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Direito Constitucional - CONCURSO CGU 2022 - Revisão para Técnico de Finanças

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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
 
SUMÁRIO 
1. Direitos e garantias fundamentais (art. 5º a 13); 
2. Administração Pública na CF/88 (art. 37 a 41). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
GERAÇÃO DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
O desenvolvimento dos direitos fundamentais não se deu em um mesmo e único momento 
histórico. Paulo Bonavides destacou-se entre os doutrinadores constitucionalistas ao traçar um 
perfil histórico-temporal desse desenrolar, reunindo os direitos em diferentes grupos, 
denominados gerações. 
 
Os direitos de primeira geração importam na consagração de direitos civis e políticos 
clássicos, essencialmente ligados ao valor liberdade. Apresentam-se como direitos dos 
indivíduos e são oponíveis, sobretudo, ao Estado, na medida em que exigem deste, 
precipuamente, uma abstenção, um não fazer, possuindo, dessa forma, inequívoco caráter 
negativo. 
 
Já os direitos de segunda geração acentuam o princípio da igualdade entre os homens 
(igualdade material). São, usualmente, denominados "direitos do bem-estar", uma vez que 
pretendem ofertar os meios materiais imprescindíveis para a efetivação dos direitos 
individuais. Para tanto, exigem do Estado uma atuação positiva, um fazer, o que significa que 
sua realização depende da implementação de políticas públicas estatais, do cumprimento de 
certas prestações sociais por parte do Estado, tais como: saúde, educação, trabalho, habitação, 
previdência e assistência social. 
 
Na terceira geração apareceram os direitos de fraternidade ou solidariedade que 
englobam, dentre outros, os direitos ao desenvolvimento, ao progresso, ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, à autodeterminação dos povos, à propriedade sobre o patrimônio 
comum da humanidade, à qualidade de vida, os direitos do consumidor e da infância e 
juventude. 
 
Na quarta geração são consagrados os direitos – como, por exemplo, à democracia, à 
informação e ao pluralismo – dos quais dependerá a concretização da sociedade aberta do 
futuro, em sua dimensão de máxima universalidade, para a qual parece o mundo inclinar-se no 
plano de todas as relações de convivência. Por fim, há quem defenda a existência de uma quinta 
geração de direitos fundamentais, representada pelo direito à paz. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Grande parte da doutrina indica qualidades que são associadas aos direitos fundamentais 
de forma corriqueira, quais sejam: 
 
(A) Universalidade. Esta característica aponta a existência de um núcleo mínimo de 
direitos que deve estar presente em todo lugar e para todas as pessoas, 
independentemente da condição jurídica, ou do local onde se encontra o sujeito – 
porquanto a mera condição de ser humano é suficiente para a titularização. 
 
(B) Historicidade. Como os direitos fundamentais são proclamados em certa época, 
podem desaparecer em outras ou serem modificados com o passar do tempo, 
apresentam-se como um corpo de benesses e prerrogativas que somente fazem 
sentido se contextualizadas num determinado período histórico. 
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MUDE SUA VIDA! 
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(C) Indivisibilidade. Os direitos fundamentais formam um sistema harmônico, coerente 
e indissociável, o que importa na impossibilidade de compartimentalização dos 
mesmos. 
 
(D) Imprescritibilidade, inalienabilidade. Direitos fundamentais não são passíveis de 
alienação, deles não se pode dispor, tampouco prescrevem. 
 
(E) Relatividade. O exercício dos direitos individuais, não raro, acarreta conflitos com 
outros direitos constitucionalmente resguardados, dada a circunstância de nenhum 
direito ser absoluto ou prevalecer perante os demais em abstrato. Como todos os 
direitos são relativos, eventualmente podem ter seu âmbito de incidência reduzido e 
ceder (em prol de outros) em ocorrências fáticas específicas. 
 
(F) Inviolabilidade. Esta característica confirma a impossibilidade de desrespeito aos 
direitos fundamentais por determinação infraconstitucional ou por atos de 
autoridade, sob pena de responsabilização civil, administrativa e criminal. 
 
