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Língua portuguesa - BM

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LÍNGUA PORTUGUESA 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O inteiro teor desta apostila está sujeito à proteção de direitos autorais. 
Copyright © 2021 Loja do Concurseiro. Todos os direitos reservados. O conteúdo 
desta apostila não pode ser copiado de forma diferente da referência individual 
comercial com todos os direitos autorais ou outras notas de propriedade retidas, e 
depois, não pode ser reproduzido ou de outra forma distribuído. Exceto quando 
expressamente autorizado, você não deve de outra forma copiar, mostrar, baixar, 
distribuir, modificar, reproduzir, republicar ou retransmitir qualquer informação, 
texto e/ou documentos contidos nesta apostila ou qualquer parte desta em qualquer 
meio eletrônico ou em disco rígido, ou criar qualquer trabalho derivado com base 
nessas imagens, texto ou documentos, sem o consentimento expresso por escrito da 
Loja do Concurseiro. 
 Nenhum conteúdo aqui mencionado deve ser interpretado como a concessão 
de licença ou direito de qualquer patente, direito autoral ou marca comercial da Loja 
do Concurseiro. 
 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
3 
 
 
 
PROGRAMA – ÍNDICE 
 
1. Compreensão e interpretação de textos 
dissertativos................................................................ p.3 
2. Conhecimentos linguísticos. 
+ Semântica............................................................... p.20 
2.1. Norma culta: Ortografia / acentuação............... p.22 
2.2. Emprego do sinal indicativo da crase............... p.108 
2.3. Classes de palavras: definições, classificações, 
formas, flexões, empregos........................................ p.47 
2.4. Formação de palavras........................................ p.44 
2.5. Estrutura da oração e do período: aspectos 
sintáticos e semânticos............................................. p.65 
2.6. Concordância verbal........................................... p.93 
2.7. Concordância nominal....................................... p.90 
2.8. Regência verbal................................................ p.102 
2.9. Regência nominal............................................. p.103 
3. A variação linguística: as diversas modalidades do uso 
da língua adequadas às várias situações de 
comunicação............................................................. p.15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público 
a preocupação com a interpretação de textos. Isso 
acontece porque lhes faltam informações específicas a 
respeito desta tarefa constante em provas relacionadas 
a concursos públicos. 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no 
momento de responder às questões relacionadas a 
textos. 
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e 
relacionadas entre si, formando um todo significativo 
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA 
(capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). 
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. 
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz 
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando 
condições para a estruturação do conteúdo a ser 
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de 
CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as 
frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu 
contexto original e analisada separadamente, poderá ter 
um significado diferente daquele inicial. 
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam 
referências diretas ou indiretas a outros autores através 
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se 
INTERTEXTO. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma 
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia 
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, 
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, 
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas 
na prova. 
Nesse processo, buscam-se: 
a) a ideia principal (ou básica); 
b) as ideias secundárias; 
c) o reconhecimento de palavras ou expressões que 
possam dar validade ao entendimento das ideias 
expressas no texto. 
 
 
 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÃO: 
Com a finalidade de auxiliar o raciocínio de quem deve 
responder a questões de compreensão de textos, 
observe o seguinte: 
1) Atenha-se exclusivamente ao texto. 
2) Proceda através de eliminação de hipóteses. 
3) Compare o sentido das palavras; às vezes, uma palavra 
decide a melhor alternativa. 
4) Tente encontrar o tópico frasal, ou seja, a frase que 
melhor sintetiza o texto. 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
1. IDENTIFICAR – reconhecer os elementos 
fundamentais de uma argumentação, de um processo, 
de uma época (neste caso, procuram-se termos, como os 
verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
2. COMPARAR – descobrir as relações de semelhança ou 
de diferenças entre as situações do texto. 
3. COMENTAR - relacionar o conteúdo apresentado com 
uma realidade, opinando a respeito. 
4. RESUMIR – concentrar as ideias centrais e/ou 
secundárias em um só parágrafo. 
5. PARAFRASEAR – reescrever o texto com outras 
palavras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de 
erros de interpretação. Os mais frequentes são: 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias 
que não estão no texto, quer por conhecimento prévio 
do tema quer pela imaginação. 
 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um 
aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de 
ideias, o que pode ser insuficiente para o total do 
entendimento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do 
candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, 
consequentemente, errando a questão. 
 
 
 
 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
5 
É preciso estar atento para a ideia principal de 
cada parágrafo, só assim se assegura um caminho que 
levará à compreensão do texto. Pode-se, 
tranquilamente, ser bem-sucedido numa interpretação 
de texto. Para isso, deve-se observar o seguinte: 
 Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
 Se encontrar palavras desconhecidas, não 
interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 
 Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 
 Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
 Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor; 
 Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para 
melhor compreensão; 
 Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, 
parte) do texto correspondente; 
 Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de 
cada questão; 
 Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), 
não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, 
verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem 
nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender 
o que se perguntou e o que se pediu; 
 Quando duas alternativas lhe parecem corretas, 
procurar a mais exata ou a mais completa, às vezes a 
etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a 
resposta; 
 Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um 
fundamento de lógica objetiva; 
 Não se deve procurar a verdade exata dentro 
daquela resposta, mas a opção que melhor se 
enquadre no sentido do texto; 
 Procure estabelecer quais foram as opiniões 
expostas pelo autor, definindo o tema e a 
mensagem; 
 O autor defende ideias e você deve percebê-las; As orações coordenadas não têm oração principal, 
apenas as ideias estão coordenadas entre si; 
 Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele 
maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou 
determinando-lhe o significado. 
A interpretação não depende de cada um, mas, sim, do 
que está escrito. "O que está escrito, escrito está." 
 
DICA DE INTERPRETAÇÃO: comece pelas questões mais 
curtas; diante das opções, elimine as improváveis; 
muitas vezes há alternativas tão absurdas que 
dispensam a leitura integral do texto. Às vezes, citam 
dados, informações que sequer são mencionados no 
texto. 
 
Dicas importantes para a análise de textos: 
 
1. Não extrapole ao que está escrito no texto. Muitas 
vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato interpreta 
o que não está escrito. Deve-se ater somente às 
informações que estão relatadas. 
 
2. Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto 
deve ser considerado como um todo, não se atenha à 
parte dele. 
 
3. Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar 
entender justamente o contrário do que está escrito. 
Leia duas vezes o comando da questão, para saber 
realmente o que se pede. Tome cuidado com algumas 
palavras, como: pode, deve, não, sempre, é necessário, 
é obrigatório, correta, incorreta, exceto, erro etc. 
 
4. Se o comando pede a ideia principal ou tema, 
normalmente deve situar-se no primeiro ou no último 
parágrafo - introdução e conclusão. 
 
5. Se o comando busca argumentação, deve localizar-se 
nos parágrafos intermediários - desenvolvimento. 
 
6. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, 
mas sim o que ele disse; escreveu. 
 
7. Tomar cuidado com os vocábulos relatores, os que 
remetem a outros vocábulos do texto: pronomes 
relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, 
etc. 
 
 
 
 
 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
6 
 INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS 
 
 
Um texto é formado por informações explícitas e 
implícitas. As informações explícitas são aquelas 
manifestadas pelo autor no próprio texto. As 
informações implícitas não são manifestadas pelo autor 
no texto, mas podem ser subentendidas. Muitas vezes, 
para efetuarmos uma leitura eficiente, é preciso ir além 
do que foi dito, ou seja, ler nas entrelinhas. 
 
Por exemplo, observe este enunciado: 
- Genoveva parou de tomar refrigerante. 
 
A informação explícita é “Genoveva parou de tomar 
refrigerante”. A informação implícita é “Genoveva 
tomava refrigerante antes”. 
 
Agora, veja este outro exemplo: 
-Felizmente, Genoveva parou de tomar refrigerante. 
 
A informação explícita é “Genoveva parou de tomar 
refrigerante”. A palavra “felizmente” indica que o falante 
tem uma opinião positiva sobre o fato – essa é a 
informação implícita. 
 
Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir 
informações a partir de um texto. Fazer 
uma inferência significa concluir alguma coisa a partir de 
outra já conhecida. Fazer inferências é uma habilidade 
fundamental para a interpretação adequada dos textos e 
dos enunciados. 
 
 
 
 
PRESSUPOSTO: Uma informação é considerada 
pressuposta quando um enunciado depende dela para 
fazer sentido. 
 
Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando 
Genoveva voltará para casa?”. Esse enunciado só faz 
sentido se considerarmos que Genoveva saiu de casa, ao 
menos temporariamente – essa é a informação 
pressuposta. Caso Genoveva se encontre em casa, o 
pressuposto não é válido, o que torna o enunciado sem 
sentido. 
 
Repare que as informações pressupostas estão marcadas 
através de palavras e expressões presentes no próprio 
enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, 
no enunciado “Genoveva ainda não voltou para casa”, a 
palavra “ainda” indica que a volta de Genoveva para casa 
é dada como certa pelo falante. 
 
SUBTENDIDOS: Ao contrário das informações 
pressupostas, as informações subentendidas não são 
marcadas no próprio enunciado, são apenas sugeridas, 
ou seja, podem ser entendidas como insinuações 
 
O uso de subentendidos faz com que o enunciador se 
esconda atrás de uma afirmação, pois não quer se 
comprometer com ela. Por isso, dizemos que os 
subentendidos são de responsabilidade do receptor, 
enquanto os pressupostos são partilhados por 
enunciadores e receptores. 
 
