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Prof. Edson Ribeiro 
 
 
 
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 É com imensa alegria que organizo este 
material, para tratar de assuntos inerentes à nossa 
querida Língua Portuguesa, tendo como foco os 
principais concursos de Rondônia e do país. 
 Inicialmente farei minha apresentação 
para que me conheçam e me permitam conhecê-
los também. Meu nome é Edson Ribeiro, vascaíno 
sofredor, capixaba de nascimento e rondoniense 
de coração, que desde 2003 exerce o cargo de 
Escrivão de Polícia Federal, atualmente lotado na 
Delegacia de Vilhena. 
 Oriundo de família humilde, por orientação 
de meus queridos pais e meus magníficos 
professores, vi no estudo a melhor maneira de 
vencer na vida. E venci! Por isso terei a maior 
satisfação em participar do crescimento de todos 
vocês, como forma de reconhecimento e de 
continuidade ao trabalho que meus mestres 
desenvolveram no passado. 
 Iniciei minha trajetória cedo, aos dezoito 
anos fiz dois concursos: Auxiliar Administrativo de 
uma Prefeitura do interior e Agente Censitário 
Municipal do IBGE, passei em 1º lugar nos dois. 
Surgiu, então, um apaixonado por concursos 
públicos. 
 A partir daí, prestei 27 (vinte e sete) provas 
de concursos, em um período de cinco anos, entre 
nível médio e superior. Desse total, passei em 24 
(vinte e quatro) dentro das vagas ou no topo do 
cadastro reserva. De Carteiro, Técnico Bancário, 
Fiscal Tributário, Analista Judiciário da Justiça 
Federal, Comissário de Menores a Escrivão de 
Polícia Federal, de onde não pretendo mais sair, 
passei por diversos órgãos e funções. Isso me deu 
condições de poder reconhecer o que 
normalmente é cobrado nos concursos e como 
devemos estudar. Estudar para concurso não é 
estudar muito, é estudar da maneira certa. 
 Já minha experiência na condição de 
professor de curso preparatório se iniciou em 
decorrência do destaque na faculdade e do 
sucesso nas provas de concursos. Fui convidado a 
ministrar a primeira aula em cursinhos em 2001, 
quando ainda estava na faculdade, o que fiz com 
amor e dedicação; e conquistei, com qualidade nas 
aulas e muito carisma em sala, posição de 
destaque no estado. 
Desde o ano de 2001, venho auxiliando 
vários candidatos a conseguirem suas tão 
sonhadas vagas no serviço público. Ao longo 
desses 12 (onze) anos, trabalhei exclusivamente 
em cursos preparatórios, ajudando na aprovação 
de milhares de candidatos, dentre os quais posso 
destacar servidores do IBAMA, Agentes 
Penitenciários Federais, Auditores Fiscais Estaduais 
e Federais, Policiais Militares, Policiais Civis, 
Policiais Rodoviários Federais e inúmeros outros. 
Pois bem, agora que me apresentei, vou 
falar um pouco de minha metodologia e de como o 
curso será estruturado. Tudo bem? Vamos lá, 
então! 
 
METODOLOGIA E ESTRUTURA DO CURSO 
 
 Como sempre estudei por livros e 
apostilas, sem condições de ter aulas presenciais 
de qualidade ou em horários compatíveis, valorizo 
muito o material escrito. Por isso, tento escrever 
em uma linguagem clara, a fim de passar aos meus 
alunos o conteúdo da forma mais fácil possível, 
pois me lembro de como era difícil entender alguns 
livros cheios de teorias vazias, o que tornava muito 
abstrato e cansativo, bem como algumas apostilas 
cheias de erros e de conceitos muitas vezes 
ultrapassados. Meu objetivo será simplificar, sem 
perder a qualidade. 
 Não quero, com isso, dizer que os livros 
não sejam necessários. Eles são, porém o estudo 
fica lento, já que há muita teoria neles que não são 
cobradas em concursos, tendo o aluno que filtrar o 
que realmente é interessante. Neste curso já 
faremos a filtragem e entregaremos somente o 
 
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que há de melhor. Portanto, nosso trabalho será 
direcionado e totalmente focado naquilo que tem 
caído nas provas. 
 Feitas as considerações iniciais, passemos à 
nossa primeira aula: 
 
MÓDULO 01 
 
Níveis de Análise da Língua 
Vamos começar o nosso estudo fazendo 
uma distinção entre três níveis de análise da Língua 
Portuguesa. Afinal, você não pode ficar 
“inventando moda” na hora de estudar e se 
confundir todo. Então, fique ligado nessa 
diferença: 
I. Nível Fonético / Fonológico: 
Estuda a produção e articulação dos sons da língua. 
II. Nível Morfológico: 
Estuda a estrutura e a classificação das palavras. 
III. Nível Sintático: 
Estuda a função das palavras dentro de uma 
sentença. 
IV. Nível Semântico: 
Estuda as relações de sentido construídas entre as 
palavras. 
 
Na Semântica, estudaremos, entre outras 
coisas, a diferença entre linguagem de sentido 
denotativo (ou literal, do dicionário) e linguagem 
de sentido conotativo (ou figurado). 
Ex. Rosa é uma flor. 
05. Morfologia: 
Rosa: substantivo; 
Uma: artigo; 
É: verbo ser; 
06. Sintaxe: 
Rosa: sujeito; 
É uma flor: predicado; 
Uma flor: predicativo do sujeito. 
07. Semântica: 
Rosa pode ser entendida como uma pessoa ou 
como uma planta, depende do sentido. 
Vamos, a partir de agora, estudar as 
classes de palavras. Precisamos de uma base sólida 
para podermos progredir. 
 
Morfologia - 10 Classes de Palavras 
Antes de mergulhar nas conceituações, 
vamos fazer uma tabela para facilitar o nosso 
estudo: Classe e Exemplo. 
01. Artigo: 
O, a, os, as, um, uma, uns, umas. 
02. Adjetivo: 
Legal, interessante, capaz, brasileiro, 
francês 
Fique Ligado 
Preste muita atenção à 
morfologia, pois, sem 
ela, não é possível 
progredir no estudo do 
Português! 
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03. Advérbio: 
Muito, pouco, bem, mal, ontem, 
certamente 
04. Conjunção: 
Que, caso, embora 
05. lnterjeição: 
Ai! Ui! Ufa! Eita 
06. Numeral: 
Sétimo, vigésimo, terço 
07. Preposição: 
A, ante, até, após, com, contra, de, desde, 
em, entre 
08. Pronome: 
Cujo, o qual, quem, eu, lhe 
09. Substantivo: 
Mesa, bicho, concursando, Pablo, José 
10. Verbo: 
Estudar, passar, ganhar, gastar 
Artigo 
O artigo é a palavra variável que tem por 
função individualizar algo, ou seja, possui como 
função primordial indicar um elemento, por meio 
de definição ou indefinição da palavra que, pela 
anteposição do artigo, passa a ser substantivada. 
Os artigos se subdividem em: 
a) Artigos definidos 
b) o, a, os, as - porque definem o 
substantivo a que se referem. 
Veja o exemplo: 
Ex.: Hoje à tarde, falaremos sobre a aula da 
semana passada. 
Segundo exemplo: 
Ex.: Na última aula, falamos do conteúdo 
programático. 
b) Artigos indefinidos 
um, uma, uns, umas porque indefinem o 
substantivo a que se referem. 
Veja o exemplo: 
Ex.: Assim que eu passar no concurso, eu 
irei comprar um carro. 
Segundo exemplo: 
Ex.: Pela manhã, papai, apareceu um 
homem da loja aqui. 
É importante ressaltar que os artigos 
podem ser contraídos com algumas preposições 
essenciais, como demonstraremos na tabela a 
seguir: 
PREPOSIÇÕES ARTIGO DEFINIDO 
 O A Os As 
A Ao À Aos Às 
De Do Da Dos Das 
Em No Na Nos Nas 
Per Pelo Pela Pelos Pelas 
Por Polo Pola Polos Polas 
PREPOSIÇÕES ARTIGO INDEFINIDO 
Um Uma Uns Umas 
Dum Duma Duns Dumas 
Num Numa Nuns Numas 
 Fique Ligado 
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O artigo é utilizado para substantivar um 
termo. Ou seja, quer transformar algo em um 
substantivo? Coloque um artigo em sua frente. 
Ex.: Cantar alivia a alma. (verbo) 
Ex.: O cantar alivia a alma. (substantivo) 
 
01. (CESGRANRIO) Entre os apresentados a 
seguir, qual o único exemplo em que o “a” NÃO 
pode ser classificado como artigo? 
a) “.. mostram como ponto em comum a 
capacidade de ...“ 
b) “de suportara frustração.” 
c) “sujeitos a condições subumanas, ...“ 
d) “Venceram a voz que falava:” 
e) “... sobre a atitude negativa.” 
Resposta: C 
Comentário: uma questão de simples 
resolução. Basta observar que a palavra “a” na 
alternativa “C” não fez flexão, ou seja, ficou no 
singular. Como o artigo costuma flexionar de 
acordo com o substantivo (e não fez), o elemento 
em destaque é uma preposição. Também era 
possível identificar se buscássemos a regência da 
palavra “sujeitos” Quem está sujeito, está sujeito a 
alguma coisa. Assim, entende-se que a palavra em 
destaque é uma preposição. 
Emprego do artigo com a palavra “todo” 
Quando inserimos artigos ao lado do termo 
“todo”, em geral, o sentido da expressão passa a 
designar totalidade. Como no exemplo abaixo: 
Ex.: Pobreza é um problema que acomete 
todo país. (todos os países) 
Ex.: Pobreza é um problema que acomete 
todo o país. (o país em sua totalidade). 
Adjetivo 
É a palavra variável que expressa uma 
qualidade, característica ou origem de algum 
substantivo ao qual se relaciona. 
Ex.: Meu terno é azul, elegante e italiano. 
Analisando entendemos assim: 
Azul.: característica. 
Elegante.: qualidade. 
Italiano.: origem. 
Vamos falar um pouquinho sobre a 
estrutura e classificação dos adjetivos. Com relação 
à sua formação, ele pode ser: 
Explicativos: quando a característica é 
comum ao substantivo referido. 
Ex.: Fogo quente, Homem mortal. (Todo 
fogo é quente, todo homem é mortal) 
Restritivos: quando a característica não é 
comum ao substantivo, ou seja, nem todo 
substantivo é assim caracterizado. 
Ex.: Terno azul, Casa grande (Nem todo 
terno é azul, nem toda casa é grande) 
a) Simples: 
Quando possui apenas uma raiz. 
Ex.: amarelo, brasileiro, competente, 
sagaz, loquaz, inteligente, grande, forte etc. 
b) Composto: 
Quando possui mais de uma raiz. 
Ex.: amarelo-canário, luso-brasileiro, verde- 
escuro, vermelho-sangue etc. 
c) Primitivo: 
Quando pode dar origem a outra palavra, 
não tendo sofrido derivação alguma. 
Exercícios Comentados 
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Ex.: bom, legal, grande, rápido, belo etc. 
d) Derivado: 
Quando resultado de um processo de 
derivação, ou seja, oriundo de outra palavra. 
Ex.: bondoso (de bom), grandioso (de 
grande), maléfico (de mal), esplendoroso (de 
esplendor) etc. 
Os adjetivos que designam origem de 
algum termo são denominados adjetivos pátrios ou 
gentílicos. 
Uma pequena lista de adjetivos pátrios de 
estado: 
 
ADJETIVOS PÁTRIOS 
Acre Acriano 
Alagoas Alagoano 
Amapá Amapaense 
Aracaju Aracajuano ou 
aracajuense 
Amazonas Amazonense ou baré 
Belém (PA) Belenense 
Belo Horizonte Belo-Horizontino 
Boa Vista Boa-vistense 
Brasília Brasiliense 
Cabo Frio Cabo-friense 
Campinas Campineiro ou 
campinense 
Curitiba Curitibano 
Espírito Santo Espírito-santense ou 
capixaba 
Fernando de Noronha Noronhense 
Florianópolis Florianopolitano 
Goiânia Goianiense 
João Pessoa Pessoense 
Macapá Macapaense 
Maceió Macioense 
Manaus Manauense 
Maranhão Maranhaense 
Marajó Marajora 
Natal Natalense ou papa-
jerimum 
Porto Alegre Porto alegrense 
Ribeirão Preto Ribeiropretense 
Rio de Janeiro 
(estado) 
Fluminense 
Rio de Janeiro (cidade) Carioca 
Rio Branco Rio-branquense 
Rio grande do Norte Rio-grandense-do-norte, 
norte-riograndense ou 
potiguar 
Rio grande do Sul Rio-grandense-do-sul, 
sul-rio-grandense ou 
gaúcho 
Rondônia Rondoniano 
Roraima Roraimense 
Salvador Salvadorense ou 
soteropolitano 
Santa Catarina Catarinense, carineta ou 
barriga-verde 
Santarém Santarense 
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São Paulo (estado) Paulista 
São Paulo (cidade) Paulistano 
Sergipe Sergipano 
Teresina Teresinense 
Tocantins Tocantinense 
 
PAÍSES 
Croácia Croata 
Costa Rica Costa Riquense 
Curdistão Curdo 
Estados Unidos Estadunidense, norte-
americano ou ianque 
El Salvador Salvadorenho 
Guatemala Guatemalteco 
Índia Indiano ou hindu (os que 
professam o hinduísmo) 
Israel Israelense ou israelita 
Moçambique Moçambicano 
Mongólia Mongol ou mogólico 
Panamá Panamenho 
Porto Rico Porto-riquenho 
Somália Somali 
 Adjetivos pátrios compostos 
Na formação de adjetivos pátrios 
compostos, o primeiro elemento aparece na forma 
reduzida e, normalmente, erudita. 
Observe alguns exemplos: 
ADJETIVOS PÁTRIOS COMPOSTOS 
África Cultura afro-americana 
Alemanha Germano- ou teuto- / 
Competições teutoinglesas 
América Américo- / Companhia 
américo-africana 
Ásia Encontros ásio-europeus 
Áustria Astro- / Peças austro-búlgaras 
Bélgica Belgo- / Acompanhamentos 
belgo-franceses 
China Sino- / Acordos sino-japoneses 
Espanha Espanha = hispano- / Mercado 
hispano-português 
Europa Euro- / Negociações euro-
americanas 
França Franco- ou galo- / Reuniões 
franco-italianas 
Grécia Greci- / Filmes greco-romanos 
Índia Indo- / Guerras indo-
paquistanesas 
Inglaterra Anglo- / Letras anglo-
portuguesas 
Itália Ítalo- / Sociedade ítalo-
portuguesa 
Japão Nipo- / Associações nipo-
brasileiras 
Portugal Luso- / Acordos luso-
brasileiros 
Locução Adjetiva 
Expressão que tem valor adjetival, mas que 
é formada por mais de uma palavra. Geralmente, 
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concorrem para sua formação uma preposição e 
um substantivo. Veja alguns exemplos. 
LOCUÇÃO ADJETIVA ADJETIVO 
De águia Aquilino 
De aluno Discente 
De anjo Angelical 
De ano Anual 
De aranha Aracnídeo 
De asno Asinino 
De baço Esplênico 
De bispo Episcopal 
De bode Hircino 
De boi Bovino 
De bronze Brônzeo ou êneo 
De cabelo Capilar 
De cabra Caprino 
De campo Campestre ou rural 
De cão Canino 
De carneiro Arietino 
De cavalo Cavalar, equino, equideo 
ou hípico 
De chumbo Plúmbeo 
De cinza Cinério 
De coelho Cunicular 
De cobre Cúprico 
De criança Pueril 
De dedo Digital 
De diamante Diamantino ou 
adamantino 
De elefante Elefantinho 
De enxofre Sulfúrico 
De esmeralda Esmeraldino 
De estômago Estomacal ou gástrico 
De falcão Falconídeo 
De fera Ferino 
De ferro Férreo 
De Fígado Figadal ou jepático 
De fogo Ígneo 
De gafanhoto Acrídeo 
De garganta Gutural 
De gelo Glacial 
De gesso Gópseo 
De guerra Bélico 
De homem Viril ou humano 
De ilha Insular 
De intestino Celíaco ou entérico 
De inverno Hibernal ou invernal 
De lago Lacustre 
De laringe Laríngeo 
De leão Leonino 
De lebre Leporino 
De lobo Lupino 
De lua Lunas ou selênico 
De macaco Simiesco, símio ou 
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macacal 
De madeira Lígneo 
De marfim Ebúrneo ou ebóreo 
De mestre Magistral 
De monge Monacal 
De neve Níveo ou nival 
De nuca Occipatal 
De orelha Auricular 
De outro Áureo 
De velha Ovino 
De paixão Passional 
De pâncreas Pancreático 
De pato Anserino 
De peixe Písceo ou actíaco 
De pombo Columbiano 
De porco Suíno ou porcino 
De prata argênteo ou argírico 
De quadris Ciático 
De raposa Vulpino 
De rio Fluvial 
De serpente Viperino 
De sonho Onírico 
De terra Telúrico, terrestre ou 
terrano 
De trigo Tritício 
De urso Ursino 
De vaca Vacum 
De velho Senil 
De vento Eólico 
De verão Estival 
De vidro Vítreo ou hiliano 
De virilha Inguinal 
De visão Óptico ou ótico 
Flexão do adjetivo 
O adjetivo pode ser flexionado em gênero, 
número e grau. Vejamos melhor como isso se dá. 
01. Flexão de gênero (Masculino/Feminino) 
Com relação ao gênero, os adjetivos 
podem ser classificados de duas formas: 
Biformes: quando possuem uma forma 
para cada gênero. 
Ex.: Homem belo / mulher bela 
Ex.: Contextocomplicado / questão 
complicada. 
Uniformes: quando possuem apenas uma 
forma, como se fossem elementos neutros. 
Ex.: Homem fiel / mulher fiel. 
Ex.: Contexto interessante / questão 
interessante. 
02. Flexão de número (Singular/ Plural) 
Os adjetivos simples seguem a mesma 
regra de flexão que os substantivos simples, 
portanto trataremos desse assunto no capítulo de 
Flexão Nominal. Momentaneamente, abordemos a 
flexão dos adjetivos compostos. Serão, por regra, 
flexionados os adjetivos compostos que, em sua 
formação, possuírem dois adjetivos. A flexão 
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ocorrerá apenas no segundo elemento da 
composição. 
Ex.: Guerra greco-romana – Guerras greco-
romanas 
Ex.: Conflito socioeconômico – Análises 
socioeconômicas 
Por outro lado, se houver um substantivo 
como elemento da composição, o adjetivo fica 
invariável. 
Ex.: Blusa amarelo-canário – Blusas 
amarelo-canário 
Ex.: Mesa verde-musgo - Mesas verde-
musgo. 
 
 
O caso em questão também pode ocorrer 
quando um substantivo passa a ser, por derivação 
imprópria, um adjetivo, ou seja, também serão 
invariáveis os “substantivos adjetivados”. 
Ex.: Terno cinza -Ternos cinza 
Ex.: Vestido rosa – Vestidos rosa 
E também: O plural de surdo-mudo é 
surdos-mudos, de pele-vermelha é peles-vermelhas. 
Azul-marinho e azul-celeste são invariáveis. 
03. Flexão de grau (Comparativo e 
Superlativo) 
Há duas maneiras de se estabelecer o grau 
do adjetivo: por meio do grau Comparativo e por 
meio do grau Superlativo. 
Vejamos como isso ocorre. 
a) Grau comparativo. 
Estabelece um tipo de comparação de 
caracterísicas, sendo estabelecido de três 
maneiras: 
inferioridade: O açúcar é menos doce (do) 
que os teus olhos. 
Igualdade: O meu primo é tão estudioso 
quanto o meu irmão. 
Superioridade: Gramática é mais legal (do) 
que Matemática. 
b) Grau superlativo. 
Reforça determinada qualidade em relação 
a um referente. Pode-se estabelecer o grau 
superlativo de duas maneiras: 
Relativo: em relação a um grupo. 
Ex.: De superioridade: José é o mais 
inteligente dos alunos. 
Ex.: De inferioridade: O presidente foi o 
menos prestigiado da festa 
Absoluto: sem relações, apenas refoçando 
as características. 
Analítico (com auxílio de algum termo) 
Ex.: Pedro é muito magro. 
Ex.: Pedro é magro, magro, magro. 
Ex.: Sintético (com o acréscimo de -íssimo 
ou -érrimo) 
Ex.: Pedro é macérrimo. 
Ex.: Somos todos estudiosíssimos. 
Veja, agora, uma tabela de superlativos sintéticos. 
SUPERLATIVOS 
Grau Normal Superlativos 
Ágil Agilíssimo 
Agradável Agradabilíssimo 
Agudo Acustíssimo ou 
Fique Ligado 
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Agudíssimo 
Alto Altíssimo, sumo ou 
supremo 
Amargo Amaríssimo ou 
amarguíssimo 
Amável Amabilíssimo 
Amigo Amicíssimo 
Antigo Antiquíssimo 
Atroz Atrocíssimo 
Baixo Baixíssimo ou ínfimo 
Bom Ótimo ou boníssimo 
Célebre Celebérrimo 
Cheio Cheíssimo 
Comum Comuníssimo 
Cristão Cristianíssimo 
Cruel Crudelíssimo 
Difícil Dificílimo 
Eficaz Eficacíssimo 
Fácil Facílimo 
Feliz Felicíssimo 
Feroz Ferocíssimo 
Fiel Fidelíssimo 
Frágil Fragílimo 
Frio Frigidíssimo ou friíssimo 
Geral Generalíssimo 
Grande Grandíssimo ou máximo 
Horrível Horribilíssimo 
Honorífico Honorificentíssimo 
Humilde Humílimo ou humildíssimo 
Inimigo Inimicíssimo 
Inconstitucional Inconstitucionalíssimo 
Jovem Juveníssimo 
Livre Libérrimo ou livríssimo 
Louvável Laudabilíssimo 
Magnífico Magnificentíssimo 
Magro Macérrimo ou magríssimo 
Mau Péssimo ou malíssimo 
Miserável Miserabilíssimo 
Miúdo Minutíssimo 
Notável Notabilíssimo 
Pequeno Mínimo ou pequeníssimo 
Pessoal Personalíssimo 
Pobre Paupérrimo ou pobríssimo 
Precário Precaríssimo ou 
precariíssimo 
Próspero Prospérrimo 
Provável Probabilíssimo 
Sábio Sapientíssimo 
Simples Simplíssimo ou 
simplicíssimo 
Singular Singularíssimo 
Tenaz Tenacíssimo 
Terrível Terribilíssimo 
Vão Vaníssimo 
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Voraz Voracíssimo 
Vulgar Vulgaríssimo 
Vulnerável Vulnerabilíssimo 
 
Fique atento à mudança de sentido 
provocada pela alteração de posição do adjetivo. 
Ex.: Homem grande (alto, corpulento) 
Ex.: Grande homem (célebre) 
Mas isso nem sempre ocorre. Se você 
analisar 
 
 
02. (CESGRANRIO) As palavras em 
destaque em “... que, apesar do olhar profissional 
crítico, analítico,” são classificadas, 
respectivamente, como: 
a) substantivo e adjetivo. 
b) substantivo e substantivo. 
c) adjetivo e substantivo. 
d) verbo e adjetivo. 
e) verbo e substantivo. 
Resposta: A 
Comentário: a palavra “olhar” foi 
transformada em um substantivo, porque o artigo 
“o” lhe foi anteposto. A palavra “crítico” qualifica 
o substantivo anteriormente destacado. 
 Advérbio 
 É a palavra invariável que se relaciona ao 
verbo, ao adjetivo ou a outro advérbio para 
atribuir-lhes uma circunstância. 
 Ex.: Os alunos saíram apressadamente. 
 Ex.: O caso era muito interessante. 
 Ex.: Resolvemos muito bem o problema. 
 É importante decorar essa lista de 
advérbios para que você consiga reconhecê-los na 
sentença. 
CLASSIFICAÇÃO EXEMPLO 
Afirmação Sim, certamente, 
efetivamente, etc. 
Negação Não, nunca, jamais. 
Dúvida Talvez, quiçá, 
porventura, acaso, 
provavelmente, etc. 
Intensidade Muito, pouco, assaz, 
bastante, mais, menos, 
tão, tanto, quão, etc. 
Lugar Aqui, ali, aí, aquém, 
acima, abaixo, atrás, 
dentro, junto, defronte, 
perto, longe, algures, 
alhures, nenhures, etc. 
Tempo Agora, já, depois, 
anteontem, ontem, 
hoje, jamais, sempre 
Modo Assim, adrede, bem, 
mal, depressa, devagar, 
melhor, pior e a maior 
parte das palavras 
formadas de um 
adjetivo, mais a 
terminação “mente” 
(leve + mente = 
levemente; calma + 
mente = calmamente). 
Inclusão Também, inclusive 
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Designação Eis 
Interrogação Onde, como, quando 
 
Observação 1: Também existem as 
chamadas locuções adverbiais que vêm quase 
sempre introduzidas por uma preposição: à farta (= 
fartamente), às pressas (= apressadamente), à toa, 
às cegas, às escuras, às tontas, às vezes, de quando 
em quando, de vez em quando etc. 
Observação 2: Existem casos em que 
utilizamos um adjetivo como forma de advébio. É o 
que chamamos de adjetivo adverbializado. 
Ex.: Aquele orador fala belamente. 
(advérbio de modo) 
Ex.: Aquele orador fala bonito. (adjetivo 
adverbializado que tenta designar modo). 
Conjunção 
É a palavra invariável que conecta 
elementos em algum encadeamento frasal. A 
relação em questão pode ser de natureza lógico-
semântica (relação de sentido) ou apenas indicar 
uma conexão exigida pela sintaxe da frase. 
01. Coordenativas 
São as conjunções que conectam 
elementos que não possuem dependência 
sintática, ou seja, as sentenças que são conectadas 
por meio desses elementos já estão com suas 
estruturas sintáticas (sujeito / predicado / 
complemento) completas. Eis a lista das 
coordenativas: 
CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÕES EXEMPLO 
Aditivas e, nem (= e não), 
também, que, não 
só... mas também, 
não só... como, 
tanto... como, 
assim... como, etc. 
José não foi à 
aula nem fez 
os exercícios. 
Devemos 
estudar e 
aprender os 
conteúdos. 
Adversativa Mas, porém, 
contudo, todavia, 
no entanto, 
entretanto, senão, 
não obstante, aliás, 
ainda assim 
Os países 
assinaram o 
acordo, mas 
não o 
cumpriram. A 
menina 
cantou bem, 
contudo não 
agradou ao 
público. 
Alternativas Ou...ou, já... já, 
seja... seja, quer... 
quer, ora...ora, 
agora... agora. 
Ora diz sim, 
ora diz não; ou 
está feliz, ou 
está nos
ludibriando. 
Conclusivas Logo, pois (depois 
do verbo), então, 
portanto, assim, 
enfim, por fim, por 
conseguinte, 
conseguintemente, 
consequentemente
, donde, por onde, 
por isso. 
O cursando 
estudou 
muito, logo, 
deverá 
conseguir seu 
cargo. É 
professor, por 
conseguinte 
deve saber 
explicar o 
conteúdo. 
Explicativas Isto é, por exemplo, 
a saber, ou seja, 
verbi gratia, pois 
(antes do verbo), 
pois bem, ora, na 
verdade, depois, 
além disso, com 
efeito, que, porque, 
ademais, 
outrossim, 
porquanto, etc. 
Deve ter 
chovido, pois 
o chão está 
molhado. Não 
converse 
agora, que eu 
estou 
explicando. 
02. Subordinativas 
São as conjunções que denotam uma 
relação de subordinação entre orações, ou seja, a 
conjunção subordinativa evidencia que uma oração 
possui dependência sintática em relação a outra. O 
que se pretende dizer com isso é que há uma das 
orações envolvidas nesse conjunto que desempenha 
uma função sintática para com sua oração 
principal.
Assim dividiremos as conjunções subordinativas: 
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a) Integrantes 
Classificação: Integrantes 
Conjunções : Que, se 
Ex.: Sei que o dia do pagamento é hoje. 
Ex.: Vejamos se você consegue estudar 
sem interrupções. 
b) Adverbiais 
CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÕES EXEMPLOS 
Causais: indicam 
a causa de algo. 
Já que, porque, 
que, pois que, 
uma vez que, 
sendo que, 
como, visto que, 
etc. 
Não teve medo 
do perigo, já 
que estava 
protegido. 
Passou no 
concurso, 
porque 
estudou muito. 
Comparativas: 
Estabelecem 
relações de 
comparação. 
Como, tal como, 
mais... (do) que, 
menos... (do) 
que, tão como, 
assim como, 
tanto quanto, 
etc. 
Tal como 
procederes, 
receberás o 
castigo. 
Alberto é 
aplicado como 
quem quer 
passar. 
Concessivas 
(concessão): 
estabelecem 
relação de quebra 
de expectativa 
com respeito à 
sentena à qual se 
relacionam. 
Embora, ainda 
que, dado que, 
posto que, 
conquanto, em 
que, quando 
mesmo, mesmo 
que, por menos 
que, por pouco 
que, apesar de 
(que) 
Embora tivesse 
estudado 
pouco, 
conseguiu 
passar. 
Conquanto 
estudasse, não 
conseguiu 
aprender. 
Condicionais: 
estabelecem 
relação de 
condição 
Se, salvo se, 
caso, exceto se, 
contanto que, 
com tal que, 
caso, a não ser 
que, a menos 
que, sem que, 
etc. 
Se tudo der 
certo, 
estaremos em 
Portugal 
amanhã. Caso 
você tenha 
dúvidas, 
pergunte a seu 
professor. 
Consecutivas: Tanto que, de O aluno 
estabelecem 
relações de 
consequência. 
modo que, de 
sorte que, tão... 
que, sem que, 
etc. 
estudou tanto 
que morreu. 
Timeto Amon 
era feio que 
não se olhava 
no espelho. 
Conformativas: 
estabelecem 
relação de 
conformidade 
Conforme, 
consoante, 
segundo, da 
mesma maneira 
que, assim 
como, como 
que, etc. 
Faça a prova 
conforme teu 
pai disse. 
Todos agem 
consoante se 
vê na televisão. 
Finais: 
estabelecem 
relação de 
finalidade. 
Para que, a fim 
de que, que, 
porque. 
Estudou muito, 
para que 
pudesse ter 
uma vida 
confortável. 
Trabalhe a fim 
de que o 
resultado seja 
satisfatório. 
Proporcionais: 
estabelecem 
relação de 
proporção 
À proposção 
que, à medida 
que, quando 
mais... tanto 
mais, quanto 
menos... tanto 
menos, ao passo 
que, etc. 
À medida que 
o momento de 
realizar a prova 
chegava, a 
ansiedade de 
todos 
aumentava. 
Quanto mais 
você estudar, 
tanto mais terá 
a chance de ser 
bem sucedido. 
Temporais: 
estabelecem 
relação de tempo. 
Quando, 
enquanto, 
apenas, mal, 
desde que, logo 
que, até que, 
antes que, 
depois que, 
assim que, 
sempre que, 
senão quanto, 
ao tempo que, 
apenas que, 
antes que, 
depois que, 
sempre que, etc. 
Quando todos 
disserem para 
você parar, 
continue. 
Depois que 
terminar toda 
a lição, poderá 
descansar um 
pouco. Mal 
chegou, já quis 
sair. 
 
visto como, como
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03. (VUNESP) Em – No Brasil, talvez mais 
que em outros países,... – o advérbio em destaque 
expressa sentido de: 
a) causa 
b) afirmação 
c) negação 
d) modo 
e) dúvida 
Resposta: E 
Comentário: a palavra talvez é classificada 
morfologicamente como um advérbio de dúvida. 
Isso significa que ela atribui uma ideia de dúvida ao 
segmento do texto. 
04. (CESGRANRIO) “Porém aquele que fala, mal ou 
bem, sempre fala de si mesmo.” 
Por qual conector a conjunção destacada 
acima pode ser substituída sem que haja alteração 
de sentido? 
a) Logo. 
b) Pois. 
c) Entretanto. 
d) Porquanto. 
e) Quando. 
Resposta: C 
Comentário: uma vez que a palavra em 
destaque (porém) é uma conjunção coordenativa 
adversativa, ela pode ser substituída pela palavra 
entretanto que se classifica da mesma maneira. 
Interjeição 
É o termo que exprime, de modo enérgico, 
um estado súbito de alma. Sem muita importância 
para a análise a que nos propomos, vale apenas 
lembrar que elas possuem uma classificação 
semântica: 
Dor: ai! ui! 
Alegria: ah! eh! oh! 
Desejo: oxalá! tomara! 
Admiração: puxa! cáspite! safa! quê! 
Animação: eia! sus! coragem! 
Aplauso: bravo! apoiado! 
Aversão: ih! chi! irra! apre! 
Apelo: ó (não admite interjeição), olá! psit! 
pitsiu! alô! socorro! 
Silêncio: psit! psiu! caluda! 
Interrogação, espanto: hem! 
Há, também, locuções interjeitivas: Minha 
nossa! Meu Deus! 
A despeito da classificação acima, o que 
determina o sentido da interjeição é o seu uso. 
Numeral 
É a palavra que indica uma quantidade, 
multiplicação, fração ou um lugar numa série. Os 
numerais podem ser divididos em: 
Cardinais - quando indicam um número 
básico: um, dois, três, cem mil... 
Ordinais - quando indicam um lugar numa 
série: primeiro, segundo, terceiro, centésimo, 
milésimo... 
Multiplicativos - quando indicam uma 
quantidade multiplicativa: dobro, triplo, 
quádruplo... 
Fracionários - quando indicam parte de um 
inteiro: meio, metade, dois terços... 
ALGARISMO CARDINAIS ORDINAIS 
Romanos Arábicos - - 
I 1 Um Primeiro 
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II 2 Dois Segundo 
III 3 Três Terceiro 
IV 4 Quatro Quarto 
V 5 Cinco Quinto 
VI 6 Seis Sexto 
VII 7 Sete Sétimo 
VIII 8 Oito Oitavo 
IX 9 Nove Nono 
X 10 Dez Décimo 
XI 11 Onze Undécimo ou 
décimo 
primeiro 
XII 12 Doze Duodécimo ou 
décimo 
segundo 
XIII 13 Treze Décimo 
terceiro 
XIV 14 Quatorze Décimo quarto 
XV 15 Quinze Décimo quinto 
XVI 16 Dezesseis Décimo sexto 
XVII 17 Dezessete Décimo sétimo 
XVIII 18 Dezoito Décimo oitavo 
XIX 19 Dezenove Décimo nono 
XX 20 Vinte Vigésimo 
XXI 21 Vinte e um Vigésimo 
primeiro 
XXX 30 Trinta Trigésimo 
XXXL 40 Quarenta Quadragésimo 
L 50 Cinquenta Quinquagésimo 
LX 60 Sessenta Sexagésimo 
LXX 70 Setenta Septuagésimo 
LXXX 80 Oitenta Octagésimo 
XC 90 Noventa Nonagésimo 
C 100 Cem Centésimo 
CC 200 Duzentos Ducentésimo 
CCC 300 Trezentos Trecentésimo 
CD 400 Quatrocentos Quadringentésimo 
D 500 Quinhentos Quingentésimo 
DC 600 Seiscentos Seiscentésimo ou 
septingentésimo 
DCC 700 Setessentos Septingentésimo 
DCCC 800 Oitocentos Octingentésimo 
CM 900 Novecentos Nongentésimo ou 
noningentésimo 
M 1.000 Mil Milésimo 
X’ 10.000 Dez mil Dez milésimos 
C’ 100.000 Cem mil Cem 
milésimos 
M’ 1.000.000 Um milhão Milionésimo 
M’’ 1.000.000.000 Um bilhão Bilionésimo 
 Lista de numerais multiplicativos e 
fracionários: 
ALGARISMOS MULTIPLICATIVOS FRACIONÁRIOS 
2 Duplo, dobro, 
dúplice 
Meio ou 
metade 
3 Triplo, tríplice Terço 
4 Quadruplo Quarto 
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5 QuíntuploQuinto 
6 Sextuplo Sexto 
7 Sétuplo Sétimo 
8 Óctuplo Oitavo 
9 Nônuplo Nono 
10 Décuplo Décimo 
11 Undécuplo Onze avos 
12 Duodécuplo Doze avos 
100 Cêntuplo Centésimo 
Para realizar a leitura dos cardinais 
É necessário colocar a conjunção e entre as 
centenas e dezenas, assim como entre as dezenas 
e a unidade. 3,068.724 = três milhões sessenta e 
oito mil setecentos e vinte e quatro. Quando à 
leitura do numeral ordinal, há duas possibilidades: 
Quando é inferior a 2.000, lê-se inteiramente 
segundo a forma ordinal. 1766º = milésimo 
septingentésimo sexagésimo sexto. Acima de 
2.000, lê-se o primeiro algarismo como cardinal e 
os demais como ordinais. Hodiernamente, 
entretanto, tem-se observado a tendência a ler os 
números redondos segundo a forma ordinal. 
Ex.: 2.536º = dois milésimo quingentésimo 
trigésimo sexto 
Ex.: 8.000º = oitavo milésimo 
Para realizar a leitura do fracionário 
O numerador de um numeral fracionário é 
sempre lido como cardinal. Quanto ao 
denominador, há dois casos: 
Primeiro: se for inferior ou igual a 10, ou 
ainda for um número redondo, será lido como 
ordinal 2/6 = dois sextos; 9/10 = nove décimos; 
Ex.: São exceções: 1/2 = meio; 1/3 = um 
terço 
Segundo: se for superior a 10 e não 
constituir número redondo, é lido como cardinal, 
seguido da palavra “avos”. 1/12 = um doze avos; 
4/25 = quatro vinte e cinco avos. 
Ao se fazer indicação de reis, papas, 
séculos, partes de uma obra, usam-se os numerais 
ordinais até décimo. A partir daí, devem-se 
empregar os cardinais. Século V (século quinto) 
século XX (vinte) João Paulo II (segundo) Bento XVI 
(dezesseis). 
Preposição 
É a palavra invariável que serve de ligação 
entre dois termos de uma oração ou, às vezes, 
entre duas orações. Costuma-se denominar 
“regente” o termo que exige a preposição e 
“regido” aquele que recebe a preposição: 
Ex.: Ele comprou um livro de poesia. 
Ex.: Ele tinha medo de ficar solitário. 
Como se vê, a preposição “de”, no primeiro 
caso, liga termos de uma mesma oração; no 
segundo, liga orações. 
a) Preposições essenciais: 
São aquelas que têm como função 
primordial a conexão das palavras. Eis a lista de 
preposições. 
Podemos dividir as preposições em: 
PREPOSIÇÕES ESSENCIAIS 
A, ante, até, após, 
Com, contra, 
De, desde, 
Em, entre 
Para, per, perante, por 
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Sem, sob, sobre 
Trás. 
Veja o emprego de algumas preposições: 
• Os manifestantes lutaram contra a 
polícia. 
• O aluno chegou ao salão rapidamente. 
• Aguardo sua decisão desde ontem. 
• Entre mim e ti, não há qualquer 
problema. 
b) Preposições acidentais: 
São palavras que pertencem a outras 
classes, empregadas, porém, eventualmente como 
preposições. 
PREPOSIÇÕES ACIDENTAIS 
Conforme 
Consoante 
Durante 
Exceto 
Fora, afora 
Mediante 
Menos 
Salvante 
Salvo 
Segundo 
Tirante 
O emprego das preposições acidentais é 
mais comum do que parece: 
• Todos sairam da sala, exceto eu. 
• Tirante as mulheres, o grupo que 
estava na sala parou de falar. 
• Escreveu o livro conforme ao original. 
Locuções Prepositivas 
Além das preposições simples, existem 
também as chamadas locuções prepositivas, que 
terminam sempre por uma preposição simples: 
abaixo de, acerca de, acima de, a despeito de, 
adiante de, a fim de, além de, antes de, ao lado de, 
a par de, apesar de, a respeito de, atrás de, através 
de, de acordo com, debaixo de, de cima de, 
defronte de, dentro de, depois de, diante de, 
embaixo de, em cima de, em frente de(a), em lugar 
de, em redor de, em torno de, em vez de, graças a, 
junto a (de), para baixo de, para cima de, para 
com, perto de, por baixo de, por causa de, por 
cima de, por detrás de, por diante de, por entre, 
por trás de. 
 
