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IPTU: Imposto sobre Propriedade Urbana

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Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellman 
Aula: 48 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
IMPOSTOS EM ESPÉCIES 
 
IMPOSTOS EM ESPÉCIES 
 
c) IPTU 
 
Previsão: art. 156, I, §1º, CF e art. 32 e 34 do CTN. 
 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
 
 O IPTU incide sobre a propriedade territorial urbana, o ITR incide sobre a propriedade territorial rural. 
 
O fato gerador é a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física. O 
proprietário é a pessoa em nome de quem consta na matrícula do imóvel. 
 
O IPTU poderá incidir sobre o usufrutuário que exerce o domínio útil. O STJ tem súmula no sentido de que cabe a 
lei Municipal estabelecer o sujeito passivo do tributo nesses casos – súmula 399 do STJ. 
 
Súmula 399. Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo 
do IPTU 
 
A súmula 397 do STJ estabece que o contribuinte do é notificado do lançamento do IPTU pelo envio do carnê. 
 
Súmula/397. O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo 
envio do carnê ao seu endereço. 
 
A posse tributada via IPTU não é a posse exercida pelo locatário, ou pela pessoa que está na posse direta do imóvel, 
trata-se do possuidor que exerce a posse de forma mansa e pacífica do imóvel com a intenção de adquirir a 
propriedade pela usucapião. 
 
A súmula 614 do STJ dispõe que o locatário não tem legitimidade para discutir a relação tributária de IPTU referente 
ao imóvel alugado. 
 
Súmula 614/STJ. O locatário não possui legitimidade ativa para 
discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao 
imóvel alugado nem para repetir indébito desses tributos. 
 
 
A definição do que é zona urbana está definida art. 32, §1º do CTN. Zona urbana é a definida em lei Municipal que 
contenha no mínimo 02 dos melhoramentos previstos nos incisos do art. 32, §1º, melhoramentos estes que 
deverão ser construídos ou mantidos pelo Poder Público. 
 
 
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Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a 
propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a 
propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou 
por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana 
do Município. 
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a 
definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência 
de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos 
seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: 
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
II - abastecimento de água; 
III - sistema de esgotos sanitários; 
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para 
distribuição domiciliar; 
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 
(três) quilômetros do imóvel considerado. 
 
O §2º deste artigo possibilita a tributação via IPTU dos imóveis localizados nas áreas urbanizáveis ou de expansão 
urbana. 
 
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou 
de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos 
órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao 
comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos 
do parágrafo anterior. 
 
Áreas urbanizáveis ou de expansão urbana são aquelas definida em lei, constantes de loteamentos aprovados pelos 
órgãos competentes, o loteamento deve ser destinado a habitação, indústria ou comércio, mesmo que este 
loteamento esteja fora da zona urbana. 
 
A súmula 626 do STJ prevê que a incidência do IPTU sobre imóvel localizado sobre área urbanizável ou expansão 
urbana não esta condicionada ao mínimo dos 02 melhoramentos. 
 
Súmula 626/STJ. A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área 
considerada pela lei local como urbanizável ou de expansão urbana 
não está condicionada à existência dos melhoramentos elencados no 
art. 32, § 1º, do CTN. 
 
O art. 15 do Decreto lei 57/66 estabelece que o IPTU não abrangerá o imóvel que localizado na área urbana 
comprovadamente seja utilizado para exploração agrícola, neste caso, haverá a incidência do ITR. 
 
Art. 15. O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 
1966, não abrange o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado 
em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, 
incidindo assim, sobre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo 
cobrados. 
 
O IPTU poderá ser progressivo em razão do valor venal do imóvel (súmula 589 e 668 do STF). 
 
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Súmula 589/STF. É inconstitucional a fixação de adicional progressivo 
do imposto predial e territorial urbano em função do número de 
imóveis do contribuinte. 
 
Súmula 668/STF. É inconstitucional a lei municipal que tenha 
estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas 
progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o 
cumprimento da função social da propriedade urbana. 
 
As alíquotas poderão ser diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel – súmula 539, STF. 
 
Súmula 539/STF. É constitucional a lei do Município que reduz o 
imposto predial urbano sobre imóvel ocupado pela residência do 
proprietário, que não possua outro. 
 
A própria CF/88 faz referencia a progressividade no tempo (progressividade que incidirá para a função social da 
propriedade). O art. 182, §4º, II, CF prevê que o Poder Executivo mediante lei poderá exigir do proprietário do solo 
urbano, não utilizado ou subutilizado, que promova o adequado aproveitamento. 
 
Art. 182. [...] 
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica 
para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, 
do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não 
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, 
sucessivamente, de: 
I - parcelamento ou edificação compulsórios; 
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana 
progressivo no tempo; 
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública 
de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de 
resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, 
assegurados o valor real da indenização e os juros legais. 
 
A incidência do IPTU progressivo no tempo está previsto no art. 7º do Estatuto da Cidade – Lei 10.257/01 – O IPTU 
poderá incidir com alíquota progressiva pelo prazo de 05 anos consecutivos, e a cada ano a alíquota não poderá 
aumentar mais que duas vezes a do ano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15%. 
 
A consequência da falta do adequado aproveitamento será a desapropriação do imóvel mediante indenização, se 
mesmo com a alíquota progressiva o imóvel não tiver função social. 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellman 
Aula: 47 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
IMPOSTOS EM ESPÉCIES 
 
IMPOSTOS EM ESPÉCIES 
 
a) Imposto sobre a transmissão “causa mortis” e doação – ITCMD ou ITCD (continuação) 
 
Sujeito Passivo 
 
O sujeito passivo na doação poderá ser qualquer uma das partes (doador ou donatário), quem estabelece se será 
o doador ou o donatário é a legislação do Estado – art. 42, CTN. 
 
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação 
tributada, como dispuser a lei. 
 
b) Imposto de Transmissão de Bens Imóveis 
 
Previsão: art. 156, II, §2º CF e art. 42 a 45 do CTN. 
 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
[...] II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de 
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre 
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a suaaquisição; 
 
É um imposto assim como o ITCM lançado por declaração. 
 
O ITBI ou ITIV (imposto de transmissão inter vivos) incide na transmissão entre pessoa vivas por ato oneroso de 
bens imóveis, transmissão de direitos reais sobre imóveis (art. 1.225, CC), exceto na transmissão de direitos regais 
de garantia, por exemplo, hipoteca e anticrese. 
 
Pegadinha: não há que se falar em penhor, pois o penhor se refere a bens móveis. 
 
A definição de bem imóvel está nos arts. 79, 80 e 81, CC. A distinção do bem imóvel por natureza e por acessão 
física era feita no CC anterior. 
 
• Bem imóvel por natureza – solo/terra. 
• Bem imóvel por acessão física – tudo o que é acrescido a terra por ato humano. 
O art. 156, §2º, I da CF, traz outra regra de não incidência do ITBI, trata-se da não incidência na transmissão de bens 
imóveis para composição do capital social, na transmissão de bens e direitos decorrentes de fusão, incorporação, 
cisão ou extinção de pessoa jurídica. 
 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
 
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[...] II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de 
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre 
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua 
aquisição; 
[...] § 2º O imposto previsto no inciso II: 
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao 
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a 
transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, 
cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade 
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou 
direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; 
 
Esta regra imunizante do art. 156, §2º, I da CF, comporta exceção, trata-se do caso onde a atividade preponderante 
da empresa ou da empresa fruto da operação societária for a compra e venda, locação ou o arrendamento de bens 
imóveis. 
 
