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PONTO 1 E 2

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Sumário 
1. Roteiro das Aulas ...................................................................................................................................... 4 
2. PL 5977/2019 .............................................................................................................................................. 5 
3. 665 cargos TRF 1 / 103 vagos ............................................................................................................ 6 
4. NÚMERO DE QUESTÕES POR CONCURSO ................................................................................... 6 
5. TRF 3 – XIX CONCURSO 2018 ............................................................................................................ 7 
6. TRF 2 – XVII CONCURSO 2018 ........................................................................................................... 8 
7. REPRESENTATIVIDADE PONTO / PROVAS 2014-18 .................................................................. 8 
8. PONTO 1 ................................................................................................................................................... 13 
 CONCEITO DE DIP ............................................................................................................................ 13 
 Principais características do DIP ........................................................................................... 15 
 Fontes Formais ............................................................................................................................. 19 
 Fontes Materiais .......................................................................................................................... 19 
 Questões ......................................................................................................................................... 22 
 RESUMO PONTO 1 ........................................................................................................................ 24 
9. PONTO 2 ................................................................................................................................................... 26 
 TRATADOS......................................................................................................................................... 26 
 Características .................................................................................................................................. 27 
 Nomenclatura .................................................................................................................................. 28 
 Ressalvas do Dec. 7030/09 à incorporação da CVDT/69 ............................................. 29 
 Vigência dos Tratados .................................................................................................................. 30 
 Efeitos dos Tratados ..................................................................................................................... 31 
 CLASSIFICAÇÃO DOS TRATADOS ........................................................................................... 32 
 
 
 Validade dos Tratados ................................................................................................................. 33 
 Elaboração e Incorporação ao Direito Interno - Modelo Complexo (solene) ..... 35 
 Elaboração e Incorporação ao Direito Interno ......................................................... 35 
 Questão .......................................................................................................................................... 40 
 Competência para Análise de Tratados no Brasil ........................................................ 41 
 Aplicação de um Tratado no Brasil .................................................................................... 41 
 EXTINÇÃO (art. 54 e s. CVDT/69) ........................................................................................ 42 
 Questão .......................................................................................................................................... 43 
 Conflitos entre DI Público x Privado ................................................................................. 44 
 “Antinomias” - Critérios de Derrogação .......................................................................... 46 
 Questão .......................................................................................................................................... 50 
 RESUMO PONTO 2 - Tratados ............................................................................................. 51 
 QUESTÕES OBJETIVAS PONTOS 1 e 2 DO EDITAL ..................................................... 52 
 
 
4 
 
 
 
 
1. Roteiro das Aulas 
DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO 
AULA 1 – PONTOS 1 e 2 
AULA 2 – PONTO 3 
AULA 3 – PONTO 4 
AULA 4 – PONTO 5 
AULA 5 – PONTO 6 
DIREITO INTERNACIONAL 
PRIVADO 
AULA 6 – PONTO 7 
AULA 7 – PONTOS 8 e 10 
AULA 8 – PONTO 9 
 
 
 
 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO – ponto 1 e 2 
 
 
 
 
5 
 
 
2. PL 5977/2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
3. 665 cargos TRF 1 / 103 vagos 
 
 
 
4. NÚMERO DE QUESTÕES POR CONCURSO 
CONCURSO NÚMERO DE QUESTÕES 
TRF 2ª 2014 5 
TRF 4ª 2014 7 
TRF 5ª 2014 10 
 
 
7 
 
 
TRF 1ª 2015 9 
TRF 3ª 2016 8 
TRF 4ª 2016 7 
TRF 2ª 2017 9 
TRF 5ª 2017 10 
TRF 3ª 2018 8 
TRF 2ª 2018 10 
MÉDIA DE QUESTÕES POR PROVA 8,15 
 
5. TRF 3 – XIX CONCURSO 2018 
• Questões 93 a 100 – 8 questões 
✓ Ponto 1 – 1 questão sobre Fontes (93) 
✓ Ponto 2 – 2 questões sobre Tratados (94 – aplicação e 95 - 
interpretação) 
✓ Ponto 3 – 1 questão sobre Asilo diplomático (96) 
✓ Ponto 4 – 1 questão sobre Mercosul (97) 
✓ Ponto 7 – 1 questão sobre DIP – regras de conexão (98) 
✓ Ponto 9 – 1 questão sobre Arbitragem (99) 
 
 
8 
 
 
✓ Ponto 10 – 1 questão sobre Sequestro Internacional de Crianças (100) 
 
 
6. TRF 2 – XVII CONCURSO 2018 
• Questões 91 a 100 – 10 questões 
✓ Ponto 3 – 2 questões: Lei de Migração e imunidade de jurisdição (99 
e 100) 
✓ Ponto 4 – 2 questões: extradição e expulsão (97 e 98) 
✓ Ponto 9 – 4 questões: homologação de sentença estrangeira, 
concessão de exequatur, homologação de laudo arbitral e competência 
da JF (91 a 94) 
✓ Ponto 10 – 2 questões sobre Convenção de NY sobre Prestação de 
Alimentos e Sequestro Internacional de Crianças (95 e 96) 
 
 
7. REPRESENTATIVIDADE PONTO / PROVAS 2014-18 
PONTO N. QUESTÕES % 
1 2 2,44 
 
 
9 
 
 
2 10 12,20 
3 8 9,76 
4 16 19,51 
5 6 7,32 
6 4 4,88 
7 6 7,32 
8 3 3,66 
9 17 20,73 
10 10 12,20 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
1ª FASE 
 
 
11 
 
 
 
 
Questões 
Discursivas 
 
 
12 
 
 
 
 
PROVA ORAL 
 
 
13 
 
 
8. PONTO 1 
RESOLUÇÃO Nº 067, DE 03 DE JULHO 
2009 
RESOLUÇÃO No 407, DE 10 DE JUNHO DE 
2016 
1.Direito Internacional Público. 
Conceito. Fontes. Princípios. 
1. Direito Internacional Público. Conceito. 
Fontes. Princípios. 
 
