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PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR

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PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR
Até 1990 - Relação Civil (consumidor = fornecedor)
Não havia privilégios na relação (vulnerabilidade)
Lei 8.078/90 - CDC
Regular direitos previstos na CF (proteção do consumidor como princípio da ordem econômica)
PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR
CF - art. 5º, XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
CF - art. 170, V - A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, 
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os 
seguintes princípios: defesa do consumidor
ADCT - art. 48 - O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, 
elaborará código de defesa do consumidor.
NORMA DE ORDEM PÚBLICA
*O CDC possui natureza cogente? Poderão as partes contratar a não aplicação do CDC em determinada 
relação contratual ? Pode o consumidor renunciar às proteções do CDC ? O contrato pode prever a não 
aplicação do CDC, ainda que as partes sejam configuradas na prática como fornecedor e consumidor
NÃO !
O CDC é norma de ordem pública e de interesse social e de natureza cogente.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse 
social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas 
Disposições Transitórias.
CDC surge para proteger o consumidor;
Equilíbrio das Relações Comerciais entre Fornecedor e Consumidor;
Vulnerabilidade técnica, jurídica e fática;
Tratamento desigual aos desiguais;
Não se usa o CDC para prejudicar o consumidor;
CONSUMIDOR
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire 
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, 
ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
TIPOS DE CONSUMIDOR
Consumidor
Destinatário Final (art. 2º, do CDC)
Coletividade (art. 2º, p. ú., CDC)
Vítimas de eventos danoso (art. 17, CDC)
Ex. pessoa ganha celular c/ defeito
Todos expostos a pratica comercial (art. 29, CDC)
ELEMENTOS DA RELAÇÃO DE CONSUMO
Elemento
Subjetivo - poderá ser considerado consumidor tanto a pessoa física quanto a pessoa jurídica
Objetivo - consumidor é aquele que adquire ou utiliza um produto ou serviço
Teleológico - necessário que a aquisição do produto ou utilização do serviço seja na qualidade de destinatário final
TEORIA DO CONSUMIDOR
Teorias
Finalista (subjetiva) - consumidor é quem adquire produto para necessidade 
própria e não para atividade comercial ou profissional (revenda).
Maximalista (objetiva) - consumidor é todo aquele que retira o produto ou 
serviço do mercado de consumo qualquer que seja sua finalidade
Teoria Mista (finalista mitigada) - aplicação da teoria finalista de forma atenuada 
(Súm. 83 do STJ). Consumidor é aquele que comprova sua vulnerabilidade.
A jurisprudência desta Corte tem mitigado os rigores da teoria 
finalista para autorizar a incidência do CDC nas hipóteses em que a 
parte (pessoa física ou jurídica), embora não seja tecnicamente a 
destinatária final do produto ou serviço, se apresente em situação de 
vulnerabilidade. Tem aplicação a Súmula nº 83 do STJ.
(AgRg no AREsp 646.466/ES, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 07/06/2016, DJe 10/06/2016).
TEORIA FINALISTA MITIGADA
Ex. costureira que busca indenização pela máquina com 
defeito para cumprir prazo de serviço (vestido de formatura)
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
Súmula 297, STJ - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras (inclusive ao 
dinheiro -ADI)
Súmula 532, STJ - Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito sem prévia e expressa 
solicitação do consumidor, configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à aplicação de multa administrativa.
PLANOS DE SAÚDE
Súmula 608, STJ - Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os 
administrados por entidades de autogestão (sem fins lucrativos).
Não pode se negar. Pode dizer quais doenças cobrem ou não, mas uma vez que cobre a doença não pode 
definir qual a orientação do tratamento, quem define isso é o médico.
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PLANO DE SAÚDE. CONTRATO DE 
ADESÃO. INTERPRETAÇÃO FAVORÁVEL AO CONSUMIDOR. COBERTURA DA DOENÇA. 
EXCLUSÃO DE TRATAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. REEMBOLSO DAS DESPESAS. 
FUNDAMENTO DO ACÓRDÃO INATACADO. SÚMULA 283/STF. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. Entende-se por abusiva a cláusula contratual que exclui tratamento prescrito para garantir a saúde ou a vida 
do segurado, porque o plano de saúde pode estabelecer as doenças que terão cobertura, mas não o tipo de 
terapêutica indicada por profissional habilitado na busca da cura. Precedentes.