 
01. (CESPE-2008-TST) “A questão maior é saber 
como colocar em prática essas belezas, num 
momento em que as lutas sociais sofrem o assédio 
cada vez mais agressivo da globalização e as 
próprias barreiras ideológicas caem por terra.” 
(Newton Carlos. Má hora das esquerdas. In: 
Correio Braziliense, 20/11/2007 (com 
adaptações). 
A partir do texto acima, julgue os itens 
subsequentes. O adjetivo “agressivo” 
está empregado com valor de advérbio e 
corresponde, dessa forma, a agressivamente. 
02. (NCE-UFRJ-2010-UFRJ) A alternativa em que 
NÃO ocorre qualquer forma de superlativo de um 
adjetivo é: 
a) “...é o mais esperto do mundo”; 
b) “...que mesmo espécies mais longe na escala...”; 
c) “...teria evoluído a partir de organismos mais 
simples...”; 
d) “..para chegar a conclusões bem simples...”; 
e) “...os animais são, sim, algo inteligentes”. 
 
Vamos praticar: 
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03. (NCE-UFRJ-2010-UFRJ) A alternativa em que 
NÃO ocorre qualquer forma de superlativo de um 
adjetivo é: 
a) “...é o mais esperto do mundo”; 
b) “...que mesmo espécies mais longe na escala...”; 
c) “...teria evoluído a partir de organismos mais 
simples...”; 
d) “..para chegar a conclusões bem simples...”; 
e) “...os animais são, sim, algo inteligentes”. 
 
Leia o texto: 
 
O célebre homem brasileiro cordial é 
cordial não porque seja polido, o que ele nunca foi, 
mas porque nada nunca passa pelo cérebro antes 
de chegar à vida — é só um coração batendo forte 
no meio da rua, que é o seu lugar. Cristovão Tezza. 
Um erro emocional. Rio de Janeiro: Record, 2010, 
p. 91 (com adaptações). 
 
04. (CESPE-2011-PC-ES) Em relação às ideias e a 
aspectos gramaticais do texto acima, julgue os 
itens a seguir. Se, em vez do adjetivo “célebre”, o 
autor tivesse optado pela sua forma superlativa, 
teria de acrescentar-lhe o sufixo -érrimo, da 
seguinte forma: celebérrimo. 
 
05. (NCE-UFRJ-2010-UFRJ) “...comuns a quase 
todos os animais...“; o trecho abaixo em que o 
emprego do artigo é EQUIVOCADO é: 
a) ambos os animais são dotados de alguma 
inteligência; 
b) todos os quatro animais de estimação 
sobreviveram; 
c) os biólogos trabalharam todo o dia; 
d) entre os animais há diversos graus de 
inteligência; 
e) toda a manhã eles chegavam sempre na hora. 
 
06. (TJ-SC - 2011 - TJ-SC). Assinale a alternativa em 
que o grupo de vocábulos, a seguir, admite, 
exclusivamente, o artigo masculino. 
a) conceito, poema, sentinela; 
b) atleta, eclipse, herpes; 
c) quadrilha, assalto, hangar; 
d) fonema, afã, champanha; 
e) epígrafe, introito, omoplata. 
 
07. (TJ-SC - 2011 - TJ-SC) Assinale a alternativa em 
que a classificação morfológica da palavra está 
INCORRETA. 
a) Ele jamais faria tal afirmação tão leviana e vil. 
Leviana é adjetivo. 
b) Nunca se soube verdadeiramente quem era 
culpado naquela história. Quem é pronome 
adjetivo interrogativo. 
c) Não sei se vocês estão conscientes da situação 
periclitante em que nos encontramos. Se é 
conjunção. 
d) A essa hora, o delegado já terá feito a 
ocorrência. Ocorrência é substantivo. 
e) Era mister considerar todas as particularidades 
daquele contrato. Mister é adjetivo. 
 
08. (TJ-SC - 2011 - TJ-SC) Assinale a alternativa em 
que o termo em negrito NÃO apresenta o valor 
circunstancial indicado entre parênteses. 
a) O hábito, naquele país, era comer com as mãos. 
(instrumento) 
b) Naquele verão, quantos teriam viajado? (tempo) 
c) Para vencer, precisávamos de um esforço 
hercúleo. (fim) 
d) Procurava, desordenadamente, as fichas no 
arquivo morto. (modo) 
e) Só se retirarão do recinto com a minha licença. 
(companhia) 
 
09. (TJ-RS 2009 - TJ-RS - Juiz) Assinale a alternativa 
em que a palavra Composta inclui um elemento 
que originalmente é um advérbio. 
a) maus-tratos (linha 07) 
b) pré-frontal (linha 14) 
c) bem-humorado (linha 28) 
d) peça-chave (linha 29) 
e) maria-vai-com-as-outras (linha 34) 
 
10. (FGV - 2008 - Senado Federal) Em Justiça justa. 
ocorre um substantivoao lado de um adjetivo dele 
cognato. 
Assinale a alternativa em que substantivo e 
adjetivo, respectivamente, NÃO sejam cognatos. 
a) lentidão — lento 
b) inércia — inercial 
c) arma — inerme 
d) perfil — perfilhado 
e) obcecação — obcecado 
 
11. (TJ-SC - 2011 - TJ-SC) Assinale a alternativa que 
apresenta, correta e respectivamente, as classes 
gramaticais a que pertencem as palavras em 
negrito no trecho a seguir. 
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“Se fosse ensinar a uma criança a beleza da 
música, não começaria com partituras, notas e 
pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais 
gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que 
fazem a música. Aí, encantada com a beleza da 
música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o 
mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre 
cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco 
linhas são apenas ferramentas para a produção da 
beleza musical. A experiência da beleza tem de vir 
antes.” (http://pensador.uol.com.br/alegria de ensinar de rubens alves/) 
a) conjunção — pronome — artigo — conjunção — 
pronome; 
b) conjunção — advérbio — preposição — artigo — 
pronome; 
c) pronome — advérbio— artigo — pronome — 
conjunção; 
d) pronome — conjunção — preposição — 
conjunção — pronome; 
e) conjunção — pronome — preposição — 
pronome — conjunção. 
12. (CEPERJ - 2012 - PROCON-RJ) O sentido 
estabelecido pelo conectivo está corretamente 
indicado em: 
a) “engolidas ou colocadas no nariz” - oposição 
b) “comunicado público sobre o perigo” — causa 
c) “tem os produtos em casa” — modo 
d) “brinquedo a ser recolhido” — adição 
e) “para evitar acidentes” - finalidade 
 
13. (CEPERJ - 2012 - PROCON-RJ) O fragmento 
abaixo que apresenta uma estrutura sintática 
comparativa é: 
a) “quem lhe escreve sou eu” 
b) “Porque tive de viajar para o distante país do 
recall.” 
c) “mas três meses era o mínimo.” 
d) “O homem não disse nada, mas seu sorriso 
sinistro falava por si.” 
e) “ninguém mais fraco do que nós” 
 
14. (CEPERJ - 2012 - PROCON-RJ) “Sei que você 
sente muitas saudades, porque eu também sinto 
saudades de você.” 
O conectivo “porque”, no contexto acima, 
estabelece relação de: 
a) modo 
b) causa 
c) adversidade 
d) conformidade 
e) proporcionalidade 
 
15. (FGV -2008- Senado Federal) “É exatamente 
isso o que tem ocorrido, nos últimos tempos, no 
que diz respeito ao direito de maior importância 
em uma democracia, que é o direito de defesa, 
inexistente nos Estados totalitários.” (L. 16-19) 
A respeito das ocorrências da palavra QUE 
no trecho acima, assinale a alternativa que 
apresente, respectivamente, sua correta 
classificação. 
a) conjunção subordinativa — conjunção 
integrante — conjunção integrante 
b) pronome relativo — pronome relativo — 
pronome relativo 
c) conjunção integrante — conjunção integrante — 
conjunção subordinativa 
d) pronome relativo — preposição — pronome 
relativo 
e) conjunção integrante — preposição — 
conjunção subordinativa 
 
16. (FUNIVERSA - 2011 - SEPLAG-DF) 
No futebol americano, há um momento em 
que o jogador tem de dar um chute naquilo que 
eles chamam de bola. E, no circuito universitário, 
havia um rapaz recordista de chute. Ninguém 
chutava tão forte quanto esse rapaz. O importante, 
nessa história, era que o pé que ele usava para tal 
façanha não tinha nenhum dos dedos e, além 
disso, era menor que o outro. Quando descobriram 
isso, fizeram entrevistas com ele, e a primeira 
pergunta era: “Como você, com tal deficiência, 
consegue fazer uma coisa que ninguém mais 
conseguiu?” Ele, orgulhosamente, respondia: 
“Porque cresci ouvindo meu pai dizer: ‘Encare suas 
deficiências e seus problemas como desafios, 
nunca como desculpas’.”. O que mais se encontra 
no dia a dia? Justamente a postura oposta. As 
pessoas encaram tudo como desculpas e 
justificativas. Há pessoas que vivem dizendo frases 
negativas que encerram verdadeiras filosofias 
desastrosas. 
Não são raras as vezes em que já se ouviu 
alguém falando de seus problemas e dificuldades e 
da incapacidade de superá-los, traduzida nas 
seguintes frases conformistas: 
“Eu sou assim mesmo...”; “Sempre fui assim..,”; 
“Não posso evitar isso...”; “Essa é a minha 
natureza...”; “Não adianta mesmo...”; “Deus me 
fez assim e pronto!”. O que tais pessoas talvez 
nunca percebam é que desculpas e justificativas só 
levam ao conformismo e à acomodação. E isso não 
diz respeito à elevação de padrões e à melhoria da 
que
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qualidade devida. Desculpas e justificativas são 
coisas de perdedor! Enquanto os vencedores 
comemoram, os perdedores se justificam. 
 
Assinale a alternativa correta a respeito de 
fatos gramaticais e estilísticos encontrados no 
texto. 
a) As palavras “ninguém”, “pé”, “você” são 
acentuadas pela mesma razão. 
b) Na frase “‘Deus me fez assim e pronto!” (linhas 
21 e 22), encontra-se uma interjeição característica 
da linguagem coloquial. 
c) Na frase “As pessoas encaram tudo como 
desculpas e justificativas” (linhas 14 e 15), há 
exemplo de gíria e de uma figura da linguagem: a 
anáfora. 
d) Na construção “O que tais pessoas talvez nunca 
percebam” (linha 23), o pronome “tais” está 
empregado de modo informal, com significado de 
brilhantes, grandiosas. 
e) O “as” de “as vezes” (linha 17) deve receber o 
sinal indicativo de crase para ajustar-se à norma 
culta padrão. 
 
17. (FGV - 2008 - Senado Federal) A palavra 
centenário corresponde a cem anos. 
Assinale a alternativa em que não tenha 
havido correta associação da noção temporal à 
palavra indicada. 
a) 400 anos — quadringentenário 
b) 400 anos — quadricentenário 
c) 600 anos — sesquicentenário 
d) 150 anos — tricinquentenário 
e) 7 anos — septenário 
 
18. (FIP - 2009 - CAMARA—SJC) 
Corações a mil 
(Gilberto Gil) 
Minhas ambições são dez. 
Dez corações de uma vez 
pra eu poder me apaixonar 
dez vezes a cada dia, 
setenta a cada semana, 
trezentas a cada mês. 
 
Na primeira frase do texto, a palavra “dez”, 
sublinhada, tem duplo sentido. São eles: 
a) o sentido de serem dez ambições (no caso, 
“dez” seria um numeral) e o sentido de os corações 
serem apaixonados (no caso, “dez” seria um 
adjetivo). 
b) o sentido de serem dez ambições e o sentido de 
serem dez corações (nos dois casos, “dez” seria um 
numeral). 
c) o sentido de serem dez corações e o sentido de 
serem dez vezes a cada dia (nos dois casos, “dez” 
seria um numeral). 
d) o sentido de serem dez ambições (no caso, 
“dez” seria um numeral) e o sentido de as 
ambições serem de extrema qualidade (no caso, 
“dez” seria um adjetivo). 
e) o sentido de serem dez vontades boas (no caso, 
“dez” seria um substantivo) e o sentido de 
totalizarem dez as paixões ambiciosas (no caso, 
“dez” seria um adjetivo). 
 
19. (CESPE - 2008 - TST) Considerando o texto, 
avalie: 
O cenário econômico otimista levou os 
empresários brasileiros a aumentarem a 
formalização do mercado de trabalho nos últimos 
cinco anos. As contratações com carteira assinada 
cresceram 19,5% entre 2003 e 2007, enquanto a 
geração de emprego seguiu ritmo mais lento e 
aumentou 11,9%, segundo estudo comparativo 
divulgado pelo IBGE. In: Correio Braziliense, 
25/1/2008 (com adaptações). 
No primeiro período do texto, a partícula 
“a” ocorre tanto como preposição quanto como 
artigo: a primeira ocorrência é uma preposição 
exigida pelo emprego do verbo “levou”; a segunda 
ocorrência é um artigo que determina 
“formalização”. 
 
20. (NCE-UFRJ - 2010 - UFRJ) O segmento do texto 
em que a preposição DE é solicitada por um termo 
anterior: 
a) “...estudos DE longo prazo...”; 
b) “...são várias linhas DE entendimento...”; 
c) “...apresentam um certo grau DE inteligência...”; 
d) “...como as necessidades DE se alimentar...”; 
e) “...estratégias DEsobrevivência...”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 – E 2 – B 3 – B 4 – C 5 – E 
6 – D 7 – B 8 – E 9 – C 10 – D 
11 – B 12 – E 13 – E 14 – B 15 – B 
16 – B 17 – C 18 – D 19 – C 20 – D 
 
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MÓDULO 02 
Pronomes 
Numa definição breve, podemos dizer que 
o pronome é o termo que substitui um 
substantivo, desempenhando, na sentença em que 
aparece uma função coesiva. Podemos dividir os 
pronomes em sete categorias, são elas: 
• Pessoais; 
• Tratamento; 
• Possessivos; 
• Relativos; 
• Demonstrativos; 
• Indefinidos; 
• Interrogativos. 
Antes de partir para o estudo 
pormenorizado dos pronomes, vamos fazer uma 
classificação funcional deles quando empregados 
em uma sentença: 
a) Pronomes substantivos: são aqueles 
que ocupam o lugar do substantivo na sentença. 
Ex.: Alguém apareceu na sala ontem. 
Ex.: Nós faremos todo o trabalho. 
b) Pronomes adjetivos: são aqueles que 
acompanham um substantivo na sentença. 
Ex.: Meus alunos são os mais preparados. 
Ex.: Pessoa alguma fará tal serviço por 
esse valor. 
 
 
Devemos estudar cada categoria 
separadamente e com muita atenção! 
Pessoais 
Referem-se às Pessoas do Discurso: 
Quem fala (1ª pessoa); 
Com quem se fala (2ª pessoa); 
Classificação dos Pronomes Pessoais (caso 
Reto x caso Oblíquo) 
PRONOMES PESSOAIS 
Pessoa 
Gramatical 
Retos Oblíquos 
Átonos Tônicos 
1ª Singular Eu Me Mim, 
comigo 
2ª Singular Tu Te Ti, contigo 
3ª Singular Ele, ela O, a, lhe, se Si, consigo 
1ª Plural Nós Nos Nós, 
conosco 
2ª Plural Vós Vos Vós, 
convosco 
3ª Plural Eles, 
elas 
Os, as, 
lhes, lhes, 
se 
Si, consigo 
Função Sujeito Complemento/Adjunto 
Emprego de alguns pronomes (Certo X 
Errado) 
Eu e tu x mim e ti 
1ª regra: depois de preposição essencial, 
usa-se pronome oblíquo. 
• Entre mim e ti não há acordo. 
• Sobre Manoel e ti nada se pode 
falar. 
• Devo a ti esta conquista. 
Fique Ligado 
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• O presente é para mim. 
• Não saia sem mim. 
• Comprei um livro para ti. 
Observe a preposição essencial destacada 
nas sentenças. 
2ª regra: se o pronome utilizado na 
sentença for sujeito de um verbo, deve-se 
empregar os do caso RETO. 
• Não saia sem eu deixar. 
• Comprei um livro para tu leres. 
• O presente é para eu desfrutar. 
Observe que o pronome desempenha a 
função de sujeito do verbo destacado. 
Ou seja: mim não faz nada! 
Não vá o aluno se confundir com as 
sentenças em que a ordem frasal está alterada. 
Deve-se, nesses casos, tentar pôr a sentença na 
ordem direta. 
Ex.: Para mim, fazer exercícios é muito 
bom. - Fazer exercícios é muito bom para mim. 
Ex.: Não é tarefa para mim realizar esta 
revisão. - Realizar esta revisão não é tarefa para 
mim. 
Com causativos e sensitivos 
Regra com verbos causativos (mandar, 
fazer, deixar) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir). 
Quando os pronomes oblíquos átonos são 
empregados com verbos causativos ou sensitivos, 
pode haver a possibilidade de desempenharem a 
função de sujeito de uma forma verbal próxima. 
Veja o exemplo: 
Ex.: Fiz Juliana chorar. (sentença original) 
Ex.: Fi-la chorar. (sentença reescrita com a 
substituição do termo Juliana pelo pronome 
oblíquo) 
Explicando: em ambas as situações, a 
Juliana é a chorona. Isso quer dizer que o termo 
feminino que está na sentença é sujeito do verbo 
chorar. Pensando dessa maneira, entenderemos a 
primeira função da forma pronominal “la” que 
aparece na sentença reescrita. 
Outro fator a ser considerado é que o 
verbo fazer necessita de um complemento, 
portanto, é um verbo transitivo. Bem, ocorre que o 
complemento do verbo “fazer” não pode ter outro 
referente senão “Juliana”. Então, entendemos que 
na reescrita da frase, a forma pronominal “la” 
funciona como complemento do verbo “fazer” e 
sujeito do verbo “chorar”. 
Si e consigo 
Estes pronomes somente podem ser 
empregados, se se referirem ao sujeito da oração, 
pois possuem função reflexiva: 
Ex.: Alberto só pensa em si. (“Si” refere-se a 
“Alberto”: sujeito do verbo “pensar” 
Ex.: O aluno levou as apostilas consigo. 
(“consigo” refere-se ao termo “aluno”) 
Estão erradas, portanto, frases como 
estas: 
Ex.: Creio muito em si, meu amigo. 
Ex.: Quero falar consigo. 
Corrigindo: 
Ex.: Creio muito em você, meu amigo. 
Ex.: Quero falar contigo. 
Conosco e convosco 
Se vierem seguidas de uma expressão 
complementar, geralmente a palavra “todos”, 
desdobram-se em “com nós” e “com vós”: 
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Ex.: Este trabalho é com nós mesmos. 
Ele(s), ela(s) x o(s), a(s) 
É muito comum ouvirmos frases como: “Vi 
ela na esquina”, “Não queremos eles aqui”. Então, 
é errado falar ou escrever assim, pois o pronome 
em questão está sendo utilizado fora de seu 
emprego original, ou seja, como um complemento 
(ao passo que deveria ser apenas sujeito). O certo 
é: “Vi-a na esquina”, “Não os queremos aqui”. 
“o” e “a” são complementos diretos 
Ou seja, são utilizados juntamente aos 
verbos transitivos diretos, ou nos bitransitivos, 
como no exemplo a seguir: 
Ex.: comprei um carro para minha 
namorada = Comprei-o para ela. (Ocorreu a 
substituição do Objeto Direto) 
 
 
É importante lembrar que há uma 
especificidade em relação à colocação dos 
pronomes “o” e “a” depois de algumas palavras, 
eis as considerações: 
• Se a palavra terminar em R, S ou Z: 
tais letras devem ser suprimidas e 
o pronome há de ser empregado 
como lo, la, los, las. 
Ex.: Fazer as tarefas = fazê-las / 
querer o dinheiro = querê-lo. 
• Se a palavra terminar com ão, õe 
ou m: tais letras devem ser 
mantidas e o pronome há de ser 
empregado como no, na, nos, nas. 
Ex.: Compraram a casa = 
compraram-na / compõe a canção 
= compõe-na. 
“lhe” é um complemento indireto, 
equivalente a “a ele ou a ela”: 
Ou seja, é empregado juntamente a um 
verbo transitivo indireto ou a um verbo 
bitransitivo, como no exemplo: 
Ex.: Comprei um carro para minha 
namorada = comprei-lhe um carro, (Ocorreu a 
substituição do objeto indireto) 
 
 
Muitas bancas gostam de trocar as 
formas “o” e “a” por “lhe” o que não pode ser 
feito sem que a sentença seja totalmente 
reelaborada. 
De tratamento 
São pronomes de tratamento você, senhor, 
senhora, senhorita, fulano, sicrano, beltrano e as 
expressões que integram o quadro seguinte: 
P
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N
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A
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TU
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SI
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B
R
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TU
R
A
 
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R
A
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USA-SE PARA: 
Vossa 
Excelência(s) 
V. Ex.ª V. Ex.as Presidente (sem 
abreviatura), ministro, 
embaixador, 
governador, secretário 
de Estado, prefeito, 
senador, deputado 
federal e estadual, juiz, 
general, almirante, 
brigadeiro e 
presidente de câmara 
de vereadores; 
Vossa(s) 
Magnificência(s) 
V.Mag.ª V.Mag.as Reitor de universidade 
para o qual também se 
pode usar V. Ex.ª; 
Vossa(s) 
Senhoria(s) 
V.Sª V.S.as Qualquer autoridade 
ou pessoa civil não 
citada acima; 
Vossa(s) 
Santidade(s) 
V.S. VV.SS. Papa; 
Vossa(s) 
Eminência(s) 
V.Em.ª V.Em.as Cardeal; 
Vossa(s) 
Excelência(s) 
Reverendíssima(s
V.Exª.Rev
.ma 
V.Exas.Re
v.mas 
Arcebispo e bispo; 
Fique Ligado 
Fique Ligado 
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Vossa(s) 
Reverendíssima(s) 
V.Rev.ma V.Rev.ma
s 
Autoridade religiosa 
inferior às acima 
citada; 
Vossa(s) 
Reverência(s)V.Rev.ª V.Rev.ma
s 
Religioso sem 
graduação; 
Vossa(s) 
Majestade(s) 
V.M. VV.MM. Rei e imperador 
Vossa(s) Alteza(s) V.A. VV.AA. Príncipe, arquiduque e 
duque. 
 
 
Todas essas expressões se apresentam 
também com SUA para cujas abreviaturas basta 
substituir o “V” por “S”. 
Emprego dos pronomes de tratamento 
a) Vossa Excelência etc. x Sua Excelência 
etc. 
Os pronomes de tratamento iniciados com 
“Vossa(s)” empregam-se em uma relação direta, 
ou seja, indicam o nosso interlocutor, pessoa com 
quem falamos: 
Ex.: Soube que V. Ex.ª, Senhor Ministro, 
falou que não estava interessado no assunto da 
reunião. 
Empregaremos o pronome com a forma 
“Sua”, quando a relação não é direta, ou seja, 
quando falamos SOBRE a pessoa: 
Ex.: A notícia divulgada é de que Sua 
Excelência, o Presidente da República, foi flagrado 
em uma boate. 
b) Utilização da 3ª pessoa 
Os pronomes de tratamento são de 3ª 
pessoa; portanto, todos os elementos relacionados 
a eles devem ser empregados também na 3ª 
pessoa, para que se mantenha a uniformidade; 
Ex.: É preciso que V. Ex.a diga qual será o 
seu procedimento no caso em questão, a fim de que 
seus assessores possam agir a tempo. 
c) Uniformidade de Tratamento 
No momento da escrita ou da fala, não é 
possível ficar fazendo “dança das pessoas” com os 
pronomes. Quero dizer que se deve manter a 
uniformidade de tratamento. Para tanto, se você 
utilizar 3ª pessoa no início de uma sentença, deve 
utilizá-la ao longo de todo o texto. Preste atenção 
para ver como ficou estranha a construção abaixo: 
Ex.: Quando você chegar, eu te darei o 
presente. 
 
 
“Você” é de 3ª pessoa e “te” é de 2ª 
pessoa. Não há motivo para cometer tal engano. 
Tome cuidado, portanto. Podemos corrigir a 
sentença: 
Ex. : Quando tu chegares, eu te darei o 
presente. 
Ex.: Quando você chegar, eu lhe darei o 
presente. 
Demonstrativos 
São os que localizam ou identificam o 
substantivo ou uma expressão no espaço, no 
tempo ou no texto. 
MASCULINO FEMININO NEUTRO 
Este (s) Esta (s) Isto 
Esse (s) Essa (s) Isso 
Aquele (s) Aquela (s) Aquilo 
NO ESPAÇO NO TEMPO NO TEXTO 
Com o falante Com o O que se 
pretende dizer 
Fique Ligado 
Fique Ligado 
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falante ou 
imediatamente 
retomado. 
Pouco 
afastado 
Pouco 
afastado 
O que se disse 
anteriormente. 
Muito 
afastado 
Muito 
afastado 
O que se disse há 
ou o que se 
pretende dizer. 
Explicações e exemplos 
Quando o pronome retoma algo já 
mencionado no texto, dizemos que ele possui 
função Anafórica. Quando aponta para algo que 
será dito, dizemos que possui função Catafórica. 
Essa nomenclatura começou a ser cobrada em 
algumas questões de concurso público, portanto, é 
importante ter esses conceitos na ponta da língua. 
Exemplo de emprego dos demonstrativos: 
Ex.: Veja este livro que eu trouxe, é muito 
bom. 
Ex.: Você deve estudar mais! Isso é o que 
eu queria dizer. 
Ex.: Vê aquele mendigo lá na rua? Terrível 
futuro o aguarda. 
Há outros pronomes demonstrativos 
O, a, os,as, quando antecedem o relativo 
Que e podem ser permutados por: Aquele (s), 
Aquela (s), Aquilo: 
Ex.: Não entendi o que disseste. (Não 
entendi aquilo que disseste.) 
Ex.: Esta rua não é a que te indiquei. (Esta 
rua não é aquela que te indiquei.) 
Vejamos mais alguns exemplos para fixar o 
conteúdo: 
01. José e João são alunos do ensino médio. 
Este gosta de matematica, aquele gosta de 
português. Veja que a verdadeira relação 
estabelecida pelos pronomes demonstrativos 
focaliza, por meio do “este” o elemento mais 
próximo, por meio do “aquele” o elemento mais 
afastado. 
02. Esta sala precisa de bons professores. / 
Gostaria de que esse órgão pudesse resolver meu 
problema. 
Este(s), esta(s), isto indicam o local de 
onde escrevemos. Esse(s), essa(s), isso indicam o 
local em que se encontra o nosso interlocutor, 
• Tal (quando puder ser permutado 
por qualquer demonstrativo) 
• No acredito que você disse tal 
coisa. (aquela coisa) 
• Semelhante (quando puder ser 
permutado por qualquer 
demonstrativo) 
• Jamais me prestarei a semelhante 
canalhice. (esta canalhice) 
• Mesmo (quando modificar os 
pronomes eu, tu, nós e vás) 
• Eu mesmo investiguei o caso. 
a) de modo análogo classificamos o termo 
“próprio”. (eu próprio, ela própria) 
b) mesmo pode ainda funcionar como 
pronome neutro em frases como: “é o mesmo”, 
“vem a ser o mesmo”. 
 
 
Leia o texto: 
O barulhão da sumaumeira rendeu uma 
das mais difundidas histórias da Amazônia. 
Segundo a crença, o Curupira é o responsável pelo 
estrondo na mata. Armado com um casco de 
jabuti, ele bate com força nas sapopemas, a fim de 
verificar se elas estão fortes para resistir às 
tempestades. Para os índios ticuna, a sumaúma 
nos remete à formação da Amazônia: “No princípio 
Exercícios Comentados 
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estava tudo escuro, sempre frio e sempre noite. 
Uma enorme sumaumeira fechava o mundo, e por 
isso não entrava claridade na terra. Quando a 
árvore caiu, a luz apareceu. Do tronco formou-se o 
rio Amazonas. De seus galhos surgiram outros rios 
e igarapés.” 
01. (FCC) ... e por isso não entrava claridade na 
terra. 
O pronome grifado refere-se ao fato de 
que: 
c) a sumaumeira fechava o mundo. 
d) estava tudo escuro. 
e) era sempre frio e sempre noite. 
f) a luz apareceu. 
g) se formou o rio Amazonas. 
Resposta: “a” 
Comentário: o pronome “isso” é anafórico, 
ou seja, retoma o elemento antecedente. Se a 
leitura for realizada corretamente (com atenção), 
você verá que a palavra “isso” retoma o motivo 
pelo qual não entrava claridade na terra. 
Relativos 
São termos que relacionam palavras em 
um encadeamento. 
Os relativos da Língua Portuguesa são: 
Que: quando puder ser permutado por “o 
qual” ou um de seus termos derivados. Utiliza-se o 
pronome “que” para referências a pessoas ou 
coisas. 
O qual: empregado para referência a 
coisas ou pessoas. 
Quem: é equivalente, segundo o mestre 
Napoleão Mendes de Almeida, a dois 
pronomes — aquele e que. 
Quanto: será relativo quando seu 
antecedente for o termo “tudo”. 
Onde: é utilizado para estabelecer 
referência a lugares, sendo permutável por “em 
que” ou “no qual” e seus derivados. 
Cujo: possui um sentido possessivo. Não 
permite permuta por outro relativo. Tambem é 
preciso lembrar que o pronome cujo não admite 
artigo, pois já é variável (cujo / cuja, jamais cujo o, 
cuja a). 
 
 
Grave estas dicas: Não troque seu cujo por 
nada! Não enfie artigo no cujo! 
Ex.: O peão a que me refiro é Jonas. 
Ex.: A casa na qual houve o tiroteio foi 
interditada. 
Ex.: O homem para quem se enviou a 
correspondência é Alberto. 
Ex.: Não gastes tudo quanto tens. 
Ex.: O estado para onde vou é Minas 
Gerais. 
Ex.: Cara, o pedreiro em cujo serviço 
podemos confiar é Marcelino. 
 
Fique esperto: a preposição que está 
relacionada ao pronome é, em grande parte dos 
casos, oriunda do verbo que aparece 
posteriormente na sentença. As bancas costumam 
cobrar isso! 
Fique Ligado 
 Fique Ligado 
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Leia o texto: 
Compreende-se que a festa, representando 
tal paroxismo de vida e rompendo de um modo tão 
violento com as pequenas preocupações da 
existência cotidiana, surja ao indivíduo como outro 
mundo, em que ele se sente amparado e 
transformado por forças que o ultrapassam. A sua 
atividade diária, colheita, caça, pesca, ou criação 
de gado, limita-se a preencher o seu tempo e a 
prover as suas necessidades imediatas. É certo que 
ele lhe dedica atenção, paciência, habilidade, mas, 
mais profundamente, vive na recordação de uma 
festae na expectativa de outra, pois a festa figura 
para ele, para a sua memória e para o seu desejo o 
tempo das emoções intensas e da metamorfose do 
seu ser. 
02. (Cespe) A expressão “em que” poderia 
ser corretamente substituída por onde ou por no 
qual, sem que houvesse prejuízo à correção 
gramatical do texto. 
Resposta: certo 
Comentário: a expressão “em que” é 
composta por uma preposição somada a um 
pronome relativo, no caso em questão, a troca é 
possível, pois o elemento anterior é masculino — 
assim como a expressão “no qual”. A palavra 
“onde” retoma a ideia de lugar, isso garante sua 
permuta sem maiores problemas. 
Indefinidos 
São os que determinam o substantivo de modo 
vago, de maneira imprecisa. 
 
