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Psicopedagogia e matemática

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Psicopedagogia e matemática 
A matemática é uma ciência que ganhou status por trazer a representação social de que os ótimos nesta disciplina, são certamente os mais inteligentes e melhores sucedidos e que ainda os meninos são bem mais habilidosos do que as meninas pra aprendizagem da matemática. O que você pensa sobre isso? A matemática sempre foi o bicho papão da escola, com a maior carga horária de aulas, com a maior incidência de notas baixas e reprovações.
Nesse sentido, partimos do pressuposto de que é necessário redimensionar a prática do ensino da matemática, a fim de que sua aprendizagem possa ter potencial para ampliar o raciocínio lógico-dedutivo, a interpretação, a comparação, a generalização, a organização, o equacionamento de problemas, dentre outras condutas relevantes que estão vinculadas ao conhecimento matemático. Acreditamos que SIM!
Acreditamos que muitos do fracasso escolar na aprendizagem da matemática não está relacionado a nenhum transtorno de aprendizagem, mas sim aos estigmas, rótulos e didáticas impregnadas na disciplina. Basta pensar no currículo da disciplina e sua aplicabilidade prática nas rotinas das crianças.  Precisamos então, trazer a matemática para a rotina, para que seja possível ao sujeito associar teoria e prática.
Um conceito importante para aprendizagem matemática é o senso numérico que mesmo com a literatura ainda em construção deste termo o consideramos como uma forma de interagir com os números, com seus vários usos e interpretações, possibilitando ao sujeito lidar com as situações diárias que incluem quantificações e o desenvolvimento de estratégias eficientes para lidar com problemas numéricos.
O senso numérico pode comparado ao letramento. Vamos lá compreender isso! Uma pessoa não alfabetizada, pode ser capaz de ditar uma mensagem de pegar um ônibus porque identificou o signo. Da mesma forma com os números um adulto não escolarizado pode contar o dinheiro, passar o troco corretamente, compreender peso de alimentos, mesmo sem saber montar uma operação de adição. Poderíamos fazer uma comparação interessante colocando em perspectiva o mundo dos números e o mundo da escrita. Nesses casos seria possível dizer que “ser numeralizado é análogo a ser letrado, no sentido associado ao termo letramento, que significa: estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita” (SOARES, 200 I, p. 47).
O senso numérico deriva da ideia de consciência, intuição, reconhecimento, conhecimento, habilidade, desejo, sentimento, expectativa, processo, estrutura conceitual ou linha numérica mental. Permitindo ao sujeito que possa alcançar: desde a compreensão do significado dos números até o desenvolvimento de estratégias para a resolução de problemas complexos de matemática; desde as comparações simples de magnitudes, até a invenção de procedimentos para a realização de operações numéricas; desde o reconhecimento de erros numéricos grosseiros, até o uso de métodos quantitativos para comunicar, processar e interpretar informação.
Um ponto importante dessa análise é o reconhecimento do Transtorno Específico da Aprendizagem em Matemática – discalculia. Vamos compreendê-la: A Discalculia, ou Transtorno Específico da Aprendizagem com prejuízo na Matemática, conforme o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), é um transtorno associado a problemas no processamento de informações numéricas, aprendizagem de fatos aritméticos e realização de cálculos básicos com fluência e precisão. Além disso, como ocorre com os demais transtornos de aprendizagem, não resulta da escolarização inadequada ou falta de oportunidade (APA, 2014, p. 67 e 68).
De acordo com SANTOS, 2017 a discalculia pode manifestar os seguintes sinais: estratégias imaturas para auxiliar a contagem, como contar nos dedos, desenhar símbolos no caderno; dificuldades para estimar quantidades e coma transcodificação de representações; reduzida capacidade de subitização; dificuldade para contar em ordem inversa; incompreensão do sistema decimal; dificuldade em decompor um problema em partes e incompreensão do procedimento de cálculo.
Para iniciar uma intervenção psicopedagógica é necessário o processo avaliativo. Bossa (2005) enfatiza que o diagnóstico psicopedagógico se torna fundamental, pois oportuniza um olhar cuidadoso acerca da problemática da DA, objeto de estudo da psicopedagogia, no intento de compreender “por que e como” uma criança não aprende. Em relação aos critérios para realização do diagnóstico de transtorno do cálculo aritmético, García (1998) aponta três critérios: nos testes padronizados de aritmética, os quais são aplicados individualmente, o rendimento é abaixo do esperado para a escolarização e capacidade intelectual do sujeito; a alteração interfere significativamente quanto às aprendizagens escolares e reflete-se em atividades cotidianas, as quais necessitam operações aritméticas; as alterações não podem estar vinculadas a problemas visuais ou auditivos ou algum transtorno neurológico.
Algumas das linhas de cuidado mais utilizadas pela psicopedagoga são: uma boa anamnese; escala de inteligência Wescheler para crianças; testes de transcodificação; caixa lúdica; subteste de aritmética. Só após a identificação dos pontos de em que é necessário auxílio para aprendizagem é que se pode montar um bom plano de ação psicopedagógico, com mensuradores para o processo de (re) avaliação.
 
Pensando na atuação Psicopedagógica, para aprendizagem da matemática, o jogo pode ser um bom aliado. Primeiramente vamos conceituar o jogo:
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório motor e de simbolismo, uma assimilação real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu […] jogando, elas chegam a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores a inteligência (PIAGET 1976, p. 160).
 