Em nosso cotidiano, somos cercados por informações 
subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de 
hábitos e pensamentos da sociedade para criar 
subentendidos. Já a anedota é um gênero textual cuja 
interpretação depende a quebra de subentendidos. 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
7 
 
EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
 
“Na época em que trabalhei em instituições psiquiátricas 
fechadas, quando o expediente terminava e estava na 
hora de ir embora, no fim do dia, eu era acometido por 
uma tristeza profunda. Acabava de compartilhar um 
bom tempo com os que estavam lá internados, e eis que, 
agora, eu ia embora, para uma casa, uma companhia, o 
convívio dos amigos. E eles, não; eles ficavam. A tristeza 
era uma espécie de culpa por abandoná-los no que 
era, de fato, uma desolação. Pois bem, ao sair da 
penitenciária do Butantã, não senti nada disso, pois não 
havia desolação. Não teria como fazer elogio maior à 
direção do presídio, à equipe que lá trabalha e às 
detentas que encontrei, pela resiliência de sua vontade 
de viver.” 
01. (Administrador – UFPA – CEPS – 2012) A forma que 
o autor encontrou para elogiar as mulheres da direção 
do presídio feminino do Butantã, da equipe que lá 
trabalha e das detentas foi 
a) agir com resiliência durante o tempo em que trabalha 
lá. 
b) trabalhar também em instituições psiquiátricas 
fechadas. 
c) não sentir tristeza , desolação, por abandoná-las ao 
final do expediente de trabalho. 
d) agradecê-las pessoalmente, no fim do dia, pela sua 
resiliência e vontade de viver. 
e) escrever esse texto – A lealdade da mulheres – em 
homenagem a elas. 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
 
TEXTO I 
 
Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os 
leitores. 
(José Sarney, na Veja) 
 
01.Deduz-se pelo texto uma mudança na vida: 
a) esportiva 
b) intelectual 
c) profissional 
d) sentimental 
e) religiosa 
 
02.O autor do texto sugere estar passando de: 
a) escritor a político 
b) político a jornalista 
c) político a romancista 
d) senador a escritor 
e) político a escritor 
 
03. Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi: 
a) agradável 
b) duradoura 
c) simples 
d) honesta 
e) coerente 
 
04. O trecho que justifica a resposta ao item anterior é: 
a) e agora 
b) os leitores 
c) passei a vida 
d) atrás de eleitores 
e) busco 
 
05. A expressão que não pode substituir o termo agora 
é: 
a) no momento 
b) ora 
c) presentemente 
d) neste instante 
e) recentemente 
 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
8 
TEXTO II 
 
Os animais que eu treino não são obrigados a fazer o 
que vai contra a natureza deles. 
(Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96) 
 
06. O sentimento que melhor define a posição do autor 
perante os animais é: 
a) fé 
b) respeito 
c) solidariedade 
d) amor 
e) tolerância 
 
07. O autor do texto é: 
a) um treinador atento 
b) um adestrador frio 
c) um treinador qualificado 
d) um adestrador consciente 
e) um adestrador filantropo 
 
08. Segundo o texto, os animais: 
a) são obrigados a todo tipo de treinamento. 
b) fazem o que não lhes permite a natureza. 
c) não fazem o que lhes permite a natureza. 
d) não são objeto de qualquer preocupação para o autor. 
e) são treinados dentro de determinados limites. 
 
TEXTO III 
Segunda maior produtora mundialde embalagem longa 
vida, a SIG Combibloc, principal divisão do grupo suíço 
SIG, prepara a abertura de uma fábrica no Brasil. A 
empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de 
dólares de faturamento do grupo, chegou ao país há dois 
anos disposta a brigar com a líder global, Tetrapak, que 
detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. Os 
estudos para a implantação da fábrica foram 
recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, 
pela facilidade logística junto ao Mercosul. Entre os oito 
atuais clientes da Combibloc na região estão a Unilever, 
com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a italiana 
Cirio, no Brasil. 
(Denise Brito, na Exame, dez./99) 
09. Segundo o texto, a SIG Combibloc: 
a) produz menos embalagem que a Tetrapak. 
b) vai transferir suas fábricas brasileiras para o Sul. 
c) possui oito clientes no Brasil. 
d) vai abrir mais uma fábrica no Brasil. 
e) possui cliente no Brasil há dois anos, embora não 
esteja instalada no país. 
 
10. Segundo o texto: 
a) O Mercosul não influiu na decisão de instalar uma 
fábrica no Sul. 
b) a SIG Combibloc está entrando no ramo de 
atomatado. 
c) a empresa suíça SIG ocupa o 2º lugar mundial na 
produção de embalagem longa vida. 
d) a Unilever é empresa chilena. 
e) a SIG Combibloc detém 2/3 do faturamento do grupo. 
 
11. Os estudos apontam para o Sul porque: 
a) o clima favorece a produção de embalagens longa 
vida. 
b) está próximo aos demais países que compõem o 
Mercosul. 
c) A Cirio já se encontra estabelecida ali. 
d) nos países do Mercosul já há clientes da Combibloc. 
e) o Sul é uma região desenvolvida e promissora. 
 
12. " ... que detém cerca de 80% dos negócios nesse 
mercado." Das alterações feitas nessa passagem 
do texto, a que não mantém o sentido original é: 
a) a qual detém cerca de 80% dos negócios em tal 
mercado. 
b) que possui perto de 80% dos negócios nesse 
mercado. 
c) que detém aproximadamente 80% dos negócios em 
tais mercados. 
d) a qual possui aproximadamente 80% dos negócios 
nesse mercado. 
e) a qual detém perto de 80% dos negócios nesse 
mercado. 
 
13. " ... e apontam para o Sul do país ... " O trecho 
destacado só não pode ser entendido, no texto, 
como: 
a) e indicam o Sul do país 
b) e recomendam o Sul do país 
c) e incluem o Sul do país 
d) e aconselham o Sul do país 
e) e sugerem o Sul do país 
 
 
 
 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
9 
TEXTO IV 
 
Acerca de Montaigne 
 
Montaigne, o influente filósofo francês do século 
XVI , foi um conservador, mas nada teve de rígido ou 
estreito, muito menos de dogmático. Por 
temperamento, foi bem o contrário de um 
revolucionário; certamente faltaram-lhe a fé e a energia 
de um homem de ação, o idealismo ardente e a vontade. 
Seu conservadorismo aproxima-se, sob certos aspectos, 
do que no século XIX viria a ser chamado de liberalismo. 
Na concepção política de Montaigne, o indivíduo 
deve ser deixado livre dentro do quadro das leis, e a 
autoridade do Estado deve ser a mais leve possível. Para 
o filósofo, o melhor governo será o que menos se fizer 
sentir; assegurará a ordem pública sem invadir a vida 
privada e sem pretender orientar os espíritos. Montaigne 
não escolheu as instituições sob as quais viveu, mas 
resolveu respeitá-las, a elas obedecendo fielmente, 
como achava correto num bom cidadão e súdito leal. 
Que não lhe pedissem mais do que o exigido pelo 
equilíbrio da razão e pela clareza da consciência. 
(Adaptado da introdução aos Ensaios, de Montaigne. Trad. de 
Sergio Milliet. S. Paulo: Abril, Os Pensadores, 1972.) 
 
14. Há no primeiro parágrafo afirmações que induzem o 
leitor a identificar: 
I. um conservador típico como alguém rígido, limitado e 
dogmático. 
II. um revolucionário como alguém ativo, idealista, 
dotado de fé, energia e vontade. 
III. um conservador do século XVI com um liberal do 
século XIX. 
 
Completa corretamente o enunciado desta questão o 
que está em 
a) I e II, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II, apenas. 
e) I, II e III. 
 
 
15. Quando o autor afirma que Montaigne foi bem o 
contrário de um revolucionário, está buscando destacar 
a) a franca insurgência do pensador contra as tendências 
libertárias da época. 
b) a contribuição do pensador como um entusiasta da 
soberania do Estado. 
c) o individualismo que norteou sua conduta e seu 
pensamento político. 
d) o conservadorismo e o anacronismo do pensamento 
do filósofo. 
e) a influência que o filósofo exerceu sobre as 
instituições da época. 
 
 
16. Na concepção política de Montaigne, 
a) os bons e leais cidadãos devem obediência às 
instituições, ainda que com sacrifício dos ditames da 
consciência e da racionalidade. 
b) a ausência do Estado se justifica quando os ideais da 
vida privada são por si mesmos capazes de orientar a 
instância pública. 
c) o governo, em sua disposição liberal, deve atuar como 
uma espécie de mentor ideológico da esfera individual. 
d) o Estado, como instituição pública, deve adequar-se 
ao papel que lhe atribui a vontade soberana da 
população. 
e) as leis que emanam do Estado devem ser respeitadas 
pelos cidadãos, em cuja vida privada ele evitará 
interferir. 
 
 
 
 
Exercícios de Interpretação de Texto: 1. C. 
Exercícios de Interpretação de Texto: 1.C, 2. E, 3. B, 4. 
C, 5. E, 6. B, 7. D, 8. E, 9. E, 10. E, 11. B, 12. C, 13. C, 14. 
A, 15. C, 16.E. 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
- LEI 5.810/94 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Texto V 
 
14. O humor provocado pela tirinha se estabelece pela 
leitura: 
(A) do primeiro quadrinho, somente. 
(B) do segundo quadrinho, somente. 
(C) do terceiro quadrinho, somente. 
(D) do primeiro e do terceiro quadrinhos. 
(E) do segundo e do terceiro quadrinhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
11 
TIPOS DE TEXTO (TIPOLOGIA TEXTUAL) 
 
A Tipologia Textual define, em linhas gerais, os seguintes 
tipos (básicos) de texto em prosa: 
1. Descritivo 
2. Narrativo 
3. Dissertativo 
 
1. Descritivo: é o texto do objeto - da impressão física, da 
imagem, da cor, do aroma, da beleza, da feiura, do 
relevo, da paisagem, da precisão quanto aos aspectos 
físicos. 
 
 Predomina o tempo pretérito imperfeito ou 
mesmo o presente ( indicativo e subjuntivo). 
 
Exemplos: os aspectos físicos e tipos humanos de uma 
favela carioca, a obra de um sociólogo que descreve o 
biótipo de um determinado povo, o texto de um “folder” 
turístico etc. 
 
2. Narrativo: texto utilizado para contar um caso, narrar 
fato(s), historiar acontecimentos, não importando se 
fictícios ou verídicos. 
 
 Predominam neste texto os tempos pretéritos: 
perfeito ou imperfeito. 
 A ação é um dos principais ingredientes da 
narração. 
 O tempo é outro dos ingredientes. 
 O autor, muitas vezes, utiliza personagens que 
dialogam. 
 
