Buscar

APG 10 - RECONSTRUÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
1 
APG 10 –Reconstrução 
1) COMPREENDER AS CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DO TECIDO 
ÓSSEO 
 O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo, 
formado por células e por material extracelular calcificado, a 
matriz óssea, formando um tecido rígido, que tem por FUNÇÕES: 
 Suporte para os tecidos moles, medula óssea (formadora das 
células do sangue) e apoio para os músculos esqueléticos, 
transformando as suas contrações em movimentos úteis; 
 Proteção para os órgãos vitais, como na caixa torácica e 
craniana; 
 Depósito de cálcio e fosfato e outros íons armazenando-os 
e liberando-os de maneira controlada conforme as 
necessidade do organismo. 
 COMPONENTES DO TECIDO ÓSSEO 
 As células integrantes do tecido ósseo são: as CÉLULAS 
OSTEOPROGENITORAS, as quais se diferenciam em: 
 OSTEOBLASTOS, responsáveis pela síntese da parte 
orgânica da matriz e localizadas perifericamente; 
 OSTEÓCITOS, que se situam em cavidades ou lacunas no 
interior da matriz; 
 OSTEOCLASTOS, células gigantes, móveis e multinucleadas 
que reabsorvem o tecido ósseo, participando dos 
processos de remodelação dos ossos. 
 O tecido ósseo tem uma matriz extracelular calcificada: a 
matriz óssea; 
 E também, o revestimento de tecido conjuntivo: o periósteo e 
endósteo (interno). 
 CÉLULAS OSTEOPROGENITORAS 
 São derivadas de células tronco mesenquimatosas, sendo 
assim, tem o potencial de se diferenciar em vários tipos de 
células, em geral elas dão origem aos osteoblastos, pelo 
estimulo de IGF-1 e IGF-2, que vão levar a proliferação das 
células osteoprogenitoras e diferenciação em osteoblasto. 
 Células planas e com núcleo alongado. 
 Aparecem nas superfícies externas e internas dos ossos, 
próximo da microvasculatura. 
 Essas são células de repouso, ou seja, elas estão basicamente 
aguardando algum estímulo que levem a sua diferenciação, 
como os osteoblastos. 
 São importantes para o remodelamento e na regeneração 
óssea. 
 
