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SOCIOLOGIA 2 ANO ENSINO MÉDIO 1 BIMESTRE 2022

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COLÉGIO ESTADUAL IMIGRANTE
1º Bimestre !!!
Nome do estudante:
Turma (s): 2º Ano Ensino Médio.
Professor(a): Jairo André Anzanello.
Componente Curricular: Sociologia.
Habilidades/Competências: Reflexão e análise diagnostica. Reconhecer a si mesmo como sujeito ativo na sociedade. Analisar e reconhecer os diversos conhecimentos das ciências sociais, Os acontecimentos globais referente as culturas e as suas diversidades. 
Que o educando seja capaz de perceber em seu entorno as mudanças tecnologias em diversos ramos da sociedade, e as mudanças culturais na sociedade. Compreender as diferenças sobre o tema Neoliberalismo e suas mazelas. Perceber o mundo como algo mutável em suas políticas públicas, o poder das decisões em aderir uma doutrina política econômica.
Atenciosamente;
Prof. Jairo André Anzanello
Olá aluno !!
Seja bem-vindo nesse ano letivo de 2022 desejo a você um ótimo ano.
Texto para reflexão !!
Boa leitura.
A FOLHA AMASSADA
Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, reagia à menor provocação.
Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes, sentia-me envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas, depois de uma explosão de raiva, e entregou-me uma folha de papel lisa e me disse:
– Amasse-a!
Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
– Agora, deixe-a como estava antes. Voltou a dizer-me.
Óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel continuava cheio de pregas.
O professor me disse, então:
– O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.
Assim, aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de estourar, lembro-me daquele papel amassado.
https://www.refletirpararefletir.com.br/6-textos-de-reflexao.
Exercício:
1 - Você entendeu a moral da história? Deixe a sua opinião sobre este texto abaixo. (mínimo 03 linhas).
As tecnologias transformam as sociedades
Desde seus primórdios, a humanidade cria e utiliza técnicas e desenvolve um “saber fazer” como forma de garantir a sobrevivência. 
Mas o que é tecnologia? Ciência e tecnologia são a mesma coisa? A tecnologia e a ciência não se confundem, mas se intercambiam: a tecnologia volta-se para a prática, mas depende do conhecimento produzido pela ciência. Por outro lado, a ciência utiliza os produtos da tecnologia para fazer avançar o saber e a ação do ser humano sobre si e o ambiente. A origem da palavra tecnologia vem da junção técnica, do grego techné, que consiste em “saber fazer”, e de logia, do grego logus, “campo de estudo”.
https://www.todamateria.com.br/primeira-revolucao-industrial/.
As tecnologias são formas de conhecimento que podem ser resultado de uma ciência, mas com ela não se confundem. A ciência busca a compreensão dos fenômenos a partir de problemas e indagações, de elaboração de hipótese, de experimentação e de pesquisa embasada em métodos de investigação. Já a tecnologia responde a uma necessidade formulada pelos indivíduos que buscam os meios e os recursos para a sua realização.
Em síntese, a tecnologia é o conhecimento que faz aplicação prática da ciência, embora a ciência já fizesse parte do cotidiano da humanidade, foi principalmente a partir do século XX que observamos o fenômeno da utilização da ciência de modo instrumental.
Organização do trabalho no século XX:
As crises econômicas, que de tempos em tempos atingem a sociedade capitalista em razão da insuficiência do sistema em dar respostas ao processo de acumulação, fazem com que empresários, gestores... promovam alterações nas formas de produzir e de controlar o trabalho.
O fordismo se consolidou como um sistema de produção no contexto da crise de 1929 e da Grande Depressão dos anos 1930, quando o governo norte americano passou a adotar práticas Keynesianas, isto é, a intervir na economia e nas relações de trabalho como forma de saída da crise capitalista. Mas o fordismo não nasceu da crise. 
O fordismo consiste em um sistema de produção em massa cuja palavra-chave é padronização (tanto das tarefas quanto do produto). Esse sistema, que articula inovações técnicas e organizacionais visando a otimização da produção e o consumo em massa, foi empregado pelo industrial Henry Ford (1863-1947) em sua fábrica de automóveis, sediada em Detroit (Estados Unidos), nas quais os operários ficavam parados enquanto as peças se movimentavam em esteiras rolantes, cada trabalhador executava apenas uma etapa do processo de trabalho.
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/a-evolucao-das-linhas-de-montagem-de-automoveis/.
Contínua...
Exercícios de fixação:
2 - Desenvolver síntese referente a leitura do texto. Descrever a percepção sobre o tema exposto. (mínimo 05 linhas).
Continuação.
Para aumentar a produtividade, o fordismo associou-se ao Taylorismo, modo extremamente racional de uso do tempo e de movimentos do trabalho no chão da fábrica. O taylorismo foi desenvolvido pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor (1865-1915), também com vistas a otimizar a produção.
Os trabalhadores são treinados para alta produtividade mediante o uso eficiente do tempo, a divisão de atividades, a separação entre concepção e execução das tarefas e a economia de movimentos exercidos em cada função. Essa racionalização científica do tempo e dos movimentos leva à especialização e à intensificação do ritmo de trabalho, visando ao controle dele.
Associados, o fordismo e o taylorismo constituíram um eficiente sistema de produção que se espalhou também para outros setores econômicos, além da indústria. O consagrado filme tempos modernos de Charles Chaplin, aborda de forma irônica o trabalho de tipo fordista-taylorista e suas consequências para os indivíduos. 