Exemplos: uma crônica, um caso, um conto, uma notícia 
de jornal, uma partida de futebol, um romance, uma 
parábola, uma historinha infantil etc. 
 
3. Dissertativo: é o texto da ideia - da opinião, do ponto 
de vista. 
 
 Privilegia o discurso indireto ( 3ª pessoa ), 
embora possa redigido na 1ª pessoa. 
 Aborda, quase sempre, um tema palpitante do 
comportamento humano: justiça social, ética 
(práticas aéticas), ecologia (crimes ambientais), 
paz (violência urbana), democracia, liberdade, 
futuro do homem ( seus medos e anseios) etc. 
 
Exemplos: um editorial de jornal, um artigo do Diogo 
Mainardi (Veja), um texto de pensamentos filosóficos etc. 
 
 
 
Há ainda outros tipos de textos: 
4. Dialogal 
5. Injuntivo 
6. Explicativo 
 
4. Texto Dialogal: É quando ocorre um diálogo, uma 
conversa entre interlocutores. É o que ocorre na 
entrevista, conversa telefônica, chat, etc.5. Texto Injuntivo: qualquer texto que tenha a finalidade 
de instruir o leitor (interlocutor). Por esse motivo, sua 
estrutura se caracteriza por verbos no imperativo: 
ordenando ou sugerindo. 
6. Texto Explicativo: A principal finalidade de um texto 
explicativo é instruir o leitor acerca de um procedimento. 
Fornece uma informação que condiciona a conduta do 
leitor, incitando-o a agir. 
Os textos explicativos podem ser injuntivos ou 
prescritivos. Os textos explicativos injuntivos 
possibilitam alguma liberdade de atuação ao leitor, 
enquanto os textos explicativos prescritivos exigem que 
o leitor proceda de uma determinada forma. 
Exemplos de texto explicativo injuntivo: 
 receitas culinárias; 
 manuais de instruções; 
 bula de remédio; 
Exemplos de texto explicativo prescritivo: 
 leis; 
 cláusulas contratuais; 
 edital de concursos públicos; 
 
 
 
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12 
GÊNEROS DISCURSIVOS 
 
 
Os gêneros discursivos são determinados pela esfera 
discursiva e estão presentes em toda atividade 
comunicativa humana 
 
 
Os gêneros discursivos são classificados como primários 
e secundários. Os primários são os mais simples, 
relacionados, sobretudo, com o campo da oralidade, 
como o diálogo, o qual é considerado a forma mais 
clássica de comunicação, conferindo importância 
singular às ideologias cotidianas. Já os secundários são 
os mais complexos, como o romance, o conto, a crônica, 
o artigo de opinião, os manuais de instrução, os textos 
científicos, oficiais, publicitários, a Redação escolar, 
entre outros. 
 
 
Os gêneros discursivos são tipos relativamente estáveis 
de enunciados, compostos por conteúdo 
temático, estilo e construção composicional. Essa 
relativa estabilidade significa que não existe um modelo 
imutável de texto, uma estrutura predeterminada e 
canônica; pelo contrário, os gêneros discursivos são 
tipos relativamente estáveis de enunciados justamente 
porque eles constantemente evoluem para atender às 
necessidades imediatas dos sujeitos em qualquer 
situação comunicativa, como é o caso da carta e do e-
mail. 
 
 
 
 
 
 
TIPOS TEXTUAIS E GÊNEROS TEXTUAIS 
 
Tipos textuais e gêneros textuais são duas categorias 
diferentes de classificação textual. 
Os tipos textuais são modelos abrangentes e fixos que 
definem e distinguem a estrutura e os aspectos 
linguísticos de uma narração, descrição, dissertação e 
explicação. 
Os gêneros textuais concretizam esses aspectos gerais 
em situações cotidianas de comunicação. São textos 
flexíveis e adaptáveis que apresentam um intenção 
comunicativa bem definida e uma função social 
específica, adequando-se ao uso que se faz deles. 
Exemplos de gêneros textuais 
 romance; 
 conto; 
 crônica; 
 fábula; 
 notícia; 
 carta; 
 receita; 
 manual de instruções; 
 regulamento; 
 relato de viagem; 
 verbete de dicionário; 
 artigo de opinião; 
 
 
 
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13 
GÊNEROS TEXTUAIS PERTENCENTES AOS TEXTOS 
NARRATIVOS: 
 romances; 
 contos; 
 fábulas; 
 novelas; 
 crônicas; 
GÊNEROS TEXTUAIS PERTENCENTES AOS TEXTOS 
DESCRITIVOS: 
 diários; 
 relatos de viagens; 
 folhetos turísticos; 
 cardápios de restaurantes; 
 classificados; 
GÊNEROS TEXTUAIS PERTENCENTES AOS TEXTOS 
EXPOSITIVOS: 
 jornais; 
 enciclopédias; 
 resumos escolares; 
 verbetes de dicionário; 
GÊNEROS TEXTUAIS PERTENCENTES AOS TEXTOS 
ARGUMENTATIVOS: 
 artigos de opinião; 
 abaixo-assinados; 
 manifestos; 
 sermões; 
GÊNEROS TEXTUAIS PERTENCENTES AOS TEXTOS 
INJUNTIVOS: 
 receitas culinárias; 
 manuais de instruções; 
 bula de remédio; 
GÊNEROS TEXTUAIS PERTENCENTES AOS TEXTOS 
PRESCRITIVOS: 
 leis; 
 cláusulas contratuais; 
 edital de concursos públicos; 
 
 
ALGUNS GÊNEROS TEXTUAIS IMPORTANTES 
 
 
 A fábula é uma narrativa figurada, na qual as 
personagens são geralmente animais que 
possuem características humanas. Pode ser 
escrita em prosa ou em verso e é sustentada 
sempre por uma lição de moral, constatada na 
conclusão da história. 
 
A fábula está presente em nosso meio há muito 
tempo e, desde então, é utilizada com fins educacionais. 
Muitos provérbios populares vieram da moral contida 
nesta narrativa alegórica, como por exemplo: “A pressa 
é inimiga da perfeição” em “A lebre e a tartaruga” e “Um 
amigo na hora da necessidade é um amigo de verdade” 
em “A cigarra e as formigas”. 
Portanto, sempre que redigir uma fábula 
lembre-se de ter um ensinamento em mente. Além 
disso, o diálogo deve estar presente, uma vez que trata-
se de uma narrativa. 
Por ser exposta também oralmente, a fábula 
apresenta diversas versões de uma mesma história e, por 
este motivo, dá-se ênfase em um princípio ou outro, 
dependendo da intenção do escritor ou interlocutor. 
É um gênero textual muito versátil, pois permite 
diversas situações e maneiras de se explorar um assunto. 
É interessante, principalmente para as crianças, pois 
permite que elas sejam instruídas dentro de preceitos 
morais sem que percebam. 
E outra motivação que o escritor pode ter ao 
escolher a fábula na aula, no vestibular ou em um 
concurso que tenha essa modalidade de escrita como 
opção é que é divertida de se escrever. Pode-se utilizar 
da ironia, da sátira, da emoção, etc. Lembrando-se 
sempre de escolher personagens inanimados e/ou 
animais e uma moral que norteará todo o enredo. 
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14 
 A Crônica é uma reflexão sobre o acontecido. 
 
A crônica é um gênero que tem relação com a 
ideia de tempo e consiste no registro de fatos do 
cotidiano em linguagem literária, conotativa. 
A origem da palavra crônica é grega, vem de 
chronos (tempo), é por isso que uma das características 
desse tipo de texto é o caráter contemporâneo. 
A crônica difere da notícia, e da reportagem 
porque, embora utilizando o jornal ou a revista como 
meio de comunicação, não tem por finalidade principal 
informar o destinatário, mas refletir sobre o acontecido. 
Desta finalidade resulta que, neste tipo de texto, 
podemos ler a visão subjetiva do cronista sobre o 
universo narrado. Assim, o foco narrativo situa-se 
invariavelmente na 1ª pessoa. 
Poeta do quotidiano, como alguém chamou ao 
cronista dos nossos dias, apresenta um discurso que se 
move entre a reportagem e a literatura, entre o oral e o 
literário, entre a narração impessoal dos acontecimentos 
e a força da imaginação. Diálogo e monólogo; diálogo 
com o leitor, monólogo com o sujeito da enunciação. A 
subjetividade percorre todo o discurso. 
A crônica não morre depressa, como acontece 
com a notícia, mas morre, e aqui se afasta 
irremediavelmente do texto literário, embora se vista, 
por vezes, das suas roupagens, como a metáfora, a 
ambiguidade, a antítese, a conotação, etc. 
A sua estrutura assemelha-se à de um conto, 
apresentando uma introdução, um desenvolvimento e 
uma conclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo prático de tipos textuais (fragmentos de Cora 
Coralina): 
 
“Fui criada ( e até hoje moro ) numa casa simples, mas de 
cômodos bem amplos e confortáveis. Um jardim colorido 
e aromático. Beija-flores por aqui não faltam. Tenho 
duas filhas. Ana, uma menina alta, meio desengonçada, 
mas de um brilho especial nos olhos muito pretos. 
Virgínia, uma menina muito magra, gestos e rosto 
delicados, tem uma cabeleira tão ruiva que poderia ser 
confundida com uma dessas atrizes do cinema 
americano....” 
Texto descritivo. 
 
“Certo dia, minhas duas filhas e eu fomos passear pelo 
sítio. Na margem do rio havia uma pequena canoa. O 
espírito de aventura falou mais alto. Entramos na canoa 
e, no meio do leito, notamos a água infiltrando-se. 
Percebi o desespero das meninas, mas 
tive de aparentar toda a calma e...” 
Texto narrativo. 
 
“A vida de uma mulhernão é fácil em parte alguma deste 
mundo. A sociedade machista impõe-lhe regras e 
destinos que ela jamais pode escolher. A mulher será 
sempre uma escrava totalmente submissa ao marido, às 
tradições, aos costumes e à hipocrisia chauvinista dos...” 
Texto dissertativo. 
 