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS 
MASCULINO FEMININO 
SINGULAR PLURAL SINGULAR PLURAL 
algum alguns alguma algumas alguém 
certo certos certa certas algo 
muito muitos muita muitas nada 
nenhum Nenhuns nenhuma nenhumas Ninguém 
outro Outros outra outras Outrem 
qualquer quaisquer qualquer quaisquer cada 
quanto quantos quanta quantas 
tanto tantos tanta tanta 
Todo todos toda todas tudo 
Vário vários vária várias 
Pouco poucos pouca poucas 
 
Fique bem atento para as alterações de 
sentido relacionadas às mudanças de posição dos 
pronomes indefinidos. 
Ex.: Alguma pessoa passou por aqui 
ontem. Pessoa alguma passou por aqui ontem. 
Ex.: Alguma pessoa = ao menos uma 
criatura. Pessoa alguma = ninguém. 
Interrogativas 
Chamam-se interrogativos os pronomes 
que, quem, qual o quanto, empregados para 
formular uma pergunta direta ou indireta: 
• Que conteúdo estão estudando? 
• Diga-me que conteúdo estão 
estudando. 
• Quem vai passar no concurso? 
• Gostaria de saber quem vai passar 
no concurso. 
• Qual dos livros preferes? 
• Não sei qual dos livros preferes. 
• Quantos de coragem você tem? 
Exercícios Comentados 
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• Pergunte quanto de coragem você 
tem. 
Possessivos 
Com eles relacionamos a coisa possuída à 
pessoa gramatical possuidora. No quadro abaixo, 
estão relacionados aos pronomes pessoais. 
PESSOAIS POSSESSIVOS 
Eu meu, minha, meus, minhas 
Tu tu, tua, teus, tuas 
Ele, você, V.Ex.ª etc. seu, sua, seus, suas 
Nós nosso, nossa, nossos, nossas 
Vós vosso, vossa, vossos, vossas 
Eles seu, sua, seus, suas 
Emprego 
Ambiguidade - “Seu”, “sua”, “seus” e 
“suas” são os reis da ambiguidade (duplicidade de 
sentido) 
Ex.: O policial prendeu o maconheiro em 
sua casa. (casa de quem?) 
Ex.: Meu pai levou meu tio para casa em 
seu carro. (na caranga de quem?) 
Corrigindo: 
Ex.: O policial prendeu o maconheiro na 
casa deste. 
Ex.: Meu pai, em seu carro, levou meu tio 
para casa. 
Emprego especial - Não se usam os 
possessivos em relação às partes do corpo ou às 
faculdades do espírito. Devemos, pois, dizer: 
• Machuquei a mão. (E não “a minha 
mão”) 
• Ele bateu a cabeça. (E não “a sua 
cabeça”) 
• Perdeste a razão? (E não “a tua 
razão”) 
Substantivo 
É a palavra variável que designa 
qualidades, sentimentos, sensações, ações etc. 
Quanto a sua classificação, o substantivo 
pode ser: 
01. Primitivo (sem afixos): pedra 
02. Derivado (com afixos): pedreiro/ empedrado 
01. Simples (1 elemento): guarda 
02. Composto (mais de 1 elemento): guarda-
roupas 
01. Comum (designa ser genérico): copo, colher 
02. Próprio (designa ser específico): Maria, 
Portugal 
01. Concreto (existência própria): cadeira, lápis 
02. Abstrato (existência dependente): glória, 
amizade 
Os substantivos concretos 
Designam seres de existência própria 
como: padre, político, carro e árvore. Os 
substantivos abstratos nomeiam qualidades ou 
conceitos de existência dependente, como: beleza, 
fricção, tristeza e amor. 
Os substantivos próprios 
São sempre concretos e devem ser 
grafados com iniciais maiúsculas. Porém, alguns 
substantivos próprios podem vir a se tornar 
comuns, pelo processo de derivação imprópria 
que, geralmente, ocorre pela anteposição de um 
artigo e a grafia do substantivo com letra 
minúscula. (um judas = traidor / um panamá = 
chapéu). As flexões dos substantivos podem se dar 
em gênero, número e grau. 
Gênero dos substantivos 
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Quanto à distinção entre masculino e 
feminino, os substantivos podem ser: 
Biformes: quando apresentam uma forma 
para o masculino e outra para o feminino. (gato, 
gata, homem, mulher). 
Uniformes: quando apresentam uma única 
forma para ambos os gêneros. Nesse caso, eles 
estão divididos em: 
Epicenos: usados para animais de ambos 
os sexos (macho e fêmea) - besouro, jacaré, 
albatroz. 
Comum de dois gêneros: aqueles que 
designam pessoas. Nesse caso, a distinção é feita 
por um elemento ladeador (artigo, pronome) - 
terrícola, estudante, dentista, motorista; 
Sobrecomuns - apresentam um só gênero 
gramatical para designar pessoas de ambos os 
sexos - indivíduo, vítima, algoz; 
Em algumas situações, a mudança de 
gênero altera também o sentido do 
substantivo: 
Ex.: O cabeça (líder) / A cabeça (parte do 
corpo). /O número dos substantivos. 
Tentemos resumir as principais regras de 
formação do plural nos substantivos. 
TERMINAÇÃO VARIAÇÃO EXEMPLO 
Vogal ou ditongo Acréscimo do "s" Barco - Barcos 
M NS Pudim - pudins 
ÃO (primeiro caso) ÕES Ladrão - ladrões 
ÃO (segundo caso) ÃES Pão - pães 
ÃO (terceiro caso) S Cidadão – cidadãos 
R ES Mulher - mulheres 
Z ES Cartaz – cartazes 
N ES Abdômen - 
abdômenes 
S (oxítonos) ES Inglês - ingleses 
AL, EL, OL, UL IS Tribunal – tribunais 
IL (oxítonos) S Barril - Barris 
IL (paroxítonos) EIS Fóssil - fósseis 
ZINHO, ZITO S Anelzinho - 
aneizinhos 
Alguns substantivos são grafados apenas 
no plural: 
• alvíssaras; 
• anais; 
• antolhos; 
• belas-artes; 
• calendas; 
• cãs; 
• condolências; 
• esponsais; 
• exéquias; 
• fastos; 
• férias; 
• fezes; 
• núpcias; 
• óculos; 
• pêsames; 
O Grau do substantivo 
• Aumentativo / Diminutivo 
Analítico: quando se associam os adjetivos 
ao substantivo. Ex: carro grande, pé 
pequeno; 
Sintético: quando se adiciona ao 
substantivo sufixos indicadores de grau. Ex: 
carrão, pezinho. 
Sufixos 
Aumentativos: -ázio, -orra, -ola, -az, -ão, -
eirão, -alhão, -arão, -arrão, -zarrão; 
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Diminutivos: -ito, -ulo-, -culo, -ote, -ola, -
im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é 
obrigatório quando o substantivo terminar em 
vogal tônica ou ditongo: cafezinho, paizinho); 
O aumentativo pode exprimir tamanho 
(casarão), desprezo (sabichão, ministraço, 
poetastro) ou intimidade (amigão); enquanto o 
diminutivo pode indicar carinho (filhinho) ou ter 
valor pejorativo (livreco, casebre), além das noções 
de tamanho (bolinha). 
Verbo 
É a palavra com que se expressa uma ação 
(cantar, vender), um estado (ser, estar), mudança 
de estado (tornar-se) ou fenômeno da natureza 
(chover). 
Quanto à noção que expressam, os verbos 
podem ser classificados da seguinte maneira: 
Verbos Relacionais: exprimem estado ou 
mudança de estado. São os chamados verbos de 
ligação; 
Verbos Nocionais: exprimem ação ou 
fenômeno da natureza. São os chamados verbos 
significativos; 
Os Verbos Nocionais podem 
ser classificados da seguinte maneira: 
a) VI (Verbo Intransitivo): 
diz-se daquele que no necessita de um 
complemento para que se compreenda a ação 
verbal. Exemplos: morrer, cantar, sorrir, nascer, 
viver. 
b) VT (Verbo Transitivo): 
diz-se daquele que necessita de um 
complemento para expressar o afetado pela ação 
verbal. Divide-se em três tipos: 
Diretos: não possuem preposição para ligaro complemento verbal ao verbo. São exemplos os 
verbos querer, comprar, ler, falar etc. 
Indiretos: possuem preposição para ligar o 
complemento verbal ao verbo. São exemplos os 
verbos gostar, necessitar, precisar, acreditar etc. 
Diretos e Indiretos, ou Bitransitivos: 
possuem dois complementos, um não-
preposicionado, outro com preposição. São 
exemplos os verbos pagar, perdoar, implicar etc. 
Se você não compreendeu o que acabou 
de ler, preste atenção na dica que segue: 
 
Ex. João morreu. (quem morre, morre. Não 
é preciso um complemento para entender o verbo) 
Ex.: Eu quero um aumento. (quem quer, 
quer alguma coisa. É preciso um complemento 
para entender o sentido do verbo) 
Ex.: Eu preciso de um emprego. (quem 
precisa, precisa “de” alguma coisa. Deve haver 
uma preposição para ligar o complemento ao seu 
verbo. 
Ex.: Mário pagou a conta ao padeiro. 
(quem paga, paga algo a alguém. Há um 
complemento com preposição e um complemento 
sem preposição). 
Estrutura e conjugação dos verbos: 
Antes da parte mais densa, eu vou tentar 
clarear algumas coisas em relação aos verbos e sua 
estrutura: 
Os verbos possuem: 
Raiz: o que lhes guarda o sentido (cantar, 
correr, sorrir) 
Vogal temática: o que lhes garante a 
família conjugacional. (AR, ER, IR) 
Desinências: o que ajuda a conjugar ou 
norninalizar o verbo. (cantando, cantávamos) 
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Os verbos apresentam três conjugações, 
quer dizer, três famílias conjugacionais. Em função 
da vogal temática, podem-se criar três paradigmas 
verbais. De acordo com a relação dos verbos com 
esses paradigmas, obtém-se a seguinte 
classificação: 
Regulares: seguem o paradigma verbal de 
sua conjugação sem alterar suas raízes (amar, 
vender, partir); 
Irregulares: não seguem o paradigma 
verbal da conjugação a que pertencem. As 
irregularidades podem aparecer na raiz ou nas 
desinências (ouvir - ouço/ouve, estar - 
estou/estão); 
Anômalos: apresentam profundas 
irregularidades. São classificados como anômalos 
em todas as gramáticas os verbos ser e ir. 
Defectivos: não são conjugados em 
determinadas pessoas, tempo ou modo, portanto, 
apresentam algum tipo de “defeito” (falir - no 
presente do indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª 
pessoa do plural). Os defectivos distribuem-se em 
grupos: 
a) impessoais, 
b) unipessoais (vozes ou ruídos de animais, 
só conjugados nas 3 pessoas) 
c) antieufônicos (a sonoridade permite 
confusão com outros verbos) — demolir; falir, 
abolir etc. 
d) abundantes - apresentam mais de uma 
forma para uma mesma flexão. 
 Existe abundância conjugacional e 
participial. A primeira ocorre na conjugação de 
algumas formas verbais como, por exemplo, o 
verbo “haver”, que admite “nós havemos/hemos”, 
“vós haveis/heis”. A segunda ocorre com as formas 
nominais de particípio. Abaixo segue uma lista dos 
principais abundantes na forma participial. 
Verbos Particípio regular - 
empregado com os 
auxiliares TER e 
HAVER 
Particípio irregular - 
empregado com os 
auxiliares SER, ESTAR 
e FICAR 
aceitar Aceitado aceito 
acender Acendido aceso 
benzer Benzido bento 
Eleger Elegido eleito 
Entregar Entregado entregue 
Enxugar Enxugado enxuto 
Expressar expressado expresso 
Expulsar Expulsado expulso 
Extinguir Extinguido extinto 
Matar matado Morto 
Prender prendido preso 
Romper rompido roto 
Salvar salvado salvo 
Soltar soltado solto 
Suspender suspendido suspenso 
Tingir tingido tinto 
Flexão Verbal 
Relativamente à flexão verbal, anotamos: 
Número: singular ou plural; 
Pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3º. 
Tempo: referência ao momento em que se 
fala (pretérito, presente ou futuro). O modo 
imperativo só tem um tempo, o presente; 
Voz: ativa, passiva, reflexiva e recíproca 
(que trabalharemos mais tarde); 
Modo: indicativo (certeza de um fato ou 
estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de 
realização de um fato ou incerteza do estado) e 
imperativo (expressa ordem, advertência ou 
pedido). 
Formas Nominais do Verbo 
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As três formas nominais do verbo 
(infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem 
função exclusivamente verbal. 
Infinitivo: assemelha-se ao substantivo, 
indica algo atemporal — o nome do verbo, sua 
desinência característica é a letra R: amar, realçar, 
ungir etc. 
Gerúndio: equipara-se ao adjetivo ou 
advérbio pelas circunstâncias que exprime de ação 
em processo. Sua desinência característica é —
NDO: amando, realçando, ungindo etc. 
Particípio: tem valor e forma de adjetivo — 
pode também indicar ação concluída, sua 
desinência característica é —ADO ou —IDO para as 
formas regulares: amado, realçado, ungido etc. 
Tempos Verbais 
Dentro do Modo Indicativo, anotamos os 
seguintes tempos: 
Presente do indicativo: indica um fato real 
situado no momento ou época em que se fala; 
Ex.: Eu amo, eu vendo, eu parto. 
Pretérito perfeito do indicativo: indica um 
fato real cuja ação foi iniciada e concluída no 
passado; 
Ex.: Eu amei, eu vendi, eu parti. 
Pretérito imperfeito do indicativo: indica 
um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas 
não foi concluída ou era uma ação costumeira no 
passado; 
Ex.: Eu amava, eu vendia, eu partia. 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
indica um fato real cuja ação é anterior a outra 
ação já passada; 
Ex.: Eu amara, eu vendera, eu partira. 
Futuro do presente do indicativo: indica 
um fato real situado em momento ou época 
vindoura; 
Ex.: Eu amarei, eu venderei, eu partirei. 
Futuro do pretérito do indicativo: indica 
um fato possível, hipotético, situado num 
momento futuro, mas ligado a um momento 
passado; 
Ex.: Eu amaria, eu venderia, eu partiria. 
Dentro do Modo Subjuntivo, anotamos os 
seguintes tempos: 
Presente do subjuntivo: indica um fato 
provável, duvidoso ou hipotético situado no 
momento ou época em que se fala, Para facilitar a 
conjugação, utilize a conjunção “que”. 
Ex.: Que eu ame, que eu venda, que eu parta. 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: indica 
um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação 
foi iniciada mas não concluída no passado. Para 
facilitar a conjugação, utilize a Conjunção “se”. 
Ex.: Se eu amassasse, se eu vendesse, se eu 
partisse. 
Futuro do subjuntivo: indica um fato 
provável, duvidoso, hipotético, situado num 
momento ou época futura. Para facilitar a 
conjugação, utilize a conjunção “quando”. 
Ex.: Quando eu amar, quando eu vender, 
quando eu partir. 
Tempos compostos da voz ativa 
Constituem-se dos verbos auxiliares ter ou 
haver + particípio do verbo que se quer conjugar, 
dito principal. 
No modo Indicativo, os tempos compostos 
são formados da seguinte maneira: 
Pretérito perfeito: presente do indicativo 
do auxiliar + particípio do verbo principal (Tenho 
amado); 
Pretérito mais-que-perfeito: pretérito 
imperfeito do indicativo do auxiliar + particípio do 
verbo principal (Tinha amado); 
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Futuro do presente: futuro do presente do 
indicativo do auxiliar + particípio do verbo principal 
(Terei amado); 
Futuro do pretérito: futuro do pretérito 
indicativo do auxiliar + particípio do verbo principal 
(Teria amado). 
No modo Subjuntivo a formação se dá da 
seguinte maneira: 
Pretérito perfeito: presente do subjuntivo 
do auxiliar + particípio do VP (Tenha amado); 
Pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do 
subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tivesse 
amado); 
Futuro composto: futuro do subjuntivo do 
auxiliar + particípio do VP (Tiver amado). 
Quanto às formas nominais, elas são 
formadas da seguinte maneira: 
Infinitivo composto: infinitivopessoal ou 
impessoal do auxiliar + particípio do verbo 
principal (Ter vendido / Teres vendido); 
Gerúndio composto: gerúndio do auxiliar + 
particípio do verbo principal (Tendo partido). 
Cuidado com esse conteúdo, costuma ser 
cobrado em provas de concursos públicos. Deve, 
portanto, estudar muito e várias vezes este trecho 
do seu material. 
Quanto às vozes, os verbos apresentam 
voz: 
Ativa: sujeito é agente da ação verbal; (O 
corretor vende casas) 
Passiva: sujeito é paciente da ação verbal; 
(Casas são vendidas pelo corretor) 
Reflexiva: o sujeito é agente e paciente da 
ação verbal. (A garota feriu-se ao cair da escada) 
Recíproca: há uma ação mútua descrita na 
sentença. (Os amigos entreolharam-se) 
A voz passiva: cuja característica é possuir 
um sujeito paciente, ou seja, que é afetado pela 
ação do verbo! 
Tipos de voz passiva 
Analítica: verbo auxiliar + particípio do 
verbo principal isso significa que há uma locução 
verbal de voz passiva. 
Ex.: Casas são vendidas pelo corretor 
Veja mais alguns exemplos: 
Ex.: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito 
por ele (mantido o pretérito perfeito do indicativo) 
Ex.: O vento ia levando as folhas - As folhas 
iam sendo levadas pelo vento (mantido o gerúndio 
do verbo principal em um dos auxiliares). 
Ex.: Vereadores entregarão um prêmio ao 
gari — Um prêmio será entregue ao gari por 
vereadores (veja como a flexão do futuro se 
mantém na locução). 
Sintética: verbo apassivado pelo termo 
“se” (partícula apassivadora) + sujeito paciente. 
Ex.: Roubou-se o dinheiro do povo. 
Ex.: Fez-se o trabalho com pressa. 
É comum observar, em provas de concurso 
público, questões que mostram uma voz passiva 
sintética como aquela que é proveniente de uma 
ativa com sujeito indeterminado. 
Alguns verbos da língua portuguesa 
apresentam problemas de conjugação. A seguir 
temos uma lista, seguida de comentários sobre 
essas dificuldades de conjugação. 
Ex.: Compraram um carro novo (ativa); 
Ex.: Comprou-se um carro novo (passiva 
sintética). 
03. (FCC) A frase que NÃO admite 
transposição para a voz passiva está em: 
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a) Quando Rodolfo surgiu... 
b) ... adquiriu as impressoras... 
c) ... e sustentar, às vezes, família 
numerosa. 
d) ... acolheu-o como patrono. 
e) ... que montou [...] a primeira grande 
folhetaria do Recife ... 
Resposta: A 
Comentário: não se pode transpor o verbo 
da frase “A” para a voz passiva, porque ele é um 
Verbo intransitivo. Apenas os transitivos diretos e 
os bitransitivos admitem transposição para a voz 
passiva. 
Verbos com a conjugação irregular 
Abolir (defectivo) - não possui a 1º pessoa 
do singular do presente do indicativo, por isso não 
possui presente do subjuntivo e o imperativo 
negativo. (= banir, carpir, colorir, delinquir, 
demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, 
fulgir, haurir, retorquir, urgir) 
Acudir (alternância vocálica o/u) - presente 
do indicativo - acudo, acodes... e pretérito perfeito 
do indicativo - com u = bulir, consumir, cuspir, 
engolir, fugir) / Adequar (defectivo) - só possui a 1ª 
e a 2ª pessoa do plural no presente do indicativo. 
Aderir (alternância vocálica e/i) - presente 
do indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, 
despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir) 
Agir (acomodação gráfica g/j) - presente 
do indicativo - ajo, ages... ( afligir, coagir, erigir, 
espargir, refuIgir, restringir, transigir, urgir) 
Agredir (alternância vocálica e/i) - presente 
do indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos, 
agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir, 
transgredir) / Aguar (regular) - presente do 
indicativo - águo, águas..., - pretérito perfeito do 
indicativo - aguei, aguaste, aguou, aguamos, 
aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, 
minguar) 
Aprazer (irregular) - presente do indicativo 
- aprazo, aprazes, apraz... / pretérito perfeito do 
indicativo - aprouve, aprouveste, aprouve, 
aprouvemos, aprouvestes, aprouveram. 
Arguir (irregular com alternância vocálica 
o/u) - presente do indicativo - arguo (ú), arguis, 
argui, arguimos, arguis, arguem - pretérito perfeito 
- argui, arguiste... 
Atrair (irregular) - presente do indicativo - 
atraio, atrais... / pretérito perfeito - atraí, atraíste... 
(= abstrair, cair, distrair, sair, subtrair) 
Atribuir (irregular) - presente do indicativo 
- atribuo, atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, 
atribuem - pretérito perfeito - atribuí, atribuíste, 
atribuiu... ( afluir, concluir, destituir, excluir, 
instruir, possuir, usufruir) 
Averiguar (alternãncia vocálica o/u) - 
presente do indicativo - averiguo (ú), averiguas (ú), 
averigua (ú), averiguamos, averiguais, averiguam 
(ú) - pretérito perfeito - averiguei, averiguaste... - 
presente do subjuntivo - averigue, averigues, 
averigue... (= apaziguar) 
Cear (irregular) - presente do indicativo - 
ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - pretérito 
perfeito indicativo - ceei, ceaste, ceou, ceamos, 
ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: 
falsear, passear... - alguns apresentam pronúncia 
aberta: estreio, estreia...) 
Coar (irregular) - presente do indicativo - 
coo, côas, côa, coamos, coais, coam - pretérito 
perfeito - coei, coaste, coou... (= abençoar, 
magoar, perdoar) / Comerciar (regular) - presente 
do indicativo - comercio, comercias... - pretérito 
perfeito - comerciei... (= verbos em -iar, exceto os 
seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar, 
incendiar, odiar) 
Compelir (alternância vocálica e/i) - 
presente do indicativo - compilo, compeles... - 
pretérito perfeito indicativo - compeli, 
compeliste... 
Compilar (regular) - presente do indicativo 
- compilo, compilas, compila... - pretérito perfeito 
indicativo - compilei, compilaste... 
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Construir (irregular e abundante) - 
presente do indicativo - construo, constróis (ou 
constrúis), constrói (ou constrúi), construímos, 
construís, constroem (ou construem) — pretérito 
perfeito indicativo - construí, construíste... 
Crer (irregular) - presente do indicativo - 
creio, crês, crê, cremos, credes, creem -pretérito 
perfeito indicativo - cri, creste, creu, cremos, 
crestes, creram - imperfeito indicativo -cria, crias, 
cria, críamos, críeis, cria tu 
Falir (defectivo) - presente do indicativo - 
falimos, falis - pretérito perfeito indicativo - 
fali, faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se, 
refluir, renhir) 
Frigir (acomodação gráfica g/j e 
alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - 
frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem - 
pretérito perfeito indicativo - frigi, frigiste... 
Ir (irregular) - presente do indicativo - vou, 
vais, vai, vamos, ides, vão - pretérito perfeito 
indicativo - fui, foste... - presente subjuntivo - vá, 
vás, vá, vamos, vades, vão 
fazer (irregular) - presente do indicativo - 
jazo, jazes... - pretérito perfeito indicativo - jazi, 
jazeste, jazeu... 
Mobiliar (irregular) - presente do 
indicativo - mobílio, mobilias, mobília, mobiliamos, 
mobiliais, mobíliam - pretérito perfeito indicativo - 
mobiliei, mobiliaste... / Obstar (regular) - presente 
do indicativo - obsto, obstas... - pretérito perfeito 
indicativo - obstei, obstaste... 
Pedir (irregular) - presente do indicativo - 
peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem - 
pretérito perfeito indicativo - pedi, pediste... (= 
despedir, expedir, medir) / Polir (alternância 
vocálica e/i) - presente do indicativo - pulo, pules, 
pule, polimos, polis, pulem - pretérito perfeito 
indicativo - poli, poliste... 
Precaver-se (defectivo e pronominal) - 
presente do indicativo - precavemo-nos, precaveis-
vos - pretérito perfeito indicativo - precavi-me, 
precaveste-te... / Prover (irregular) - presente do 
indicativo - provejo,provês, provê, provemos, 
provedes, proveem - pretérito perfeito indicativo - 
provi, proveste, proveu... / Reaver (defectivo) - 
presente do indicativo - reavemos, reaveis - 
pretérito perfeito indicativo - reouve, reouveste, 
reouve... (verbo derivado do haver, mas só é 
conjugado nas formas verbais com a letra v) 
Remir (defectivo) - presente do indicativo - 
remimos, remis - pretérito perfeito indicativo - 
remi, remiste... 
Requerer (irregular) - presente do 
indicativo - requeiro, requeres... - pretérito 
perfeito indicativo - requeri, requereste, 
requereu... (derivado do querer, diferindo dele na 
1ª pessoa do singular do presente do indicativo e 
no pretérito perfeito do indicativo e derivados, 
sendo regular) 
Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, 
rir, ri, rimos, rides, riem — pretérito perfeito 
indicativo - ri, riste... (= sorrir) 
Saudar (alternância vocálica) - presente do 
indicativo - saúdo, saúdas... - pretérito perfeito 
indicativo - saudei, saudaste... 
Suar (regular) - presente do indicativo - 
suo, suas, sua... - pretérito perfeito indicativo 
- suei, suaste, suou... (= atuar, continuar, habitua r, 
individuar, recuar, situar) 
Valer (irregular) - presente do indicativo - 
valho, vales, vale... - pretérito perfeito indicativo - 
vali, valeste, valeu... 
Também merecem atenção os seguintes 
verbos irregulares: 
Pronominais: Apiedar-se, dignar-se, 
persignar-se, precaver-se; 
Caber 
Presente do indicativo: 
Caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, 
cabem; 
Presente do subjuntivo: 
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Caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, 
caibam; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Coube, coubeste, coube, coubemos, 
coubestes, couberam; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
coubera, couberas, coubera, coubéramos, 
coubéreis, couberam; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
coubesse, coubesses, coubesse, 
coubéssemos, coubésseis, coubessem; 
Futuro do subjuntivo: 
Couber, couberes, couber, coubermos, 
couberdes, couberem. 
Dar 
Presente do indicativo: 
Dou, dás, dá, damos, dais, dão; 
Presente do subjuntivo: 
Dê, dês, dê, demos, deis, deem; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Dei, deste, deu, demos, destes, deram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Dera, deras, dera, déramos, déreis, deram; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Desse, desses, desse, déssemos, désseis, 
dessem; 
Futuro do subjuntivo: 
Der, deres, der, dermos, derdes, derem. 
Dizer 
Presente do indicativo: 
Digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem; 
Presente do subjuntivo: 
Diga, digas, diga, digamos, digais, digam; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, 
disseram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Dissera, disseras, dissera, disséramos, 
disséreis, disseram; 
Futuro do presente: 
Direi, dirás, dirá, etc.; 
Futuro do pretérito: 
Diria, dirias, diria, etc.; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, 
dissésseis, dissessem; 
Futuro do subjuntivo: 
Disser, disseres, disser, dissermos, 
disserdes, disserem; 
Estar 
Presente do indicativo: 
Estou, estás, está, estamos, estais, estão; 
Presente do subjuntivo: 
Esteja, estejas, esteja, estejamos, estejais, 
estejam; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
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Estive, estiveste, esteve, estivemos, 
estivestes, estiveram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Estivera, estiveras, estivera, estivéramos, 
estivéreis, estiveram; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Estivesse, estivesses, estivesse, 
estivéssemos, estivésseis, estivessem; 
Futuro do subjuntivo: 
Estiver, estiveres, estiver, estivermos, 
estiverdes, estiverem; 
Fazer 
Presente do indicativo: 
Faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem; 
Presente do subjuntivo: 
Faça, faças, faça, façamos, façais, façam; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, 
fizeram; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, 
fizésseis, fizessem; 
Futuro do subjuntivo: 
Fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, 
fizerem. Seguem esse modelo desfazer, liquefazer 
e satisfazer. 
Os particípios desse verbo e seus derivados 
s o irregulares: Feito, desfeito, liquefeito, satisfeito, 
etc. 
Haver 
Presente do indicativo: 
Hei, hás, há, havemos, haveis, hão; 
Presente do subjuntivo: 
Haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Houve, houveste, houve, houvemos, 
houvestes, houveram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Houvera, houveras, houvera, houvéramos, 
houvéreis, houveram; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Houvesse, houvesses, houvesse, 
houvéssemos, houvésseis, houvessem; 
Futuro do subjuntivo: 
Houver, houveres, houver, houvermos, 
houverdes, houverem. 
Ir 
Presente do indicativo: 
Vou, vais, vai, vamos, ides, vão; 
Presente do subjuntivo: 
Vá, vás, vá, vamos, vades, vão; 
Pretérito imperfeito do indicativo: 
Ia, ias, ia, íamos, íeis, iam; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Fui, foste, foi, fomos, fostes, foram; 
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Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, 
fossem; 
Futuro do subjuntivo: 
For, fores, for, formos, fordes, forem. 
Poder 
Presente do indicativo: 
Posso, podes, pode, podemos, podeis, 
podem; 
Presente do subjuntivo: 
Possa, possas, possa, possamos, possais, 
possam; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, 
puderam; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Pudera, puderas, pudera, pudéramos, 
pudéreis, puderam; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, 
pudésseis, pudessem; 
Futuro do subjuntivo: 
Puder, puderes, puder, pudermos, 
puderdes, puderem. 
Pôr 
Presente do indicativo: 
Ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem; 
Presente do subjuntivo: 
Ponha, ponhas, ponha, ponhamos, 
ponhais, ponham; 
Pretérito imperfeito do indicativo: 
Punha, punhas, punha, púnhamos, 
púnheis, punham; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, 
puseram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Pusera, puseras, pusera, puséramos, 
puséreis, puseram; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, 
pusésseis, Iusessem; 
Futuro do subjuntivo: 
Puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, 
puserem. 
Todos os derivados do verbo pôr seguem 
exatamente esse modelo: Antepor, Compor, 
contrapor, decompor, depor, descompor; dispor, 
expor, impor, indispor, interpor, opor, pos por, 
predispor, pressupor, propor, recompor, repor, 
sobrepor, supor, transpor são alguns deles. 
Querer 
presente do indicativo: 
Quero, queres, quer, queremos, quereis, 
querem; 
Presente do subjuntivo: 
Queira, queiras, queira, queiramos, 
queirais, queiram; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
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Quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, 
quiseram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Quisera, quiseras, quisera, quiséramos, 
quiséreis, quiseram; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Quisesse, quisesses, quisesse, 
quiséssemos, quisésseis, quisessem; 
Futurodo subjuntivo: 
Quiser, quiseres, quiser, quisermos, 
quiserdes, quiserem; 
Saber 
Presente do indicativo: 
Sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem; 
Presente do subjuntivo: 
Saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, 
saibam; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
soube, soubeste, soube, soubemos, 
soubestes, souberam; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Soubera, souberas, soubera, soubéramos, 
soubéreis, souberam; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Soubesse, soubesses, soubesse, 
soubéssemos, soubésseis, soubessem; 
Futuro do subjuntivo: 
souber, souberes, souber, soubermos, 
souberdes, souberem. 
Ser 
Presente do indicativo: 
Sou, és, é, somos, sois, são; 
Presente do subjuntivo: 
Seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam; 
Pretérito imperfeito do indicativo: 
Era, eras, era, éramos, éreis, eram; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Fui, foste, foi, fomos, fostes, foram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, 
fossem; 
Futuro do subjuntivo: 
For, fores, for, formos, fordes, forem. 
As segundas pessoas do imperativo 
afirmativo são: Sê (tu) e sede (vós). 
Ter 
Presente do indicativo: 
Tenho, tens, tem, temos, tendes, têm; 
Presente do subjuntivo: 
Tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, 
tenham; 
Pretérito imperfeito do indicativo: 
Tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, 
tinham; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
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Tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, 
tiveram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, 
tiveram; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, 
tivésseis, tivessem; 
Futuro do subjuntivo: 
Tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, 
tiverem. 
Seguem esse modelo os verbos : Ater, 
conter, deter, entreter, manter, reter. 
Trazer 
Presente do indicativo: 
Trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, 
trazem; 
Presente do subjuntivo: 
Traga, tragas, traga, tragamos, tragais, 
tragam; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, 
trouxestes, trouxeram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Trouxera, trouxeras, trouxera, 
trouxéramos, trouxéreis, trouxeram; 
Futuro do presente: 
Trarei, trarás, trará, etc.; 
Futuro do pretérito: 
Traria, trarias, traria, etc.; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Trouxesse, trouxesses, trouxesse, 
trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem; 
Futuro do subjuntivo: 
Trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, 
trouxerdes, trouxerem. 
Ver 
Presente do indicativo: 
Vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem; 
Presente do subjuntivo: 
Veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Vi, viste, viu, vimos, vistes, viram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Vira, viras, vira, víramos, vireis, viram; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Visse, visses, visse, víssemos, vísseis, 
vissem; 
Futuro do subjuntivo: 
Vir, vires, vir, virmos, virdes, virem. 
Seguem esse modelo os derivados antever, 
entrever, prever, rever. Prover segue o modelo 
acima apenas no presente do indicativo e seus 
tempos derivados; nos demais tempos, comporta-
se como um verbo regular da segunda conjugação. 
Vir 
Presente do indicativo: 
Venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm; 
Presente do subjuntivo: 
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Venha, venhas, venha, venhamos, venhais, 
venham; 
Pretérito imperfeito do indicativo: 
Vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, 
vinham; 
Pretérito perfeito do indicativo: 
Vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram; 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, 
vieram; 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
Viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, 
viessem; 
Futuro do subjuntivo: 
Vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem; 
Particípio e gerúndio: 
Vindo. 
Emprego do infinitivo 
Apesar de no haver regras bem definidas, 
podemos anotar as seguintes ocorrências: 
01. Usa-se o impessoal: 
• sem referência a nenhum sujeito: É 
proibido estacionar na calçada; 
• nas locuções verbais: Devemos 
pensar sobre a sua situação; 
• se o infinitivo exercer a função de 
complemento de adjetivos: É uma 
questão fácil de resolver; 
• se o infinitivo possuir valor de 
imperativo — O comandante 
gritou: “marchar” 
02. Usa-se o pessoal: 
• quando o sujeito do infinitivo é 
diferente cio sujeito da oração 
principal: Eu não te culpo por seres 
um imbecil; 
• quando, por meio de flexão, se 
quer realçar ou identificar a pessoa 
do sujeito: No foi bom agires dessa 
forma; 
 
04. (FCC) Hoje se acredita que a família 
nuclear tenha se estabelecido por trazer vantagens 
evolutivas. 
O emprego da forma verbal grifada acima 
denota, considerando-se o contexto: 
a) condição de realização de um fato. 
b) ação terminada no passado. 
c) hipótese plausível. 
d) dúvida baseada em fatos. 
e) fato concreto. 
Resposta: c 
Comentário: o verbo em destaque está 
conjugado no Modo Subjuntivo. Isso quer dizer que 
a forma verbal expresso uma ideia de hipótese 
passível de realização. 
 
01. (FCC /12- TRT 6º Região) Levando-se em conta 
as alterações necessárias, o termo grifado foi 
substituído corretamente por um pronome em: 
a) A Inveja habita o fundo de um vale = habitá-lo 
b) jamais se acende o fogo = lhe acende 
c) serviu de modelo a todos = serviu-os 
d) infectar a jovem Aglauros = infectá-la 
Exercícios Comentados 
Vamos praticar: 
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e) ao dilacerar os outros = dilacerar-lhes 
 
Leia o texto: 
 
Na era das redes sociais, algumas formas 
de comunicação arcaicas ainda dão resultado. O 
canadense Harold Hackett que o diga. Morador da 
Ilha Príncipe Eduardo, uma das dez províncias do 
Canadá, ele enviou mais de 4.800 mensagens em 
uma garrafa e recebeu 3.100 respostas de pessoas 
de várias partes do mundo. De acordo com a BBC, 
o canadense envia as mensagens desde 1996. O 
seu método é simples. Harold utiliza garrafas de 
suco de laranja e se certifica de que as mensagens 
estão com data. Antes de enviá-las, checa o 
sentido dos ventos — que devem rumar de 
preferência para oeste ou sudoeste. Algumas 
cartas demoraram 13 anos para voltar para ele. 
 
02. (CESPE -2012 - MPE-PI) A forma pronominal 
“las” em “enviá-las” (R.10), pode fazer referência 
tanto ao termo “garrafas” (R.8) quanto ao termo 
“mensagens” (R. 9). 
 
03. (CESGRANRIO - 2012 - LIQUIGAS- )“A gente se 
acostuma a morar em apartamentos de fundos.” 
Nós nos acostumamos a morar em 
apartamentos de fundos. 
A troca de pronomes também respeita as 
regras de concordância estabelecidas na norma-
padrão em: 
a) Tu te acostuma / Você se acostuma. 
b) Tu se acostuma / Você se acostumas. 
c) Tu te acostumas / Você se acostuma. 
d) Tu te acostumas / Você vos acostuma. 
e) Tu te acostumas / Você vos acostumais. 
 
04. (CESPE - 2012 - MPE-Pl) 
Nossa espécie passou os últimos 150 mil 
anos melhorando o cérebro. Mas uma pesquisa 
recém-publicada por uma equipe da Universidade 
de Cambridge reforçou uma tese recorrente na 
neurociência: a de que nossa inteligência chegou a 
seu limite. Os estudos ainda devem prosseguir 
para confirmá-la, mas esse trabalho, somado aos 
que vinham sendo realizados nos últimos anos, não 
deixa margem para muitas dúvidas. 
No trecho “somado aos que vinham sendo 
realizados nos últimos anos” (R.6-7), o elemento 
“aos” poderia ser corretamente substituído por 
àqueles.05. (FAURGS - 2012 - TJ-RS) 
As bibliotecas virtuais têm, de certo modo, 
os predicados _______ o escritor argentino Jorge 
Luis Borges define a sua fantástica Biblioteca de 
Babel: são ilimitadas e periódicas. 
Desse modo, atualizam, no que oferecem e na 
forma ______ o oferecem, uma espécie de 
otimismo cético próprio do racionalismo. A 
biblioteca está e vai com você onde você estiver, 
como uma Babel feita do paradoxo do 
conhecimento: quanto mais se sabe, mais há para 
saber, de modo que, o máximo sendo também o 
mínimo, nunca nos falte nem a pergunta ilimitada, 
nem a resposta periódica ________ os livros e 
revistas postos ao alcance de nosso cotidiano 
podem nos ajudar a formular, ou, ao menos, 
entrever. 
Assinale a alternativa que preenche, 
correta e respectivamente, as lacunas das linhas. 
a) que—como—que 
b) com que—que—a que 
c) com que — como — que 
d) que—como—aque 
e) que—que—aque 
 
06. (CESGRANRIO - 2012 — Petrobrás) Os 
substantivos grafados com ç são derivados de 
verbos: produção, redução, desaceleração, 
projeção. 
Quais os verbos a seguir que formam 
substantivos com a mesma grafia: 
a) admitir, agredir, intuir 
b) discutir, emitir, aferir 
c) inquirir, imprimir, perseguir 
d) obstruir, intervir, conduzir 
e) reduzir, omitir, extinguir 
 
07. (NUCEPE -2012- PM-PI)- Adaptada. Assinale a 
opção em que o substantivo apresentado é uma 
palavra de gênero feminino. 
a) “sinal” (linha 04). 
b) “palco” (linha 13). 
c) “comunidade” (linha 12). 
d) “lugares” (linha 11). 
e) “jornais” (linha 18). 
 