 CONCEITO DE DIP 
Ramo do Direito que tem sido tradicionalmente entendido o conjunto de regras 
escritas e não escritas que regula o comportamento 
dos Estados. (Alberto do Amaral Júnior) 
 
Sistema jurídico autônomo, onde se ordenam as relações entre 
os Estados soberanos. (Francisco Resek) 
Sistema de normas jurídicas que visa a disciplinar e a regulamentar as atividades 
exteriores da sociedade dos Estados (e também, modernamente, das organizações 
internacionais e ainda do próprio indivíduo). (Valério Mazzuoli) 
 
Ramo do Direito que visa a regular as relações internacionais e a tutelar temas de 
interesse internacional, norteando a convivência entre os membros da sociedade 
 
 
14 
 
 
internacional, que incluem não só os Estados e as organizações internacionais, mas 
também outras pessoas e entes como os indivíduos, as empresas e as 
organizações não governamentais(ONGs), dentre outros. (Paulo Portela) 
 
Globalização: processo progressivo de aprofundamento da integração entre as 
várias partes do mundo, especialmente nos campos político, econômico, social e 
cultural, com vistas a formar um espaço internacional comum, dentro do qual bens, 
serviços e pessoas circulem da maneira mais desimpedida possível. 
 
 
SOCIEDADE INTERNACIONAL COMUNIDADE INTERNACIONAL 
Aproximação e vínculos intencionais Aproximação e vínculos espontâneos 
Aproximação pela vontade 
Aproximação por laços culturais, 
religiosos, línguisticos, etc. 
Objetivos Comuns Identidade Comum 
Possibilidade de dominação Ausência de dominação 
Interesses Cumplicidade entre os membros 
 
 
15 
 
 
• Terminologia 
჻ Direito Internacional: 1780, por Jeremy Bentham, na obra: An 
Introduction to the Principles of Moral and Legislation 
• Sinônimos 
჻ Direito das Gentes, jus inter gentes, jus gentium. 
• Objeto 
჻ Reduzir a anarquia na sociedade internacional 
჻ Delimitar as competências de seus membros 
჻ Regular a cooperação internacional 
჻ Conferir tutela adicional a bens jurídicos aos quais a sociedade 
internacional decidiu atribuir importância 
჻ Satisfazer interesses comuns dos Estados 
 
 
 Principais características do DIP 
• Relativização da soberania nacional 
• Direito de coordenação 
• Ausência de poder central para a produção e aplicação das normas 
• Descentralização da produção normativa 
• Normas criadas pelos próprios destinatários 
• Obrigatoriedade 
 
 
16 
 
 
• Existência de mecanismos de exercício de jurisdição internacional 
• Jurisdição internacional depende do consentimento dos Estados 
• Possibilidade de sanções 
• Fragmentação: diversidade de matérias tratadas e de condições de 
elaboração das normas. 
 
 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO 
Regulação da sociedade internacional Regulação dos conflitos de leis no espaço 
Disciplina direta das relações internacionais ou 
das relações internas de interesse internacional 
Indicação da norma nacional aplicável a 
um conflito de leis no espaço 
Normas de aplicação direta 
Normas meramente indicativas do Direito 
aplicável 
Regras estabelecidas em normas internacionais 
Regras estabelecidas em normas 
internacionais ou internas 
Regras de Direito Internacional Público 
Regras de Direito Internacional Público ou 
interno 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
• Características 
჻ Generalização / Unanimidade 
჻ Universal / Regional / Bilateral 
჻ Persistent Objector (Caso Haya de La Torre – Peru x Colômbia e Caso 
Julian Assenge – EUA x Inglaterra) 
჻ Ônus probatório 
• Formas de extinção 
჻ desuso, 
჻ novo costume 
჻ codificação 
• Dispensa incorporação 
• Tempo de formação 
 
 
 
 
Costume 
Internacional 
= 
Elemento material/objetivo: Reiteração 
+ 
Elemento subjetivo: opinio iuris 
( justa + necessária) 
 
 
18 
 
 
Princípios Gerais do Direito Princípios Gerais do DIP 
 
• caráter genérico e abstrato 
 
• soberania nacional 
• proteção da dignidade da 
pessoa humana 
• não intervenção 
 
• pacta sunt servanda 
 
• igualdade jurídica entre os Estados 
• boa-fé 
 
• autodeterminação dos povos 
• devido processo legal 
 
• cooperação internacional 
• coisa julgada 
 
• solução pacífica de controvérsias 
internacionais 
• obrigação de reparação 
 
• proibição da ameaça ou do uso da 
força 
 
• esgotamento dos recursos internos 
antes do recurso aos tribunais 
internacionais. 
 
 
 
 
19 
 
 
 Fontes Formais 
Artigo 38. Estatuto da CIJ (Anexo a Carta da ONU – Dec. 19.841/45) 
I. A Côrte, cuja função é decidir de acôrdo com o direito internacional as 
controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: 
a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais. que 
estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; 
b) costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como 
sendo o direito; 
c) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas Nações civilizadas; 
d) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina 
dos publicistas mais qualificados das diferentes Nações, como meio 
auxiliar para a determinação das regras de direito. 
II. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Côrte de decidir 
uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem. 
 
