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Relatórios - APH

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO
INSTITUTO DE BIOTECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
 DOCENTE: Prof. Dr. Roberto de Souza
 DISCENTE: Fernanda Caroline Lacerda de Souza 
 MATRÍCULA: 202101902 
 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 
RELATÓRIOS
CATALÃO
2021
RELATÓRIO 1 
 CONVULSÃO
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), define-se como crise convulsiva a ocorrência de sintomas consequentes de descargas excessivas e desordenadas de impulsos elétricos cerebrais, que podem ser parciais, quando apenas uma parte do cérebro recebe a descarga, ou generalizados, quando atinge todo o cérebro. Acontece devido a um aumento excessivo e desordenado da atividade elétrica das células cerebrais, nesse caso os neurônios. Além disso, considera-se que entre cinco e 10% da população apresenta um episódio de crise convulsiva durante a vida, sendo a maior frequência entre crianças e idosos.
As crises convulsivas podem ser de três tipos, sendo elas a generalizada (quando ocorrem em redes de distribuição bilateral e as envolvem rapidamente); as focais (que se originam em um hemisfério do cérebro); e as desconhecidas (que incluem espasmos epilépticos, sendo assim denominas devido a dados incompletos).
As crises podem ser provocadas por causas identificadas (como intoxicação por drogas ou produtos químicos; febre alta; desidratação; distúrbios metabólicos; alteração da pressão arterial; perda de sangue; abstinência de drogas, lesões neurológicas; hemorragias; tumores; falta de oxigenação no cérebro; efeitos colaterais provados por medicamentos; ou doenças como epilepsia, tétano, meningite e tumores cerebrais), ou por causas ainda não conhecidas pelo paciente, chamada convulsões idiopáticas, resultando em contrações involuntárias de vários músculos do corpo. Estas, são significativamente mais frequentes. Dessa maneira, as crises convulsivas nem sempre estão associadas à epilepsia. 
Geralmente, podem durar segundos, mas também podem se estender por 2 a 5 minutos e acontecer várias vezes seguidas. São capazes também pode ocasionar perda temporária de consciência, aumento da salivação, ranger de dentes, perda do controle do processo urinário e defecação. Existem sintomas que podem aparecer antes de uma crise convulsiva, como perda de consciência seguida por queda, saída de líquido ou espuma pela boca, espasmos musculares, lábios azulados, movimentos oculares rápidos e súbitos, perda do controle esfincteriano da bexiga ou intestino. 
É bastante comum as pessoas se assustarem ao se depararem com alguém tendo uma crise convulsiva e, por isso, sentem medo em dar o auxílio necessário. No entanto, para a pessoa que sofre a convulsão a ajuda é muito importante, posto que durante o processo convulsivo há grande risco de lesões em decorrência da perda de consciência, podendo haver queda desprotegida ao chão, resultando em ferimentos ou até mesmo fraturas.
Deve-se lembrar que a crise convulsiva não é contagiosa e nem transmissível. Assim, não existe risco para quem auxilia um indivíduo nesta situação. É um processo bastante simples auxiliar uma pessoa durante tais crises, entretanto é fundamental saber o que se deve ou não fazer neste momento. Dessa maneira, o primeiro passo ao presenciar tal situação é tentar manter a calma e ligar para um serviço de emergência. Além disso, prestar atenção no que acontece com a vítima durante e após a crise. Essa atitude é bastante importante para os socorristas e para o posterior tratamento médico. 
O primeiro passo na conduta é colocar a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirar de perto objetos que ela possa se machucar, como pulseiras e relógio; levantar o queixo para facilitar a passagem de ar; afrouxar as roupas; manter deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva, caso esteja salivando em excesso; e deixar descansar quando a crise passar. 
	No adulto jovem, é fundamental procurar por sinais de trauma, consumo de drogas ou envenenamento. 
Já no adulto acima de 35 anos, um provável diagnóstico de um primeiro evento de crises convulsiva é a doença cerebrovascular (AVE, ataque isquêmico transitório). Assim, devem ser afastadas como causas também frequentes o tumor cerebral, distúrbio metabólico e uso de álcool. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, não se deve introduzir objetos na boca do paciente durante as convulsões. Deve-se proteger a vítima de traumatismos e evitar sua contenção, para não produzir ou agravar lesões músculo-esqueléticas. 	Contudo, é fundamental saber-se também o que não se deve fazer durante uma crise. Não é recomendado tentar acordar; jogar água; segurar ou chacoalhar a pessoa; tentar impedir a crise; dar tapas; jogar água; dar medicamentos durante a crise – ela pode se engasgar. Objetos não devem ser introduzidos na boca da pessoa, pois ela pode se engasgar e causar ferimentos, como dentes lascados ou fraturas de mandíbula; não pode colocar a mão dentro da boca da vítima, pois as contrações musculares durante a crise convulsiva são muito fortes e inconscientemente a pessoa pode morder. 