08. (CEPERJ - 2012 - PROCON-RJ) Os verbos 
considerados impessoais devem se manter 
invariáveis, no singular, segundo as normas de 
concordância verbal. 
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Há um caso de verbo impessoal no 
seguinte exemplo do texto: 
a) “você não vê há três meses” 
b) “Para lá fui enviada.” 
c) “um gigantesco caminhão que andava” 
d) “aquilo nos pareceu absurdo” 
e) “E não precisará de recall para isso.” 
 
09. (FCC - 2012 - TRE-SP) Ainda que os modernistas 
de 1922 não se ............ componentes de uma 
escola, nem .... ter postulados rigorosos em comum, 
um grande desejo de expressão livre os unificava. 
Na frase acima, a correção será mantida 
caso a conjugação dos verbos originalmente 
empregados consideraram e afirmaram for 
modificada de modo que as formas verbais 
resultantes sejam, respectivamente: 
a) considerarem e afirmarem. 
b) considerassem e afirmassem. 
c) consideravam e afirmavam. 
d) considerariam e afirmariam. 
e) considerar e afirmar. 
 
10. (FUNCAB - 2012 - MPE-RO) Em “(...) A 
empregada já HAVIA CHEGADO e estava no portão, 
olhando o movimento.(...)” o tempo verbal mostra 
uma ação: 
a) iniciada no passado, continuada no presente. 
b) realizada em futuro próximo. 
c) subordinada a uma ação futura. 
d) repetida, independente da ação passada. 
e) já terminada. 
 
Leia o texto: 
Eu sei morrer. Morri desde pequena. E dói, 
mas a gente finge que não dói. Estou com tanta 
saudade de Deus. E agora vou morrer um 
pouquinho. Estou tão precisada. Sim. Aceito, my 
Lord. Sob protesto. Mas Brasília é esplendor. Estou 
assustadíssima. 
 
No que concerne a aspectos gramaticais do 
texto acima, julgue (C ou E) os itens a seguir. 
 
11. (CESPE - 2012 - Instituto Rio Branco) Da 
combinação inusitada do verbo morrer, flexionado 
no pretérito perfeito do indicativo, com a expressão 
adverbial “desde pequena” (L.8) infere-se uma 
compreensão da morte diferente da que estaria 
implícita caso tivesse sido empregada a locução 
verbal Venho morrendo. 
 
12. (FCC- 2012 TRE/PR- Téc. Jud.) Na Antiguidade, 
os egípcios tinham nas letras um objeto sagrado, 
inventado pelos deuses. O verbo flexionado nos 
mesmos tempo e modo em que se encontra o 
grifado acima está em: 
a) Por meio da observação do cérebro de crianças 
e adultos, verificou-se de forma bastante clara ... 
b) ... que o ato de escrever desencadeia ligações 
entre os neurônios 
c) Com a digitação, essa área fica inativa. 
d) ... a caligrafia constava entre as habilidades 
avaliadas nos exames de admissão do antigo 
ginásio até a década de 70 ... 
e) ... entre as gerações que chegam aos bancos 
escolares. 
 
13. (FCC/12- TRT 6ª Região.) ... que já detestava a 
jovem... 
O verbo empregado nos mesmos tempo e 
modo que o grifado acima está em: 
a) A Inveja habita o fundo de um vale... 
b) ... todos os que falaram desse sentimento... 
c) ... porque esta a espionara... 
d) ... que interceda junto a Hersé... 
e) Não admitia que a mortal... 
 
14. (Vunesp 2011- TJM-SP- Escrevente) No 
contexto, a correlação expressa pelos verbos 
destacados na frase - Se o fizesse não teria 
coragem de me olhar no espelho. - indica 
a) hipótese sobre a consequência de mentir. 
b) necessidade de comunicar-se sem enganar. 
c) certeza acerca de ser desnecessária a mentira. 
d) dúvida em relação àquilo que motiva a mentira. 
e) negação de que a mentira seja viável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1 – D 2 – CERTO 3 – C 4 - CERTO 5 – C 
6 – D 7 – C 8 – A 9 – B 10 – E 
11 – 
CERTO 
12 – D 13 – E 14 – A 
 
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MÓDULO 03 
 
Regência Verbal e Nominal 
Regência é a parte da Gramática 
Normativa que estuda a relação entre dois termos, 
verificando se um termo serve de complemento a 
outro e se nessa complementação há uma 
preposição. 
Dividimos a Regência em: 
a) Regência Verbal (ligada aos verbos). 
b) Regência Nominal (ligada aos 
substantivos, adjetivos ou advérbios). 
Regência Verbal 
Deve-se analisar, nesse caso, a necessidade 
de compIementação, a presença ou ausência da 
preposição e a possibilidade de mudança de 
sentido do texto. 
Vamos aos casos: 
01. Agradar e desagradar: 
São transitivos indiretos (com preposição 
a) nos sentidos de satisfazer, contentar: 
Ex.: A biografia de Aníbal Machado 
agradou/desagradou à maioria dos leitores. 
Ex.: A criança agradava ao pai por ser 
muito comportada. 
02. Agradar: 
Pode ser transitivo direto (sem preposição) 
se significar acariciar, afagar: 
Ex.: Agradar a esposa. 
Ex.: Pedro passava o dia todo agradando 
os seus gatos. 
03. Agradecer: 
Transitivo direto e indireto, com a 
preposição a, no sentido de demonstrar 
gratidão a alguém. 
Ex.: Agradecemos a Santo Antônio o 
milagre alcançado. 
Ex.: Agradecemos-lhes a benesse 
concedida. 
O verbo em questão também pode ser 
transitivo direto, no sentido de mostrar gratidão 
por alguma coisa: 
Ex.: Agradeço a dedicação de todos os 
estudantes. 
Ex.: Os pais agradecem a dedicação dos 
professores para com os alunos. 
04. Aspirar: 
É transitivo indireto (preposição a), nos 
sentido de desejar, pretender ou almejar. 
Ex.: Sempre aspirei a um cargo público. 
Ex.: Manoel aspirava a ver novamente a 
família na Holanda. 
05. Aspirar: 
É transitivo direto na acepção de inalar, 
sorver, tragar, ou seja, mandar para dentro. 
Ex.: Aspiramos o perfume das flores. 
Ex.: Vimos a empregada aspirando a 
poeira do sofá. 
06. Assistir: 
É transitivo direto, no sentido de ajudar, 
socorrer, etc. 
Ex.: O professor assistia o aluno. 
Ex.: Devemos assistir os mais necessitados. 
07. Assistir: 
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É transitivo indireto (complemento regido 
pela preposição a) no sentido de ver ou presenciar: 
Ex.: Assisti aos comentário da palestra 
anterior. 
Ex.: Você deve assistir às aulas do 
professor! 
08. Assistir: 
É transitivo indireto (complemente regido 
pela preposição a) no sentido de “ser próprio de”, 
“pertencer a”: 
Ex.: O direito à vida assiste ao ser humano. 
Ex.: Essecomportamento assiste às 
pessoas vitoriosas. 
09. Assistir: 
É intransitivo no sentido de morar ou 
residir: 
Ex.: Maneco assistira em Salvador. 
10. Chegar: 
É verbo intransitivo e possui os adjuntos 
adverbiais de lugar introduzidos pela preposição a: 
Ex.: Chegamos a Cascavel pela manhã. 
Ex.: Este é o ponto a que pretendia chegar. 
Caso a expressão indique posição em um 
deslocamento, admite-se a preposição em: 
Ex.: Cheguei no trem à estação. 
Os verbos ir e vir têm a mesma regência de 
chegar. 
Ex.: Nós iremos à praia amanhã. 
Ex.: Eles vieram ao cursinho para estudar. 
11. Custar 
Ter valor ou preço: verbo transitivo direto. 
Ex.: O avião custa 100 mil reais. 
Ter como resultado certa perda ou revés: 
verbo transitivo indireto e direto. 
Ex.: Essa atitude custou-lhe a vida. 
Ser difícil ou trabalhoso: intransitivo. 
Ex.: Custa muito entender esse raciocínio. 
Levar tempo ou demorar: intransitivo. 
Ex.: Custa a vida para aprender a viver. 
12. Esquecer/lembrar: 
Possuem a seguinte regra — se forem 
pronominais, terão complemento regido pela 
preposição “de”, se não forem, não haverá 
preposição. 
Ex.: Lembrei-me de seu nome. / Esqueci-me 
de seu nome. 
Ex.: Lembrei seu nome. / Esqueci seu nome. 
13. Gostar 
É transitivo indireto no sentido de apreciar 
(complemento introduzido pela preposição “de”) 
14. Gostar: 
Como sinônimo de experimentar ou provar 
é transitivo direto. 
Ex.: Gostei a sobremesa apenas uma vez e 
já adorei. 
Ex.: Gostei o chimarrão uma vez e não mais 
o abandonei. 
15. Implicar: pode ser 
Ex.: Transitivo direto (sentido de acarretar): 
Cada escolha implica uma renúncia. 
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Ex.: Transitivo direto e indireto (sentido de 
envolver alguém em algo)/ Implicou a irmã no 
crime. 
Ex.: Transitivo indireto (sentido de 
rivalizar)/ Joana estava implicando com o irmão 
menor. 
16. O verbo informar é bitransitivo, ou seja, 
é transitivo direto e indireto. 
Quem informa, informa 
Ex.: algo a alguém: Informei o acontecido 
para Jonas. 
Ex. :alguém de algo: Informei-o do 
acontecido. 
Ex.: alguém sobre algo: Informei-o sobre o 
acontecido. 
17. Morar / Residir: 
Verbos intransitivos (ou, como preconizam 
alguns dicionários transitivo adverbiado), cujos 
adjuntos adverbiais de lugar são introduzidos pela 
preposição “em”. 
Ex.: José mora em Alagoas. 
Ex.: Há boas pessoas residindo em todos os 
estados do Brasil. 
18. Obedecer 
É um verbo transitivo indireto: 
Ex.: Os filhos obedecem aos pais. 
Ex.: Obedeça às leis de trânsito. 
 
 
Embora transitivo indireto, admite forma 
passiva: 
Ex.: Os pais são obedecidos pelos filhos. 
O antônimo “desobedecer” também segue 
a mesma regra. 
19. Perdoar: 
É transitivo direto e indireto, com objeto 
direto de coisa e indireto de pessoa: 
Ex.: Jesus perdoou os pecados aos 
pecadores. 
Ex.: Perdoava-lhe a desconsideracão. 
 
 
Perdoar admite a voz passiva: 
Ex.: Os pecadores foram perdoados por 
Deus. 
20. Precisar: 
É transitivo indireto (complemento regido 
pela preposição de) no sentido de “necessitar”. 
Ex.: Precisaremos de uma nova Gramática. 
21. Precisar: 
É transitivo direto no sentido de indicar 
com precisão. 
Ex.: Magali não soube precisar_quando o 
marido voltaria da viagem. 
22. Preferir 
É um verbo bitransitivo, ou seja, é 
transitivo direto e indireto, sempre exigindo a 
preposição a (preferir alguma coisa a outra): 
Ex.: Adelaide preferiu o filé ao risoto. 
Ex.: Prefiro estudar a ficar em casa 
descansando. 
Ex.: Prefiro o sacrifício à desistência. 
Fique Ligado 
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 É incorreto reforçar o verbo “preferir” ou 
utilizar a locução do que 
23. proceder 
É intransitivo na acepção de “ter 
cabimento”. 
Ex.: Suas críticas são vazias, não procedem. 
24. proceder 
É também intransitivo na acepção de 
“portar-se”. 
Ex.: Todas as crianças procederam bem ao 
lavarem as mãos antes do lanche. 
25. proceder 
No sentido de “ter procedência” é utilizado 
com a preposição de: 
Ex.: Acredito que a dúvida proceda do 
coracão dos curiosos. 
26. proceder 
É transitivo indireto exigindo a preposição 
no sentido de “dar início”: 
Ex.: Os investigadores procederam ao 
inquérito rapidamente. 
27. Querer 
É transitivo direto no sentido de “desejar”: 
Ex.: Eu quero um carro novo. 
28. Querer 
É transitivo indireto (com o complemento 
de pessoa) no sentido de “ter afeto”. 
Ex.: Quero muito a meus alunos que são 
dedicados. 
29. Solicitar 
É utilizado na maior parte dos casos, como 
transitivo direto e indireto. Nada impede, 
entretanto, que se construa como transitivo direto. 
Ex.: O juiz solicitou as provas ao advogado. 
Ex.: Solicito seus documentos para a 
investidura no cargo. 
30. Visar 
É transitivo direto na acepção de mirar. 
Ex: O atirador visou o alvo e disparou um 
tiro certeiro. 
31. Visar 
É transitivo direto também no sentido de 
“dar visto”, “assinar”. 
Ex.: O gerente havia visado o relatório do 
estagiário. 
32. Visar 
É transitivo indireto, exigindo a preposição 
a, na acepção de “ter em vista”, “pretender”, 
“almejar”. 
Ex.: Pedro visava ao amor de Mariana. 
Ex.: As regras gramaticais visam 
uniformidade da expressão linguística. 
Regência Nominal 
Alguns nomes (substantivos, adjetivos e 
advérbios) são comparáveis aos verbos transitivos 
indiretos: precisam de um complemento 
introduzido por uma preposição. 
Acompanhemos os principais termos que 
exigem regência especial. 
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SUBSTANTIVO 
Admiração a por Devoção a, 
para, com, por 
Medo a, de 
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a 
Atentado a, contra Dúvida acerca 
de, em, sobre 
Ojeriza a, por 
Bacharel em Horror a Proeminência sobre 
Capacidade de, para Impaciência 
com 
Respeito a, com, 
para com, por 
Exceção a Excelência em Exatidão de, em 
Dissonância entre Divergência 
com, de, em, 
entre, sobre 
Referência a 
Alusão a Acesso a Menção a 
ADJETIVOS 
Acessível a Diferente de Necessário a 
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a 
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a 
Agradável a Escasso de Parco em, de 
Alheio a, de Essencial a, 
para 
Passível de 
Análogo a Fácil de Preferível a 
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a 
Apto a, para Favorável a Prestes a 
Ávido de Generoso com Propício a 
Benéfico a Grato a, por Próximo a 
Capaz de, para Hábil em Relacionado com 
Compatível com Habituado a Relativo a 
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, 
em, por 
Contíguo a Impróprio para Semelhante a 
Contrário a Indeciso em Sensível a 
Curioso de, por Insensível a Sito em 
Descontente com Liberal com Suspeito de 
Desejoso de Natural de Vazio de 
Distinto de, em, por Dissonante a, 
de, entre 
Distante de, para 
ADVÉRBIOS 
Longe de Perto de Relativamente a 
Contemporaneamente 
a 
Impropriamente a Contrariamente a 
 
 
01. (CEPERJ) “É forçoso reconhecer que 
razão assiste ao magistrado.” 
A frase acima exemplifica um uso mais 
formal da língua, escolhido pelo autor deste 
texto, que foi originalmente publicado em uma 
seção voltada para questões de Direito e Justiça 
de um jornal. 
No contexto da frase, o significado do 
verbo “assistir” é: 
a) comparecer 
b) acompanhar 
c) faltar 
d) caber 
Resposta: D 
Comentário: como visto no conteúdo do 
material, o verbo assistir pode significar 
“pertencer” ou “ser cabível a”, ou seja, aquilo que 
foi cobrado nessa questão. 
É provável que você encontre um grande 
número de listas com palavras e suas regências, 
porém a maneiramais eficaz de se descobrir a 
regência de um termo é fazer uma pergunta para 
ele e verificar se, na pergunta, há uma preposição. 
Havendo, descobre-se a regência. Fácil! 
Ex.: A descoberta era acessível a todos. 
Faz-se a pergunta: algo que é acessível é 
acessível? (a algo ou a alguém). Descobre-se, 
assim, a regência de acessível. 
 
 
01. (FCC) A frase em que a regência está em 
conformidade com o padrão culto escrito é: 
Exercícios Comentados 
Vamos praticar: 
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a) Em seu fingimento, só restou de que dissesse ao 
ex-sócio que sentia saudades dele. 
b) Tudo isso considerado, é necessário fazer que 
ele sinta o peso da responsabilidade. 
c) Em atenção por seu talento indiscutível, o 
pouparam as devidas multas. 
d) Passou os documentos a mão do técnico e não 
os perdeu de vista até ao final da reunião. 
e) Inconformado de que eles propalavam injúrias a 
seu respeito, decidiu denunciá-los. 
 
02. (CESGRANRIO) A frase em que a presença ou 
ausência da preposição está de acordo com a 
norma-padrão é: 
a) A certeza que a sorte chegará para mim é 
grande. 
b) Preciso de que me arranjem um emprego. 
c) Convidei à Maria para vir ao escritório. 
d) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez 
chamá-lo. 
e) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa. 
 
03. (FCC) ... de modo que ele próprio o anunciou no 
Orçamento de 1925. 
Considerando-se o contexto, o verbo grifado acima 
está empregado como: 
a) transitivo indireto pronominal. 
b) transitivo indireto. 
c) bitransitivo. 
d) transitivo direto. 
e) intransitivo. 
 
04. (FCC) ... procurava incorporar à escrita o ritmo 
da fala... 
O verbo empregado no texto com a mesma 
regência do grifado acima está em: 
a) ... consagrar literariamente o vocabulário usual. 
b) ... dar estado de literatura aos fatos da 
civilização moderna. 
c) No Brasil, ele significou principalmente 
libertação dos modelos acadêmicos... 
d) ... que a sua contribuição maior foi a liberdade 
de criação e expressão. 
e) ... os modernistas promoveram uma valorização 
diferente do léxico... 
 
05. (CESPE) No trecho “essa propensão tenderá à 
aceleração” o uso do sinal indicativo de crase não é 
obrigatório, haja vista que o verbo tender, com o 
sentido empregado no texto, pode ter 
complementação direta ou indireta, isto é, com ou 
sem preposição. 
 
06. (CESPE) Em “que ele chamou metafísica dos 
costumes” (L.1-2), o trecho em negrito, que exerce, 
na oração, a função de complemento verbal, 
deveria estar precedido da preposição de. 
 
07. (CESPE) A retirada da preposição “de” em “A 
indicação inicial é a de que, sim, a rede (...)“ não 
implicaria alteração do texto, quer do ponto de 
vista semântico, quer sintático. 
 
Leia o texto: 
 
Ainda que se soubessem todas as palavras 
de cada figura da Inconfidência, nem assim se 
poderia fazer com o seu simples registro uma 
composição da arte. A obra de arte não é feita de 
tudo — mas apenas de algumas coisas essenciais. 
A busca desse essencial expressivo é que constitui 
o trabalho do artista. Ele poderá dizer a mesma 
verdade do historiador, porém de outra maneira. 
Seus caminhos são outros, para atingir a 
comunicação. Há um problema de palavras. Um 
problema de ritmos. Um problema de composição. 
Grande parte de tudo isso se realiza, 
decerto, sem inteira consciência do artista. E a 
decorrência natural da sua constituição, da sua 
personalidade — por isso, tão difícil se torna quase 
sempre a um criador explicar a própria criação. No 
caso, porém, de um poema de mais objetividade, 
como o Romanceiro, muitas coisas podem ser 
explicadas, porque foram aprendidas, à proporção 
que ele se foi compondo. Digo “que ele se foi 
compondo” e não “que foi sendo composto”, pois, 
na verdade, uma das coisas que pude observar 
melhor que nunca, ao realizá-lo, foi a maneira por 
que um tema encontra sozinho ou sozinho impõe 
seu ritmo, sua sonoridade, seu desenvolvimento, 
sua medida. O Romanceiro foi construído tão sem 
normas preestabelecidas, tão à mercê de sua 
expressao natural que cada poema procurou a 
forma condizente com sua mensagem. A voz 
irreprimível dos fantasmas, que todos os artistas 
conhecem, vibra, porém, com certa docilidade, e 
submete-se a aprovação do poeta, como se 
realmente, a cada instante, lhe pedisse para 
ajustar seu timbre à audição do público. Porque há 
obras que existem apenas para o artista, 
desinteressadas de transmissão; outras que 
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exigem essa transmissão e esperam que o artista 
se ponha a seu serviço, para alcançá-la. O 
Romanceiro é desta segunda espécie. 
Quatro anos de quase completa solidão — 
numa renúncia total às mais sedutoras solicitações, 
entre livros de toda espécie relativos ao 
especializadamente século ainda pareceram curtos 
demais para uma obra que se desejava o menos 
imperfeita possível, porque se impunha, acima de 
tudo, o respeito por essas vozes que falavam, que 
se confessavam, que exigiam, quase, o registro da 
sua história. E era uma história feita de coisas 
eternas e irredutíveis: de ouro, amor, liberdade, 
traições... Mas porque esses grandiosos 
acontecimentos já vinham preparados de tempos 
mais antigos e foram o desfecho de um passado 
minuciosamente construído — era preciso iluminar 
esses caminhos anteriores, seguir o rastro do ouro 
que vai, a princípio como o fio de um colar, ligando 
cenas e personagens, até transformar-se em 
pesada cadeia que prende e imobiliza num destino 
doloroso. 
 (Cecília Meireles. Como escrevi o Romanceiro 
da Inconfidência, In: Romanceiro da 
Inconfidência. 3. cd., Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 2005, p. XVI XVI (com adaptações). 
 
08. (CESPE) Os vocábulos “decorrência”, 
“condizente” e “irreprimível” regem termos que 
lhes complementam, necessariamente, o sentido. 
 
09. (CESGRANRIO) Em qual das sentenças abaixo, a 
regência verbal está em DESACORDO com a 
norma-padrão? 
a) Esqueci-me dos livros hoje. 
b) Sempre devemos aspirar a coisas boas. 
c) Sinto que o livro nao agradou aos alunos. 
d) Ele lembrou os filhos dos anos de tristeza. 
e) Fomos no cinema ontem assistir o filme. 
 
10. Em relação à regência verbal e nominal, o 
emprego do pronome relalivo, segundo o registro 
culto e formal da linqua, esta INCORRETO em: 
a) A conclusão que chegamos é que o fracasso 
ensina ao homem como recomeçar. 
b) o barco a cujos tripulantes me referi pode voltar 
a navegar. 
c) O ideal por que lutamos norteia nossos projetos. 
d) O infortúnio a que está sujeito o empreendedor 
motiva-o. 
e) Após o término da pesquisa, informei-lhe que 
tomasse cuidado para não errar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1 – B 2 – B 3 – D 4 – B 5 – ERRADO 
6 – ERRADO 7 – ERRADO 8 – ERRADO 9 – E 10 – A 
 
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MÓDULO 04 
 
Crase 
 
O acento grave é solicitado nas palavras 
quando há a união da preposição “a” com o artigo 
(ou a vogal, dependendo do caso) feminino “a” ou 
com os pronomes demonstrativos (aquele, aquela, 
aquilo e ‘a’). 
Ex.: Mário foi à festa ontem. 
Tem-se o “a” preposição e o “a” artigo 
feminino. 
Quem vai, vai a algum lugar / festa é 
palavra feminina, portanto, admite o artigo “a”. 
Ex.: Chegamos àquele assunto (a + aquele). 
Ex.: A gravata que eu comprei é 
semelhante à que você comprou (a + a) 
Decore os casos em que não ocorre crase, 
pois a tendência da prova é perguntar se há crase 
ou não. Sabendo os casos proibitivos, fica muito 
fácil. 
Crase proibitiva 
Não se pode usar acento grave indicativo 
de crase:01. Antes de palavras masculinas; 
Ex.: Fez uma pergunta a Mário. 
02. Antes de palavras de sentido indefinido; 
Ex.: Não vai a festas, a reuniões, a lugar 
algum. 
03. Antes de verbos; 
Ex.: Todos estão dispostos a colaborar. 
04. De pronomes pessoais; 
Ex.: Darei um presente a ela. 
05. De nomes de cidade, estado ou país 
que não utilizam o artigo feminino; 
Ex.: Fui a Cascavel. / Vou a Pequim. 
06. Da palavra “casa” quando tem 
significado de próprio lar, ou seja, quando ela 
aparecer indeterminada na sentença; 
Ex.: Voltei a casa, pois precisava comer 
algo. 
 
 
Quando houver determinação da palavra 
casa, ocorrerá crase. 
Ex.: Voltei à casa de meus pais. 
07. Da palavra “terra” quando tem sentido 
de solo; 
Ex.: Os tripulantes vieram a terra. 
 
A mesma regra da palavra “casa” se aplica 
à palavra terra. 
08. De expressões com palavras repetidas; 
Ex.: Dia a dia, mano a mano, face a face, 
cara a cara etc. 
09. Diante de numerais cardinais referentes 
a substantivos que não estão determinados pelo 
artigo: 
Ex.: Irei assistir a duas aulas de Língua 
Portuguesa. 
 
No caso de locuções adverbiais que 
exprimem hora determinada e nos casos em que o 
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numeral estiver precedido de artigo, acentua-se: 
Ex.: Chegamos às oito horas da noite. 
Ex.: Assisti às duas sessões de ontem. 
No caso dos numerais, há uma dica para 
facilitar o entendimento dos casos de crase. Se 
houver o “a” no singular e a palavra posterior no 
plural, não acorrerá o acento grave. Do contrário, 
ocorrerá. 
Crase Obrigatória 
01. Locução adverbial feminina: 
À noite, à tarde, às pressas, às vezes, à 
farta, à vista, à hora certa, à esquerda, à direita, à 
toa, às sete horas, à custa de, à força de, à espera 
de, à vontade, à toa. 
02. Termos femininos ou masculinos com 
sentido da expressão “à moda de” ou “ao estilo 
de”: 
Filé à milanesa, servir à francesa, brigar à 
portuguesa, gol à Pelé, conto à Machado de Assis, 
discurso à Rui Barbosa etc. 
03. Locuções conjuntivas proporcionais: 
À medida que, à proporção que. 
04. Locuções prepositivas: 
À procura de, à vista de, à margem de, à 
beira de, à custa de, à razão de, à mercê de, à 
maneira de, etc. 
05. Para evitar ambiguidade: receberá o 
acento o termo afetado pela ação do verbo (objeto 
direto preposicionado). 
Ex.: Derrubou a menina à panela. 
Ex.: Matou a vaca à cobra. 
06. Diante da palavra distância quando 
houver determinação da distância em questão: 
Ex.: Achava-se à distância de cem (ou de 
alguns) metros. 
07. Antes das formas de tratamento 
“senhora” “senhorita” e “madame” = não há 
consenso entre os gramáticos, no entanto, opta-se 
pelo uso. 
Ex.: Enviei lindas flores à senhorita. 
Ex.: Josias remeteu uma carta à senhora. 
Crase Facultativa 
01. Após a preposição até: 
Ex.: As crianças foram até à escola. 
02. Antes de pronomes possessivos 
femininos: 
Ex.: Ele fez referência à nossa causa! 
03. Antes de nomes próprios femininos: 
Ex.: Mandei um SMS à Joaquina. 
04. Antes da palavra Dona. 
Ex.: Remeti uma carta à Dona Benta. 
 
Não se usa crase antes de nomes históricos 
ou sagrados: 
Ex.: O padre fez alusão a Nossa Senhora. 
Ex.: Quando o professor fez menção a 
Joana D’Arc, todos ficaram entusiasmados. 
 
01. (FCC) Considere: 
____ angústia de imaginar que o homem 
pode estar só no universo soma-se a curiosidade 
humana, que se prende ____ tudo o que é 
desconhecido, para que não desapareça de todo o 
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Exercícios Comentados 
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interesse por pistas que dariam embasamento 
____ teses de que haveria vida em outros planetas. 
Preenchem corretamente as lacunas da 
frase acima, na ordem dada: 
a) À - a - às 
b) A - à - as 
c) À - a - as 
d) A - a - às 
e) À - à - as 
Resposta: D 
Comentário: o primeiro “a” não recebe 
acento, pois é simplesmente um artigo anteposto 
ao substantivo “angústia”. O segundo “a” não 
recebe acento, porque está diante de um pronome 
indefinido (o que inviabiliza crase). O terceiro 
elementos “às” deve receber o acento, pois há a 
preposição “a” proveniente do verbo “dar” somada 
ao artigo “as” que define a palavra “teses”. 
 
 
01. ... assim [ele] se via transportado de volta “à 
glória que foi a Grécia e à grandeza que foi Roma”. 
Ambos os sinais indicativos de crase devem 
ser mantidos caso o segmento sublinhado seja 
substituído por: 
a) enaltecia. b) louvava. 
c) aludia. d) mencionava. 
e) evocava. 
 
02. A vida urbana ofereceu condições ideais para o 
surgimento do detetive particular, personagem 
dedicado ____ elucidação dos mais variados 
mistérios, propenso ____ investigar delitos de 
todos os tipos. 
Preenchem corretamente as lacunas da 
frase acima, na ordem dada: 
a) as - à - a b) às - a - à 
c) as - a - à d) as - à - à 
e) às - à - a 
 
03. A pesquisa, feita em terras destinadas ___ 
agricultura, teve por objetivo estudar ___ áreas 
que permitissem condições favoráveis de 
sobrevivência ___ aves. 
a) à - às - as 
b) à - as - as 
c) à - as - às 
d) a - as - as 
e) a - às - às 
 
04. ... e chegou à conclusão de que o funcionário 
passou o dia inteiro tomando café. 
Do mesmo modo que se justifica o sinal 
indicativo de crase em destaque na frase acima, 
está correto o seu emprego em: 
a) e chegou à uma conclusão totalmente 
inesperada. 
b) e chegou então à tirar conclusões precipitadas 
c) e chegou à tempo de ouvir as conclusões finais 
d) e chegou finalmente à inevitável conclusão. 
e) e chegou à conclusões as mais disparatadas. 
 
05. Com relação a aspectos linguísticos do texto, 
julgue os itens que se seguem. 
No trecho “Exceção a essa regra” (L.22), é 
opcional o emprego do sinal indicativo de crase no 
“a”. 
 
06. ... os modernistas promoveram uma 
valorização diferente do léxico, paralela à 
renovação dos assuntos. 
O sinal indicativo de crase presente na 
frase acima deve ser mantido em caso de 
substituição do segmento grifado por: 
a) muita inovação no repertório. 
b) uma grande reformulação dos temas. 
c) toda sorte de revigoramento do repertório, 
d) profundas mudanças temáticas. 
e) inevitável transformação temática. 
 
07. A fidelidade ___ música e ___ fala do povo 
permitiram Adoniran exprimir a sua cidade de 
modo completo e perfeito. (Antonio Cândido. Op. 
Cit.) 
Preenchem corretamente as lacunas da 
frase acima, na ordem dada: 
a) a - a - à 
b) a - à - à 
c) à - à - a 
d) à - a - a 
e) a - à - a 
 
08. Não deixa de ser paradoxal o fato de o 
crescimento da descrença, que parecia levar ___ 
uma ampliação da liberdade, ter dado lugar ___ 
escalada do fundamentalismo religioso, ___ que se 
Vamos praticar: 
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associam manifestações profundamente 
reacionárias. 
Preenchem corretamente as lacunas da 
frase acima, na ordem dada: 
a) a - à - a 
b) à - a - a 
c) a - a - à 
d) à - à - a 
e) a - à - à 
 
09. Em “Bem-vindos à Feira de Caruaru”, a crase é 
obrigatória. Em qual alternativa abaixo, o uso da 
crase é FACULTATIVO? 
a) A Feira de caruaru é atração devido à grande 
diversidade lá existente. 
b) Na Feira de Caruaru, tudo está à venda. 
c) Em feiras, como a de Caruaru, vendem-se coisas 
às pessoas de diferentes classes sociais. 
d) Nas cidades de pequeno comércio, já mais 
pagamento à vista. 
e) Todos os dias, os comerciantes da Feira de 
Caruaru permanecem até às 18h. 
 
10. A parcela da população mundial que ascendeu 
___ classe média nos últimos vinte anos passou 
___ consumir mais, ___ um ritmo acelerado, o que 
põe em risco a sustentabilidadedo planeta. 
As lacunas da frase acima estarão 
corretamente preenchidas, respectivamente, por: 
a) à - a - a 
b) à - à - a 
c) à - a - à 
d) a - a - à 
e) a - a – a 
 
11. Assinale a opção em que o espaço deve ser 
preenchido com À (preposição e pronome), como 
destacado em “(..) uma média semelhante À de um 
casal de classe média (...)”. 
a) ___ medida que caminhava, recordava-se da 
terra natal. 
b) esta cena corresponde ___ que presenciei 
ontem. 
c) Aproveite ___ oferta e se contente com a cor do 
tecido. 
d) referia-se, com certeza, ___ terra de seus pais. 
e) Obedeceu ___ ordem dada, sem reclamar. 
 
12. Assinale a alternativa em que o uso do acento 
grave é obrigatório. 
a) Ficou A olhar para os peixes sobre a pia. 
b) Abriu A torneira para ver o que acontecia. 
c) Ela está lá do jeitinho que A deixei. 
d) Juro; pode ir A cozinha ver os peixes. 
e) Podia dar alguma coisa A ele. 
 
13. ... levava à crença na contínua evolução da 
sociedade ... 
O emprego do sinal de crase, 
exemplificado acima, estará correto, unicamente, 
em: 
a) aludir à felicidade geral. 
b) buscar à felicidade. 
c) propor à toda a população 
d) impor à esse grupo. 
e) discutir à obrigatoriedade da lei. 
 
14. Em “direito à alimentação”, o uso de sinal 
indicativo de crase é um recurso imprescindível 
para a compreensão do texto. 
 
Leia o texto 
A preocupação com a herança que 
deixaremos as gerações futuras está cada vez mais 
em voga. Ao longo da nossa história, crescemos em 
número e modificamos quase todo o planeta. 
Graças aos avanços científicos, tornamos 
consciência de que nossa sobrevivência na Terra 
está fortemente ligada a sobrevivência das outras 
espécies e que nossos atos, relacionados a 
alterações no planeta, podem colocar em risco 
nossa própria sobrevivência. Contudo, aliado ao 
desenvolvimento científico, temos o crescimento 
econômico que nem sempre esteve preocupado 
com questões ambientais. O que se almeja é o 
desenvolvimento sustentável, que é aquele viável 
economicamente, justo socialmente e correto 
ambientalmente, levando em consideração não só 
as nossas necessidades atuais, mas também as das 
gerações futuras, tanto nas comunidades em que 
vivemos quanto no planeta como um todo. 
(Adaptado de A. P. FOLTZ, A Crise Ambiental e o 
Desenvolvimento Sustentável: o crescimento 
econômico e o meio ambiente. Disponível em http:// 
www.iuspedia.com.br.22 jan. 2008) 
 
15. Para que o texto acima respeite as regras 
gramaticais do padrão culto da Língua Portuguesa, 
é obrigatória a inserção do sinal indicativo de crase 
em: 
a) 1, 2 e 3. 
b) 1 e 2. 
c) 1, 3 e 5. 
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d) 2 e 4. 
e) 3, 4 e 5. 
 
16. Marque o item que preenche de forma correta 
as lacunas do texto seguinte: 
lnstitucionalizada __ partir das lutas 
antiabsolutistas, no século 18, e da expansão dos 
movimentos constitucionalistas, no século 19, __ 
democracia representativa foi consolidada ao 
longo de um processo histórico marcado pelo 
reconhecimento de três gerações de direitos 
humanos: os relativos __ cidadania civil e política, 
os relativos __ cidadania social e econômica e os 
relativos __ cidadania “pós-material”, que se 
caracterizam pelo direito __ qualidade de vida, __um 
meio ambiente saudável, __ tutela dos interesses 
difusos e ao reconhecimento da diferença e da 
subjetividade. (Baseado em Mário Antônio Lobato 
de Paiva em www.ambitojurídico.com.br) 
a) a, à, à, a, à, à, a, a. 
b) a, a, à, à, à, à, a, à. 
c,) à, a, a, à, à, a, a, à. 
d) à, a, a, à, à, à, a, à. 
e) a, à, à, a, à, à, a, à. 
 
17. Os trechos abaixo compõem, sequencialmente, 
um texto adaptado do Editorial do jornal Zero Hora 
(RS) de 18/01/2010. 
Assinale a opção que está gramaticalmente 
correta quanto à ausência ou à presença do acento 
grave indicativo de crase. 
a) O novo estímulo aos usineiros, também com 
pesado suporte de subsídios, levou à indústria 
automobilística a investir na produção não mais de 
carros movidos a álcool, mas de veículos flex, que 
permitem o uso dos dois combustíveis. No ano 
passado, as vendas de carros flex cresceram 14% 
em relação a 2008. 
b) Apresentado nos anos 70 como opção à crise do 
petróleo, sob forte apoio governamental, o álcool 
perdeu relevância nas décadas de 80 e 90. A 
produção foi retomada e intensificada nos últimos 
anos, com a explosão nos preços internacionais 
dos derivados da energia fóssil. 
c) As montadoras aplicaram recursos no 
desenvolvimento de tecnologias, e o consumidor 
se dispôs a pagar mais por veículos mais 
modernos. Ambos apostaram nas vantagens de um 
combustível que, além de reduzir à dependência 
da gasolina e do diesel, apresentava ainda as 
virtudes do ecologicamente correto, por ser menos 
poluente e renovável. 
d) A partir do ano passado, com a queda nos 
preços do petróleo, outros fatores de mercado 
conspiraram contra o álcool, como a quebra na 
produção da cana e o aumento dos preços do 
açúcar. Mesmo que o álcool se submeta à 
oscilações de cotações, como qualquer outro 
produto, o que não se pode admitir é que essas 
variações façam com que a oferta do produto seja 
imprevisível e instável. 
e) A sazonalidade e outras questões envolvidas não 
são suficientes para explicar a ausência de uma 
política que assegure, à fabricantes e 
consumidores, a certeza de que investiram em 
uma opção de combustível tratada com a 
seriedade que merece. 
 
