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GUSTAVO MORENO T19 DOENÇAS FALCIFORMES: Hemoglobina: · 4 cadeia polipeptídicas → 4 grupamentos heme → cada grupamento tendo 1 átomo de ferro. Adulto: · Adulto → 2 alfa 2 beta 97% · A2 → 2 alfa 2 delta 3,5% · fetal → 2 alfa 2 gama <1% · Cromossomo 16 e 11 · 100 a 400 milhões de hemoglobina solúveis no citoplasma das hemácias · Grande quantidade de mutações (polimorfismo) → não tem tradução médica · Algumas mutações leva a manifestações de doença DOENÇAS FALCIFORMES: · Hemoglobinopatia · Gene falciforme → “beta S” · Basicamente 2 critérios → 1 gene mutante Beta*** e outro gene pode ser normal ou eventualmente mutante (mas não pode ser beta normal) · Pode ser consequente a dois betas S · Se tiver dois betas S → Anemia Falciforme*** · 1 beta S + 1 normal → Doença Falciforme · 1 gene Beta S + 1 gene normal que é o A → traço falciforme que não é uma doença · Transmissões - autossômica codominante · Hemoglobinopatia SC* · São anemias falciforme e outras … · Traço falciforme (AS) não é considerado doença!! · Mutação em genes codificadores da hemoglobinas → 5% população mundial · Gene falciforme - Beta S · 300 mil novos casos de doença falciforme / ano · Américas 2 a 8% · Áfricas sub-saariana 30% · Anemia falciforme → doença mais frequente ANEMIA FALCIFORME: · Doença frequente · Alteração na cadeia beta que gera anemia falciforme · 6ª aminoácido da cadeia é a cadeia ácido glutâmico*** (GAG) *** (normal) · GAG- bases nitrogenadas do DNA [codón], da cadeia Beta · Mutação do 6 aminoácido → GTG (trocado pela valina) → cadeia alterada falciforme - morte do paciente antes dos 40 / 45 anos · Cadeia beta S*** · Mudança da adenina por timina - mudou toda a codificação da hemoglobina · Hemoglobina libera O2 no tecido e recebe CO2 → hemoglobina desoxigenada (Normal) · Hemoglobina libera O2, tem dificuldade de manter a solubilidade, perde a estabilidade e reduz a afinidade pelo O2, podendo não ter tempo de chegar ao pulmão ocorrendo a polimerização ficando facizada; (Mutação) - Hemoglobina S** · Perda de O2 → altera propriedades físicas → polimerização → precipitação → falcização · (Dois genes alterados - BETA S) · Polimerização dentro da hemácia → muda a forma → falcização → a hemácia fica mais frágil e tem capacidade de "entupir a microcirculação → adesão endotelial” · A falcização das hemácias pode ser temporária ou irreversível · Irreversivelmente falcizadas → vaso-oclusão!!! · Oclusão vascular*** perigo · Esplenectomia ou transfusão · Hemoglobina A (normal - 2 cadeias beta) - as hemoglobinas são solúveis, mesmo quando a hemácia é desoxigenada, elas continuam solúveis, suportando a oxigenação e desoxigenação sem perder as suas propriedades físicas Paciente · Anemia hemolítica crônica · Fenómenos vaso oclusivo · Envolvimento multissistêmico · Esquelético, cardiovascular, endócrino, sistema nervoso central, mecanismo de resposta imune · Quando não tem histórico familiar a Identificação entre 3 a 6 meses · Hemoglobina F protege contra polimerização e falcização no início da vida · É uma anemia Crônica: · Hiperproliferativa - aumento dos reticulócitos · Hemólise · Sobrevida eritrocitária → 15 a 20 dias · Agravamento → sequestração esplênica, crise aplástica, hiper hemólise, anemia megaloblástica - deficiência de folatos Agravamento: → Sequestração esplênica: - agrava a anemia falciforme · Complicação grave · Leva ao desenvolvimento de anemia · Não ocorre no adulto - não ocorre depois do desenvolvimento de asplenia · Desenvolvimento agudo, potencialmente fatal (hemácia está falcizada)!! · Mais frequente entre 6 meses e 2 anos de idade · Anemia falciforme · Quase sempre antes dos 5 anos · Não ocorre depois do desenvolvimento de asplenia · Outras doenças falciformes · Baço vai perdendo a sua função biológica · Leva ou consequência a fluxo esplênico lento → falcização → vaso oclusão (devido a hemácia falcizada) → entope o baço → sangue entrou no baço e não sai → sangue não circula → sequestro sanguíneo · anemia muito