Link para assistir ao filme sugestão (https://www.youtube.com/watch?v=3tL3E5fIZis).
https://www.todamateria.com.br/tempos-modernos-filme-chaplin/
O Japão, que tinha sido arrasada na Segunda Guerra Mundial, estava experimentando uma nova forma de organização da produção, mais flexível, criada por Taiichi Ohno e introduzida na fábrica de veículos Toyota, na década de 1950, que se espalhou para outros países do mundo. Nesse modelo de produção, denominado toyotismo (ou modelo japonês), a produção é comandada pela demanda do mercado e não trabalha com grandes estoques de insumos e de mercadorias.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=52085
A introdução de mais máquinas, equipamentos, programas, processos e novas formas de administrar os empregados levou à diminuição geral dos custos, a um maior controle sobre os trabalhadores e à redução da mão de obra utilizada. A esse modo de produzir, altamente flexível e com economia de recursos, convencionou-se chamar produção enxuta. O processo de trabalho tornou-se mais flexível nas empresas que adotaram o toyotismo, no seguinte sentido: 
· a mão de obra é multifuncional, ou seja, o trabalhador deve se adequar a diferentes funções; 
· há controle visual da produção, com a supervisão de todas as etapas buscando a qualidade do produto final; 
· e a produção é estabelecida segundo a demanda e a necessidade de produtos personalizados.
“A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (OU REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA), OCORRIDA A PARTIR DOS ANOS 1950, AUTOMATIZOU O TRABALHO, INTRODUZIU A INFORMÁTICA E A ROBÓTICA, DESENVOLVENDO A CAPACIDADE DE ACUMULAR, ARMAZENAR, PROCESSAR E DISTRIBUIR INFORMAÇÕES”. 
A flexibilização e a sociedade:
Embora a forma como a produção é organizada não dependa do Estado, este exerce um papel crucial no desenvolvimento da economia. Assim, no sistema taylorista-fordista de produção há maior intervenção do Estado na economia: ele regulamenta as negociações entre o capital e o trabalho, oferece formação técnica ao trabalhador e regula as atividades capitalistas e de interesse nacional.
Quando a produção se tornou mais flexível, o Estado tendeu a reformular seu papel, buscando atrair investimentos externos e legislar pela desregulamentação e/ou flexibilização das relaçõesde trabalho.
“A PARTIR DOS ANOS 1980, A POLÍTICA ECONÔMICA NEOLIBERAL AVANÇOU EM MUITAS PARTES DO MUNDO VISANDO GARANTIR AMPLAS LIBERDADES AO MERCADO, AFETANDO, EM CONTRAPARTIDA, A REGULAÇÃO DO TRABALHO”.
O neoliberalismo é uma corrente política e teórica que concebe a sociedade assentada na liberdade dos indivíduos e do funcionamento do mercado. Inspirado no liberalismo clássico, que defende um capitalismo livre de regras e regulamentações, o neoliberalismo rejeita a intervenção do Estado na economia e valoriza a superioridade do mercado na vida social, incentivando a concorrência e a liberdade de iniciativa como mecanismos capazes de assegurar a soberania do consumidor, o crescimento da riqueza e o desenvolvimento humano. No Brasil o neoliberalismo ganhou força nos anos 1990.
Contínua...
Exercícios de fixação:
3 - Desenvolver síntese referente a leitura do texto. Descrever a percepção sobre o tema exposto. (mínimo 05 linhas).
  
Continuação.
Revolução 4.0 
Na expressão de Marx, tem-se a subordinação do trabalhador à maquinaria que “confisca toda a livre atividade corpórea e espiritual”.
Em que pese a possível e aparente demonização de Marx às máquinas ferramentas, é um equívoco considerar sua crítica descontextualizada do seu método o materialismo dialético. A partir desse método, percebe-se que o desenvolvimento dos meios técnicos é condição necessária para o surgimento do conceito de classe social. 
É o desenvolvimento das forças produtivas e o amadurecimento do capitalismo que possibilitam a irrupção de um novo ator social no cenário da sociedade industrial, como a propósito se lê nos Grundrisse: “Se a sociedade, tal como é, não contivesse, ocultas, as condições materiais de produção e circulação necessárias a uma sociedade sem classes, todas as tentativas de criá-la seriam quixotescas”.
A breve digressão, valendo-se de Marx sobre o papel desempenhado pela maquinaria no nascedouro da Revolução Industrial tem como objetivo destacar o lugar transformador da Quarta Revolução Industrial. Estamos num processo similar ao que Marx acompanhou. Assim como a Revolução Industrial deixou para trás o mundo rural, a Revolução 4.0 em curso desorganizará radicalmente a sociedade que conhecemos, particularmente no mundo do trabalho. Caminhamos celeremente para o esgotamento da sociedade industrial/salarial. O que hoje é hegemônico será visto amanhã apenas como vestígios.
Estudar, conhecer e interpretar o que é essa Revolução permitirá uma intervenção ‘política’ mais adequada e correta. É isso que Marx nos ensina, é isso que ele fez. Dissecou as entranhas e os mecanismos do nascedouro da Revolução Industrial para indicar aos subordinados chaves de leitura que indicassem a resistência e a luta por dignidade.