“Minhas receitas preferidas. Bolo de Banana. Caramelize 
uma forma com açúcar, corte 10 bananas no sentido do 
comprimento, coloque-as na forma, bata 4 ovos com 
uma xícara de leite, duas de farinha de trigo e uma colher 
de fermento. Despeje a massa na forma, polvilhe (a 
gosto) com canela e açúcar e leve ao forno pré-aquecido 
em 180ºC. Deixe...” 
Texto injuntivo (instrucional). 
 
 
“Como fazer um parto de emergência ( recado para 
minhas filhas e netas). Mantenha a calma. Prepare uma 
superfície limpa para ela se deitar. Pegue uma tesoura e 
três pedaços de linha de 25cm. Ferva tudo por 10 
minutos. Dobre um cobertor e coloque-o sobre a futura 
mamãe. Lave bem as mãos e as unhas com água e sabão. 
Quando as contrações aumentarem...” 
Texto injuntivo-prescritivo. 
 
 
 
 
 
 
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15 
EXERCÍCIO DE TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
1. identifique o tipo de redação apresentando: 
 
(1) descrição (2) narração (3) dissertação 
 
( ) Acreditamos firmemente que só o esforço conjunto 
de toda a nação brasileira conseguirá vencer os 
gravíssimos problemas econômicos, por todos há muitos 
conhecidos. Quaisquer medidas econômicas, por si sós, 
não são capazes de alterar a realidade, se as autoridades 
que elaboram não contarem com o apoio da opinião 
pública, em meio a uma comunidade de cidadãos 
conscientes. 
 
( ) Nas proximidades deste pequeno vilarejo, existe uma 
chácara de beleza incalculável. Ao centro avista-se um 
lago de águas cristalinas. Através delas, vemos a dança 
rodopiante dos pequenos peixes. Em volta deste lago 
pairam, imponentes, árvores seculares que parecem 
testemunhas vivas de tantas histórias que se sucedem 
pelas gerações. A relva, brilhando ao sol, estende-se por 
todo aquele local, imprimindo à paisagem um clima de 
tranquilidade e aconchego. 
 
( ) As crianças sabiam que a presença daquele cachorro 
vira-lata em seu apartamento seria alvo da mais rigorosa 
censura de sua mãe. Não tinha qualquer cabimento; um 
apartamento tão pequeno que mal acolhia Álvaro, 
Alberto e Anita, além de seus pais, ainda tinha de dar 
abrigo a um cãozinho! Os meninos esconderam o animal 
em um armário próximo ao corredor e ficaram sentados 
na sala à espera dos acontecimentos. No fim da tarde a 
mãe chegou do trabalho. Não tardou em descobrir o 
intruso e a expulsá-lo, sob os olhares aflitos de seus 
filhos. 
 
( ) Joaquim trabalhava em um escritório que ficava no 
12º andar de um edifício da Avenida Paulista. De lá 
avistava todos os dias a movimentação incessante dos 
transeuntes, os frequentes congestionamentos dos 
automóveis e a beleza das arrojadas construções que 
sucedem do outro lado da avenida. Estes prédios 
moderníssimos alternavam-se com majestosas mansões 
antigas. O presente e o passado ali se combinavam e, 
contemplando aquelas mansões, podia-se, por alto, 
imaginar o que fora, nos tempos de outrora, a paisagem 
desta mesma avenida, hoje tão modificada pela ação do 
progresso. 
 
 
( ) Dizem as pessoas ligadas ao estudo da Ecologia que 
são incalculáveis os danos que o homem vem causando 
ao meio ambiente. O desmatamento de grandes 
extensões de terra, transformando-as em verdadeiras 
regiões desérticas, os efeitos nocivos da poluição e a 
matança indiscriminada de muitas espécies são apenas 
alguns aspectos a serem mencionados. Os que se 
preocupam com a sobrevivência e o bem-estar das 
futuras gerações temem que a ambição desmedida do 
homem acabe por tornar esta terra inabitável. 
 
 
( ) O candidato à vaga de administrador entrou 
no escritório onde iria ser entrevistado. Ele se sentia 
inseguro, apesar de ter um bom currículo, mas sempre 
se sentia assim quando estava por ser testado. O dono 
da firma sentou-se com ar de extrema seriedade e 
começou a lhe fazer as perguntas mais variadas. Aquele 
interrogatório parecia interminável. Porém, toda aquela 
sensação desagradável dissipou-se quando ele foi 
informado de que o lugar era seu. 
 
Gabarito: (3), (1), (2), (1), (3), (2) 
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16 
PARÁFRASE - REESCRITURA 
 
 É a reescritura de um texto sem alteração de sentido. 
Questões de interpretação com frequência se baseiam 
nessa técnica. Vários recursos podem ser utilizados para 
parafrasear um texto. 
 
1) Emprego de sinônimos 
Ex.: Embora voltasse cedo, deixava os pais 
preocupados. 
Conquanto retomasse cedo, deixava os genitores 
preocupados. 
 
2) Emprego de antônimos, com palavra negativa. 
Ex.: Ele era fraco. = Ele não era forte. 
 
3) Utilização de termos anafóricos, isto é, que 
remetem a outros já citados no texto. 
Ex.: Paulo e Antônio já saíram. Paulo foi ao colégio; 
Antônio, ao cinema. 
 Paulo e Antônio já saíram. Aquele foi ao colégio; 
este, ao cinema. Aquele = Paulo este = 
Antônio 
 
4) Troca de termo verbal por nominal, e vice-versa. 
Ex.: É necessário que todos colaborem. 
 É necessária a colaboração de todos. 
 
5) Omissão de termos facilmente subentendidos. 
Ex.: Nós desejávamos uma missão 'mais delicada, mais 
importante. 
 Desejávamos missão mais delicada e importante. 
 
6) Mudança de ordem dos termos no período. 
Ex.: Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo 
aquilo seria esquecido após três ou quatro meses de 
investigação. 
 Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo 
aquilo, após três ou quatro meses de pesquisa, seria 
esquecido. 
 
7) Mudança de voz verbal 
Ex.: A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz 
ativa) 
Uma roseira foi plantada pela mulher em seu jardim. 
(voz passiva) 
Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3a 
pessoa do plural), haverá duas mudanças possíveis. 
Ex.: Plantaram uma roseira. (voz ativa) 
 Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica) 
 Plantou-se uma roseira. (voz passiva sintética) 
 
 
8) Troca de discurso 
Ex.: Pedro disse: - Cortarei a grama sozinho. (discurso 
direto) 
 Pedro disse que cortaria a grama sozinho. (discurso 
indireto) 
 
9) Troca de palavras por expressões perifrásticas 
(vide perífrase, no capítulo seguinte) e vice-versa 
Ex.: Castro Alves visitou Paris naquele ano. 
 O poeta dos escravos visitou a cidade luz naquele 
ano. 
 
10) Troca de locuções por palavras e vice-versa: 
Ex.: O homem da cidade não conhece a linguagem do 
céu. 
 O homem urbano não conhece a linguagem celeste. 
 
Vamos então fazer um exercício. Leia o trecho abaixo e 
anote a alternativa em que não ocorre uma paráfrase. 
O homem caminha pela vida muitas vezes 
desnorteado, por não reconhecer no seu íntimo a 
importância de todos os instantes, de todas as coisas, 
simples ou grandiosas. 
a) Frequentemente sem rumo, segue o homem pela 
vida, por não reconhecer no seu íntimo o valor de 
todos os instantes, de todas as coisas, sejam simples 
ou grandiosas. 
b) Não reconhecendo em seu âmago a importância de 
todos os momentos, de todas as coisas, simples ou 
grandiosas, o homem caminha pela vida muitas 
vezes desnorteado. 
c) Como não reconhece no seu íntimo o valor de todos 
os momentos, de todas as coisas, sejam elas simples 
ou não, o homem vai pela vida frequentemente 
desnorteado. 
d) O ser humano segue, com frequência, vida afora, 
sem rumo, porquanto não reconhece, em seu 
interior, a importância de todos os instantes, de 
todas as coisas, simples ou grandiosas. 
e) O homem caminha pela vida sempre desnorteado, 
por não reconhecer, em seu mundo íntimo, o valor 
de cada momento, de cada coisa, seja ela simples 
ou grandiosa. 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: Alternativa e)O advérbio “sempre” não significa “muitas vezes”. 
 
 
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17 
MECANISMOS COESIVOS 
FATORES DE COERÊNCIA TEXTUAL 
 
I) Coesão e coerência 
 
o texto é um conjunto harmônico de elementos, 
associados entre si por processos de coordenação ou 
subordinação. Os fonemas (sons da fala), representados 
graficamente pelas letras, se unem constituindo as 
palavras. Estas, por sua vez, ligam-se para formar as 
orações, que passam a se agrupar constituindo os 
períodos. A reunião de períodos dá origem aos 
parágrafos. Estes também se unem, e temos então o 
conjunto final, que é o texto. 
No meio de tudo isso, há certos elementos que 
permitem que o texto seja inteligível, com suas partes 
devidamente relacionadas. Se a ligação entre as partes 
do texto não for bem feita, o sentido lógico será 
prejudicado. Observe atentamente o trecho seguinte. 
 
Levantamos muito cedo. Fazia frio e a água 
havia congelado nas torneiras. 
Até os animais, acostumados com baixas 
temperaturas, permaneciam, preguiçosamente, em 
suas tocas. Apesar disso, deixamos de fazer nossa 
caminhada matinal com as crianças. 
 
O trecho é composto por vários períodos, 
agrupados em dois segmentos distintos. No primeiro, 
fala-se do frio intenso e suas consequências; no segundo, 
a decisão de não fazer a caminhada matinal. O que 
aparece para fazer a ligação entre esses dois segmentos? 
A locução apesar disso. Ora, esse termo tem valor 
concessivo, liga duas coisas contraditórias, opostas; mas 
o que segue a ele é uma consequência do frio que fazia 
naquela manhã. Dessa forma, no lugar de apesar disso, 
deveríamos usar por isso, por causa disso, em virtude 
disso etc. 
Conclui-se o seguinte: as partes do texto não 
estavam devidamente ligadas. Diz-se então que faltou 
coesão textual. 
Consequentemente, o trecho ficou sem 
coerência, isto é, sem sentido lógico. 
Resumindo, podemos dizer que a coesão é a 
ligação, a união entre partes de um texto; coerência é o 
sentido lógico, o nexo. 
 