Atividade preponderante é caracterizada quando mais de 50% do faturamento decorre destas atividades – art. 37, 
§1º, CTN (02 anos anteriores e 02 anos posteriores ao ato). 
 
Art. 37. [....] 
§ 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida 
neste artigo quando mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita 
operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos anteriores 
e nos 2 (dois) anos subseqüentes à aquisição, decorrer de transações 
mencionadas neste artigo. 
 
O ITBI sempre deverá ser recolhido para o Município em que está localizado o imóvel – art. 156, §2º, II, CF. 
 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
[...] § 2º O imposto previsto no inciso II: 
II - compete ao Município da situação do bem. 
 
O art. 184, §5º, CF/88 prevê que são isentas (imunes) de impostos Federais, Estaduais e Municipais as operações 
de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. 
 
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins 
de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua 
função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida 
agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no 
prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja 
utilização será definida em lei. 
[...] § 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as 
operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de 
reforma agrária. 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellman 
Aula: 46 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
IMPOSTOS EM ESPÉCIES 
 
IMPOSTOS EM ESPÉCIES 
 
a) Imposto sobre a transmissão “causa mortis” e doação – ITCMD ou ITCD 
(continuação) 
 
Há alguns requisitos para que o inventário seja feito no Tabelionato de Notas: 
 
• Herdeiros maiores e capazes; 
• Concordância em relação a partilha dos bens; 
• Não pode ter mulheres grávidas. 
 
É necessário ter um advogado constituído, e pode ser realizado em qualquer Cartório de Notas, a regra de 
competência para o inventario judicial não se aplica ao extrajudicial. 
 
Base de Cálculo 
 
Previsão: art. 38 do CTN. 
 
Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou 
direitos transmitidos. 
 
Não compõem a base de cálculo: 
 
• Frutos e rendimentos provenientes da administração dos bens inventariados – posto que os herdeiros já 
eram proprietários; 
• Valores recebidos à título de seguro de vida (art. 789 e ss.) – o valor indenizável não é de propriedade do 
segurado, mas sim dos beneficiários; 
• Valores referentes as relações de trabalhos, aposentadorias, pensões – PIS/PASEP e FGTS não recebidos 
em vida pelo falecido – Lei 6.858/80. Estes valores podem ser levantados por alvará pelo inventariante. 
 
Competência 
 
Previsão: art. 155, §1º, CF. 
 
Art. 155. [...] 
§ 1º O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao 
Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal. 
 
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II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado 
onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o 
doador, ou ao Distrito Federal; 
III - terá competência para sua instituição regulada por lei 
complementar: 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o 
seu inventário processado no exterior; 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
 
O ITCMD será devido para o Estado da situação do bem, em se tratando de bens imóveis e de direitos relacionados 
a estes imóveis, independentemente do Estado em que tramita o inventário. 
 
Em se tratando de bens móveis, títulos e créditos o imposto será devido para o Estado onde se processar o 
inventário ou o arrolamento. 
 
Caberá a lei complementar regular a instituição do imposto quando o imposto envolver questões internacionais – 
art. 155, §1º, III, CF. No entanto, ainda não existe esta lei complementar, sendo assim é aplicado a regra do art. 24, 
§3º, quando não houver esta lei complementar os Estados passam a ter competência legislativa plena. 
 
Art. 24. [...] 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão 
a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
 
O ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal. A resolução nº 09/92 estabelece que a alíquota 
máxima dos Estados será de 8%. No Estado de São Paulo a alíquota é de 4%. 
 
O STF entendia que os impostos reais assim como o ITCMD só poderiam ser progressivos se houvesse autorização 
constitucional (o que não há na CF/88), no entanto, no julgamento do RE 562.045/RS entendeu que a lei do Estado 
do Rio Grande do Sul é constitucional e que todo e qualquer imposto pode ser progressivo para cumprir a 
capacidade contributiva. 
 
Todo e qualquer tributo pode ser progressivo para cumprir o Princípio da Capacidade Contributiva – art. 145, §1º, 
CF. 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes tributos: 
[...] § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e 
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, 
facultado à administração tributária, especialmente para conferir 
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte. 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellman 
Aula: 45 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
IMPOSTOS EM ESPÉCIES 
 
IMPOSTOS EM ESPÉCIES 
 
a)Imposto sobre a transmissão “causa mortis” e doação – ITCMD ou ITCD 
 
Previsão: art. 155, I e §1º da CF e art. 35 a 42 do CTN (interpretação a luz da CF/88). 
 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos 
sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
 
Fato gerador: transmissão de bens/direitos em razão da herança ou doação. 
 
A Lei Estadual criará e regulará a incidência do ITCMD, a CF e o CTN trazem as normas básicas sobre a instituição 
do ITCMD. 
 
ITCMD ITBI 
Estados / DF Municípios / DF 
Bens – imóveis e móveis Bens imóveis e direitos 
Por ato não oneroso Por ato oneroso 
 
Aos dois tributos são aplicadas as regras dos arts. 35 a 42 do CTN. 
 
Momento da ocorrência do fato gerador: 
 
a) ITCMD – momento da morte (abertura da sucessão) – art. 1.784, CC. 
 
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos 
herdeiros legítimos e testamentários. 
 
O art. 35, parágrafo único do CTN, menciona que na transmissão “causa mortis” ocorre tantos fatos geradores 
quanto seja os herdeiros ou legatários, ou seja, se existir 03 herdeiros haverá 03 fatos geradores. 
 
Art. 35. [...] 
Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos 
geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. 
 
Súmula 112/STF. O imposto de transmissão "causa mortis" é devido 
pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. 
 
 
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Súmula 113/STF. O imposto de transmissão causa mortis é calculado 
sobre o valor dos bens na data da avaliação. 
 
b) Doação 
 
Imóveis – no momento do registro do título translativo no Cartório de Registro de Imóveis (art. 1.245, §1º, CC). 
 
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro 
do título translativo no Registro de Imóveis. 
§ 1º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua 
a ser havido como dono do imóvel. 
 
Móveis – no momento tradição (art. 1.267, CC). 
 
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios 
jurídicos antes da tradição. 
 
Prazo para abertura do inventário 
 
Previsão: art. 611, CPC 
 
Art. 611. O processo de inventário e de partilha deve ser instaurado 
dentro de 2 (dois) meses, a contar da abertura da sucessão, ultimando-
se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses 
prazos, de ofício ou a requerimento de parte. 
 
Deve ser instaurado dentro de 02 meses a contar da abertura da sucessão. 
 
Se este prazo não for respeitado haverá multa. A súmula 542 do STF, estabelece que não é inconstitucional a multa 
instituída pelo Estado como sanção. 
 
Súmula/542. Não é inconstitucional a multa instituída pelo Estado-
membro, como sanção pelo retardamento do início ou da ultimação 
do inventário. 
 
A escritura de nomeação de inventariante tem o condão de impedir a incidência da multa, segundo a jurisprudência. 
 
 
 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellman 
Aula: 44 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
DÍVIDA ATIVA 
 
DÍVIDA ATIVA 
 
Previsão: art. 201 a 204, CTN. 
 
Lei 6.830/80 – Lei de Execuções Fiscais 
 
Linha do Tempo Crédito Tributário 
 
FG → OTP → Lançamento Tributário → Crédito Tributário → Notificação para pagamento → Diante do não 
pagamento → Inscrição do Débito em Dívida Ativa (Certidão Dívida Ativa – CDA) → Execução Fiscal → Lei nº 
6.830/80. 
 
A inscrição do débito em dívida ativa tem por finalidade formar um título executivo extrajudicial (CDA), a Certidão 
é um título executivo extrajudicial nos termos do art. 784, IX, CPC. 
 