	Convulsão febril é a desordem neurológica mais comum em lactentes e crianças pequenas, e ocorre em 2 a 5% dos menores de cinco anos. Após a primeira crise febril, cerca de 2/3 das crianças não terão mais crise. É um tipo de convulsão generalizada, com perda da consciência da criança, abalos generalizados nos braços e pernas, virada dos olhos para cima e dificuldade de respiração. Normalmente dura poucos minutos, sempre em crianças pequenas, associada à rápida elevação da temperatura corpórea (febre) devido a alguma infecção. Dessa maneira, é uma resposta do cérebro desta criança à condição e à velocidade de elevação da febre! No caso de crianças, casa haja febre alta, o ideal é dar um banho morno de imersão, por cerca de dez minutos. É muito importante aferir a temperatura da criança no momento do quadro, além de não tentar reduzir a febre com remédios, pois estes podem ser fonte de engasgo ou aspiração. Deitar a criança envolvê-la na toalha, e chamar imediatamente um médico. É muito importante saber que quem presta os primeiros socorros deve conhecer suas próprias limitações, pois não substitui o médico. 
Desse modo, deve-se ter sempre à mão os números de atendimento de emergência. Além disso, deve-se observar alguns aspectos, como o tipo de movimento do corpo que ocorre durante a crise, o tempo de duração da convulsão, como a pessoa agiu após o ataque, e a existência de lesões. É indispensável chamar o socorro mesmo que a convulsão pare, além da ida até o hospital para um exame médico-pediátrico detalhado, a fim de verificar o que causou a febre e instituir o tratamento necessário. Um ponto a ressaltar é que se deve manter sempre a calma e lembrar-se que, após a crise, a criança pode ficar sonolenta e acordar aos poucos. Apesar de assustador para os pais no momento da crise, geralmente os pacientes não têm nenhuma lesão cerebral, retardo de desenvolvimento, inteligência ou dificuldades de aprendizado. Também é importante frisar que um episódio de convulsão febril não significa epilepsia futura, pois a chance é de cerca de 1%, ou seja, muito pequena.
Em suma, as pessoas precisam manter a calma. Uma ação incorreta pode incorrer lesões para a própria vítima ou para quem está a socorrendo. Dentro das empresas, é necessário que exista um corpo de socorristas para este tipo de situação. O devido atendimento de um médico é indispensável e salva vidas. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10. ed. v.4. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010.
COORDENAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS E POLÍTICAS DE SAÚDE– CODEPPS, Manual de prevenção de acidentes e primeiros socorros nas escolas, 2007.
Ministério da Saúde e Confederação Nacional dos Transportes. Desmaio e convulsão: você sabe agir em caso de convulsão? (Folder impresso)
Organização Mundial da Saúde. (2011, 5 de janeiro). Um relatório sobre saúde.
THE LANCET. Medical causes of seizures. Disponível em: <https://www.thelancet.com/pdfs/journals/lancet/PIIS0140673698021588.pdf>. Acesso em 07 nov 2021
AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Seizures Overview. Disponível em: <https://www.aap.org/en-us/Documents/echo_session%201_seizures_overview.pdf>. Acesso em 07 nov 2021
INTERPREV. Manual de Formação: primeiros socorros âmbito laboral. 2015. 22.
CDC. Types of Seizures. Disponível em: <https://www.cdc.gov/epilepsy/about/types-of-seizures.htm>. Acesso em 07 nov 2021
RELATÓRIO 2
 ATENDIMENTO À VÍTIMA DE CHOQUE ELÉTRICO
O choque elétrico é uma das causas mais comuns de acidentes no mundo, e uma das mais perigosas. É o resultado da passagem de uma corrente elétrica pelo corpo, e pode provocar graves consequências, como queimar tecidos internos e externos e causar danos aos órgãos. É muito importante saber o que fazer em caso de choque elétrico, porque além de ajudar a evitar danos para a vítima, como parada cardíaca ou queimaduras graves, ajuda também a proteger quem que faz o salvamento contra os perigos da energia elétrica. Dessa maneira, os primeiros socorros devem ser iniciados o mais rapidamente possível, evitando que a corrente elétrica cause danos no organismo e resulte em complicações graves. 
 Existem uma variedade de coisas pode causar choque elétrico, incluindo linhas de energia; relâmpago; maquinaria elétrica; armas elétricas, como Tasers; eletrodomésticos; tomadas elétricas e etc. Embora os choques em eletrodomésticos sejam menos graves, podem rapidamente se tornar graves se uma criança mastigar um cabo elétrico ou colocar a boca na tomada. Dessa maneira, perigo de um choque elétrico depende de quão alta é a voltagem, de como a corrente percorre o corpo, da saúde geral da pessoa e a rapidez com que esta é tratada.
Os choques elétricos são capazes de causar queimaduras e deixar marcas visíveis na pele. Em ambos os casos, pode causar danos internos, parada cardíaca ou outras lesões. É fundamental saber que sob certas circunstâncias, mesmo que a quantidade de eletricidade seja pequena, pode ser fatal.
Desta maneira, os primeiros socorros são:
a) Cortar ou desligar a fonte de energia, sem tocar a vítima;
b) Afastar a pessoa da fonte elétrica que estava provocando o choque, usando materiais não condutores e secos como a madeira, o plástico e borracha;
c) Chamar uma ambulância, ligando para o 192;
d) Observar se a pessoa está consciente e respirando normalmente;
· Caso esteja consciente: acalmar a vítima até que a equipe médica chegue;
· Se estiver inconsciente, mas respirando: deitá-la de lado, colocando-a em posição lateral de segurança;
· Se estiver inconsciente e não respirando: iniciar a massagem cardíaca 
e) Continuar fazendo o passo anterior até a chegada do atendimento pré-hospitalar.