 
 
 
 
 
II) Elementos conectores 
 
Qualquer vínculo estabelecido entre as palavras, as 
orações, os períodos ou os parágrafos podemos chamar 
de coesão. Toda palavra ou expressão que se refere a 
coisas passadas no texto, ou mesmo às que ainda virão, 
são elementos conectores. Os termos a que eles se 
referem podem ser chamados de referentes. Eis os 
conectores mais importantes: 
 
1) Pronomes pessoais, retos ou oblíquos 
Ex.: Meu filho está na escola. Ele tem uma prova hoje. 
Ele = meu filho (referente) 
 
Carlos trouxe o memorando e o entregou ao chefe. 
o = memorando (referente) 
 
 
2) Pronomes possessivos 
Ex.: Pedro, chegou a sua maior oportunidade. 
Sua = Pedro (de Pedro) 
 
 
3) Pronomes demonstrativos 
Os demonstrativos estão entre os mais 
importantes conectores da língua portuguesa. 
Frequentemente se criam questões de interpretação ou 
compreensão com base em seu emprego. Veja os casos 
seguintes. 
 
a) O filho está demorando, e isso preocupa a mãe. 
Isso = O filho está demorando. 
 
b) Isto preocupa a mãe: o filho está demorando. 
Isto = o filho está demorando. 
 
Isso (esse, esses, essa, essas) é usado para fazer 
referência a coisas ou fatos já citados no texto. 
 
Isto (este, estes, esta, estas) refere-se a coisas ou fatos 
que ainda serão citados no texto. 
 
 
 
 
 
 
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18 
c) O homem e a mulher estavam sorrindo. Aquele porque 
foi promovido; esta por ter recebido um presente. 
Aquele = homem esta = mulher 
 
Temos aqui uma situação especial de coesão: 
evitar a repetição de termos por meio do emprego de 
este (estes, esta, estas) e aquele (aqueles, aquela, 
aquelas). Não se usa, aqui, o pronome esse (esses, essa, 
essas). Com relação ao exemplo, a palavra aquele refere-
se ao termo mais afastado (homem), enquanto esta, ao 
mais próximo (mulher). 
 
 
 
4) Pronomes indefinidos 
Ex.: Naquela época, os homens, as mulheres, as crianças, 
todos acreditavam na vitória. 
 todos = homens, mulheres, crianças 
 
 
 
5) Pronomes relativos 
Ex.: Havia ali pessoas que me ajudavam. (que= as quais) 
que = pessoas 
 
No caso do pronome relativo, o seu referente costuma 
ser chamado de antecedente. 
 
 
 
6) Pronomes interrogativos 
Ex.: Quem será responsabilizado? O rapaz do 
almoxarifado, por não ter conferido os materiais. Quem 
= rapaz do almoxarifado 
 
 
 
7) Substantivos 
Ex.: José e Helena chegaram de férias. Crianças ainda, 
não entendem o que aconteceu com o professor. 
Crianças = José e Helena 
 
 
 
8) Advérbios 
Ex.: A faculdade ensinou-o a viver. Lá se tornou um 
homem. Lá = faculdade 
 
 
9) Preposições: ligam palavras dentro de uma mesma 
oração. Em casos excepcionais, ligam duas orações. Elas 
não possuem referentes no texto, simplesmente 
estabelecem vínculos. 
Ex.: Preciso de ajuda. 
Morreu de frio. 
 
 
 
 
 
 
Nas duas frases, a preposição liga um verbo a um 
substantivo. Na primeira, em que introduz um objeto 
indireto (complemento verbal com preposição exigida 
pelo verbo), ela é destituída de significado. Diz-se que 
tem apenas valor relacional. Na segunda, em que 
introduz adjunto adverbial, ela possui valor semântico ou 
nocional, uma vez que a expressão que ela inicia tem um 
valor de causa. Veja, a seguir, os principais valores 
semânticos das preposições. 
• De causa: Perdemos tudo com a seca. 
• De matéria: Trouxe copos de papel. 
• De assunto: Falavam de politica. 
• De fim ou finalidade: Vivia para o estudo. 
• De meio: Falaram por telefone. 
• De instrumento: Feriu-se com a tesoura. 
• De condição: Ele não vive sem feijão. 
• De posse: Achei o livro de André. 
• De modo: Agiu com tranquilidade. 
• De tempo: Retomaram de manhã. 
• De companhia: Passeou com a irmã. 
• De afirmação: Irei com certeza. 
 
 
 
 
 
 
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19 
CITAÇÃO DO DISCURSO ALHEIO 
 
Discurso 
Os personagens que participam da história 
evidentemente falam. É o que se conhece como discurso, 
que pode ser: 
 
1) Direto: O narrador apresenta a fala do personagem, 
integra, palavra por palavra. Geralmente se usam dois 
pontos e travessão. 
Ex.: o funcionário disse ao patrão: 
- Espero voltar no final do expediente. 
 
Rui perguntou ao amigo: 
- Posso chegar mais tarde? 
 
2) Indireto: O narrador incorpora à sua fala a fala do 
personagem. O sentido é o mesmo do discurso direto, 
porém é utilizada uma conjunção integrante (que ou se) 
para fazer a ligação. 
 
Ex.: O funcionário disse ao patrão que esperava voltar no 
final do expediente. 
 Rui perguntou ao amigo se poderia chegar mais 
tarde. 
 
 
Obs.: O conhecimento desse assunto é muito 
importante para as questões que envolvem as 
paráfrases. Cuidado, pois, com o sentido. Procure ver se 
está sendo respeitada a correlação entre os tempos 
verbais e entre determinados pronomes. Abaixo, outro 
exemplo, bem elucidativo. 
Minha colega me afirmou: 
- Estarei aqui, se você precisar de mim. 
 
Minha colega me afirmou que estaria lá se eu precisasse 
dela. 
 
O sentido é, rigorosamente, o mesmo. Foi necessário 
fazer inúmeras adaptações. 
 
 
 
3) Indireto livre 
É praticamente uma fusão dos dois anteriores. 
Percebe-se a fala do personagem, porém sem os 
recursos do discurso direto (dois pontos e travessão) 
nem do discurso indireto (conjunções que ou se). 
Ex.: Ele caminhava preocupado pela avenida deserta. 
Será que vai chover, logo hoje, com todos esses 
compromissos!? 
 
 
 
 
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20 
 
SEMÂNTICA 
 
 
DENOTAÇÃO: o sentido literal, real das palavras. 
 
CONOTAÇÃO: sentido figurado das palavras. 
 
Fenômenos Semânticos1. POLISSEMIA 
(Polys, do grego, significa “muito”) é a capacidade que 
uma palavra tem de assumir diferentes significações ou 
sentido. 
a) O sol é uma estrela de quinta grandeza. 
b) Clarissa é a estrela de sua turma. 
c) Fernanda Montenegro é uma estrela nacional. 
d) Não desanime, meu filho, confie em sua estrela. 
 
2. SINÔNIMOS 
São palavras que apresentam, entre si, o mesmo 
significado. triste = melancólico. resgatar = 
recuperar 
maciço = compacto ratificar = confirmar 
 
3. ANTÔNIMOS 
São palavras que apresentam, entre si, sentidos 
contrários. 
bom x mau bem x mal condenar x absolver 
 
4. HOMÔNIMOS 
São palavras iguais na forma e diferentes na significação. 
Há três tipos de homônimos: 
 
4.1. HOMÔNIMOS HOMÓFONOS 
Têm o mesmo som e grafias diferentes. 
sessão (reunião), seção (repartição) e cessão (ato de 
ceder); 
concerto (harmonia) e conserto (remendo). 
 
4.2. HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS 
Têm a mesma grafia e sons diferentes. 
almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar); 
sede (vontade de beber) e sede (residência). 
 
4.3. HOMÔNIMOS PERFEITOS 
Têm a mesma grafia e o mesmo som. 
cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder); 
meio (numeral), meio (adjetivo) e meio (substantivo). 
 
5. PARÔNIMOS 
São palavras de significação diferente, mas de forma 
parecida. 
retificar e ratificar; 
emergir e imergir. 
6. AMBIGUIDADE 
Ocorre a ambiguidade quando o leitor vacila diante de 
mais de uma possibilidade de entendimento do que foi 
expresso. 
Uma série de causas estruturais pode causar 
ambiguidade. 
 
a) Pedro e Paulo vão desquitar-se. (Mau uso da 
coordenação) 
 
b) O aluno enjoado saiu da sala. (Má colocação de 
palavra) 
 
c) João encontrou Maria e lhe disse que sua prima estava 
doente. (Mau uso de possessivos) 
 