Com base nessa certidão será então proposta a execução fiscal, regulada pela lei 6.830/80. 
 
Conceito de Dívida Ativa: art. 201 do CTN + art. 2º da Lei 6.830/80. 
 
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito 
dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa 
competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela 
lei ou por decisão final proferida em processo regular. 
 
É correspondente a crédito de natureza tributária ou não tributária, pertencente a uma Fazenda Pública, 
regularmente inscrito na Repartição competente, após expirado o prazo para pagamento em lei ou processo 
administrativo regular. 
 
Na dívida ativa inclui-se dívida, juros, correção monetária, multas e eventuais encargos. 
 
A inscrição em dívida ativa deverá preencher os requisitos do art. 202 do CTN c/c com o art. 2º, §5º da Lei de 
Execuções Fiscais. 
 
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela 
autoridade competente, indicará obrigatoriamente: 
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem 
como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de 
outros; 
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora 
acrescidos; 
 
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III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a 
disposição da lei em que seja fundado; 
IV - a data em que foi inscrita; 
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se 
originar o crédito. 
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, 
a indicação do livro e da folha da inscrição. 
 
O artigo 203 do CTN dispõe que a omissão ou erro quanto aos requisitos gerarão a nulidade da inscrição, bem como, 
do processo de cobrança. Todavia, a nulidade poderá ser sanada até decisão de 1ª instância, mediante substituição 
da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo o prazo para defesa que somente poderá versar a respeito da parte 
que foi modificada. 
 
Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo 
anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição 
e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser 
sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da 
certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o 
prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte 
modificada. 
 
Também está previsto no art. 2º, §8º da LEF. 
 
Observar a Súmula 392 do STJ prevê que é possível a substituição da certidão, desde que, não haja a alteração do 
sujeito passivo ou inclusão de um novo sujeito passivo. 
 
Súmula 392/STJ. A Fazenda Publica pode substituir a certidão de 
dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se 
tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação 
do sujeito passivo da execução. 
 
A CDA goza de atributos que estão previstos no art. 204 do CTN e art. 3º da Lei 6.830/80. 
 
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza 
e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. 
 
A dívida ativa regularmente inscrita goza da presunção de liquidez, de certeza e tem efeito de prova pré-constituída. 
 
Ocorre que esta presunção é relativa (juris tantum), pois o art. 204 do CTN prevê que esta presunção poderá ser 
afastada por prova inequívoca do sujeito passivo. 
 
Certidões de Regularidade Fiscal 
 
Certidão Negativa ou Certidão Negativa de Débitos (CND) – deve ser expedida nos termos do art. 205 do CTN. 
 
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado 
tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à 
vista de requerimento do interessado, que contenha todas as 
 
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informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal 
e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o 
pedido. 
 
Exige requerimentos e deverá ser expedida no prazo máximo de 10 dias. A certidão negativa demonstra a 
inexistência de débitos tributários. 
 
A certidão positiva é conhecida como certidão positivade débitos (CPD) e demonstra a existência de débitos. 
 
Há ainda uma terceira certidão, é a certidão positiva com efeitos de negativa, identificada pela sigla CPD-EM, está 
disciplinada no art. 206 do CTN, e é possível em 03 hipóteses: 
 
• Créditos não vencidos; 
• Crédito em cobrança executiva em que tenha sido realizada a penhora; 
• Crédito com a exigibilidade suspensa, ou seja, quando estiver incidindo alguma das hipóteses do art. 151, 
CTN (MO-DE-RE-CO-PA). 
 
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a 
certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso 
de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja 
exigibilidade esteja suspensa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellman 
Aula: 43 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO II 
2. Penhora on-line 
 
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO II 
 
2. Penhora on-line. 
 
Previsão: art. 185-A, CTN. 
 
Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, 
não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem 
encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade 
de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente 
por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros 
de transferência de bens, especialmente ao registro público de 
imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do 
mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, 
façam cumprir a ordem judicial. 
 
Quando o devedor devidamente citado da execução: 
 
• Não efetuar o pagamento do tributo; 
• Não apresentar bens a penhora; 
• Não forem encontrados bens penhoráveis. 
 
O juiz determinará a indisponibilidade dos bens e direitos do devedor. 
 
Esta indisponibilidade não pode ser superior ao montante da dívida, devendo o juiz liberar o que ultrapassar o valor 
da dívida. 
 
O juiz comunicará a indisponibilidade aos órgãos competentes de registros, assim como instituições bancárias. 
 
Quando estas instituições fizerem o bloqueio de bens do devedor, devem comunicar o juiz que o bloqueio foi 
realizado. 
 
Atenção a súmula 560 do STJ. 
 
Súmula 560/STJ. A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, 
na forma do art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das 
diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado 
quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e 
 
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a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do 
executado, ao Denatran ou Detran. 
 
Exigência de prova de quitação dos tributos 
 
a) Para a extinção das obrigações do falido – art. 191, CTN. 
 
Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação 
de todos os tributos. 
 
b) Para a concessão de recuperação – art. 191-A, CTN. 
 
Art. 191-A. A concessão de recuperação judicial depende da 
apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o 
disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei. 
 
c) Para que seja prolatada sentença de julgamento de partilha ou adjudicação – art. 192, CTN. 
 
Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação 
será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos 
bens do espólio, ou às suas rendas. 
 
d) Para celebração de contrato ou oferecimento de proposta em concorrência pública, salvo, quando autorizado 
por lei – art. 193, CTN. 
 
Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum 
departamento da administração pública da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará 
contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o 
contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os 
tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade 
em cujo exercício contrata ou concorre. 
 
O crédito tributário não se sujeita aos juízos universais, então nos termos do art. 187, CTN a cobrança judicial do 
crédito tributário não se sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, inventário 
ou arrolamento. 
 
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a 
concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, 
concordata, inventário ou arrolamento. 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellman 
Aula: 42 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
1. Responsabilidade Patrimonial 
 
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
Garantia é o que assegura o recebimento do crédito tributário. 
 
1. Responsabilidade Patrimonial 
 
A responsabilidade patrimonial decorre do art. 184, CTN. 
 
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados 
bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito 
tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou 
natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive 
os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou 
impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da 
cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare 
absolutamente impenhoráveis. 
 
O devedor tributário responde para o cumprimento da obrigação tributária com todos os seus bens e rendas, 
inclusive os gravados com ônus real, cláusula de inalienabilidade e impenhorabilidade, independentemente da data 
do ônus ou da cláusula, salvo, os declarados por lei como absolutamente impenhoráveis. 
 
Os bens impenhoráveis estão previstos no art. 833 do CPC e na lei 8.009/90 (Lei dos Bens de Família), no entanto, 
os bens de família poderão responder por dívidas do próprio imóvel – art. 3º, IV. 
 
Art. 3º. A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de 
execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, 
salvo se movido: 
[...] IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e 
contribuições devidas em função do imóvel familiar; 
 
Presunção de Fraude a Execução 
 
Previsão: art. 185, CTN 
 
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou 
rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a 
Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como 
dívida ativa. 
 
 
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Linha do Tempo do Crédito Tributário 
 
FG – OTP – Lançamento Tributário – Crédito Tributário – Notificação para Pagamento – Diante do Não Pagamento 
– Inscrição do Débito em Dívida Ativa (Certidão Dívida Ativa – CDA) – Execução Fiscal – Lei nº 6.830/80. 
 
O art. 185 do CTN prevê que a partir da inscrição do débito em dívida ativa se o devedor alienar ou onerar o bem 
será considerada fraudulenta a alienação. O parágrafo único dispõe que se houver outros bens não há fraude. 
 