 
 Fontes Materiais 
• Analogia: fonte x meio de integração 
• Atos unilaterais dos Estados 
჻ Ato público (expresso / tácito) 
჻ Agente Público Competente 
 
 
20 
 
 
჻ Intenção de vincular o Estado 
Ex: Caso Nova Zelândia e Austrália x França (96) - Tratado de Não 
Proliferação de Armas Nucleares (70) / Protesto, notificação, renúncia, 
denúncia, reconhecimento... 
• Atos de Organizações Internacionais (Hard law / soft law) 
Ex: Resolução 217-A de 10/12/1948 - Declaração Universal dos Direitos 
Humanos passou a ser hard law a partir de 1993, por ocasião da 
Conferência de Viena s/ DH. / Capítulo 7 do CSONU – DECRETO Nº 8.825, 
DE 29 DE JULHO DE 2016 
• Jus Cogens – Exceção a inexistência de hierarquia das fontes 
Art. 53 CVDT/69 - É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, 
conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os 
fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional 
geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional 
dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é 
permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito 
Internacional geral da mesma natureza. 
 
 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%208.825-2016?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%208.825-2016?OpenDocument
 
 
21 
 
 
→ FONTES MATERIAIS – JUS COGENS 
• Art. 64 CVDT/69 - Se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito 
Internacional geral, qualquer tratado existente que estiver em conflito com 
essa norma torna-se nulo e extingue-se. 
 
• Ex: Dec. 592/92 - Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (‘66) 
჻ Art. 4, §2. A disposição precedente não autoriza qualquer suspensão 
dos artigos 6, 7, 8 (parágrafos 1 e 2) 11, 15, 16, e 18. 
჻ Art. 6 – Direto à vida 
჻ Art. 7 – Proibição à tortura 
჻ Art. 8 – Proibição à escravidão e à Servidão 
჻ Art. 11 – Prisão por obrigação contratual 
჻ Art. 15 – Irretroatividade da lei penal 
჻ Art. 16 – Reconhecimento da personalidade jurídica 
჻ Art. 18 – Liberdade de pensamento, consciência e religião 
 
• Jurisprudência - CIJ 
჻ Proibição do Genocídio (Atividades Armadas no território do Congo 
– Congo vs Ruanda, CIJ, 2002, § 64) 
჻ Proibição de Discriminação Racial (Atividades Armadas no território 
do Congo – Congo vs Ruanda, CIJ, 2002, § 78) 
 
 
22 
 
 
჻ Proibição do Usa da Força (Military and Paramilitary Activities Case 
– Nicarágua vs. EUA, CIJ, 1986, § 190) – Exceções: art. 51 – legitima 
defesa e art. 42 – autorização do CSNU. 
჻ Proibição da Tortura (Obrigação de Extraditar – Bélgica vs Senegal, 
CIJ, 2012, §99) 
 
 
 Questões 
 
→ TRF 3 – XIX CONCURSO – 2018 
 
Questão 93. Considere as seguintes assertivas e assinale a INCORRETA: 
a) Sobre as fontes do Direito Internacional Público, a doutrina clássica afirma 
que tratado e costume possuem o mesmo valor sem que um tenha 
primazia sobre o outro; por isso, um pode derrogar ou modificar o outro. 
b) O ato unilateral tem sido considerado pela doutrina como fonte do Direito 
Internacional, apesar de não constar expressamente do rol previsto no 
artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, tendo, como 
exemplo, as resoluções das organizações internacionais. 
c) Dentre os princípios gerais de direito no âmbito interno, os seguintes 
foram consagrados na jurisprudência internacional, segundo doutrina: (i) 
proibição ao abuso de direito; (ii)responsabilidade internacional 
 
 
23 
 
 
decorrente de atos ilícitos e restituição do que foi adquirido por 
enriquecimento ilícito; (iii) exceção da prescrição liberatória; (iv) obrigação 
de reparar os danos emergentes e lucros cessantes. 
d) O recurso à equidade prescinde da concordância das partes para ser 
validamente utilizado pelo juiz internacional ao proferir sua decisão. 
 
 
→ TRF 5 – XIV CONCURSO – 11/2017 
QUESTÃO 92 – (...) A respeito do assunto abordado nesse fragmento de texto, 
assinale a opção correta, considerando que CIJ se refere à Corte Internacional 
de Justiça. 
a) Jus cogens são normas imperativas de direito internacional geral, aceitas 
e reconhecidas pela comunidade internacional dos Estados como um 
todo, que não podem ser derrogadas ou modificadas, salvo por norma 
ulterior de direito internacional geral da mesma natureza, e que podem 
ter fundamento tanto convencional quanto consuetudinário. 
b) Dada sua soberania, os Estados podem, no que se refere aos atos 
unilaterais autonormativos, voltar atrás quanto a declarações ou 
manifestações formuladas expressamente, não havendo de se falar em 
vinculação ao conteúdo daquilo que formalmente expressaram. 
 
 
24 
 
 
c) Estatuto da CIJ enumera um rol de fontes que a Corte pode utilizar para 
cumprir sua função de decidir as controvérsias que lhe forem submetidas, 
mas não, do ponto de vista doutrinário, um rol de fontes para o direito 
internacional. 
d) A opinio juris do costume internacional representa uma atividade estatal 
que é normativamente obrigatória, de forma que, conforme já decidido 
pela CIJ, se pode inferir que há uma norma proibitiva de determinado agir 
quando os Estados não agirem de determinada forma. 
e) Conforme já decidido pela CIJ, a norma consuetudinária será absorvida ou 
revogada pela norma de tratado internacional se ambas regularem o 
mesmo conteúdo. 
 
 
 RESUMO PONTO 1 
• CONCEITO 
჻ TRADICIONAL: regula relações entre Estados. 
჻ MODERNO: regula relações entre Estados, OI e indivíduos. 
 
