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- Alterações celulares em que há perturbação ou redação do metabolismo, podendo levar a acúmulo de substâncias intracelulares ou extracelulares “Resultado da interação do agente agressor e das defesas do organismo” Fatores que estão relacionados as lesões: I. Intensidade II. Tempo de ação III. Capacidade de reação do organismo IV. Particularidade de cada tecido/órgão Causa das Lesões: Exógenas – originadas de fatores ambientais Endógenas – originadas de fatores do próprio organismo (idiopática) Criptogênica – origem desconhecida - O citoplasma das células lesionadas também pode tornar-se mais avermelhado (eosinofílico), uma alteração que se torna muito mais pronunciada à medida que progride para a necrose Outras alterações intracelulares: (1) alterações da membrana plasmática, como bolhas, apagamento ou distorção das microvilosidades e afrouxamento de anexos intercelulares; (2) alterações mitocondriais, como tumefação e aparecimento de densidades amorfasricas em fosfolipídios; Lesão Celular Hipóxia e Isquemia Anormalidades genéticas Toxinas Desequilíbrios nutricionais Agentes infecciosos Agentes físicos Reações imunes Envelhecimento Características de Lesão Reversível Tumefação celular – maior permeabilidade da MP Degeneração gordurosa – vacúolos lipídicos - ATP e GTP - Danos a MP - Hipoxia - Dano DNA - Dano a proteínas -EROS Alterações Morfológicas Estágios da Resposta Celular (3) dilatação do RE com destacamento de ribossomos e dissociação dos polissomas; (4) alterações nucleares, como condensação de cromatina. O citoplasma pode conter as chamadas "figuras de mielina", que são conjuntos de fosfolipídios semelhantes a bainhas de mielina derivados das membranas celulares lesionadas. 1 - Incapacidade de restaurar a função mitocondrial (fosforilação oxidativa e geração de adenosina trifosfato [ATP]) mesmo após a resolução da lesão original; 2- A perda de estrutura e das funções da membrana plasmática e das membranas intracelulares; 3- Perda de DNA e da integridade estrutural da cromatina. A lesão das membranas lisossômicas resulta na dissolução enzimática da célula lesionada, que é o ponto culminante da necrose. Quando são lesionadas, as células morrem por mecanismos diferentes, dependendo da natureza e gravidade do insulto. Distúrbios graves, como a perda de oxigênio e suprimento de nutrientes e as ações de toxinas, causam uma forma de morte rápida, chamada de morte celular “acidental” ou Necrose. Em contraste, quando a lesão é menos grave ou as células precisam ser eliminadas durante os processos normais, ativam um conjunto meticuloso de vias moleculares que culminam com a morte. Como este tipo de morte celular pode ser manipulado por agentes terapêuticos ou mutações gênicas, ela pode ser chamada de morte celular “regulada” ou Apoptose. É importante ressaltar que a função celular pode ser perdida muito antes da instalação da morte celular, e que as alterações morfológicas das células lesionadas (ou mortas) instalam-se posteriormente à perda de função e viabilidade celular. Lesão Irrevers ível Algumas incluem alterações específicas no RE, como a hipertrofia como uma resposta adaptativa que pode apresentar vários problemas funcionais. Barbitúricos – sedativo para Epilepsia que é metabolizado no fígado. Seu uso prolongado desencadeia um estado de tolerância fazendo com que doses mais altas sejam utilizadas para atingir o efeito necessário. Essa adaptação é decorrente da hipertrofia do RE agranular e aumento da atividade enzimática do P-450. Respostas Celulares e Les ão Morte Celular A necrose é a principal via de morte celular em muitas lesões comumente encontradas, como as resultantes de isquemia, exposição a toxinas, infecções e traumatismo. A necrose é tradicionalmente considerada o resultado final e inevitável de lesões graves que está além do salvamento e não se acredita que seja regulada por sinais específicos ou mecanismos bioquímicos. A necrose é uma forma de morte celular, na qual as membranas celulares se desintegram e as enzimas celulares extravasam e, por fim, digerem a célula; Provoca reação local do hospedeiro – inflamação subsequente, para o processo de reparo; Mecanismos Bioquímicos da Necrose: Falha na geração de energia na forma de ATP devido à redução do fornecimento de oxigênio ou lesão mitocondrial; Danos às membranas celulares, incluindo a membrana plasmática e as membranas lisossômicas, o que resulta em extravasamento de conteúdo celular incluindo enzimas; Danos irreversíveis aos lipídios celulares, proteínas e ácidos nucleicos, que podem ser causados por espécies reativas de oxigênio (ROS - reactive oxygen species); Características: aumento da eosinofilia; perda do