Com o tempo as chances de salvamento da vítima eletrocutada diminuem, e a partir do 4º minuto de ter recebido o choque elétrico as chances de sobrevivência são inferiores a 50%. Assim, os primeiros socorros devem ser iniciados o mais rápido o possível, principalmente o primeiro passo, para evitar complicações graves que a corrente elétrica provoque no organismo.
Quando a corrente é muito alta, além do risco de morte, o choque elétrico pode afetar o corpo de outras formas, como:
1. Queimaduras
Grande parte dos acidentes com choques elétricos provocam queimaduras pequenas na pele do local do choque, porém, quando a voltagem é muito grande, o excesso de eletricidade pode afetar os órgãos internos.
Quando a eletricidade chega até os órgãos internos, provoca graves problemas no seu funcionamento e, por isso, a pessoa pode necessitar fazer tratamento para insuficiência renal, cardíaca ou de outro órgão afetado, por exemplo.
2. Problemas cardíacos
Quando uma pequena corrente elétrica atravessa o peito e consegue chegar até ao coração pode provocar uma fibrilhação auricular, que é um tipo de arritmia cardíaca que deve ser tratada no hospital para evitar colocar em risco a vida da vítima.
Quando corrente elétrica é muito alto, como no caso de postes de alta tensão, a corrente interfere com a atividade elétrica do coração e para o músculo, provocando uma parada cardíaca que pode levar a óbito.
3. Lesões neurológicas
Todas as correntes elétricas podem afetar os nervos de alguma forma. Quando existem choques repetidos ou muito fortes, a estrutura dos nervos pode ficar afetada, resultando em neuropatia, que pode provocar dor ou dormência nas pernas e braços, dificuldade para mexer os músculos ou tonturas frequentes.
Ademais, existem observações que devem ser frisadas quando ao que não fazer. Por exemplo, não se deve tocar na pessoa ferida se ela estiver em contato com a corrente elétrica. Não ficar perto dos fios de alta tensão até que a energia seja desligada. Deve-se ficar pelo menos 6 metros de distância, e o mais longe o possível se os fios estiverem pulando e provocando faíscas. Outro ponto a ser enfatizado é que não se deve mover uma pessoa com ferimentos elétricos, exceto se ela estiver em perigo imediato.
No caso de um acidente assim, o número de emergência para a prestação de socorro deve ser acionado caso haja queimaduras graves; confusão; arritmias, dor muscular e contrações, perda de consciência; convulsões; parada cardíaca e dificuldade para respirar. No caso de parada cardiorrespiratória, é essencial começar a RCP se a pessoa não mostrar sinais de circulação (respiração, tosse ou movimento). Também deve-se tentar impedir que a pessoa ferida se resfrie. Outro ponto importante é a aplicação de curativos nas áreas queimada com gaze estéril, se disponível, com um pano limpo. Não é indicado o uso de cobertores e toalhas, pois as fibras soltam podem grudar nas feridas. 
Sabe-se que alguns choques elétricos podem ter efeitos a longo prazo, tendo um impacto duradouro na saúde. Queimaduras graves, por exemplo, podem deixar cicatrizes permanentes. Se a corrente elétrica passa pelos olhos da vítima, esta pode ficar com catarata. Choques também podem ser a causa de dor contínua, dormência, formigamento e fraqueza muscular. Isso ocorre devido a lesões internas. 
No caso de crianças que sofrem lesões nos lábios ou se queimam ao mastigar um cordão, também pode haver sangramento intenso quando a crosta cair. É normal, devido a quantidade de vasos sanguíneos nos lábios.
Em suma, considera-se que choques elétricos são causas comuns de acidentes no mundo, e uma das mais perigosas. Resultam da passagem corrente elétrica pelo corpo, e provocam graves consequências, como queimar tecidos internos e externos e danos aos órgãos. É muito importante saber o que fazer em caso de choque elétrico para ajudar a evitar danos para a vítima, como parada cardíaca ou queimaduras graves, e também a proteger quem que faz o salvamento contra os perigos da energia elétrica. Dessa maneira, os primeiros socorros devem ser iniciados o mais rapidamente possível, evitando que a corrente elétrica cause danos no organismo e resulte em complicações graves, visando sempre salva a vida da vítima e priorizando também a vida de quem está socorrendo. 
De acordo com uma pesquisa da Abracopel, grande parte dos acidentes com choques elétricos ocorreram nas residências, local que, teoricamente, as pessoas se sentem mais seguras. Conforme o levantamento, foram dentro dos lares 133 acidentes e 116 mortes. Dessa forma, é muito importante a disseminação do conhecimento de técnicas de atendimento pré-hospitalar, para que o indivíduo saiba como agir ao se deparar com tal situação. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL. Indicadores de Segurança do Trabalho e das Instalações. Disponível em: http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/IndicadoresSegurancaTrabalho/pesquisaGeral.cfmAcesso em: 08 de novembro de 2021. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA OS PERIGOS DA ELETRICIDADE – ABRACOPEL. Anuário Estatístico brasileiro dos acidentes de origem elétrica. 2017. Disponível em: http://www.abrinstal.org.br/docs/abracopel_anuario18.pdf Acesso em 08 de novembro de 2021.