• FONTES 
჻ FORMAIS: art. 38 do Estatuto da CIJ 
 
 
25 
 
 
 Principais: tratados, costume, princípios gerais de direito 
 Auxiliares: jurisprudência e doutrina 
჻ MATERIAIS: analogia, atos unilaterais dos Estados, atos das OI e Jus 
Cogens (53/64) 
 
 
• PRINCÍPIOS DE DIP 
჻ soberania nacional 
჻ não intervenção 
჻ igualdade jurídica entre os Estados 
჻ autodeterminação dos povos 
჻ cooperação internacional 
჻ solução pacífica de controvérsias internacionais 
჻ proibição da ameaça ou do uso da força 
჻ esgotamento dos recursos internos antes do recurso aos tribunais 
internacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
9. PONTO 2 
RESOLUÇÃO Nº 067, DE 03 DE JULHO 
2009 
RESOLUÇÃO No 407, DE 10 DE JUNHO 
DE 2016 
2. Atos Internacionais. Tratado. 
Conceito. Validade. Efeitos. Ratificação. 
Promulgação. Registro e publicidade. 
Vigência contemporânea e diferida. 
Incorporação ao Direito Interno. 
Violação. Conflito entre tratado e norma 
de Direito Interno. Extinção. 
2. Atos Internacionais. Tratado. Conceito. 
Validade. Efeitos. Ratificação. 
Promulgação. Registro e publicidade. 
Vigência contemporânea e diferida. 
Incorporação ao Direito Interno. 
Violação. Conflito entre tratado e norma 
de Direito Interno. Extinção. Atos 
internacionais. Convenção. Acordos. 
Ajuste. Protocolo. 
3. Atos internacionais. Convenção. 
Acordos. Ajuste. Protocolo. 
 
 
 TRATADOS 
• CONCEITO: 
჻ Convenção de Havana sobre o Direito dos Tratados de 1928 
 
 
27 
 
 
Art. 2, § 1 CVDT/69 (Vigor 27/01/80 - Dec. 7030/09): 
“tratado” significa um acordo internacional concluído por ESCRITO entre 
ESTADOS e regido pelo DIREITO INTERNACIONAL, quer conste de um 
instrumento único, quer de DOIS ou MAIS instrumentos CONEXOS, 
qualquer que seja sua DENOMINAÇÃO específica; (Ex: Tratado de 
Assunção) 
Art. 2, § 1 CVDT/86: 
"tratado" significa um acordo internacional regido pelo Direito 
Internacional e celebrado por escrito i) entre um ou mais Estados e UMA 
OU MAIS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS; ou ii) ENTRE 
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS, quer este acordo conste de um único 
instrumento ou de dois ou mais instrumentos conexos e qualquer que 
seja sua denominação específica; 
 
 
 Características 
• Acordo de vontades 
• Forma escrita* (CVDT/69 art. 3º x CDI-ONU) 
• Elaboração por Estados e OI 
• Regulamentação pelo DIP 
 
 
28 
 
 
• Regulação de temas de interesse comum 
• Obrigatoriedade 
• Sinônimos: Convenção, convênio, acordo, pacto, protocolo, ato 
internacional, ata, carta ou constituição, estatuto, compromisso, 
concordata (Santa Sé), memorando de entendimento, modus vivendi 
(vigência temporária). 
 CUIDADO: gentlemen´s agreement e non-binding agrément 
 
 Nomenclatura 
• Convenção: é normamente empregado para acordos multilaterais que 
visam estabelecer normas gerais de Direito Internacional em temas de 
grande interesse mundial. 
• Acordos: concebida para atos internacionais com reduzido número de 
participantes e menor importância política. 
• Ajuste: visa a detalhar ou a executar outro tratado de escopo mais amplo. 
• Protocolo: modalidade de ato internacional que, normalmente, é 
meramente complementar ou interpretativa de tratados anteriores. Pode 
ser também um compromisso menos formal ou uma ata de reunião 
internacional. 
 
 
 
29 
 
 
 Ressalvas do Dec. 7030/09 à incorporação da CVDT/69 
• Art. 25 - Aplicação Provisória 
1. Um tratado ou uma parte do tratado aplica-se provisoriamente enquanto não 
entra em vigor, se: 
a) o próprio tratado assim dispuser; ou 
b) os Estados negociadores assim acordarem por outra forma. 
2. A não ser que o tratado disponha ou os Estados negociadores acordem de 
outra forma, a aplicação provisória de um tratado ou parte de um tratado, em 
relação a um Estado, termina se esse Estado notificar aos outros Estados, entre 
os quais o tratado é aplicado provisoriamente, sua intenção de não se tornar 
parte no tratado. 
 
• Art. 66 - Processo de Solução Judicial, de Arbitragem e de Conciliação 
Se, nos termos do parágrafo 3 do artigo 65, nenhuma solução foi alcançada, 
nos 12 meses seguintes à data na qual a objeção foi formulada, o seguinte 
processo será adotado: 
a) qualquer parte na controvérsia sobre a aplicação ou a interpretação dos 
artigos 53 ou 64 poderá, mediante pedido escrito, submetê-la à decisão 
da Corte Internacional de Justiça, salvo se as partes decidirem, de comum 
acordo, submeter a controvérsia a arbitragem; 
 
 
30 
 
 
b) qualquer parte na controvérsia sobre a aplicação ou a interpretação de 
qualquer um dos outros artigos da Parte V da presente Convenção poderá 
iniciar o processo previsto no Anexo à Convenção, mediante pedido nesse 
sentido ao Secretário-Geral das Nações Unidas. 
 
 
 Vigência dos Tratados 
• TEMPUS REGIT ACTUM 
჻ Até 26/01/80 ou 24/10/09 – Convenção de Havana de 1928 (Dec. 
18.956/29) 
჻ Após 27/01/1980 ou 25/10/09 – aplica-se a CVDT/69, observado: 
Artigo 1- A presente Convenção aplica-se aos tratados entre Estados. 
Artigo 5 – A presente Convenção aplica-se a todo tratado que seja o 
instrumento constitutivo de uma organização internacional e a todo 
tratado adotado no âmbito de uma organização internacional, sem 
prejuízo de quaisquer normas relevantes da organização. 
Artigo 4 – (...) esta somente se aplicará aos tratados concluídos por 
Estados após sua entrada em vigor em relação a esses Estados. 
 para outros sujeitos do DIP – costume internacional (CVDT/86 não está 
ainda em vigor). 
 
