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Biossegurança Professor :Cláudio Antônio Doutor em Ciências da saúde Medicina Curso: Enfermagem A NR 32 Normas e Diretrizes da BIOSSEGURANÇA A NR 32 Normatiza as questões de BIOSSEGURANÇA • A Norma Regulamentadora (NR 32) estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Biossegurança e saúde ANVISA medidas para prevenir ou diminuir os possíveis riscos : Contenção Primária: É a proteção da equipe laboratorial com equipamentos de proteção individual ( luvas, jaleco, mascaras etc). Contenção secundária: É a proteção externa do ambiente ou seja abrange as instalações técnicas laboratoriais, hospitalares e práticas operacionais (POP’s) adotadas para que os agentes biológicos não sejam dispersos no meio ambiente. Biossegurança e saúde Boas práticas e técnicas em ambiente hospitalar são os métodos mais importantes, pois o correto manuseio dos agentes biológicos possibilita um controle de riscos seguro. Apesar disso a possibilidade de falha humana e individual não pode ser descartada. Com isso é necessário a implementação de barreiras de contenção. Biossegurança e saúde Barreiras primárias: Equipamentos ou recipientes de proteção e controle projetados para eliminar ou reduzir a exposição aos materiais biológicos. Ex: Capela. Barreiras secundárias: São instalações que permitam a proteção não so da equipe laboratorial mas também das pessoas que se encontram do lado externo do laboratório. Ex: higienização das mãos, autoclavar os materiais. Biossegurança e saúde Mas o que é o ambiente hospitalar? Imagine um ambiente cheio de bactérias, fungos e vírus altamente patogênicos. Como se defender...... O que são microorganismos..... Onde estão presentes.... • Existe uma classificação de acordo com a NR 32.2.1.2 em: - Tipo de Riscos e a Classe de Riscos: Classificação quanto ao tipo de RISCO Grupo 1 RISCO FÍSICO: Representam os riscos físicos como ruídos, vibrações, as radiações, o frio e o calor, as pressões anormais e a umidade. São sinalizadas na cor verde. Grupo 2 RISCO QUÍMICO: Representam os riscos químicos como poeiras, os fumos, as névoas, as neblinas, os gases, os vapor, bem como as substâncias compostas por produtos quimicos em geral. São sinalizados pela cor vermelha. Grupo 3 RISCO BIOLÓGICO: Representam os riscos biológicos, como vírus, bactérias, fungos e protozoários. São sinalizados pelo marrom. Classificação quanto ao tipo de RISCO Grupo 4 RISCO ERGONÔMICO: Representam os riscos ergonômicos como esforço físicos intenso, o levantamento e transporte manual de peso, a exigência de postura inadequada, o controle rígido de produtividade, a imposição de rítimos excessivos, o trabalho em turno e a jornada pronlongada e repetitiva. São sinalizados pela cor amarela. Grupo 5 RISCO DE ACIDENTE: Representam os riscos de acidentes como manuseio inadequado de máquinas e equipamentos, não uso de proteção, uso de ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, armazenamento inadequado de reagentes químicos e outras situações de risco que podem contribuir para a ocorrência de acidentes. Sinalizados na cor azul. Classe de risco 1: baixa probabilidade de causar doença ao ser humano. (B. subtilis); Classe de risco 2: risco individual e moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Dispõe de meios eficazes de profilaxia ou tratamento. (Streptococcus spp., T. cruzi, Cândida albicans); Classificação quanto ao Classe do Risco exemplo para Riscos Biológicos Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade. Dispõe de meios eficazes de profilaxia ou tratamento. (M. tuberculosis, B. anthracis, Coccidioides immitis, Hantavirus); BIOSSEGURANÇA – NR 32 BIOSSEGURANÇA – NR 32 Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. (Sabiá, Marburg, Ebola, Varíola major, Herpesvírus do macaco). O PROFISSIONAL DE SAÚDE NA CADEIA EPIDEMIOLÓGICA A aquisição e a transmissão de doenças infecciosas têm risco aumentado em ambiente hospitalar: tanto o paciente como os profissionais estão expostos, podendo ambos ser veículos de transmissão e disseminação de doenças. O profissional de saúde está exposto a diversas doenças infecciosas em sua prática diária: BIOSSEGURANÇA – NR 32 • • Quanto ao Risco Biológico: probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos. Quanto aos Agentes Biológicos: microrganismos (geneticamente modificados ou não), culturas de células, parasitas, toxinas e príons. transmissíveis por via aérea: tuberculose, varicela, rubéola, sarampo, influenza, viroses