18. “O movimento altermundialista deverá 
também responder à nova situação mundial 
nascida da crise escancarada da fase neoliberal da 
globalização capitalista.” 
No trecho acima, empregou-se 
corretamente o acento grave indicativo de crase. 
Assinale a alternativa em que isso não tenha 
ocorrido. 
a) Eles visaram à premiação no concurso. 
b) Sempre nos referimos à Florianópolis dos 
açorianos. 
c) Nossos cursos vão de 8h às 18h. 
d) A solução foi sair à francesa. 
e) Fizemos uma longa visita à casa nova dos nossos 
amigos. 
 
19. Na frase “é ingênuo creditar a postura 
brasileira apenas à ausência de educação 
adequada” foi corretamente empregado o acento 
indicativo de crase. Assinale a alternativa em que o 
acento indicativo de crase está corretamente 
empregado: 
a) O memorando refere-se à documentos enviados 
na semana passada. 
b) Dirijo-me à Vossa Senhoria para solicitar uma 
audiência urgente. 
c) Prefiro montar uma equipe de novatos à 
trabalhar com pessoas já desestimuladas. 
d) O antropólogo falará apenas àquele aluno cujo 
nome consta na lista. 
e) Quanto à meus funcionários, afirmo que têm 
horário flexível e são responsáveis. 
 
20. O acento indicativo de crase foi corretamente 
empregado apenas em: 
a) o cidadão não atende à apelos sem fundamento. 
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b) no artigo, o autor citou à necessária reforma do 
Estado. 
c) convencemos à todos da necessidade de um 
pacto social. 
d) o debatedor não se rendeu àqueles discursos 
demagógicos. 
e) os governantes dispuseram-se à colaborar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1 – C 2 – A 3 – C 4 – D 5 – ERRADO 
6 – E 7 – C 8 – A 9 – E 10 – A 
11 – B 12 – D 13 – A 14 – ERRADO 15 – B 
16 – B 17 – B 18 – C 19 – D 20 – D 
 
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MÓDULO 05 
 
Acentuação Gráfica 
Antes de começar o estudo, é importante 
que você entenda quais são os padrões de 
tonicidade da Língua Portuguesa e quais são os 
encontros vocálicos presentes na Língua. Assim, 
fica mais fácil entender quais são as regras e como 
elas surgem. 
Padrões de Tonicidade 
a) Palavras OXÍTONAS: última sílabatônica (sofá, 
café, jiló) 
b) Palavras PAROXÍTONAS: penúltima sílaba tônica 
(ferrugem, adubo, saúde) 
c) Palavras PROPAROXÍTONAS: antepenúltima 
sílaba tônica (ânimo, vítima, átimo) 
Encontros Vocálicos 
a) Hiato 
(encontro vocálico que se separa): 
pi —a — no; sa — ú — de. 
b) Ditongo 
(encontro vocálico que permanece unido na 
sílaba): 
cha — péu; to — néis. 
c) Tritongo 
(encontro vocálico que permanece unido na sílaba) 
sa — guão; U — ru — guai. 
Regras Gerais 
Quanto às Proparoxítonas 
Acentuam-se todas as palavras 
Ex.: Vítima, ânimo, Hiperbólico 
Quanto às Paroxítonas 
a) Não se acentuam as terminadas em A, E, O 
(seguidas ou não de S) M e ENS. 
Ex.: Castelo, granada, panela, pepino, pajem, 
imagens etc. 
b) Acentuam-se as terminadas em R, N, L, X, I OU 
IS, US, UM, UNS, PS, Ã ou ÃS e DITONGOS. 
Ex.: Sustentável, tórax, hífen, táxi, álbum, 
bíceps, princípio etc. 
c) Fique de olho em alguns casos particulares, 
como as palavras terminadas em OM / ON / ONS. 
Ex.: lândom; próton, nêutrons etc. 
 
 
Nova Ortografia — 
olho aberto! Deixam 
de se acentuarem as 
paroxítonas com OO e 
EE. 
Ex.: Voo, enjoo, 
perdoo, magoo. 
Ex.: Leem, veem, deem, 
creem. 
Quanto às Oxítonas 
São acentuadas as terminadas em: 
Ex.: A ou AS: Sofá, Pará; 
Ex.: E ou ES: Rapé, Café; 
Ex.: O ou OS: Avô, Cipó; 
Ex.: EM ou ENS: Também, Parabéns; 
Acentuação de Monossílabos 
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Acentuam-se os monossílabos tônicos 
terminados em A, E e O, seguidos ou não de S. 
Ex.: Pá, pó, pé, já, ló, fé, só. 
Acentuação dos Hiatos 
Acentuam-se os hiatos quando forem 
formados pelas letras I ou U, sozinhas ou seguidas 
de S: 
Ex.: Saúva, Baú, Balaústre, País. 
Exceções: 
Ex.: Seguidas de NH —: Tainha. 
Ex.: Paroxítonas antecedidas de ditongo — 
Feiura. 
Ex.: Com o ‘i’ duplicado — Xiita. 
Ditongos Abertos 
Serão acentuados os ditongos abertos ÉU, 
ÉI e ÓI, com ou sem S, quando forem oxítonos ou 
monossílabos. 
Ex.: Chapéu, Réu, Tonéis, Herói, Pastéis, 
Hotéis, Lençóis. 
 
 
Novo Acordo Ortográfico - fique de olho! 
Caiu o acento do ditongo aberto em posição de 
paroxítona. 
Ex.: Ideia, Onomatopeia, Jiboia, Paranoia, 
Heroico etc. 
Formas Verbais com Hífen 
Para saber se há acento em uma forma 
verbal com hífen, deve-se analisar o padrão de 
tonicidade de cada bloco da palavra: 
Ex.: Ajudá-lo (oxítona terminada em “a” / 
monossílabo átono) 
Ex.: Contar-lhe (oxítona terminada em “r” / 
monossílabo átono) 
Ex.: Convidá-la-íamos. (oxítona terminada 
em “a” / proparoxítona) 
Verbos “ter” e “vir” 
Quando escritos na 3ª pessoa do singular, 
não serão acentuados: 
Ex.: Ele tem / ele vem. 
Quando escritos na 3ª pessoa do plural, 
receberão o acento circunflexo: 
Ex.: Eles têm / vêm 
Nos verbos derivados das formas acima: 
Ex.: acento agudo para singular — Contém 
/ convém. 
Ex.: acento circunflexo para o plural — 
Contêm / convêm. 
Acentos Diferenciais 
Alguns permanecem: 
Ex.: pôde / pode (pretérito perfeito / 
presente simples) 
Ex.: pôr / por (verbo / preposição) 
Ex.: fôrma /forma (substantivo/verbo ou 
ainda substantivo) 
Caiu o acento diferencial de: 
Ex.: para — pára (preposição / verbo); 
Ex.: pelo — pêlo (preposição + artigo / 
substantivo); 
Ex.: polo — pólo (preposição + artigo / 
substantivo); 
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Ex.: pera — pêra (preposição + artigo / 
substantivo). 
 
 
01. (Cespe) Os vocábulos “indivíduo”, 
“diária” e “paciência” recebem acento gráfico com 
base na mesma regra de acentuação gráfica. 
Resposta: Certo 
Comentário: as três palavras são 
paroxítonas terminadas em ditongo. 
 
 
Para palavras da Língua Portuguesa não há 
mais o trema (¨), mas, em palavras estrangeiras ou 
em derivados delas, ele ainda permanece. 
Ex.: Tranquilo / linguiça / sanguíneo; 
Ex.: Müller / Mülleriano. 
 
 
01. É preciso corrigir deslizes relativos à ortografia 
oficial e à acentuação gráfica da frase: 
a) As obras modernistas não se distinguem apenas 
pela temática inovadora, mas igualmente pela 
apreensão do ritmo alucinante da existência 
moderna. 
b) Ainda que celebrassem as máquinas e os 
aparelhos da civilização moderna, a ficção e a 
poesia modernista também valorizavam as coisas 
mais quotidianas e prosaicas. 
c) Longe de ser uma excessão, a pintura 
modernista foi responsável, antes mesmo da 
literatura, por intênsas polêmicas entre artistas e 
críticos concervadores. 
d) No que se refere à poesia modernista, nada 
parece caracterizar melhor essa extraordinária 
produção poética do que a opção quase 
incondicional pelo verso livre. 
e) O escândalo não era apenas uma consequência 
da produção modernista: parecia mesmo um dos 
objetivos precípuos de artistas dispostos a 
surpreender e a chocar. 
 
02. Assinale a palavra que NÃO tenha sido 
acentuada pelo mesmo motivo que as demais. 
a) Substituído 
b) Polícia 
c) Jurisprudência 
d) Saqueável 
 
03. Em qual das frases abaixo, a palavra destacada 
está de acordo com as regras de acentuação 
gráfica oficial da língua portuguesa? 
a) Vende-se côco gelado. 
b) Se amássemos mais, a humanidade seria 
diferente. 
c) É importante que você estude pelo ítem do 
edital. 
d) Estavam deliciosos os caquís que comprei. 
e) A empresa têm procurado um novo empregado. 
 
04. Todas as palavras são acentuadas 
graficamente pelo mesmo motivo em: 
a) água, município, edifício, Guaíra. 
b) estádios, superfície, Baía, média. 
c) Paraná, será, vulcânica. 
d) cúbicos, espetáculo, energético. 
e) insuperável, quilômetro, três. 
 
05. Assinale a alternativa em que todos os 
substantivos devem ser acentuados. 
a) lapis — bonus — bainha 
b) serie — aspecto — torax 
c) alcool — moinho — sucuri 
d) urubu — egoismo — magoa 
e) armazem — orgão — carater 
 
06. Levando-se em consideração o que está 
previsto na ortografia oficial vigente, é correto 
afirmar que: o vocábulo “têxtil”, que segue o 
padrão de flexão do vocábulo pênsil, é acentuado 
também na forma plural; “obsolescência” é 
vocábulo que segue o padrão do vocábulo ciência, 
no que se refere ao emprego de sinal de 
acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo 
“déspotas” também é empregada quando o 
vocábulo é grafado na forma singular. 
 
Exercícios Comentados 
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07. Assinale a alternativa em que o termo tenha 
sido acentuado seguindo regra distinta dos 
demais. 
a) difíceis 
b) próprio 
c) Concluída 
d) consequências 
e) solidários 
 
08. “E no alto da torre exibo-te o varal. Onde 
balança ao léu minh’alma” 
A respeito dos versos acima, analise os 
itens a seguir: O acento em léu se justifica como 
acento diferencial, para não se confundir com o 
verbo leu. 
 
09. Que palavra obedece à mesma regra de 
acentuação que país? 
a) Compôs 
b) Baú 
c) Índio 
d) Negócios 
e) Águia 
 
10. Cada alternativa a seguir apresenta um 
princípio ortográfico seguido de dois exemplos 
retirados do texto. A exemplificação está correta 
somente em: 
a) São acentuadas todas as palavras oxítonas 
terminadas em a, e, o, em seguida ou não de “s”: 
também e já. 
b) Todas as palavras proparoxítonas são 
acentuadas: década e porém. 
c) Acentua-se a segunda vogal tônica do hiato: 
subxtraídas e ótimo. 
d) Acentuam-se os monossílabos tônicos 
terminados em a, e, o (s): há e só. 
e) Acentuam-se com acento agudo os ditongos 
tônicos éi, ói: vídeo e sério. 
 
11. “Dedicar-se à relação é importante” É correto 
afirmar que o sinal gráfico empregado na palavra 
destacada nessa frase é denominado: 
a) trema 
b) Acento agudo 
c) Crase 
d) AcentoCircunflexo 
e) Acento grave 
 
12. Assinale a alternativa em que a palavra tenha 
sido acentuada seguindo regra distinta das demais. 
a) Consciência 
b) Juízos 
c) pretório 
d) episódios 
e) importância 
13. Assinale a alternativa em que a palavra tenha 
sido acentuada seguindo regra distinha das 
demais. 
a) previdência 
b) Diária 
c) Saída 
d) declínio 
e) Óbvia 
 
14. Nas palavras “país”, “político”, “preferência”, 
“perpétua” e “páginas”, o acento é decisivo para a 
determinação do sentido dos vocábulos, uma vez 
que, sem acento, tais palavras, mesmo estando 
escritas de acordo com a norma culta teriam outro 
significado. 
 
15. As palavras “é” “média” “até” e “líderes” 
empregadas no texto, obedecem, respectivamente, 
às mesmas regras de acentuação gráfica de 
a) há, salários, paletós e técnico. 
b) já, próprio, júnior e acadêmico. 
c) é, consultório, convém e infindáveis. 
d) mês, universitário, papéis e público 
e) só, líder, escritório e sênior. 
 
16. (TJSC) Assinale a alternativa que traz toda a 
acentuação correta: 
a) Não duvida o órfão que tal benção no tatú é 
doida. 
b) Coçá-lo é bem doído; é seriíssimo, sem dúvida. 
c) Vanglória-te dos girassois cultivados no paraíso. 
d) Favor apôr sua rubrica no documento, sem 
desdem. 
e) O edil foi habil ao comprar toda a maquinária. 
 
17. Nas alternativas a seguir, os acentos foram 
omitidos propositadamente. Assinale a alternativa 
em que todas as palavras deveriam ser 
graficamente acentuadas: 
a) rubrica, diluvio, viuva. 
b) ambar, heroi, ilustra-lo. 
c) protons, forceps, releem. 
d) dificilmente, Piaui, misantropo. 
e) perdoo, atribuimos, caiste. 
 
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18. Assinale a série que apresenta somente 
palavras paroxítonas: 
a) Enciclopédia — página — relatório. 
b) Conteúdo — brechós — catálogo. 
c) Além — lá — bônus. 
d) Histórias – enciclopédia — bônus. 
19. A altenativa em que o uso do acento gráfico 
obedece à mesma regra é: 
a) panóptico, ótima, úteis 
b) óleo, ótima, Ásia 
c) óleo, Ásia, delícia 
d) aliás, já, biguá 
e) chapéu, vocês, aí 
 
20. As palavras mês, está e água, respectivamente, 
recebem acento pelo mesmo 
motivo que: 
a) Baú, sofá, possível. 
b) Até, já, ausência. 
c) Nós, até, canário. 
d) Caí, será, última. 
e) Pés, saúde, notícia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1 – C 2 – A 3 – B 4 – D 5 – E 
6 - CERTO 7 – C 8 – ERRADO 9 – B 10 – D 
11 – E 12 – B 13 – C 14 – ERRADO 15 – A 
16 – B 17 – B 18 – D 19 – C 20 – C 
 
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MÓDULO 06 
 
Colocação Pronominal 
 
Esta parte do conteúdo é relativa ao 
estudo da posição dos pronomes oblíquos átonos 
em relação ao verbo, antes de iniciar o estudo, 
trate de memorizar os pronomes em questão, do 
contrário, você não progredirá. 
Pronomes Oblíquos Átonos 
• Me 
• Te 
• O, a, lhe, se 
• Nos 
• Vos 
• Os, as, lhes, se 
Quatro casos de colocação: 
01. Próclise (anteposto ao verbo) 
Ex.: Nunca o vi. 
02. Mesóclise (medial em relação ao verbo) 
Ex.: Dir-te-ei algo 
03. Ênclise (posposto ao verbo) 
Ex.: Passa-me a resposta. 
04. Apossínclise (intercalação de uma ou 
mais palavras entre o pronome e o verbo) 
Ex.: Talvez tu me já não creias. 
Regras de Próclise 
a) Palavras ou expressões negativas: 
Ex.: Não me deixe aqui neste lugar! 
Ex.: Ninguém lhe disse que seria fácil. 
b) Pronomes relativos: 
Ex.: O material de que me falaste é muito 
bom. 
Ex.: Eis o conteúdo que me causa nojo. 
c) Pronomes indefinidos: 
Ex.: Alguém me disse que você vai ser 
transferido. 
Ex.: Tudo me parece estranho. 
d) Conjunções subordinativas: 
Ex.: Confiei neles, assim que os conheci. 
Ex.: Disse que me faltavam palavras. 
 
01. (TJSC) Em qual período a colocação pronominal 
está INCORRETA: 
a) O cientista pretende desvendar como se formam 
os furacões, tornados, tsunamis e demais 
fenômenos naturais de inegável potência. 
b) Adotarão-se medidas de urgência para minorar 
os efeitos do temporal. 
c) Não se sabe ainda o valor do negócio, que, 
especula-se, ficou em torno de um bilhão de reais. 
d) O advogado se referiu duas vezes ao mesmo 
assunto. 
e) O dano moral é a lesão aos elementos individua- 
lizadores da pessoa, tais como a honra, a 
reputação e o prestígio, expressando-se por 
desequilíbrios no ânimo do lesado. 
Resposta: B 
Comentário: como o verbo está no futuro do 
presente, o correto seria empregar a mesóclise, ou 
seja, a forma verbal resultante seria “adotar- se-
ão”. 
e) Advérbios: 
Ex.: Sempre lhe disse a verdade. 
Exercícios Comentados 
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Ex.: Talvez nos apareça a resposta para 
essa questão. 
f) Pronomes interrogativos: 
Ex.: Quem te contou a novidade? 
Ex.: Que te parece essa situação? 
g) “Em + gerúndio” 
Ex.: Em se tratando de Gramática, eu gosto 
muito! 
Ex.: Nesta terra, em se plantando, tudo há 
de nascer. 
h) Particípio 
Ex.: Ele havia avisado-me (errado) 
Ex.: Ele me havia avisado (certo) 
i) Sentenças optativas 
Ex.: Deus lhe pague! 
Ex.: Deus o acompanhe! 
Regras de Mesóclise 
Emprega-se o pronome oblíquo átono no 
meio da forma verbal, quando ela estiver no futuro 
do presente ou no futuro simples do pretérito do 
indicativo. 
Ex.: Chamar-te-ei, quando ele chegar. 
Ex.: Se houver tempo, contar-vos-emos 
nossa aventura. 
Ex.: Contar-te-ia a novidade. 
Regras de Ênclise 
Não se inicia sentença, em Língua 
Portuguesa, por pronome oblíquo átono. Ou seja, 
não coloque o pronome átono no início da frase, 
pelo amor de Deus! 
Formas verbais: 
a) Do infinitivo impessoal (precedido ou 
não da preposição “a”) 
b) Do gerúndio 
c) Do imperativo afirmativo 
Ex.: Alcança-me o prato de salada, por 
favor! 
Ex.: Urge obedecer-se às leis. 
Ex.: O garoto saiu da sala desculpando-se. 
Ex.: Tratando-se desse assunto, não gosto 
de pensar. 
Ex.: Dá-me motivos para estudar. 
Ex.: Em se tratando de Gramática, eu gosto 
muito. 
 
 
Se o gerúndio vier precedido da preposição 
“em”, deve-se empregar a próclise. 
Casos Facultativos 
01. Sujeito expresso, próximo ao verbo 
Ex.: O menino se machucou-se. 
Ex.: Eu me refiro ao fato de ele ser idiota. 
02. Infinitivo antecedido de “não” ou de 
preposição. 
Ex.: Sabemos que não se habituar ao meio 
causa problemas. 
Ex.: O público o incentivou a se jogar do 
prédio. 
 
Fique Ligado 
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01. (FUNCAB) A autora escreve “mas nos 
cingiremos a uma delas” (parágrafo 1), e não 
“cingiremo-nos” para não infringir a mesma regra 
de colocação pronominal DESRESPEITADA em: 
a) o livro havia sumido e eu queria que alguém 
procurasse-o. 
b) se não achasse o livro na estante, eu procuraria-
o por toda a casa. 
c) aquele livro era ótimo, por isso tenho 
procurado-o com insistência. 
d) procure o livro para mim, que eu hoje não 
procuro-o mais. 
e) venho tentando achar o livro, mas quem disse 
que encontro-o? 
 
02. (FUNCAB) A passagem em que se evitou a 
ênclise do pronome átono com base na mesma 
regra de colocação observada em: “Assim, o 
homem se tornaria menos consumidor e mais feliz” 
é a seguinte: 
a) “... com argumentos de que se trata de uma 
economia limpa...” (parágrafo 1) 
b) “... fica evidente que poucos se perguntam 
sobre as consequências...” (parágrafo 1)c) “Para frear o drama ambiental planetário que se 
avizinha...” (parágrafo 1) 
d) “Os manipuladores da indústria da moda não se 
cansam de alternar tendências...” (parágrafo 4) 
e) “... uma maior consciência do nosso Eu Superior 
se refletirá num contato mais próximo com a 
natureza...” (parágrafo 5) 
 
03. (TJ-SC) Em qual período a colocação 
pronominal está INCORRETA: 
a) O cientista pretende desvendar como se 
formam os furacões, tornados, tsunamis e demais 
fenómenos naturais de inegável potência. 
b) Adotarão-se medidas de urgência para minorar 
os efeitos do temporal. 
c) Não se sabe ainda o valor do negócio, que, 
especula-se, ficou em torno de um bilhão de reais. 
d) O advogado se referiu duas vezes ao mesmo 
assunto. 
e) O dano moral é a lesão aos elementos 
individualizadores da pessoa, tais como a honra, a 
reputação e o prestígio, expressando-se por 
desequilíbrios no ânimo do lesado. 
 
04. (MS CONCURSOS - ADAPTADA) E quando Seu 
José, desesperado, fez saltar os miolos com uma 
bala, deixou esta frase escrita num pedaço de 
papel: 
“Enquanto foi solteira, achava minha 
mulher que nenhum homem era digno de ser seu 
marido; depois de casada (por conveniência) achou 
que todos eles eram dignos de ser seus amantes. 
Mato- me”. 
Na oração final do texto: “Mato-me”, a 
colocação pronominal está: 
a) Correta, pois depois de verbo é obrigatória a 
ênclise. 
b) Incorreta, pois depois de verbo é obrigatória a 
próclise. 
c) Adequada, pois não se inicia frase ou oração 
com pronome oblíquo átono. 
d) Adequada, pois não se inicia frase ou oração 
com Pronome pessoal reto. 
 
05. (CESGRANRIO) Observe os pronomes oblíquos 
destacados no texto abaixo. 
Como já se sabia, o ser humano adapta-se 
rapidamente a novas condições de vida. O que a 
pesquisa da felicidade nos ensinou foi o fato de a 
nossa capacidade de adaptação ser ainda maior do 
que se imaginava. Acostumamo-nos a quase tudo e 
há coisas das quais nunca 
nos enfadamos. 
Segundo a norma culta, é possível inverter 
a colocação do pronome apenas em: 
a) sabia-se. 
b) se adapta. 
c) imaginava-se. 
d) Nos acostumamos. 
e) enfadamo-nos. 
 
06. (IADES) Assinale a alternativa correta em 
relação à colocação pronominal em “E muitas 
delas, talvez a maioria das empresas 
manufatureiras, se tornarão simples fornecedoras 
(...)“. 
a) Está adequada uma vez que a vírgula funciona 
como fator de próclise. 
b) Está inadequada, porque quando houver o 
emprego de verbos nos futuros do modo 
indicativo, seja futuro do presente ou futuro do 
pretérito, a colocação deve ser a mesóclise. 
c) É inadequada, pois como não há fator atrativo 
deveria estar na posição enclítica. 
d) Está adequada, já que não há justificativa para 
as demais posições: ênclise, mesóclise. 
 
07. (CESGRANRIO) A colocação do pronome átono 
destacado está INCORRETA em: 
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a) Quando se tem dúvida, é necessário refletir mais 
a respeito. 
b) Tudo se disse e nada ficou acordado. 
c) Disse que, por vezes, temos equivocado-nos 
nesse assunto. 
d Alguém nos informará o valor do prêmio. 
e) Não devemos preocupar-nos tanto com ela. 
 
08. (FADESP - ADAPTADA) Quanto às normas de 
colocação pronominal, é correto afirmar que, no 
enunciado “agora se reivindica uma escola capaz 
de extrapolar a mera transmissão de conteúdos” 
próclise justifica-se pelo(pela): 
a) uso do registro informal da língua. 
b) presença de um termo atrativo. 
c) ocorrência de forma verbal paroxítona. 
d) posição que o pronome ocupa na frase, não 
iniciando a oração. 
 
09. (INSTITUTO CIDADES) A colocação pronominal 
no trecho “O país recusou-se a assinar o tratado” 
está CORRETA porque: 
a) Não se deve usar pronome oblíquo átono antes 
de verbo. 
b) Não há nenhuma palavra atrativa antes do 
verbo para que se desse a próclise. 
c) Por estar no pretérito perfeito do indicativo, o 
pronome ocorre em ênclise. 
d) Por tratar-se de uma locução verbal de infinitivo, 
essa é a única forma possível de colocação 
pronominal. 
 
10. (FUNCAB) Marque a opção em que houve ERRO 
na colocação do pronome oblíquo átono. 
a) Você realmente acha que me convenceu com 
esta história? 
b) Pergunto-me frequentemente se há vida após a 
morte. 
c) Ninguém me convenceria do contrário. 
d) Jamais me submeteria a este tipo de 
interrogatório. 
e) Sentiria-se tranquilo se tivesse certeza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 
B E B C B 
06 07 08 09 10 
B C B B E 
 
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MÓDULO 07 
 
SUMÁRIO 
 
Sintaxe de Concordância................................... 01 
Concordância Verbal ........................................ 01 
Principais Casos de Concordância Verbal na 
FCC..................................................................... 
 
06 
Questões Comentadas ...................................... 06 
Concordância Nominal ..................................... 15 
Principais Casos de Concordância Nominal na 
FCC..................................................................... 
 
15 
Questões Comentadas...................................... 18 
Lista das Questões Comentadas na Aula........... 20 
 
Para refletir: “A persistência é o menor caminho 
do êxito.” 
(Charles Chaplin) 
 
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA 
 
O assunto de hoje é sintaxe de 
concordância. Inicialmente, informo que o intuito 
desta aula é orientá-los quanto à tendência da 
Fundação Carlos Chagas. Por isso, a despeito de 
existirem muitas regras específicas, detalhes, 
exceções envolvendo esses assuntos, abordaremos 
os casos que recentemente apareceram, os quais, 
segundo a tradição da banca, poderão surgir. 
A expressão sintaxe de concordância 
significa a relação estabelecida entre o verbo da 
oração e o sujeito dela, chamada concordância 
verbal; e entre o artigo, o adjetivo, o numeral 
adjetivo, o pronome adjetivo e o substantivo ao 
qual se referem, denominada concordância 
nominal. 
Em se tratando dessa temática, a FCC 
frequentemente apresenta os seguintes 
enunciados: 
 
- Há um deslize na concordância verbal da 
seguinte frase: 
 
- As normas de concordância verbal estão 
plenamente respeitadas em: 
 
- O verbo indicado entre parênteses deverá 
adotar uma forma plural para preencher de 
modo correto a lacuna da frase: 
 
- A concordância verbal e nominal está 
inteiramente correta na frase: 
 
Assim, quando vocês se depararem com 
algum dos enunciados acima, já estarão cientes de 
que o assunto em questão é sintaxe de 
concordância. 
Passaremos, agora, ao estudo das 
concordâncias verbal e nominal propriamente 
ditas. 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
Inicialmente, vamos memorizar a regra 
geral de concordância verbal. 
 
Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do 
sujeito em número e pessoa. 
 
Exemplos: 
 
Os povos constroem sua História. 
Aos maus e aos poderosos só interessa a vantagem 
pessoal. 
 
PRINCIPAIS CASOS DE CONCORDÂNCIA VERBAL 
NA FCC 
 
� SUJEITO SIMPLES: o verbo concorda em 
número e pessoa com o núcleo do sujeito. 
 
Exemplos: 
 
O método de estudo dos jovens raramente conta com a 
 núcleo sabedoria dos mais velhos. 
 
sujeito simples 
 
Os métodos de estudo dos jovens raramente contam com a 
 núcleo sabedoria dos mais velhos. 
 
 sujeito simples 
 
� SUJEITO COMPOSTO 
 
- Anteposto ao verbo: o verbo deve ser flexionado 
no plural (concordância gramatical). 
 
Exemplo: Romarias religiosas e festas folclóricas 
servem como atração a grande parte dos turistas. 
 
- Posposto ao verbo: verbo no plural 
(concordância gramatical) ou no singular 
(concordância atrativa). 
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Exemplos: 
 
Nas estações de trem, ficam difíceis a entrada e a 
saída das composições nos horários de maior 
fluxo. (concordância gramatical) 
 
Nas estações de trem, fica difícil a entrada e a 
saída das composições nos horários de maior fluxo. 
(concordância atrativa) 
 
- Resumido por TUDO, NADA e NINGUÉM: verbo 
na terceira pessoa do singular, concordando com o 
elemento resumitivo. 
 
Exemplos: 
 
Vinho, dinheiro, mulheres, nada o alegrava mais. 
 
“O entusiasmo, alguns goles de vinho, o gênio 
imperioso, estouvado, tudo isso me levou a fazer 
uma coisa única.” 
(Machado de Assis) 
 
Jogadores, árbitro, assistentes, ninguém saiu do 
campo. 
 
- Núcleos em gradação - verbo no singular 
(concordância atrativa), podendo também ser 
flexionado no plural (concordância gramatical). 
 
Exemplo: Um século, um ano, um mês não fará / 
farão diferença. 
 
- Núcleos sinônimos - verbo no singular 
(concordância atrativa), podendo também ser 
flexionado no plural. 
Exemplo: A dor e o sofrimento sempre nos 
acompanha / acompanham. 
 
� SUJEITO ORACIONAL (o sujeito é uma 
oração, tendo o verbo como núcleo): 
concordância na terceira pessoa do 
singular. 
 
Exemplos: 
 
Esquivar-se das perguntas que todas as pessoas 
vivem fazendo implica um reforço sobrenatural. (= 
Isso implica um esforço sobrenatural.) 
 
Fazer e escrever é a mesma coisa para mim. (= Isso 
é a mesma coisa para mim.) 
 
Ainda falta definir os objetivos. (= Isso ainda falta.) 
 
Não me interessa ouvir essas parlendas. (= Isso 
não me interessa) 
 
Parecia que os dois homens estavam bêbados. (= 
Isso parecia) 
 
� SUJEITOS LIGADOS PELA CONJUNÇÃO 
“OU” 
 
- indicando exclusão: verbo no singular 
(concordância atrativa). 
 
Exemplo: Sarney ou Michel Temer será Presidente 
do Congresso. (= Ou Sarney ou Michel Temer será 
Presidente do Congresso.) 
 
- indicando soma: verbo no plural (concordância 
gramatical). 
 
Exemplo: O frio ou o calor não estragarão nossa 
viagem. (= Nem o frio nem o calor estragarão 
nossa viagem.) 
 
� SUJEITO PARTITIVO 
 
- com as expressões grande parte de, a maior 
parte de, a menor parte de, a maioria de, a 
minoria de, um terço de, seguidas de palavras no 
plural, o verbo pode concordar tanto no singular 
quanto no plural. 
 
Exemplos: 
 
Grande número de candidatos não compareceu à 
prova. (o verbo “comparecer” concorda com o 
nome “número”) 
 
Grande número de candidatos não compareceram 
à prova. (o verbo “comparecer” concorda com a 
expressão partitiva “de candidatos”) 
 
A maior parte dos funcionários optou pelo ponto 
facultativo. (o verbo “optar” concorda com 
“parte”) 
 
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A maior parte dos funcionários optaram pelo 
ponto facultativo. (o verbo “optar” concorda com a 
expressão “dos funcionários”) 
 
Um terço dos alunos protestou contra a falta de 
professores. (o verbo “protestar” concorda com o 
numeral “um”) 
 
Um terço dos alunos protestaram contra a falta de 
professores. (o verbo “protestar” concorda com a 
expressão “dos alunos”) 
 
Caso essas expressões não estejam 
seguidas de palavras no plural, verbo deverá 
permanecer no singular. 
 
Exemplos: 
 
A maioria optou pelo ponto facultativo. (embora 
haja uma ideia de coletividade, expressa pelo 
vocábulo “maioria”, o núcleo do sujeito está no 
singular, levando o verbo a concordar, também, 
nesse número) 
 
Um terço protestou contra a falta de professores. 
 
� UM OU OUTRO: verbo no singular. 
 
Exemplo: Um ou outro vaga-lume tornava mais 
vasta a escuridão. 
 
� UM E OUTRO, NEM UM NEM OUTRO, 
NEM... NEM ... : verbo no singular ou 
plural, facultativamente. 
 
Exemplos: 
 
Uma e outra possibilidade aconteceu / 
aconteceram. 
Nem um nem outro policial fez / fizeram a ronda 
costumeira. 
Nem concurso nem loteria daria / dariam maior 
felicidade. 
 
Entretanto, se houver: 
 
- reciprocidade: o verbo deverá ser flexionado no 
plural. 
 
Exemplo: Um e outro carro chocaram-se na pista. 
 
- exclusão: o verbo permanecerá no singular. 
Exemplo: Nem Fernando nem Paulo se elegerá 
Presidente. 
 
� VOZ PASSIVA SINTÉTICA (VTD + SE) 
 
A voz passiva sintética será caracterizada 
quando um verbo transitivo direto ou transitivo 
direto e indireto estiver acompanhado do 
pronome SE. Quando isso ocorrer, o SE será 
partícula apassivadora (ou pronome apassivador). 
Com o acréscimo desta partícula, o termo que 
antes desempenhava a função de objeto direto 
passará a desempenhar a função de sujeito, com o 
qual o verbo deve concordar em número e pessoa. 
 
Exemplos: 
 
Nem sempre avalia os resultados. 
 objeto direto 
 
Nem sempre se avaliam os resultados. 
 pron. sujeito 
apassivador 
 
Vende casas. 
 objeto direto 
 
Vendem-se casas. 
 pron. sujeito 
 apassivador 
 
Macetes da elite! 
 
1ª) Os verbos transitivo indireto, intransitivo e 
de ligação, quando acompanhados da partícula 
SE, formarão o sujeito indeterminado, sendo a 
partícula denominada índice de indeterminação 
do sujeito. Nesse caso, a concordância se dará 
na terceira pessoa do singular. 
 
Exemplos: 
 
 Necessitava-se, na semana da prova, de mais estudos. (Sujeito 
verbo transitivo índice de objeto indireto indeterminado) 
indireto indeterminação 
 do sujeito 
 
 Estava-se muito feliz com a aprovação. (Sujeito indeterminado) 
 verbo de índice de 
 ligação indeterminação 
 do sujeito 
 
 Morria-se de tédio nos jogos da seleção argentina. (Sujeito 
 verbo índice de indeterminado) 
 intrans. indeterminação 
 do sujeito 
 
2ª) Quando, na voz passiva sintética, houver 
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sujeito oracional, o verbo obrigatoriamente 
permanecerá na terceira pessoa do singular. 
 
Exemplo: 
 
 Subentende-se que vocês serão aprovados. (Subentende-se 
 verbo transitivo pron. sujeito oracional isso.) 
 direto apassivador 
 
Para analisar se realmente se trata de uma voz 
passiva, devemos verificar se: 
 
a) o verbo assume transitividade direta; e 
 
b) existe ideia de passividade. 
 
No exemplo em questão, o sujeito 
oracional – por estar representado por uma 
oração – é paciente, pois o verbo “subentender” 
é transitivo direto e há ideia de passividade (Isso 
é subentendido). Sendo assim, o verbo deve 
permanecer na terceira pessoa do singular. 
 
3ª) Quando o objeto direto preposicionado for 
empregado, o verbo ficará, também, na terceira 
pessoa do singular, e a partícula SE deverá ser 
classificada como índice de indeterminação do 
sujeito. 
 
Exemplo: Louva-se a Deus. (Sujeito indeterminado) 
 I.I.S. objeto direto 
 preposicionado 
 
� VERBOS IMPESSOAIS 
 
- HAVER 
 
- na acepção de existir, acontecer ou ocorrer, ou 
no sentido de tempo pretérito, o verbo “haver” é 
impessoal, devendo ficar na terceira pessoa do 
singular. 
 
Exemplos: 
 
Como havia poucas vagas, o povo fazia filas na escola. 
 objeto direto 
 
Gabaritei aquela prova há dois dias. 
 
Macete da elite! 
 
Quando o verbo HAVER for o principal de 
uma locução verbal, será impessoal e transmitirá 
sua impessoalidade ao verbo auxiliar, que 
permanecerá na terceira pessoa do singular. 
Exemplo: Não deixará de haver experimentos 
bem-sucedidos. 
loc. verbal objeto 
direto 
 
Atenção! 
 
Os verbos existir, acontecer e ocorrer são 
pessoais. Portanto, devem concordar com o 
sujeito. 
 
Exemplos: 
 
Como existiam poucas vagas, o povo fazia filas na escola. 
sujeito 
 
Não deixarão de existir experimentos bem-sucedidos. 
 loc. verbal sujeito 
 
- FAZER: sempre que indicartempo pretérito ou 
meteorológico, o verbo “fazer” será impessoal, 
devendo ficar na terceira pessoa do singular. 
 