Art. 185. [...] 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de 
terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao 
total pagamento da dívida inscrita. 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellman 
Aula: 41 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
1. Causas de Exclusão do Crédito Tributário 
1.1 Isenção 
1.2 Perdão 
 
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
1. Causas de Exclusão de Crédito Tributário 
 
Previsão: art. 175, CTN 
 
Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I - a isenção; 
II - a anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o 
cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação 
principal cujo crédito seja excluído, ou delaconsequente. 
 
AI - Anistia e Isenção 
 
Anistia – diz respeito a infração (penalidade pecuniária); 
Isenção – diz respeito ao tributo. 
 
Ao tratar de isenção ou anistia estaremos diante de normas exonerativas. Tanto na isenção quanto na anistia não 
haverá a ocorrência do lançamento. Nestas hipóteses há o fato gerador sem o lançamento. 
 
A isenção impede a constituição do crédito tributário, dispensa a obrigação de pagar o tributo, ou seja, consiste em 
uma dispensa legal de pagar o tributo. 
 
A anistia é o perdão da infração cometida pelo contribuinte, ou seja, não haverá a constituição do crédito tributário 
no que diz respeito a multa. Na anistia impedirá o lançamento da penalidade pecuniária, pois houve um perdão da 
infração. 
 
Nos dois casos não haverá a dispensa do cumprimento das obrigações tributárias acessórias. 
 
Estas causas decorrem de previsão legal, nos termos do art. 97, VI, CTN e do art. 150, §6º, CF. 
 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
[...] VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 
 
 
 
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1.1. Isenção 
 
Previsão: art. 176 a 179 do CTN. 
 
Conceito: Isenção consiste na dispensa legal da obrigação de pagar um tributo. 
 
Neste caso, há incidência tributária, só não ocorrerá o lançamento, isto difere da imunidade, pois na imunidade 
não há incidência tributária. 
 
Isenção Imunidade 
Há incidência tributária; Não há incidência tributária; 
Decorre de norma prevista em lei; Decorre de norma prevista na CF; 
Causa de exclusão de crédito tributário; Norma de incompetência tributária; 
 
A lei competente para isentar será a lei ordinária se o tributo foi criado por lei ordinária, ou lei complementar caso 
o tributo tenha sido criado por lei complementar. 
 
Exceção: ICMS – pois no caso do ICMS o instrumento apto ao estabelecimento de isenção são os convênios 
celebrados entre os Estados via CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária. 
 
A lei deverá ser do ente federado titular da competência tributária. 
 
Prevalece a regra do Princípio da Vedação de Isenção Heterônoma, ou seja, isenções concedidas por ente que não 
é titular da competência – art. 151, III, CF. 
 
Art. 151. É vedado à União: 
[...] III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do 
Distrito Federal ou dos Municípios. 
 
Exceção: deriva do ISS exportações, nos termos do art. 156, §3º, II, CF compete a lei complementar excluir da 
incidência do ISS a exportação de serviços para o exterior, ou seja, a União está concedendo isenção de tributo 
Municipal. 
 
Estudar a LC nº 116/03 – art. 2º, I. 
 
Questão: A isenção pode ser revogada? Sim, nos termos do art. 178, CTN, que estabelece que a isenção salvo, a 
concedida por prazo certo e em razões de condições (isenção onerosa), pode ser revogada ou alterada a qualquer 
tempo – súmula 544 do STF. 
 
Art. 178. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de 
determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a 
qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. 
 
Súmula 544. Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, 
não podem ser livremente suprimidas. 
 
 
 
 
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1.2. Perdão 
 
Previsão: art. 180 a 182, CTN. 
Conceito: consiste no perdão legal da infração, da penalidade pecuniária ou da multa. 
 
A anistia exige 02 marcos temporais: 
 
• É preciso que a multa ainda não tenha sido lançada (se tiver sido lançada só será possível a remissão); 
• A infração já tenha sido cometida quando do início da entrada em vigor da lei que a concede. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Caio Bartine 
Aula: 40 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 
1. Extinção do Crédito Tributário 
 
NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 
 
1. Extinção do Crédito Tributário (continuação) 
 
d) Remissão 
 
Há algumas hipóteses autorizadoras de remissão, são elas: 
 
1. Condições econômicas do sujeito passivo; 
2. Erro ou ignorância escusáveis ao contribuinte quanto a matéria de fato (erro no preenchimento de uma guia, por 
exemplo); 
3. Diminuta importância do crédito tributário; 
4. Condições econômicas de determinada região da entidade tributante; 
5. Equidade; 
 
e) Pagamento Antecipado e Homologação pelo FISCO 
 
No lançamento por homologação ou o auto lançamento (art. 150, CTN), o contribuinte tem o papel de analisar o 
fato gerador, calcular o montante do tributo, antecipar o pagamento e declarar o quanto pagou. 
 
O papel do FISCO nesta situação é concordar ou discordar do pagamento efetuado, se o FISCO não concordar ele 
lançará de ofício, se concordar ocorrerá a homologação que poderá ser expressa ou tácita. 
 
Na homologação expressa o FISCO fará a concordância por escrito no prazo de 05 anos. Na homologação tácita o 
FISCO permanece em silêncio por 05 anos. 
 
Nos termos do disposto no art. 150, §4º do CTN, com a homologação ocorrerá a extinção do crédito tributário. 
 
f) Conversão do Depósito em Renda 
 
O depósito é admissível na via judicial, pois na via administrativa é inconstitucional, nos termos da súmula 
vinculante 21. 
 
Súmula Vinculante 21. É inconstitucional a exigência de depósito ou 
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de 
recurso administrativo. 
 
Na via judicial pode ter depósito em uma Consignação, Mandado de Segurança e Ação Anulatória. 
 
 
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Supondo que o contribuinte tenha sua demanda julgada improcedente, a Fazenda não precisa promover uma 
execução fiscal, o depósito será convertido em renda em favor do ente. 
 
g) Decisão Administrativa Irreformável 
 
Trata-se do processo administrativo fiscal, regido pelo decreto 70.235/72. Esta decisão é uma decisão favorável ao 
contribuinte. 
 
Quando o contribuinte recebe notificação para pagamento de um tributo ou para pagamento de uma multa, abre-
se um prazo de 30 dias, dentro deste prazo o contribuinte pode: 
 
• Realizar o pagamento, acarretando a extinção do crédito; 
• Não pagar; 
• Apresentar defesa administrativa. 
 
Quando o contribuinte apresenta defesa administrativa, há o início do processo administrativo fiscal, ou seja, quem 
inicia este processo administrativo é o contribuinte, o Estado inicia somente o procedimento (art. 14, Decreto 
70.235/72). 
 
Supondo que esta defesa tenha sido indeferida, o contribuinte perante a 2ª instância administrativa pode ingressar 
com um recurso voluntário, imaginemos que este recurso tenha sido provido, esta decisão do Tribunal 
Administrativo fará coisa julgada contra o FISCO. 
 
A decisão administrativa irreformável não faz coisa julgada contra o particular, mas faz coisa julgada contra o FISCO, 
pois foi ele mesmo quem deu a decisão. 
 
h) Decisão Judicial Transitada em Julgado 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Caio Bartine 
Aula: 39 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 
1. Extinção do Crédito Tributário 
 
NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 
 
1. Extinção do Crédito Tributário (continuação) 
 
b) Compensação 
 
Toda compensação dependerá de autorização legislativa em matéria tributária. 
 
