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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA IDEIA DE HISTÓRIA DOCENTE Professor Doutor Eléusio Viegas Filipe Ano letivo de 2020 1° Ano I Semestre Ensaio III História das teorias sobre a história Estudante: Ângelo Munguambe Beatriz Mavuie Elton Nhaca Rute Silvestre Osvaldo Martinho Tônia Bule Maputo, junho 2020 Introdução No presente trabalho debruçaremos acerca do livro de Filipe Rocha, teorias sobre a história, onde explicaremos os dinamismos fundamentais da história que são de extrema relevância para os historiadores, também tentaremos explanar duma forma simples o estatudo da história. O objectivo deste ensaio é de analisar os principais conceitos das teorias sobre a história e fazendo reflexões coerentes. História das teorias sobre a história: Época actual O presente capítulo aborda açerca do conceito histórico, Época actual. Época actual, da-se a partir do século XX este período é o continuar de problemas vividos na era passada e o seguir de modalidades específicas condizentes com os novos tempos e formas de pensar. Estas novas formas de pensar foram: - A difusão da mentalidade positivistica na segunda metade do século XIX que trouxe, novas competências importantes para as concepções da história; - No século XIX, assistiu-se a uma desmedida euforia histórica: onde o historiador participa em variados assuntos; A tentativa de identificar a história com as ciências empiricas e a consequente aplicação dos métodos e experimentais aos problemas humanos; - Por outro lado, o autor aborda os acontecimentos que noséculo abalaram o mundo, levaram com que os homens interrogarem-se profundamente acerca do sentido da história. Esta tomada de consiciência pelo homem, levou a reflexão acerce de assuntos relevantes para a civilização humana; - O aparecimento das ciências auxiliares da história, tais como linguítica, paleografia, diplomática, sigilografia, numismática, onomástica, cronologia, arqueologia, etc. O aparecimento destas ciências deu rigor aos historiadores dando mais cientificidade ao seu trabalho comparado com o período anterior que era pré-científico. Idealismo Esta corrente idealista tem como mentores os autores fundamentais, o Fichte, Schelling e Hegel, sendo este ultimo o que mais se destacou com os seus estudos nesta corrente. Hegel afirma incorporar em seu próprio pensamento toda a diversidade de sistemas filosóficos da história através da reconciliação das divergências entre as várias filosofias anteriores por meio do próprio sistema hegeliano, que seria o resultado do progresso de toda a história das ideias. O idealismo afirma a primazia da consciência como a origem e o pré-requisito dos fenómenos materiais. De acordo com essa visão, a consciência existe antes e é a pré-condição da existência material. A consciência cria e determina o material e não vice-versa. O idealismo acredita que a consciência e a mente são a origem do mundo material e tem como objectivo explicar o mundo existente de acordo com esses princípios. Corrente Sócio Económica, Marxismo Para muitos isso significa uma prática activa de lutas de classes, para outros, consiste, sobre tudo, no exercício do poder político e económico sob a direcção de um partido único, o comunismo. Ou ainda tem pessoas que pensam que se trata sobre tudo de uma filosofia que pretende perspectivar, uma linha materialista autodinâmico, toda realidade, quer a material ou seja a humana. Sendo os mentores do marxismo o Karl Marx, Engels e posteriormente o Lenine que ampliou e aprofundou as doutrinas dos dois primeiros. Marx se dedicou principalmente no materialismo histórico e Engels no materialismo dialéctico. O materialismo histórico de Marx propunha inverter o hegelianismo e pô-lo em posição normal, de cabeça para cima e os pés no chão, «O meu método dialéctico não é só fundamentalmente distinto do método de Hegel, mas é-lhe directamente oposto. Para Hegel, é o processo mental o criador do real; e o real é apenas uma manifestação externa da ideia. Pelo contrário para mim, o ideal outra coisa não é senão o material transposto e transladado para o interior da cabeça humana.» Materialismo dialéctico é um conjunto de proposições elaborado, na sociedade burguesa, com a finalidade de fazer aparentar os interesses da classe dominante com o interesse colectivo, construindo uma hegemonia daquela classe. Sendo o marxismo um método de análise socioeconómica sobre as relações de classe e conflito social, que utiliza uma interpretação materialista do desenvolvimento histórico e uma visão dialéctica de transformação social. A metodologia marxista utiliza inquéritos económicos e sociopolíticos e que se aplica