grave!!! · Desconforto e aumento no volume abdominal, palidez acentuada, icterícia, pulso fino, reticulose · Queda rápida na hemoglobina → reticulocitose · Redução no volume sanguíneo circulante → pode evoluir com choque hipovolêmico · Quadro evolui bem rápido na criança - pode chegar com 2 de hemoglobina · Suporte volêmico e transfusional e transfusional até que a vaso-oclusão desapareça e o sangue volte para a corrente sanguínea · Recuperação 2 a 5 dias / 1 semana · Se nao fazer nada a criança morre · Recorrência → 50% → fazer esplenectomia / programa transfusional crônico · Condição tende a recidivar em 1 a 2 anos · ***Não é complicação · Tratamento com esplenectomia ou propagação transfusional crônico Crise aplástica - 2 condição de agravamento da anemia falciforme***** · Principal causa de anemia aguda · Falha temporária na produção de hemácias** · Geralmente causada pelo parvovírus B19 (virus comum na população) humana) · Infecção de precursores eritropoiéticos → bloqueio eritropoese · Febre · Anemia aguda → grave → reticulocitopenia (diminuição dos reticulócitos) · Tratamento suportivo → reposição transfusional · Recuperação espontânea → até 10 dias · A criança deve ser afastada da gestante!! · Gestante → pode comprometer a oxigenação do fetal · Ideal isolamento do paciente · Pode ocorre também na talassemia Hiper Hemólise – quadro de agravamento · Desencadeada por infecção · Geralmente mycoplasma · Principalmente em portadores de doença falciforme associada com esferocitose · Tratamento suportivo Anemia Megaloblástica ***** · Sobrevida eritrocitária 15-20 dias e atividade hematopoética aumentada → depleção de folatos → anemia megaloblástica · Associada a deficiência de ácido fólico Vaso-oclusão = crise de dor e falcização · Maior responsável por morbi/mortalidade na anemia falciforme · Início após 4 a 6 meses de idade · Queda na hemoglobina F → · Aumento na proporção da hemoglobina S (crise de vaso-oclusão) · Polimerização e falcização · Frequência variável: · + em crianças asmáticas e em adultos (hipóxia e anemia) · + em pacientes com menos anemia · + em pacientes com menos hemoglobina F (fetal) · Hemoglobina fetal diminui o risco de falcização (ela é protetora)!!!! · A crise de vaso-oclusão pode ocorre qualquer parte do organismo · Dor aguda, intensidade crescente (principalmente dor óssea) · Duração geralmente de 4 a 5 dias da crise ou pode persistir por semanas · Mais frequente em: tibia, femur, arcabouço costal, coluna vertebral, estruturas periarticulares · Recuperação espontânea - crise de vaso oclusão (torno de 5 dias) · Tratamento: repouso, hidratação, analgesia (se necessário usa-se morfina) · Transfusão (não é rotina no paciente com vao-oclusão, tem que ser individualizada) e suplementação O2 só se anemia grave ou hipoxemia · Diferenciar de abdomen agudo, artrite séptica, osteomielite Síndrome Mão-Pé = Dactilite: · 25 a 50% das crianças · Geralmente entre 6 meses a 3 anos de idade → nunca depois dos 5 anos · Representa a vaso-oclusão nos primeiros meses de vida e primeira manifestação da anemia falciforme · Eritema edenise difuso - extremamente doloroso, dorso de mãos e pés · Febre e leucocitose são comuns · Resolução entre 1 a 2 semanas · Afilamento cortical · Inicialmente compromete partes moles e depois Destruição óssea · Tratamento é suportivo Priapismo: · 30% dos pacientes masculinos · Geralmente entre 5 a 13 anos e 21-29 anos de idade · Geralmente autolimitado e de rápida recuperação · Mas pode evoluir com disfunção erétil e impotência (chamar urologista) · Manifestação da vaso-oclusão que ocorre na criança e adulto jovem · Podem precisar de drenagem cavernosa para não ter impotência sexual Infarto e Hemorragia cerebral - manifestação bem frequente da anemia falciforme · 0,6 casos / 100 pacientes ano · 5 a 20% de crianças e adolescentes · Infarto + em crianças e adultos mais velhos · Sangramento + 20 a 29 anos de idade · Ecodoppler transcraniano · De carótida e cerebral média · Estimar risco de infarto cerebral em criança · Realizar