(AgInt no AREsp 934.017/DF, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 04/10/2016, 
DJe 19/10/2016)
Súmula 597, STJ - A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização dos serviços 
de assistência médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada abusiva se ultrapassado o 
prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação.
Súmula 609, STJ - A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença preexistente, é ilícita se não 
houve a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a demonstração de má-fé do segurado.
Ônus da prova é do próprio plano
RELAÇÃO CLIENTE X ADVOGADO
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PRESTAÇÃO 
DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS. NÃO INCIDÊNCIA DO CDC. 
PRECEDENTES. DEFICIÊNCIA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. 
SÚMULAS 5 E 7 DO STJ. HONORÁRIOS. REDUÇÃO. MATÉRIA QUE 
DEMANDA REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7 DO STJ. DISSÍDIO NÃO 
CONFIGURADO. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO.
1. A jurisprudência do STJ é uníssona no sentido de que o Código de Defesa do 
Consumidor - CDC não é aplicável às relações contratuais entre clientes e 
advogados, as quais são regidas pelo Estatuto da Ordem dos Advogados do 
Brasil - OAB, aprovado pela Lei n. 8.906/94. Precedentes.
(AgInt no AREsp 895.899/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, 
QUARTA TURMA, julgado em 18/08/2016, DJe 23/08/2016)
FORNECEDOR
(art. 3º, CDC)
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os 
entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, 
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Não há exceções a quem poderá ser fornecedor;
Necessário que se verifique o mínimo de habitualidade;
Condomínio e clube não são fornecedores em razão da natureza comunitária entre os filiados e os 
condôminos.
Inexistindo expressa previsão estatutária, não é a entidade sócio-recreativa, assim como por igual 
acontece nos condomínios, responsável pelo furto de veículos ocorrido em suas dependências, dada a 
natureza comunitária entre os filiados, sem caráter lucrativo.
(REsp 310.953/SP, Rel. Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 
10/04/2007, DJ 07/05/2007, p. 326).
Responsabilidade
Pelo fato 
Pelo vício
RESPONSABILIDADE DOS FORNECEDORES
Pelo fato do produto (art. 12, CDC)
Pelo fato do serviço (art. 14, CDC)
Pelo vício do produto (art. 18, CDC)
Pelo vício do serviço
RESPONSABILIDADE PELO FATO
Responsabilidade
Pelo fato do produto (art. 12, CDC)
Pelo fato do serviço (art. 14, CDC)
Acidente de consumo causado pelo produto ou serviço
RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO
(art. 12, CDC)
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos 
causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, 
montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, 
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobresua utilização e riscos.
Responsabilidade Objetiva
Comprova o ato, dano e o nexo causal
RESPONSABILIDADE DO COMERCIANTE
(art. 13, CDC)
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador;
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso 
contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso.
Responsabilidade Subsidiária (solidária)
RESPONSABILIDADE PELO FATO DO SERVIÇO
(art. 14, CDC)
Regra geral - solidariedade entre todos
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos 
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Responsabilidade Objetiva
Comprova o ato, dano e o nexo causal
RESPONSABILIDADE DOS PROFISSIONAIS LIBERAIS
(art. 14, § 4º, CDC)
Ex. médicos, advogados, dentistas;
Responsabilidade Subjetiva, pela contratação ser de MEIO e não de resultado
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
RESPONSABILIDADE CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TEMPESTIVIDADE. 
DEMONSTRAÇÃO NOS AUTOS. FIBROPLASIA RETROENTICULAR, QUE OCASIONOU PERDA 
DA VISÃO AO PACIENTE. RESPONSABILIDADE CIVIL DO HOSPITAL E DO MÉDICO POR 
ALEGADO ERRO CULPÁVEL. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DA CULPA DO 
PROFISSIONAL DA MEDICINA E DO NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O DANO E O ATO 
COMISSIVO OU OMISSIVO. REEXAME DE PROVAS, EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. 
INVIABILIDADE.
2. A obrigação do médico, em regra, é de meio, isto é, o profissional da saúde assume a obrigação de prestar 
os seus serviços atuando em conformidade com o estágio de desenvolvimento de sua ciência, com diligência, 
prudência e técnicas necessárias, utilizando os recursos de que dispõe - elementos que devem ser analisados, 
para aferição da culpa, à luz do momento da ação ou omissão tida por danosa, e não do presente-, de modo a 
proporcionar ao paciente todos os cuidados e aconselhamentos essenciais à obtenção do resultado almejado.