 OSTEOBLASTOS = células jovens, que tem  atividade 
 Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado. (em 
ossos em formação, crescimento ou renovação) 
 São derivados das células osteoprogenitoras. 
 Participam da mineralização da matriz e sintetizam a parte 
orgânica da matriz óssea: colágeno tipo I e as proteínas não-
colágenas: 
 Osteonectina (glicoproteína multiadesiva) = ligação do 
colágeno com o cálcio. 
 Osteocalcina (proteína dependente de vitamina K) = 
é específica do osso, absorve o cálcio na circulação 
e estimula os osteoblastos na remodelação óssea. 
 Os esteoblastos tem uma atividade sintética que pode estar 
em dois momentos: 
 Intensa: vai se manifestar como células cuboides com 
citoplasma basófilo 
 Reduzida: vai se manifestar como células achatadas 
com menor basofilia no citoplasma (célula de repouso). 
 Uma vez que os próprios osteoblastos são recobertos por 
matriz extracelular, tornam-se aprisionados em suas 
secreções e transformam-se em osteócitos. 
 OSTEÓCITOS = osteoblastos amadurecidos e  atividade 
 Os osteócitos são células achatadas encontradas no interior 
da matriz óssea e ocupam espaços denominados lacunas. 
 Conectando uma lacuna a outra, tem-se pequenos túneis, os 
canalículos, onde vão passar prolongamentos dos osteócitos, 
os quais fazem contato com prolongamentos dos osteócitos 
adjacentes por meio de junções comunicantes, que permite a 
nutrição dos osteócitos. 
 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
2 
 Células ósseas maduras derivadas dos osteoblastos, são as 
principais células do tecido ósseo, responsáveis pelo 
metabolismo ósseo diário (manter a matriz óssea), como a 
troca de nutrientes e resíduos com o sangue. 
 Elas respondem às forças mecânicas que são aplicadas no 
osso, assim, quando há uma força que eleva a produção dessa 
célula, elas vão passar a ter mais R.E.R, Complexo de Golgi e 
mais lisossomos. 
 Assim como os osteoblastos, os osteócitos não sofrem divisão 
celular. 
 OSTEOCLASTOS = absorvem o tecido ósseo velho e 
recompõem com tecido ósseo novo 
 São células gigantes, multinucleadas, ramificadas e móveis. 
 O citoplasma é granuloso com vacúolos, quando essa célula é 
jovem o citoplasma é basófilo (mais roxo) e quando é mais 
madura o citoplasma é acidófilo (mais pro rosa). 
 Os osteoclastos derivam de precursores mononucleados, 
então, eles originam da fusão de células hematopoiéticas 
mononucleares, portanto, eles pertencem ao sistema 
fagocitário mononuclear, eles vão chegar no tecido ósseo e vão 
se unir para formar o osteoclasto, por isso multinucleadas. 
 Além disso, a célula libera poderosos ácidos (descalcificar a 
matriz) e enzimas lisossômicas que digerem os componentes 
minerais e proteicos da matriz extracelular óssea subjacente. 
Essa degeneração da matriz extracelular óssea, chamada 
REABSORÇÃO, é parte do desenvolvimento, da manutenção e 
do reparo ósseos. 
 É a ação dos osteoclastos que permite a remodelação óssea. 
 Depois que os osteoclastos acabam o papel de remodelação 
sofrem apoptose (morrem). 
 Nas áreas de reabsorção de tecido ósseo, os osteoclastos são 
encontrados frequentemente ocupando pequenas depressões 
da matriz escavadas pela atividade dessas células e conhecidas 
como cavidade de reabsorção ou lacunas de Howship (parte 
branca). 
 A ZONA BASAL, localizada mais distante da lacuna de Howship, 
contém a maior parte das organelas, incluindo os múltiplos 
núcleos e seus aparelhos de Golgi associados e centríolos. 
Mitocôndrias, REG e polissomas estão distribuídos por toda a 
célula, mas são mais numerosos perto da borda pregueada. 
 A BORDA PREGUEADA é a parte da célula diretamente 
envolvida na reabsorção de matriz óssea, aumenta a superfície 
de contato com a matriz, para facilitar tanto a exocitose das 
enzimas hidrodolíticas como a endocitose dos produtos de 
degradação extracelular que aconteceu pelas enzimas. 
 A ZONA CLARA é a região da célula que se dispõe 
imediatamente ao redor da periferia da borda pregueada. 
Região que tem muito R.E.R, Golgi e lisossomos que tem o papel 
de degradar tudo o que foi reabsorvido. 
 A ZONA VESICULAR do osteoclasto é constituída por 
numerosas vesículas de endocitose e de exocitose que 
transportam enzimas lisossômicas e metaloproteinases para o 
compartimento subosteoclástico e os produtos da degradação 
óssea para dentro da célula. A zona vesicular fica entre a zona 
basal e a borda pregueada 
 
 MATRIZ ÓSSEA 
 A matriz óssea é constituída de uma parte orgânica e de uma 
parte inorgânica. 
 PARTE ORGÂNICA 
 A parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas 
constituídas principalmente por colágeno do tipo I, e o 
restante, por proteínas não-colágenas: proteoglicanos e 
glicoproteínas, que vão constituir em substâncias 
fundamentais do osso para o crescimento, remodelação e 
reparação: 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
3 
 Osteonectina (glicoproteína multiadesiva) = ligação do colágeno 
com o cálcio. 
 Osteocalcina (proteína dependente de vitamina K) = é 
específica do osso, absorve o cálcio na circulação e estimula os 
osteoblastos na remodelação óssea. 
 PARTE INORGÂNICA 
 Os íons mais encontrados são o FOSFATO e o CÁLCIO. Há 
também bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato em 
pequenas quantidades. 
 Estudos de difração de raios X mostraram que os cristais que 
se formam pelo cálcio e pelo fosfato têm a estrutura do 
mineral hidroxiapatita, que garante a dureza do osso, com a 
seguinte composição: Ca10(PO4)6(OH)2. 
 Os íons da superfície do cristal de hidroxiapatita são 
hidratados, existindo, portanto, uma camada de água e íons 
em volta dele, a qual é denominada capade hidratação, que 
facilita a troca de íons entre o cristal e o líquido intersticial. 
 A associação de cristais de hidroxiapatita (de cálcio) à 
superfície das fibras colágenas é responsável pela RIGIDEZ E 
PELA RESISTÊNCIA mecânica do tecido ósseo. 
 Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma 
intacta e tornam-se tão flexíveis quanto os tendões. Por outro 
lado, a destruição da parte orgânica, que é principalmente 
colágeno, pode ser realizada por incineração e também deixa 
o osso com sua forma intacta, porém tão quebradiço (menos 
resistência) que dificilmente pode ser manipulado sem se 
partir. 
 REVESTIMENTO DE TECIDO CONJUNTIVO – CÉLULAS DE 
REVESTIMENTO 
 As células de revestimento, geralmente, são células achatadas 
com pouco citoplasma. 
 Elas são derivadas dos osteoblastos 
 São chamadas de CÉLULAS ENDOSTEAIS, quando elas 
revestem a superfície interna do osso e CÉLULAS 
PERIOSTEAIS quando elas revestem a superfície externa do 
osso. 
 