Pela regra geral só se compensa créditos com débitos da mesma espécie e natureza, por exemplo, imposto com 
imposto e taxa com taxa. Observar também o mesmo cofre de arrecadação, por exemplo, imposto Estadual com 
imposto Estadual. 
 
Atenção: só se admite compensação através de decisão judicial transitada em julgado. Não se admite compensação 
de tributos através de liminar ou tutela provisória– art. 7º, §§ 2º, 5º da Lei 12.016/09. 
 
Importante: nos termos do art. 74 da Lei 9.430/96 tributos administrados pela secretaria da receita federal 
admitem compensação. 
 
Com o advento da Lei 11.457/07 houve a unificação dos órgãos públicos de arrecadação federal, a partir deste 
momento todos os tributos federais passaram a ser administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, pois 
houve a criação da chamada Super Receita. 
 
Portanto, hoje passa a ser possível a compensação de tributos federais de espécies diferentes, ou seja, pode-se 
compensar, por exemplo, IR com COFINS, IPI com PIS, pois nestes casos estes tributos são administrados pela 
mesma entidade, mesmo sendo de espécies distintas. 
 
c) Transação 
 
Previsão: art. 171, CTN 
 
Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos 
sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, 
mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e 
conseqüente extinção de crédito tributário. 
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar 
a transação em cada caso. 
 
A transação é um acordo firmado entre o FISCO e contribuinte que dentro dos limites da lei promove uma forma 
de extinção do crédito tributário. 
 
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d) Remissão 
 
Previsão: art. 172, CTN. 
 
Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, 
por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito 
tributário, atendendo: 
I - à situação econômica do sujeito passivo; 
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a 
matéria de fato; 
III - à diminuta importância do crédito tributário; 
IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características 
pessoais ou materiais do caso; 
V - a condições peculiares a determinada região do território da 
entidade tributante. 
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito 
adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. 
 
Trata-se do perdão total ou parcial da dívida tributária, esse perdão dependerá de autorização legislativa. 
 
Há algumas hipóteses autorizadoras de remissão, são elas: 
 
1. Condições econômicas do sujeito passivo; 
2. Erro ou ignorância escusável do contribuinte quanto a matéria de fato (erro no preenchimento de uma guia, por 
exemplo); 
3. Diminuta importância do crédito tributário; 
4. Condições econômicas de determinada região da entidade tributante; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Caio Bartine 
Aula: 38 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 
1. Extinção do Crédito Tributário 
 
NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 
 
1. Extinção do Crédito Tributário (continuação) 
 
a4) Pagamento Indevido 
 
Todo pagamento indevido gera direito de restituição independentemente se o pagamento foi feito 
equivocadamente pelo contribuinte ou cobrado indevidamente pela Fazenda. 
 
Com a restituição o que se quer evitar é o enriquecimento sem causa do Estado. 
 
O pedido de restituição pode ser realizado pela via administrativa, através de um requerimento próprio. 
 
Se após ter sido feito o pedido pela via administrativa houve uma decisão denegatória, desta decisão denegatória 
cabe ação anulatória da decisão administrativa. 
 
Esta ação tem fundamento no art. 169, CTN e tem um prazo de até 02 anos contados desta decisão. 
 
Atenção: Esta ação anulatória não suspende o prazo de repetição de indébito. 
 
O ideal é utilizar diretamente a via judicial para pedir a restituição, através da Ação de Repetição de Indébito Fiscal 
(art. 165, CTN), esta ação tem o prazo de até 05 anos contados do pagamento indevido, nos termos do art. 168, I, 
CTN. 
 
Os valores que são repetidos deverão ser corrigidos, com direito a correção monetária e juros de mora. 
 
A correção monetária é devida desde a data do pagamento indevido – súmula 162, STJ. 
 
Súmula 162/STJ. Na repetição de indébito tributário, a correção 
monetária incide a partir do pagamento indevido. 
 
Os juros de mora deverão ser a partir da decisão judicial transitada em julgado, porque o fato de propor a ação não 
significa que o pedido será procedente – súmula 188, STJ. 
 
Súmula 188/STJ. Os juros moratórios, na repetição do indébito 
tributário, são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença. 
 
Importante: direito de restituição nos tributos indiretos. 
 
 
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Tributos indiretos são os que admitem repercussão econômica, estes tributos admitem a transferência do encargo 
a terceira pessoa. O chamado contribuinte de direito (realiza o fato gerador) não se confunde com o contribuinte 
de fato (assume o respectivo encargo tributário). 
 
Inicialmente o STF adotava o entendimento previsto na súmula 71 dispondo que não caberia direito de restituição, 
no entanto, esta súmula é inaplicada tendo em vista a súmula 546 do STF. 
 
Súmula 71/STF. Embora pago indevidamente, não cabe restituição de 
tributo indireto. 
 
Súmula 546/STF. Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, 
quando reconhecido por decisão, que o contribuinte "de jure" não 
recuperou do contribuinte "de facto" o "quantum" respectivo. 
 
Dica: o direito de restituição será conferido em regra ao contribuinte de direito. 
 
b) Compensação 
 
Previsão: art. 170 e 170-A, CTN. 
 
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou 
cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, 
autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos 
e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda 
pública. 
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei 
determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu 
montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a 
correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a 
decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. 
 
Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de 
tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do 
trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. 
 
A compensação é um instituto de direito privado, é considerada um encontro de contas. 
 
O mesmo contribuinte possui um débito e um crédito com a mesma Pessoa Jurídica de Direito Público. 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Caio Bartine 
Aula: 37 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 
1. Extinção do Crédito Tributário 
 
NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA 
 
1. Extinção do Crédito Tributário 
 
Previsão: art. 156, CTN 
 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV - remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos 
termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do 
artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva 
na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação 
anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições 
estabelecidas em lei. 
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou 
parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua 
constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. 
 
a) Pagamento – arts. 157 a 169, CTN 
 
O pagamento pode se dar de forma parcial ou total. O prazo para efetuar o pagamento será de até 30 dias contados 
do recebimento da notificação. 
 
a1) Formasde imputação de pagamento – art. 163, CTN. 
 
✓ O recebimento do pagamento deve observar algumas ordens obrigatórias. 
 
Exemplo: um devedor deve a chamada obrigação própria (como contribuinte) e a obrigação em responsabilidade 
(como responsável), pela legislação tributária deve ser pago primeiramente os débitos na condição de contribuinte 
para após responder pelos débitos na condição de responsável. 
 
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✓ Ordem de imputação em relação aos tributos em espécies - pagar obrigatoriamente nesta ordem: 
 
1. Débitos de contribuição de melhoria; 
2. Taxas; 
3. Impostos. 
 
✓ Prazo Prescricional. 
 
Os débitos com relação ao prazo prescricional devem ser pagos em ordem crescente, ou seja, paga-se os que já 
estão para vencer. 
 
✓ Valores. 
 
Deve-se pagar na ordem decrescente do montante, ou seja, do maior para o menor valor. 
 
a2) Consignação em Pagamento 
 
Previsão: art. 164, CTN. 
 
A consignação em pagamento é uma ação de procedimento especial. 
 
Atenção: esta ação não visa discutir a exigibilidade do crédito tributário. 
 
Hipóteses de cabimento da consignação em pagamento: 
 
✓ Recusa no recebimento; 
✓ Vinculação do cumprimento de uma obrigação tributária válida com outra inválida (não importa se principal ou 
acessória) Exemplo: IPTU e taxa de iluminação pública. 
✓ Bitributação. 
 