RNA; Figuras de mielina mais visíveis nas células necróticas do que nas células com lesão reversível; Citoplasma vacuolado; descontinuidade da membrana plasmática e da membrana das organelas; dilatação acentuada das mitocôndrias com presença de grande densidade amorfas. Alterações Nucleares: assumem um dos três padrões, todos resultantes da degradação da cromatina e do DNA. A picnose é caracterizada por retração nuclear e aumento da basofilia; o DNA se condensa em uma massa retraída escura. O núcleo picnótico pode sofrer fragmentação; esta alteração é chamada cariorrexe. Em última análise, o núcleo pode sofrer cariólise, no qual a basofilia desaparece por causa da digestão do DNA pela atividade da desoxirribonuclease (DNase). Destino das Células Necróticas As células necróticas podem persistir por algum tempo ou serem digeridas por enzimas e desaparecer. As células mortas são substituídas por figuras de mielina, que são fagocitadas por outras células ou degradadas em ácidos graxos. Esses ácidos graxos se ligam a sais de cálcio, resultando em células mortas calcificadas. Tipos de Necrose: 1. Necrose de Coagulação - é a forma de necrose tecidual na qual a arquitetura básica dos tecidos permanece preservada por, pelo menos, alguns dias após a morte celular. As células anucleadas e eosinofílicas persistem por dias ou semanas . Característica dos infartos (áreas de necrose isquêmica) em todos os órgãos sólidos, exceto o cérebro. 2. Necrose Liquefativa – observada em infecções bacterianas ou infecções fúngicas por que o organismo estimulam o rápido acumulo de células inflamatórias e as enzimas dos leucócitos digerem o tecido. Em inflamações agudas, apresenta pus. Ex: Hipoxia 3. Necrose Granguenosa - aplica-se a um membro, normalmente a perna, que perdeu o seu suprimento sanguíneo e sofreu necrose de coagulação, envolvendo várias camadas de tecido. 4. Necrose Caseosa - é encontrada mais frequentemente em focos de infecção tuberculosa. O termo caseoso (semelhante a queijo) refere-se à aparência friável branco- amarelada da área de necrose no exame macroscópico 5. Necrose Gordurosa - refere-se a áreas focais de destruição gordurosa, em geral resultante da liberação de lipases pancreáticas ativadas na substância do pâncreas e na cavidade peritoneal. Isso ocorre na emergência Necrose abdominal calamitosa conhecida como pancreatite aguda 6. Necrosa Fibrinoide - é uma forma especial de necrose. Geralmente ocorre em reações imunes em que complexos de antígenos e anticorpos são depositados nas paredes dos vasos sanguíneos, mas também pode ocorrer na hipertensão grave. A apoptose é uma via de morte celular na qual as células ativam enzimas que degradam o DNA nuclear das células, bem como asproteínas nucleares e citoplasmáticas; O aspecto morfológico da maioria dos tipos de morte celular regulada é a apoptose; É um processo que elimina as células que apresentam vários tipos de anormalidades intrínsecas e promove a eliminação dos fragmentos das células mortas sem provocar uma reação inflamatória; Esta forma limpa de suicídio celular ocorre em situações patológicas quando o DNA ou as proteínas de uma célula são danificadas além da possibilidade de reparação ou a célula é privada de sinais de sobrevivência necessários; A apoptose também ocorre nos tecidos saudáveis; Causas da Apoptose: Apoptose fisiológica - durante o desenvolvimento normal de um organismo, algumas células morrem e são substituídas por novas. Em organismos maduros, os tecidos altamente proliferativos e dependentes de hormônios sofrem ciclos de proliferação e perda celular, frequentemente determinados pelos níveis de fatores de crescimento. Nessas situações, a morte celular sempre ocorre por apoptose, garantindo que as células indesejadas sejam eliminadas sem provocar uma inflamação potencialmente nociva. No sistema imune, a apoptose elimina o excesso de leucócitos deixados no fim das respostas imunes, bem como linfócitos que reconhecem autoantigenos e podem causar doenças autoimunes se não foram eliminados. Apoptose em condições patológicas - elimina as células que estão danificadas que não podem ser reparadas. Isso é observado quando há lesão grave do DNA, por exemplo, após exposição à radiação e fármacos/ drogas citotóxicas. O acúmulo de proteínas mal dobradas também desencadeia morte apoptótica; Determinados agentes infecciosos, particularmente alguns vírus, induzem morte apoptótica de células infectadas Mecanismos de Apoptose. A apoptose é regulada por vias bioquímicas que controlam o equilíbrio entre os sinais indutores de morte e sobrevivência, em última instância, a ativação de enzimas denominadas caspases. As caspases foram assim nomeadas porque são cisteína proteases que clivam proteínas após