 BARROS, Benjamim Ferreira de; et al. NR-10: Guia Prático de Análise e Aplicação. 1ª Edição. Ed. Érica. São Paulo, 2010 BESSA, G. NR-10 Choque Estático e Choque Dinâmico. 2017. Disponível em: https://pt.linkedin.com/pulse/nr10-choque-est%C3%A1tico-e-din%C3%A2mico-giovanni-bessa Acesso em 08 de novembro de 2021
 BORTOLUZZI, H. Choque elétrico. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.
RELATÓRIO 3 
ATENDIMENTO À CRIANÇA ACIDENTADA
Atualmente, causas externas como acidentes e violência representam em nosso país a principal causa de morte de crianças e adolescentes na faixa etária de 5 a 19 anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde de 1995, publicados em 1998, os traumas contribuem com cerca de 57% do total de mortalidade na faixa de O a 19 anos, sendo que os acidentes de transporte representaram 30% deste total. A região sudeste do país possui o maior número de mortos, seguida da região nordeste. 
No Brasil, os atropelamentos, quedas e afogamentos são os principais traumas que levam a morte, porém as violências (homicídios, suicídio) na faixa da adolescência assumem um papel de destaque sobre as demais. Quedas são também uma causa comum de traumatismo na infância, ocorrendo geralmente em crianças menores. A vitimização é um problema significativo que exige atenção dos pediatras que atendem crianças acidentadas no ambiente doméstico. O aumento de crimes violentos aumentou também o número de traumatismos penetrantes em crianças. Atualmente sete em cada dez adolescentes, morrem por causas externas. 
Quando o índice de mortalidade e plotado em função do tempo após a lesão, aparecem três picos: Primeiro pico - Mortes imediatas que ocorrem na primeira hora e são causadas por lacerações do cérebro, tronco cerebral, medula espinal, coração e grandes vasos.
 Segundo pico - Mortes precoces que ocorrem nas primeiras 4 horas e geralmente são causadas por hemorragia intensa resultante das lesões no sistema respiratório, órgãos abdominais e sistema nervoso central. Quase todas as lesões deste grupo são consideradas tratáveis pelos procedimentos médicos. 
Terceiro pico - Mortes tardias. As pessoas morrem dias ou semanas após o trauma. Em quase 80% dos casos, a morte e causada por infecção ou falência de múltiplas de órgãos. Crianças que vêm a óbito logo após o acidente, geralmente apresentam comprometimento das vias aéreas, cheque hipovolêmico e lesão do sistema nervoso central. A abordagem das vias aéreas é o componente mais crítico da reanimação inicial de uma criança traumatizada. No trauma cranioencefálico, é de suma importância a ventilação e oxigenação adequadas com o fito de minimizar lesões cerebrais. 
De acordo com o Suporte Avançado de Vida em Pediatria, da American Heart Association , o atendimento inicial da criança politraumatizada obedece a sequência "ABCDE", sendo:
A = "airway" = vias aéreas 
B = "breathing" = respiração
C = "circulation" = circulação 
D = "disability" = avaliação neurológica 
E = "exposure" = exposição
VIAS AÉREAS 
A principal ação no atendimento a criança vítima de trauma é a abordagem de suas vias aéreas. A criança possui anatomia diferente em comparação a um adulto, tornando mais difíceis a manutenção das vias aéreas permeáveis e a intubação traqueal. O estabelecimento de via aérea permeável com proteção simultânea da coluna cervical é muito difícil na criança vítima de politraumatismo. As vias aéreas são obstruídas facilmente por corpos estranhos como sangue, muco e fragmentos de dente, e devem ser limpas e aspiradas com cuidado, eventualmente com pinças adequadas. As lesões de coluna cervical são menos comuns em crianças, pois a coluna é mais elástica e móvel do que a do adulto e as vertebras são menos rígidas, menos predispostas a fraturas. Ainda assim, há grande risco, porque as crianças estão sujeitas a maiores forças aplicadas ao pescoço durante o processo de aceleração-desaceleração, que ocorre principalmente em acidentes automobilísticos e quedas de altura. O risco aumenta, porque a cabeça da criança é proporcionalmente maior do que a cabeça do adulto e tem efeito de impulsionar a criança. Desse modo, ocorrem traumatismo craniano e lesão medular simultâneo. Se a criança está imobilizada de forma correta e com colar cervical, a intubação endotraqueal pode ser feita por uma pessoa. Caso contrário, se a criança está agitada ou se existem dúvidas da efetividade da imobilização cervical, uma pessoa deve estabilizar o pescoço e outra deve realizar a intubação. 
Na criança, a intubação deve sempre ser precedida por ventilação com bolsa-máscara e oxigenação. Se está consciente, podem ser necessários a administração de bloqueador neuromuscular de ação curta com sedação ou anestesia, evitando o aumento de pressão intracraniana. Em crianças vítimas de traumatismo, a cricotireoidostomia pode ser necessária na presença de traumatismo facial grave. A via aérea deve ser mantida totalmente permeável, e a coluna cervical imobilizada em posição neutra. A movimentação do pescoço deve ser evitada após manutenção da via aérea e estabilização da coluna cervical. São indicações para intubação endotraqueal da criança vítima de politraumatismo: - Parada respiratória - Falência respiratória (hiperventilação, hipoxemia arterial apesar da suplementação de oxigênio e acidose respiratória) - Obstrução de vias aéreas.