Para compreender como acontece o trabalho psicopedagógico, Bossa (2000), diz que:
O trabalho clínico se dá na relação entre um sujeito com sua história pessoal e sua modalidade de aprendizagem, buscando compreender a mensagem de outro sujeito, implícita no não aprender. Nesse processo, onde investigação e objeto-sujeito de estudo interagem constantemente, a própria alteração torna-se alvo de estudo da Psicopedagogia. Isto significa que, nesta modalidade de trabalho deve o profissional compreender o que o sujeito aprende, como aprende e por que, além de perceber a dimensão da relação entre psicopedagogo e o sujeito de forma a favorecer a aprendizagem. No trabalho preventivo, a instituição, enquanto espaço físico e psíquico da aprendizagem, é objeto de estudo da Psicopedagogia, uma vez que são avaliados os processos didático-metodológicos e a dinâmica institucional que interferem no processo de aprendizagem” (BOSSA, 2000, p. 21-22).
A utilização dos jogos na intervenção psicopedagoga se torna diálogo com a criança. Esses recursos estimulas o desenvolvimento do raciocínio lógico, permitindo ao sujeito a construção dos procedimentos para a resolução dos problemas, que podem ser transferidos para o uso na vida “real”, em especial, quando pensamos em intervenção psicopedagógica para crianças com dificuldades de aprendizagem, uma vez que, pelo uso dos jogos, elas podem aprender, resolver problemas, superar desafios e criar estratégias de maneira significativa, brincando.
 
 
Atividade extra:
Filme: A matemática do amor.
 
 
Referência Bibliográfica:
· DOS SANTOS BELON, Felipe et al. Aprendizagem matemática e a utilização de jogos como estratégia de ensino. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 2, p. 16657-16671, 2021.
· SANTOS, Bruna Navarone. Estigma na escola: relatos sobre os bons e maus alunos. Revista Habitus, v. 17, n. 1.
· GIRON, Graziela Rossetto; DO SACRAMENTO SOARES, Eliana Maria. Nicho de Aprendizagem Matemática: uma experiência de ensinar e aprender matemática em convivência. Horizontes, v. 38, n. 1, p. e020053-e020053,2020.
· SOARES, M. Alfabetização e Letramento: caminhos e descaminhos. Pátio: revista pedagógica, Porto Alegre, ano 8, n. 29, p. 19-25, fev./abr., 2004.
· MORETTI, Méricles Thadeu; DA SILVA FILHO, Jorge Paulino. Um Estado do Conhecimento sobre a Discalculia do Desenvolvimento: tendências e perspectivas. REVISTA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, v. 4, n. 2, p. 21-38, 2020.
· AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (5a. ed.). Porto Alegre: Artmed, 2014.
· SANTOS, F. H. Discalculia do Desenvolvimento. São Paulo: Pearson Clinical Brasil, 2017.
· Antes de iniciar um tipo de jogo, no atendimento psicopedagógico é correto que esclareça às crianças
· a
· os materiais, regras, procedimentos, objetivos e quem iniciará o jogo.
Imagine um ambiente de aprendizagem em que as crianças estão discutindo soluções para um problema e uma criança, que tenta solucionar a questão, afirma que 8+5=12.
Assinale a alternativa que contém o procedimento adequado que deve ser orientado pelo psicopedagogo ao professor.
c-O professor deve encorajá-la a defender seu ponto de vista, até que decida que outra solução é melhor. É importante que as ideias erradas sejam modificadas pela criança.
Em termos de aprendizado, uma criança que seja incapaz de compreender os sinais +, - , ÷, ×, pode sinalizar:
b
Discalculia.
Os pais de Júlio, criança de nove anos, foram chamados pela coordenadora da escola de seu filho porque este vem apresentando dificuldades de aprendizagem na matemática. Diante da situação relatada, a coordenadora aconselhou-os que buscassem um tratamento psicopedagógico. Os pais assustaram-se com as colocações da coordenadora, pois desconheciam o que consistia em tal tratamento. Para tranquilizá-los, a coordenadora explicou-lhes que, após traçado o diagnóstico e elaborado um plano de intervenção, Júlio passaria por algumas sessões com o psicopedagogo, que se utilizaria de recursos como jogos, livros e computador, visando à desaparição do sintoma e à possibilidade de ele
a
aprender normalmente.
O jogo constitui-se numa importante ferramenta de intervenção psicopedagógica, já que ele proporciona muitos elementos de investigação e interpretação.
Assinale a alternativa correta em relação ao assunto.
Os jogos representam um recurso na integração da criança com o meio, abrindo caminhos para a construção do real, tendo como bases estruturas anteriormente assimiladas. Além de suas características lúdicas, proporcionam o desenvolvimento de estruturas cognitivas, de afetividade e capacidade de solidariedade.
Como se sabe, jogar é uma atividade tipicamente humana. Quando joga, a criança se envolve com o que faz e coloca no jogo seus sentimentos e suas emoções mais particulares. Por causa dessas características, o jogo é um recurso muito utilizado pela Psicopedagogia, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento. No processo de tratamento psicopedagógico, o jogo pode colaborar com a aprendizagem porque
c
ativa e desenvolve os esquemas de conhecimento.

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