Eis uma lista com alguns homônimos e parônimos: 
acender = atear fogo 
ascender = subir 
amoral = indiferente à moral 
imoral = contra a moral, libertino, devasso 
apreçar = marcar o preço 
apressar = acelerar 
arrear = pôr arreios 
arriar = abaixar 
bucho = estômago de ruminantes 
buxo = arbusto ornamental 
caçar = abater a caça 
cassar = anular 
cela = aposento 
sela = arreio 
censo = recenseamento 
senso = juízo 
cessão = ato de doar 
seção ou secção = corte, divisão 
sessão = reunião 
chá = bebida 
xá = título de soberano no Oriente 
chalé = casa campestre 
xale = cobertura para os ombros 
cheque = ordem de pagamento 
xeque = lance do jogo de xadrez, contratempo 
comprimento = extensão 
cumprimento = saudação 
concertar = harmonizar, combinar 
consertar = remendar, reparar 
conjetura = suposição, hipótese 
conjuntura = situação, circunstância 
coser = costurar 
cozer = cozinhar 
deferir = conceder 
diferir = adiar 
descrição = representação 
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21 
discrição = ato de ser discreto 
descriminar = inocentar 
discriminar = diferençar, distinguir 
despensa = compartimento 
dispensa = desobrigação 
despercebido = sem atenção, desatento 
desapercebido = desprevenido 
discente = relativo a alunos 
docente = relativo a professores 
emergir = vir à tona 
imergir = mergulhar 
eminente = nobre, alto, excelente 
iminente = prestes a acontecer 
esperto = ativo, inteligente, vivo 
experto = perito, entendido 
espiar = olhar sorrateiramente 
expiar = sofrer pena ou castigo 
estada = permanência de pessoa 
estadia = permanência de veículo 
flagrante = evidente 
fragrante = aromático 
fuzil = carabina 
fusível = resistência de fusibilidade calibrada 
incerto = duvidoso 
inserto = inserido, incluso 
incipiente = iniciante 
insipiente = ignorante 
indefesso = incansável 
indefeso = sem defesa 
infligir = aplicar pena ou castigo 
infringir = transgredir, violar, desrespeitar 
intemerato = puro, íntegro, incorrupto 
intimorato = destemido, valente, corajoso 
intercessão = súplica, rogo 
interse(c)ção= ponto de encontro de duas linhas 
laço = laçada 
lasso = cansado, frouxo 
ratificar = confirmar 
retificar = corrigir 
soar = produzir som 
suar = transpirar 
sortir = abastecer 
surtir = originar 
sustar = suspender 
suster = sustentar 
tacha = brocha, pequeno prego 
taxa = tributo 
tachar = censurar, notar defeito em 
taxar = estabelecer o preço 
vultoso = volumoso 
vultuoso = atacado de vultuosidade (congestão na face) 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
1. Ao seguinte trecho: “Festejar ter que pagar pedágio / 
sem ter estradas para caminhar / Comemorar ter filho e 
mulher / Sem ter pão para dar de comer / Sem poder ter 
de levantar cedo / Para o emprego que não há...”, o 
verbo ter, nas suas várias ocorrências e contextos, 
A) adquire significados diferentes. Trata-se de um caso 
de polissemia. 
B) possui o mesmo significado. Trata-se de um caso de 
homonímia. 
C) sugere significados diversos para uma mesma 
mensagem. Trata-se de um caso de ambiguidade. 
D) estabelece relação de semelhança nos seus 
significados. Trata-se de um caso de sinonímia. 
 
2. Nas seguintes passagens do texto: “... dá as pistas que 
vão envolvendo o leitor.” e “E é um conhecimento vão.”, 
os vocábulos grifados têm, rigorosamente, a mesma 
forma fônica, o que aparenta se tratar de uma única 
palavra. Mas, ao primeiro exame, pode-se observar que, 
dentro dos seus respectivos contextos, não têm o 
mesmo sentido e pertencem a classes gramaticais 
diferentes. 
É um caso de: 
(A) sinonímia. 
(B) homonímia 
(C) antonímia 
(D) polissemia 
 
3. “Vai ser uma expectativa nervosa para quem gosta de 
futebol e, habitualmente, andar de avião.” 
O sentido do verbo andar, na frase acima , depende 
do contexto , isto é , da soma da relação entre as 
palavras, formada dentro desse conjunto. Nessa 
situação, o verbo andar apresenta a propriedade 
semântica da: 
A) sinonímia. 
B) polissemia 
C) ambiguidade 
D) paronímia 
 
 
Gabarito: 1.a, 2.b, 3.b 
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ORTOGRAFIA OFICIAL (NOVA ORTOGRAFIA) 
 
Ortografia é o sistema correto de representar na escrita 
os fonemas e as formas da língua. Ela trata da 
representação escrita dos sons que formam os 
vocábulos, por meio dos símbolos denominados letras. 
 
Uso do S 
 
1. Nas palavras derivadas de uma primitiva em que já 
existe S: 
 pesquisa  pesquisador, pesquisado 
 casa  casinha, casebre, casarão 
 camisa  camisinha, camisola, camisolão 
 análise  analisar, analista, analisando 
 
2. Nos sufixos: 
 -ês, -esa (na indicação de título de nobreza, 
origem, nacionalidade) 
marquês  marquesa; burguês  burguesa; 
camponês  camponesa; milanês  milanesa 
 -ense (indicador de procedência, origem) 
santanense, manuaense, paranaense 
 -isa (indicador feminino de profissão, ocupação) 
diaconisa, sacerdotisa, papisa, profetisa 
 -oso, -osa (indicadores de adjetivos, formadores 
de estado pleno, abundância) 
manhoso, carinhoso, horrorosa, suntuosa 
 
3. Após ditongos: 
 Cleusa, causa, náusea, maisena 
 
4. Na conjugação dos verbos pôr (e derivados) e querer: 
 repus, repusera, repusesse, pus, pusera, 
pusesse, quis, quisera, quisesse, quiséssemos 
 
 
 
Uso do Z 
 
1. Nas palavras derivadas de uma primitiva em que já 
existe Z : 
 raiz  enraizar 
 baliza  abalizado, balizador, balizado 
 rapaz  rapazola, rapazinho, rapazote 
 
2. Nas terminações –ez, -eza, formadores de 
substantivos abstratos derivados de adjetivos: 
 real  realeza 
 grande  grandeza 
 cru  crueza 
 certo  certeza 
 
3. Nas terminações –izar (formador de verbos) e –ização 
(formador de substantivos) 
 canal  canalizar  canalização 
 humano  humanizar  humanização 
 atual  atualizar  atualização 
 global  globalizar  globalização 
 
Uso do X 
 
1. Depois de ditongo: 
 ameixa, baixo, caixa, feixe, paixão 
 
2. Depois da sílaba inicial en-: 
 enxaqueca, enxadrista, enxame, enxuto 
 
Fazem exceção: encher e derivados; enchova; e palavras 
iniciadas com ch que ganharam prefixo em-, como 
enchouriçar (em + chouriço + ar). 
 
3. Depois da sílaba inicialme -: 
 mexerica, mexicano, mexilhão, mexer 
 Exceção: mecha (substantivo) e derivados 
escrevem-se com ch. 
 
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23 
4. Em palavras de origem africana e indígena: 
 abacaxi, capixaba, macaxeira, morubixaba, 
pixaim, xará, xinxim, xique-xique 
 
5. Palavras aportuguesadas do inglês trocam o sh original 
por x: 
 xampu (de shampoo), xerife (de sheriff) 
Escrevem-se com x: 
almoxarife, bexiga, bruxa, capixaba, caxemira, caxumba, 
coaxar, coxo, elixir, enxada, engraxate, enxurrada, 
esdrúxulo, faxina, lagartixa, laxante, lixa, luxo, maxixe, 
mexer, mexerico, morubixaba, muxoxo, orixá, Oxalá, 
praxe, pixaim, puxar, relaxar, rixa, taxa (impostos, 
tributo), vexame, xale, xampu, xarope, xavante, xaxim, 
xereta, xerife, xícara, xingar. 
 
Escrevem-se com ch : 
apetrecho, archote, bochecha, boliche, crochê, cachaça, 
cachimbo, chá, chamariz, chamego, chafariz, cartucheira, 
charco, cheque, chimarrão, chimpanzé, chuchu, 
chucrute, chumaço, chutar, cacho, cochicho, cocho, 
colcha, colchão, comichão, coqueluche, fachada, ficha, 
flecha, galocha, inchar, macho, machado, machucar, 
mancha, nicho, pachorra, pichar, pechincha, piche, 
rachar, recheio, salsicha, sanduíche, tacha (prego), 
tacheiro, tacho, tocha. 
 
Uso do E e do I 
1. Todos os verbos terminados em –uir, -air, -oer 
escrevem-se com a letra i na segunda e terceira pessoas 
do singular do presente do indicativo. 
 contribuir  contribuis, contribui 
 cair  cais, cai 
 doer  dói 
 influir  influis, influi 
 sair  sais, sai 
 roer  róis, rói 
 
2. Todos os verbos terminados em –ir escrevem-se com 
a letra e na segunda e terceira pessoas do presente do 
indicativo. 
 acudir  acodes, acode 
 fugir  foges, foge 
 decidir  decides, decide 
3. Todos os verbos terminados em –uar ou em –oar 
escrevem-se com a letra e na primeira, segunda e 
terceira pessoas do presente do subjuntivo. 
 perdoar  perdoe, perdoes, perdoe 
 atuar  atue, atues, atue 
 caçoar  caçoe, caçoes, caçoe 
 jejuar  jejue, jejues, jejue 
 
4. Prefixos ante- e anti- 
 ante – (prefixo) significa “antes” (indica posição 
anterior) 
antecâmara, antemão, antepasto, 
anteontem, antebraço 
antediluviano, antever 
 
 anti - (prefixo) significa “contra” (indica posição 
contrária) 
antiacadêmico, antialcoólico, 
anticoncepcional, anticlerical 
antídoto, antiaéreo, anticonjugal, 
antifascista 
 
5. Prefixos em /en e im/in: 
 emporcalhar 
 engraxar 
 empossar 
 entorpecer 
 imputar 
 incomodar 
 impugnar 
 infalível 
 
 
6. Prefixos des e dis: 
 desgarrar discernir 
 desinfetar dispensar 
 desmedido dislexia 
 
 
 
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24 
Escrevem-se com e: 
Abaeté, acareação, acreano, aldeola, alheado, antecipar, 
antedatar, anteprojeto, área (medida de uma superfície), 
barbárie, cadeado, candeeiro, caranguejo, cardeal, 
cereal, cumeada, cumeeira, decreto, deferido, deferir, 
descortino, descrição (exposição), descriminar (absolver 
de crime), despensa (lugar para guardar mantimentos), 
destilação, emergir, emigrar, eminência, eminente, 
empecilho, encabular, enteado, engolir, enxada, 
estropear, falsear, geada, grandessíssimo, himeneu, 
inquerição, lêndea, lenimento, meada, memoridade, 
mestiço, mexerica, murmúreo, níveo, óleo, parêntese, 
passeata, peão, petróleo, quase, quepe, recheado, 
reencanar, revalidar, róseo, senão, sequer, seringa, 
subentender, terráqueo, vadear, violáceo, vítreo. 
 