A Quarta Revolução Industrial é a mais desconcertante revolução produtiva da história da humanidade e desorganizará radicalmente a sociedade que conhecemos, particularmente o mundo do trabalho. Os estudos de Marx do papel desempenhado pela maquinaria na Revolução Industrial alerta para a importância de se estudar e conhecer a natureza dessa revolução em curso, escreve Cesar Sanson, professor na área da sociologia do trabalho na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.
A cultura e as suas raízes
Se você faz uso da internet ou de jogos eletrônicos, sabia que você integra uma nova tendência cultural a “cultura virtual do real”, sendo assim denominada pelo sociólogo espanhol Manuel Castells (1942-). 
https://pt.dreamstime.com/homem-de-desenho-animado-usando-computador-laptop-e-mulher-no-escrit%C3%B3rio-com-um-uma-sobre-fundo-azul-design-colorido-ilustra%C3%A7%C3%A3o-image170345624
A realidade virtual é a simulação de um mundo artificial com base na relação ser humano-máquina, cuja meta é envolver todos os sentidos do usuário. 
As alterações em ritmo acelerado nos meios de comunicação contribuíram para transformar o nosso estilo de vida, o modo de nos relacionarmos, produzirmos, consumirmos, enfim, de vivermos. 
Essas grandes mudanças resultaram de uma Revolução Tecnológica que ocorreu na metade do século XX, segundo alguns historiadores e sociólogos. Originada nos Estados Unidos e centrada na informação, essa revolução decorreu de inovações na microeletrônica, como o circuito integrado, o microprocessador e o microcomputador. Essas tecnologias da informação e da comunicação (TICs) permitem conciliar as atividades de trabalho.
O que é cultura?	
Geralmente quando pensamos em cultura, a primeira ideia que nos vem à mente é algo relacionado ao teatro, a música, a literatura, a pintura, a escultura e a outras áreas das artes.
Também são considerados como elementos culturais de grande relevância as festas tradicionais, as lendas, o folclore e os costumes de um povo. Seu significado abrange ainda os meios de comunicação de massa, como a televisão, o rádio, a mídia impressa, a internet, o cinema, entre outras coisas. Cultura, portanto, não se resume às manifestações artísticas, às tradições e aos hábitos de uma dada sociedade coletiva. 
Para as Ciências Sociais, o conceito de cultura também está relacionado aos conhecimentos, às ideias e às crenças de cada sociedade. A cultura sustenta a sociedade como as raízes sustentaram uma planta.
O termo “cultura” é muito usado pelo senso comum sinônimo de erudição, mas não existe diferença em termos de importância entre a chamada “alta cultura” e as expressões culturais populares, pois ambas são criadas e cultivadas pela participação efetiva do ser humano na sociedade.
“NAS SUAS RELAÇÕES SOCIAIS E NAQUELAS QUE ESTABELECEM COM A NATUREZA, OS SERES HUMANOS CRIAM UMA CULTURA PLENA DE SIGNIFICADOS”.
Assim como outras dimensões da vida social, a cultura também é estudada com base em diferentes visões e metodologias. São muitas as tentativas de definições pelo fato de a cultura ser um fenômeno heterogêneo e durável, mas em continua transformação. 
Cultura e civilização:	
O fazer, o saber, o conviver dos seres humanos produzem maneiras particulares de estar na sociedade. Isso é cultura.
Em seu livro O processo civilizador, o sociólogo alemão Norbert Elias (1897-1990) defende que o ser humano se define por meio da relação com o outro, ou seja, ele se faz humano e se torna membro da humanidade mediante as relações sociais, Incompleto e dependente ao nascer, até no aspecto biológico, o ser humano se humaniza porque necessita da família e das relações sociais com seu grupo para se constituir. Ele depende de seu contexto cultural e social para se desenvolver.
Nesse sentido, é a cultura que define os parâmetros do bem e do mal, do justo e do injusto, do lícito e do ilícito em cada sociedade.
“ETNOCENTRISMO (EU NO CENTRO) É A COLOCAÇÃO DA MINHA CULTURA COMO SUPERIOR AS DEMAIS”.
Contínua...
Exercícios de fixação:
4 - Aluno escolher um tópico do texto e desenvolver uma resenha (mínimo 05 linhas).
Continuação.
Precarização do Trabalho:
	Considerando-se que a sociedade capitalista é dividida em classes sociais, como já dizia Karl Marx, é fato que essas classes têm interesses antagônicos. Esse antagonismo, obviamente, seria fundamental para se pensar a permanente luta de classes caracterizada na obra marxiana, tendo nos conflitos do mundo do trabalho a sua manifestação, uma vez que esses são decorrentes das relações sociais de produção características do sistema capitalista.
 Mas qual a natureza desses conflitos pertinentes à produção da vida material, ou seja, ao cotidiano do mundo do trabalho? Para se pensar numa breve (porém, não suficiente) resposta, basta considerar o simples raciocínio: enquanto o operário visa melhores salários e condições de trabalho, os empresários visam aumento do lucro e expansão de suas empresas.
Além disso, a valorização de uma alta racionalização dos processos produtivos desde a revolução industrial, o aumento da exploração do trabalho humano e as consequentes acumulação de riqueza e aumento da desigualdade social, só fizeram recrudescer as hostilidades e divergências entre as classes ao longo da história do capitalismo enquanto modode produção predominante.