 ENDÓSTEO 
 Superfície interna 
 Há células osteoprogenitoras! 
 PERIÓSTEO 
 Superfície externa 
 Há também células osteoprogenitoras! 
 Tecido conjuntivo denso fibroso = contém principalmente 
fibras colágenas (região paralela ao osso) e fibroblastos. 
 Fibras de Sharpey = são feixes de fibras colágenas do 
periósteo que penetram o tecido ósseo e prendem 
firmemente o periósteo ao osso. 
 Esses revestimentos tem como função a nutrição do tecido 
ósseo e fornecimento de novos osteoblastos (para o 
crescimento e a recuperação do osso.). 
 TIPOS DE TECIDO ÓSSEO 
 O tecido ósseo pode ser classificado de acordo com o seu 
aspecto estrutural macroscópico (osso serrado): osso 
esponjoso e osso compacto. 
 OSSO ESPONJOSO: osso trabecular, se forma com 
cavidades que são intercomunicantes, são formadas pro 
trabéculas de matriz óssea, nas pessoas vivas, há a 
medula óssea e vasos sanguíneos. 
 OSSO COMPACTO: mais na periferia, osso cortical, sem 
cavidades visíveis, basicamente recobre todos os ossos 
do corpo. 
 
 
 
 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
4 
 Formato: 
 Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas 
por osso esponjoso revestido por uma delgada camada 
superficial de osso 
compacto. A diáfise 
(parte cilíndrica) é quase 
totalmente formada por 
osso compacto, com 
pequena quantidade de 
osso esponjoso na sua 
superfície interna, 
delimitando o canal 
medular. 
 Os ossos curtos têm o centro esponjoso e possuem em toda 
a sua periferia uma camada de osso compacto. 
 Nos ossos chatos (plano) que constituem a abóbada craniana, 
existem duas camadas de osso compacto, as tábuas interna 
e externa, separadas por osso esponjoso que, nessa 
localização, recebe o nome de díploe. 
 Constituição histológica: 
 Do ponto de vista histológico, existem dois tipos de tecido 
ósseo: o imaturo, primário ou não lamelar; e o maduro, 
secundário ou lamelar. 
 Ambos contêm os mesmos tipos celulares, e os constituintes 
da matriz são muito semelhantes. 
 TECIDO ÓSSEO PRIMÁRIO, IMATURO OU NÃO LAMELAR 
 O tecido primário é sempre o primeiro a ser formado, tanto 
no desenvolvimento 
embrionário como na 
reparação das 
fraturas. 
 É um tecido 
temporário e 
substituído por tecido 
secundário. 
 No adulto é muito 
pouco encontrado, 
persistindo apenas 
próximo às suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários 
e em alguns pontos de inserção de tendões. 
 No tecido ósseo primário, AS FIBRAS COLÁGENAS SE 
DISPÕEM IRREGULARMENTE, SEM ORIENTAÇÃO DEFINIDA, 
tem menor quantidade de minerais (mais facilmente 
penetrado pelos raios X). 
 Tem uma maior proporção de osteócitos. 
 TECIDO ÓSSEO SECUNDÁRIO, MADURO OU LAMELAR 
 O tecido ósseo secundário é a variedade mais encontrada no 
adulto. 
 Maior deposição mineral. 
 Sua principal característica é SER FORMADO POR FIBRAS 
COLÁGENAS ORGANIZADAS EM LAMELAS, no SISTEMA DE 
HAVERS (sistema cilíndrico) ou ósteons. 
 O ósteon é um cilindro que contém de 4 a 20 lamelas 
concêntricas de matriz óssea, e que circundam um canal 
central, o canal de Havers, que é revestido por endósteo 
(interno). Em cada lamela tem-se fibras colágenas que estão 
orientadas de forma perpendicular em relação às fibras da 
lamela seguinte. Os osteócitos estão presos dentro da matriz, 
nas lacunas, entre as lamelas e se comunicam por meio dos 
canalículos (prolongamentos). 
 