 RESPIRAÇÃO 
A efetividade da ventilação e oxigenação deve ser constantemente avaliada, observando-se expansibilidade simétrica e ausência de cianose. A criança traumatizada deve receber oxigenação suplementar na maior concentração possível por meio de máscara. Se a respiração não for eficaz, deve-se instituir ventilação assistida com bolsa-máscara com reservatório para oferecer oxigênio a 100%. Tal assistência deve eventualmente ser seguida por intubação endotraqueal. A ventilação da criança pode estar comprometida por distensão gástrica, diminuindo a mobilidade do diafragma e aumentando o risco de vômitos e aspiração. Dessa forma, deve-se ser inserida uma sonda naso ou orogastrica e controlada a ventilação.
CIRCULAÇÃO 
 
A manutenção da circulação requer: controle de hemorragias externas, suporte da função cardiovascular e perfusão sistêmica, restauração e manutenção de volume sanguíneo adequado. Intervenção cirúrgica pode ser necessária para resolução de hemorragias internas, e o controle de hemorragias externas pode ser feito com aplicação de compressas sob pressão diretamente sobre os ferimentos. A ausência de diagnóstico e tratamento de sangramentos internos são a principal causa da morte passível de ser evitada em criança politraumatizada.
Os sinais de choque podem ser observados imediatamente ou podem ter evolução lenta, seguindo ao traumatismo. Se a hemorragia aguda excede a 15% do volume sanguíneo, sinais de falência circulatória (taquicardia, diminuição dos pulsos periféricos, aumento do tempo de enchimento capilar e extremidades frias) serão observados. É importante frisar que a hipotensão não ocorre antes da perda aguda de 25 a 30% ou mais do volume sanguíneo (BRICCIUS e MUROFUSE, 2004). Dessa forma, deve-se observar cuidadosamente a perfusão e a reanimação deve ser iniciada caso haja comprometimento na perfusão sistêmica. Assim, deve ser providenciado o acesso vascular rapidamente.
AVALIAÇÃO NEUROLOGICA 
Deve-se avaliar as pupilas quanto ao tamanho, simetria e resposta a luz. O nível de consciência é avaliado através da correlação com a escala de coma de Glasgow. Índices que são iguais ou menores que 8 estão relacionados com mortalidade de 40% e sequelas neurológicas graves.
EXPOSIÇÃO
 É essencial a retirada da roupa, pois permite um exame completo de todos os segmentos corpóreos e facilita a realização dos procedimentos. A criança,principalmente o lactente, sofre rápida perda de calor por ter uma maior superfície corpórea em relação ao peso, e exige o monitoramento da temperatura. A queda da desta leva ao aumento do consumo do oxigênio e vasoconstrição periférica. Durante o atendimento, são importantes a temperatura ambiente adequada e utilização de calor radiante ou cobertores elétricos.
 TRANSPORTE DA CRIANÇA POLITRAUMATIZADA
 	O objetivo básico do transporte é fornecer atendimento médico adequado em menor tempo possível, priorizando as condições de segurança, assegurando a permeabilidade das vias aéreas, acesso venoso apropriado e monitorizando parâmetros vitais. 
Estima-se que cerca de 40% das mortes de crianças, ocorrem entre o acidente e sua chegada ao hospital, apresentando causas tratáveis. Tais mortes poderiam evitadas com uma atuação em tempo adequado e com particular atenção aos cuidados com as vias aéreas e controle da hemorragia em nível pré-hospitalar. 
Dessa forma, é nítido que o enfermeiro que atua no atendimento pré-hospitalar deve estar treinado para orientar e para aplicar de todas as formas e condições para o melhor atendimento para a promoção da melhora do quadro da criança vítima de trauma. Assim, tal trabalho contribuirá para todos os profissionais de enfermagem ter um conhecimento de como a situação do atendimento pré-hospitalar que envolve a criança como vítima de trauma, é um trabalho cauteloso e mais humanizado, onde envolve a fragilidade de uma criança. Em suma, a falta de cuidado e atenção dos pais tornam as crianças mais vulneráveis a acidentes. A recuperação do trauma da criança com TCE depende de vários fatores como: hipotensão, hipóxia, hipovolemia e convulsões. Raramente o TCE leva à morte por si só. 
