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Kawanny Arruda, Medicina - FITS. FARINGOTONSILITES São doenças inflamatórias e infecciosas que envolvem: faringe + tonsilas palatinas (amígdalas) + tonsilas faríngeas (adenoides). ADENOIDITE Seria uma inflamação das tonsilas faríngeas, nas adenoides. Estão localizadas na região póstero-superior da nasofaringe. ADENOIDITE AGUDA: Quadro muito difícil de diferenciar de Infecção de via aérea superior (IVAS), ou mesmo de rinossinusite bacteriana. Apresenta-se com febre, rinorreia, obstrução nasal e roncos, que desaparecem com o término do processo. Podem desenvolver: otite, sinusite e laringite. O que é? Inflamação normalmente provocada por infecção no tecido da tonsila faríngea Causas Vírus (adenovírus e rinovírus → hiperemia e febre baixa e constante) e bactérias → a febre é mais alta, são purulentas (S. pneumoniae, H. influenzae). Epidemiologia Maior prevalência em crianças de 0 a 6 anos as ocorrências diminuem dos 6 aos 15 anos Tratamento Antibiótico e corticóide Quando recorrente é estudado o caso de adenoidectomia. Geralmente, voz anasalada → amigdalite; voz hiponasal → adenoidite (respirando pela boca). ADENOIDITE AGUDA RECORRENTE: 4 ou mais episódios de adenoidite aguda em 6 meses. Pode ser muito difícil de diferenciar de sinusite aguda. ADENOIDITE CRônica: Rinorreia constante, halitose, secreção em orofaringe e congestão crônica podem significar adenoidite crônica, que é difícil diferenciar de sinusite crônica. ★ Geralmente está associada com Otite Média Secretora (OMS); ★ Pode ser causada por refluxo gastroesofágico (RGE); HIPERPLASIA ADENOIDEANA: Obstrução nasal crônica (com roncos e respiração bucal), rinorréia e voz hiponasal. AMIGDALITE Seria uma inflamação das tonsilas palatinas. Estão localizadas lateralmente na nasofaringe. AMIGDALITE AGUDA: Febre, dor de garganta, disfagia, adenomegalia cervical com hiperemia de amígdalas, podendo haver exsudatos → associar a bactéria. AMIGDALITE AGUDA RECORRENTE: 7 episódios em 1 ano, 5 episódios por ano em 2 anos consecutivos ou 3 episódios por ano em 3 anos consecutivos. AMIGDALITE CRÔNICA: Dor de garganta crônica, halitose, cálculos amigdalinos excessivos, edema periamigdaliano e adenopatia cervical amolecida persistente. HIPERPLASIA AMIGDALIANA : Roncos, apneia obstrutiva do sono, disfagia, voz hipernasal. Em casos extremos (obstrução nasal + Kawanny Arruda, Medicina - FITS. intensidade do quadro agudo) pode causar insuficiência respiratória aguda. AMIGDALITE AGUDA INESPECÍFICA: ➔ Inflamações aguda das tonsilas palatinas; ➔ Acomete crianças (recorrente dos 3 aos 5 anos) e adultos; ➔ Podem ser: 1. Eritematosa ou congestiva; 2. Eritemato-pultáceas com exsudato; 3. Ulcerosas; 4. Pseudomembranosas. QUADRO BACTERIANO QUADRO VIRAL ➔ Estreptococos β-hemolítico do Grupo A (S. pyogenes). ➔ Sintomas aparecem rapidamente ➔ Dor na garganta bem acentuada. ➔ Febre elevada ➔ Herpes simples (HSV), influenza, adenovírus, citomegalovírus. ➔ Sintomas aparecem lentamente e de maneira discreta. ➔ Quadro catarral nasal prévio. ➔ Febre baixa. ESÔFAGO É um tubo muscular distensível oco que vai desde a epiglote até a junção gastroesofágica que fica acima do diafragma. Possui também adventícia ( não está citada na imagem). SINTOMAS MAIS COMUNS Pirose; Dor retroesternal; Disfagia; Regurgitação; Globus; Hematêmese; Disfagia progressiva; Obstrução; Emagrecimento DIVERTÍCULO DE ZENKER (faringoesofágico) Divertículos: dilatações circunscritas da parede esofágica, são saculações → são formadas pela protrusão de uma ou mais camadas da parede esofágica. ★ Divertículos verdadeiros: todas as camadas da parede esofagiana fazem a protrusão; ★ Divertículos falsos: apenas mucosa e submucosa. ★ Podem ser congênitos ou adquiridos. Local mais comum de aparecer os divertículos: 1. Abaixo do esfíncter esofágico superior,a porção mediana e posterior da hipofaringe⇒ é o Divertículo de Zenker ⇒ mais comum e mais frequente