resíduos de ácido aspártico. Duas vias distintas convergem para a ativação das caspases: a via mitocondrial e a via do receptor da morte O resultado final da morte celular apoptótica é a eliminação de corpos apoptóticos por fagócitos. A via mitocondrial (intrínseca) parece ser responsável pela apoptose na maioria das situações fisiológicas e patológicas. Mitocondrias contem varias proteínas que são capazes de induzir apoptose, incluindo o citocromo C, este escapa para o citoplasma, desencadeando uma ativação da caspase e a morte apoptótica. O citocromo C ativa a uma caspase-9, que forma posteriormente a formação de corpos apoptóticos Via do receptor de morte (extrínseca) da apoptose – Muitas células expressam moléculas de superfície, chamadas receptores de morte, que desencadeiam a apoptose. A maioria dessas moléculas faz parte da família do receptor do fator de necrose tumoral (TNF), que contém em suas regiões citoplasmáticas um "domínio de morte" conservado, assim chamado porque ele medeia a interação com outras proteínas envolvidas na morte celular. Os receptores de morte prototípicos são o receptor de TNF tipo l e Fas (CD95). O ligante de Fas (FasL) é uma proteína de membrana expressa principalmente em linfócitos T ativados. Quando essas células T reconhecem Apoptose alvos que expressam Fas, as moléculas Fas são ligadas em reação cruzada pelo FasL e se ligam a proteínas adaptadoras através do domínio de morte. Estas, então, recrutam e ativam a caspase-8, que, por sua vez, ativa caspases a jusante (downstream). A via receptora de morte está envolvida na eliminação de linfócitos autorreativos e na morte de células-alvo por alguns linfócitos T citotóxicos (CTL) que expressam FasL. Em qualquer das vias, após ativação da caspase-9 ou da caspase-8, elas se clivam, e assim ativam caspases adicionais. Eliminação de células apoptóticas - Células apoptóticas e seus fragmentos atraem os fagócitos produzindo uma série de sinais de "coma-me". Por exemplo, nas células normais, a fosfatidilserina está presente no folheto interno da membrana plasmática; no entanto, nas células apoptóticas, esse tostolipidio desloca-se para o folículo externo, em que é reconhecido por macrófagos teciduais, levando à fagocitose das células apoptóticas. A fagocitose das células apoptóticas é tão eficiente que as células mortas desaparecem sem deixar vestígios e a inflamação está praticamente ausente. Duas outras vias incomuns de morte celular são a necroptose (que, como o nome indica, inclui características de necrose e apoptose e é regulada por vias particulares de sinalização) e a piroptose, que pode levar à liberação de citocinas pró-inflamatórias e iniciar a apoptose. A autofagia é uma adaptação à privação de nutrientes, na qual as células digerem suas próprias organelas e as reciclam para fornecer energia e substratos. Se o estresse for muito grave para que o processo lide com ele, o resultado é a morte celular por apoptose. A resposta celular aos estímulos prejudiciais depende do tipo de lesão, da sua duração e da sua gravidade As consequências de um estímulo nocivo também dependem do tipo, do estado, da adaptabilidade e da composição genética da célula lesionada A lesão celular geralmente resulta de anormalidades funcionais e bioquímicas em um ou mais componentes celulares essenciais - Resultado de lesão isquêmica e química (tóxica) - Fatores: I. Nutrientes (isquemia) II. Oxigênio (hipóxia) III. Danos mitocondriais IV. Toxinas (ex. cianeto) - Necrose – lesão mitocôndrias e membrana lisossômicas ATP e Lesão Celular Outras vias de Morte Celular Mecanismos de Les ão Celular e Morte Celular [Extracelular] = 1,3 μmol [Intra: REL e Mitocôndria] = 0,1 μmol Consequências do influxo de cálcio: I. ↑Ca+2 mitocondrial - ↑permeabilidade dos poros; II. Ativação de enzimas: fosfolipases, proteases; endonucleases e ATPases; III. Ativação das caspases (Apoptose). ERO’s – Espécies Reativas de Oxigênio Os radicais livres são espécies químicas que possuem um único elétron não pareado em uma órbita externa. + reações autocatalíticas; ↑ERRO’s ~ ↓Antioxidantes = Estresse oxidativo - Ponto crítico de lesão e morte celular Proteínas: I. Cilofilina D (presente no poro mitocondrial): alvo da ciclosporina, imunossupressor/transplante; II. Citocromo C: ativa as capazes (mitocôndria -> citosol), enzimas envolvidas na apoptose. Mecanismos de lesão a membrana (MP/Lisossomos/Mitocondrial): I. Isquemia (↓ATP e +fosfoliapases); II. Hipóxia; III. ↑Cálcio no citosol; IV. ERO’s; V. Anormalidades no citoesqueleto - +proteases; ERO´s e Lesão Celular Influxo de Calcio e perda de homeostasia do íon Defeitos na Permeabilidade das MC Disfunçao Mitocondrial e LC
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