à crítica e análise do desenvolvimento do capitalismo e o papel da luta de classes na mudança económica sistémica. Análises e metodologias marxistas influenciaram várias ideologias políticas e movimentos sociais. O marxismo engloba uma teoria económica, uma teoria sociológica, um método filosófico e uma visão revolucionária de mudança social. Objecto da história Objecto da história tem sofrido diversas variações ao longo dos tempos dentre elas destacam-se a história narrativa que é caracterizada por acontecimentos de grande relevância no poderiam futuramente ajudar o homem seja politicamente ou militarmente. História pragmática os grandes homens registavam os grandes acontecimentos,esses acomtecimentos que são trazidos hoje para contribuir nas perspectivas de acontecimentos ligados a sociedade humana. História pedagógica segundo saint Agostinho e Paulo Orósio, a vida dos homens justos são uma aprendizagem para a salvação.essa história basea-se no aprendizado e conclui que a vida é algo essêncial e as coisas que nela há aperfeiçoam-se consequentemente. História genética ou evolutiva procura a causa dos acontecimentos e a forma como foram dirigidos. Aqui afirma-se que a história tem a tarefa de explicar a formação e a vida das sociedades desde suas independências. Objecto da história e das ciências empíricas Essas variações que já referimos anteriormente seriam suficientes para formar/levantar problemas,o que acontece também com as ciências experimentais. O objecto das ciências empíricas são de forma geral as leis e as teórias. Alguns autores alegam que a história não ê uma ciência. Para J. Mariatain, a história trata somente do singular e do concreto enquanto uma ciência trata de tudo e do necessário. Cada uma tem uma ideia a quanto um determinado assunto, por isso se diz que a história não pode fornecer explicações fundadas em razões universais porque seu objecto é individual ou singular. Alguns autores do séc. XIX afirmam que a história é uma ciência, porque traz registos importantes para o homem como os das viagens,reuniões,nomeações. Para Paul Veyne, o objecto da história é tudo que está englobado no mundo. Para Braudel, a história observa modelos de 3 niveís ou durações: * História acontecimento - tempo curto- micro história * História conjuntura - tempo médio- ritmo recitativo * História estrutural - longa duração - quase móvel. A história procura aquilo que acontece ao homem, o historiador testa modelos e dá hipóteses. Explicaçào histórica Para alguns teóricos,os historiadores deveriam deveriam se limitar em trazer os factos e as explicações viriam das ciências sociais mas em contra partida os hostoriadores afirmam que não só devem se estabelecer os factos mais tambèm compreender. Essa explicação levaria-nos a compreender as suas explicações. Para os Positivistas A explicação histórica tem as mesmas caracteristicas que as da física. Para explicar a ocorrência de um evento dado em um lugar e tempo deve se indicar as causas ou os factores que levam a sua ocorrência. Para Hempel à explicação em história tem como objectivo mostrar que o evento em causa não ocorre por acaso mais sim tem seus precedentes. Donagam propõe uma teoria de explicação disposicional: as explicações históricas baseiam-se dm generalizaçõesindividuais. Para Rescher e Helmer, as explicações históricas não se baseiam em leis universais mais sim em generalizações restritas ou limitadas, essas generalizações são aplicaveís por um curto período de tempo. Para os Antropositivistas como Michael Oakeshott os acontecimentos históricos são singulares e tem carácter único e incapazes de serem repetidos e alegam que a tarefa dos historiadores não de explicar por meio de generalizações mais por pormenores amplos e complexos e a sua explicação consiste na exibição de um conjunto de acontecimentos relacionados uns aos outros e coloca o Homem como o centro da história. A objectividade Histórica A negação da objectividade em historia poderia nascer: 1. A objectividade na teoria geral do conhecimento: Este aborda sobre o cepticismo racial, que recusa ao espirito humano de saber a verdade, foi num momento de crise filosófica. Também temos o subjectivismo que afirma que o homem tem capacidade de conhecer apenas a verdade subjectiva, ou seja, relativa as leis do espirito, não obstante, uma verdade objectiva. De facto, o homem tem a capacidade de perceber os conhecimentos objectivamente verdadeiros, no mundo material. 