em idosos⇒ é formado numa área de fragilidade conhecida como triângulo de Killian. Incoordenação entre o relaxamento do esfíncter esofagiano superior (EES) e a contração da faringe promove um aumento da pressão na luz do esôfago ⇒ posterior herniação da mucosa e submucosa através de uma área anatômica conhecida como triângulo de Killian. Divertículo de Zenker: Forma sacular ou de garrafa; Mede poucos centímetros; Corpo voltado para baixo; Evidente na radiografia; Duas vezes mais comuns em homens; Predomínio na quinta década de vida; As manifestações vão variar com o tamanho da lesão e com as complicações: Kawanny Arruda, Medicina - FITS. ★ regurgitação, disfagia, aspiração pulmonar, sensação de corpo estranho, sialorréia, sussurro, “cacarejo de galinha”, tosse, obstrução, desnutrição, emagrecimento. HÉRNIA DE HIATO É quando ocorre uma passagem de parte do conteúdo abdominal para a cavidade torácica através do hiato diafragmático. ➔ Em outras palavras: “pedaço do estômago (tecido conjuntivo frouxo) indo para o esôfago (epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado) ➔ É mais comum nas mulheres; ➔ Aumenta com a idade⇒ 85% dos casos após os 45 anos. ➔ Obs: na maior parte dos casos, a porção herniada não fica de forma permanente acima do diafragma. B. Hérnia paraesofágica (por rolamento). C. Hérnia por deslizamento. TIPOS DE HÉRNIA DE HIATO ★ Tipo I ou esôfago curto: traciona o estômago para a cavidade torácica. ★ Tipo II: é a hérnia paraesofágica ou por rolamento: o estômago está na posição normal, mas parte do fundo gástrico e as vezes do omento penetra no tórax (a porção distal do esôfago mantém-se abaixo do diafragma)→ pode provocar dor parecida com isquemia do miocárdio. Se volumosa ⇒ encarceramento (pode ser letal); ★ Tipo III: é a hérnia esofagogástrica ou por deslizamento, é a MAIS COMUM. A porção subdiafragmática do esôfago e parte do estômago entram no tórax; ★ Tipo IV: tem herniação do estômago + de outros órgãos também (baço, intestino). ETIOPATOGÊNESE (TIPO II e III) Associa-se com fator primário (enfraquecimento dos músculos em torno do hiato diafragmático, mais comum após os 40 anos) e fator secundário (aumento da pressão intra-abdominal devido a obesidade, tosse, vômitos, gravidez, ascite). Podem ser sintomáticas ou não. Complicação comum: doença pulmonar crônica decorrente de regurgitação e aspiração noturna. Tríade de Saint: hérnia de hiato + diverticulose do cólon + colelitíase. VARIZES ESOFÁGICAS Varizes esofágicas são dilatações circunscritas e permanentes das veias esofágicas principalmente dos plexos venosos submucoso e adventicial periesofágico, quase sempre adquiridas e secundárias a hipertensão portal⇒ ou seja, doenças que impedem fluxo sanguíneo portal. ★ É mais utilizada endoscopia para sua detecção; Kawanny Arruda, Medicina - FITS. ★ As varizes de esôfago podem ser isoladas ou atingir também o estômago. ★ Se desenvolvem, na grande maioria dos pacientes cirróticos, mais comumente associadas a doença hepática alcoólica. Por todo o mundo, a esquistossomose hepática é a segunda maior causa de varizes. ★ As varizes frequentemente são assintomáticas, mas a sua ruptura pode levar a hematêmese maciça e morte. Portanto, a ruptura das varizes constitui uma emergência médica. É uma emergência que pode ser tratada com medicamentos ⇒ indução da vasoconstrição esplâncnica. Mas também pode ser feita endoscópia ⇒ através da escleroterapia (injeção de agentes trombóticos), tamponamento por balão ou ligação de varizes. C) Varizes colapsadas. (D) Varizes dilatadas sob a mucosa escamosa intacta. ACALÁSIA É um distúrbio esofágico neurogênico. Ele afeta o funcionamento do esfíncter esofágico inferior, a cárdia ⇒ com isso, há dificuldade de passagem de alimento do esôfago para o estômago⇒ pode evoluir para dilatação esofágica. ACALÁSIA PRIMÁRIA ★ Fruto da degeneração dos neurônios inibidores esofágicos distais ⇒ Consequências: aumento do tônus, falta de capacidade