Escrevem-se com i: 
aborígine, adiantar, adiante, adivinho, amiúde, 
anticristo, ária (cantiga), azuis, camoniano, casimira, 
corrimão, crânio, crioulo, dentifrício, diante, diferido, 
discente (que aprende), discrição (que é discreto), 
disparate, dispêndio, dispensa (licença), imbuia, 
imigração, iminente, invés (contrário), miúdo, pardieiro, 
pátio, pião, privilegiado, privilegiar, recriação, (ato de 
recriar), réstia, siar, vadiar, vadiação 
 
Uso do O e do U 
 
 Às vezes se confundem usos do u e do o na grafia 
de algumas palavras. Compare as listas abaixo: 
com O com U 
Abolir acudir 
Boteco bueiro 
botequim burburinho 
comprido cumprido (de cumprir) 
comprimento (extensão) cumprimento (saudação) 
Cortiça cúpula 
Cobrir curtume 
Engolir embutir 
explodir entupir 
Focinho escapulir 
Goela jabuti 
lombriga jabuticaba 
mágoa lóbulo 
mochila mucama 
moleque pirulito 
Névoa rebuliço 
Nódoa suar (transpirar) 
Poleiro supetão 
Polenta tábua 
sortir (abastecer) tabuleiro 
Sotaque tabuleta 
Zoeira trégua 
 
 
Uso de C, Ç, S, SS, SC, XC 
1. Nos vocábulos de origem árabe, tupi e africana, usam-
se c e ç : 
 açaí, araçá, araçoia, caiçara, caçula, cacimba, 
canguçu, criciúma, Ceci. 
 Iguaçu, Juçara, miçanga, Moçoró, muçum, 
muçurana, paçoca, Paraguaçu, Turiaçu 
2. Depois de ditongos, grafam-se c e ç : 
 beiço, caução, coice, feição, foice, louça, 
refeição, traição 
 
3. Nos substantivos e adjetivos derivados de verbos 
terminados em –nder e –ndir usa-se s: 
 pretender  pretensão 
 pender  pensão, pênsil 
 tender  tensão, tenso 
 ascender  ascensão, ascensor 
 expandir  expansão, expansivo 
 fundir  fusão 
 difundir  difusão 
 confundir  confusão, confuso 
 suspender  suspensão, suspensório 
 
 
 
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4. Nos substantivos derivados de verbos terminados em 
–der, -dir, -tir e –mir usa-se s (depois de n ou r) ou ss : 
 aceder  acesso 
 regredir  regressão, regresso 
 repercutir  repercussão 
 descomprimir  descompressão 
 ascender  ascensão 
 interceder  intercessão 
 agredir  agressão 
 admitir  admissão 
 reprimir  repressão 
 compreender  compreensão 
 
5. Por razões etimológicas usa-se entre vogais sc e xc: 
 apascentar, ascender (subir), convalescer, 
crescer, descente (que desce), discernir, efervescente, 
enrubescer, fascínio, florescer, incandescer, intumescer, 
lascivo, miscelânea, nascer, néscio, obsceno, oscilar, 
piscina, prescindir, recrudescer, rescindir, suscitar, 
tumescer, vísceras, excelência, excêntrico, exceto, 
excesso, exceder 
 
OBSERVE AS SEGUINTES GRAFIAS 
Escrevem-se com s : 
aliás, alisar, análise, após, asa, atrás, atraso, através, 
aviso, bisar, brasa, casulo, catalisar, cisão, colisão, cós, 
crase, crise, despesa, detrás, deusa, diálise, empresa, 
fase, fusão, gás, gasolina, gasômetro, groselha, 
hesitante, hidrólise, ileso, inclusive, infusão, invés, jus, 
lapiseira, lisonjeiro, lisura, mariposa, marselhês, mês, 
mosaico, nasal, obséquio, obus, paisagem, pêsames, 
rasura, revés, síntese, sinusite, surpresa, tosar, três, uso, 
usina, visar. 
 
Escrevem-se com z : 
abalizar, aduzir, ajuizar, alcaçuz, alcoolizar, algoz, 
amizade, anarquizar, apaziguar, aprazível, aprendiz, 
arborizar, arroz, assaz, atriz, atroz, audaz, azar, azia, 
baliza, bazar, bizarro, buzina, cafuzo, capaz, capuz, capuz, 
carbonizar, cartaz, chafariz, coriza, cruz, cuscuz, 
delicadeza, deslize, desprezo, eficaz, enfezado, esvaziar, 
falaz, feroz, fertilizar, fugaz, gaze, giz, gentileza, 
horizonte, impureza, jaez, jazigo, lambuzar, lazer, 
lhaneza, luz, magazine, meretriz, morbidez, nariz, nudez, 
obstetriz, ozônio, palidez, perspicaz, petiz, pobreza, 
prazer, prazo, profetizar, rapaz, rezar, rodízio, sagaz, 
sazonal, talvez, tenaz, tez, trapézio, trezentos, vazio, 
veloz, verniz, voraz, xadrez 
 
Uso do G 
1. Nas palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, 
-úgio. 
 adágio, colégio, litígio, relógio, refúgio 
 
2. Nas palavras terminadas em –gem. 
 ferrugem, selvagem, massagem, mixagem 
 
3. Nas palavras derivadas de outras, já grafadas com g. 
 tingir  tingido  tingimento 
 fingir  fingido  fingimento 
 
Escrevem-se com g : 
abordagem, algibeira, algemar, angélico, aterragem, 
auge, cingir, constrangir, doge, estrangeiro, falange, 
ferrugem, gengibre, gengiva, gergelim, geringonça,giba, 
gibi, gíria, herege, impingem, logístico, margear, megera, 
monge, mugido, ogiva, pungente, rabugento, regurgitar, 
tangerina, tigela, vagem, vertigem, viagem (subst.) 
 
Uso do J 
1. Nas palavras de origem tupi (indígena) e africana: 
 biju (variante de beiju), canjarana, canjica, 
jabuticaba, jacaré, jenipapo, jerimum, jiboia, jirau, pajé. 
(Exceção: Sergipe.) 
 
2. Nos verbos terminados em –jar ou –jear: 
 arranjar, despejar, sujar, viajar, ultrajar, 
granjear, gorjear, lisonjear 
 
3. Nas palavras derivadas de outras já grafadas com j: 
 granja  granjeiro 
 lisonja  lisonjeiro 
 laje  lajeado 
 majestade  majestoso 
Escrevem-se com j : 
ajeitar, alforje, berinjela, cafajeste, canjerê, canjica, 
cerejeira, desajeitar, enjeitar, gorjear, gorjeta, granjear, 
hoje, intrujice, jeca, jeito, jejum, jenipapo, jérsei, jiboia, 
jiló, jiu-jítsu, laje, laranjeira, lisonjeiro, majestade, 
majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, pajé, 
pajem, pegajoso, sarjeta, sabujice, traje, trejeito, ultraje, 
varejo, varejista, viaje, viagem (do verbo viajar) 
 
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26 
RESUMO DOS PRINCIPAIS CASOS ORTOGRÁFICOS 
 
 
Escreve-se com S 
 
01) as palavras derivadas de verbos terminados em -nder 
e –ndir: pretender = pretensão, ascender = ascensão. 
 
02) as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção 
de gozo: gostosa, glamorosa, raivoso. 
 
03) as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com 
exceção de gaze e deslize: fase, crase, tese, osmose. 
 
04) palavras femininas terminadas em –isa: poetisa, 
Marisa. 
 
05) As formas dos verbos pôr, querer e usar:• pus, quis, 
usei. 
 
Escreve-se com Ç ou S? 
Após ditongo, escreve-se com -ç-, quando houver som 
de /cê/, e escreve-se com -s-, quando houver som de 
/zê/. 
• eleição • traição 
 • Neusa • coisa 
 
Escreve-se com S ou Z? 
01 a) com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que 
indicarem nacionalidades, títulos ou feminino. 
• português • norueguesa 
• marquês • duquesa 
 
b) com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, 
substantivos abstratos que provêm de adjetivos. 
• embriaguez • limpeza • lucidez • nobreza 
 
02) a) Escreve-se com -s- os verbos terminados em -isar, 
quando a palavra primitiva já possuir o –IS + VOGAL-
. 
• análise = analisar 
• pesquisa = pesquisar 
• paralisia = paralisar 
 
b) Escreve-se com -z- os verbos terminados em -izar, 
quando a palavra primitiva não possuir -s- nem –IS + 
VOGAL-. 
• economia = economizar • terror = aterrorizar 
• catequese = catequizar • síntese = sintetizar 
 
03) a) Escreve-se com -s- os diminutivos terminados em 
-sinho e -sito, se a palavra primitiva já possuir -s- no 
final. 
• casinha 
• asinha 
• portuguesinho 
• camponesinha 
 
b) Escreve-se com -z- os diminutivos terminados em -
zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- 
no final. 
• mulherzinha 
• arvorezinha 
• alemãozinho 
• aviãozinho 
 
Verbos terminados em UIR e OER 
Terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do 
Indicativo escritas com -i-: 
tu possuis, ele possui, tu constróis, ele constrói 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estão grafadas corretamente. 
a) palidez - francezes - pretencioso 
b) fuzível - beleza - rigoroso 
c) holandezes - fuzarca - pesquisa 
d) quisesse - rapides - talentoso 
e) catequizar - burguês – análise 
 
2. (ES ou EZ – ESA ou EZA) 
acid___, marqu_____, arid___, campon___, cort___, 
estupid___, lucid___, mesquinh___, montanh___, 
milan___, nud___, palid___, pequen___ (pequeno), 
pequin___ (cão). 
 
3. (S ou Z) 
agili___ar, ali___ar, ameni___ar, bati___ar, canali___ar, 
carboni___ar, catali___ar, catequi___ar, capitali___ar, 
coti___ar, desli___ar, fiscali___ar, fri___ar, 
humani___ar, parali___ar. 
 
 
Gabarito 
Ortografia: 1.e, 2. acidEZ, marquÊS, aridEZ, camponÊS, 
cortÊS, estupidEZ,lucidEZ, mesquinhEZ, montanhÊS, 
milanÊS, nudEZ, palidEZ, pequenEZ(pequeno), 
pequinÊS(cão). 
3. agiliZar, aliSar, ameniZar, batiZar, canaliZar, 
carboniZar, cataliSar, catequiZar, capitaliZar, cotiZar, 
desliZar, fiscaliZar, friSar, humaniZar, paraliSar. 
 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
27 
 
ESTAR ou ESTÁ? 
 