2. O caracter especial do conhecimento historico como tal: Neste ponto debruca-se acerca da primeira obrigação de um historiador que é de estabelecer os factos, o objectivo poderia ser total se o historiador contasse todos os factos com infinitos detalhes. No entanto, nao é possível por vários motivos, um dos motivos é a natureza das fontes onde se acha consiganda a tradição do passado: escassas, mutiladas, fontes adulteradas, falas, etc. Por conseguinte, é difícil um historiador estabelecer factos verdadeiros porque podemos nos deparar com fontes alduteradas, falsas. Além disso, há um outro problema, também podemos nos deparar com uma nova fonte de não-objectividade poderá encontrar-se na síntese e exposição dos factos, neste caso, o historiador traça, com base em factos comprovados, uma imagem da realidade nem sempre condizente com a verdade: cria relações onde elas nunca existiram. 3. O caráter peculiar, isto é, axlológico, do objecto da história: Segundo Rocha, o objecto da história são fundalmente as acções humanas, aqui coloca-se problemas se essas acções são boas ou más ou serão elas algumas neutras, ou seja, nem boas, nem más. Tambem é colocada uma hipotese, se caso sejam más, questiona-se: será possível abstrair dessa faceta e encará-las apenas como factos? Se for possível, a história, quanto ao objecto, parecer-se-ia às ciências empíricas: ambas trias problemas de valores. Em suma: Para os axiologistas, tal como para os seus opositores, o objecto fundamental da história é o estudo das acções humanas. Estas, precisamente porque humanas, encerram propósitos e motivos. 4. A estrurura psicocultural do historiador. Neste ponto fala-se sobre a diferença entre o que merece ser narrado pelo historiador e o que deve ser omitido, este problema tem sido visto, como o anterior, numa forma objectivista e numa forma relativista. De acordo com W. Dray, estabeleceu uma postura imtermédia. A diferença entre o que merece ser narrado pelo historiador e o que deve ser omitido é analisada em fases: A. A selecção da matéria em geral: Primeiramente, o historiador se quiser fazer uma pesquisa de um determinado assunto, deve inicialmente seleccionar o periodo da história que pretende estudar e também devem seleccionar os documentos que lhe parecem válidos, entretanto de acorco com alguns autores estes procedimentos são menos adequados. Para os objectivistas, os critérios que obedece a selecção são puramente objectivos. Os objectivistas, no pensamento de Mandelbaum, defendem que o historiador só deve excluir do seu relato as acções humanas em facetas privadas. O problema da selecção não é so da história, de facto outras ciências enfretam estes problemas, cabe ao cientista ou historiador escolher os seus interresses, a sua importância, actualidade e oportunidade do assunto. Os axiologistas advogam que são insuficientes os critérios objectivos e sublinham que nao existe a igualidade entre a selecção nas ciências empíricas e na história. Logo, também dissem que não se selecciona apenas um problema a investigar. O historiador seleccionará a matéria de acordo com a importância que lhe reconhecer. B. De que género de importância se trata? Os antiaxiologistas concordam com a primeira forma de importância: instrumental ou causal. O axiologista J. Dewey concordou com este ponto de vista quando escreve: "não há história senão em termos de movimentação na direção de algum objectivo. Contudo, para os axiologistas, o problema não reside em o historiador utiliza o critério da importância instrumental ou causal ou se usa também o critério da importância intrínseca. Por exemplos, eles acreditam que o movimento óperario devrm ser considerados importantes pelo historiador.. Concluindo, oxiologistas reivindicam fortemente a utilização, pelo historiador, do critério da importância intrínseca ao lado do da importância causal. Concordamos com os oxiologistas, porque com a utilização de ambas importâncias, o historiador é que sairá a ganhar, isto é terá mais instrumentos. A causalidade histórica Na literatura Grega do século V A.C, a palavra causa foi empregada para indicar a causa de uma guerra ou de eventos semelhantes. Assim, etimologicamente, causa aparece ligada a acções humanas. Todavia, Hume propõe se defina causa apenas como aquilo que precede um feito. De facto, podemos constatar que a ideia da causa é usada de várias formas. Neste ponto debruça-se sobre o problema da causalidade histórica, levata-se várias questões, mais também há duas linhas antogónicas, que discutem em torno deste tema de extrema relevância. Começemos pela posição anticausalista, segundo Crane Brinton, refere que os historiadores rejeitam a noção de causa, entretanto Charles Beard opõe, dizendo que a sua aplicação envolve arbitrária delimitação no tempo e no espaço. Afirmamos que o termo causa é um termo com varios sentidos, pode-se usar de diversas formas e também em diversas ciências. Concluíndo, o