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Welfare State/ Estado de bem estar social/ Estado social/ Estado de providência Há uma relativa igualdade nos países que adotam esse modelo e são países de IDH alto; Provê bens e serviços necessários, como o sistema público e gratuito de saúde, educação pública e gratuita, liberdade de associação sindical e outros direitos trabalhistas, igualdade de oportunidades, relativa igualdade socioeconômica, previdência social. A harmonia gerada pelo planejamento econômico é diferente da suposta harmonia liberal, é uma harmonia criada pelo Estado. Esse modelo é defendido pelo Partido Trabalhista Britânico, Pelo SPD na Alemanha e pelo Partido Social Democrático no Brasil (partido do JK). Myrdal escreve “O Estado do futuro: o planejamento econômico nos Estados de bem-estar e suas implicações internacionais” em 1960, num contexto após as crises de legitimidade do liberalismo, principalmente a Grande Depressão. O Estado de bem estar é uma reforma do capitalismo que tentou conter o avanço do modelo comunista. A partir de 1945, houve um grande esforço para reconstruir as economias e tentativas de evitar outra crise. Também houve um processo de crescimento econômico até 1973, período que Hobsbawn chama de “era de ouro”: os países mais ricos cresciam numa taxa de 7% ao ano; o fordismo como paradigma de produção em massa permitia maior acesso das populações a bens de consumo; houve uma melhoria de condições da classe trabalhadora (Keynesianismo previa o pagamento de maiores salários, o que faz com que os trabalhadores comprem mais produtos da empresa que, por sua vez, obtém maior lucro. Myrdal estudou a tendência dos Estados dessa época a terem maiores investimentos públicos e diz que a maioria dos países de primeiro mundo estava se tornando Estados de providencia. Os Estados assumiam o compromisso de definirem metas para o desenvolvimento econômico, garantia de pleno emprego, igualdade de oportunidades por meio da equalização dos pontos de partida (políticas como as cotas, por exemplo). Brasil não é um Estado de providência- João Goulart foi o que chegou mais perto de implementar esse modelo com as “reformas de base”, tentando implantar relações de propriedade mais justas e reformas do Estado por meio do planejamento. Myrdal mostra que no fim do século XIX, alguns países começaram a adotar medidas do Estado de bem estar social. Na Alemanha de Bismark, por exemplo, foi criado o primeiro sistema de previdência social para trabalhadores impossibilitados de trabalhar por motivos de idade ou saúde, ainda que ele fosse contra os direitos trabalhistas. Mas essas medidas adotadas por ele não são universais, são apenas para os comprovadamente necessitados, se aproximando mais de um assistencialismo, que precede o universalismo do Welfare State. Myrdal cita exemplos como a Grã Bretanha, onde, independentemente do partido no poder ser trabalhista ou conservador, as políticas sociais são mantidas. O Estado capitalista pode ser classificado como liberal ou social; o social prevê que a ideia liberal da auto regulação do mercado é historicamente errada, já que há crises periódicas mesmo em períodos prósperos. Assim, deve ser adotado um processo político democrático de planejamento, no qual a intervenção estatal é coordenada, ou seja, o Estado investe em todos os setores da economia, fazendo estatísticas para descobrir o que falta em cada um, coordenando as relações econômicas (relação entre campo e cidade, por exemplo) e podendo estabelecer tarifas para proteger os produtores do país. Myrdal, como social-democrata, reconhece que nem sempre os interesses individuais coincidem com os interesses coletivos e, quando há um impasse desse tipo, os interesses coletivos devem ser levados em conta mesmo que isso signifique o sacrifício dos interesses de uma determinada classe ou grupo, pois é pelo bem geral do país. Keynes era liberal na política, mas não na economia; ele acredita que os que estão no topo da pirâmide social (os ricos com altos rendimentos) tendem a poupar sua renda, já que nem todo o dinheiro que recebem é reinvestido em seus negócios. Já os que estão abaixo da pirâmide (os mais pobres), não têm chances de poupar. Frente a isso, Keynes propunha a tributação progressiva, para que o governo invista em infraestrutura com o dinheiro arrecadado, aquecendo a economia pelo lado da demanda: o Estado se torna grande comprador da indústria pesada e isso eleva os ganhos das industrias internas; também são gerados mais empregos, já que essas obras demandam uma alta quantidade de mão de obra. Na maioria dos países da OCDE, a alíquota mais alta gira em torno de 50% para a parcela mais rica da população e há impostos sobre as grandes fortunas. Com o passar do tempo, as reformas elevam a produtividade dos trabalhadores. Quando uma pessoa fica desempregada involuntariamente pode fazer cursos de capacitação para ser reinserida no mercado de trabalho. Para cada receita deve haver uma previsão orçamentária, ou seja, não se pode aumentar os gastos sem aumentar as receitas. Ainda assim, há contradições no Estado de bem estar social, pois ainda se trata de um Estado capitalista, assim, os revolucionários identificam diversas contradições. Os protestos na França são um exemplo de que esse modelo não é perfeito. Governo controla atividades bancárias sem assumir o controle dos bancos, definindo taxas de juros, por exemplo. Altas tributações sobre rendimentos dos acionistas. Em empresas socializadas, as diferenças entre patrão e empregado não são tão altas, entre outros motivos, pelo imposto de renda progressivo. Partido social democrata da Suécia é socialista Fabiano, uma espécie de capitalismo fortemente reformado- prevê nacionalizações e socialismo em seu estatuto.
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