Exemplos: 
 
Faz mais de dez dias que se publicou o edital. 
No Sul fazia dias constantemente frios. 
 
- SER: sempre que indicar horas, datas ou 
distâncias, o verbo “ser” concordará, em regra, 
com o número de dias, de horas ou com a medida. 
 
Exemplos: 
 
Hoje são 21 de maio. (o verbo concorda com o 
número de dias) 
Hoje é dia 21 de maio. (o verbo concorda com a 
palavra “dia”) 
De sua casa a escola são oitenta metros de 
distância. (o verbo concorda com a medida) 
 
- nas expressões É POUCO, É MUITO, o verbo “ser” 
torna-se invariável. 
 
Exemplos: 
 
Duzentos reais é pouco. 
Três pessoas é muito. 
 
- indicando fenômenos da natureza, no sentido 
denotativo (dicionarizado): verbo no singular. 
Exemplo: Trovejava noites a fio, mas não chovia. 
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Se empregados no sentido conotativo, 
esses verbos serão pessoais, isto é, deverão 
concordar com o sujeito. 
 
Exemplo: Os professores trovejavam sermões 
sobre os alunos. (Os professores = sujeito) 
 
� VERBOS DAR, BATER, TOCAR E SOAR: o 
verbo concordará, obrigatoriamente, com 
o sujeito da frase. Caso este não exista na 
oração, o verbo concordará com a 
expressão numérica. 
 
Exemplos: 
 
O relógio deu duas horas. (o verbo concorda com o sujeito “O 
 sujeito relógio”) 
 
No relógio deram duas horas. (o verbo concorda com o 
adj. adverbial numeral “duas”) 
 
Já soaram oito horas. (o verbo concorda com o numeral “oito) 
 
O relógio já soou oito horas. (o verbo concorda com o sujeito 
 Sujeito “O relógio”) 
 
� VERBOS PARECER E COSTUMAR 
 
Os verbos parecer e costumar podem: 
 
- relacionar-se a outras formas verbais, 
constituindo uma locução verbal. Neste caso, 
concordarão em número e pessoa com o sujeito. É 
a forma mais usual, corrente. 
 
Exemplos: 
 
Os dias parecem voar. 
As crianças costumam brincar. 
 
- formar, sozinhos, a oração principal de um 
período. Neste caso, deverão apresentar-se na 
terceira pessoa do singular para concordar com o 
sujeito oracional. É a forma menos usual, literária. 
 
Exemplos: 
 
Os dias parece voarem. (= ISSO parece.) 
As crianças costuma brincarem. (= ISSO costuma.) 
 
Nos exemplos acima, os períodos podem 
ser desenvolvidos da seguinte forma: 
 
Parece (oração principal) que os dias voam (oração 
subordinada). 
Costuma (oração principal) que as crianças 
brincam (oração subordinada). 
 
Nas orações desenvolvidas acima, a 
partícula “que” é conjunção integrante. 
 
Outro exemplo: “As notícias parece que têm asas.” 
(Otto Lara Resende) 
 
O período acima pode ser desenvolvido da 
seguinte maneira: 
 
Parece (oração principal) que as notícias têm asas 
(oração subordinada). 
 
� PRONOMES RELATIVOS “QUE” e “QUEM” 
 
- QUE: o verbo concorda com o antecedente. 
 
Exemplo: Fui eu que resolvi a questão. (Rocha 
Lima) 
 
- QUEM: o verbo ou concorda com o antecedente, 
ou com o pronome relativo “quem”. Neste último 
caso, irá para a terceira pessoa do singular. 
 
Exemplos: 
 
Fui eu quem resolvi a questão. (Rocha Lima) 
Fui eu quem resolveu a questão. 
 
� PRONOME INDEFINIDO OU 
INTERROGATIVO + DE + PRONOME 
PESSOAL 
 
Como regra geral, o verbo concorda com o 
pronome (sujeito). 
 
Exemplos: 
 
Algum de vós sairá antes? 
Qual de vocês passará no concurso? 
 
Porém, o verbo concordará com o 
pronome pessoal caso este esteja flexionado no 
plural. 
 
Exemplos: 
 
Alguns de vós saireis antes? 
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Quais de vocês passarão no concurso? 
 
� CERCA DE, PERTO DE, MAIS DE, MENOS 
DE + NUMERAL: o verbo sempre 
concordará com o numeral. 
 
Exemplos: 
 
Cerca de setenta alunos estavam presentes. 
 
Menos de dois policiais foram mortos. 
 
Mais de um policial foi morto. (embora a expressão 
“mais de um” transmita a ideia de plural, o verbo 
deve concordar com o numeral “um”) 
 
Macete da elite! 
 
Com a expressão mais de um, o verbo só 
irá para o plural quando houver ideia de 
reciprocidade ou quando a expressão surgir 
repetida. 
 
Mais de uma máquina estava parada. 
Mais de um deputado se ofenderam. 
Mais de uma flor, mais de uma folha foram 
arrancadas. 
 
� SUBSTANTIVO PRÓPRIO PRECEDIDO DE 
ARTIGO PLURAL: o verbo concorda com o 
artigo (determinante). 
 
Exemplos: 
 
Os Estados Unidos apoiaram o México. 
As Minas Gerais produzem ótimos trens. 
 
Macetes da elite! 
 
1ª) Se o substantivo próprio estiver sem artigo, o 
verbo ficará no singular. 
 
Exemplos: 
 
Estados Unidos apoiou o México. 
Minas Gerais produz ótimos trens. 
 
2ª) Com títulos de obras, a concordância ocorrerá 
com o determinante. Se, porém, aparecer a 
palavra “livro”, “obra”, a concordância se dará com 
este. 
 
Exemplos: 
 
Os Lusíadas contribuíram para a Literatura 
Portuguesa. 
O livro Os Lusíadas contribuiu para a Literatura 
Portuguesa. 
 
Com o verbo “ser”, a concordância será 
facultativa, ou seja, com o sujeito ou com o 
predicativo. 
 
Exemplo: As Cartas Persas são / é um livro genial. 
(Evanildo Bechara). 
 
� HAJA VISTA: o verbo será invariável caso o 
nome a que se refere esteja no singular. 
 
Exemplo: Esforçou-se para passar no concurso, 
haja vista o incentivo do pai. 
 
O verbo poderá ficar no singular ou no 
plural, caso o nome a que se refere esteja no 
plural. 
 
Exemplos: 
 
Esforçou-se para passar no concurso, haja vista os 
incentivos do pai. 
Esforçou-se para passar no concurso, hajam vista 
os incentivos do pai. 
 
 
1. (FCC/TRT 2ª Região) As normas de 
concordância verbal estão plenamente 
respeitadas em: 
 
(A) Costumam haver nas pessoas extrovertidas 
traços marcantes de timidez. 
(B) Não se devem imputar aos muito tímidos a 
culpa por sua notoriedade. 
(C) Não deixam de ocorrer a um tímido as 
vantagens de sua timidez. 
(D) Interessam a certos extrovertidos encobrir 
aspectos de sua timidez. 
(E) O fato de serem tímidas não impossibilitam as 
pessoas de serem notadas. 
 
 Vamos praticar: 
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Comentário: Conforme vimos, os existir, acontecer 
e ocorrer são pessoais. Portanto, devem concordar 
com o sujeito. 
 
Exemplos: 
 
Como existiam poucas vagas, o povo fazia filas na escola. 
sujeito 
 
Não deixarão de existir experimentos bem-sucedidos. 
loc. verbal sujeito 
 
Na assertiva C, gabarito da questão, temos 
a seguinte construção (na ordem direta): As 
vantagens de sua timidez (sujeito) não deixam de 
ocorrer a um tímido. 
É importante lembrar que, quando o verbo 
HAVER for o principal de uma locução verbal, será 
impessoal e transmitirá sua impessoalidade ao 
verbo auxiliar, o qual deverá permanecer na 
terceira pessoa do singular, conforme deveria ter 
ocorrido na assertiva A: “Costuma haver nas 
pessoas extrovertidas traços marcantes de 
timidez”. 
 
Vamos analisar os erros das demais 
alternativas: 
 
Letra A. Resposta incorreta. Quando o verbo 
HAVER for o principal de uma locução verbal, será 
impessoal e transmitirá sua impessoalidade ao 
verbo auxiliar, o qual deverá permanecer na 
terceira pessoa do singular, ainda que o sujeito 
esteja no plural: “Costuma haver nas pessoas 
extrovertidas traços marcantes de timidez“ 
(sujeito). 
Letra B. Resposta incorreta. Na assertiva A, temos 
uma estrutura de voz passiva sintética. Para 
facilitar a análise, vamos transcrever a frase na 
ordem direta: “A culpa por sua notoriedade não se 
deve imputar aos muito tímidos”. O sujeito da 
oração é “A culpa por sua notoriedade”, razão pela 
qual o verbo “dever”, auxiliar da locução verbal 
“deve imputar” deveria ter sido empregado no 
singular. 
Letra D. Resposta incorreta. Temos um caso de 
sujeito oracionalem “Interessam a certos 
extrovertidos encobrir aspectos de sua timidez”. 
No trecho, a expressão em destaque é sujeito 
oracional, pois possui verbo em sua estrutura. 
Conforme vimos nas lições, o sujeito oracional leva 
o verbo à terceira pessoa do singular: “Interessa a 
certos extrovertidos encobrir aspectos de sua 
timidez”. Para facilitar a análise, podemos 
substituir o sujeito oracional pelo pronome 
demonstrativo “isso”: Isso interessa a certos 
extrovertidos. 
Letra E. Resposta incorreta. A concordância 
correta seria “O fato de serem tímidas não 
impossibilita as pessoas de serem notadas.”, já que 
o núcleo do sujeito “fato” está no singular. 
 
Gabarito: C. 
 
2. (FCC/TRT 18ª Região) Há um deslize na 
concordância verbal da seguinte frase: 
 
(A) Aos golpes mais duros da vida responde uma 
amizade verdadeira com palavras e gestos de 
solidariedade. 
(B) Nunca haverão de nos faltar, quando contamos 
com amigos verdadeiros, a força justa das palavras 
certas. 
(C) Assim como ninguém vive sem o préstimo da 
água, não se superam os infortúnios sem o apoio 
de um amigo verdadeiro. 
(D) Os sofrimentos que pesam sobre alguém 
haverão de ser mais leves com a companhia 
solidária de um amigo leal. 
(E) Importa, acima de todas as coisas, poder contar 
com a lealdade e os bons préstimos que nos 
oferece a amizade verdadeira. 
 
Comentário: Na assertiva B, temos a locução 
verbal “haverão de faltar”, ou seja, o verbo “haver” 
é o auxiliar, devendo concordar em número e 
pessoa com o sujeito “a força justa das palavras 
certas”. Como o núcleo “força” está no singular, o 
verbo “haver” também deverá ser empregado 
nesse número: “Nunca haverá de nos faltar (...) a 
força justa das palavras certas”. 
 
Gabarito: B. 
 
3. (FCC/TRT 7ª Região) Há um deslize na 
concordância verbal da seguinte frase: 
 
(A) Não se devem abrir às crianças, sejam elas 
pobres ou não, a opção entre estudar ou trabalhar. 
(B) Será que cabe apenas aos governantes tomar 
medidas que impeçam a exploração profissional 
dos menores? 
(C) Destacam-se, entre os argumentos já 
levantados contra o trabalho infantil, os que 
defendeu Darcy Ribeiro. 
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(D) Aos que não desejam alinhar-se contra o 
trabalho infantil resta combater em nome dos 
ideais de Darcy Ribeiro. 
(E) Sempre haverá, por esta ou aquela razão, os 
que defendem a inserção das crianças pobres no 
mercado de trabalho. 
 
Comentário: Na assertiva A, temos uma estrutura 
de voz passiva sintética. Para facilitar a análise, 
vamos transcrever a frase na ordem direta: “A 
opção entre estudar ou trabalhar (sujeito) não se 
devem abrir às crianças”. Como o núcleo do sujeito 
“opção” está empregado no singular, o verbo 
auxiliar da locução “deve abrir” deveria também 
ser empregado nesse número (singular). Sendo 
assim, a frase escrita corretamente seria “Não se 
deve abrir às crianças, sejam elas pobres ou não, a 
opção entre estudar ou trabalhar”. 
 
Gabarito: A. 
 
4. (FCC/TRT 22ª Região) As normas de 
concordância estão plenamente observadas na 
frase: 
 
(A) Quando se partem de regiões obscuras, nossas 
ideias não poderão ser produtivas. 
(B) Duas alternativas sempre haverão, restando-
nos sempre a dificuldade de optar por elas. 
(C) Esquivar-se das perguntas que todas as pessoas 
vivem fazendo implicam um reforço do 
sobrenatural. 
(D) Ao fenômeno cuja natureza os cientistas 
ignoram costuma o leigo recorrer como prova do 
sobrenatural. 
(E) Não ficaram claro para os leitores do texto 
quais exatamente foram os versos parafraseados 
do poeta Lucrécio. 
 
Comentário: As normas de concordância verbal 
estão plenamente observadas na opção D. Para 
facilitar a análise, vamos transcrevê-la na ordem 
direta: “O leigo costuma recorrer como prova do 
sobrenatural ao fenômeno cuja natureza os 
cientistas ignoram”. Percebemos, assim, que o 
núcleo do sujeito “leigo” está empregado no 
singular, razão por que o verbo “costumar”, 
auxiliar da locução verbal “costuma recorrer” 
também está empregado nesse número. 
 
Vamos analisar os erros das demais 
opções: 
 
Letra A. Resposta incorreta. O forma verbal 
“partem-se” é transitiva indireta; portanto, a 
partícula SE deve ser classificada como índice de 
indeterminação do sujeito. Sendo assim, a o verbo 
deve permanecer na terceira pessoa do singular: 
“Quando se parte de regiões obscuras (...)”. 
Letra B. Resposta incorreta. Em “Duas alternativas 
sempre haverão, restando-nos sempre a 
dificuldade de optar por elas.”, o verbo “haver” 
está empregado no sentido de “existir”, “ocorrer”, 
“acontecer”, acepções em que assume caráter 
impessoal, ou seja, deve ser empregado na terceira 
pessoa do singular. Logo, a reescritura correta 
seria “Duas alternativas sempre haverá, restando-
nos sempre a dificuldade de optar por elas”. 
Letra C. Resposta incorreta. Em “Esquivar-se das 
perguntas que todas as pessoas vivem fazendo 
implicam um reforço do sobrenatural.”, temos um 
caso de sujeito oracional (esquivar-se das 
perguntas que todas as pessoas vivem fazendo), 
isto é, o verbo “implicar” deve permanecer na 
terceira pessoa do singular. Sendo assim, a 
reescritura de acordo com o padrão culto seria 
“Esquivar-se das perguntas que todas as pessoas 
vivem fazendo implica um reforço do 
sobrenatural”. Para facilitar a análise, podemos 
substituir o sujeito oracional por “isso”: Isso 
implica um reforço do sobrenatural. 
Letra E. Resposta incorreta. Em “Não ficaram claro 
para os leitores do texto quais exatamente foram 
os versos parafraseados do poeta Lucrécio.”, 
temos um erro de concordância nominal, pois o 
adjetivo “claro” deve concordar com o substantivo 
“versos”. Logo, a reescritura correta seria “Não 
ficaram claros para os leitores do texto quais 
exatamente foram os versos parafraseados do 
poeta Lucrécio”. 
 
Gabarito: D. 
 
5. (FCC/TRT 9ª Região) As normas de 
concordância verbal estão plenamente acatadas 
na frase: 
 
(A) Não devem os leitores de hoje imaginar que 
cabiam aos filósofos antigos preocupar-se com 
questões que já não fazem sentido. 
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(B) Leitores de hoje, não devemos imaginar que a 
um filósofo clássico ocorressem tão somente 
questões específicas de sua época histórica. 
(C) Nenhum de nossos desejos, de acordo com 
Sêneca, deveriam transpor nossos limites, 
fronteiras que se deve sempre determinar. 
(D) A cada um dos princípios do estoicismo devem 
corresponder, como se postulavam entre os 
estoicos, lúcida e consequente iniciativa nossa. 
(E) Àqueles que não temem refletir sobre a morte 
reserva-se as recompensas de uma vida mais lúcida 
e mais intensa. 
 
Comentário: O período “Leitores de hoje, não 
devemos imaginar que a um filósofo clássico 
ocorressem tão somente questões específicas de 
sua época histórica.”, as normas de concordância 
verbal foram plenamente observadas, pois a forma 
verbal “ocorressem” concorda em número e 
pessoa com seu sujeito, a expressão “questões 
específicas de sua época histórica”. 
Vamos analisar os erros das demais 
opções: 
 
Letra A. Resposta incorreta. Para facilitar a análise, 
transcreveremos o período na ordem direta: “Os 
leitores de hoje não devem imaginar que cabiam 
aos filósofos antigos preocupar-se com questões 
que já não fazem sentido”. Como o sujeito da 
locução “devem imaginar” é “Os leitores de hoje”, 
cujo núcleo é “leitores”, o verbo auxiliar “dever” 
for corretamente flexionado. Entretanto, no trecho 
“que cabiam aos filósofos antigos preocupar-se 
com questões que já não fazem sentido.”, temos o 
sujeito oracional “preocupar-se com questões que 
já não fazem sentido”, razão por que o verbo 
“caber” deveria ter sido empregado no singular: 
Isso cabia aos filósofos. 
Letra C. Resposta incorreta. Em “Nenhum de 
nossos desejos, de acordo com Sêneca, deveriam 
transpor nossoslimites, fronteiras que se deve 
sempre determinar.”, temos o sujeito “Nenhum de 
nossos desejos”, cujo núcleo é “Nenhum”. Sendo 
assim, para a manutenção da correção gramatical, 
o verbo auxiliar da locução verbal “deveriam 
transpor” deve permanecer na terceira pessoa do 
singular: “Nenhum de nossos desejos (...) deveria 
transpor nossos limites (...)”. 
Letra D. Resposta incorreta. Em “A cada um dos 
princípios do estoicismo devem corresponder, 
como se postulavam entre os estoicos, lúcida e 
consequente iniciativa nossa.”, o verbo 
“corresponder”, auxiliar da locução verbal “devem 
corresponder” deveria ter sido empregado no 
singular, concordando com o sujeito “lúcida e 
consequente iniciativa nossa”, cujo núcleo é 
“iniciativa”. 
Letra E. Resposta incorreta. No período “Àqueles 
que não temem refletir sobre a morte reserva-se 
as recompensas de uma vida mais lúcida e mais 
intensa.”, temos uma estrutura de voz passiva 
sintética no trecho “(...) reserva-se as recompensas 
de uma vida mais lúcida e mais intensa”. O verbo 
“reservar” é transitivo direto, sendo a particular SE 
denominada pronome apassivador. Sendo assim, a 
expressão “as recompensas de uma vida mais 
lúcida e mais intensa” é sujeito do verbo 
“reservar”, devendo este concordar com o núcleo 
“recompensas”. 
 
Gabarito: B. 
 
6. (FCC/TRT 4ª Região) As normas de 
concordância verbal estão plenamente 
observadas na frase: 
 
(A) Sem o concurso do poder público não se 
implanta políticas de segurança e não se impede a 
deterioração do espaço urbano. 
(B) Não deixaram de haver experimentos bem-
sucedidos, apesar de a comunidade acadêmica ter 
acusado falta de comprovação da teoria. 
(C) Logo se verificaram que medidas semelhantes 
foram tomadas por outros países, como a 
Inglaterra, a Holanda e a África do Sul. 
(D) O que se conclui das experiências relatadas é 
que cabe aos poderes públicos tomar iniciativas 
que nos levem a respeitar o espaço urbano. 
(E) O fato de haver desordem e sujeira no espaço 
urbano acabam por incitar o cidadão a reagir como 
um contraventor ou pequeno criminoso. 
 
Comentário: No período contido na assertiva D, o 
sujeito do trecho “(...) cabe aos poderes públicos 
tomar iniciativas que nos levem a respeitar o 
espaço urbano.” É oracional, pois contém verbo 
em sua estrutura: “tomar iniciativas que nos levem 
a respeitar o espaço urbano”. Sendo assim, o verbo 
“caber” foi corretamente empregado no singular. 
 
Vamos analisar os erros das demais 
opções: 
 
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Letra A. Resposta incorreta. No trecho “(...) não se 
implanta políticas de segurança (...)”, temos uma 
estrutura de voz passiva sintética (VTD + SE). Sendo 
assim, a expressão “políticas de segurança” é 
sujeito do verbo “implantar”, e este deve 
concordar no plural com o núcleo “políticas”: “(...) 
não se implantam políticas de segurança”. Notem 
que a colocação proclítica (antes do verbo) do 
pronome átono deve-se à presença do advérbio 
“não”. 
Letra B. Resposta incorreta. Em “Não deixaram de 
haver experimentos bem-sucedidos, apesar de a 
comunidade acadêmica ter acusado falta de 
comprovação da teoria.”, temos a locução verbal 
“deixar de haver”, em que o verbo “haver” é o 
principal. Sempre que isso ocorrer, a 
impessoalidade será transmitida ao verbo auxiliar, 
que deve permanecer no singular, ainda que o 
núcleo do sujeito esteja no plural: “Não deixou de 
haver experimentos bem-sucedidos (...)”. 
 sujeito 
Letra C. Resposta incorreta. Em “Logo se 
verificaram que medidas semelhantes foram 
tomadas por outros países (...), temos uma 
construção de voz passiva sintética (VTD + SE) com 
sujeito oracional. Logo, o verbo “verificar” deverá 
ser empregado no singular: “Logo se verificou que 
medidas semelhantes foram tomadas por outros 
países (...)”. Para facilitar a análise, podemos 
substituir o sujeito oracional por “isso”: Logo se 
verificou isso. 
Letra E. Resposta incorreta. Em “O fato de haver 
desordem e sujeira no espaço urbano acabam por 
incitar o cidadão a reagir como um contraventor 
ou pequeno criminoso.”, o verbo em destaque 
deve concordar com o núcleo do sujeito “fato”. 
Sendo assim, deverá permanecer no singular: “O 
fato de haver desordem e sujeira no espaço 
urbano acaba (...)”. 
 
Gabarito: D. 
 
7. (FCC/TRT 24ª Região-Adaptada) O verbo entre 
parênteses deverá flexionarse, obrigatoriamente, 
numa forma do plural, para preencher de modo 
correto a lacuna da frase: 
 
(A) ___________-lhes (parecer) justo que as 
instituições sejam manipuláveis? 
(B) Eles, a quem nenhuma instituição jamais 
_________ (impor) quaisquer restrições, são os 
que mais reclamam. 
(C) Caso não se ___________ (assegurar) às 
minorias o direito de se expressarem, as maiorias 
acabarão exercendo um poder totalitário. 
(D) Se não ________ (vir) a ocorrer, em qualquer 
sociedade, tantos desmandos institucionais, não 
haveria a necessidade de tantos organismos de 
fiscalização. 
 
Comentário: Em “Se não vierem a ocorrer, em 
qualquer sociedade, tantos desmandos 
institucionais, não haveria a necessidade de tantos 
organismos de fiscalização.”, o termo em destaque 
é o sujeito do período. Por essa razão, o verbo “vir” 
deverá flexionar-se, obrigatoriamente, no plural, 
concordando com o núcleo “desmandos”. 
 
Nas demais opções: 
Letra A: O verbo “parecer” deve estar no singular, 
pois temos um caso de sujeito oracional “que as 
instituições sejam manipuláveis”. Para facilitar a 
análise, podemos substituir a expressão 
mencionada por “isso”: Isso parece-lhes justo? 
Letra B: O verbo “impor” deve permanecer no 
singular para concordar com o núcleo do sujeito 
“nenhuma instituição”: “(...) a quem nenhuma 
instituição jamais impõe (...)”. 
Letra C: O verbo “assegurar” deve permanecer no 
singular, haja vista a presença do sujeito oracional 
“o direito de se expressarem” na estrutura de voz 
passiva sintética (VTD + SE). Para facilitar a análise, 
podemos substituir a expressão mencionada por 
“isso”: Caso não se assegure isso às minorias (...). A 
colocação proclítica (antes do verbo) do pronome 
átono deve-se à presença do advérbio “não”. 
 
Gabarito: D. 
 
8. (FCC-2008/TRT-2ª Região) O verbo indicado 
entre parênteses deverá flexionar-se numa forma 
do plural para preencher corretamente a lacuna 
da frase: 
 
(A) Entre as várias qualidades de seus poemas 
________ (destacar-se), acima de todas, a virtude 
da contenção. 
(B) Como não ________ (haver) de surpreender, 
em seus poemas, a precisão dos recursos 
estilísticos? 
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(C) Aos poetas confessionais ________ (costumar) 
apresentar-se o risco de excessos emotivos. 
(D) Mais que tudo me ________ (agradar), naquele 
livro, os recursos formais que intensificavam o 
lirismo. 
(E) As duas práticas a que ________ (fazer) 
referência o texto não são, de fato, inconciliáveis. 
 
Comentário: Para facilitar a análise, 
transcreveremos o período da assertiva D na 
ordem direta: “Os recursos formais que 
intensificavam o lirismo me agradam mais 
que tudo naquele livro”. Percebemos o verbo 
“agradar” deve, obrigatoriamente, ser flexionado 
no plural para concordar com o sujeito “Os 
recursos formais”, cujo núcleo é “recursos”. 
 
Nas demais opções: 
 
Letra A. Resposta incorreta. O verbo “destacar-se” 
deve permanecer no singular para concordar com 
o sujeito “a virtude da contenção”. 
Letra B. Resposta incorreta. O verbo “haver”, 
presente na locução verbal “há de surpreender”, 
deve permanecer no singular para concordar com 
o sujeito “a precisão dos recursos estilísticos”. 
Letra C. Resposta incorreta. O verbo “costumar”, 
presente na locução verbal “costuma apresentar-
se”, deve permanecer no singular para concordar 
com o sujeito “o risco de excessos emotivos”. 
Letra E. Resposta incorreta. O verbo “fazer” deveconcordar com o sujeito “o texto”, cujo núcleo 
“texto” se encontra no singular. Sendo assim, o 
verbo também deve estar nesse número: “As duas 
práticas a que faz referência o texto (...)”. Para 
melhor visualizar, podemos reescrever o trecho da 
seguinte forma: “O texto faz referências às duas 
práticas (...)”. 
 
Gabarito: D. 
 
9. (FCC/TRT 18ª Região) O verbo indicado entre 
parênteses deverá flexionar-se numa forma do 
singular para preencher de modo correto a lacuna 
da frase: 
(A) Não ________ (costumar) registrar-se, na 
conversa usual entre os passageiros, quaisquer 
reclamações contra a rotina barulhenta da viagem. 
(B) ________ (dever) agradar aos ruidosos 
passageiros toda essa parafernália eletrônica, que 
os dispensa de refletir sobre si mesmos. 
(C) Momentos de solidão e contemplação 
________ (haver) de perturbar os que se entregam 
gostosamente aos estímulos eletrônicos. 
(D) Já quase não se ________ (ver), numa viagem 
de ônibus, passageiros ensimesmados, olhando 
vagamente pela janela. 
(E) Não ________ (convir) a muita gente esses 
momentos únicos de reflexão, que uma viagem de 
ônibus podia propiciar. 
 
Comentário: O verbo que deve permanecer no 
singular é encontrado na assertiva B. Para facilitar 
a análise, vamos transcrever o período na ordem 
direta: “Toda essa parafernália, que os dispensa de 
refletir sobre si mesmos, deve agradar aos 
ruidosos passageiros”. Percebemos que o sujeito é 
“Toda essa parafernália”, empregado no singular, 
razão por que o verbo “dever” também deve estar 
no singular. 
 
Vejamos as demais opções. 
 
Letra A. Resposta incorreta. O verbo “costumar” 
deve ser flexionado no plural para concordar com 
o sujeito “quaisquer reclamações contra a rotina 
barulhenta da viagem”, cujo núcleo é 
“reclamações”. 
Letra C. Resposta incorreta. No período 
“Momentos de solidão e contemplação hão de 
perturbar (...)”, o sujeito é a expressão “Momentos 
de solidão e contemplação”, cujo núcleo 
“momentos” está no plural. Sendo assim, o verbo 
“haver” também deverá ser flexionado nesse 
número. 
Letra D. Resposta incorreta. Temos uma 
construção de voz passiva sintética, em que o 
sujeito é a expressão “passageiros ensimesmados”. 
Por essa razão, o verbo “ver” também deve ser 
flexionado no plural: “Já quase não se veem (...) 
passageiros ensimesmados (...)”. 
Letra E. Resposta incorreta. O verbo “convir” deve 
ser flexionado no plural para concordar com o 
sujeito “esses momentos únicos de reflexão”: “Não 
convêm a muita gente esses momentos únicos de 
reflexão (...)”. 
 
Gabarito: B. 
 
10. (FCC/TRT 22ª Região) O verbo indicado entre 
parênteses deverá flexionar-se no plural para 
preencher de modo correto a lacuna da frase: 
 
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(A) Nem às formigas nem às abelhas ___________ 
(competir) decidir quais funções serão exercidas 
por quem. 
(B) Quase todos os problemas que _________ 
(caber) à humanidade resolver derivariam de um 
engano da natureza. 
(C) ________ (atribuir) às leis do mercado uma 
racionalidade tal que é acusado de insano quem 
contra elas se insurge. 
 (D) A força de tantas compulsões egoístas entre os 
homens _________ (costumar) redundar em 
profundas injustiças. 
(E) O motivo pelo qual se ________ (dirigir) à vida 
de uma colmeia tantos aplausos é a harmonia de 
que as abelhas são capazes. 
 
Comentário: O verbo que deverá se flexionar no 
plural é encontrado na assertiva E. No período, o 
sujeito do verbo “dirigir” é “tantos aplausos”, 
expressão empregada no plural. Logo, o verbo 
“dirigir” também deverá ser flexionado: Tantos 
aplausos dirigem à vida de uma colméia (...). 
 
Gabarito: E. 
 
11. (FCC/TRT 4ª Região) O verbo entre parênteses 
deverá flexionar-se numa forma do plural para 
preencher corretamente a lacuna da frase: 
 
(A) Ainda em nossos dias _________ (parecer) 
transpirar daqueles velhos álbuns de fotografias 
um aflitivo anseio de perenidade. 
(B) Não se _________ (esboçar) nas fisionomias 
graves dos cerimoniosos retratados qualquer 
vestígio de sorriso. 
(C) À esmagadora maioria das fotos _________ 
(caber) o destino de um rápido e definitivo 
esquecimento. 
(D) O que mais _________ (divertir) os milhões de 
fotógrafos amadores é a facilidade de produção e 
exclusão de fotos. 
(E) _________ (despontar) em cada época não 
apenas novidades técnicas, mas novos modos de 
compreensão do mundo. 
 
Comentário: Uma forma de plural deve ser 
adotada na assertiva E. No período “_________ 
(despontar) em cada época não apenas novidades 
técnicas, mas novos modos de compreensão do 
mundo.”, o sujeito do verbo “despontar” é a 
expressão “novidades técnicas”. Como o núcleo 
“novidades” está flexionado no plural, as regras de 
concordâncias exigem a flexão do verbo também 
no plural. Logo, a lacuna deve ser preenchida da 
seguinte forma: “Despontam em cada época não 
apenas novidades técnicas, mas novos modos de 
compreensão do mundo”. 
 
Gabarito: E. 
 
12. (FCC-2012/TRT-11ª Região) As normas de 
concordância verbal encontram-se plenamente 
observadas em: 
 
(A) A utilidade dos dicionários, mormente quando 
se trata de palavras polissêmicas, manifestam-se 
nas argumentações ideológicas. 
(B) Não se notam, entre os preconceituosos, 
qualquer disposição para discutir o sentido de um 
juízo e as consequências de sua difusão. 
(C) Não convém aos injustiçados reclamar por 
igualdade de tratamento quando esta pode levá-
los a permanecer na situação de desigualdade. 
(D) Como discernimento e preconceito são duas 
acepções de discriminação, hão que se esclarecer o 
sentido pretendido. 
(E) Uma das maneiras mais odiosas de refutar os 
argumentos de alguém surgem na utilização de 
preconceitos já cristalizados. 
 
Comentário: As regras de concordância verbal 
encontram-se de acordo com o padrão culto 
escrito na assertiva C. A forma verbal “convém” 
está corretamente flexionada no singular, pois 
concorda com o sujeito oracional “reclamar por 
igualdade de tratamento”. No trecho “Não convém 
aos injustiçados reclamar por igualdade de 
tratamento (...)”, o segmento em destaque é uma 
oração subordinada substantiva subjetiva (aquela 
que exerce a função de sujeito em relação à oração 
principal), podendo ser substituído pelo pronome 
“isso”, facilitando a visualização: 
“Não convém aos injustiçados reclamar por 
igualdade de tratamento” 
 
“Isso não convém aos injustiçados” 
 
E quais os erros nas demais opções? 
Vejam: 
 
A) Resposta incorreta. No período em análise, a 
expressão “A utilidade dos dicionários” 
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desempenha a função de sujeito. Como o núcleo 
“utilidade” está no singular, o verbo “manifestar-
se” também deveria permanecer nesse número. 
Logo, a correção é “A utilidade dos dicionários, 
mormente (...), manifesta-se nas argumentações 
ideológicas”. 
B) Resposta incorreta. No trecho “Não se notam, 
entre os preconceituosos, qualquer disposição”, há 
uma construção de voz passiva sintética, formada 
por um verbo transitivo direto, seguido da 
partícula “se” (pronome apassivador) e do sujeito: 
 
Não se notam (...) qualquer disposição (...) 
 
Equivale dizer “Qualquer disposição não é notada 
(...)”. 
 
Portanto, o verbo “notar” deve 
permanecer no singular para concordar com 
núcleo “disposição”, do sujeito “qualquer 
disposição”: “Não se nota (...) qualquer disposição 
(...)”. 
Vale frisar que a partícula “se”, no 
contexto analisado, está anteposta ao verbo 
“notar” por uma exigência gramatical: a presença 
do vocábulo adverbial “não” exige a colocação 
proclítica (antes do verbo). 
D) Resposta incorreta. No contexto, o verbo 
“haver” foi incorretamente flexionado no plural. 
Há uma estrutura de voz passiva sintética, devendo 
a forma verbal concordar no singular com o sujeito 
“o sentido pretendido”: “(...)’ há que se esclarecer 
o sentidopretendido”. 
E) Resposta incorreta. No período em questão, o 
verbo “surgir” deve concordar no singular com o 
numeral “Uma”: “Uma das maneiras mais odiosas 
de refutar os argumentos de alguém surge na 
utilização de preconceitos já cristalizados”. 
 
Gabarito: C. 
 
13. (FCC-2012-TRE-SP) As regras de concordância 
estão plenamente respeitadas em: 
 
(A) A campanha das Diretas, de que os mais jovens 
participaram ativamente, terão sempre lugar 
especial nos registros de nossa história recente, ao 
lado de episódios como o movimento caras-
pintadas que, em 1992, levaram à deposição de 
um presidente. 
(B) Por mais diferenças que houvesse entre eles e o 
incansável dr. Ulysses, a maioria dos políticos que 
foram seus contemporâneos não lhe demonstrava 
senão grande admiração e profundo respeito. 
(C) A confusão entre as funções de jornalista e de 
militante, no caso de Ricardo Kotscho e de outros 
profissionais de nossa imprensa, tornaram possível 
um registro muito mais vivaz de várias 
personagens da campanha das Diretas. 
(D) Poucos episódios na história mais recente do 
Brasil pode nos inspirar tanto orgulho quanto a 
campanha das Diretas, ao longo dos anos 1983 e 
1984, ainda que as eleições diretas para 
presidente, sua principal reivindicação, só tenha 
sido contemplada em 1989. 
(E) Não se confunda os raríssimos casos em que a 
separação das funções de jornalista e de militante 
podem ser justificadas com aqueles que merecem 
a condenação mais enfática. 
 
Comentário: As regras de concordância estão 
respeitadas na alternativa B. O verbo “haver” foi 
empregado no sentido de “existir”. Nesse caso, 
assume caráter impessoal, permanecendo 
corretamente na terceira pessoa do singular no 
período “Por mais diferenças que houvesse entre 
eles e o incansável dr. Ulysses”. 
Vale frisar que o verbo “existir” é pessoal 
e, caso substituísse a forma verbal “houvesse”, 
deveria flexionar-se no plural para concordar com 
o sujeito “diferenças”: “Por mais diferenças que 
existissem entre eles e o incansável dr. Ulysses”. 
 