Pode-se apontar que os primeiros movimentos de resistência dos trabalhadores entre os séculos XVIII e XIX tinham por motivação a dificuldade de adaptação a esse novo modelo de produção – agora industrial – uma vez que os indivíduos ainda estavam ligados a outro contexto de maior liberdade e autonomia quanto às práticas de trabalho. Um dos primeiros levantes operários contra os empresários foi o chamado movimento Ludista, ocorrido no início do século XIX, no qual trabalhadores se dispunham a quebrar as máquinas, as quais (no entendimento destes) estariam roubando seus empregos.
https://5s.com.br/1/1b/editorial-viver-5s_306.php
Nos dias de hoje, vale dizer que o desenvolvimento tecnológico leva a uma exclusão da mão de obra humana, gerando um processo de desemprego estrutural. A atual conjuntura de desenvolvimento do capitalismo é marcada pela forte automatização da produção, isto é, o significativo processo irreversível de transformações no processo produtivo pela substituição da mão de obra humana. Por isso é preciso compreender como se dá a luta entre os interesses de classe e, mais precisamente, como se dão os conflitos no mundo do trabalho, uma vez que essas transformações podem significar uma precarização do trabalho, se pensarmos, por exemplo, nos níveis de desemprego.
Em outras palavras, mudanças estruturais podem trazer mais complicações para o trabalhador (que agora deve estudar mais, se preparar mais, disputar mais por vagas que são escassas). Para Ricardo Antunes (2011), “quando o trabalho vivo [trabalhadores de fato] é eliminado, o trabalhador se precariza, vira camelô, faz bico etc.” (ANTUNES, 2011, p. 06). A precarização do trabalho significa o desmonte dos direitos trabalhistas. Daí a importância de refletir sobre essa temática, sobre a lógica perversa do capitalismo, avaliando formas de manter garantias ao trabalhador, que é o lado mais frágil desse conflito. 
https://fellipelli.com.br/o-que-eu-tenho-que-eles-nao-tem/
Contínua...
Exercícios de fixação:
5 - Descreva com suas palavras seu entendimento sobre o tema exposto. (mínimo 03 linhas).
Continuação.
Ainda segundo Antunes (2011), “reduzir a jornada de trabalho, discutir o que produzir, para quem produzir e como produzir são ações prementes. Ao fazermos isso, estamos começando a discutir os elementos fundantes do sistema de metabolismo social do capital que é profundamente destrutivo” (Ibidem, p. 06). Não apenas esse aspecto é discutido entre empresários e trabalhadores, mas também acerca das questões salariais, jornadas de trabalho, geração de emprego, participação em lucros, condições de segurança, planos de carreira, entre tantos outros aspectos ligados aos direitos trabalhistas adquiridos ao longo do século XX, por meio da organização do movimento operário através dos sindicatos, do sindicalismo.
Contudo, é fato que as condições de trabalho e os direitos trabalhistas de certo modo avançaram. Obviamente, esses avanços no sentido dos direitos e das garantias ao trabalhador não foram dádivas da classe empresarial, mas fundamentalmente resultado da luta de movimentos sindicais, operários. No Brasil de hoje, as chamadas centrais sindicais, em linhas gerias, têm os seguintes pontos como reivindicação:
· Mudanças na política econômica para reduzir juros e distribuir renda; 
· Redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas; 
· Extinção do fator previdenciário; 
· Regulamentação da terceirização de serviços.
Ainda assim, a despeito dos avanços no tocante ao trabalho e à resolução de alguns conflitos (por meio de legislações trabalhistas) que dele resultam, não se pode esquecer a lógica da exploração inerente ao capitalismo (tão presente no cotidiano do trabalhador), nem mesmo o que Marx chamava de embrutecimento do homem pela rotinização do trabalho e, consequentemente, da vida.
PauloSilvinoRibeiroColaboradorBrasilEscolaBacharelemCiências
SociaispelaUNICAMP-UniversidadeEstadualdeCampinas
Mestre em Sociologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "JúliodeMesquitaFilho"
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas.
https://www.gedaf.com.br/ferramentas/avaliacao-da-capacidade-de-trabalho/
Tecnologias da informação e comunicação:
A revolução microeletrônica possibilitou a informatização do controle da produção, a agilização da comunicação, das compras e do fluxo financeiro, além da gestão planejada de todos os recursos, incluindo o chamado “recurso humano”. A informatização do trabalho transformou as atividades diárias, fazendo com que um mesmo funcionário concentre mais tarefas, por exemplo.
O uso desse sistemas tecnológicos integrados permite controlar a produção com acelerada comunicação e transferência de dados em tempo real.
https://pixabay.com/pt/photos/cidade-panorama-smartphone-controle-3213676/
Contínua...
Exercícios de fixação:
6 - Descreva com suas palavras seu entendimento sobre o tema exposto. (mínimo 03 linhas).
  
Continuação.
Revolução Industrial 4.0:
Um estudo recente divulgado pela Universidade de Oxford anunciou que 47% dos empregos vão desaparecer nos próximos 25 anos na esteira da Quarta Revolução Industrial. Outro relatório divulgado pela Foundation for Young Australians (FYA) destaca que mais da metade dos estudantes estão atrás de profissões que se tornarão obsoletas pelos avanços tecnológicos e automação. A pesquisa mostra que 60% dos jovens entram no mercado de trabalho em profissões que serão radicalmente afetados pela automação, e que pode ocorrer dentro dos próximos 10 a 15 anos.