(G) Complementaridade. Direitos fundamentais não são interpretados isoladamente, de 
maneira estanque; ao contrário, devem ser conjugados, reconhecendo-se que 
compõem um sistema único. 
 
(H) Efetividade. A atuação dos Poderes Públicos deve se pautar (sempre) na necessidade 
de se efetivar os direitos e garantais institucionalizados, inclusive por meio da 
utilização de mecanismos coercitivos, se necessário for. 
 
(I) Interdependência. Em que pese à autonomia, as previsões constitucionais que se 
traduzem em direitos fundamentais possuem interseções/ligações intrínsecas, com o 
intuito óbvio de intensificar a proteção engendrada pelo catálogo de direitos. Estes 
estão todos interligados, associados – a liberdade de locomoção, por exemplo, está 
intimamente vinculada à garantia do habeas corpus. 
 
DIMENSÃO SUBJETIVA E OBJETIVA DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS 
A doutrina brasileira, afinada com a tradição europeia, classifica os direitos fundamentais 
a partir de dupla perspectiva, uma subjetiva e outra objetiva, significando que referidos 
direitos são, a um só tempo, direitos subjetivos e elementos fundamentais da ordem 
constitucional objetiva. 
 
Enquanto direitos subjetivos, os direitos fundamentais outorgam aos titulares a 
prerrogativa de impor os seus interesses em face dos órgãos obrigados. Por outro lado, 
em sua dimensão objetiva, os direitos fundamentais formam a base do ordenamento 
jurídico de um Estado de Direito democrático. 
Sob a ótica da dimensão subjetiva, é possível afirmar que os direitos fundamentais 
cumprem diferentes funções na ordem jurídica, conforme a teoria dos quatro 
"status" de Jellinek. 
 
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O primeiro é de subordinação frente aos poderes públicos, na qual o indivíduo é detentor 
de deveres para com o Estado. Tem-se, nesse sentido, o status passivo. Em outra circunstância, 
faz-se necessário que o Estado não se intrometa na livre escolha do indivíduo, permitindo-se, 
dessa forma, que os indivíduos gozem de um espaço de liberdade de atuação, sem ingerências 
dos poderes públicos. Nesse caso, fala-se em status negativo. Uma terceira posição estabelece o 
indivíduo em situação de exigir do Estado que este atue positivamente em seu favor, através da 
oferta de bens e serviços, principalmente os essenciais à sobrevivência sadia e a qualidade de 
vida da própria comunidade. Tem-se, assim, o status positivo. 
 
Finalmente, fala-se em status ativo, no qual o indivíduo desfruta de competências para 
contribuir na formação da vontade estatal, correspondendo essa posição ao exercício dos 
direitos políticos, manifestados principalmente através do direito ao sufrágio. 
 
DESTINATÁRIOS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
É certo que o caput do art. 5º da CF/88 somente referência, de modo expresso, os 
brasileiros – natos ou naturalizados – e os estrangeiros residentes no país enquanto titulares 
dos direitos fundamentais. Nada obstante, a doutrina mais recente e a Suprema Corte têm 
realizado interpretação do dispositivo na qual o fator meramente circunstancial da 
nacionalidade não excepciona o respeito devido à dignidade de todos os homens, de forma que 
os estrangeiros não residentes no país, assim como os apátridas, devam ser considerados 
destinatários dos direitos fundamentais. 
 
No que concerne às pessoas jurídicas, de início entendia-se que os direitos e garantias 
assegurados nos incisos do art. 5º dirigiam-se apenas às pessoas físicas, nunca a elas. 
Doutrinariamente, contudo, superou-se esse posicionamento e, atualmente, admite-se que os 
direitos fundamentais beneficiem, também, pessoas jurídicas brasileiras e estrangeiras 
atuantes no Brasil. 
 
APLICABILIDADEDAS NORMAS DEFINIDORAS DOS DIREITOS E 
GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata, o 
que retrata a preocupação dos modernos sistemas constitucionais em evitar que as posições 
firmadas como essenciais para a identidade da Constituição não passem de retórica, ou então 
que sejam dependentes da atuação legislativa para que tenham eficácia. 
 
