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MICROBIOLOGIA APLICADA A FARMÁCIA PROTOCOLO: PREPARAÇÃO DE MEIO DE CULTURA PROF : Mariana Sá ALUNO(A): Clébia Vieira da Silveira. RGM: 23276801 DATA: 11/04/21 1. OBJETIVO Neste experimento, você irá conhecer as diferentes necessidades nutricionais dos micro-organismos. Adicionalmente, o experimento desenvolve a habilidade de preparo dos meios de cultura utilizados em Laboratório clínico, desde a pesagem até o armazenamento final. Ao final deste experimento, você deverá ser capaz de: Preparar meios de cultura; Realizar o controle de qualidade dos meios de cultura; Identificar alterações nos meios de cultura; Aprender reportar o resultado visualizado dos controles de qualidade. 2. Onde utilizar esses conceitos? Saber preparar e realizar o controle de qualidade dos meios de cultura pré- requisito para o desenvolvimento de competências e habilidades experimentais que possibilitam o diagnóstico das infecções por bactérias e fungos. Além disso, o uso do meio de cultura adequado possibilita a identificação do agente etiológico. 3. O experimento Este experimento utilizará os seguintes insumos: kit de desinfecção de bancadas (almotolia com álcool e hipoclorito), meios desidratados e água destilada ou deionizada e instrumentos que servirão para auxiliar na execução da prática, como balança calibrada, vidrarias (proveta e Erlenmeyer), espátulas e materiais para vedação. 4. Segurança Nesta prática serão representados luvas, máscara e jaleco, também chamado de guarda pó. Apesar da prática não gerar um risco para o aluno, esses três equipamentos de proteção são essências para o ambiente de laboratório. As luvas evitarão um possível corte ou contaminação com agentes nocivos à pele. A máscara protege contra possíveis aerossóis e o jaleco protege o corpo como um todo. 5. Cenário O ambiente do experimento apresenta um bico de Bunsen em cima da bancada de trabalho, assim como os insumos e instrumentos. Você deverá selecioná-los e utilizá-los de modo a garantir a correta execução dos experimentos. Além disso, após a confecção do meio, o mesmo deverá ser autoclavado e levado para a capela de fluxo laminar. LEITURA COMPLEMENTAR - PREPARAÇÃO DE MEIO DE CULTURA As necessidades nutritivas dos micro-organismos são as mesmas de todos os seres vivos. Exigem fontes de energia e fontes de material plástico. A grande maioria das bactérias são quimiotróficas obtendo energia à custa de reações químicas, nas quais substratos adequados são oxidados. As litotróficas oxidam compostos inorgânicos, enquanto as organotróficas oxidam compostos orgânicos. No primeiro grupo estão as bactérias de importância industrial, enquanto no segundo estão as bactérias de importância médica. Além das fontes de energia para a continuidade da matéria viva, fontes de materiais plásticos como o carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e o fósforo são imprescindíveis para a nutrição dos micro-organismos. Os meios de cultura promovem condições artificiais para o crescimento de bactérias, entretanto, sua composição deve atender aos princípios abordados anteriormente. Contudo, diante da variedade de tipos nutritivos, podemos inferir que não existe um meio de cultura universal, ou seja, o que é exigido por uma bactéria X pode não ser o mesmo que a bactéria Y necessite. A composição química dos meios de cultura é muito importante para a recuperação do agente etiológico. Existem dois grandes grupos de meios de cultura: os sintéticos e os complexos. Além disso, o estado físico influencia, diretamente, o isolamento do micro-organismo, sendo necessário a utilização de meios sólidos para possibilitar a visualização de colônias. Para mais, é importante salientar que os meios de cultura podem ser classificados, por exemplo, como meios seletivos, de crescimento, enriquecidos e diferenciais. Alguns podem, ainda, apresentar características de mais de uma classificação. Outros fatores como condições ambientais (atmosfera e a temperatura de incubação), o pH e a presença de enzimas capazes de quebrar moléculas para uma melhor absorção de nutrientes dos meios de cultura também interferem diretamente na recuperação do agente etiológico. Portanto, as confecções dos meios devem seguir os protocolos adequados, além de um controle de qualidade criterioso NÁ PRÁTICA 1- Siga as instruções repassadas pelo professor(a) para entrada nos laboratórios virtuais. 2- Siga o passo a passo indicado em cada item. 3- Responda o questionário final virtual acompanhado pelo professor(a). 4- Preencha a atividade de sistematização ao final deste roteiro. 