É fato incontestável. Os robôs eliminam postos de trabalho num ritmo acelerado. Cada vez mais, os trabalhadores da manufatura serão substituídos pelas impressoras 3D, os bancários pelos algoritmos e uma enormidade de serviços pela Inteligência Artificial. Fábricas, bancos, supermercados, fazendas e serviços públicos automatizados já são realidade. A robotização e a informatização são irreversíveis.
https://bitcursos.com.br/blog/robos-na-ficcao-10-filmes-que-trazem-reflexoes-sobre-robotica/
As mudanças não serão apenas na base técnica, toda a estrutura ocupacional será alterada. A tendência é de altos salários na ponta dos cargos cognitivos e de baixos salários nas ocupações manuais. A flexibilidade será a regra nas relações de trabalho. Empregadores utilizarão a ‘nuvem humana’ trabalhadores que podem ser localizados em qualquer lugar para resolução de problemas e projetos.
As inflexões não param por aí. 
O movimento operário tal qual o conhecemos será varrido do mapa. O que virá pela frente não se sabe. Talvez os sindicatos desapareçam e surja outra coisa no seu lugar.
A Quarta Revolução Industrial ou ainda a Revolução 4.0 é a mais desconcertante revolução produtiva da história da humanidade. As revoluções anteriores também foram radicais, mas o seu tempo de maturação foi mais prolongado. Essa, entretanto, se faz num ritmo alucinante. O que sustenta essa Revolução na opinião de Klaus Schawb uma referência nos estudos da Revolução 4.0 é sua velocidade, profundidade e impacto sistêmico e a sua capacidade de fazer interagir diferentes áreas: física, digital e biológica.
Estamos diante de um grande desafio: estudar, compreender e interpretar o significado e o impacto da Quarta Revolução Industrial para o conjunto dos trabalhadores e da sociedade.
https://blog.ietec.com.br/brasil-pode-viver-nova-revolucao-industrial/
https://www.techminds.info/2017/08/02/a-4a-revolucao-industrial-ja-esta-em-andamento/
Marx já ensinava que o capital adquirindo novas forças produtivas altera o modo de produção e as relações sociais. O autor de O Capital foi um dedicado estudioso das “máquinas, ferramentas” do seu tempo. O objetivo principal de Marx ao estudar a tecnologia tinha como horizonte compreender a mudança de base material do capitalismo. O seu interesse no estudo das máquinas era decifrar a lógica das forças produtivas na dinâmica da luta de classes.
Na sua obra A Miséria da Filosofia expressava essa linha de raciocínio ao demonstrar as relaçõessociais atreladas às forças produtivas: “Adquirindo novas forças produtivas, os homens mudam o seu modo de produção, e mudando o modo de produção, a maneira geral de ganhar a vida, eles mudam todas as suas relações sociais. O moinho dar-vos-á a sociedade com o suserano; a máquina a vapor, a sociedade com o capitalista industrial”.
Contínua...	
Exercícios de fixação:
7 - Reflita sobre o tema exposto e relate o seu entendimento. (mínimo 03 linhas).
Continuação.
Marx revela que a evolução dos meios técnicos a maquinaria impacta o modo produtivo, revoluciona a forma de produzir, radicaliza a divisão do trabalho oriunda da manufatura e reorganiza o conjunto da sociedade capitalista. Para além da consequência objetiva (produção de mercadorias), incorre uma alteração subjetiva (produção de relações sociais). É celebre a citação sua e de Engels no Manifesto Comunista: O capital “não pode existir sem revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção, e com isso, todas as relações sociais. (...) Dissolvem-se todas as relações sociais antigas e cristalizadas, com seu cortejo de concepções e de ideias secularmente veneradas (...) Tudo o que era sólido e estável se desmancha no ar (...) Os homens são obrigados finalmente a encarar sem ilusões a sua posição social e as suas relações com outros homens”.
https://www.slideshare.net/marpim/3-revoluo-industrial
Partindo da compreensão de que a evolução das forças produtivas enseja sempre mais a exploração dos trabalhadores, Marx chega à conclusão nos seus estudos sobre a maquinaria que a mesma se “destina a baratear a mercadoria e a encurtar a parte da jornada de trabalho que o trabalhador precisa para si mesmo, a fim de encompridar a outra parte da sua jornada de trabalho que ele dá de graça para o capitalista”. Em sua interpretação, a maquinaria da grande indústria está associada à produção da mais-valia, particularmente da mais-valia relativa. Marx faz uma distinção entre mais-valia absoluta e mais-valia relativa, a primeira é produzida pelo prolongamento físico da jornada de trabalho e a segunda se faz pelo barateamento da força de trabalho, abreviando-se a parte da jornada destinada à produção. Isso se faz, sobretudo através do desenvolvimento da maquinaria.
https://pt.slideshare.net/maynaramarques/karl-marx
Ainda mais, Marx revela que a maquinaria sofistica a divisão social do trabalho tributária do período artesanal e da manufatura. E essa não é uma mudança qualquer. A maquinaria assume um significado revolucionário nas forças produtivas e o núcleo central dessa transformação reside no fato de que, por meio da intervenção da técnica e da ciência no processo de trabalho tem-se a completa expropriação do saber do trabalhador no processo produtivo.