3. Portanto, como se trata de obrigação de meio, o resultado final insatisfatório alcançado não configura, por 
si só, o inadimplemento contratual, pois a finalidade do contrato é a atividade profissional médica, prestada 
com prudência, técnica e diligência necessárias, devendo, para que exsurja obrigação de indenizar, ser 
demonstrada a ocorrência de ato, comissivo ou omissivo, caracterizado por erro culpável do médico, assim 
como do nexo de causalidade entre o dano experimentado pelo paciente e o ato tido por causador do dano.
(REsp 992.821/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 14/08/2012, 
DJe 27/08/2012)
CIRURGIA PLÁSTICA
(...) AÇÃO INDENIZATÓRIA. CIRURGIA PLÁSTICA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. 
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO. PROFISSIONAL QUE DEVE AFASTAR SUA CULPA 
MEDIANTE PROVA DE CAUSAS DE EXCLUDENTE. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
2. Possuindo a cirurgia estética a natureza de obrigação de resultado cuja responsabilidade do médico é 
presumida, cabe a este demonstrar existir alguma excludente de sua responsabilização apta a afastar o 
direito ao ressarcimento do paciente.
(AgRg no REsp 1468756/DF, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 
19/05/2016, DJe 24/05/2016)
Responsabilidade Objetiva
HOSPITAL
INDICADO/CONTRATADO PELO HOSPITAL
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO MÉDICO 
PELO ERRO CAUSADO NO PACIENTE
RESPONSABILIDADE OBJETIVA PELO ERRO 
MÉDICO CAUSADO NO PACIENTE
AGÊNCIA DE VIAGEM
CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AGÊNCIA DE TURISMO.
Se vendeu pacote turístico, nele incluindo transporte aéreo por meio de vôo 
fretado, a agência de turismo responde pela má prestação desse serviço.
Recurso especial não conhecido.
(REsp 783.016/SC, Rel. Ministro ARI PARGENDLER, TERCEIRA 
TURMA, julgado em 16/05/2006, DJ 05/06/2006, p. 279).
Transporte aéreo internacional:
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (ART. 544 DO CPC) - AUTOS 
DE AÇÃO ORDINÁRIA DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E 
MATERIAIS - DECISÃO MONOCRÁTICA CONHECENDO DO 
RECLAMO, PARA, DE PLANO, NEGAR SEGUIMENTO AO APELO 
NOBRE. IRRESIGNAÇÃO DA COMPANHIA AÉREA.
1. É iterativa a jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça no sentido de 
prevalência das normas do Código de Defesa do Consumidor, em detrimento 
das disposições insertas em Convenções Internacionais, como as Convenções 
de Montreal e de Varsóvia, aos casos de falha na prestação de serviços de 
transporte aéreo internacional, por verificar a existência da relação de 
consumo entre a empresa aérea e o passageiro, haja vista que a própria 
Constituição Federal de 1988 elevou a defesa do consumidor à esfera 
constitucional de nosso ordenamento. Súmula 83/STJ. Precedentes
(AgRg no AREsp 145.329/RJ, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA 
TURMA, julgado em 20/10/2015, DJe 27/10/2015)
CF, Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático 
e terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar 
os acordos firmados pela União, atendido o princípio da reciprocidade.
STF - Tema 210 - Repercussão Geral:
Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados 
internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de 
passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm 
prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor.
(RE 636331, Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 
25/05/2017, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL -
MÉRITO DJe-257 DIVULG 10-11-2017 PUBLIC 13-11-2017)
Responde por tudo que está no pacote - responsabilidade solidária
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO
(art. 18. CDC)
Responsabilidade
Pelo vício do produto (art. 18, CDC)
Pelo vício do serviço
Não gerou acidente de consumo, apenas tem o vício
Ex. automóvel com problema nos freios
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO PRODUTO
(art. 18 e 18, § 1°, do CDC)
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente
pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se 
destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações 
constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações 
decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
VÍCIO DE QUALIDADE
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua 
escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
LEVE DEFEITO
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, 
em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a 
qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
Produto essencial troca na hora, ou exige na hora os incisos do paragrafo primeiro.