 
31 
 
 
 Ex: Carta de São Francisco de 1945 / Tratado de Assunção de 1991 / 
Protocolo de Olivos de 2002 
 
 Efeitos dos Tratados 
I. Vinculativo 
Artigo 18- Obrigação de NÃO FRUSTRAR O OBJETO E FINALIDADE de um 
Tratado antes de sua Entrada em Vigor 
Um Estado é obrigado a abster-se da prática de atos que frustrariamo 
objeto e a finalidade de um tratado, quando: 
a) tiver assinado ou trocado instrumentos constitutivos do tratado, sob 
reserva de ratificação, aceitação ou aprovação, enquanto não tiver 
manifestado sua intenção de não se tornar parte no tratado; ou 
b) tiver expressado seu consentimento em obrigar-se pelo tratado no 
período que precede a entrada em vigor do tratado e com a condição de 
esta não ser indevidamente retardada. 
Ex: Convenção sobre as Pessoas com Deficiência – Dec. 6949/09 - art. 3º 
acessibilidade; em 30/03/2007 – Assinatura e em 31/08/2008 - Ratificação. 
 
II. Ex nunc 
Artigo 28 - Irretroatividade de Tratados (EM GERAL) 
 
 
32 
 
 
A não ser que uma intenção diferente se evidencie do tratado, ou seja 
estabelecida de outra forma, SUAS DISPOSIÇÕES NÃO OBRIGAM uma parte em 
relação a um ato ou fato anterior ou a uma situação que deixou de existir ANTES 
da entrada em vigor do tratado, em relação a essa parte. 
Ex: Convenção contra a Tortura de 1984, Brasil em 1989 / Lei 6683/79 – Lei de 
Anistia (ADPF 153/DF) 
 EXCEÇÃO: A retroação só é permitida a fatos preexistentes 
excepcionalmente (Resek). 
 Ex: Decreto 4463/2003 – aceitação do Brasil da competência da Corte 
Interamericana – fatos posteriores a 10 de dezembro de 1998 – via de regra não 
se pode retroagir. Caso Carlos Gomes Lund x Brasil (CIDH). 
 
 
 CLASSIFICAÇÃO DOS TRATADOS 
• Número de partes: bilaterais ou multilaterais 
• Procedimento de conclusão: 
჻ Forma Solene: 
1ª Etapa: negociação 
2ª Etapa: assinatura do texto 
3ª Etapa: referendo 
 
 
33 
 
 
4ª Etapa: confirmação e/ou ratificação 
5ª Etapa: eficácia e promulgação. 
჻ Forma Simplificada: 
1, 2ª e 5ª etapas – em regra, apenas Poder Executivo. 
Ex: executive agreements ou fast track. 
Art. 49 CF. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos 
internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao 
patrimônio nacional; 
• Efeitos: Restritos às partes ou alcançando terceiros 
• Adesão: abertos ou fechados 
 
 
 Validade dos Tratados 
• Capacidade das partes: Estados, OI, Santa Sé, beligerantes, blocos 
regionais e Comitê Internacional da Cruz Vermelha. 
• Habilitação dos agentes 
჻ Artigo 7 da CVDT/69 – Plenos Poderes (treaty making power): 
2. Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de 
plenos poderes, são considerados representantes do seu Estado: 
 
 
34 
 
 
a) os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações 
Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de um 
tratado; 
b) os Chefes de missão diplomática, para a adoção do texto de um tratado 
entre o Estado acreditante e o Estado junto ao qual estão acreditados; 
c) os representantes acreditados pelos Estados perante uma conferência ou 
organização internacional ou um de seus órgãos, para a adoção do texto de 
um tratado em tal conferência, organização ou órgão. 
჻ Art. 21 da CF. Compete à União: 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações 
internacionais; 
Art. 84 da CF. Compete privativamente ao Presidente da República: 
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus 
representantes diplomáticos; 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo 
do Congresso Nacional; 
• Objeto lícito e possível: Não pode violar jus cogens 
• Consentimento regular: ausência de vícios como erro, dolo, coação ou 
corrupção. 
 
 
 
 
35 
 
 
 Elaboração e Incorporação ao Direito Interno - Modelo 
Complexo (solene) 
 
 
 
 Elaboração e Incorporação ao Direito Interno 
• 1ª Etapa: NEGOCIAÇÃO 
჻ Sujeito capaz 
჻ Objeto lícito e possível 
჻ Adoção (art. 9 do CVDT/69) 
 
 
36 
 
 
 2/3 
 consenso 
 
Art. 1º do Dec. 4.759/03 – delegação. 
Ex: Estatuto de Roma – cria o TPI: das 148 delegações presentes, 120 a favor; 7 
contra e 21 abstenções. 
Votaram contra: EUA, Iêmen, Iraque, Israel, Líbia, Catar e China. 
 