A maquinaria na opinião de Marx significa uma ruptura da base material e do controle do trabalhador sobre o processo de trabalho. O trabalho que se realiza tem a sua autonomia reduzida considerando-se que já está prescrito. Na manufatura, “a articulação do processo social de trabalho é puramente subjetiva, combinação de trabalhadores parciais; no sistema de máquinas, a grande indústria tem um organismo de produção inteiramente objetivo, que o operário já encontra pronto, como condição de produção material”, destaca Marx. 	
https://studymaps.com.br/karl-marx/
Contínua...
Exercícios de fixação:
8 - Desenvolver (dissertar) pensamento crítico sobre o tema Revolução Industrial 4.0. (mínimo 03 linhas).
Continuação.
O relativismo cultural:
Para evitar visões etnocêntricas sobre o outro, a Antropologia propõe uma análise sobre aquele que é diferente de nós fundada no chamado relativismo cultural. Relativizar culturalmente significa que, ao falarmos sobre outros povos e grupos, precisamos antes nos indagar: 
- Como concebemos a sociedade da qual fazemos parte?
- Por que outros povos e culturas seriam definidos como primitivos ou arcaicos, civilizados ou não? Quais parâmetros seriam utilizados para tal definição?
- Uma classificação desse tipo seria adequada ou tendenciosa? Ela serve a outros interesses?
Cabe refletir e entender que outras sociedades ou grupos sociais têm concepções e valores diferentes dos nossos, nem melhores, nem piores acerca da vida e do mundo.
As Ciências Sociais, em especial a Antropologia, ao dar-nos a conhecer outras culturas e suas expressões, ajudam a relativizar e ampliar a nossa visão de mundo.
O antropólogo franco-belga Lévi-Strauss (1908-2009) contribuiu com a compreensão da diversidade cultural e dos problemas decorrentes de uma visão parcial e etnocêntrica das culturas, a originalidade das culturas está na sua maneira própria de desenvolver a linguagem, as técnicas e a arte, os valores e costumes, os conhecimentos empíricos e teóricos e as crenças religiosas, as instituições e as relações sociais, as soluções para problemas. Ao mesmo tempo, o fato de que todas as culturas lidam com essas questões as aproxima.
“A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE NACIONAL ESTÁ LIGADA À IDEIA DE PERTENCIMENTO A UM TERRITÓRIO, A UM PAÍS OU A UM POVO. AS DIFERENÇAS CULTURAIS ESTÃO PRESENTES NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE”.
A cultura se mundializa:
A produção de bens e consumo se tornou flexível, quando foram introduzidos, na década de 1970, processos de automação e inovações na organização do trabalho, responsáveis pela redução do tempo de produção e do tempo de consumo. Essas transformações levam a mundialização da cultura, analisada pelo sociólogo Renato Ortiz (1947-) como um acontecimento histórico no qual as formações nacionais rompem com as realidades locais e as tradições regionais. Nesse processo, chamado de desenraizamento cultural, algumas referências socioculturais são retiradas dos indivíduos.
A cultura que ganha ares de fenômeno mundializado desestabiliza a tradição, destituindo-a de seu papel legitimador das práticas e concepções de mundo tradicionais. A cultura se torna mais flexível.
Esse grande processo sociocultural não é homogêneo nem explica territorialmente, mas impõe uma nova lógica de tempo e espaço.
“NA TRANSIÇÃO DO SÉCULO XX PARA O XXI, UMA CULTURA MUNDIALIZADA, SOB EFEITO DAS COMUNICAÇÕES E DA INFORMATIZAÇÃO, ATRAVESSA OS LIMITES NACIONAIS, O CONSUMO PASSA A SER SEU TRAÇO DOMINANTE”.
O processo de transculturação pelo qual as diferentes culturas transitam entre nações tem criado novas configurações com elementos de várias culturas, mantendo aspectos locais, regionais e nacionais.
Cultura Curiosidades:
É um aprendizado social que compreende a produção de bens materiais e simbólicos;
Envolve uma experiência e a consciência de pertencer a um coletivo (identidade cultural);
É um fenômeno heterogêneo, durável e em contínua transformação;
Com a sociedade de massas os hábitos culturais também passaram a ser influenciados pelos meios de comunicação de massa;
Os grupos sociais minoritários produzem culturas alternativas;
Usado pelo senso comum como sinônimo de erudição;
Edward Tylor (1832-1917), como a totalidade de conhecimento, crença e expressão emocional, à qual se somam as regras estabelecidas, os hábitos, comportamentos e habilidades adquiridas no convívio dos membros de uma sociedade;
Ciências Sociais: também está relacionado aos conhecimentos, às ideias e às crenças de cada sociedade;
Como esfera da vida em sociedade, três princípios são fundamentais:
· A cultura é uma característica do ser humano como um ser social;
· A cultura é adquirida, um comportamento aprendido, que produz um patrimônio social;
· Por meio da cultura se estabelece uma parte da relação ser humano-sociedade-mundo;
Colere (verbo latino)
Cultivo e o cuidado com as plantas, os animais e tudo que se relacionava com a terra;
Referia-se também ao cuidado com as crianças e sua educação, para o desenvolvimento de suas qualidades e faculdades naturais (PUERICULTURA);
Cuidado com a terra para torná-la habitável e agradável aos homens, e também o cuidado com os deuses, os ancestrais e seus monumentos, ligando-se à memória.