Todavia, tal regra não é absoluta e não pode atropelar a natureza dos direitos 
constitucionalmente proclamados. Como existem normas constitucionais, relativas a direitos 
fundamentais, que são evidentemente não autoaplicáveis, isto é, que carecem de mediação 
legislativa para que possuam plena efetividade, é certo dizer que sozinhas não 
produzirão todos os seus efeitos essenciais. 
 
EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES 
PRIVADAS (EFICÁCIA HORIZONTAL) 
Como em sua formulação clássica, de matriz eminentemente liberal, os direitos 
traduziam-se em limites ao exercício do poder do Estado – de modo a barrar a ação usurpadora 
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deste nas suas relações com os indivíduos –, nunca se questionou a aplicação dos direitos 
fundamentais nas relações entre os particulares e o Poder Público. De fato, o constitucionalismo 
tradicional apenas identificava nos direitos fundamentais direitos subjetivos de defesa dos 
indivíduos exercidos contra o poder do Estado-opressor, do Estado-Leviatã! 
 
A conjectura, entretanto, alterou-se. O direito constitucional contemporâneo vem 
reconhecendo a expansão da eficácia dos direitos fundamentais para abarcar, também, as 
relações privadas. Essa tendência, cujas discussões se iniciaram na Alemanha, explicita a 
potencialidade dos direitos fundamentais de produzirem efeitos não exclusivamente numa 
perspectiva vertical (do particular frente ao Estado), mas também numa ótica horizontal (entre 
particulares). 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Em seu Título II, estabelece a Constituição Federal o gênero "Direitos Fundamentais", do 
qual decorrem algumas espécies. Estruturalmente temos: 
 
TÍTULO II – DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
Capítulo I – dos direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º) 
Capítulo II – dos direitos sociais (art. 6º ao 11) 
Capítulo III – da nacionalidade (art. 12 e 13) 
Capítulo IV – dos direitos políticos (art. 14 a 16) 
Capítulo V – dos partidos políticos (art. 17). 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA CF/88 
 
Antes de adentrarmos ao estudo sobre a Administração Pública, definida entre artigos 37 
e 43 da Constituição, cabe ressaltar que o presente tema é mais bem analisado em Direito 
Administrativo. Nossa missão será apenas apresentar os mais relevantes tópicos acerca da 
Administração Pública, sob o prisma constitucional. 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
CONCEITO 
 
Inicialmente, precisamos entender alguns institutos jurídicos que aparecem no caput do 
art. 37. Comecemos pelo conceito de Administração Pública. Para entendermos melhor 
precisamos analisa-la sob uma dupla perspectiva: objetiva e subjetiva. Administração Pública 
sob a perspectiva objetiva, constitui na atividade principal desenvolvida pelo ente público cuja 
função é a satisfação do interesse público. Já sob a ótica subjetiva, Administração Pública é o 
conjunto de órgãos e pessoas jurídicas responsáveis pelo desenvolvimento da atividade 
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administrativa. Nosso estudo se concentrará na Administração Pública sob a perspectiva 
subjetiva, a qual se divide em duas espécies: 
 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA. 
A Administração Pública Direta é constituída por pessoas jurídicas de direito público, 
também chamadas de pessoas políticas, titulares de personalidade jurídica e autonomia 
próprias. É composta pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios os 
quais exercem as atividades administrativas por meio dos seus órgãos e agentes, em cada um 
dos três poderes. Um cuidado que você precisa ter é em relação aos órgãos, os quais não 
possuem personalidade jurídica própria, pois agem em nome da pessoa jurídica a qual 
pertencem. 
 
 A Administração Pública Indireta é constituída por pessoas jurídicas próprias, que podem 
ser de direito público ou de direito privado e que desenvolvem atividades do Estado como fruto 
da descentralização administrativa. São elas: Autarquias, Fundações Públicas, Sociedades de 
Economia Mista e Empresas Públicas. 
 
OS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS 
Para que o profissionalismo seja garantido por parte dos(as) servidores(as) públicos(as) 
e os serviços prestados atendam aos interesses da sociedade, a legislação brasileira na 
Constituição Federal de 1988 determina artigo 37: “A administração pública direta e indireta 
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá 
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (…).” 
 