historiador nao deve apresentear pensamentos de causalidadade porque a matéria histórica é tão complexa que ela nunca pode estar certo de haver encontrado a verdadeira causa. Portanto o grande problema da causa é quando os historiadores nunca saberão, duma vertente detalhada, o que causou a guerra civil após a independência de Moçambique. Na posição causalista, Filipe Rocha ilustrou alguns exemplos de afirmações causais: 1. As disputas industrias da década dos vinte foram, pelo menos, em parte, responsáveis pelas dificuldades económicas dos começos da década dos trinta; 2. A vaidade de Hitler explica a sua incapacidade de se aperceber de como era perigosa a situação da Alemanha após Estalinegrado. De facto, estas afirmações. aquilo que Aristóteles chamou de causa eficiente, causa, formal e causa final. O papel do individuo na história Para entendermos o papel do indivíduo na História, pode ser entendida da seguinte maneira e destacamos três : O papel histórico dos grandes homens, ou seja, dos individuos-herois e o papel histórico do homem-comum, figura anônima da comunidade humana, e o papel histórico da consciência humana, face as forças ditas objectivas, e o papel do homem individual e do homem coletivo. 1. O homem individual e o homem colectivo Possuem um papel determinante na história, enquanto que para os outros possuem um papel relevante importante. Outros a consideram que o individuo é mera manifestação de forças impessoais, seja a nação, a cultura, a sociedade ou até um papel de influência do indivíduo no processo histórico, embora de acordo com as grandes tendências históricas, ficando numa espécie de posição intermediária. 2. Os grandes homens Aqui vem se reflectir, como é natural quando temos dito acerca do papel do indivíduo na construção da história : também aqui aparecem as habituais posiçõescontrastadas. Plekhanov- têm se inclinado a encarar as actividades políticas dos grandes homens como a principal e quase a única mola da evolução histórica; para outros, as circunstâncias históricas gerais são mais fortes do que os individuos mais fortes. Outros finalmente, consideram unilaterais estas concepções e entendem que a ciência histórica deve ter em conta não só as actividades dos grandes homens e não só a história política, mas a vida histórica como um todo. A medida da influência das massas e das grandes personalidades na construção da história varia segundo os casos e as épocas da história. A difusão da cultura, aumenta a importância das massas e diminui a dos grandes homens. Antes, a actividade individual, agora a actividade e o trabalho de massas. Esta informação porém, não é inteiramente confirmada pelos factos. É verdade que um "talentozinho" que outrora, se importa sem dificuldades, hoje certamente muito terá que sair para que tal aconteça. Porém os gênios, aqueles que o são de verdade, ainda agora continuam a ser astros fundamentais da humanidade. 3.o acaso e a história S. Agostunjo e Bossuet, o aparecimento dos grandes homens tem a ver com os desígnios da providência <<não falemos de acaso>> nem de fortuna (...) Aquilo que é casual em relação as nossas perspectivas eterna que encerra todas as causas e todos os efeitos numa mesma ordem. Dessa forma o "grande homem " não é grande devido suas particularidades individuais que de terminariam as mudanças históricas e sim porque eles o tornaram mais capaz de satisfazer as necessidades sociais da época. O sentido da história Segundo Filipe Rocha página 337, existem pessoas que dividem que a história terá um sentido, ou pelo menos não admita a possibilidade de o homem o desconfiar. Para Fidel Geyl, uma das coisas mas importantes a reconhecer na história é a sua infinita complexidade, ele afirma aqui quando diz infinita quer realmente significar que não só só o número de fenômenos e acidentes, mas também a sua natureza obscura e imutável são de tal ordem que qualquer tentativa para os reduzir a uma relação fixa e a união esquema de validade absoluta ah mas não poderá levar que uma desilusão. Os sistemas panteístas sempre admitiram que universo não tem princípio nem fim, do modo semelhante, Nietzsche refere-se ao elemento do retorno do mesmo, desta feita acentua Berdialf a história não teria sentido, escreveu ele: a história do mundo e da humanidade só tem sentido se tiver também um termo. Poucos autores respondem negativamente a questão de haver sentido na história de entre aqueles que verdadeiramente cultivam a história. Para Polibio: ultrapassando os historiadores gregos que nada de explícito disseram a cerca desse, Polibio todos os acontecimentos que são dirigidos para um fim determinado.
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