Vejam o erro nas demais opções: 
 
A) Resposta incorreta. Tradicionalmente, a FCC 
intercala, entre o sujeito e o verbo, alguma 
expressão, com a intenção de confundir os 
candidatos. No trecho “A campanha das Diretas, 
de que os mais jovens participaram ativamente, 
terão sempre lugar especial (...)’, a expressão em 
destaque desempenha a função de sujeito, tendo 
como núcleo o vocábulo “campanha”. Em virtude 
de esta palavra (campanha) estar no singular, o 
verbo “ter” também deve permanecer nesse 
número: “A campanha das Diretas, de que os mais 
jovens participaram ativamente, terá sempre lugar 
especial (...)”. 
C) Resposta incorreta. No excerto “A confusão 
entre as funções de jornalista e de militante, no 
caso de Ricardo Kotscho e de outros profissionais 
de nossa imprensa, tornaram possível (...)”, a 
expressão destacada exerce a função de sujeito, 
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tendo como núcleo o vocábulo “confusão”. Logo, o 
verbo “tornar” deve permanecer no singular: “A 
confusão (...) tornou possível (...)”. 
D) Resposta incorreta. No período em análise, 
temos o sujeito “Poucos episódios”, cujo núcleo é 
“episódios”. Já que este vocábulo está no plural, o 
verbo também deve ser flexionado nesse número 
(plural): “Poucos episódios (...) podem nos 
inspirar”. 
E) Resposta incorreta. Em “Não se confunda os 
raríssimos casos”, há uma estrutura de voz passiva 
sintética: 
 
partícula SE + verbo transitivo direto 
(V.T.D.) + sujeito 
 
Por essa razão, o verbo “confundir” deve 
ser flexionado no plural para concordar com o 
núcleo do sujeito “raríssimos casos”: Não se 
confundam os raríssimos casos. 
 
Gabarito: B. 
 
14. (FCC-2012-TRE-SP) Na luta contra a imposição 
dos padrões portugueses e dos modelos 
acadêmicos, os modernistas ...... convencidos de 
que ...... de vencer, mas, para que isso de fato ...... 
, muitas batalhas teriam ainda de ser travadas. 
 
Preenchem corretamente as lacunas da frase 
acima, na ordem dada: 
 
(A) estavam - houveram - ocorrera 
(B) estiveram - haveriam - ocorreria 
(C) estivessem - haviam - ocorresse 
(D) estavam - haveriam - ocorresse 
(E) estiveram - houvessem - ocorreria 
 
Comentário: Questão que mesclou conhecimentos 
sobre verbos e sintaxe de concordância. Para 
resolvê-la, vamos analisar as lacunas. Começando 
pela terceira, no trecho “para que isso de fato ..... , 
muitas batalhas teriam ainda de ser travadas”, 
percebe-se uma ideia hipotética, apresentada pela 
forma verbal “teriam”, conjugada no futuro do 
pretérito do indicativo. Conforme estudamos na 
aula sobre verbos, essa correlação ficará adequada 
com a presença de um verbo no pretérito 
imperfeito do subjuntivo: “ocorresse”. Notem que 
a forma verbal está no singular para concordar 
com o sujeito “isso”: “para que isso de fato 
ocorresse (...)”. Sendo assim, restam-nos apenas as 
opções C e D. 
Para manter a adequada correlação, bem 
como a noção de hipótese, a segunda lacuna deve 
ser preenchida por um verbo conjugado no futuro 
do pretérito do indicativo. Além disso, uma vez que 
o sujeito é “os modernistas”, o verbo “haver”, 
pertencente à locução “haver de vencer”, deve ser 
flexionado no plural: “haveriam de vencer”. 
Portanto, chegamos à conclusão de que a letra “D” 
é o gabarito da questão: Na luta contra a 
imposição dos padrões portugueses e dos modelos 
acadêmicos, os modernistas estavam convencidos 
de que haveriam de vencer, mas, para que isso de 
fato ocorresse, muitas batalhas teriam ainda de ser 
travadas. 
Vale frisar que, na primeira lacuna, há o 
sujeito “os modernistas”, cujo núcleo é 
“modernistas”. Portanto, o verbo “estar” deve ser 
flexionado no plural: ”os modernistas estavam 
convencidos”. 
 
Gabarito: D. 
 
15. (FCC-2012/ISS-SP-Adaptada) Acerca das regras 
de concordância, julgue o item a seguir. 
 
I. Se, em vez de O que há de extraordinário nessa 
citação?, houvesse “Existe, nesta citação, aspectos 
extraordinários?”, a correção gramatical seria 
mantida. 
 
Comentário: No trecho “O que há de 
extraordinário nessa citação?”, a forma verbal em 
destaque foi empregada no sentido de “existir”. 
Portanto, assume caráter de impessoalidade (sem 
sujeito), devendo permanecer na terceira pessoa 
do singular. Entretanto, ao substituí-la por “Existe”, 
o verbo “existir” deve concordar com o sujeito 
posposto “aspectos extraordinários”. Logo, a 
correção gramatical somente será mantida se a 
forma verbal for flexionada no plural: “Existem, 
nesta citação, aspectos extraordinários”. 
 
Gabarito: Errado. 
 
16. (FCC-2012/TCE-SP-Adaptada) Acerca das 
regras de concordância, julgue o item a seguir. 
 
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I. Em não há conflitos a respeito do que liberdade, 
justiça e autonomia significam, a substituição de 
há por "existe" mantém a correção da frase. 
 
Comentário: No excerto “não há conflitos a 
respeito do que liberdade”, a forma verbal 
destacada é impessoal, por ter sido empregada no 
sentido de “existir”, “ocorrer”, “acontecer”. Sendo 
assim, o vocábulo “conflito” exerce a função de 
objeto 
direto. Contudo, ao substituir “há” por “existe”, 
ocorrem algumas mudanças no contexto: o verbo 
“existir” é pessoal, ou seja, possui sujeito, cuja 
função passará a ser desempenhada pelo 
elemento “conflitos”. Já que este vocábulo está 
flexionado no plural, o verbo também deve ser 
flexionado nesse número para manter a correção 
da frase: “não existem conflitos (sujeito) a respeito 
do que liberdade”. 
 
Gabarito: Errado. 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
Regra geral: O adjunto adnominal, função 
desempenhada pelo artigo, adjetivo, pronome 
adjetivo e numeral adjetivo, concorda com o 
substantivo a que se refere em gênero 
(masculino/feminino) e número (singular/plural). 
 
Exemplo: As nossas duas principaiscidades já 
estão superpovoadas. 
 
No exemplo acima, os elementos em 
destaque concordam em gênero (feminino) e 
número (plural) com o substantivo “cidades”. 
 
PRINCIPAIS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL 
NA FCC 
 
� ADJETIVO ANTEPOSTO 
 
- o adjunto adnominal concorda apenas com o 
mais próximo. 
 
Exemplo: O cavalheiro oferecera-lhe perfumadas 
rosas e lírios. (concordância atrativa) 
 
- o predicativo vai para o plural no gênero 
predominante. 
 
Exemplo: O vencedor considerou satisfatórios a 
nota e o prêmio. (concordância gramatical) 
 
Segundo as lições de Domingos Paschoal 
Cegalla e de Luiz Antônio Sacconi, o predicativo 
anteposto também poderá concordar com o 
núcleo mais próximo. 
 
Exemplos: 
 
“É preciso que mantenham limpas as ruas e os 
jardins”. (Cegalla) 
“Mantenha acesas as lâmpadas e os lampiões”. 
(Sacconi) 
 
� ADJETIVO POSPOSTO 
 
- em geral, concorda com o mais próximo 
(concordância atrativa) em gênero e número. 
 
Exemplo: Os concursandos passam por problemas 
e provas complicadas. (concordância atrativa – 
“complicadas” concorda com “provas”) 
 
- vai para o plural no gênero predominante (em 
caso de gêneros diferentes, predomina o 
masculino, pois é a concordância mais 
aconselhada). 
 
Exemplo: Os concursandos passam por problemas 
e provas complicados. (concordância gramatical – 
“complicadas” concorda com “provas”) 
 
Se os substantivos pospostos forem nomes 
próprios ou indicarem graus de parentesco e 
títulos de nobreza, a concordância deverá ser 
gramatical. 
 
Exemplo: Falei com os dedicados Felipe e Ana. 
(concordância gramatical) 
 
� MESMO: concorda com o nome a que se 
refere. 
 
Exemplos: 
 
As mulheres mesmas exigiram igualdade. 
Elas querem os mesmos direitos e quase as 
mesmas obrigações. 
 
Quando se referir a verbos ou denotar 
inclusão, será invariável. 
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Exemplos: 
 
As mulheres exigiram mesmo igualdade de 
direitos. 
Mesmo as mulheres querem tirar vantagem de sua 
condição. (= Até) 
 
� BASTANTE: concorda com o nome a que se 
refere. 
 
Exemplo: O estudo gera bastantes ansiedades e 
poucas incertezas. 
 
Atenção! 
 
“Bastante” será advérbio, portanto, 
invariável, quando se referir a verbos, adjetivos 
ou advérbios. 
 
Exemplos: 
 
Não a procuramos bastante para encontrá-la. 
(advérbio, pois se refere à forma verbal 
“procuramos”) 
 
Todos parecem bastante ansiosos. (advérbio, 
pois se refere ao adjetivo “ansiosos”) 
 
O ancião, na noite anterior, passara bastante 
mal. (advérbio, pois se refere ao advérbio “mal”) 
 
� MEIO: concorda com o substantivo a que 
se refere (indicando fração). 
 
Exemplo: Não serei homem de meias palavras. 
 
Referindo-se a adjetivos, será advérbio, 
apresentando sentido de um pouco, e 
permanecerá invariável. 
 
Exemplo: A funcionária sentiu-se meio 
envergonhada com a situação. (= um pouco) 
 
� LESO: concorda em gênero e número com 
o segundo vocábulo do composto. 
Exemplos: 
 
Seu comportamento revela desvios de lesos-
caracteres. 
Ele cometeu um crime de lesa-pátria. 
 
� QUITE: concorda com o nome a que se 
refere. 
 
Exemplos: 
 
Os eleitores ficaram quites com suas obrigações 
cívicas. 
Só fará prova o aluno quite com a tesouraria do 
colégio. 
 
� SÓ 
 
- será adjetivo (só = sozinho), concordando em 
número com o nome a que se refere. 
 
Exemplos: 
 
Merecem elogios os meninos que se fazem por si 
sós. (= sozinhos) 
Eles estavam sós, na sala iluminada. (= sozinhos) 
 
- como palavra denotativa de limitação, 
equivalente a apenas, somente, será invariável. 
 
Exemplos: 
 
Só os deuses são imortais. (= Somente) 
Elas só passeiam de carro. (= apenas, somente) 
 
Importante! 
 
A locução a sós (= sem mais companhia, 
sozinho) é invariável. 
 
Exemplos: 
 
Nesses casos, nada melhor do que uma conversa a 
sós. 
Jesus despediu a multidão e subiu ao monte para 
orar a sós. 
 
� ANEXO, INCLUSO, SEPARADO: concordam 
com o nome a que se referem. 
 
Exemplos: 
 
Anexas à carta seguirão as duplicatas 
correspondentes. 
Remeteremos inclusos os autos pertinentes ao 
inquérito. 
Seguem, separadas, as cópias das notas fiscais. 
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É importante frisar para vocês que as 
locuções “em anexo” e “em separado” são 
invariáveis. 
 
Exemplos: 
 
Em anexo, seguirão as duplicatas correspondentes. 
Seguem, em separado, as cópias das notas fiscais. 
 
� POSSÍVEL: concorda com o nome a que se 
refere. 
 
Exemplo: Já fizemos todas as tentativas possíveis. 
 
O adjetivo “possível” deverá permanecer 
no singular com as expressões superlativas o mais, 
o menos, o melhor, o pior. 
 
Exemplo: Mantenha os alunos o mais ocupados 
possível. 
 
Entretanto, deverá ser flexionado no plural 
quando essas expressões também estiverem no 
plural. 
 
Exemplos: 
 
Na Suíça, fabricam-se os melhores relógios 
possíveis. 
As informações obtidas são as melhores (ou as 
piores) possíveis. 
 
Macete da elite! 
 
A expressão “o quanto possível” é 
invariável. 
 
Exemplo: Gosto de chocolates tão amargos o 
quanto possível. 
 
� É BOM, É PROIBIDO, É NECESSÁRIO, É 
PERMITIDO 
 
- ficarão invariáveis quando o substantivo a que se 
referem estiver sendo usado em sentido geral, isto 
é, não determinado por artigo ou pronome. 
 
Exemplos: 
 
É necessário paciência para aturar suas 
maluquices. 
É proibido entrada. 
Água é bom para a saúde. 
 
- quando houver determinante, a concordância 
dar-se-á obrigatoriamente com este. 
 
Exemplos: É necessária a paciência para aturar 
suas maluquices. 
É proibida a entrada. 
Esta água é boa para a saúde. 
 
� UM E OUTRO, UM OU OUTRO, NEM UM 
NEM OUTRO 
 
- quando seguidas de substantivo e/ou adjetivo 
terão a seguinte sintaxe: substantivo no singular e 
adjetivo no plural. 
 
Exemplos: 
 
Um e outro candidato preparados 
passou/passaram no concurso. 
Um ou outro vaga-lume brilhantes tornava mais 
vasta a escuridão. 
Nem um nem outro político demagogos 
votou/votaram a emenda. 
 
� MENOS, ALERTA, PSEUDO, SALVO: são 
invariáveis. 
 
Exemplos: 
 
Os policiais estão alerta (de prontidão, em estado 
de vigilância), embora haja menos greves hoje. 
Salvo as enfermeiras, todas as demais são 
suspeitas. (Salvo = Exceto – palavra denotativa de 
exclusão) 
 
� A OLHOS VISTOS: expressão invariável. 
 
Exemplo: A menina emagrecia a olhos vistos. 
 
� TAL QUAL: concorda com os respectivos 
sujeitos. 
 
Exemplo: Os jogadores do Vasco são tais qual o 
próprio time. 
 
No exemplo acima, “tais” concorda com 
“jogadores”, e “qual” concorda com “time”. 
 
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17. (FCC/TRT 3ª Região-Adaptada) A concordância 
verbal e nominal está inteiramente correta na 
frase: 
 
(A) São vários os animais que representam clubes, 
à maneira de totens, como demonstração das 
qualidades que é inerente a todos os seus 
membros. 
(B) O nome dos clubes de futebol devem ser 
significativos para a comunidade e costumam 
homenagear países, continentes e atividades 
profissionais. 
(C) O escudo dos clubes, usado na bandeira e na 
camisa dos jogadores, constitui o sinal de 
reconhecimento para o grupo social que se 
estabelece em seu entorno. 
(D) O orgulho de pertencer a um clube se estende 
a qualquer objetos relacionados a ele, como 
bandeiras, camisas, bonés, que os identifica. 
 
Comentário: As normas de concordância verbo-
nominal estão corretamente observadas na 
assertiva C. Em “O escudo dos clubes, usado na 
bandeira e na camisa dos jogadores, constitui o 
sinal de reconhecimento para o grupo social que se 
estabelece em seu entorno.”, o adjetivo “usado” 
concorda em gênero e número com o substantivo 
“escudo”. Além disso, a forma verbal “constitui” 
concorda perfeitamente com o sujeito “O escudo 
dos clubes”,cujo núcleo é “escudo”. 
 
Vejamos as demais opções: 
 
Letra A. Resposta incorreta. No trecho “(...) como 
demonstração das qualidades que é inerente a 
todos os seus membros.”, o pronome relativo 
“que” é sujeito da forma verbal “é”, retomando o 
substantivo “qualidades” e evitando sua repetição 
no contexto. Sendo assim, o verbo “ser” deve ser 
empregado obrigatoriamente no plural. Além 
disso, o adjetivo “inerente” deve concordar com o 
substantivo “qualidades”. Logo, a reescritura 
correta do trecho é “(...) como demonstração das 
qualidades que são inerentes a todos os seus 
membros”. 
Letra B. Resposta incorreta. Em “O nome dos 
clubes de futebol devem ser significativos para a 
comunidade e costumam homenagear países, 
continentes e atividades profissionais.” Há alguns 
erros, quais sejam: o sujeito do período é “O nome 
dos clubes de futebol”, cujo núcleo é “nome”, 
empregado no singular. Portanto, a forma verbal 
“devem ser”, da locução verbal, deve permanecer 
nesse número (singular). Em seguida, o adjetivo 
“significativos” também deve figurar no singular, 
para concordar com o núcleo “nome”. Por fim, a 
forma verbal “costumam”, presente na locução 
verbal “costumam homenagear”, deve permanecer 
no singular, para também concordar com o núcleo 
do sujeito “nome”. 
Letra D. Resposta incorreta. Em “O orgulho de 
pertencer a um clube se estende a qualquer 
objetos relacionados a ele, como bandeiras, 
camisas, bonés, que os identifica.”, o pronome 
“qualquer” deve ser empregado no plural, 
concordando com o substantivo “objetos’. 
 
Gabarito: C. 
 
18. (FCC/DNOCS) A concordância verbal e nominal 
está inteiramente correta na frase: 
 
(A) Chegou ao fim as campanhas voltadas para a 
reciclagem de materiais nas cidades escolhidas no 
projeto-piloto. 
(B) A conscientização dos moradores daquela área 
contaminada pelos resíduos tóxicos acabaram 
surtindo bons resultados. 
(C) Muitos consumidores se mostram engajados na 
luta pela sustentabilidade e traduzem seu 
compromisso em tudo aquilo que compram. 
(D) Atitudes firmes e claras voltadas para a 
sustentabilidade na exploração dos recursos da 
natureza deve trazer lucros promissores para as 
empresas. 
(E) Deveria ser divulgado claramente os princípios 
que norteiam as atividades empresariais, como 
diretriz para orientar os consumidores. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
Letra A. Resposta incorreta. O verbo “chegar” deve 
concordar com o núcleo do sujeito “campanhas”. 
Logo, a reescritura correta seria “Chegaram ao fim 
as campanhas (...)”. 
Letra B. Resposta incorreta. O verbo “acabar” deve 
concordar com o núcleo do sujeito 
“conscientização”. Logo, a reescritura correta seria 
“A conscientização dos moradores (...) acabou 
surtindo bons resultados”. 
Letra C. Resposta correta. 
Letra D. Resposta incorreta. O verbo “dever”, 
presente na locução verbal “deve trazer”, 
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obedeceria às normas de concordância se estivesse 
flexionado no plural, concordando com o núcleo 
do sujeito “Atitudes firmes e claras”. 
Letra E. Resposta incorreta. A forma verbal 
“deveria” está incorretamente empregada, pois 
não concorda com o sujeito “os princípios que 
norteiam as atividades empresariais”. Além disso, 
o adjetivo “divulgado” deveria ter sido flexionado 
no plural. Sendo assim, a reescritura segundo as 
normas de concordância verbo-nominal seria 
“Deveriam ser divulgados claramente os princípios 
que norteiam as atividades empresariais, como 
diretriz para orientar os consumidores”. 
 
Gabarito: C. 
 
19. (FCC/TRE-AM) A frase em que a concordância 
está em total conformidade com o padrão culto 
escrito é: 
 
(A) Tintas e pincéis novos estavam sendo usados 
pela artista novata, ainda que os últimos não lhes 
pertencessem. 
(B) Debateram sobre a utilidade de vários 
acessórios e concluíram que muitos não eram, de 
fato, nada acessível. 
(C) O produto derramado atingiu muitas árvores, 
mas não as comprometeram de modo irreversível. 
(D) As mais vultosas doações para o programa de 
emergência já haviam sido feitas, por isso as 
expectativas de que a arrecadação fosse muito 
mais alta não tinha fundamento. 
(E) São muitos os aspectos do documento que 
merecem detida análise do advogado, mas tudo 
indica que não haverá alterações significativas. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
Letra A. Resposta incorreta. A forma pronominal 
“lhes” refere-se à expressão “artista novata”, 
empregada no singular. Logo, o pronome também 
deve ser empregado nesse número: “(...) ainda que 
os últimos não lhe pertencessem”. 
Letra B. Resposta incorreta. O adjetivo “acessíveis” 
deve concordar com a expressão “vários 
acessórios”. Logo, a reescritura correta seria 
“Debateram sobre a utilidade de vários acessórios 
e concluíram que muitos (acessórios) não eram, de 
fato, nada acessíveis”. 
Letra C. Resposta incorreta. O verbo 
“comprometer” deve concordar com o núcleo do 
sujeito em “O produto derramado”: “O produto 
derramado atingiu muitas árvores, mas não as 
comprometeu de modo irreversível”. 
Letra D. Resposta incorreta. O verbo “ter”, em 
“(...) as expectativas de que a arrecadação fosse 
muito mais alta não tinha fundamento.”, deve 
concordar com o sujeito “as expectativas”. Sendo 
assim, a reescritura de acordo com o padrão culto 
escrito é “(...) as expectativas de que a arrecadação 
fosse muito mais alta não tinham fundamento.” 
Letra E. Resposta correta. 
 
Gabarito: E. 
 
20. (FCC-2009/TRE-AM) A concordância verbal e 
nominal está inteiramente correta na frase: 
 
(A) Os caboclos da região, que vivem na floresta e 
dela retiram seu sustento, sabem que é importante 
respeitar todas as formas de vida que nela se 
encontram. 
(B) Existe, na mitologia de vários povos, duendes 
com diversos poderes mágicos que encarna, 
sobretudo, o espírito da floresta. 
(C) É sempre relatado às crianças indígenas os 
feitos valorosos de ilustres guerreiros, como forma 
de manter as tradições da tribo. 
(D) O repositório de lendas brasileiras de origem 
indígena variam muito, mas mostram, 
particularmente, uma explicação para os 
fenômenos da natureza. 
 (E) Quando se tratam de questões de 
sobrevivência na mata fechada, é necessário a 
presença de guias habituados às dificuldades da 
região. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
Letra A. Resposta correta. 
Letra B. Resposta incorreta. O verbo “existir” 
deveria ter sido flexionado no plural para 
concordar com o sujeito “duendes com diversos 
poderes mágicos”. Além disso, o verbo “encarnar” 
deve concordar com o pronome relativo “que”, o 
qual substitui a expressão “duendes com diversos 
poderes mágicos”. Então, a reescritura correta 
seria “Existem, na mitologia de vários povos, 
duendes com diversos poderes mágicos que 
encarnam, sobretudo, o espírito da floresta”. 
Letra C. Resposta incorreta. O verbo “ser” deveria 
ter sido flexionado no plural para concordar com o 
sujeito “os feitos valorosos de ilustres guerreiros”. 
Por sua vez, o adjetivo “relatado” deve concordar 
com o substantivo “feitos”: “São sempre relatados 
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às crianças indígenas os feitos valorosos de ilustres 
guerreiros, como forma de manter as tradições da 
tribo”. 
Letra D. Resposta incorreta. Os verbos “variar” e 
“mostrar” deveriam ter sido flexionados no plural 
para concordar com o núcleo do sujeito em “O 
repositório de lendas brasileiras de origem 
indígena”. 
Letra E. O verbo “tratar” é transitivo indireto, e a 
partícula SE é classificada como índice de 
indeterminação do sujeito. Com isso, o verbo 
deverá permanecer na terceira pessoa do singular: 
“Quando se trata de questões de sobrevivência na 
mata fechada (...)”. Além disso, o adjetivo 
“necessário” deve concordar em gênero e número 
com o substantivo “presença”: “(...) é necessária a 
presençade guias (...)”. 
 
Gabarito: A. 
 
21. (FCC/TRT 7ª Região-Adaptada) Verdadeiro ou 
Falso. 
 
Na frase “Alguns países optam por importar 
alimentos como forma de economizar água, que 
vem neles embutidos, já que a agricultura é que 
demandam enormes quantidades desse líquido.”, a 
concordância verbo-nominal está inteiramente 
correta. 
 
Comentário: No excerto acima, há os seguintes 
erros de concordância verbonominal, a saber: em 
“Alguns países optam por importar alimentos 
como forma de economizar água, que vem neles 
embutidos (...)”, o adjetivo em destaque deve 
concordar com o substantivo “água”. Além disso, o 
verbo “demandar” deve concordar com o sujeito 
“a agricultura”, cujo núcleo “agricultura” está no 
singular. Logo, a concordância verbo-nominal 
estará correta com as seguintes alterações: 
“Alguns países optam por importar alimentos 
como forma de economizar água, que vem neles 
embutida, já que a agricultura é que demanda 
enormes quantidades desse líquido.” 
 
Gabarito: Falso. 
 
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 
 
1. (FCC/TRT 2ª Região) As normas de 
concordância verbal estão plenamente 
respeitadas em: 
 
(A) Costumam haver nas pessoas extrovertidas 
traços marcantes de timidez. 
(B) Não se devem imputar aos muito tímidos a 
culpa por sua notoriedade. 
(C) Não deixam de ocorrer a um tímido as 
vantagens de sua timidez. 
(D) Interessam a certos extrovertidos encobrir 
aspectos de sua timidez. 
(E) O fato de serem tímidas não impossibilitam as 
pessoas de serem notadas. 
 
2. (FCC/TRT 18ª Região) Há um deslize na 
concordância verbal da seguinte frase: 
 
(A) Aos golpes mais duros da vida responde uma 
amizade verdadeira com palavras e gestos de 
solidariedade. 
(B) Nunca haverão de nos faltar, quando contamos 
com amigos verdadeiros, a força justa das palavras 
certas. 
(C) Assim como ninguém vive sem o préstimo da 
água, não se superam os infortúnios sem o apoio 
de um amigo verdadeiro. 
(D) Os sofrimentos que pesam sobre alguém 
haverão de ser mais leves com a companhia 
solidária de um amigo leal. 
(E) Importa, acima de todas as coisas, poder contar 
com a lealdade e os bons préstimos que nos 
oferece a amizade verdadeira. 
 
3. (FCC/TRT 7ª Região) Há um deslize na 
concordância verbal da seguinte frase: 
 
(A) Não se devem abrir às crianças, sejam elas 
pobres ou não, a opção entre estudar ou trabalhar. 
(B) Será que cabe apenas aos governantes tomar 
medidas que impeçam a exploração profissional 
dos menores? 
(C) Destacam-se, entre os argumentos já 
levantados contra o trabalho infantil, os que 
defendeu Darcy Ribeiro. 
(D) Aos que não desejam alinhar-se contra o 
trabalho infantil resta combater em nome dos 
ideais de Darcy Ribeiro. 
(E) Sempre haverá, por esta ou aquela razão, os 
que defendem a inserção das crianças pobres no 
mercado de trabalho. 
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4. (FCC/TRT 22ª Região) As normas de 
concordância estão plenamente observadas na 
frase: 
 
(A) Quando se partem de regiões obscuras, nossas 
ideias não poderão ser produtivas. 
(B) Duas alternativas sempre haverão, restando-
nos sempre a dificuldade de optar por elas. 
(C) Esquivar-se das perguntas que todas as pessoas 
vivem fazendo implicam um reforço do 
sobrenatural. 
(D) Ao fenômeno cuja natureza os cientistas 
ignoram costuma o leigo recorrer como prova do 
sobrenatural. 
(E) Não ficaram claro para os leitores do texto 
quais exatamente foram os versos parafraseados 
do poeta Lucrécio. 
 
5. (FCC/TRT 9ª Região) As normas de 
concordância verbal estão plenamente acatadas 
na frase: 
 
(A) Não devem os leitores de hoje imaginar que 
cabiam aos filósofos antigos preocupar-se com 
questões que já não fazem sentido. 
(B) Leitores de hoje, não devemos imaginar que a 
um filósofo clássico ocorressem tão somente 
questões específicas de sua época histórica. 
(C) Nenhum de nossos desejos, de acordo com 
Sêneca, deveriam transpor nossos limites, 
fronteiras que se deve sempre determinar. 
(D) A cada um dos princípios do estoicismo devem 
corresponder, como se postulavam entre os 
estoicos, lúcida e consequente iniciativa nossa. 
(E) Àqueles que não temem refletir sobre a morte 
reserva-se as recompensas de uma vida mais lúcida 
e mais intensa. 
 
6. (FCC/TRT 4ª Região) As normas de 
concordância verbal estão plenamente 
observadas na frase: 
 
(A) Sem o concurso do poder público não se 
implanta políticas de segurança e não se impede a 
deterioração do espaço urbano. 
(B) Não deixaram de haver experimentos bem-
sucedidos, apesar de a comunidade acadêmica ter 
acusado falta de comprovação da teoria. 
(C) Logo se verificaram que medidas semelhantes 
foram tomadas por outros países, como a 
Inglaterra, a Holanda e a África do Sul. 
(D) O que se conclui das experiências relatadas é 
que cabe aos poderes públicos tomar iniciativas 
que nos levem a respeitar o espaço urbano. 
(E) O fato de haver desordem e sujeira no espaço 
urbano acabam por incitar o cidadão a reagir como 
um contraventor ou pequeno criminoso. 
 
7. (FCC/TRT 24ª Região-Adaptada) O verbo entre 
parênteses deverá flexionarse, obrigatoriamente, 
numa forma do plural, para preencher de modo 
correto a lacuna da frase: 
 
(A) ___________-lhes (parecer) justo que as 
instituições sejam manipuláveis? 
(B) Eles, a quem nenhuma instituição jamais 
_________ (impor) quaisquer restrições, são os 
que mais reclamam. 
(C) Caso não se ___________ (assegurar) às 
minorias o direito de se expressarem, as maiorias 
acabarão exercendo um poder totalitário. 
(D) Se não ________ (vir) a ocorrer, em qualquer 
sociedade, tantos desmandos institucionais, não 
haveria a necessidade de tantos organismos de 
fiscalização. 
 
8. (FCC-2008/TRT-2ª Região) O verbo indicado 
entre parênteses deverá flexionar-se numa forma 
do plural para preencher corretamente a lacuna 
da frase: 
 
(A) Entre as várias qualidades de seus poemas 
________ (destacar-se), acima de todas, a virtude 
da contenção. 
(B) Como não ________ (haver) de surpreender, 
em seus poemas, a precisão dos recursos 
estilísticos? 
(C) Aos poetas confessionais ________ (costumar) 
apresentar-se o risco de excessos emotivos. 
(D) Mais que tudo me ________ (agradar), naquele 
livro, os recursos formais que intensificavam o 
lirismo. 
(E) As duas práticas a que ________ (fazer) 
referência o texto não são, de fato, inconciliáveis. 
 
9. (FCC/TRT 18ª Região) O verbo indicado entre 
parênteses deverá flexionar-se numa forma do 
singular para preencher de modo correto a lacuna 
da frase: 
(A) Não ________ (costumar) registrar-se, na 
conversa usual entre os passageiros, quaisquer 
reclamações contra a rotina barulhenta da viagem. 
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(B) ________ (dever) agradar aos ruidosos 
passageiros toda essa parafernália eletrônica, que 
os dispensa de refletir sobre si mesmos. 
(C) Momentos de solidão e contemplação 
________ (haver) de perturbar os que se entregam 
gostosamente aos estímulos eletrônicos. 
(D) Já quase não se ________ (ver), numa viagem 
de ônibus, passageiros ensimesmados, olhando 
vagamente pela janela. 
(E) Não ________ (convir) a muita gente esses 
momentos únicos de reflexão, que uma viagem de 
ônibus podia propiciar. 
 
10. (FCC/TRT 22ª Região) O verbo indicado entre 
parênteses deverá flexionar-se no plural para 
preencher de modo correto a lacuna da frase: 
 
(A) Nem às formigas nem às abelhas ___________ 
(competir) decidir quais funções serão exercidas 
por quem. 
(B) Quase todos os problemas que _________ 
(caber) à humanidade resolver derivariam de um 
engano da natureza. 
(C) ________ (atribuir) às leis do mercado uma 
racionalidade tal que é acusado de insano quem 
contra elas se insurge. 
 (D) A força de tantas compulsões egoístas entre os 
homens _________ (costumar) redundar em 
profundas injustiças. 
(E) O motivo pelo qual se ________(dirigir) à vida 
de uma colmeia tantos aplausos é a harmonia de 
que as abelhas são capazes. 
 
11. (FCC/TRT 4ª Região) O verbo entre parênteses 
deverá flexionar-se numa forma do plural para 
preencher corretamente a lacuna da frase: 
 
(A) Ainda em nossos dias _________ (parecer) 
transpirar daqueles velhos álbuns de fotografias 
um aflitivo anseio de perenidade. 
(B) Não se _________ (esboçar) nas fisionomias 
graves dos cerimoniosos retratados qualquer 
vestígio de sorriso. 
(C) À esmagadora maioria das fotos _________ 
(caber) o destino de um rápido e definitivo 
esquecimento. 
(D) O que mais _________ (divertir) os milhões de 
fotógrafos amadores é a facilidade de produção e 
exclusão de fotos. 
(E) _________ (despontar) em cada época não 
apenas novidades técnicas, mas novos modos de 
compreensão do mundo. 
 
12. (FCC-2012/TRT-11ª Região) As normas de 
concordância verbal encontram-se plenamente 
observadas em: 
 
(A) A utilidade dos dicionários, mormente quando 
se trata de palavras polissêmicas, manifestam-se 
nas argumentações ideológicas. 
(B) Não se notam, entre os preconceituosos, 
qualquer disposição para discutir o sentido de um 
juízo e as consequências de sua difusão. 
(C) Não convém aos injustiçados reclamar por 
igualdade de tratamento quando esta pode levá-
los a permanecer na situação de desigualdade. 
(D) Como discernimento e preconceito são duas 
acepções de discriminação, hão que se esclarecer o 
sentido pretendido. 
(E) Uma das maneiras mais odiosas de refutar os 
argumentos de alguém surgem na utilização de 
preconceitos já cristalizados. 
 
13. (FCC-2012-TRE-SP) As regras de concordância 
estão plenamente respeitadas em: 
 
(A) A campanha das Diretas, de que os mais jovens 
participaram ativamente, terão sempre lugar 
especial nos registros de nossa história recente, ao 
lado de episódios como o movimento caras-
pintadas que, em 1992, levaram à deposição de 
um presidente. 
(B) Por mais diferenças que houvesse entre eles e o 
incansável dr. Ulysses, a maioria dos políticos que 
foram seus contemporâneos não lhe demonstrava 
senão grande admiração e profundo respeito. 
(C) A confusão entre as funções de jornalista e de 
militante, no caso de Ricardo Kotscho e de outros 
profissionais de nossa imprensa, tornaram possível 
um registro muito mais vivaz de várias 
personagens da campanha das Diretas. 
(D) Poucos episódios na história mais recente do 
Brasil pode nos inspirar tanto orgulho quanto a 
campanha das Diretas, ao longo dos anos 1983 e 
1984, ainda que as eleições diretas para 
presidente, sua principal reivindicação, só tenha 
sido contemplada em 1989. 
(E) Não se confunda os raríssimos casos em que a 
separação das funções de jornalista e de militante 
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podem ser justificadas com aqueles que merecem 
a condenação mais enfática. 
 
14. (FCC-2012-TRE-SP) Na luta contra a imposição 
dos padrões portugueses e dos modelos 
acadêmicos, os modernistas ...... convencidos de 
que ...... de vencer, mas, para que isso de fato ...... 
, muitas batalhas teriam ainda de ser travadas. 
 
Preenchem corretamente as lacunas da frase 
acima, na ordem dada: 
 
(A) estavam - houveram - ocorrera 
(B) estiveram - haveriam - ocorreria 
(C) estivessem - haviam - ocorresse 
(D) estavam - haveriam - ocorresse 
(E) estiveram - houvessem - ocorreria 
 
15. (FCC-2012/ISS-SP-Adaptada) Acerca das regras 
de concordância, julgue o item a seguir. 
 
I. Se, em vez de O que há de extraordinário nessa 
citação?, houvesse “Existe, nesta citação, aspectos 
extraordinários?”, a correção gramatical seria 
mantida. 
 
16. (FCC-2012/TCE-SP-Adaptada) Acerca das 
regras de concordância, julgue o item a seguir. 
 
I. Em não há conflitos a respeito do que liberdade, 
justiça e autonomia significam, a substituição de 
há por "existe" mantém a correção da frase. 
 
17. (FCC/TRT 3ª Região-Adaptada) A concordância 
verbal e nominal está inteiramente correta na 
frase: 
 
(A) São vários os animais que representam clubes, 
à maneira de totens, como demonstração das 
qualidades que é inerente a todos os seus 
membros. 
(B) O nome dos clubes de futebol devem ser 
significativos para a comunidade e costumam 
homenagear países, continentes e atividades 
profissionais. 
(C) O escudo dos clubes, usado na bandeira e na 
camisa dos jogadores, constitui o sinal de 
reconhecimento para o grupo social que se 
estabelece em seu entorno. 
(D) O orgulho de pertencer a um clube se estende 
a qualquer objetos relacionados a ele, como 
bandeiras, camisas, bonés, que os identifica. 
 
18. (FCC/DNOCS) A concordância verbal e nominal 
está inteiramente correta na frase: 
 
(A) Chegou ao fim as campanhas voltadas para a 
reciclagem de materiais nas cidades escolhidas no 
projeto-piloto. 
(B) A conscientização dos moradores daquela área 
contaminada pelos resíduos tóxicos acabaram 
surtindo bons resultados. 
(C) Muitos consumidores se mostram engajados na 
luta pela sustentabilidade e traduzem seu 
compromisso em tudo aquilo que compram. 
(D) Atitudes firmes e claras voltadas para a 
sustentabilidade na exploração dos recursos da 
natureza deve trazer lucros promissores para as 
empresas. 
(E) Deveria ser divulgado claramente os princípios 
que norteiam as atividades empresariais, como 
diretriz para orientar os consumidores. 
 
