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Licitação noções gerais e princípios.

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Licitação: noções gerais e princípios. 1
⚖
Licitação: noções gerais e 
princípios.
1. Introdução
A Administração Pública precisa valer-se de serviços e bens fornecidos por 
terceiros, razão por que é obrigada a firmar contratos (para realização de obras, 
prestação de serviços, fornecimento de bens, execução de serviços públicos, 
locação de imóveis) voltados ao interesse público.
A licitação tem objetivo de contornar riscos e não dar margem a escolhas 
impróprias, ou concertos escusos entre administradores públicos inescrupulosos e 
particulares, sendo um procedimento anterior ao próprio contrato, permite que 
várias pessoas ofereçam suas propostas, e, em consequência, seja escolhido a 
mais vantajosa para a Administração.
2. Conceito
Procedimento administrativo vinculado por meio do qual os entes da Administração 
Pública selecionam a melhor proposta entre as oferecidas pelos vários 
interessados, com dois objetivos – a celebração de contrato, ou a obtenção do 
melhor trabalho técnico, artístico ou científico.
Licitação: noções gerais e princípios. 2
3. Natureza Jurídica
Procedimento administrativo com fim seletivo, porque, o procedimento constitui um 
“conjunto ordenado de documentos e atuações que servem de antecedente e 
fundamento a uma decisão administrativa, assim como as providências necessárias 
para executá-la”.
É preciso que a Administração:
divulgue o que pretende selecionar e contratar
os interessados acorram com documentos e propostas
obedeça a um processo formal de escolha e assim por diante.
Tratando-se de ordenada sequência de atividades, fixadas suas regras, ao 
administrador cabe observá-las rigorosamente, salvaguardando o direito dos 
interessados e a probidade na realização do certame. Os parâmetros jurídicos 
relativos ao procedimento têm assento constitucional. Não pode a lei, autorizar 
Tribunais de Contas e Casas legislativas a sustar licitações, porquanto a 
Constituição não lhes confere tal atribuição.
4. Fontes Normativas
4.1 Fonte Constitucional
A Constituição anterior foi silente a respeito do tema, a vigente referiu-se 
expressamente à licitação.
De acordo com o art. 22, XXVII, é da competência privativa da União Federal 
legislar sobre:
“normas gerais de licitação e contratação, em todas as 
modalidades, para as administrações públicas diretas, 
autárquicas e fundacionais da União, Estados, DF e Municípios, 
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas 
públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 
173, § 1o , III”.
Princípio da obrigatoriedade da licitação. Art. 37, XXI, estabelece que, fora dos 
casos expressos em lei:
Licitação: noções gerais e princípios. 3
“as obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade 
de condições a todos os concorrentes”. 
Não pode a Administração abdicar do certame licitatório antes da celebração de 
seus contratos, salvo em situações excepcionais definidas em lei. Já se decidiu ser 
inadmissível lei de unidade federativa em que se permitia que pequenas empresas 
pagassem seus débitos tributários através de dação em pagamento de materiais 
para a Administração, já que a aquisição desses bens demanda licitação prévia.
Art. 37, caput - princípios da moralidade e da publicidade, e o art. 71, II e VI, que se 
refere ao controle externo de administradores incumbidos da gestão de dinheiros 
públicos.
Art. 173, § 1º - previu a edição de estatuto jurídico para empresas públicas e 
sociedades de economia mista, no qual, entre outras matérias, se incluiria a relativa 
a licitações e contratações.
4.2 Fonte Legislativa
4.2.1 Lei Básica
Lei nº 14.133, de 2021 - atual Estatuto de Licitações e Contatos (ELC).
Estabelece as normas gerais de licitação e contratação para as administrações 
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios (art. 1º).
Revogou expressamente a Lei nº 8.666/1993 (Estatuto anterior), a Lei do pregão e a 
Lei do regime diferenciado de contratações (RDC). Hoje, pois, há um diploma único 
que define as normas que se espraiavam nas leis revogadas (art. 193, II).
4.2.2 A Aplicabilidade Concomitante
Estatuto fixou a revogação das citadas após decorridos 2 anos de sua publicação 
(art. 193, II), mas admitiu que a Administração possa optar pela aplicação da lei 
nova ou das leis revogadas, devendo a opção estar indicada expressamente no 
edital.
Veda-se a aplicação combinada da lei nova com as leis revogadas (art. 191). O 
sistema é o da sucessividade.
Licitação: noções gerais e princípios. 4
5. Destinatários
É da competência da União Federal dispor sobre normas gerais em matéria de 
contratos e licitações, constituindo o limite do Estatuto em vigor. (art. 22, XXVII, CF).