• 2ª Etapa: ASSINATURA 
჻ Autenticação do texto definitivo 
჻ Impede alterações unilaterais e permite proposição de reservas 
჻ Obrigação de não fazer (art. 18) 
჻ A não ser que demonstre o contrário 
 Reserva do Brasil ao art. 25 da CVDT/69 – aplicação provisória 
 
• 3ª Etapa: Referendo 
Art. 12 da CVDT/69 - Consentimento em Obrigar-se por um Tratado 
Manifestado pela Assinatura 
1. O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-
se pela assinatura do representante desse Estado: 
a) quando o tratado dispõe que a assinatura terá esse efeito; 
 
 
37 
 
 
b) quando se estabeleça, de outra forma, que os Estados negociadores 
acordaram em dar à assinatura esse efeito; ou 
c) quando a intenção do Estado interessado em dar esse efeito à assinatura 
decorra dos plenos poderes de seu representante ou tenha sido manifestada 
durante a negociação. 
2. Para os efeitos do parágrafo 1: 
a) a rubrica de um texto tem o valor de assinatura do tratado, quando ficar 
estabelecido que os Estados negociadores nisso concordaram; 
b) a assinatura ad referendum de um tratado pelo representante de um 
Estado, quando confirmada por esse Estado, vale como assinatura definitiva 
do tratado. 
 
• 4ª Etapa: RATIFICAÇÃO 
჻ Autoridade competente: Brasil – PR (art. 84, VII e VIII da CF), com prévia 
autorização do CN (art. 49, I, da CF – aprovar ou rejeitar no todo/ 
Decreto Legislativo do Presidente do Senado). 
჻ Procedimento segue rito interno do Estado (STF – CF/88) 
჻ Ato discricionário 
჻ Não há prazo 
 
 
 
 
38 
 
 
→ OBS: Entrada em vigor no plano internacional (art. 24, I e II da 
CVDT/69) pode ocorrer: a) imediata: última notificação de ratificação 
ou troca de instrumentos; b) diferida: sujeito à número x de 
ratificações ou em prazo estabelecido no instrumento. 
→ OBS 2: art. 80 CVDT/69 – REGISTRO E PUBLICIDADE - Após sua 
entrada em vigor, os tratados serão remetidos ao Secretariado das 
Nações Unidas para fins de registro ou de classificação e 
catalogação, conforme o caso, bem como de publicação. 
→ CUIDADO: STF ao analisar a eventual possibilidade de incidência dos 
princípios do efeito direto e da aplicabilidade imediata no Direito 
brasileiro, concluiu que – pelo menos por enquanto, ambos são 
inaplicáveis no Brasil (CR-AgR 8.279/AT/2000). 
 
• 5ª Etapa: PROMULGAÇÃO 
CONSTITUCIONAL DE INCORPORAÇÃO DE CONVENÇÕES INTERNACIONAIS EM 
GERAL E DE TRATADOS DE INTEGRAÇÃO (MERCOSUL). - A recepção dos 
tratados internacionais em geral e dos acordos celebrados pelo Brasil no âmbito 
do MERCOSUL depende, para efeito de sua ulterior execução no plano interno, 
de uma sucessão causal e ordenada de atos revestidos de caráter político-
jurídico, assim definidos: 
 
 
39 
 
 
a) aprovação, pelo Congresso Nacional, mediante decreto legislativo, de 
tais convenções; 
b) ratificação desses atos internacionais, pelo Chefe de Estado, mediante 
depósito do respectivo instrumento; 
c) promulgação de tais acordos ou tratados, pelo Presidente da República, 
mediante decreto, em ordem a viabilizar a produção dos seguintes 
efeitos básicos, essenciais à sua vigência doméstica: 
 (1) publicação oficial do texto do tratado e 
 (2) executoriedade do ato de direito internacional público, que 
passa, então - e somente então - a vincular e a obrigar no plano do 
direito positivo interno. (CR-AgR 8.279/AT/2000) 
 
→ Exceção à regra de internalização quanto à APROVAÇÃO: 
 Art. 5º da CFRB/88: 
 § 3º Os TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS 
HUMANOS que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, 
em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, 
serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm40 
 
 
 Questão 
TRF 5 – XIX CONCURSO 2017 
QUESTÃO 93 - Acerca dos tratados internacionais, assinale a opção correta. 
a) Admite-se que a entrada em vigor de um tratado ocorra a partir do 
implemento de uma condição, como, por exemplo, o depósito junto ao 
secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). 
b) Na hipótese de um tratado não ter entrado em vigor, um Estado signatário 
pode praticar atos que acarretem a inviabilidade prática de aplicação do 
ato internacional. 
c) Admite-se que, por ocasião da aprovação do texto convencional de 
tratado, o Congresso Nacional do Estado efetue emendas a esse tratado, 
de modo que a ratificação seja realizada com reservas. 
d) A expedição de decreto presidencial executório de tratado internacional, 
após sua ratificação, pelo presidente da República, junto ao depositário, é 
expressamente prevista na Constituição Federal de 1988. 
e) Não se admite que se considere o preâmbulo do tratado para fins de 
interpretar o contexto desse mesmo tratado. 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 Competência para Análise de Tratados no Brasil 
• STF (art. 102, III, “b”) - III - julgar, mediante recurso extraordinário, as 
causas decididas em única ou última instância, quando a decisão 
recorrida: (...) b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei 
federal; 
• STJ (art. 105, III, “a”) - III - julgar, em recurso especial, as causas 
decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais 
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios, quando a decisão recorrida: (...) a) contrariar tratado ou lei 
federal, ou negar-lhes vigência; 
• JF (art. 109, III, V e V-A): 
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado 
estrangeiro ou organismo internacional; 
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, 
quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse 
ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; 
 
 Aplicação de um Tratado no Brasil 
JF (art. 109) V-A - as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º 
deste artigo; 
 
 
42 
 
 
 § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-
Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações 
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil 
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer 
fase do inquérito ou processo, INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE 
COMPETÊNCIA para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
 EXTINÇÃO (art. 54 e s. CVDT/69) 
• Vontade comum das partes 
• Denúncia/Retirada (ato unilateral, prévio aviso, retratação) 
ADI 1625 – Dec. 2100/96 – término da relação de trabalho por iniciativa 
do empregador x Convenção 158/82 da OIT (Min. Mauricio Correa e 
Carlos Brito; Nelson Jobim e Teori Zavascki; Joaquim Barbosa e Rosa 
Weber). 
• Alteração das circunstâncias 
• Por previsão no instrumento (Ex: maioria, violação substancial) 
• Expiração do prazo de vigência / condição resolutiva 
• Acordo posterior 
• Impossibilidade de cumprimento (Ex: redução partes) 
• Caducidade (desuso) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm
 
 
43 
 
 
• Perda do objeto 
→ OBS: rompimento das relações diplomáticas / ex nunc 
*Itens em vermelho – causas de SUSPENSÃO. 
 