 Quando estamos diante de uma situação e temos que lidar, coordenar, liderar e ter que muitas vezes tomar decisões imediatas diante quanto tem como vítima como criança em situação de atendimento de urgência, vale nosso conhecimento, prática, rapidez, técnica e decisão. O conhecimento nessa hora, mostra a capacidade de agir, e colocar em prática as habilidades em APH. Ao se tratar de uma vítima infantil, requer um emocional mais apurado e atencioso. Tratando-se de criança onde estará sendo cuidada por desconhecido, é fundamental o enfermeiro a sua liderança de equipe, pois em muitos casos o médico não está presente, somente por rádio ou casos extremamente graves de resgate e APH. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRICCIUS, Márcio e MUROFUSE, Neide Tiemi, 2004. Atendimento de crianças realizado pelo SIATE de Cascavel no ano de 2004. Revista Eletrônica de Enfermagem. 2008;10(1):152-166. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n1/v10n1a14.htm Acesso em: 10 nov 2021
GOIÁS, Corpo de Bombeiros Militar do Estado. Manual operacional de bombeiros: resgate pré-hospitalar. Goiânia: - 2016. Disponível em: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DERESGATE-PR%C3%89-HOSPITALAR Acesso em 10 nov 2021
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ATENDIMENTO INTEGRADO AO TRAUMATISMO (SBAIT). O que é trauma? 2014. Disponível em: http://www.sbait.org.br/trauma.php. Acesso em 10 nov 2021
RELATÓRIO 4
ATENDIMENTO AO SUPORTE BÁSICO COM GESTANTES
Introdução
 A gravidez dura um período de aproximadamente 40 semanas de gestação, indo da concepção até o nascimento, sendo divido em três semestres. O primeiro termina por volta da 12ª semana de gestação, o segundo é um período um pouco mais longo que os outros dois que termina por volta da 28ª semana (PHTLS, 2007).   Antigamente não eram comum gestantes vítimas de trauma, mas atualmente tem se tornado um problema cada vez mais comum e aumenta as estatísticas cada dia mais, principalmente nos centros urbanos, sendo mais comuns acidentes automobilísticos e armas de fogo. Tais tipos de acidentes proporcionam mortes maternas e perinatal, e poderiam ser evitadas, visto que necessitam de ações preventivas primária por parte das pessoas, dos fabricantes de veículos, e treinamento da equipe de saúde que trata de urgências e emergências às gestantes vítimas de trauma (COSTA, RAMOS; SERRANO, 2005).    
As causas de mortes maternas têm tido muitas mudanças nas últimas décadas, e essa frequência vem diminuindo apesar de ainda estar alta, devidos aos cuidados com pré-natais, no parto e na diminuição de mortalidade por complicações como hipertensão, hemorragia e infecção.     O atendimento a gestante não deve ser diferente de pessoas não gestantes, mas necessitam de uma atenção especial devido às alterações fisiológicas que ocorrem durante a gestação. Dessa forma, são fundamentais mais pesquisas sobre o tema, para que profissionais e acadêmicos da área da saúde tenham mais informações sobre o atendimento adequado a gestante traumatizada, pois o assunto é pouco discutido e às vezes tratado com negligência pelos mesmos. Diante disso, o objetivo da pesquisa foi analisar produções científicas sobre trauma gestacional e suas particularidades, inclusive suas condutas no atendimento. 
    Na gravidez ocorrem alterações como: 
· O volume sanguíneo aumenta cerca de 30 a 40% através de um mecanismo compensatório de perda do sangue em decorrência do parto, 
· os batimentos cardíacos aumentam em torno de 15 a 20% acima do valor normal,
· a pressão arterial aumenta de 10-15 mmHg já no segundo trimestre diminui de 5-15 mmHg, no final da gestação voltam ao normal, 
· o debito cardíaco aumenta cerca de 1 a 1,5 litros por minuto (PHTLS, 2007).
· O metabolismo e o consumo de oxigênio aumentam cerca de 20% durante a gestação, em decorrência das maiores necessidades metabólicas das mamas, útero, placenta e do crescimento fetal. Há maior trabalho respiratório e muscular devido a modificação no peso materno.
·     A gestação aumenta o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular ocorrem ainda queda dos níveis plasmáticos de creatina e ureia pela metade dos valores normais.
Tipos de trauma
Existem dois tipos comuns de trauma que podem ser perigosos para a mãe e para o seu feto: os que são provocados por objetos contundentes e por objetos penetrantes. Trauma abdominal contuso: causado geralmente por veículos motorizados, quedas e agressão direta sobre o abdômen; hemorragias retro perineais graves secundária a trauma. Esse tipo de trauma acomete mais mulheres grávidas do que não grávidas devido ao tamanho do órgão pélvico e ao maior fluxo sanguíneo na área afetada. O intestino delgado é pouco abalado no trauma abdominal, pois as alças intestinas estão protegidas pelo útero. As lesões cranianas no feto são comuns devido a fraturas na pelve materna no final da gestação quando o feto já se encontra em posição cefálica. O trauma diretamente no feto é pouco comum porque o líquido amniótico serve como proteção e amortece as forças do trauma.
 Trauma abdominal penetrante deve ser investigado em qualquer caso, pois se trata de ferimentos por arma de fogo ou arma branca. Nesses tipos de trauma a morbidade e mortalidade fetal e materna são bem diferentes. As chances de traumas penetrantes e fechados são mais frequentes em gestantes pela protuberância aumentada do abdômen quando o útero se torna elevado por ser um órgão abdominal.
Avaliação no atendimento à gestante
    No atendimento, as prioridades são as mesmas da paciente não gestante, e demanda um acesso rápido aos ferimentos. Existem algumas peculiaridades no atendimento à gestante. É preciso considerar além da presença do feto, as mudanças fisiológicas e anatômicas durante a gravidez, e que se mostram mais claros no terceiro trimestre e que podem alterar vários parâmetros morfológicos. O atendimento “A gestante traumatizada é uma paciente singular, pois são vítimas duas pessoas simultaneamente” (PEREIRA JÚNIOR et al., 1999, p. 282).