de relaxamento do esfíncter esofágico inferior e aperistalse esofágica. ★ Podem ocorrer alterações degenerativas no nervo vagoextraesofágico ou no núcleo motor dorsal do vago; ★ É idiopática; ACALÁSIA SECUNDÁRIA ★ Pode surgir na Doença de Chagas⇒ infecção por Trypanosoma cruzi⇒ destruição do plexo mioentérico, falha no peristaltismo e dilatação esofágica. TRATAMENTO: DILATAÇÃO ESOFÁGICA Terapia não cirúrgica que passa um balão no esôfago, por endoscopia, para abrir o esfíncter inferior do esôfago e dilatar o EEI. Em grande parte das vezes o procedimento tem de ser repetido; TOXINA BOTULÍNICA Pequenas quantidades de toxina botulínica são injetadas no EEI.. Como o efeito é temporário, a repetição das injeções são quase sempre necessárias. FARMACOLÓGICO Certos medicamentos podem ajudar aqueles pacientes que não podem tolerar a cirurgia e não têm sucesso com a terapia botulínica. Ex.: nitratos e bloqueadores dos canais de cálcio CIRÚRGICOS esofagomiotomia de Heller ESOFAGITE Esofagites podem ser causadas por agentes físicos e químicos, ter origem infecciosa ou resultar da extensão de doenças sistêmicas. ★ Esofagites infecciosas podem ser causadas por bactérias, vírus e fungos. ★ As demais esofagites fazem parte de doenças crônicas, têm evolução geralmente insidiosa, nem sempre são sintomáticas e manifestam-se na fase tardia da doença. ★ Você diferencia pelo padrão histológico. Crônico? fibroses, linfócitos. Kawanny Arruda, Medicina - FITS. ESOFAGITE AGUDA Podem ser causadas por: ★ Bactérias: estafilococos, estreptococos, salmonelas etc; ★ Vírus: influenza, herpes, citomegalovírus; ★ Fungos: candida, aspergillus; ★ Alimentos quentes ou irritantes, substâncias cáusticas e traumatismos (sondas); A inflamação pode ainda ser circunscrita ou difusa, adquirindo aspectos catarral, fibrinoso, purulento e/ou ulcerativo. ESOFAGITE POR CANDIDA Pode ser assintomática, sendo reconhecida somente a necropsia. Infecção comum em indivíduos imunocomprometidos através de: 1. Quimioterapia para neoplasias malignas; 2. Uso de imunossupressores em receptores de transplante; 3. AIDS. Mas ela também pode acontecer em pacientes diabéticos ou após tratamento com antibióticos ⇒ eles facilitariam a proliferação dos fungos. 75% dos pacientes com candidíase oral e 25% com infecção viral (citomegalovírus, herpes) acompanham-se de esofagite por candida. Caso seja sintomática, os sintomas são: ★ Disfagia; ★ Odinofagia (principalmente!!!); ★ Dor irradiando para as costas; ★ Hemorragia. As lesões ocorrem sobretudo nos terços médio e distal do esôfago⇒ a mucosa fica elevada, nodulosa, e com placas ou pseudomembranas brancacentas (na endoscopia) ou com ulcerações circundadas por halo hiperêmico. (A) Grau I; (B) Grau II; (C) Grau III e (D) Grau IV. Em certos casos, é muito difícil distingui-la da esofagite de refluxo ou herpética. ESOFAGITE HERPÉTICA Causada pelo vírus Herpes simplex e transmitida por contato direto. Acontece principalmente em indivíduos com neoplasias malignas, especialmente linfomas e leucemias, em pacientes com doenças crônicas ou em receptores de transplante de órgãos. ★ Quando bem desenvolvidas, as lesões são semelhantes às encontradas na candidíase. Infecção pelo vírus Herpes simplex. A. Esofagite herpética. Erosão do epitélio, no qual se encontram numerosas células infectadas pelo vírus. B. Inclusões nu cleares (imuno-histoquímica). ESOFAGITE POR CMV Reflete geralmente doença viral sistêmica que afeta indivíduos imunossuprimidos. A infecção causa ulcerações superficiais na mucosa que podem estender-se à cavidade oral, tornando a deglutição dolorosa. Kawanny Arruda, Medicina - FITS. ESOFAGITE EOSINOFÍLICA Se tem uma infiltração de eosinófilos na mucosa do esôfago ⇒ essencial para diagnóstico. A causa é desconhecida, mas é mais comum em homens com história de asma, impactação alimentar e disfagia. ★ As lesões podem comprometer o terço distal ou a porção proximal do órgão. ★ Em alguns casos, infiltração