5- Na impossibilidade de trabalhar no laboratório virtual a opção é assistir os seguintes vídeos e, responderem o pós-teste no questionário via google forms (https://forms.gle/wXjFocpaXzpNAS4P6) https://www.youtube.com/watch?v=YJU3RkVPrsk&ab_channel=Jaquelin eScapinello https://www.youtube.com/watch?v=0Hw0fy3EGKA&ab_channel=Fernan doFreitas https://www.youtube.com/watch?v=PinkiJxymOw&ab_channel=Matheus Pontes Atividade de sistematização: Descreva com suas palavras a importância dos cuidados no preparo de meios de cultura, respondendo o que pode ocorrer se não existirem cuidados com o preparo? Responda também sobre a função dos meios de cultura e se todos são iguais? Finalize descrevendo o que é um meio seletivo? R: Os meios de cultura requerem cuidados para sua estocagem no laboratório após seu preparo, pois a função de cada um seus constituintes deve ser preservada, a fim de se garantir a obtenção de resultados confiáveis. Estar sempre atento aos rótulos dos meios de cultura deve ser regra básica! Consultar as quantidades a serem pesadas para o volume que será preparado, o modo de preparo (ferve? não ferve? autoclava? não autoclava?), o pH característico, são cuidados que não podem ser esquecidos jamais! Assim como na operação dos equipamentos do laboratório, os manuais destes devem ser nossos constantes aliados, os rótulos dos meios de cultura, são nossas fiéis fontes de consulta e orientação! Sobre como cuidar dos meios de cultura depois que os preparamos em nossos laboratórios, seguem algumas dicas importantes: A água utilizada para o preparo de meios de cultura deve ser sempre de boa qualidade: destilada, purificada ou deionizada! Para o preparo de meios de cultura que contém ágar: após pesagem dos pós, água destilada deve ser adicionada e, com bastão de vidro, deve-se proceder a https://forms.gle/wXjFocpaXzpNAS4P6 https://www.youtube.com/watch?v=YJU3RkVPrsk&ab_channel=JaquelineScapinello https://www.youtube.com/watch?v=YJU3RkVPrsk&ab_channel=JaquelineScapinello https://www.youtube.com/watch?v=0Hw0fy3EGKA&ab_channel=FernandoFreitas https://www.youtube.com/watch?v=0Hw0fy3EGKA&ab_channel=FernandoFreitas https://www.youtube.com/watch?v=PinkiJxymOw&ab_channel=MatheusPontes https://www.youtube.com/watch?v=PinkiJxymOw&ab_channel=MatheusPontes homogeneização. Recomenda-se deixar a solução em repouso por cerca de dez minutos para garantir a hidratação do ágar, e então aquecer até fervura. O tempo indicado para aquecimento e fervura do meio de cultura varia de acordo com o tipo e marca comercial. Portanto, lembremos da regra de ouro: Atenção ao rótulo! A dica mais valiosa no preparo de meios de cultura que contém ágar, sem dúvida, é deixar o pó hidratando os 10 minutos antes do aquecimento! Observe aí no seu laboratório como o meio de cultura vai ficar mais homogêneo, solidificar mais rápido na placa e não vai dar grumos se você seguir esse “conselho”! Os meios de cultura, depois de preparados, podem ser estocados em geladeira (4-12°C) por até 3 meses, ou à temperatura ambiente (até 25°C) por até 30 dias. Alguns meios, como por exemplo o DRBC, contém substâncias fotossensíveis, e por isso precisam ser acondicionados em frascos âmbar ou estarenvoltos papel alumínio para ficarem protegidos da luz. Meios de cultura distribuídos em placas (utilizados em técnicas pour plate): o plaqueamento destes meios deve ser feito dentro de capela de fluxo laminar. Claro que as placas de petri utilizadas devem ser previamente esterilizadas. Depois que o meio for adicionado à placa, é necessário que esta seja mantida entreaberta (com a tampa cobrindo somente sua metade), até que o meio solidifique, assim evita-se a formação de condensado e acúmulo de umidade. Quando o meio estiver sólido, as placas podem ser agrupadas e devem ser envoltas em filmes plásticos, ou acondicionas em sacos plásticos, e armazenadas em geladeira até o momento do uso. Recomenda-se utilizar estas placas em até uma semana. Meios que requerem suplementação: a adição de suplementos aos meios de cultura, quando requerida, deve ser feita com estes a temperaturas em torno de 47 +/- 2°C. Meios de cultura suplementados não devem ser reaquecidos, por isso, a suplementação deve acontecer no momento do plaqueamento. Fusão de ágar: Meios de cultura sólidos não devem ser fundidos mais de uma vez, pois o superaquecimento destes pode provocar alterações de pH e em seus constituintes. Uma boa “tática” é fracionar em frascos menores e utilizar parte do preparado no mesmo dia, mantendo a quantidade a ser usada líquida (46-48°C, por até 4 horas), e o que sobrar, guardar, sob refrigeração ou à temperatura ambiente, conforme já mencionamos, refundido-o apenas mais uma vez, quando for necessário. Quando adicionar o meio de cultura às placas de petri, evite agitá-lo com vigor, pois as bolhas que se formar dificultam a leitura das colônias, e também podem interferir no desenvolvimento dos microrganismos.