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Turma: DTN02S1 Acadêmicos: Arrezandra Costa Leite, 03241919 Ana Mayara Tufi da Silva, 03241925 Emanuel Ferreira Fialho, 03241930 Desmatamento na Amazônia O desmatamento na Amazônia é um dos problemas ambientais mais graves do Brasil e que afeta diretamente esse bioma. Na Amazônia não é uma prática atual. O bioma, que ocupa cerca de 49,29% (4.196.943 milhões de km2) do território brasileiro nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins, mantinha-se preservado até a década de 1970 passou a sofrer com a retirada da cobertura vegetal a partir desse período. Um dos contribuintes foi a construção da Rodovia Transamazônica (BR-230) entre 1969 e 1974.Essa construção de grandes proporções atraiu um grande contingente populacional para a área (que antes estava limitada às regiões litorâneas e ribeirinhas) e foi então que o desmatamento passou a desenvolver- se, especialmente às margens da rodovia, cujas áreas foram desapropriadas para atender às práticas agrícolas bem como projetos de colonização da região. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), criado na década de 70 a fim de fazer levantamentos quanto ao desmatamento da Amazônia, o governo federal passou a subsidiar a ocupação de terras na Amazônia a partir desse período, explorando economicamente algumas áreas. Anterior a este período, especificamente em 1953, o governo preocupou-se em criar meios para desenvolver a Região Norte econômica e socialmente, como o conceito de Amazônia Legal, que compreende a área dos estados que abrangem todo o bioma Amazônia e também o Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) que por meio de incentivos à expansão agrícola favoreceu o aumento do desmatamento. Dados apresentados pelo Inpe juntamente ao IBDF (Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Florestal) mostraram que foram desmatados cerca de 152.200 km2 no ano de 1978, sendo boa parte desse desmatamento realizado às margens das rodovias. Durante a década de 80, o desmatamento aumentou para 377.600km2, o que passou a chamar a atenção do governo bem como de ambientalistas preocupados com a preservação do bioma dada a sua importância mundial. Devido a esse aumento, o governo federal solicitou ao Inpe em 1988 o desenvolvimento de um sistema que pudesse monitorar o desmatamento do bioma. Criou-se então o PRODES (Projeto de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia Legal por Satélite). Dentre os principais motivos do desmatamento na Amazônia, destacam-se: • Queimadas ou os incêndios florestais: Os incêndios que acontecem na região são fruto de ações humanas. O principal intuito é ampliar o espaço para plantação ou criação de animais. • Atividade das madeireiras: muitas empresas que utilizam madeira para diversos fins, exploram de maneira ilegal o ambiente. Dessa maneira, diversas árvores são cortadas e os responsáveis não são punidos. • Atividade pecuária: a expansão das atividades voltadas para a criação de animais é um dos principais motivos do desmatamento na Amazônia. Dessa maneira, muitas empresas desmatam o local para expandir o negócio • Especulação fundiária (grilagem): gerada pela falta de fiscalização, o estímulo da grilagem na Amazônia tem sido um dos problemas associados à invasão de terras públicas. • Impunidade de crimes ambientais: o desmatamento ilegal realizado por diversas empresas tem colaborado com a devastação da floresta amazônica. Muitos crimes ambientais seguem sem punição por falta de uma legislação mais perene e fiscalização local. • Retrocessos políticos: alguns exemplos notórios de retrocessos são: a criação do novo código florestal (2012) e a redução das Unidades de Conservação. Além disso, destaca-se a diminuição de pessoal especializado em entidades ambientais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Contudo, o problema do desmatamento pode causar interferências negativas sobre o clima, os recursos hídricos, os solos e, principalmente, sobre os seres vivos. É impossível fazer uma lista abrangente de tudo que se perde com o desmatamento, mas alguns dos principais impactos são os seguintes: Perda da biodiversidade: As espécies perdem seu habitat ou