Os princípios acima são conhecidos pela sigla LIMPE. Vamos conhecer melhor a finalidade 
de cada um deles a seguir: 
 
LEGALIDADE – O CUMPRIMENTO DA LEI 
O princípio da legalidade trata-se da valorização da lei acima dos interesses privados, ou 
seja, pessoais. Nesse sentido, a administração pública só pode ser exercida se estiver de acordo 
com as leis, fazendo com que a atuação do Executivo concretize somente a vontade geral dos 
cidadãos e cidadãs, ou seja, o princípio da legalidade vai contra a um comportamento 
personalista, favoritismos, entre outras práticas. A ideia é valorizar a cidadania e o interesse 
coletivo. 
 
Além disso, é importante ressaltar que a atividade de todos os agentes públicos – desde o 
Presidente da República, até servidores municipais – está submetida à obediência, 
cumprimento e prática das leis. 
 
IMPESSOALIDADE – O TRATAMENTO IGUALITÁRIO 
 O princípio da impessoalidade busca traduzir a noção de que a administração pública 
deve tratar todos os cidadãos e cidadãs sem discriminações. Divergências ou convergências 
políticas/ideológicas, simpatias ou desavenças pessoais não podem interferir na atuação e 
tratamento por parte dos servidores públicos. Nesse sentido, o próprio texto legislativo 
assegura que o ingresso em cargos e funções administrativas depende primordialmente de 
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concursos públicos, a fim de assegurar a impessoalidade e a igualdade por parte dos 
concorrentes. 
 
O artigo quinto da Constituição Federal (1988) determina que “todos são iguais perante a 
lei” e o princípio da impessoalidade vem para reforçar essa ideia no âmbito da administração 
pública. 
 
MORALIDADE – SEGUINDO OS PRINCÍPIOS ÉTICOS ESTABELECIDOS POR 
LEI 
 O princípio da moralidade obriga os agentes públicos a atuarem em conformidade com 
os princípios éticos. Todo comportamento que vise confundir e/ou prejudicar o exercício dos 
direitos por parte da sociedade será penalizado pelo descumprimento do princípio em questão. 
 
É importante levar em consideração que o princípio da moralidade não se refere 
exatamente à moral comum, mas sim aos valores morais que estão postos nas normas jurídicas. 
Ainda assim, toda ofensa à moral social, que esteja associada a alguma determinação jurídica, 
também será considerada uma ofensa ao princípio da moralidade. 
 
PUBLICIDADE – A PRESTAÇÃO DE CONTAS À POPULAÇÃO 
 O princípio da publicidade garante a transparência na administração pública. Nós 
vivemos em um Estado Democrático de Direito, ou seja, o poder pertence ao povo, assim não 
deve ocorrer qualquer tipo de ocultamento de informaçõespor parte do poder público. É dever 
de todos os órgãos e instituições públicas disponibilizarem dados e informações a fim de honrar 
a prestação de contas para a sociedade. O sigilo é exceção para casos de segurança nacional ou 
outros motivos previstos em lei. 
 
Nesse sentido, como já comentamos nas matérias anteriores, a Lei nº 12.527 de 2011 – a 
Lei de Acesso à Informação – vem para contemplar e regulamentar o direito de acesso à 
informação por parte de todos os cidadãos e cidadãs. 
 
EFICIÊNCIA – A BOA GESTÃO DOS RECURSOS E SERVIÇOS PÚBLICOS 
 O princípio da eficiência se resume no conceito da boa administração. Sem ferir o 
princípio da legalidade (ou seja, estando dentro da lei) é dever do servidor público atuar a fim 
de oferecer o melhor serviço possível preservando os recursos públicos. Ou seja, a 
administração pública deve sempre priorizar a execução de serviços com ótima qualidade, 
respeitando os princípios administrativos e fazendo uso correto do orçamento público, 
evitando desperdícios. 
 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham 
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo 
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
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declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) 
 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, 
por igual período; 
 
 IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado 
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre 
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; 
 
 V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo 
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, 
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de 
direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 
 
 VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas 
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público; 
 
 X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em 
cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento) 
 
 XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e 
dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, 
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra 
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos 
Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, 
o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos 
por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no 
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos 
Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003) 
 
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