    “A sequência de prioridades que deve ser observada no atendimento da grávida traumatizada consiste em: vias aéreas com proteção da coluna cervical, respiração e ventilação, circulação com controle de hemorragia, incapacidade, estado neurológico e exposição com prevenção da hipotermia. Em seguidadeve ser feito exame físico completo da cabeça aos pés e reavaliação dos sinais vitais. Apenas deve ser iniciada a avaliação secundária quando as medidas de reanimação tiverem sido adotadas e houver tendência de normalização das funções vitais”. (CORSI; RASSLAN, 2004).
Durante a avaliação inicial, deve-se obter uma caracterização geral do ambiente e da paciente. Deve-se procurar o mecanismo do trauma e tentar determinar quais os danos causados. Mantenha as via aérea permeáveis e respiração, procure sinais de hemorragia externa. Mantenha a gestante aquecida. O perigo maior para mãe e feto é o sangramento que pode levar ao choque. 
    A avaliação secundária da gestante traumatizada segue à mesma sequência usada na avaliação da paciente não gestante. É necessária uma avaliação da altura, irritabilidade e sensibilidade uterinas, assim como a frequência cardíaca e os movimentos fetais. A presença de contrações uterinas indicam trabalho de parto prematuro. Contrações uterinas tetânicas, associadas a sangramento vaginal, traduzem descolamento prematuro de placenta normalmente implantada. É recomendado a avaliação primeiro da mãe e em seguida a do feto, para que depois possa realizar a avaliação secundária materna.
    Durante o atendimento a gestante que for imobilizada em prancha deve ser mantida a prancha ligeiramente levantada para o lado direito, visto que o feto pode pressionar a veia cava inferior dificultando o retorno venoso de sangue para o coração, causando um fenômeno denominado síndrome da hipotensão supina, atingindo seriamente o feto. 
    No caso de uma paciente grávida em parada cardiorrespiratória traumática que foi seriamente lesionada durante a segunda metade da gravidez, há duas vidas a serem salvas. Pode não ser possível o salvamento de ambas, mas por vezes, o feto pode ser salvo mesmo que com a mãe não possa falecer. Todas as tentativas de ressuscitar a mãe devem ser iniciadas no local e mantidas durante o transporte. Desfibrilar, se preciso. Preparar para cesárea de emergência, tentando fazer com que o feto nasça vivo. Apenas deve ser interrompida a gravidez com o feto inviável quando o útero interferir no tratamento das lesões maternas. Devem ser levadas em conta as circunstâncias que antecedem a parada cardíaca materna, a idade gestacional, a possibilidade de sobrevivência fetal, o intervalo entre a parada cardíaca e o nascimento e a disponibilidade de material e pessoal treinado para o atendimento do recém-nascido. A ressuscitação neonatal deve estar disponível no DE. A morte cerebral materna pode necessitar de apoio ventilatório e hemodinâmico até que o feto esteja suficientemente maduro para sobreviver após o nascimento por cesárea.
  
 Complicações
  	 Durante a gestação o trauma aumenta risco de aborto, parto prematuro, descolamento de placenta, ruptura uterina e hemorragia feto-materna, podendo relacionar com índice elevado de morte fetal. O útero gravídico e a placenta são muito vascularizados, o que pode provocar hemorragia intensa. A idade gestacional tem relação com a intensidade de agressão materno-fetal e o tipo de gravidade do trauma. A principal causa é a hemorragia. 
    Diante do conteúdo estudado sobre trauma na gestação, é nítido e que o atendimento à gestante deve ter ênfase prioritária e diferente na hora de avaliar o padrão de lesão, porque a grávida apresenta alterações fisiológicas e anatômicas decorrentes da gestação, e que não devem ser confundidas como uma consequência do trauma. Ressalta-se a importância das ideias expostas em contribuir na sensibilização e preparação dos profissionais de enfermagem e acadêmicos da área, no sentido de saber proceder de forma correta frente a um caso de trauma gestacional. Deve-se frisar a necessidade de mais estudos sobre essa problemática, para que se consolide o conjunto de conhecimentos científicos na área e seu progresso continue.
Referências Bibliográficas
BERGERON, J. D. et al. Primeiros Socorros [Tradução Maria Alice Fortes, Kazuko Uchikawa Graciano]. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. 608 p.
CABANAS, A. et al. Prevenção de acidentes cotidianos durante a gestação. XI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba, p. 1636-1639. 2007.
CORSI, P. R.; RASSLAN S.. Traumas na Gestante. In: PIATO, Sebastião. Urgências em Obstetrícia. 1ª ed. São Paulo: Artes médicas, 2004. Cap. 12, p. 151-162.
COSTA, S. H. M.; RAMOS, J. G. L.; SERRANO, Y. L. G.. Trauma na gestação. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 27, n. 9, p. 505-508, Sept. 2005.
FRAGA, G. P. et al. Trauma abdominal em grávidas. Rev. Bras. Ginecol. Obstet, São Paulo, v. 27, p. 541-547, 2005.
PEREIRA JÚNIOR, G. A. et al. Atendimento à gestante traumatizada. Medicina, Ribeirão Preto, v. 32, p. 282-289, jul/set. 1999.