eosinofílica ocorre também em outros locais, como estômago e/ou cólon; quando presente próximo à junção esofagogástrica, principalmente em crianças, impõem-se o diagnóstico diferencial com doença de refluxo gastroesofágico → tem menor número de eosinófilos. ★ Para o diagnóstico, são necessários pelo menos 15 ou mais eosinófilos por campo de grande aumento. Numerosos eosinófilos na intimidade do epitélio escamoso. A, Espécime pós-morte, com diversas úlceras herpéticas sobrepostas no esôfago distal. B, Células escamosas multinucleadas contendo inclusões nucleares do herpesvírus. C, Células endoteliais infectadas pelo citomegalovírus, com inclusões nucleares e citoplasmáticas. ESOFAGITE CORROSIVA Causas mais comuns: álcalis fortes ou detergentes. Acontecendo principalmente em menos de 5 anos (ingestão acidental) ou em adultos com propósito suicida. Menos frequente: ácidos fortes. ➔ Os agentes corrosivos mais comuns são: soda cáustica, fenol, lisol, cresol, permanganato de potássio e ácidos sulfúrico, clorídrico, acético ou nítrico. ➔ Álcalis → mais viscosos → caminham mais lentamente pelo esôfago, produzindo lesões mais extensas e profundas. ESOFAGITE química, por radiação e infecciosas: ★ Infiltrados densos de neutrófilos estão presentes na maioria dos casos, mas podem estar ausentes nas lesões induzidas por químicos (lixívia, ácidos ou detergentes), o que pode resultar em necrose total da parede esofágica. ★ A ulceração geralmente é acompanhada pela necrose superficial com tecido de granulação e fibrose eventual. ★ A irradiação esofágica causa lesões similares àquelas observadas em outros tecidos e inclui proliferação da íntima e estreitamento da luz de vasos sanguíneos submucosos e murais. ★ O dano na mucosa é, em parte, secundário a essa lesão vascular induzida por radiação. ESOFAGITE CRÔNICA Podem ser provocadas por estase alimentar (estenose ou compressão do esôfago, megaesôfago etc.). Principais alterações: ➔ Infiltrado inflamatório de mononucleares, hiperplasia do epitélio e graus variados de fibrose na parede. ➔ Esofagites crônicas específicas (tuberculose, sífilis etc.) são raras. ESOFAGITE POR REFLUXO É uma das principais consequências da DRGE. Principais achados: Kawanny Arruda, Medicina - FITS. ★ Suco gástrico ⇒ descamação ⇒ regeneração epitelial ⇒ hiperplasia da camada basal. ★ Com a agressão acidopéptica ⇒ desequilíbrio entre perda e regeneração ⇒ atrofia progressiva do epitélio escamoso + aumento das papilas conjuntivas ⇒ facilita contato de suco gástrico com lâmina própria ⇒ estimula quimiorreceptores e fibras nervosas. As manifestações clínicas mais importantes são queimação epigástrica e retroesternal, aliviada por antiácidos, dor epigástrica, eructação, regurgitação (principalmente noturna), odinofagia, disfagia para alimentos sólidos, hemorragia e salivação abundante. ➔ Tais manifestações aparecem sobretudo após ingestão de álcool ou alimentação, especialmente com alimentos condimentados, produtos cítricos, gorduras e chocolate. ESÔFAGO DE BARRETT É a troca do epitélio estratificado escamoso normal no terço distal do esôfago por epitélio colunar metaplásico do tipo intestinal⇒ fala-se em alterações na diferenciação de células-tronco da camada basal do epitélio escamoso do estôfago distal⇒ originando glândulas intestinais metaplásicas. ★ O gatilho para isso? refluxo gastroesofágico; ★ É mais comum em homens e acima de 50 anos; ★ Obesidade e ser caucasiano também é fator de risco; ★ Associado a esofagite de refluxo de longa duração → em 20% dos pacientes; SUAS COMPLICAÇÕES: ➔ Úlcera péptica (muitas vezes é profunda) ⇒ pode ser fruto de refluxo de secreção duodenal; ➔ Risco de malignização. ➔ Quando a displasia está presente, ela é classificada como de baixo grau ou de alto grau. A) Esôfago de Barrett: mucosa do esôfago substituída em parte por epitélio metaplásico intestinal → tem muitas células caliciformes. Na base da lesão, se tem glândulas mucossecretoras