Extinção do Crédito Tributário na Consignação em Pagamento: Ocorre quando existe a procedência do pedido com 
a conversão do depósito realizado em renda a favor do ente público, ou seja, não é o fato de ingressar com a 
consignação em pagamento que irá gerar a extinção do crédito. 
 
a3) Dação em Pagamento de Bens Imóveis 
 
Previsão: art. 156, CTN e regulamentada pela Lei 13.259/16. 
 
O imóvel é fornecido para o FISCO e somente no momento da aceitação do imóvel ocorrerá a extinção do crédito. 
 
Portanto, só há 02 formas de pagar tributo, com dinheiro ou com imóvel. 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellmann 
Aula: 36 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
CAUSAS QUE INTERFEREM NO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
CAUSAS DE SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
CAUSAS QUE INTERFEREM NO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
São as causas de: 
 
• Suspensão – art. 151, CTN e reguladas nos arts. 152 a 155-A do CTN. 
• Extinção do crédito tributário – art. 156, CTN e reguladas do art. 157 a 174 do CTN; 
• Exclusão do crédito tributário – art. 175, CTN e reguladas dos arts. 176 a 182 do CTN. 
 
CAUSAS DE SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
Previsão: art. 151, CTN. 
 
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
I - moratória; 
II - o depósito do seu montante integral; 
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do 
processo tributário administrativo; 
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
V – A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras 
espécies de ação judicial; 
VI – O parcelamento. 
 
Diante da incidência de uma dessas causas o crédito não poderá ser cobrado, pois não é exigível, ou seja, a execução 
fiscal não poderá ser proposta. Desta forma, o prazo para a propositura da execução fiscal estará suspenso. 
 
O sujeito passivo (devedor) terá direito a uma certidão positiva com efeito de negativa que vale tanto quanto uma 
certidão positiva. 
 
O contribuinte não estará dispensado das obrigações tributárias acessórias, se não cumprir estas obrigações poderá 
ser multado. 
 
As causas de suspensão deverão ser interpretadas literalmente. 
 
As causas de suspensão podem ser: MO- DE- RE- CO- PA. 
 
• MO – moratória – art. 151, I do CTN regulada nos arts. 152 a 155 do CTN – a moratória é um benefício fiscal que 
consiste na prorrogação do prazo para pagamento do tributo diante de uma situação excepcional, por exemplo, 
catástrofes. A moratória pode ser restrita a uma determinada categoria de pessoas ou região do ente tributante. 
 
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• DE – depósito do montante integral do débito – art. 151, II do CTN – esse depósito consiste em um direito por 
parte do contribuinte, que pode fazer esse depósito na via administrativa ou via judicial. No entanto, este 
depósito não pode ser requisito para propor ação em que se quer discutir o crédito tributário, pois viola o direito 
de petição ao poder judiciário – súmula vinculante 28. A súmula 112 do STJ prevê que o depósito deve ser 
integral e em dinheiro. 
• RE – reclamações e recursos na esfera administrativa – art. 151, III do CTN – se o contribuinte apresenta uma 
impugnação a exigibilidade do crédito tributário, este crédito estará suspenso até a decisão. A súmula vinculante 
21 prevê que é inconstitucional a exigência de depósito prévio ou arrolamento de bens como requisito para 
admissibilidade do recurso administrativo. 
• CO – concessão de liminar em Mandado de Segurança – art. 151, IV – assim como concessão de liminar ou tutela 
antecipada em outras ações tributárias – art. 151, V do CTN. 
• PA – Parcelamento – art. 151, IV do CTN, regulado no art. 155-A do CTN – em regra incluirá as multas e os juros 
e consiste na divisão da dívida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellmann 
Aula: 35 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
ESPÉCIES E MODALIDADES DO LANÇAMENTO (Continuação) 
3. Por homologação ou autolançamento 
CAUSAS QUE INTERFEREM NO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
Espécies e Modalidades do Lançamento (continuação) 
 
1. Direto ou por ofício – art. 149, CTN. 
2. Por declaração ou misto – art. 147, CTN. 
3. Por homologação ou autolançamento – art. 150, CTN. 
 
3. Por homologação ou autolançamento 
 
Previsão: art. 150, CTN 
 
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos 
tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar 
o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-
se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da 
atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. 
 
A maioria dos tributos hoje são lançados por homologação. 
 
Diante da prática do fato gerador pelo contribuinte o mesmo presta uma declaração ao FISCO com todas as 
informações fáticas e calcula o valor do tributo, fazendo o pagamento antecipado, e aguarda a homologação por 
parte do FISCO. Exemplos: ICMS, IPI, IR e Contribuições Especiais. 
 
Quando for feita a homologação extinto será o crédito tributário. 
 
A homologação poderá ser tácita ou expressa. 
 
Caso não ocorra a homologação em 05 anos da ocorrência do fato gerador, ocorrerá a homologação tácita e extinto 
será o crédito tributário. 
 
A homologação de forma tácita ocorrerá diante da inércia do FISCO para realizar a homologação expressa – art. 
150, §4º, CTN. 
 
Ler as súmulas 360, 436 e 446 do STJ. 
 
O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos lançados por homologação em que houve a 
declaração e o tributo foi pago a destempo – súmula 360 do STJ. 
 
 
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Súmula 360/STJ. O benefício da denúncia espontânea não se aplica 
aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente 
declarados, mas pagos a destempo. 
 
A súmula 436 do STJ menciona que realizada a declaração pelo contribuinte haverá a constituição do crédito 
tributário, não sendo necessária nenhuma atitude por parte do FISCO, por isso não há mais em que se falar em 
decadência, mas apenas em prescrição. 
 
Súmula 436/STJ. A entrega de declaração pelo contribuinte 
reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada 
qualquer outra providência por parte do fisco. 
 
A súmula 446 do STJ mencionaque se o contribuinte fez a declaração e não efetuou o pagamento do tributo o 
contribuinte não terá direito a certidão negativa de débitos, nem a certidão positiva com efeito de negativa. 
 
Súmula 446/STJ. Declarado e não pago o débito tributário pelo 
contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou 
positiva com efeito de negativa. 
 
CAUSAS QUE INTERFEREM NO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
São as causas de: 
 
• Suspensão – art. 151, CTN e reguladas nos arts. 152 a 155-A do CTN. 
• Extinção do crédito tributário – art. 156, CTN e reguladas do art. 157 a 174 do CTN; 
• Exclusão do crédito tributário – art. 175, CTN e reguladas dos arts. 176 a 182 do CTN. 
 
Quando estivermos diante de causa de suspensão ou exclusão do crédito tributário não haverá dispensa do 
cumprimento das obrigações tributárias acessórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellmann 
Aula: 34 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
ESPÉCIES E MODALIDADES DO LANÇAMENTO 
1. Direto ou por ofício 
2. Por declaração ou misto 
 
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
 
Previsão: art. 142, CTN. 
 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa 
constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o 
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato 
gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria 
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito 
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
 
Diante do fato gerador nascerá a obrigação tributária principal. Nascida a OTP os elementos precisam ser 
materializados e isso se dará diante do lançamento tributário. 
 
A principal função do lançamento tributário é constituir o crédito tributário. 
 
Conceito: compete a autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento. O procedimento 
administrativo que tem por fim: 
 
• Verificar a ocorrência do fato gerador; 
• Determinar a matéria tributável; 
• Calcular o montante do tributo; 
• Identificar o sujeito passivo; 
• Impor penalidades. 
 
Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributável estiver expresso em moeda estrangeira, no 
lançamento haverá a conversão em moeda nacional, utilizando-se o câmbio do dia da ocorrência do fato gerador, 
nos termos do art. 143 do CTN. 
 
Nos termos do art. 144 do CTN ao lançamento aplica-se a lei do momento da ocorrência do fato gerador, salvo, nas 
hipóteses do art. 106 e 144, §1º, CTN, aplicando-se a lei do tempo do lançamento. 
 