Aos demais entes federativos competem editar normas específicas (que 
complementem a lei federal sem alterar seu conteúdo normativo). O Estatuto 
destina-se a entes estatais regidos pelo direito público, por isso, o art. 1º do Estatuto 
alude à União, aos Estados, ao DF e Municípios, no âmbito das quais se 
desempenha a função administrativa.
Incluem-se as autarquias e fundações de direito público (entes estatais 
administrativos), que integram a administração indireta das pessoas políticas.
A lei referiu-se a administrações fundacionais, sendo imprecisa. Já está consolidado 
o entendimento de que há fundações governamentais de direito público, modalidade 
de autarquia, e fundações governamentais de direito privado, sujeitas, em sua base, 
ao regime de direito privado. Estas últimas, empregando-se uma interpretação 
sistemática, não se submetem ao Estatuto (porém obedecem aos princípios 
administrativos gerais e edita regulamento simplificado). O Estatuto alude a órgãos 
dos Poderes (art. 1º, caput, I), mas se trata de meros compartimentos internos das 
unidades federadas.
Sujeitam-se também ao Estatuto as “entidades controladas direta ou indiretamente” 
pela Administração Pública. Nem sempre será fácil interpretar o que é o “controle 
indireto” a que se refere a lei.
É o caso dos serviços sociais autônomos (SENAI, SESI etc), que, embora recebam 
dinheiro público resultante de contribuições obrigatórias e tenham representantes 
governamentais em órgãos dirigentes, foram excluídos pelo TCU do âmbito de 
incidência do antigo Estatuto.
Não se incluem no regime do Estatuto as empresas públicas, as sociedades de 
economia mista e suas subsidiárias por serem pessoas privadas da administração 
indireta que exploram atividade econômica de produção ou comercialização de bens 
ou de prestação de serviços, as quais demandam normas mais flexíveis por seu 
caráter empresarial.
6. Fundamentos
6.1 Moralidade Administrativa
Licitação: noções gerais e princípios. 5
Derivado do art. 37, caput, da CF, este fundamento deve guiar toda a conduta dos 
administradores, em agir com lealdade e boa-fé no trato com os particulares.
A licitação objetiva prevenir eventuais condutas de improbidade por parte do 
administrador. Daí a vedação que se lhe impõe, de optar por determinado particular. 
Seu dever é o de realizar o procedimento para que o contrato seja firmado com 
aquele que apresentar a melhor proposta, porque, quando o administrador não 
favorece este ou aquele interessado, está, ipso facto, dispensando tratamento 
impessoal a todos.
6.2 Igualdade de oportunidades
Necessidade de proporcionar igualdade de oportunidades a todos quantos se 
interessam em contratar com a Administração, fornecendo seus serviços e, ou 
àqueles que desejam apresentar projetos. Cumpre, assim, permitir a 
competitividade entre os interessados.
7. Princípios
7.1 Princípio da legalidade
Ao administrador deve ele atuar baseado ao que impõe a lei, vedado a 
prevalência de sua vontade pessoal
Observa-se o procedimento traçado pela lei, junto as suas regras, aplicando o 
devido processo legal
Só deixe de realizar a licitação nos casos permitidos na lei
Verifique os requisitos de habilitação dos candidatos
Disponhaa alcançar os objetivos colimados, seguindo os passos dos 
mandamentos legais.
7.2 Princípios da moralidade, da impessoalidade e da 
probidade administrativa
Da moralidade - exige que o administrador se paute por conceitos éticos.
Impessoalidade - a Administração deve dispor do mesmo tratamento a todos os 
administrados na mesma situação jurídica.
Licitação: noções gerais e princípios. 6
Da probidade administrativa (art. 5°, Estatuto) - sendo na honestidade, boa-fé, 
moralidade por parte dos administradores.
7.3 Princípio da igualdade (isonomia)
Art. 5° da CF, direito fundamental.
A Administração deve dispensar idêntico tratamento a todos os administrados 
que se encontrem na mesma situação jurídica. O procedimento deve assegura 
“igualdade de condições a todos os concorrentes” (art. 37, XXI), garantindo 
igualdade condições, sendo estabelecidos requisitos para a competição pela 
Administração, submetido a todos.
7.4 Princípio da publicidade
A licitação deve ser amplamente divulgada, de modo a possibilitar o 
conhecimento de suas regras a um maior número possível de pessoas.
Quanto maior a propaganda, mais eficiente poderá ser a forma de seleção e 
mais vantajosa poderá ser a proposta vencedora. Os atos do Estado são atos 
públicos e devem ser franqueados a todos.
Conexo ao princípio da transparência (art. 5º) - efeito natural da publicidade.
7.5 Princípio da vinculação ao edital
As regras traçadas para o procedimento devem ser fielmente observadas por 
todos. Se a regra fixada não é respeitada, o procedimento se torna inválido e 
suscetível de correção na via administrativa ou judicial.