2) ENTENDER O PROCESSO DE REMODELAÇÃO 
 A remodelação óssea pode ser definida como um processo 
de justaposição no qual há remoção (osteoclastos) localizada 
do osso antigo (reabsorção) e substituição (osteoblastos) por 
osso recentemente formado. 
 Esse evento se verifica no tecido ósseo por toda a vida adulta 
do indivíduo, promovendo a manutenção da integridade 
anatômica do osso e a renovação do esqueleto, sendo regulada 
por diversos fatores, como mecanismos regulatórios 
intracelulares, influência hormonal, fatores locais e externos. 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
5 
 O tecido ósseo compacto e o tecido ósseo esponjoso não são 
remodelados da mesma maneira, provavelmente porque os 
osteoblastos e as células osteoprogenitoras do tecido ósseo 
esponjoso estão contidos dentro dos limites da medula óssea 
e, por isso, estão sob a influência parácrina direta das células 
da medula óssea próxima. 
 Acontece de uma forma chamada de remodelação interna, a 
formação de novos ósteons ou sistema de Havers. 
 Para acontecer, é necessário a ação dos OSTEOCLASTOS, 
eles vão “cavar” um túnel dentro do osso compacto = cavidade 
de reabsorção. 
 Esse túnel tem as dimensões de um novo ósteo, ocupando 
nesse túnel os vasos sanguíneos e tecido conjuntivo. 
 Vão surgir os OSTEOBLASTOS que vão realizar a deposição 
da matriz osteóide (orgânica) nas superfícies ósseas e os sais 
de cálcio cristalizam-se dentro desse osteóide. Esse processo 
de calcificação leva cerca de uma semana. Acontece em 
lamelas da periferia para o centro, por isso as lamelas bem 
definidas. 
 Após tem a mineralização dessa matriz orgânica dando origem 
à matriz óssea. (O ósteo mais claro é mais mineralizado) 
 No adulto, a deposição de matriz osteóide está em equilíbrio 
com a reabsorção. Já no idoso, tem-se mais reabsorção de 
matriz óssea do que a deposição nova, por isso a osteoporose. 
 RECUPERAÇÃO DE FRATURAS ÓSSEAS 
 Fratura é qualquer perda da continuidade óssea. As fraturas 
são nomeadas de acordo com a gravidade, formato, posição 
da linha de fratura. 
 O reparo de uma fratura óssea envolve as seguintes fases: 
1) Formação de hematoma: A fratura é geralmente 
acompanhada por hemorragia. Vasos sanguíneos 
rompem-se no periósteo e no interior do osso, liberando 
sangue que se coagula e forma um hematoma. Essa 
massa de sangue, chamada hematoma de fratura, em 
geral se forma 6 a 8h depois da lesão. Visto que a 
circulação sanguínea no local onde o hematoma de 
fratura se desenvolve é interrompida, as células ósseas 
circunvizinhas morrem. O edema e a inflamação que 
ocorrem em resposta às células ósseas mortas 
produzem mais resíduos celulares. Os fagócitos 
(neutrófilos e macrófagos) e osteoclastos começam a 
remover o tecido morto ou danificado dentro e ao redor 
do hematoma de fratura. Este estágio pode durar até 
algumas semanas. 
2) Formação de calo fibrocartilagíneo: Vasos sanguíneos 
começam a crescer no hematoma da fratura e 
fagócitos começam a limpar as células ósseas mortas. 
Os fibroblastos do periósteo invadem o local da fratura 
e produzem fibras de colágeno. Além disso, as células do 
periósteo se desenvolvem em condroblastos e começam 
a produzir fibrocartilagem nessa região. Esses eventos 
promovem o desenvolvimento de um calo 
fibrocartilaginoso (mole), que consiste em massa de 
tecido de reparação compostapor fibras de colágeno e 
cartilagem que une as extremidades do osso. A formação 
do calo fibrocartilaginoso leva cerca de 3 semanas. 
3) Formação do calo ósseo: Nas áreas mais próximas ao 
tecido ósseo saudável bem vascularizado, células 
osteogênicas se desenvolvem em osteoblastos, os quais 
começam a produzir trabéculas de osso esponjoso. As 
trabéculas unem as porções vivas e mortas dos 
fragmentos ósseos originais. Por fim, a fibrocartilagem é 
convertida em osso esponjoso e o calo passa a ser 
chamado calo ósseo (duro). O calo ósseo persiste por 3 
a 4 meses. 
4) Fase de remodelação óssea: A fase final do reparo da 
fratura é a de remodelação óssea do calo. As porções 
mortas dos fragmentos originais do osso fraturado são 
gradativamente reabsorvidas pelos osteoclastos. Osso 
compacto substitui osso esponjoso na periferia da 
fratura. 
 