VÍCIO DE QUANTIDADE
RESPONSABILIDADE PELO VÍCIO DO SERVIÇO
EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR
(art. 12, § 3º, CDC)
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar:
I - que não colocou o produto no mercado;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
PRODUTO
(art. 3º, § 1º, CDC)
§ 1° Produto é qualquer bem, móvelou imóvel, material ou imaterial.
Necessário que o produto seja oneroso ? Sim, mas deve-se repreender os abusos 
Brindes e Amostras grátis - aplicação obrigatória do CDC
Principal ou acessório
SERVIÇO
(art. 3º, § 2º, CDC)
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de 
natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Súmula 297, STJ - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras 
(inclusive ao dinheiro -ADI)
Súmula 563, STJ - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de 
previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com 
entidades fechadas.
Súmula 381, STJ - Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da 
abusividade das cláusulas.
Serviço de graça = CDC
*Médico salva vida da pessoa em estado de necessidade e por erro médico vem a 
falecer - erro médico não se aplica o CDC.
*Mc Donalds se responsabiliza pelos carros estacionados em sua propriedade, ainda 
que o estacionamento não seja remunerado (mesmo que a pessoa não tenha usado os 
serviços do mc) - fiscalização por parte da empresa.
*i) serviço remunerado; ii) de forma ampla e geral; iii) quem presta este serviço com 
habitualidade e profissionalismo; iv) quem toma o dinheiro é o consumidor 
vulnerável, com exceção da empresa, salvo se a empresa for vulnerável.
Serviço público abrange CDC - nem todos.
Apenas os serviços remunerados através de tarifa (energia elétrica, transporte 
coletivo, telefonia).
Serviço remunerado através de taxa e imposto não se aplica o CDC.
Serviço notarial aplica CDC ? Entendimento do STJ é de que é um serviço público 
remunerado por taxa REsp 625.144.
Crédito educativo é aplicável o CDC ? Não porque o objeto do contrato é (lucro -
interesse público) 
PRINCÍPIOS GERAIS DO CDC
O CDC está diretamente ligado a dignidade da pessoa humana
Art. 4º
Norma principiológica - não se torne obsoleta
Art. 4º, I, do CDC - reconhecimento da vulnerabilidade
VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR
Conceito - o consumidor é sempre a parte mais fraca da relação, seja no aspecto jurídico, econômico e etc.
Presunção Absoluta
ESPÉCIES DE VULNERABILIDADE
Presunção Absoluta
Vulnerabilidade
Técnica - consumidor desconhece a parte técnica do produto (perito)
Jurídica - consumidor desconhece o contrato e seus apensos (conhecimento econômico)
Fática - fornecedor maior que o consumidor (socioeconômica)
Ex. idoso e criança tem dupla vulnerabilidade
Ex. patuto advogou em causa própria e perdeu. Ele é ruim ? Não sabemos.
Mas, ele alegou vulnerabilidade jurídica e o relator não aceitou. Disse ele que assinou sabendo que podia 
recorrer e mesmo assim não deu certo. O Patuto está certo ? Não sabemos.
4º vulnerabilidade informacional -
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, 
a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou 
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 
Juiz analisa, não é automático:
I) Consumidor demonstre a verossimelhança;
II) Consumidor demonstre sua hipossuficiência.
HIPOSSUFICIÊNCIA
Presunção Relativa
PRESCRIÇÃO
(art. 27, CDC)
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do 
produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a 
partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
VÍCIO APARENTE
(art. 26, CDC)
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
NO MOMENTO EM QUE O PRODUTO É ENTREGUE
VÍCIO OCULTO
(art. 26, § 3º, CDC)
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito
NO MOMENTO EM QUE FICAR EVIDENCIADO O DEFEITO
DECADÊNCIA
(art. 26, § 1º, 2º e 3º, CDC)
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término 
da execução dos serviços.
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar 
evidenciado o defeito
APARENTE - no momento da entrega do produto
OCULTO - no momento em que se descobre o defeito
INTERROMPIMENTO DA DECADÊNCIA
(art. 26, § 2º, CDC)
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de 
produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de 
forma inequívoca;
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
COMPRAS PELA INTERNET
(art. 49, CDC)
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do 
ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e 
serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.

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