respiratórias, doença meningocócica; transmissíveis pela exposição a sangue e fluidos orgânicos: HIV, hepatite B, hepatite C, raiva; - transmissão fecal-oral: hepatite A, poliomielite, gastroenterite, cólera; Dessa forma as contaminações podem ser.... transmitidas pelo contato com o paciente: escabiose, pediculose, colonização por estafilococos. O risco de exposição varia segundo o tipo de atividade exercida, o uso de medidas preventivas à exposição e a prevalência ao local de doenças. O risco de aquisição de doenças depende do tipo de exposição, da patogenicidade do agente infeccioso, da existência de profilaxia pós- exposição, da prevalência local de doenças e da suscetibilidade do profissional de saúde. Exemplo..Ao cuidar de seus pacientes, os integrantes da equipe de enfermagem devem preocupar-se com os cuidados necessários à preservação de sua própria saúde (técnicas preconizadas e condições necessárias para realizá-las) uma vez que são bastante suscetíveis a situações de risco e acidentes. Aspiração Paciente Covid19 Assim sendo, devem ser devidamente capacitados para o exercício de suas atividades, bem como receber acompanhamento, controle de suas condições de saúde e equipamentos de proteção individual (máscaras, luvas, aventais, calçados, sapatilhas, óculos, lençóis, etc.). O risco de o profissional transmitir doenças aumenta caso as técnicas adequadas, como a lavagem de mãos, não sejam empregadas corretamente e caso ele esteja suscetível a certas doenças transmissíveis. Pode-se concluir que o profissional de saúde na cadeia de transmissão da infecção hospitalar representa uma via dupla, ou seja, ele pode transmitir ou adquirir doenças. Biossegurança e saúde Cuidados básicos no ambiente Hospitalar Treinamento adequado à utilização e manejo dos equipamentos. Usar EPI’s adequado à atividade Unhas cortadas curtas Evitar adornos como anéis e pulseiras Cabelos presos Usar sapato fechado Não aplicar cosméticos no ambiente laboratorial Não comer ou beber no laboratório Utilizar os equipamentos apenas a finalidade as que foi determinado Não pipetar com a boca Descartar infectantes e perfuro cortantes em recipientes rígidos, impermeáveis e resistentes a perfurações e identifica-los Observar regras básicas de higiene Riscos x Perigos Não confundam riscos com perigos RISCOS = PERIGOS ou RISCOS ≠ PERIGOS Risco: É a contingência iminente ou não de perder alguma coisa ou de que se suceda mal. É a concretização de um dano indesejado de um evento prejudicial a integridade física psíquica ou patrimonial. EX: Queda de objetos construção civil, acidentes de trânsito motociclista. NR10. ‘’ausência de medidas de controle’’ Perigo: Ao contrário de riscos o perigo denota a incerteza em relação a um evento futuro, podendo ser definido como PROBABILIDADE de ocorrer e de se concretizar o evento indesejado. Riscos x Perigos ◦ NR10 ‘’atividadecom capacidade de uma grandeza causar lesões ou danos à saúde das pessoas’’. EX: Barco pequeno x Barco grande R = P * E Diante do esposto percebemos que quanto maior a exposição a um determinado perigo maior o risco Mapa de Risco MAPA DE RISCO Biossegurança Professor :Cláudio Antônio Doutor em Ciências da saúde Medicina Curso: Enfermagem Imunização do profissional de saúde Procedimentos de descontaminação Biossegurança a profissionais de saúde Os ambientes hospitalares e de instituições de saúde envolvem aos profissionais e demais trabalhadores uma diversidade de riscos. Com isso é necessário que estes estejam devidamente trinados e equipados para minimizarem esses riscos, e saber lidar com possíveis acidentes. Além das vacinas ordinariamente recomendadas aos profissionais de saúde e à população geral (contra hepatite B, varicela, sarampo, rubéola, caxumba, influenza, tétano e difteria, hepatite A), deve-se avaliar a indicação de outras vacinas (contra poliomielite, raiva, doença meningocócica, febre tifóide, varíola, coqueluche, febre amarela) segundo a prevalência local de doenças e os riscos individuais de exposição e morbidade. Tudo começou com o médico Inglês Edwad Jenner 1796 vaccina Varíola bovina. Varíola. Orthopoxvírus 40 anos erradicada 1980. Sintomas: Febre, dores abdominais Sintomas cutâneos HISTÓRICO DA VACINA NO MUNDO Imunização do profissional de saúde Por estarem mais expostos a certas doenças transmissíveis, os profissionais de saúde devem estar adequadamente imunizados. A vacinação visa a assegurar e manter a imunidade, diminuindo o risco de esses profissionais adquirirem ou transmitirem doenças imunopreveníveis, devendo ser, portanto, parte essencial de programas de prevenção e controle de infecção. Antissépticos Antissépticos São substâncias aplicadas à pele para reduzir o número de agentes da microbiota transitória e residente. Entre os principais antissépticos, destacamse: Álcoois, Clorexidina, Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan. • Degermação da pele - No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda equipe cirúrgica). Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias e outros. Degermaçao da pele • • Antissepsia: é a prática através da qual há inibição do crescimento de microrganismos ou destruição dos mesmos, em tecidos vivos (pele e mucosas) com uso de antissépticos. Como exemplo: o preparo da pele antes da cirurgia. Assepsia: consiste em técnicas utilizadas que permitem manter um meio asséptico (estéril), ou seja, livre de contaminação por microrganismos. A exemplo: técnica para abrir pacotes de curativo. Antissepsia x Assepsia Microbiota residente A microbiota residente, que está aderida às camadas mais profundas da pele é mais resistente à remoção apenas por água e sabonete. As bactérias que compõem esta microbiota (e.g., estafilococos coagulase negativos e bacilos difteróides) são agentes menos prováveis de infecções veiculadas por contato. A microbiota transitória consiste de microrganismos não-patogênicos ou potencialmente patogênicos, tais como bactérias, fungos e vírus, que raramente se multiplicam na pele. No entanto, alguns podem provocar infecções relacionadas à assistência à saúde. Microbiota transitório As mãos dos profissionais de saúde podem ser persistentemente colonizadas por microrganismos patogênicos (e.g., Staphylococcus aureus, bacilos Gram- negativos ou leveduras) que, em áreas críticas como unidades com pacientes imunocomprometidos, pacientes cirúrgicos e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), podem ter um importante papel adicional como causa de infecção relacionada à assistência à saúde. a Clorexidina liga-se à parede bacteriana, sendo bacteriostática em baixas concentrações e bactericida em concentrações altas. Atua contra microorganismos Gram POSITIVOS e Gram NEGATIVOS; anaeróbicos facultativos, aeróbicos e leveduras. Normas técnicas de descontaminação, limpeza, preparo, desinfecção, esterilização, manuseio e estocagem de materiais. Técnico de enfermagem -Fazer a leitura dos indicadores biológicos, de acordo com as rotinas da instituição; -Receber, conferir e preparar os artigos consignados; -Realizar a limpeza, o preparo, a esterilização, a guarda e a distribuição de artigos, de acordo com solicitação; -Preparar os carros para cirurgias; -Preparar as caixas cirúrgicas; -Realizar cuidados com artigos endoscópicos em geral; -Monitorar afetiva e continuamente cada lote ou carga nos processos de esterilização; -Revisar a listagem de caixas cirúrgicas, bem como proceder à sua reposição; -Fazer listagem e encaminhamento de artigos e instrumental cirúrgico para conserto. Área de lavagem e descontaminação -Receber, conferir e anotar a quantidade e espécie do material recebido; -Desinfetar e separar os materiais; -Verificar o estado de conservação do material; -Proceder a limpeza do material; -Encaminhar o material para a área de preparo; Área de preparo de materiais • Revisar e selecionar os materiais, verificando suas condições de conservação e limpeza; • Preparar, empacotar ou acondicionar os materiais e roupas a serem esterilizados; • Encaminhar o material para esterilização devidamente identificado. Preparo As embalagens utilizadas para o acondicionamento dos materiais determinam sua vida útil, mantêm o conteúdo estéril após o reprocessamento, garante a integridade do material Área de esterilização • Executar o processo de esterilização nas autoclaves, conforme instrução do fabricante; • Observar os cuidados necessários com o carregamento e descarregamento das autoclaves • Fazer o controle microbiológico e de validade dos produtos esterilizados. • Manter junto com o serviço de manutenção, os equipamentos em bom estado de conservação e uso. Esterilização É o processo de destruição de todos os microorganismos, a tal ponto que não seja mais possível detectá-los através de testes microbiológicos padrão Área de armazenagem e distribuição de materiais e roupas esterilizados: • Estocar o material esterilizado; • Proceder à distribuição do material às unidades. • Registrar saída do material
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