 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 
 
6 
3) ANALISAR A QUESTÃO BIOQUÍMICA ÓSSEA 
 Os ossos são o principal reservatório de cálcio do corpo, 
armazenando 99% do cálcio corporal total. 
 Uma maneira de manter o nível de cálcio sanguíneo é controlar 
as taxas de reabsorção de cálcio do osso para o sangue e de 
depósito de cálcio do sangue no osso. 
 A função do osso na homeostasia do cálcio é ajudar a 
“tamponar” o nível de Ca2+ sanguíneo, liberando Ca2+ no 
plasma sanguíneo (usando os osteoclastos) quando o nível 
diminui e absorvendo Ca2+ (usando os osteoblastos) quando o 
nível aumenta. 
 A troca de Ca2+ é regulada por hormônios, sendo o 
paratormônio (PTH), secretado pelas glândulas paratireoides, 
o mais importante deles. Esse hormônio AUMENTA o nível de 
Ca2+ sanguíneo. 
 A secreção de PTH opera via sistema de retroalimentação 
(feedback) negativa. Se algum estímulo faz com que o nível 
sanguíneo de Ca2+ caia, as células da glândula paratireoide 
(receptores) detectam essa alteração e intensificam sua 
produção de uma molécula conhecida como monofosfato de 
adenosina cíclico (AMP cíclico). 
 O gene para o PTH no núcleo de uma célula da glândula 
paratireoide (o centro de controle) detecta o aumento 
intracelular do AMP cíclico. Em consequência disso, a síntese 
de PTH aumenta e mais PTH é liberado no sangue. A presença 
de níveis mais elevados de PTH aumenta a quantidade e a 
atividade dos osteoclastos (efetores), acelerando o ritmo de 
reabsorção óssea. 
 A liberação resultante de Ca2+ do osso para o sangue traz 
de volta o nível sanguíneo de Ca2+ ao normal. 
 O PTH também atua nos rins (efetores) para diminuir a perda 
de Ca2+ pela urina, aumentando a calcemia. 
 Além disso, o PTH estimula a formação de calcitriol (a forma 
ativa da vitamina D), um hormônio que promove a absorção de 
cálcio dos alimentos do sistema digestório para o sangue. 
Essas duas ações também ajudam a elevar o nível de Ca2+ do 
sangue. 
 Um outro hormônio atua para diminuir o nível de Ca2+ 
sanguíneo. Quando o Ca2+ do sangue sobe acima do normal, 
células parafoliculares na glândula tireoide secretam 
calcitonina (CT). 
 A CT inibe a atividade dos osteoclastos, intensifica a captação 
de Ca2+ sanguíneo pelo osso e acelera a deposição de Ca2+ 
nos ossos. 
 O resultado final é que a CT promove a formação óssea e 
diminui o nível de Ca2+ do sangue. Apesar desses efeitos, a 
função da CT na homeostasia do cálcio normal é incerta, pois 
pode estar completamente ausente sem causar sintomas. 
 Todavia, a calcitonina proveniente do salmão é efetiva no 
tratamento da osteoporose porque retarda a reabsorção 
óssea. 
 
REFERÊNCIAS: 
 JUNQUEIRA, LC; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12ª. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 
 TORTORA, G. J; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia 
humana. 14ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
 ELAINE N. MARIEB, Patricia Brady Wilhelm e Jon Mallatt. 
Anatomia humana, 7ª ed. Pearson, 2014

Continue navegando