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AlgumasTeorias:
	Metodologia
	Representantes
	Funcionalismo
(As instituições sociais são vistas pela função que desempenham para estabilizar a sociedade)
	Para o antropólogo polonês Bronislaw Malinowski (1884-1942) e para o antropólogo inglês Radcliffe-Brown (1881-1955): a cultura designa o modo de vida das diversas comunidades; as necessidades humanas são universais e toda cultura cria instituições para atendê-las, desde as necessidades primárias às emocionais e aquelas das atividades econômicas e políticas.
Para o antropólogo estadunidense Ralph Linton (1893-1953): a cultura é um fenômeno universal, ao mesmo tempo que diferencia os grupos sociais.
	Estruturalismo 
(As culturas se estruturam por padrões implícitos)
	Para o antropólogo franco-belga Claude Lévi-Strauss (1908-2009): a cultura é uma forma universal da linguagem pela qual os seres humanos buscam diferenciar-se da natureza e apresenta variações baseadas em pares de oposições (discrição e excesso, cru e cozido, etc.).
	Estrutural-funcionalismo 
(As estruturas sociais delimitam a cultura)
	Para os sociólogos estadunidenses Talcott Parsons (1902-1979) e Robert Merton (1910-2003): a cultura de um povo ganha sentido na rede de relações sociais, ou seja, ela tem um significado que é reconhecido pelo grupo e compartilhado; sociedade e cultura são partes interdependentes do sistema social.
Cultura e Civilização
A cultura é um nível particular e muito importante da realidade social, pois as suas dimensões objetiva e subjetiva não se contrapõem, ao contrário, elas se complementam e se relacionam;
O fazer, o saber, o conviver dos seres humanos produzem maneiras particulares de estar na sociedade, isso é cultura.
A partir do séc. XVIII o termo Cultura articula-se com o termo Civilização.
CIVILIZAÇÃO (latim cives e civitas):
Referia-se ao civil como homem educado, polido e à ordem social (donde o surgimento da expressão Sociedade Civil);
Sentido mais amplo, significava um estágio/etapa do desenvolvimento histórico-social, pressupondo a noção de progresso;
ETNOCENTRISMO:	
O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural (Roque Laraia /1932-);
Evolucionismo (Eurocentrismo)
Relativismo Cultural (Franz Boas)
Refletir e entender que outras sociedades ou grupos sociais têm concepções e valores diferentes dos nossos “nem melhores, nem piores” acerca da vida e do mundo.
Explicado por inúmeros fatores inter-relacionados, fruto das distintas experiências e de complexa teia de relações sociais, constituídas historicamente no âmbito de cada cultura.
A originalidade das culturas está na sua maneira própria de desenvolver a linguagem, as técnicas e a arte, valores, costumes, os conhecimentos empíricos e teóricos e as crenças religiosas, as instituições e as relações sociais, as soluções para problemas (Lévi-Strauss).
Diversidade Cultural:
Diz respeito às distintas maneiras segundo as quais sociedades e grupos sociais se organizam e se relacionam entre si e com a natureza;
Nas Ciências Sociais:
Estudar e comparar afim de evidenciar as diferenças nos modos de vida;
Favorecer a reflexão sobre a própria sociedade, seus valores e costumes.
Tantas são as culturas quantos são os povos, os grupos sociais e as etnias existentes.
Nós e os Outros
Interação Cultural:
Implica difusão e reconfiguração da cultura, traços ou manifestações culturais específicos.
É como se sociedades distintas convivessem no interior de um mesmo grande grupo social.
Ocorrem por processos históricos de migração e dominação, entre outros.
As relações entre as culturas são, geralmente, marcadas pela desigualdade.
Os distintos interesses e visões de mundo geram, na maioria das vezes, tensões no âmbito das sociedades.
Disputas de fundo econômico e político podem provocar hierarquizações entre povos e nações.
Identidade Cultural:
A consciência de pertencer a determinado grupo social.
Por caracteres comuns de gênero ou de origem étnica.
Por interesses específicos, profissão, atividades realizadas, crenças e costumes semelhantes.
Aproxima os indivíduos em determinada sociedade.
Marca característica de um grupo social que partilha um ideal, valores, costumes e comportamentos formados ao longo da sua história.
“A identidade cultural de um grupo (independentemente de seu tamanho) é de extrema importância para seu reconhecimento social e político e assenta-se em ideias e representações sociais”.
Colonialismo & Teorias Racialistas
Colonialismo século XIX:
Emergiram diversas “teorias” racistas que tomaram a forma de “teorias sociais”.
Procuravam justificações imediatas sobre a realidade social e política.
Países europeus precisavam do aval da ciência para justificar suas ações imperialistas na África, na Ásia e durante a colonização das Américas.
“Teorias Sociais” Racistas.
Desobrigavam os grupos dominantes europeus de tratarem como humanos os indígenas e negros escravizados.
Estes não eram considerados “semelhantes”, e sim “inferiores “.
Essas “teorias”, hoje, não têm validade científica para as Ciências Sociais.
Principais teóricos na Europa.
Antropometria ou Craniometria.
FRENOLOGIA.
“Se a aparência e a essência das coisas coincidissem, a ciência seria desnecessária”.
Karl Marx
Exercícios de fixação:
9 - Aluno escolher um tópico do texto e desenvolver uma resenha (mínimo 05 linhas).