não conseguem sobreviver nos pequenos fragmentos florestais que restam. As populações de plantas, animais e microrganismos ficam debilitadas e eventualmente algumas podem se extinguir. O desmatamento localizado pode resultar na perda de espécies, devido ao elevado grau de endemismo, ou seja, a presença de espécies que só existem dentro de uma área geográfica determinada. Degradação do habitat: As novas rodovias, que permitem que pessoas e madeireiros alcancem o coração da Bacia Amazônica, têm provocado uma fragmentação geral na floresta úmida tropical. A estrutura e a composição das espécies sofrem o efeito dessa fragmentação da paisagem e o mesmo acontece com o microclima. Tais fragmentos paisagísticos são mais vulneráveis às secas e aos incêndios florestais alterações que afetam negativamente uma grande variedade de espécies animais. Modificação do Clima Mundial: É reduzida a capacidade da floresta de absorver o gás carbônico (CO2) poluidor. Ao mesmo tempo, existe uma presença maior de CO2 liberado com a queima de árvores. Perda do ciclo Hidrológico: O desmatamento reduz os serviços hidrológicos providenciados pelas árvores, que são fundamentais. No Brasil, uma parte do vapor d’água que emana das florestas é transportada pelo vento até as regiões do Centro-Sul, onde está localizada a maior parte da atividade agrícola do país. O valor da colheita agrícola anual do Brasil é da ordem de US$ 65 bilhões de dólares ou cerca de R$ 120 bilhões, em valores de 2009. Se mesmo uma pequena fração dessa quantia depender de chuvas originárias do vapor d’água da Amazônia, a falta de chuvas traria prejuízo consideráveis para o País. Quando a redução das chuvas se soma à variabilidade natural que caracteriza a pluviosidade da região, a seca resultante pode provocar grande impacto ambiental. Já se verificam incêndios nas áreas que sofrem perturbações decorrentes da extração madeireira. Impactos Sociais: Com a redução das florestas, as pessoas têm menos possibilidade de usufruir os benefícios dos recursos naturais que esses ecossistemas oferecem. Isso se traduz em mais pobreza e, em alguns casos, essas pessoas podem ter necessidade de se mudar de lugar e procurar outras áreas para garantir seu sustento. Tendo em vista os aspectos observados, a mudança desta realidade começará quando houver pressão, principalmente da sociedade civil, além de governamental, para que o mundo comece a consumir carne e outros produtos que sejam livres de desmatamento. O mundo pode exigir isto e os países que mais produzem grãos e carne, como o Brasil, terão que se adequar. Por exemplo, o Brasil detém largas áreas de pastagens degradadas e estas áreas poderiam ser recuperadas e utilizadas para o plantio de grãos. Além disso, o sistema de criação de gado no Brasil não é o mais eficiente, há muita subutilização das áreas atualmente destinadas a este tipo de produção. Uma solução a curto e médio prazo seria a verticalização desse sistema de produção, aumentando a produtividade por hectare, diminuindo assim o desmatamento de novas áreas. Ganha o produtor e ganha o meio ambiente. Em resumo, o país poderia aumentar e muito a produção de carne e grãos sem desmatar um hectare a mais. Com isso tragos soluções pra controlar o desmatamento na Amazônia: • Instituir o imposto rural A medida adotada deve ser a maior efetividade na cobrança do Imposto Territorial Rural (ITR), taxa brasileira federal aplicada quando uma pessoa tem posse de um perímetro rural. • Ampliar a moratória da sojapara o cerrado O projeto proíbe a aquisição do grão que seja cultivado em áreas recém- desmatadas na Amazônia. • Eliminar o mercado de carne ilegal Grande parte da carne consumida no Brasil é proveniente de uma área desmatada. Isso significa que diversos pecuaristas não cumprem as leis e destroem as florestas para construir áreas de criação de animais. • Melhorar o combate contra o desmatamento Devem propor constantemente novas medidas ou atualizações que contribuam com o fim do desmatamento e driblem as recentes tentativas de continuar a degradação das florestas, como o desmatamento em períodos de chuvas — que evita a fiscalização por satélite.
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