Notificado o sujeito passivo o lançamento poderá ser alterado apenas nas hipóteses do art. 145, CTN, desde que 
não tenha ocorrido a decadência. 
 
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só 
pode ser alterado em virtude de: 
 
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I - impugnação do sujeito passivo; 
II - recurso de ofício; 
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos 
previstos no artigo 149. 
 
Espécies e Modalidades do Lançamento 
 
1. Direto ou por ofício – art. 149, CTN. 
2. Por declaração ou misto – art. 147, CTN. 
3. Por homologação ou autolançamento. 
 
1. Direto ou por ofício 
 
Previsão: art. 149, CTN 
 
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade 
administrativa nos seguintes casos: 
[...] 
 
Realizado exclusivamente pela autoridade administrativa. O auto de infração imposição de multa é um tipo de 
tributo lançado de ofício. Exemplos: IPTU, IPVA, Taxas, Contribuições de Melhoria. 
 
2. Por declaração ou misto 
 
Previsão: art. 147, CTN 
 
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito 
passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação 
tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre 
matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. 
 
É chamado de lançamento por declaração ou misto, pois tem a participação tanto do sujeito passivo (contribuinte) 
que presta uma declaração acerca dos elementos fáticos, quanto do sujeito ativo (FISCO) que diante desta 
declaração fará o lançamento do crédito tributário. Exemplos: ITCMD, ITBI. 
 
 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellmann 
Aula: 33 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR INFRAÇÕES 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA POR INFRAÇÕES 
 
Previsão: arts. 136 a 138 do CTN 
 
Quando se fala em responsabilidade tributária por infrações, quer ser dizer que estamos diante de uma multa 
(penalidade pecuniária). 
 
A penalidade trata-se de matéria que se subsume ao princípio da legalidade, o contribuinte só será obrigado a pagar 
a multa se houver previsão legal, nos termos do art. 97, V do CTN. 
 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
[...] V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões 
contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
 
A infração tributária ocorrerá quando alguém descumprir algo que está previsto na legislação tributária. 
 
A penalidade tributária se sujeita ao princípio da vedação ao confisco, pois a multa não poderá ser confiscatória e 
poderá ser excluída pela denúncia espontânea. A denúncia espontânea está disciplinada no art. 138, CTN. 
 
Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações independe da intenção do agente ou do 
responsável, e da efetividade, da natureza bem como da extensão dos efeitos do ato, nos termos do art. 136 do 
CTN. Desta forma, consiste em uma responsabilidade objetiva. 
 
Na denúncia espontânea o contribuinte procura o FISCO e realiza uma confissão dizendo que cometeu uma infração 
a legislação tributária e efetua o pagamento do tributo devido com os juros de mora. 
 
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da 
infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido 
e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela 
autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de 
apuração. 
 
Efetuada a confissão e o pagamento o contribuinte terá realizado uma denúncia espontânea, e a responsabilidade 
tributária por infrações será excluída, ou seja, haverá dispensa do pagamento das multas. 
 
A jurisprudência entende que a multa moratória e a punitiva serão dispensadas. 
 
Não será considerada espontânea a denúncia realizada após o início de qualquer procedimento administrativo, 
bem como de medida de fiscalização relacionados a infração. 
 
 
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Ler as súmulas 360 e 436 do STJ. 
 
Súmula 360/STJ. O benefício da denúncia espontânea não se aplica 
aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente 
declarados, mas pagos a destempo. 
 
Súmula 436/STJ. A entrega de declaração pelo contribuinte 
reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada 
qualquer outra providência por parte do fisco. 
 
 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellmann 
Aula: 32 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
5. Responsabilidade de Terceiros – art. 134 e 135, CTN 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
5. Responsabilidade de Terceiros – art. 134 e 135, CTN 
 
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento 
da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente 
com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que 
forem responsáveis: 
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; 
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados 
ou curatelados; 
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos 
por estes; 
IV - o inventariante, pelos tributosdevidos pelo espólio; 
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida 
ou pelo concordatário; 
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos 
tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, 
em razão do seu ofício; 
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de 
penalidades, às de caráter moratório. 
 
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos 
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos 
praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social 
ou estatutos: 
I - as pessoas referidas no artigo anterior; 
II - os mandatários, prepostos e empregados; 
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de 
direito privado. 
 
O art. 134 do CTN prevê que no caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação tributária 
principal pelo contribuinte respondem nos termos do CTN solidariamente os terceiros (valor do tributo + multa 
moratória), nos atos que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis (deriva de atuação regular de 
terceiro). 
 
O STJ entende que esta responsabilidade seria subsidiária e não solidária. 
 
 
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A responsabilidade tributária de terceiro que dispõe o art. 135, CTN, surge por uma atuação irregular de terceiro, 
agindo com excesso de poder. 
 
Embora o CTN disponha que a responsabilidade é pessoal, o STJ tem entendido ser subsidiária. 
 
Súmula 430 STJ. O inadimplemento da obrigação tributária pela 
sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-
gerente. 
 
Ocorrerá presunção relativa de dissolução irregular, quando a empresa alterar o endereço e não comunicar os 
órgãos competentes. 
 
Súmula 435 do STJ. Presume-se dissolvida irregularmente a empresa 
que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos 
órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução 
fiscal para o sócio-gerente. (Súmula 435, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado 
em 14/04/2010, DJe 13/05/2010) 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellmann 
Aula: 31 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
4. Responsabilidade tributária dos sucessores empresarial – art. 132, 133, CTN 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA (continuação) 
 
4. Responsabilidade tributária dos sucessores empresarial – art. 132, 133, CTN. 
 
b) Trespasse – art. 133, CTN. 
 
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir 
de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento 
comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva 
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome 
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou 
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade; 
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na 
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da 
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, 
indústria ou profissão. (Grifo Nosso) 
 
A pessoa natural ou jurídica que adquirir de outra, fundo de comércio, estabelecimento comercial, profissional ou 
industrial e continuar a exploração da atividade sob a mesma ou outra razão social ou sob firma individual 
responde pelos tributos assim como multas devidas até a data do ato. 
 
A responsabilidade do adquirente poderá ser integral ou subsidiária. 
 
O adquirente responderá integralmente se o alienante cessar a exploração da atividade, ou se iniciar nova ou a 
mesma atividade após 06 meses do ato de trespasse. 
 
O adquirente responderá subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na atividade ou iniciar dentro de 
06 meses do ato nova atividade no mesmo ou em outro ramo, ocorrerá o chamado benefício de ordem. 
 
Exceção art. 133, §1º - se o adquirente comprar a empresa judicialmente (falência ou recuperação judicial), o 
adquirente não responderá por nenhum débito tributário. 
 
Art. 133. [...] 
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de 
alienação judicial: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
I – em processo de falência; (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 
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II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de 
recuperação judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 
Atenção: Exceção da exceção – art. 133, §2º - se ficar provado que o adquirente era sócio ou familiar em até 4º 
grau consanguíneo ou afim da empresa falida ou em recuperação judicial, haverá responsabilidade no pagamento 
das dívidas da empresa. 
 
Art. 133 [...] 
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o 
adquirente for: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou 
sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; 
(Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, 
consanguíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial 
ou de qualquer de seus sócios; ou (Incluído pela Lcp nº 118, 
de 2005) 
III – identificado como agente do falido ou do devedor em 
recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. 
(Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 
 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellmann 
Aula: 30 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
3. Responsabilidade tributária dos sucessores “causa mortis” – art. 131, II e III, CTN 
4. Responsabilidade tributária dos sucessores empresarial – art. 132, 133, CTN. 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
3. Responsabilidade tributária dos sucessores “causa mortis” – art. 131, II e III, CTN. 
 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis: 
[...] 
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos 
devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada 
esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da 
meação; 
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da 
abertura da sucessão. 
 