OMAN, K. S; MCLAIN, J. K.; SCHEETZ, L. J. Segredos em enfermagem de Emergência: Respostas necessárias ao dia-a-dia. Ed: São Paulo, Artmed, 2003. 368 p.
PHTLS. Atendimento Pré-hospitalar ao traumatizado: Básico e avançado. 6º Ed: Rio de Janeiro, Elsevier, 2007, 596 p.
RELATÓRIO 5
ATENDIMENTO AO SUPORTE BÁSICO DE VIDA AO IDOSO
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), idoso é o indivíduo com 65 anos ou mais. Para a OMS, a expectativa de vida do idoso tem aumentado bastante desde o ano 2000, porém existem grandes desigualdade entre os países, segundo o relatório “World Health Statistics: Monitoring Health for te SDGs”, de 2017. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diz que entre 2010 e 2050, o grupo de maiores de 60 anos irá triplicar, passando de 19,6 milhões para 66,5 milhões.
Deve-se ficar atento quando à influência das comorbidades, visto que, quanto maior a idade, maior a possibilidade de doenças pré-existentes, tendo esse uma relação direta com a taxa de mortalidade. Vale ressaltar, que, idosos costumam ter mais de uma doença pré-existente. Algo importante a se considerar, é o mecanismo do trauma. A queda é a principal deles. Logo após, vem os incidentes com veículo automotor; atropelamento; suicídio; abuso e maus tratos. 
	A fisiopatologia do envelhecimento é um tema bastante importante a ser estudado. No idoso, a função vital, a capacidade total respiratória podem cair até 30%. Assim, devemos entender se essa condição se deve ao trauma ou à fisiopatologia do envelhecimento. Há diminuição da visão, tato, sensibilidade do olfato e paladar, discriminação de cor, resposta da pupila, diminuição da massa como um todo. Assim, por ter uma massa menor, o abdome tem maior facilidade de sofrer lesões. No idoso, há uma probabilidade maior de insuficiência cardíaca também. Devido a alteração da elasticidade da pele, há também a questão da termorregulação, que pode causar hipotermia no paciente. 
	Na avaliação do idoso e manejo nas primeiras intervenções, também é necessário ficar atento quanto à avaliação da cena, e saber se o idoso caiu em casa; se está usando muito medicamento (perigo de intoxicação); uma combinação de medicamento que provocou tontura e levou à queda; observar se está sendo bem cuidado ou está havendo maus tratos; verificar se há preocupação por parte da família; se ele mora sozinho e etc. 
	A comunicação também é fundamental, visto que idosos costumam ter problemas de audição. Assim, geralmente é preciso falar mais alto e dar devida atenção a ele. No momento de atendimento, é importante falar com a família sem deixar esse paciente de lado, pois ele pode achar que o socorrista/enfermeiro/médico está ignorando-o. É muito importante ouvir o que o idoso tem a dizer. Ninguém melhor do que ele para dizer o que ele está sentindo. 
	Durante a avaliação primária, deve-se estar atento quanto à obstrução de vias aéreas, visto que esse tipo de paciente tem maior facilidade para obstruir. Podem haver dentes soltos, pontes, próteses dentárias e etc. Alguns idosos também são muito resistentes à dor. Devido já estarem acostumados às doenças que provocam muita dor, eles perdem a noção quando a dor ser devido ao trauma, ou às doenças.Na avaliação secundária e reavaliação, fazer o exame da cabeça aos pés é fundamental, tendo noção das possíveis alterações vitais com base nas comorbidades, por exemplo, a frequência respiratória, cardíaca, e a pressão arterial. As comorbidades podem alterar esses valores e não ser exatamente do trauma. Outro exemplo a ser considerado é a saturação sanguínea, que pode estar abaixo do normal, porém se o paciente for DPOC, a referência de saturação para ele será normalmente mais baixa. Assim, ofertar oxigênio para ele pode vir a piorar a situação. 
	Durante a avaliação secundária, também é importante ficar atento quanto aos medicamentos que o idoso utiliza, pois vários remédios podem interferir na sua avaliação e decisão, ou até mesmo os cuidados intra-hospitalares. Deve-se fazer a reavaliação mesmo que o paciente idoso demonstre estar bem, pois ele pode acabar vindo a piorar mesmo que a gente não perceba. 
O transporte é crítico, não devendo perder muito tempo durante o atendimento é extremamente importante. O atendimento prestado à pessoa idosa deve ser realizado por equipe multidisciplinar em todas as complexidades de atendimento, com o intuito de atender todas as necessidades e especificidades que o envelhecimento traz ao indivíduo. A enfermagem sendo a profissão que acompanha o paciente em todos os níveis de complexidade e de forma contínua, é de grande importância na prestação do cuidado ao idoso. São muitas as doenças e agravos que afetam a pessoa idosa. Dessa forma, é necessário conhecer quais os cuidados a serem prestados de acordo com as necessidades e especificidades de cada idoso, e dessa forma, prestar um cuidado de forma integral. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Registros das internações de idosos em caráter de urgência, jan-fev 2019. Acesso em: 24 nov 2021
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Acolhimento e classificação de risco nos serviços de urgência. Brasília, 2009. Acesso em: 24 nov 2021.

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