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Avaliação da leitura
A leitura é uma habilidade humana que possibilita autonomia do sujeito, serve como meio de acesso a outras aprendizagens, englobando conhecimentos formais e informais, ou seja, desde aprendizagens educacionais de ensino escolar e acadêmico, até capacidades de comunicação cotidiana, como pegar uma condução, fazer compras, escolher uma comida no cardápio, dentre outras. Esta aprendizagem (ler) é dependente de exposições instrumentais, que se edificam como um processo neurobiólogos, metodológicos e ambientais. Pode ser considerado uma das fases mais sensíveis e difíceis da espécie humana.
 
A hipótese da reciclagem neuronal e a região da leitura
Neurologicamente falando a área cerebral responsável pela habilidade de leitura é a região occipitotemporal ventral esquerda. Ao observar essa área antes do processo de leitura, percebe-se que sua função é destinada a reconhecimento de rostos e objetos, após a habilidade de leitura essa área também se torna reconhecedora das formas visuais de palavras (Caixa de letras do Cérebro). Desta forma ler é a habilidade que:
É considerada secundária, pois não nascemos com uma área especifica no nosso cérebro para essa habilidade. Além disso, a leitura envolve aprendizagem simbólica, linguagem escrita, atenção, habilidade motora, vários tipos de memória, organização de texto e imagem mental. De forma ampla, é a interpretação de qualquer sinal que, chegando aos órgãos dos sentidos, conduza o pensamento a outra situação além dele próprio; de forma restrita, refere-se à interpretação de sinais gráficos que uma comunidade convencionou utilizar para substituir os sinais linguísticos da fala. É uma forma de dar sentido ao que está escrito, e não de decodificar a palavra em sons. O significado do texto escrito depende das informações da memória do leitor (ROTTA, 2006).
Ao ler, o leitor desenvolve duas atividades fundamentais: identifica as palavras que compõem o texto e constrói significados para o que lê. No entanto, para realizar a leitura de forma eficiente, ele não pode dispensar atenção a essas duas atividades na mesma medida. A construção do significado se baseia em reunir as palavras lidas em unidades significativas de pensamento, permitindo que o leitor faça inferências, relacione informações prévias com as apresentadas no texto e analise criticamente o significado construído (PIKULSKI; CHARD, 2005, apud MONTEIRO, 2014).
De acordo com DEHAENE (2013), os mecanismos envolvidos na aprendizagem da leitura começam a ser conhecidos pelo rastreamento das várias reciclagens neuronais. O SNC reage em milésimos de segundos à palavra escrita. A partir da área responsável pela percepção da palavra, chamada pelo autor, de área visual, a imagem se difunde rapidamente pelo SNC, ativando várias outras áreas, com as quais está conectada: a área auditiva, da fala, intelectual, executiva e, igualmente, as áreas da memória e da emoção. Aprender a ler é uma história quase milagrosa dos processos evolutivos que o cérebro precisa alcançar para que uma criança descubra o mistério de tantas letras, formando uma palavra, numa página formando sentido (WOLF, 2008).
Assim a leitura é um processo fisiológico que se utiliza dos sensores visuais para captarem os “desenhos” (letras). Depois esses desenhos se transformam nas áreas secundárias e terciarias em abstrações que transformam o físico em ideias – a mágica do cérebro para a leitura. Claro que aqui o sujeito precisa conseguir seguir a letra, palavras e frases nas linhas em uma direção correta utilizando de duas habilidades a rota fonológica que converte as letras em sons e a rota lexical que reconhece imediatamente por forma visual as palavras. Outro conceito importante é invariância perceptiva que é a capacidade de reconhecer as invariâncias das letras. Identificando qualquer letra, mesmo que seja imprensa ou escrita manualmente.
Bom, o que é importante compreendemos como psicopedagogos é que para iniciarmos uma boa intervenção é necessário antes de tudo avaliarmos esse processo. A nossa criança encontra-se em que zona de aprendizagem para a leitura? Como podemos identificar isso? Só a partir disso, teremos como mensurar os objetivos do atendimento e melhor ainda ser capaz de (re) avaliar e identificar progressos no aprendente.
De acordo com o Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) algumas habilidades devem ser observadas:
· Localizar informação explícita no texto;
· Inferir – é importante verificar a capacidade da criança em utilizar conhecimentos prévios ou resgatar partes de um texto para inferir alguma informação;
· Compreender a finalidade do texto;
· Aprender assuntos/temas tratados em textos;
· Estabelecer relação de intertextualidade; (BRASIL, Ministério da Educação, PNAIC, p.16).
Então uma boa dica é montar um formulário de avaliação que contenha os seguintes itens: A criança sabe – o momento de ouvir; narra fatos e história respeitando a sequência lógica; expressa suas ideias e opiniões de forma clara e objetiva; identifica as letras do alfabeto; reconhece os limites das palavras e frases do texto; faz correspondência letra/fonema; identifica informações relevantes no texto; interpreta textos; reconta a história que leu. Em sua atuação fique sempre atento aos abjetivos do seu plano interventivo, assim você será capaz de analisar corretamente a atividade psicopedagógica que alcance o seu objetivo, seja ele de curto, médio ou longo prazo. Ainda é importante observar que que as intervenções devem ser orientadas para família, escola e outros terapeutas do aprendente. O trabalho deve ser sempre coletivo, lembre-se disso.
Especificamente para a dislexia a avaliação do psicopedagogo deve se atentar para os seguintes itens: Consciência fonológica – habilidade para reconhecer e manipular sons da língua falada; Memória fonológica – habilidade para lembrar e utilizar sons, sílabas e palavras; Nomeação automática rápida – habilidade para nomear objetos, cores, letras e dígitos de forma rápida; Vocabulário receptivo – compreensão de palavras ouvidas; Associação fonema-grafema  – compreensão da relação entre os sons e seus símbolos (letras e sequências de letras); Decodificação – habilidade para utilizar as associações entre sons e letras a fim de identificar e pronunciar palavras escritas; Decodificação de palavras reais; Decodificação de pseudopalavras; Leitura oral fluente – habilidade para ler de forma correta, com fluência e entonação apropriada, facilitando a compreensão; Leitura fluente de palavras; Leitura fluente de frases, parágrafos e textos; Compreensão leitora – competência de interpretar e compreender informações de um texto escrito; Soletração e ortografia; Escrita de palavras, frases, parágrafos e textos.
Em posse de uma boa avaliação, o profissional será capaz de estabelecer seu plano de atuação. Com o disléxico é eficiente um trabalho multissensorial e que seja prazeroso para o aprendente(lúdico). Observe estes exemplos de atividades psicopedagógicas:
· Atividades com massinhas e com a oralidade;
· Caminhar com a criança sobre uma letra;
· Interagir com a caixa tátil;
· Fazer gelatina na forma das letras;
· Fazer uma sopa de letras;
· Vendar a criança para ela tentar descobrir com o dedo a forma de alguma letra ou palavra.
 