Quando alguém falece e deixa dívida tributária quem responderá por elas até a data da abertura da sucessão será 
o espólio, na condição de responsável. 
 
O espólio praticará o fato gerador em relação ao IPTU do imóvel durante a tramitação do inventário, ou seja, será 
contribuinte em relação aos fatos geradores acontecidos durante a tramitação do inventário, nessa situação 
passa a ser contribuinte. 
 
O processo de inventário terminará com a partilha ou a adjudicação, no entanto, pode chegar no momento da 
partilha ou da adjudicação e existirem débitos tributários, neste caso, responderão pelos débitos os sucessores e 
o cônjuge-meeiro. 
 
Os sucessores, o cônjuge-meeiro ou o legatário serão os responsáveis pela dívida tributária, responsabilidade 
limitada até o montante do quinhão do legado ou da meação. 
 
Na responsabilidade dos sucessores ou “causa mortis” o responsável responderá apenas pelas multas moratórias, 
multa punitiva não responderá. 
 
4. Responsabilidade tributária dos sucessores empresarial – art. 132, 133, CTN. 
 
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, 
transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável 
pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de 
direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. 
 
 
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Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de 
extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração 
da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio 
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou 
sob firma individual. (Grifo Nosso) 
 
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir 
de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento 
comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva 
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome 
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou 
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade; 
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na 
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da 
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, 
indústria ou profissão. 
 
Quem compra uma empresa com dívida tributária responderá por elas. 
 
A empresa sucessora nos termos da súmula 554 do STJ responderá pelos valores relativos aos tributos, multas 
moratórias e multas punitivas. 
 
Súmula 554. Na hipótese de sucessão empresarial, a 
responsabilidade da sucessora abrange não apenas os tributos 
devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou 
punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da 
sucessão. (Súmula 554, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2015, DJ 
15/12/2015) 
 
A responsabilidade dos sucessores empresarial pode ser de 02 espécies: 
 
• Operações societárias – art. 132, CTN; 
• Trespasse – art. 133, CTN. 
 
a) Operações Societárias – art. 132, CTN 
 
A pessoa jurídica de direito privado que resultar de alguma operação societária (fusão, transformação, 
incorporação) é responsável pelos tributos, multas (moratória e punitiva), devidos até a data do ato. 
 
A cisão está regulada na Lei de Sociedade Anônima, neste caso, as 02 empresas responderão pelos débitos 
tributários de modo solidário. 
 
O art. 132, parágrafo único prevê que quando há extinção de uma Pessoa Jurídica e a atividade continua a ser 
exercida por um dos sócios, este sócio responderá pelas dívidas tributárias. 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellmann 
Aula: 29 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
1. Responsabilidade tributária dos sucessores imobiliária – art. 130, CTN 
2. Responsabilidade tributária dos sucessores mobiliária – art. 131, I, CTN 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA (continuação) 
 
Diz respeito ao sujeito passivo, e a pessoas que tem obrigação do pagamento do tributo, mesmo que não tenha 
praticado o fato gerador. 
 
A responsabilidade tributária é dividida em: 
 
• Responsabilidade tributária dos sucessores – art. 129 a 133 do CTN, e subdivide-se em: 
o Responsabilidade tributária imobiliária – art. 130, CTN; 
o Responsabilidade tributária mobiliária – art. 131, I, CTN; 
o Responsabilidade tributária “causa mortis” – art. 131, II e III, CTN; 
o Responsabilidade tributária empresarial – art. 132 e 133, CTN. 
 
• Responsabilidade tributária de terceiros – art. 134 a 135 do CTN; 
 
• Responsabilidade tributária por infrações – art. 136 a 138 do CTN. 
 
1. Responsabilidade tributária dos sucessores imobiliária – art. 130, CTN. 
 
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato 
gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens 
imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços 
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se 
na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título 
a prova de sua quitação. 
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-
rogação ocorre sobre o respectivo preço. 
 
2. Responsabilidade tributária dos sucessores mobiliária – art. 131, I, CTN. 
 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis: 
 
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens 
adquiridos ou remidos; (Redação dada pelo Decreto Lei nº 28, 
de 1966) 
 
 
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Quem compra um bem móvel responderá pelas dívidas tributárias deste bem. Com relação ao bem móvel 
adquirido em hasta pública, o STJ tem se manifestado no sentido de que em se tratando de arrematação de 
veículos, eventuais dívidas estarão sub-rogadas no preço. 
 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellmann 
Aula: 28 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
1. Responsabilidade tributária dos sucessores imobiliária – art. 130, CTN. 
 
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA 
 
A capacidade tributária passiva é a aptidão para a prática de fato gerador, aptidão para ser contribuinte. 
 
Não confundir capacidade tributária passiva com capacidade tributária ativa que diz respeito ao sujeito ativo e 
que se trata do poder de arrecadação e fiscalização dos tributos. 
 
A capacidade tributária passiva está prevista no art. 126, CTN. 
 
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: 
I - da capacidade civil das pessoas naturais; 
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem 
privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou 
profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; 
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando 
que configure uma unidade econômica ou profissional. (Grifo Nosso) 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
Diz respeito ao sujeito passivo, e a pessoas que tem obrigação do pagamento do tributo, mesmo que não tenha 
praticado o fato gerador. 
 
A responsabilidade tributária é dividida em: 
 
• Responsabilidade tributária dos sucessores – art. 129 a 133 do CTN, e subdivide-se em: 
o Responsabilidade tributária imobiliária – art. 130, CTN; 
o Responsabilidade tributária mobiliária – art. 131, I, CTN; 
o Responsabilidade tributária “causa mortis” – art. 131, II e III, CTN; 
o Responsabilidade tributária empresarial – art. 132 e 133, CTN. 
 
• Responsabilidade tributária de terceiros – art. 134 a 135 do CTN; 
 
• Responsabilidade tributária por infrações – art. 136 a 138 do CTN. 
 
 
 
 
 
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1. Responsabilidade tributária dos sucessores imobiliária – art. 130, CTN. 
 
Os créditos tributários relativos a impostos sobre propriedade, domínio útil, taxa de prestação serviço, 
contribuições de melhoria, sub-rogam-se para a pessoa do respectivo adquirente. 
 
Quem compra um bem imóvel com dívida tributária responde por elas, salvo: 
 
• Se constar no título prova de quitação dos tributos, ou seja, se na escritura pública constar que foram 
apresentadas certidões negativas do imóvel; 
 
• Se adquirir o bem imóvel em hasta pública, o adquirente também não responderá pelos débitos 
tributários anteriores. 
 
 
 
 
Cartório 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Tributário 
Professor: Milena Sellmann 
Aula: 27 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
1. Sujeito Passivo 
 
SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
1. Sujeito Passivo 
 
Espécies: 
 
Contribuinte – sujeito passivo direto – pessoa que tem relação pessoal e direta com o fato gerador, pode ser 
pessoa física ou jurídica. Exemplo: proprietário de imóvel, proprietário de veículo automotor. 
 
Responsável – sujeito passivo indireto – pessoa que sem ser o contribuinte, mantém relação indireta com o fato 
gerador e terá obrigação de pagar o tributo ou a penalidade porque a lei assim prevê. 
 
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada 
ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
Parágrafo único.

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