de padrão gástrico e epitélio escamoso. B) Células caliciformes em azul e mucossecretoras de padrão gástrico em magenta. DISPLASIA O EB apresenta frequência de displasia do epitélio colunarmetaplásico ⇒ é uma lesão precursora do adenocarcinoma do esôfago ⇒ pode evoluir para adenocarcinoma do esôfago. ★ Nem sempre as lesões displásicas são sintomáticas. ★ Biópsia para afirmar ou não displasias. A) Transição abrupta da metaplasia de Barrett para displasia leve (seta). Note a estratificação nuclear e a hipercromasia. B) Irregularidades arquiteturais, incluindo glândula-dentro de glândula ou cribriforme, observadas em displasia de alto grau Esôfago de Barrett com displasia. Túbulos glandulares com alterações arquiteturais e atipias citológicas. NEOPLASIAS DO ESôFago As neoplasias malignas no esôfago são muito mais comuns do que as benignas⇒ lesões diagnosticadas tardiamente. Kawanny Arruda, Medicina - FITS. ➔ O câncer metastático constitui 3% dos cânceres esofágicos. ➔ O melanoma e o câncer de mama são os que, mais provavelmente, apresentam metástase para o esôfago. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS O tumor maligno mais comum nos dois terços proximais do esôfago; Carcinoma de células escamosas infiltrante e ulcerado no terço inferior do esôfago. C. Aspecto histológico do tumor mostrado em B, que é formado por massas de células escamosas com ceratinização. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DO CA DE ESÔFAGO: ★ Tem evolução silenciosa, sem manifestações clínicas por muito tempo; quando diagnosticado, geralmente apresenta-se em fase avançada. ★ As manifestações clínicas principais são dor, disfagia progressiva, vômitos, hemorragia digestiva e perda de peso. ★ A propedêutica do câncer do esôfago inclui, além do exame clínico, exames de imagem, endoscopia e biópsia. ★ Quando o tumor é diagnosticado na fase inicial, a possibilidade de cura por meio de cirurgia endoscópica (mucosectomia ou dissecção da submucosa) é alta. ★ A neoplasia de pior prognóstico é o carcinoma de células escamosas avançado. ADENOCARCINOMA É o mais comum no terço distal. ➔ Sua incidência é crescente, representando cerca de 50% dos carcinomas esofágicos em brancos. ➔ É 4 vezes mais comum entre brancos que em pretos. ➔ Esôfago de Barrett associado a esofagite de refluxo é a principal condição de risco para adenocarcinoma do esôfago. Adenocarcinoma em esôfago de Barrett invadindo o fundo gástrico. B. Aspecto histológico do tumor mostrado em A, que é constituído por glândulas atípicas revestidas por células mucossecretoras. Os tumores malignos menos comuns incluem carcinoma de células fusiformes (uma variação pouco diferenciada do carcinoma espinocelular), carcinoma verrucoso (uma variante bem diferenciada do carcinoma espinocelular), pseudosarcoma, carcinoma mucoepidermoide, carcinoma adenoescamoso, cilindroma (carcinoma cístico adenóide), carcinoma primário de células pequenas, coriocarcinoma, tumor carcinoide, sarcoma e melanoma maligno primário. A, Adenocarcinoma esofágico constituído por glândulas encostadas umas às outras (back to back). B, Carcinoma de células escamosas composto por ninhos de células malignas que imitam, parcialmente, a organização do epitélio escamoso Kawanny Arruda, Medicina - FITS. EXTRA ESOFAGITE POR CANDIDA: Presença de placas amarelo-esbranquiçadas distribuídas difusamente. ESOFAGITE HERPÉTICA: Ulcerações com bordas elevadas, dando aspecto de bordas em vulcão. Na herpes faz-se a biópsia no halo da lesão (Herpes – Halo). Já no CMV, faz-se a biópsia no Centro da lesão. ESOFAGITE POR CMV Úlceras normalmente são únicas, planas e profundas. Na biópsia do centro da lesão pode ser visualizado corpúsculos de inclusão, que parecem olhos de coruja. ESOFAGITE EOSINOFÍLICA Traqueinização do esôfago: presença de anéis esofágicos concêntricos lembrando uma traqueia, depressões lineares e exsudatos puntiformes.
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