Decorre da natureza da licitação como procedimento vinculado e, portanto, 
insuscetível de mutações pela Administração. Obriga a Administração a 
observar suas próprias normas, o mesmo ocorrendo com os participantes, 
impedindo que surjam surpresas para os licitantes, prejudicando o caráter 
competitivo do procedimento.
Elemento garantidor da lisura do certame.
7.6 Princípio do julgamento objetivo 
Corolário do princípio da vinculação ao edital.
Os critérios e fatores seletivos previstos no edital devem ser inafastavelmente 
adotados para o julgamento
Licitação: noções gerais e princípios. 7
Evita-se qualquer surpresa para os participantes da licitação e julgamentos 
ditados por gosto pessoal ou favorecimentos.
Abrange os critérios de julgamento (art. 33, Estatuto). Se o edital prevê a 
seleção pelo critério do menor preço, não pode o administrador substituí-lo pelo 
de melhor técnica.
O julgamento subjetivo também pode se fazer presente como, por exemplo, no 
critério de melhor técnica.
7.7 Princípio da competitividade
Requer que o processo contenha competição, ou seja, que permita que dentre 
vários interessados possa a Administração apontar o mais adequado para o 
contrato. Correlato ao da isonomia (art. 11, II, Estatuto).
A licitação traduz procedimento eminentemente seletivo, a Administração 
escolhe aquele que, tendo vencido o certame, apresenta a proposta mais 
satisfatória para a futura contratação.
7.8 Princípios da eficiência, eficácia, economicidade 
e celeridade
Incluídos separadamente no art. 5º, desafiam comentário único.
Da eficiência – a Administração deve aprofundar-se no modo de atuar (modus 
faciendi), buscando soluções rápidas e resultados ajustados às necessidades 
administrativas. Demanda dos administradores que a licitação alcance sua 
finalidade, levando-se em consideração os meios a serem adotados para que o 
objetivo seja alcançado.
Da economicidade - obrigação do administrador de encontrar a melhor relação 
custo-benefício nas contratações administrativas, porquanto representam eles 
patrimônio inevitavelmente social.
Da celeridade - o procedimento deve ser seguido com a maior rapidez possível, 
para que sua atuação seja eficiente em virtude de seu modo de proceder e 
eficaz pelos meios empregados.
7.9 Princípio do interesse público
O alvo das relações envolve o interesse público (da sociedade), já que envolve 
as relações jurídicas entre o Estado e os indivíduos em geral. O sentido coletivo 
Licitação: noções gerais e princípios. 8
deve sobrelevar ao interesse individual.
7.10 Princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade
Deve-se conter as condutas administrativas contaminadas de abuso de poder, 
comportamentos que excedem as necessidades da função, simulações de 
legalidade para proporcionar um desvio de finalidade.
Vedam que haja excessos por parte do Poder Público.
7.11 Princípios da motivação e segurança jurídica
Da motivação - Deve haver referência expressa às razões que justificaram atos 
e decisões administrativas. Cabe a ele explicitar, os motivos que inspiraram sua 
conduta.
Inibindo a prática de arbitrariedades e obrigando-o a adotar postura de maior 
responsabilidade.
Da segurança jurídica - reflete o sentido de estabilidade, o administrado tem 
aptidão de conhecer não só os motivos da conduta administrativa, como 
também as fontes normativas de onde provieram os atos e decisões da 
Administração, dando garantia aos licitantes.
7.12 Princípio do planejamento
Defina-se os projetos a serem executados (etapas, cronogramas, modos de 
fazer etc)
Compete planejar as licitações, procurando sua necessidade, enquadramento, o 
prazo procedimental etc. Cumpre elaborar o plano anual de contratações e 
licitações (art. 12, VII, Estatuto).
7.13 Princípio da segregação de funções
Art. 5º do Estatuto.
A separação objetiva delinear as responsabilidades funcionais, fundamental 
para a boa administração. A sede desse princípio aloja-se nos sistemas de 
controle interno e na verificação das competências outorgadas aos 
administradores participantes do processo. Quanto mais ampla, mais seguro o 
Licitação: noções gerais e princípios. 9
controle sobre sua origem, seus resultados e sobre a atuação dos 
administradores.
7.14 Princípio do desenvolvimento nacional 
sustentável
Lei nº 12.349/2010 e art. 5° no Estatuto vigente.
Poder Público deve ponderar as consequências ambientais derivadas de 
qualquer decisão administrativa em face dos efeitos no campo econômico.
Os custos para o meio ambiente devem ser proporcionais aos benefícios 
econômicos, vantagens econômicas devem ser avaliadas em consonância com 
as matrizes de sustentabilidade protetoras do meio ambiente.

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