 
 Questão 
TRF 3 – XIX CONCURSO - 2018 
Questão 94. Sobre a aplicação de tratados internacionais com normas 
contraditórias entre si, devem ser respeitadas certas regras, que são enunciadas 
pela Convenção de Viena. Aponte, portanto, a afirmação INCORRETA: 
a) quando os dois tratados não têm como contratantes os mesmos Estados, 
estabelecendo-se entre um Estado parte em ambos os tratados e um 
Estado parte somente no tratado mais recente, aplica-se o mais recente. 
b) quando os dois tratados não têm como contratantes os mesmos Estados, 
estabelecendo-se entre um Estado parte em ambos os tratados e um 
Estado parte somente no tratado anterior, aplica-se o tratado anterior. 
c) entre os Estados parte nos dois tratados só se aplica o anterior no que 
ele não for compatível com o novo tratado. 
 
 
44 
 
 
d) a violação de um tratado pode sujeitar o Estado a ser responsabilizado 
em âmbito internacional, sendo que os conflitos porventura existentes são 
na maioria das vezes resolvidos por meio de interpretação. 
 
 
 Conflitos entre DI Público x Privado 
I. DUALISMO (Heinrich Trieppel e Dionísio Anziolotti) 
• 2 ordens jurídicas, distintas e independentes entre si; 
• uma ordem jurídica internacional e outra interna 
• Impossibilidade de conflito 
i. DUALISMO RADICAL: Lei interna 
ii. DUALISMO MODERADO: prevalece a lei interna até a incorporação. 
 
II. MONISMO 
• 1 ordem jurídica 
• normas de DIP podem ter a eficácia condicionada à harmonia ao direito 
interno 
• não há processo de incorporação 
i. INTERNACIONALISTA RADICAL (Kelsen/ Escola de Viena) 
ii. INTERNACIONALISTA MODERADO (Alfred von Verdross) 
 
 
45 
 
 
iii. NACIONALISTA (Hegel) 
 
→ CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA CONVENÇÃO Nº 158/OIT, CUJA 
APLICABILIDADE DEPENDE DA AÇÃO NORMATIVA DO LEGISLADOR 
INTERNO DE CADA PAÍS - POSSIBILIDADE DE ADEQUAÇÃO DAS 
DIRETRIZES CONSTANTES DA CONVENÇÃO Nº 158/OIT ÀS 
EXIGÊNCIAS FORMAIS E MATERIAIS DO ESTATUTO CONSTITUCIONAL 
BRASILEIRO – (...). 
 É na Constituição da República - e não na controvérsia doutrinária 
que antagoniza monistas e dualistas - que se deve buscar a solução 
normativa para a questão da incorporação dos atos internacionais ao 
sistema de direito positivo interno brasileiro. O exame da vigente 
Constituição Federal permite constatar que a execução dos tratados 
internacionais e a sua incorporação à ordem jurídica interna decorrem, 
no sistema adotado pelo Brasil, de um ato subjetivamente complexo, 
resultante da conjugação de duas vontades homogêneas: a do 
Congresso Nacional, que resolve, definitivamente, mediante decreto 
legislativo, sobre tratados, acordos ou atos internacionais (CF, art. 49, 
I) e a do Presidente da República, que, além de poder celebrar esses 
atos de direito internacional (CF, art. 84, VIII), também dispõe - 
 
 
46 
 
 
enquanto Chefe de Estado que é - da competência para promulgá-los 
mediante decreto. 
 (ADI 1480 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, 
julgado em 04/09/1997 
 
 
 “Antinomias” - Critérios de Derrogação 
I. Hierárquico 
• Artigo 46 CVDT/69 - Disposições do Direito Interno sobre Competência 
para Concluir Tratados 
 1. Um Estado não pode invocar o fato de que seu consentimento em 
obrigar-se por um tratado foi expresso em violação de uma disposição de seu 
direito interno sobre competência para concluir tratados, a não ser que essa 
violação fosse manifesta e dissesse respeito a uma norma de seu direito interno 
de importância fundamental. 
 2. Uma violação é manifesta se for objetivamente evidente para qualquer 
Estado que proceda, na matéria, de conformidade com a prática normal e de 
boa fé. 
• Artigo 29 CVDT/69 - Aplicação Territorial de Tratados 
 
 
47 
 
 
 A não ser que uma intenção diferente se evidencie do tratado, ou seja 
estabelecida de outra forma, um tratado obriga cada uma da partes em relação 
a todo o seu território. 
 
