com 18 anos, Lev Vygotsky matriculou-se no curso de Medicina, mas em 
seguida transferiu-se para o curso de Direito a Universidade de Moscou. Paralelamente 
ao curso de Direito estudou Literatura e História da Arte. Em 1917, ano da Revolução 
Russa, graduou-se em Direito e apresentou um trabalho intitulado “Psicologia da Arte”, 
que só foi publicado na Rússia em 1965. Depois de formado, voltou para Gomel, onde 
além de escrever críticas literárias e proferir palestras sobre temas ligados a literatura e 
psicologia em várias escolas, publicou um estudo sobre os métodos de ensino da 
literatura nas escolas secundárias. 
Ainda em Gomel, Lev Vygotsky fundou uma editora, uma revista literária e um 
laboratório de psicologia no Instituto de Treinamento de Professores, onde ministrava 
cursos de Psicologia. A partir daí, para auxiliar o desenvolvimento dessas crianças, 
centralizou suas pesquisas na compreensão dos processos mentais humanos. Em 
1924, após uma brilhante participação no II Congresso de Psicologia em Leningrado, foi 
convidado a trabalhar no Instituto de Psicologia de Moscou. Nessa época, escreveu o 
trabalho “Problemas da Educação de Crianças Cegas, Surdas-mudas e Retardadas”. 
O interesse de Vygotsky pelas funções mentais superiores, cultura, linguagem e 
processos orgânicos cerebrais o levaram a trabalhar com pesquisadores 
neurofisiologistas como Alexander Luria e Alexei Leontiev, que deixaram importantes 
contribuições para o Instituto de Deficiência de Moscou, entre eles o livro “A Formação 
Social da Mente” onde aborda os processos psicológicos tipicamente humanos, 
analisando-os a partir da infância e do seu contexto histórico-cultural. 
Entre outros trabalhos de Lev Vygotsky destacam-se: “A Pedologia de Crianças em 
Idade Escolar” (1928), “Estudos Sobre a História do Comportamento” (1930, escrito com 
Luria), “Lições de Psicologia” (1932), “Fundamentos da Pedologia” (1934), “Pensamento 
e Linguagem” (1934), “Desenvolvimento da Criança Durante a Educação” (1935) e “A 
Criança Retardada” (1935). 
Após sua morte, suas ideias foram repudiadas pelo governo soviético e suas obras 
foram proibidas na União Soviética, entre 1936 e 1958, durante a censura do regime 
stalinista. Em consequência, seu livro “Pensamento e Linguagem” foi lançado no Brasil 
somente em 1962 e “A Formação Social da Mente” foi lançado em 1984. 
Lev Vygotsky faleceu em Moscou, Rússia, no dia 11 de junho de 1934.

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