anualmente entre2 a 16 anos de idade (SS e S Beta talassemia) · Criança que teve AVC pode entrar no tratamento transfusional programado · terapia transfusional programada · Reduz recorrência · Talassemia maior, talassemia intermédia, falcêmicos com crises vaso-oclusivas graves → todos entram nesse programa Síndrome Torácica Aguda: · Causa frequente de internação e morte em criança · Mortalidade 3 - 10% · Principal causa de morte em adulto · Identificada em 10% dos adultos/ano · Início com uma tosse, geralmente produtiva que gera dispneia e dá dor torácica → dor pleurítica (geralmente) · Fatores desencadeadores - identificação isoladamente impossível · Tosse → dispneia → dor torácica · Anemia de rápida instalação + hipoxemia · Anormalidade radiografia - tomografia e raio X normais · Pode aparecer branco - não se sabe se é infecção, embolia, anemia falciforme → necessidade de administração de antibiótico · Suporte respiratório e transfusional · Antibioticoterapia · Forma grave de vaso-oclusão Falência Sistêmica de Múltiplos Órgãos: · Evolução de vaso-oclusão grave em adulto · Sistêmico · Rápida evolução - febre, anemia e trombocitopenia, encefalopatia, disfunção renal e hepática · Tratamento com transfusão, suporte respiratório e suporte renal; Infecções: · Causa frequente de internações · Principal causa de morte em crianças com menos de 5 anos · Antes da introdução de esquema vacinal e profilaxia antibacteriana · Asplenia funcional + menor sintese de IgM + alteração via alternativa do complemento · Principais agente patogênico → bactérias gram negativas · Infecções urinárias, osteomielite, septicemias · Febre = emergência médica → considerar emprego precoce de antibióticos Sequelas Crônicas: · Impotência · Plegias - incapacidade de mobilizar os membros · Anormalidades ósseas degenerativas · Necrose asséptica da cabeça do fêmur (antes dos 35 - 30 anos de idade) · Deformidade óssea facial · Deformidades na coluna vertebral (porção ventral das vértebras - perda de altura) · Ocorre, porque o corpo tenta produzir sangue em estruturas que geralmente indivíduo normal não produz · Menor desenvolvimento cognitivo · Convulsões · Disfunções renais: · Insuficiência renal crônica em 5 % aos 25 anos · Alterações retinianas · Úlceras de pernas . Úlcera pré-tibial que é extremamente dolorosa, tende a infectar, o tratamento é difícil, é uma complicação rara, mas pode ocorrer também na talassemia e esferocitose . Hipertensão pulmonar . Insuficiência cardíaca O que mata o paciente falciforme → complicações de vaso-oclusão e sobrecarga de ferro. O acúmulo de ferro a vida inteira leva a uma sobrecarga, levando a um quadro de cirrose, CA no fígado e insuficiência cardíaca Mecanismo → hemólise crônica Órgãos mais acometidos → fígado, pâncreas … Sobrecarga de ferro Anemia Hemolítica Crônica · Anemia moderada → hemoglobina 6 - 10 · Normocítica · Hiperproliferativa → reticulócitos 5 - 25% · Leucocitose e trombocitose Diagnóstico · Eletroforese de hemoglobina · Cromatografia · Focagem isoelétrica Tratamento: · Crianças precisam usar antibiótico profilático até os 5 anos, devem ser vacinadas e ter controle da crise · Controle de crises de vaso oclusão · Antibiótico profilático · Transfusão sanguínea · agravamento da anemia em condições agudas - crises aplásticas, sequestração esplênica, infarto cerebral, síndrome torácica aguda · Antibiótico - febre · Analgesia · Hidratação · Preparo operatório · Hidroxiuréia / hidroxicarbamida - aumento da hemoglobina Fetal**** · Não aumenta o risco de leucemia · Desbloqueio gene codificador cadeia gama da hemoglobina · Aumenta na expressão gene gama → aumento na síntese de hemoglobina fetal, reduzindo a frequência das crises vaso-oclusivas. · Vacinação correta · OBS: 2/3 ocorre no baço e 1/3 extracelular → hemólise Por fim, então, a anemia falciforme é: Uma anemia hemolítica crônica Anemia moderada (6 < Hb < 10) Normocítica (80 < VCM < 100) Hiperproliferativa (Reticulocitose 5 a 25%) Leucocitose
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