❖ CRITÉRIO HIERÁQUICO NO SISTEMA BRASILEIRO 
• Tratados em geral: status infraconstitucional, equiparados à lei ordinária 
e em caso de conflito submetem-se os critérios cronológico e de 
especialidade (STF, RE 80.004/1977) 
• Tratados em direitos humanos: 
* antes da EC 45/04 – até o HC 90.172/SP, de 17/08/07 status de lei ordinária, 
após status supralegal. 
=> entendimento minoritário: HC 87.585/TO, Min. Celso de Mello – status de 
constitucionalidade material das normas de DH. 
* após EC 45/04 
- se aprovado pelorito do § 3º do art. 5º da CF – status de emenda 
constitucional. (Ex: Dec. 6.494/09 – Convenção Internacional sobre os Direitos 
das Pessoas com Deficiência) 
 
→ PARIDADE NORMATIVA ENTRE ATOS INTERNACIONAIS E NORMAS 
INFRACONSTITUCIONAIS DE DIREITO INTERNO. - Os tratados ou 
convenções internacionais, uma vez regularmente incorporados ao 
 
 
48 
 
 
direito interno, situam-se, no sistema jurídico brasileiro, nos mesmos 
planos de validade, de eficácia e de autoridade em que se posicionam 
as leis ordinárias, havendo, em conseqüência, entre estas e os atos de 
direito internacional público, mera relação de paridade normativa. No 
sistema jurídico brasileiro, os atos internacionais não dispõem de 
primazia hierárquica sobre as normas de direito interno. A eventual 
precedência dos tratados ou convenções internacionais sobre as regras 
infraconstitucionais de direito interno somente se justificará quando a 
situação de antinomia com o ordenamento doméstico impuser, para a 
solução do conflito, a aplicação alternativa do critério cronológico ("lex 
posterior derogat priori") ou, quando cabível, do critério da 
especialidade. (ADI 1480 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, 
Tribunal Pleno, julgado em 04/09/1997 
 
 
→ Tratados em direito tributário 
Status supralegal (RE 229.096/460.320 – pauta 12/9) 
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam 
a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes 
sobrevenha. 
→ Tratados em direito processual civil 
 
 
49 
 
 
Status supralegal 
Art. 13 do CPC/15 A jurisdição civil será regida pelas normas processuais 
brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, 
convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte. 
Ex: Protocolo de Las Leñas 
 
 
II. Cronológico (art. 30 da CVDT/69) 
 
 
III. Especialidade 
• Notificação consultar (art. 36, §1, b da Convenção de Viena de 1963 – 
INFO 573 STF) 
• Primazia da norma mais favorável ao indivíduo (HC 96.772 – art. 7, §7 da 
Convenção Americana de DH) 
• Controle de convencionalidade (Ext 1223/Rep Equador, INFO 649) 
Art. 14, 7 do PDCP – Ninguém poderá ser processado ou punido por um 
delito pelo qual já foi absolvido ou condenado por sentença passada em 
julgado, em conformidade com a lei e os procedimentos penais de cada 
país. 
 
 
 
50 
 
 
 Questão 
TRF2 – 2017 
QUESTÃO 96. Quanto à internalização de tratados ao ordenamento nacional, 
marque a correta: 
a) O sistema de recepção de tratados internacionais previsto na Constituição 
Federal não acolhe o chamado princípio do efeito direto e imediato dos 
tratados ou convenções internacionais sobre Direitos Humanos. 
b) A extradição solicitada por Estado estrangeiro para fins de cumprimento 
de pena somente poderá ser deferida depois de internalizado o tratado 
de extradição firmado entre o Brasil e o respectivo Estado estrangeiro. 
c) Somente após ser aprovado em duplo turno de votação, nas duas casas 
do Congresso Nacional, seguido de publicação de Decreto Presidencial, 
poderá o Tratado Internacional adquirir validade no Direito Brasileiro. 
d) Tratado internacional que verse sobre matéria que a Constituição brasileira 
reserva ao domínio da Lei Complementar poderá ter aplicabilidade interna, 
bastando que no ato de internalização seja observado o quórum de 
maioria absoluta previsto no artigo 69 da Constituição. 
e) Tratados que versem sobre concretização de Direitos Humanos no plano 
interno não podem ser objeto de denúncia pelo Estado Brasileiro, sob 
pena de violação ao postulado da proibição de retrocesso. 
 
 
51 
 
 
 RESUMO PONTO 2 - Tratados 
• Conceito 
჻ Tradicional: Estados 
჻ Moderno: +OI e indivíduo 
a) escrito 
b) regido pelo DIP 
c) 1 ou + instrumentos 
d) independe da denominação 
 
• Validade 
჻ Capacidade das partes 
჻ Habilitação dos agentes 
჻ Objeto lícito e possível 
჻ Consentimento regular 
 
 
• Efeitos 
• Ex nunc 
• Caráter vinculante 
 
 
 
 
52 
 
 
• Incorporação 
჻ Forma Solene: 
1ª Etapa: negociação 
2ª Etapa: assinatura do texto 
3ª Etapa: referendo 
4ª Etapa: ratificação 
5ª Etapa: eficácia e promulgação. 
჻ Forma Simplificada: 
1, 2ª e 5ª etapas – em regra, apenas Poder Executivo. 
 
• Extinção e suspensão 
• Conflito: DIP e direito interno 
჻ Critérios: hierárquico, cronológico ou da especialidade 
 
 QUESTÕES OBJETIVAS PONTOS 1 e 2 DO EDITAL 
PONTO TRF / Ano da Prova / no questão 
1. Direito Internacional Público. 
Conceito. Fontes. Princípios. 
TRF 5 (2017): 92 
 
 
53 
 
 
TRF 3 (2018): 93 
Subtotal: 2 = 2,44% 
2. Atos Internacionais. Tratado. 
Conceito. Validade. Efeitos. 
Ratificação. Promulgação. Registro e 
publicidade. Vigência contemporânea 
e diferida. Incorporação ao Direito 
Interno. Violação. Conflito entre 
tratado e norma de Direito Interno. 
Extinção. Atos internacionais. 
Convenção. Acordos. Ajuste. 
Protocolo. 
TRF 2 (2014): 96 
TRF 4 (2014): 97, 100 
TRF 5 (2014): 91 
TRF 1 (2015): 92 
TRF 2 (2017): 92, 96 
TRF 5 (2017): 93 
TRF 3 (2018): 94 e 95 
Subtotal: 10 = 12,20% 
 
SUPERE-SE! 
VOCÊ SÓ CONCORRE CONSIGO MESMO! 
Boa sorte e bons estudos!

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