 
Atividade extra:
Dislexia, disortografia e disgrafia - https://www.youtube.com/watch?v=atHEe13tOuM
 
 
Referência Bibliográfica:
· MONTEMOR, Nelma Aparecida. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE LEITURA E ESCRITA. Akrópolis-Revista de Ciências Humanas da UNIPAR, v. 28, n. 1, 2020.
· Rotta, N. T., Ohlweiler, L., Riesgo, R. S. Transtornos da aprendizagem: abordagem
· neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006.
· Monteiro, S. M., Soares, M. Processos cognitivos na leitura inicial: relação entre
· estratégias de reconhecimento de palavras e alfabetização. [Online] Educação e
· Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 2, pp. 449-66, abr./jun. 2014. http://www.scielo.br/pdf/ep/v40n2/aop1210.pdf. [2018, 03 de abril].
· DEHAENE, S. Os neurônios da leitura:como a ciência explica a nossa capacidade de ler. Tradução Leonor Scliar-Cabral. Porto Alegre: Penso, 2013.
EXERCÍCIOS 
Leia os textos a seguir:
Claudinei, 10 anos, cursando pela segunda vez a terceira série:
O CACHORRO
Era uma veis um menino que chamado Marco e queria um cachorro no anessaru (aniversário) dele e neverssaru dele era de junio (junho) e chegou esse dia e corredo os ameginho dele lá no aniversário dele. O menino pesa (pensa) no callorrinho (cachorrinho) e tão o pai deu O presete dele ele abril era tão grande que era uma bola e bicicleta. E ele fico triste.
Marco Aurélio, 9 anos, terceira série:
NAVES NA ESTRELA
Varias maves estavão lutando ne uma guerra ne uma galagoxia (galáxia) distante. E ne um outro planeta escau oque Luk estava em uma base protetora, e se preparando para lutar em guanto isso na guerra e então luk foi a guera e Luk falou – etaão se aproximando e chegou o robô xan xam xam pof pof! – falou Luk socoro vom mi madai (vão me matar e…) salvarão o Luk e recuarão?
ZORZI, J.L. Dislexia, distúrbios de leitura-escrita… De que estamos falando? Revista Psicopedagogia: 17 (46), 1998, p. 17.
A análise dos textos produzidos pelos dois meninos possibilita verificar que eles:
b-apresentam dificuldades na escrita que são relativamente comuns nas séries iniciais, mas o texto que produzem tem estrutura, sequência e coerência, o que revela conhecimentos sobre a língua escrita. Pode-se propor a eles um trabalho psicopedagógico.
2-De acordo com Bossa (2000), o psicopedagogo em sua prática, faz uma análise da situação do aluno para poder diagnosticar os problemas e suas causas. Ele levanta hipóteses através da análise de sintomas que o indivíduo apresenta, ouvindo a sua queixa, a queixa da família e da escola. Para isso, torna-se necessário conhecer o sujeito em seus aspectos:
neurofisiológicos, afetivos, cognitivos e sociais.
3-A entrevista de anamnese tem um foco mais específico, é considerada um dos pontos cruciais do processo de investigação psicopedagógica e visa colher dados significativos sobre a evolução geral do sujeito em seus diversos contextos históricos. Assinale a alternativa que NÃO corresponde a um desses contextos.
Nacional
4-As ações que nos ajudam a controlar nossa própria atividade mental, isto é, que nos tornam conscientes dos nossos próprios pensamentos e procedimentos mentais, chamamos:
metacognitivas.
5-O objetivo do diagnóstico psicopedagógico é obter uma compreensão global da forma de aprender e dos desvios que estão ocorrendo no processo de aprendizagem do indivíduo em questão. Organizam-se os dados obtidos em relação aos diferentes aspectos envolvidos no processo de aprendizagem de forma particular, e que envolve interdisciplinaridade em pelo menos três áreas:
neurologia, psicopedagogia e psicologia.
6-A memória se refere à forma como as informações são processadas, armazenadas e utilizadas. A memória é designada como um sistema capaz de reter e manipular temporalmente a informação, enquanto participa de tarefas cognitivas como:
raciocínio, compreensão e aprendizagem.

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