As duas formas existem e estão corretas. A dúvida 
reside em quando se deve utilizar está e quando se deve 
utilizar estar. 
 
Está é a forma conjugada do verbo estar na 3.ª pessoa do 
singular do presente do indicativo (ele está) ou na 2.ª 
pessoa do singular do imperativo (está tu). 
 
Estar é a forma do verbo no infinitivo. 
 
O erro no uso de está e estar acontece porque, numa fala 
corrente e descompromissada, o r final das formas 
verbais no infinitivo não é pronunciado (está em vez de 
estar, vê em vez de ver, dá em vez de dar,…). 
Assim, a pronúncia das formas no infinitivo fica similar às 
formas oxítonas acentuadas na 3.ª pessoa do singular do 
presente do indicativo. Esse erro já não ocorre quando a 
3.ª pessoa é paroxítona. 
 
Quando usar estar? 
O infinitivo impessoal estar deverá ser usado, 
principalmente, em locuções verbais, quando o verbo 
tiver regência de uma preposição e quando não houver 
um sujeito definido, havendo ainda outros usos. A dúvida 
na utilização do infinitivo ocorre principalmente nas 
locuções verbais e nas frases com preposições. 
 
Exemplos com estar: 
 O menino deve estar feliz. (locução verbal com 
verbo auxiliar deve) 
 Helena deve estar indo embora. (locução verbal 
com verbo auxiliar deve) 
 Meu primo deve estar cursando medicina. (locução 
verbal com verbo auxiliar deve) 
 Ela pode estar me esperando. (locução verbal com 
verbo auxiliar pode) 
 Meu pai pode estar atrasado. (locução verbal com 
verbo auxiliar pode) 
 Meu irmão não vai estar na festa. (locução verbal 
com verbo auxiliar vai) 
 O menino fica sempre sem estar quieto. (frase com 
preposição) 
 Meditar é importante para ele estar sossegado. 
(frase com preposição) 
 
Quando usar está? 
Está, forma verbal no presente do indicativo, é usada 
principalmente para indicar uma ação que ocorre no 
exato momento em que se narra a ação. Indica também, 
entre outros usos, uma ação habitual, uma característica 
do sujeito e um estado permanente de uma situação. 
Verbo estar – Presente do indicativo: 
(Eu) estou 
(Tu) estás 
(Ele) está 
(Nós) estamos 
(Vós) estais 
(Eles) estão 
 
Exemplos com está no presente: 
 O menino está feliz. 
 Helena está indo embora. 
 Meu pai está atrasado. 
 Ela está me esperando. 
 Meu primo está cursando medicina. 
 Meu irmão não está na festa. 
Está, forma verbal no imperativo, é usada para indicar 
uma ordem, conselho, solicitação ou súplica. 
Verbo estar – Imperativo: 
(Eu) --- 
(Tu) está 
(Ele) esteja 
(Nós) estejamos 
(Vós) estai 
(Eles) estejam 
 
Exemplos com está no imperativo: 
 Está quieto! 
 Está sossegado! 
Como distinguir está e estar? 
 
Uma forma fácil de resolver a dúvida é pela substituição 
da palavra duvidosa por outro infinitivo. 
 
Exemplo: Ele deve está ou estar cansado? 
 
Substituição por outro verbo no infinitivo: Ele deve 
ficar; ele deve permanecer; ele deve viver; ele deve 
sair,… 
Forma correta: Ele deve estar cansado. 
 
 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
LÍNGUA PORTUGUESA 
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28 
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
 
Resumão com as principais mudanças: 
 
Alfabeto 
Nova Regra: O alfabeto agora é formado por 26 letras 
 
• Regra Antiga: O 'k', 'w' e 'y' não eram consideradas 
letras do nosso alfabeto. 
 
• Como é: Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, 
nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. 
Exemplos: km, watt, Byron, byroniano 
 
Trema 
 
Nova Regra: Não existe mais o trema em língua 
portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus 
derivados, por exemplo: Müller, mülleriano 
 
• Regra Antiga: agüentar, conseqüência, cinqüenta, 
qüinqüênio,freqüência, freqüente, eloqüência, 
eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, 
linguiça 
 
• Como é: aguentar, consequência, cinquenta, 
quinquênio, frequência, frequente, eloquência, 
eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, 
linguiça. 
 
Acentuação 
 
Nova Regra: Ditongos abertos (ei, oi) não são mais 
acentuados em palavras paroxítonas 
 
• Regra Antiga: assembléia, platéia, idéia, colméia, 
boléia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, 
heróico, paranoico 
 
• Como é: assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, 
Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, 
paranoico. 
Observações: 
• nos ditongos abertos de palavras oxítonas e 
monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, 
anéis, papéis. 
 
• o acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, 
céu. 
 
Nova Regra: O hiato 'oo' não é mais acentuado 
 
• Regra Antiga: enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, 
abençôo. 
 
• Como é: enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, 
abençoo. 
 
Nova Regra: O hiato 'ee' não é mais acentuado 
 
• Regra Antiga: crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, 
relêem. 
 
• Como é: creem, deem, leem, veem, descreem, releem. 
 
Nova Regra: Não existe mais o acento diferencial em 
palavras homógrafas 
 
• Regra Antiga: pára (verbo), péla (substantivo e verbo), 
pêlo (subst.), pêra (subst.), péra (subst.), pólo (subst.) 
 
• Como é: para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo 
(subst.), pera (subst.), pera (substantivo), polo (subst.) 
 
Observação: 
• o acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' 
(3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - 'pôde') e 
no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por' 
 
 
 
 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
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• Nova Regra: Não se acentua mais a letra 'u' nas formas 
verbais com o “u” pronunciado de forma átona e tônica, 
quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 'i' (gue, 
que, gui, qui) 
 
• Regra Antiga: argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, 
enxagüemos. 
 
• Como é: argui, apazigue, averigue, enxague, 
ensaguemos. 
 
Nova Regra: Não se acentua mais 'i' e 'u' tônicos em 
paroxítonas quando precedidos de ditongo 
 
• Regra Antiga: baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, 
feiúme 
• Como é: baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, 
feiume 
 
Hífen 
1. Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras 
formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados 
em vogal + palavras iniciadas por 'r' ou 's', sendo que 
essas devem ser dobradas 
 
• Regra Antiga: ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, 
anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade, 
auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, 
contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-
sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-
real, semi-sintético, supra-renal. 
 
• Como é: antessala, antessacristia, autorretrato, 
antissocial, antirrugas, arquirromântico, 
arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha, 
extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, 
inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, 
suprarrenal. 
 
Observação: 
• em prefixos terminados por 'r', permanece o hífen se a 
palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-
realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, 
inter-regional, inter-relação, super-racional, super-
realista, super-resistente. 
 
2. Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras 
formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados 
em vogal + palavras iniciadas por outra vogal 
 
• Regra Antiga: auto-afirmação, auto-ajuda, auto-
aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-
instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-
ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-
ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-
imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, 
semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular. 
 
• Como é: autoafirmação, autoajuda, 
autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, 
autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, 
contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, 
intraocular, intrauterino, neoexpressionista, 
neoimperialista, semiaberto, semiautomático, 
semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, 
supraocular, ultraelevado. 
 
 
Observações: 
• esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já 
existentes antes: antiaéreo, antiamericano, 
socioeconômico etc. 
• esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte 
iniciar por 'h': anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, 
semi-herbáceo etc. 
 
3. Nova Regra: Agora utiliza-se hífen quando a palavra 
é formada por um prefixo (ou falso prefixo) 
terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma 
vogal. 
 
• Regra Antiga: antiibérico, antiinflamatório, 
antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, 
arquiirmandade, microondas, microônibus, 
microorgânico 
 
• Como é: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-
inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-
irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico 
 
Observações: 
• esta regra foi alterada por conta da regra anterior: 
prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal 
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30 
diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + 
palavra inicia com mesma vogal = com hífen 
 
• uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra 
inicia-se com a vogal 'o', NÃO se utiliza hífen. 
 
4. Nova Regra: Não usamos mais hífen em compostos 
que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição 
 
• Regra Antiga: manda-chuva, pára-quedas, pára-
quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-
vento 
 
• Como Será: mandachuva, paraquedas, paraquedista, 
paralama, parabrisa, parachoque, paravento 
 
Observação: 
• o uso do hífen permanece em palavras compostas que 
não contêm elemento de ligação e constitui unidade 
sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, 
bem como naquelas que designam espécies botânicas e 
zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, 
conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-
coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, 
bem-te-vi etc. 
 
O uso do hífen permanece 
 
• Em palavras formadas por prefixos 'ex', 'vice', 'soto': ex-
marido, vice-presidente, soto-mestre 
 
• Em palavras formadas por prefixos 'circum' e 'pan' + 
palavras iniciadas em vogal, M ou N: pan-americano, 
circum-navegação 
 
• Em palavras formadas com prefixos 'pré', 'pró' e 'pós' 
+ palavras que tem significado próprio: pré-natal, pró-
desarmamento, pós-graduação 
• Em palavras formadas pelas palavras 'além', 'aquém', 
'recém', 'sem': além-mar, além-fronteiras, aquém-
oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, 
sem-teto 
 
 
 
Não existe mais hífen 
 
• Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, 
pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou 
conjuncionais): cão de guarda, fim de semana, café com 
leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de 
vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc. 
 
• Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, 
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-
roupa. 
 
Consoantes não pronunciadas 
 
5. Fora do Brasil foram eliminadas as consoantes não 
pronunciadas: ação, didático, ótimo, batismo em vez 
de acção, didáctico, óptimo, baptismo 
 
 
Grafia Dupla 
 
6. De forma a contemplar as diferenças fonéticas 
existentes, aceitam-se duplas grafias em algumas 
palavras: 
7. • António/Antônio, facto/fato, secção/seção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUADRO DO USO DE HÍFEN 
 
1 – Com prefixos e falsos prefixos 
a) Usa-se hífen 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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