O que é Neoliberalismo:
Neoliberalismo é uma redefinição do liberalismo clássico, influenciado pelas teorias econômicas neoclássicas e é entendido como um produto do liberalismo econômico clássico. O neoliberalismo pode ser uma corrente de pensamento e uma ideologia, ou seja, uma forma de ver e julgar o mundo social ou um movimento intelectual organizado, que realiza reuniões, conferências e congressos.
Esta teoria, que foi baseada no liberalismo, nasceu nos Estados Unidos da América e teve como alguns dos seus principais defensores Friedrich A. Hayeck e Milton Friedman.
Na política, neoliberalismo é um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia, onde deve haver total liberdade de comércio, para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. Os autores neoliberalistas afirmam que o estado é o principal responsável por anomalias no funcionamento do mercado livre, porque o seu grande tamanho e atividade constrangem os agentes econômicos privados.
O neoliberalismo defende a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, a política de privatização de empresas estatais, a livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, a abertura da economia para a entrada de multinacionais, a adoção de medidas contra o protecionismo econômico, a diminuição dos impostos e tributos excessivos etc.
Esta teoria econômica propunha a utilização da implementação de políticas de oferta para aumentar a produtividade. Também indicavam uma forma essencial para melhorar a economia local e global, reduzir os preços e os salários. 
https://www.brasildefators.com.br/2020/08/12/neoliberalismo-e-planejamento-predatorio https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/O-neoliberalismo-funciona-/7/38943
Neoliberalismo no Brasil:
No Brasil, o Neoliberalismo começou a ser seguido de uma forma aberta nos dois governos consecutivos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Neste caso, seguir o neoliberalismo foi sinônimo de privatização de várias empresas do Estado. O dinheiro conseguido com essas privatizações foi na sua maioria utilizado para manter a cotação do Real (uma nova moeda na altura) ao nível do dólar.
http://www.viladeutopia.com.br/o-neoliberalismo-que-comeca-a-ser-derrotado-e-o-seu-vocabulario/
A estratégia de privatização encorajada por ideais neoliberais não foi seguida por todos os países. Ao contrário do Brasil, a China e Índia (países que têm mostrado um crescimento enorme nas últimas décadas) adotaram tais medidas de forma restrita e gradativa. Nesses países, o investimento de grupos econômicos foram feitosem parceria com empresas nacionais.
Neoliberalismo e Globalização:
Os conceitos de neoliberalismo e globalização estão ligados porque o neoliberalismo surgiu graças à globalização, e mais concretamente à globalização da economia. Depois da Segunda Guerra Mundial, o aumento do consumo e o avanço da tecnologia da produção lideraram a sociedade para o consumismo.
Essa sociedade consumista fomentou a globalização da economia, para que os capitais, serviços e produtos pudessem fluir para todo o mundo, um claro pensamento neoliberal. Desta forma, o neoliberalismo abriu a liberdade econômica ordenada pelo mercado, sendo que em algumas ocasiões o Estado tem que intervir em algumas negociações para evitar desequilíbrios financeiros.
Apesar disso, a doutrina neoliberal visa que a economia e política atuem de forma independente uma da outra, e por isso não aprecia quando há uma intervenção política na economia. 
Neoliberalismo e educação:
O neoliberalismo vê a educação de forma específica, e estes são alguns itens fulcrais na área da educação: qualidade total, modernização da escola, adequação do ensino à competitividade do mercado internacional, nova vocacionalização, incorporação das técnicas e linguagens da informática e da comunicação, abertura da universidade aos financiamentos empresariais, pesquisas práticas, utilitárias, produtividade.
É importante que de acordo com a vertente neoliberal, a educação não é incluída no campo social e político, passando a ser integrada no mercado. Assim, alguns dos problemas econômicos, sociais, culturais e políticos abordados pela educação são muitas vezes transformados em problemas administrativos e técnicos. Uma escola modelo deve conseguir competir no mercado. O aluno passa a ser um mero consumidor do ensino, enquanto o professor fica conhecido como um funcionário treinado para capacitar os seus alunos a se integrarem no mercado de trabalho.
https://df.cut.org.br/noticias/educacao-em-risco-na-onda-privatizante-do-governo-rollemberg-acf0
https://doispontostravessao.wordpress.com/2011/01/07/educacao-artigo-roberto-leher/
Exercícios de fixação:
10 - No Brasil o sinônimo do Neoliberalismo foi:
A - ( ) Privatizações.
B - ( ) Não ocorreu privatizações.
C - ( ) Controle absoluto do Estado na economia.
D - ( ) Nenhuma das alternativas. 
11 - O Neoliberalismo vê a educação como:
A - ( ) qualidade total, modernização da escola, adequação do ensino à competitividade do mercado nacional.
B - ( ) qualidade total, modernização da escola, adequação do ensino à competitividade do mercado internacional.
C - ( ) qualidade total, degradação da escola, adequação do ensino à competitividade do mercado internacional.
D - ( ) Nenhuma das alternativas. 
12 - Assinale a alternativa que cita países que aderiram de maneira restritiva e gradual ao Neoliberalismo:
A - ( ) Estados Unidos, Brasil.
B - ( ) Estados Unidos, China.
C - ( ) China, Índia.
D - ( ) Índia, Rússia. 
13 - A sociedade consumista fomentou:
A - ( ) A restrição do comércio.
B - ( ) O fechamento das fronteiras.
C - ( ) A colonização.
D - ( ) A globalização. 
14 - Descreva o que é Neoliberalismo na política:

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