19. (FCC/TRE-AM) A frase em que a concordância 
está em total conformidade com o padrão culto 
escrito é: 
 
(A) Tintas e pincéis novos estavam sendo usados 
pela artista novata, ainda que os últimos não lhes 
pertencessem. 
(B) Debateram sobre a utilidade de vários 
acessórios e concluíram que muitos não eram, de 
fato, nada acessível. 
(C) O produto derramado atingiu muitas árvores, 
mas não as comprometeram de modo irreversível. 
(D) As mais vultosas doações para o programa de 
emergência já haviam sido feitas, por isso as 
expectativas de que a arrecadação fosse muito 
mais alta não tinha fundamento. 
(E) São muitos os aspectos do documento que 
merecem detida análise do advogado, mas tudo 
indica que não haverá alterações significativas. 
 
20. (FCC-2009/TRE-AM) A concordância verbal e 
nominal está inteiramente correta na frase: 
 
(A) Os caboclos da região, que vivem na floresta e 
dela retiram seu sustento, sabem que é importante 
respeitar todas as formas de vida que nela se 
encontram. 
(B) Existe, na mitologia de vários povos, duendes 
com diversos poderes mágicos que encarna, 
sobretudo, o espírito da floresta. 
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(C) É sempre relatado às crianças indígenas os 
feitos valorosos de ilustres guerreiros, como forma 
de manter as tradições da tribo. 
(D) O repositório de lendas brasileiras de origem 
indígena variam muito, mas mostram, 
particularmente, uma explicação para os 
fenômenos da natureza. 
 (E) Quando se tratam de questões de 
sobrevivência na mata fechada, é necessário a 
presença de guias habituados às dificuldades da 
região. 
 
21. (FCC/TRT 7ª Região-Adaptada) Verdadeiro ou 
Falso. 
 
Na frase “Alguns países optam por importar 
alimentos como forma de economizar água, que 
vem neles embutidos, já que a agricultura é que 
demandam enormes quantidades desse líquido.”, a 
concordância verbo-nominal está inteiramente 
correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito 
01. C 12. C 
02. B 13. B 
03. A 14. D 
04. D 15. Errado. 
05. B 16. Errado. 
06. D 17. C 
07. D 18. C 
08. D 19. E 
09. B 20. A 
10. E 21. Falso. 
11. E 
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MÓDULO 08 
 
SUMÁRIO 
 
Sintaxe da Oração ............................................. 01 
Termos Essenciais da Oração............................01 
Termos Integrantes da Oração.......................... 06 
Termos Acessórios da Oração........................... 08 
Questões Comentadas...................................... 10 
Sintaxe do Período............................................ 18 
Questões Comentadas...................................... 24 
Lista das Questões Comentadas na Aula........... 29 
 
Para refletir: "Se você espera por condições ideais, 
nunca fará nada." 
(Eclesiastes) 
 
SINTAXE DA ORAÇÃO 
 
Antes de entrarmos no estudo das funções 
sintáticas propriamente ditas, apresentarei alguns 
conceitos introdutórios e necessários ao nosso 
estudo: 
 
Classificação Conceito Exemplos 
Frase 
nominal 
Não apresenta verbo. Por 
essa razão, não serve para a 
análise sintática. 
Silêncio! 
Que atitude bonita, 
meu filho! 
Frase verbal 
(ou Oração) 
Apresenta verbo, podendo 
ter ou não sentido completo. 
 
A frase pode ser: 
 
Declarativa: expressa um 
fato. 
Interrogativa: expressa 
pergunta ou dúvida. 
Imperativa: expressa ordem, 
pedido. 
Exclamativa: expressa 
admiração. 
Optativa: expressa desejo. 
Imprecativa: expressa praga, 
maldição. 
Desejo que você seja 
aprovado. 
Chorou copiosamente. 
 
 
Você será aprovado no 
concurso. 
Que horas são? 
 
Estude! 
 
Quão bonita é sua filha! 
 
Passemos no concurso! 
Maldito seja o árbitro 
daquela partida! 
Período 
Expressão verbal de sentido 
completo, iniciado por letra 
maiúscula e encerrado por 
ponto final. 
Desejo que você seja 
aprovado. 
 
Feitas as considerações iniciais, veremos os 
termos essenciais, integrantes e acessórios da 
oração. 
 
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 
 
Segundo a gramática tradicional, os termos 
essenciais da oração são sujeito e predicado. 
 
O SUJEITO 
A gramática tradicional define sujeito 
como “o termo sobre o qual se faz uma 
declaração”. 
 
Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia. 
 
Sujeito: O aluno. 
 
Aqui, apresento uma dica a vocês: para 
localizar o sujeito da oração, façam uma pergunta 
ao verbo. Por exemplo, na frase “O aluno estuda 
seis horas por dia.”, devemos perguntar “Quem é 
que estuda seis horas por dia?”. A resposta obtida 
será o sujeito da oração: “O aluno”. Se o sujeito for 
representado por “coisas”, deveremos fazer a 
pergunta “O quê ...?”. 
Outro aspecto digno de consideração é o 
núcleo do sujeito. O núcleo será a palavra mais 
importante, pois será com ela que o verbo, em 
regra, concordará: 
 
“O aluno (= Ele) estuda seis horas por dia”. 
 
O núcleo do sujeito pode ter natureza 
substantiva (substantivo, palavra substantivada, 
numeral substantivo ou pronome substantivo) ou 
verbal (oração subordinada substantiva subjetiva – 
que caracteriza o sujeito oracional). 
 
Exemplos: 
 
João conversa muito. (João = substantivo → núcleo 
do sujeito) 
O amar dá cor à vida. (amar = palavra 
substantivada → núcleo do sujeito) 
Três é demais. (Três = numeral substantivo → 
núcleo do sujeito) 
Ele é bom demais. (Ele = pronome substantivo → 
núcleo do sujeito) 
É importante que você estude muito. (estude = 
verbo → núcleo do sujeito oracional) 
 
Já o predicado, outro termo essencial da 
oração, é definido como “tudo o que se declara do 
sujeito”. 
 
Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia. 
Predicado: estuda seis horas por dia. 
 
Uma vez encontrado o sujeito (“O aluno”), 
tudo o que sobra fará parte da estrutura do 
predicado: “estuda seis horas por dia”. 
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Seguindo os demais exemplos 
apresentados acima, os respectivos predicados 
são: 
 
João conversa muito. (conversa muito = 
predicado) 
O amar dá cor à vida. (dá cor à vida = predicado) 
Três é demais. (é demais = predicado) 
Ele é bom demais. (é bom demais = predicado) 
É importante que você estude muito. (É 
importante = predicado) 
 
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO 
 
Quanto à classificação, o sujeito pode ser: 
 
� Simples – formado por apenas um núcleo. 
 
Exemplo: João conversa muito. 
 
Sujeito: João. 
Núcleo do sujeito: João. 
 
� Composto – formado por dois ou mais 
núcleos. 
 
Exemplo: João e Maria conversam muito. 
 
Sujeito: João e Maria. 
Núcleos do sujeito: João; Maria. 
 
� Indeterminado – aquele que existe, mas 
que não é possível ser identificá-lo. 
 
Exemplo: Falaram sobre os alunos. 
 
O sujeito indeterminado ocorrerá com: 
 
- verbo na terceira pessoa do plural, sem que haja 
referência a sujeito expresso no contexto. 
 
Exemplo: Falaram sobre os alunos. (alguém 
praticou a ação de “falar”, mas, sem uma 
referência expressa no contexto, não é possível 
identificá-lo) 
 
Dicas preciosas! 
 
 1ª) Quando houver referência expressa 
no contexto, ainda que o verbo esteja na terceira 
pessoa do plural, o sujeito será determinado. 
 
Exemplo: Os professores gostam desta turma. 
Falaram sobre os alunos. (o sujeito de “falaram” 
é o termo “os professores”) 
 
 2ª) É importante observar que, quando a 
forma verbal estiver no imperativo, ainda que 
não haja referência no contexto, o sujeito não 
será indeterminado, e sim desinencial. 
 
Exemplo: Falem sobre os alunos. (através da 
desinência número-pessoal “-m”, é possível 
identificar o sujeito: “vocês”) 
 
 3ª) Com outras pessoas do discurso, não 
haverá sujeito indeterminado, e sim sujeito 
desinencial. 
 
Exemplo: Passaremos no concurso. 
 
 No exemplo acima, a desinência número-
pessoal “-mos” indica que o sujeito é a forma 
pronominal “nós”. 
 
- verbo que, em regra, não seja transitivo direto e 
que esteja na terceira pessoa do singular, 
acompanhado da partícula SE (indeterminação do 
sujeito). 
 
Exemplo: Precisa-se de empacotadores. (alguém 
precisa de empacotadores, mas não é possível 
fazer a identificação.) 
 
Na frase acima, o verbo “precisar” é 
transitivo indireto, pois rege a preposição “de” 
(alguém precisa DE algo). Sendo assim, ficará, 
obrigatoriamente, na terceira pessoa do 
singular. 
A partícula SE (índice de indeterminação 
do sujeito) aparecerá com: 
 
a) verbo transitivo indireto (verbo cujo sentido é 
complementado por um objeto indireto): 
 
Precisa-se de empacotadores. 
 
Precisa → forma verbal transitiva indireta 
se → índice de indeterminação do sujeito 
de empacotadores → objeto indireto 
 
b) verbo intransitivo (verbo de sentido completo): 
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Vive-se bem no Rio de Janeiro. 
 
Vive → forma verbal intransitiva 
se → índice de indeterminação do sujeito 
bem → adjunto adverbial de modo 
no Rio de Janeiro _ adjunto adverbial de lugar 
 
c) verbo de ligação: 
 
É-se feliz no Rio de Janeiro. 
 
É → verbo de ligação 
se → índice de indeterminação do sujeito 
feliz → predicativo 
no Rio de Janeiro → adjunto adverbial de lugar 
 
d) verbo transitivo direto em que haja objeto 
direto preposicionado, ou seja, quando a 
preposição não é regida pela forma verbal: 
 
Comeu-se do bolo. 
 
Comeu → forma verbal transitiva direta 
se → índice de indeterminação do sujeito 
do bolo → objeto direto preposicionado 
 
Macete da elite! 
 
Na frase “Comeu-se do bolo.”, a 
preposição “de” não é exigida pelo verbo 
“comer”, sendo empregada tão somente para a 
contribuição do sentido: alguém (que não é 
possível identificar) comeu parte do bolo. Não 
será admitida a transposição de voz verbal 
quando houver objeto direto preposicionado. 
A retirada da preposição alteraria 
sintática semanticamente a estrutura da frase: 
 
Comeu-se do bolo. (sujeito indeterminado: Comeu parte do 
bolo.) 
 
índice de indeterminação do sujeito 
 
Comeu-se o bolo. (sujeito: “o bolo” - voz passiva sintética – 
 o bolo foi comido.) 
 
pronome apassivador 
 
Comeu → forma verbal transitiva direta 
se → pronome apassivador 
o bolo → sujeito 
 
- forma verbal que esteja na terceira pessoa do 
singular (infinitivo impessoal), sem que haja sujeito 
expresso no contexto. 
Exemplos: 
 
Convém estudarbastante. 
É fundamental estudar diariamente. 
� Inexistente – ocorre com verbos 
impessoais e, por essa razão, deverá 
figurar, em regra, na terceira pessoa do 
singular. O sujeito inexistente proporciona 
à oração a classificação de oração sem 
sujeito. 
 
O sujeito será inexistente nos seguintes 
casos: 
 
a) verbos que expressam fenômenos da natureza 
no sentido denotativo, dicionarizado. 
 
Exemplo: Choveu durante o casamento. 
 
Dica preciosa! 
 
Se o verbo for empregado no sentido 
conotativo, isto é, figurado, poderá ter um 
sujeito. 
 
Exemplo: Choveram flores durante o casamento. 
 
No exemplo “Choveram flores durante o 
casamento.”, o verbo “chover” está empregado 
no sentido conotativo, devendo concordar com o 
sujeito “flores”. Nesse caso, portanto, será 
pessoal. 
 
b) verbo haver, significando existir, acontecer ou 
ocorrer) ou indicando tempo pretérito. 
 
Exemplos: 
 
Havia trezentas pessoas no local de prova. 
 
Em “Havia trezentas pessoas no local de 
prova.”, o verbo haver é impessoal (não apresenta 
sujeito). Na construção, o verbo assume 
transitividade direta. Logo, o termo “trezentas 
pessoas” é seu objeto direto. 
 
Dica preciosa! 
 
Os verbos existir, acontecer e ocorrer 
são pessoais, ou seja, devem concordar com o 
sujeito da oração. 
 
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Exemplos: 
 
Existiam trezentas pessoas no local de prova. 
(trezentas pessoas = sujeito) 
 
Aconteceram episódios fantásticos. (episódios 
fantásticos = sujeito) 
 
Ocorreram muitos vazamentos radioativos. 
(muitos vazamentos radioativos = sujeito) 
 
Há dois anos que não a vejo. 
 
No exemplo “Há dois anos que não a 
vejo.”, o verbo haver foi empregado para indicar 
tempo pretérito, passado. Logo, não terá sujeito. 
 
c) verbos fazer, indicando tempo pretérito ou 
tempo da natureza. 
 
Exemplos: 
 
Faz dois anos que não a vejo. 
No ano passado, fez verões muito quentes no 
Brasil. 
 
d) verbo ser, indicando hora, distância ou datação. 
Exemplos: 
 
Hoje são dez de outubro. (o verbo “ser” concorda 
com o numeral “dez”.) 
Hoje é dia dez de outubro. (o verbo “ser” concorda 
com o vocábulo “dia”.) 
São doze horas e trinta minutos. (o verbo “ser” 
concorda com o numeral “doze”.) 
É meio-dia e meia. (o verbo “ser” concorda com 
“meio-dia”.) 
Da faculdade ao trabalho são vinte metros de 
distância. 
 
e) verbos chegar e bastar, significando parar. 
 
Exemplos: 
 
Chega de blá-blá-blá! 
Basta de discussões! 
 
� Sujeito Oracional – equivale a uma oração 
subordinada substantiva subjetiva. Tem 
uma estrutura verbal como núcleo, 
levando o verbo para a terceira pessoa do 
singular. 
 
Exemplos: 
 
É importante que você estude muito. (“que você 
estude muito = sujeito oracional _ oração 
subordinada substantiva subjetiva). O núcleo é a 
forma verbal “estude”. 
 
Para facilitar a análise, substitua oração 
por “ISSO”: 
 
ISSO é importante. 
 
Estudar e brincar é fundamental às crianças. 
 
No exemplo acima, “Estudar e brincar” é o 
sujeito oracional. O verbo, obrigatoriamente, deve 
permanecer na terceira pessoa do singular. 
 
Para facilitar a análise, substitua oração por 
“ISSO”: 
 
ISSO é fundamental às crianças. 
 
CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO 
 
Quanto à classificação, o predicado pode 
ser verbal, nominal ou verbo- -nominal. 
 
� Predicado verbal – é aquele que tem como 
núcleo um verbo que exprime ação, 
fenômeno ou movimento. Em outras 
palavras, o predicado será verbal quando 
houver formas verbais transitivas diretas, 
transitivas indiretas, transitivas diretas e 
indiretas ou intransitivas. Das três 
classificações possíveis (verbal, nominal ou 
verbo-nominal), é a única que não contém 
predicativo. 
 
Exemplos: 
 
Os alunos fizeram a prova. 
 
 No exemplo acima, temos: 
 
Os alunos → sujeito 
alunos → núcleo do sujeito 
fizeram a prova → predicado verbal 
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fizeram → verbo transitivo direto (Fizeram o 
quê?) - núcleo do predicado verbal 
a prova → objeto direto 
 
Os alunos gostaram da prova. 
 
No exemplo acima, temos: 
 
Os alunos → sujeito 
alunos → núcleo do sujeito 
gostaram da prova → predicado verbal 
gostaram → verbo transitivo indireto (Gostaram 
de quê?)- núcleo do predicado verbal 
da prova → objeto indireto 
 
Os alunos deram parabéns aos professores. 
 
No exemplo acima, temos: 
 
Os alunos → sujeito 
alunos → núcleo do sujeito 
deram parabéns aos professores → predicado 
verbal 
deram → verbo transitivo direto e indireto - 
núcleo do predicado verbal 
parabéns → objeto direto 
aos professores → objeto indireto 
 
Os alunos foram ao local de prova. 
 
No exemplo acima, temos: 
 
Os alunos → sujeito 
alunos → núcleo do sujeito 
foram ao local de prova → predicado verbal 
foram → verbo intransitivo - núcleo do 
predicado verbal 
ao local de prova → adjunto adverbial de lugar 
 
� Predicado nominal – é aquele que tem 
como núcleo um nome (substantivo, 
adjetivo ou pronome) ligado ao sujeito 
através de um verbo de ligação. O núcleo 
do predicado nominal é o predicativo do 
sujeito, termo que proporciona qualidade, 
estado ou característica. 
 
Exemplos: 
 
O rapaz está machucado. 
 
No exemplo acima, temos: 
 
O rapaz → sujeito 
está machucado → predicado nominal 
machucado → núcleo do predicado nominal 
 
O professor ficou feliz com sua aprovação. 
 
No exemplo acima, temos: 
 
O professor → sujeito 
ficou feliz com sua aprovação → predicado 
nominal 
feliz → núcleo do predicado nominal 
com sua aprovação → adjunto adverbial de 
causa 
 
Dicas preciosas! 
 
1ª) Verbo de ligação é aquele que 
unicamente serve para atribuir característica ou 
estado ao sujeito. Para que haja predicado 
nominal, é imprescindível a presença de um 
predicativo. 
 
Exemplos: 
 
O rapaz está machucado. 
O professor é extrovertido. 
 
Caso não apareça o predicativo, o 
predicado não será nominal, e sim verbal. 
 
Exemplo: O rapaz está aqui. (aqui = adjunto 
adverbial de lugar) 
 
Na oração “O rapaz está aqui.”, o verbo 
“estar” é intransitivo. 
 
2ª) O verbo de ligação pode expressar 
alguns aspectos. 
 
Exemplos: 
 
O candidato é dedicado. (aspecto: permanência) 
O candidato está focado. (aspecto: 
transitoriedade) 
O candidato parece entusiasmado. (aspecto: 
aparência) 
 
Importante! 
 
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Predicativo é a qualidade, estado ou 
característica atribuída ao sujeito ou ao objeto. 
 
Exemplos: 
 
O candidato é dedicado. 
 
No exemplo acima, a forma verbal “é” 
deve ser classificada como verbo de ligação. Por 
consequência, “dedicado” será o predicativo do 
sujeito. 
 
Consideramos o candidato dedicado. 
 
No exemplo “Consideramos o candidato 
dedicado.”, o verbo “considerar” é transitivo 
direto. Por consequência, “o candidato dedicado” 
será o objeto direto, ao passo que “dedicado” será 
o predicativo (característica, estado) do objeto. 
 
� Predicado verbo-nominal – é a mistura 
dos predicados verbal e nominal, ou seja, 
aquele que apresenta dois núcleos: um 
verbo (transitivo ou intransitivo) e um 
nome (predicativo). 
Exemplo: 
 
O candidato fazia a prova tenso. 
 
No exemplo acima, temos dois núcleos: o 
verbo “fazer” (transitivo direto) e o nome 
“tenso” (predicativo do sujeito, que atribui a este 
um estado). 
 
O candidato → sujeito 
fazia a prova tenso → predicado verbo-nominal 
fazia → verbo transitivo direto: núcleo do 
predicado verbo-nominal 
a prova → objeto direto 
tenso → predicativo do sujeito: núcleo do 
predicado verbo-nominal 
 
 Para facilitar a análise, encaixe o verbo 
“estar” antes do predicativo: O candidato fazia a 
prova (e estava) tenso. 
 
TERMOS INTEGRANTES 
 
Os termos integrantes da oração são os 
complementos verbais (objeto direto e objeto 
indireto),agente da passiva e complemento 
nominal. 
Por definição, os complementos verbais 
completam o sentido de verbos transitivos, 
podendo ser: 
 
� Objeto direto – complemento de verbo 
transitivo direto, isto é, liga-se ao verbo 
sem a obrigatoriedade de preposição. 
 
Exemplo: 
 
Comprei flores. 
 
No exemplo acima, temos: 
 
sujeito desinencial = eu (marcado pela 
desinência número-pessoal “-i”) 
predicado = comprei flores 
núcleo do predicado verbal = comprei (verbo 
transitivo direto → não rege preposição) 
objeto direto = flores 
 
Dica preciosa! 
 
O núcleo do objeto direto pode ter base 
substantiva (substantivo ou palavra/expressão 
substantivada ou pronome) ou verbal (oração 
subordinada substantiva objetiva direta – que 
caracteriza o objeto direto oracional). 
 
Exemplos: 
 
Comprei flores. (flores = substantivo → núcleo 
do objeto direto) 
Encontrei você. (você = pronome →_ núcleo do 
objeto direto) 
Desejo que você estude muito. (estude = verbo 
→ núcleo do objeto direto oracional) 
 
Em certos casos, ainda que o verbo não 
exija o emprego de preposição, esta poderá 
anteceder o objeto direto com a finalidade de 
clareza e de estilo. É o que chamamos de objeto 
direto preposicionado. 
 
Exemplo: Comeu-se do bolo. (Comeu-se parte do 
bolo.) 
 
No exemplo acima, “do bolo” é objeto 
direto preposicionado. A preposição foi empregada 
não pela exigência do verbo “comer”, mas sim para 
contribuição do sentido. 
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Emprega-se o objeto direto 
preposicionado: 
 
- com verbos que expressam sentimentos. 
 
Exemplo: Amo a Deus e a meus familiares. (a 
preposição proporciona estilo à frase.) 
 
- para evitar ambiguidade. 
 
Exemplo: Venceu ao Flamengo o Vasco. (= O Vasco 
venceu o Flamengo.) 
 
A ordem direta da frase acima seria “O 
Vasco venceu o Flamengo.”. Entretanto, como não 
houve o emprego da ordem direta (sujeito + verbo 
+ complemento + adjunto), foi necessário 
empregar a preposição para evitar a ambiguidade 
de sentido: 
 
Venceu o Flamengo o Vasco. (frase ambígua) 
 
- para realçar uma parte. 
 
Exemplos: 
 
Ele comeu do bolo. (Ele comeu parte do bolo.) 
O policial sacou da arma. (O policial sacou parte da 
arma.) 
 
O objeto direto pode aparecer repetido na 
frase. É o que chamamos de objeto direto 
pleonástico. 
 
Exemplo: A prova, entregue-a ao professor 
amanhã. 
 
No exemplo “A prova, entregue-a ao 
professor amanhã.”, a forma pronominal oblíqua “-
a” repete o objeto direto “A prova”. Por essa 
razão, é classificado como objeto direto 
pleonástico. 
 
� Objeto indireto – complemento de verbo 
transitivo indireto, isto é, ligado ao verbo 
com a obrigatoriedade de preposição. 
 
Exemplos: 
 
Nós gostamos de doce. 
 
Na frase acima, o verbo “gostar” rege a 
preposição “de”, a qual deve ser obrigatoriamente 
empregada (Gostamos DE quê?). 
 
Confio em sua aprovação. 
 
No período “Confio em sua aprovação.”, o 
verbo “confiar” exige a preposição “em”. Por essa 
razão, “em sua aprovação” será objeto indireto. 
 
Dica preciosa! 
 
O núcleo do objeto indireto pode ter 
base substantiva (substantivo ou 
palavra/expressão substantivada ou pronome) 
ou verbal (oração subordinada substantiva 
objetiva indireta – que caracteriza o objeto 
indireto oracional). 
 
Exemplos: 
 
Obedecemos às ordens. (ordens = substantivo → 
núcleo do objeto indireto) 
Fiz uma pergunta a você. (você = pronome → 
núcleo do objeto indireto) 
Necessitamos de que você estude muito. 
(estude = verbo → núcleo do objeto indireto 
oracional) 
 
O objeto indireto pode aparecer repetido 
na estrutura frasal. É o que chamamos de objeto 
indireto pleonástico. 
 
Exemplo: Ao guarda, devemos obedecer-lhe. 
 
Em “Ao guarda, devemos obedecer-lhe.”, o 
pronome oblíquo “lhe” repete o objeto indireto 
“Ao guarda”. Por isso, é classificado como objeto 
indireto pleonástico. 
 
O AGENTE DA PASSIVA 
 
Agente da passiva - termo que pratica a ação na 
voz passiva. Sempre será introduzido pelas 
preposições de ou por (ou pela contração da 
preposição arcaica “per” + artigo definido “o”, “a”, 
“os”, “as” = pelo, pela, pelos, pelas). 
 
Exemplos: 
 
Ayrton Senna foi ovacionado por todos os 
presentes. (voz passiva) 
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Na voz ativa, teremos “Todos os presentes 
ovacionaram Ayrton Senna”. 
 
Ayrton Senna foi ovacionado pelos presentes. (voz 
passiva) 
 
Na voz ativa, teremos “Os presentes 
ovacionaram Ayrton Senna”. 
 
Ayrton Senna é estimado de todos os brasileiros. 
(voz passiva) 
 
Na voz ativa, teremos “Todos os brasileiros 
estimam Ayrton Senna”. 
 
O COMPLEMENTO NOMINAL 
 
Complemento nominal – termo sempre regido de 
preposição que complementa o sentido de 
adjetivos, substantivos abstratos ou advérbios. Em 
outras palavras, o complemento nominal completa 
a ideia de um nome. 
 
Exemplos: 
Ele age igual a você. 
 
Em “Ele age igual a você.”, o termo “a 
você” complementa a ideia do adjetivo “igual”. Por 
essa razão, deve ser classificado como 
complemento nominal. 
 
Não tenho interesse por você. 
 
Em “Não tenho interesse por você.”, a 
expressão “por você” complementa a ideia do 
substantivo “interesse”. Logo, deve ser classificado 
como complemento nominal. 
 
Moro próximo a você. 
 
No exemplo acima, “a você” complementa 
a ideia do advérbio “próximo”. Sendo assim, deve 
ser classificado como complemento nominal. 
 
TERMOS ACESSÓRIOS 
 
Os termos acessórios da oração são 
adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto. 
 
O ADJUNTO ADNOMINAL 
 
Adjunto adnominal – termo de função adjetiva e 
que, por isso, caracteriza ou delimita o substantivo. 
A função de adjunto adnominal será exercida por 
artigo, adjetivo, numeral adjetivo, pronome 
adjetivo, locução adjetiva ou oração adjetiva. 
 
Exemplos: 
 
N umeral adjetivo – Dois alunos passaram 
 
 
 
liga-se ao 
nome SEM 
preposição 
 
 
liga-se ao 
nome COM 
preposição 
A rtigo – Os alunos passaram 
 
P ronome adjetivo – Aqueles alunos 
passaram 
A djetivo – Os alunos brasilienses passaram 
 
L ocução adjetiva – Os alunos de Brasília 
passaram. 
 
Oração adjetiva – Os alunos / que moravam em Brasília / passaram 
 
Complemento Nominal 
(com preposição) 
Adjunto Adnominal 
(com ou sem preposição) 
Será sempre complemento 
nominal ao se relacionar com 
adjetivos e advérbios. 
 
Ele age igual a você. 
Este filme é impróprio para 
menores. 
Moro próximo a você. 
Falou relativamente ao livro. 
Será sempre adjunto adnominal 
ao se relacionar com 
substantivos concretos. 
 
Dois alunos passaram. 
Os alunos passaram. 
Aqueles alunos passaram. 
Os alunos brasilienses passaram. 
Os alunos de Brasília passaram. 
Os alunos que moram em 
Brasília passaram. 
Poderá ser complemento 
nominal ao se relacionar com 
substantivos abstratos. 
 
Vimos a construção da casa. 
Invenção do telefone. 
 
Em “Vimos a construção da 
casa.”, o termo “da casa” 
indica o elemento paciente, 
isto é, quem recebe a ação. 
Logo, será complemento 
nominal. 
 
Em “Invenção do telefone.”, o 
termo “do telefone” indica um 
elemento paciente, ou seja, 
quem recebe a ação. Logo, 
será complemento nominal. 
Poderá ser adjunto adnominal 
ao se relacionar com 
substantivos abstratos. 
 
Vimos a construção de João. 
Invenção do professor. 
 
Em “Vimos a construção de 
João.”, o termo “de João” indica 
posse (a construção pertence a 
João). Logo, será adjunto 
adnominal. 
 
 
Em “Invenção do professor.”, o 
termo “do professor” indica 
agente, isto é, que pratica a 
ação. Logo, será adjunto 
adnominal. 
 
Importante! 
 
Os pronomes oblíquos o, a, os, as e as 
formas lo, la, los, las exercem a função de objeto 
direto. 
 
Exemplos: 
 
Criei um método. (= Criei-o.) 
Fizemos o trabalho. (= Fizemo-lo.) 
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Já as formas pronominais lhe, lhes 
podem exercer a função de objeto indireto, 
adjunto adnominal ou complemento nominal. 
Esses pronomes sempre se referem a pessoas. 
 
Exemplos: 
 
Pedi uma dica ao professor. (= Pedi-lhe uma 
dica. ou Pedi uma dica a ele.) 
 
Em “Pedi-lhe uma dica.”, o pronome 
“lhe” é complemento do verbo transitivo direto 
e indireto “pedir”. Portanto, é objeto indireto. 
 
Amanda é fiel a ele. (= Amanda é-lhe fiel.) 
 
Em “Amanda é-lhe fiel.”, o pronome 
“lhe” é empregado com verbo de ligação, 
complementando o sentido do adjetivo “fiel”. 
Logo, é complemento nominal. 
 
Pisei o pé dele. (Pisei-lhe o pé.) 
 
Em “Pisei-lhe o pé.”, o pronome “lhe” equivale 
ao pronome possessivo “seu”, ou seja, indica 
posse. Portanto, é adjunto adnominal. 
 
ADJUNTO ADVERBIAL 
 
Adjunto adverbial – termo que modifica adjetivo, 
verbo ou advérbio. 
 
Para memorizar, o adjunto adverbial 
modifica: 
 
A djetivo – Eu sou bastante tranquilo. 
V erbo – Na faculdade, eu estudava muito. 
A dvérbio – Você escreve muito bem. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Para efeito de prova, o mais importante é a ideia 
que o adjunto adverbial transmite. 
 
Vejamos algumas: 
 
- causa : O mendigo morreu de fome. 
 
- companhia : A esposa viajou com minha sogra. 
 
- negação: Vocês não serão reprovados. 
 
- afirmação: Certamente vocês gabaritarão a 
prova de língua portuguesa. 
 
- dúvida: Provavelmente vocês gabaritarão 
todas as questões. 
 
- finalidade: Visitou o restaurante para 
fiscalização. 
 
- instrumento: Escrevi a prova a lápis. 
 
- intensidade: Gosto muito de vocês. 
 
- lugar: Passamos as férias em casa. 
 
- meio: Viajarei para a Europa de avião. 
 
- modo: Fez a prova apressadamente. 
 
- tempo: Estudarei à noite. 
 
- concessão: Sem fazer a inscrição, não faremos 
a prova. 
 
O APOSTO 
 
Aposto – termo de natureza substantiva que 
explica, esclarece ou resume um elemento. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
O aposto pode ser: 
 
� Explicativo – por definição, é usado para 
explicar um termo. Na frase, aparece entre 
vírgulas, travessões ou parênteses. 
 
Exemplo: Pelé, o rei do futebol, fez mais de mil 
gols. 
 
Pelé – o rei do futebol – fez mais de mil gols. 
Pelé (o rei do futebol) fez mais de mil gols. 
 
Dica preciosa! 
 
O aposto também pode ser oracional, 
isto é, ter um verbo em sua estrutura. 
 
Exemplo: Desejo o seguinte: que vocês sejam 
aprovados no concurso. 
 
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 Para facilitar a análise, substitua pelo 
pronome “ISSO”. Desejo o seguinte: isso. 
 
� Especificativo (ou apelativo) – liga-se a um 
substantivo para indicar-lhe sua espécie. 
Não é separado por vírgulas, travessões ou 
parênteses. 
 
Exemplos: 
 
O rio Amazonas é um dos maiores do mundo. 
A cidade de Londres é linda. 
 
� Enumerativo – desenvolve o termo 
anterior. 
 
Exemplo: Gabaritei as seguintes disciplinas: direito 
constitucional, direito administrativo e língua 
portuguesa. 
 
� Resumitivo (ou recapitulativo) – por 
definição, recapitula/resume o que foi 
mencionado anteriormente. 
 
Exemplos: Gritos, festas, batuques: nada desviava 
seu foco. 
 
� Distributivo – referem-se a elementos no 
texto. 
 
Exemplo: Vasco e Fluminense são dois grandes 
clubes de futebol: este é o atual campeão 
brasileiro e aquele vencerá o brasileirão deste ano. 
 
Dica preciosa! 
 
O aposto pode referir-se a uma oração 
inteira. 
 
Exemplo: Vocês gabaritarão as questões, o que 
me deixará muito feliz. 
 
Na frase acima, o pronome 
demonstrativo “o” exerce a função de aposto, 
referindo-se à oração “Vocês gabaritarão as 
questões”. 
 
O VOCATIVO 
 
Vocativo – termo que indica um chamamento. Não 
está ligado diretamente a outros termos da oração. 
Exemplos: 
 
Candidatos, estudem para a prova. 
Estudem, candidatos, para a prova. 
Estudem para a prova, candidatos. 
Professor, posso entrar na sala? 
Posso entrar na sala, professor? 
 
Dica preciosa! 
 
Aposto e vocativo não se confundem. 
Para facilitar a diferenciação, o vocativo admite 
o emprego da interjeição “Ó”, sendo um diálogo. 
O aposto, por não admite o emprego da 
mencionada interjeição, caracterizando uma 
declaração. 
 
Exemplos: 
 
(Ó) Professor Fabiano, posso entrar ? (É um 
diálogo. Logo, “Professor Fabiano” é um 
vocativo.) 
 
Fabiano, professor de língua portuguesa, gosta 
do que faz. (É uma declaração. Logo, “professor 
de língua portuguesa” é um aposto.) 
 
1. (FCC-2007/Prefeitura de São Paulo) 
 
Da impunidade 
 
O homem ainda não encontrou uma forma de 
organização social que dispense regras de conduta, 
princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e 
deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em 
qualquer atividade humana, a inexistência de 
parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no 
qual prevalece a mais dura e irracional das justificativas: 
a lei do mais forte, também conhecida, não por acaso, 
como “a lei da selva”. É nessa condição que vivem os 
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos 
instintos. Mas o homo sapiens afirmou-se como tal 
exatamente quando estabeleceu critérios de controle 
dos impulsos primitivos. 
Variando de cultura para cultura, as regras de 
convívio existem para dar base e estabilidade às 
relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas 
de iniciativas reconhecidas simplesmente como 
humanas: podem apresentar-se como manifestações da 
vontade divina, como valores supremos, por vezes 
apresentados como eternos. Os dez mandamentos 
ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que 
a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta 
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humana por meio de princípios fundamentais. No caso 
da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: 
“Não matarás”, “Não cobiçarás a mulher do próximo” 
etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o 
ponto de partida para a boa conduta é o 
reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, 
daquilo que representa o limite de nossa vontade e de 
nossas ações. 
Nas sociedades modernas, os textos 
constitucionais e os regulamentos de todo tipo 
multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como 
sustentação delas a ideia de que os direitos e os deveres 
dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem 
comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, 
instituem-se as sanções para quem os ignore. A 
penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a 
garantia da validade social da norma transgredida. Por 
isso, a impunidade, uma vez manifesta, quebra 
inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e 
deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de 
delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar 
proveito pessoal de uma regra exatamente por tê-la 
infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de 
influências, quando não seguidos de punição exemplar, 
tornam-se estímulos para uma prática delituosa 
generalizada. Um dos maiores desafios da nossa 
sociedade é o de não permitir a proliferação desses 
casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os 
indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios 
éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação 
mesma desse ideal da humanidade. 
(Inácio Leal Pontes) 
 
O termo sublinhado constitui o sujeito na 
seguinte construção: 
 
(A) Não se encontrou uma forma definitiva de 
organização social. 
(B) É nessa condição que vivem os animais. 
(C) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para 
a banalização das transgressões. 
(D) Ocorre isso por conta das reiteradas situações 
de impunidade. 
(E) Deve-se reconhecer na interdição um princípio 
da lei mosaica. 
 
Comentário: Encontramos um termo que 
desempenha a função de sujeito na assertiva D. 
Para facilitar a análise, vamos transcrever o 
período na ordem direta: 
 
Isso ocorrepor conta das reiteradas 
situações de impunidade. 
 Assim, percebemos que “Isso” é o sujeito 
da forma verbal “ocorre”, a qual, no contexto em 
análise, é intransitiva. O trecho “por conta das 
reiteradas situações de impunidade” é um adjunto 
adverbial de causa. 
 
Vejamos as demais opções: 
 
A) A partícula SE é pronome apassivador, 
formando uma estrutura de voz passiva sintética 
(VTD + SE). Na frase, porém, ocorreu a colocação 
proclítica (antes do verbo) do pronome devido à 
presença do advérbio “não”. O trecho “uma forma 
definitiva de organização social” desempenha a 
função de sujeito da voz passiva. 
B) No excerto “É nessa condição que vivem os 
animais.”, o sujeito está posposto à forma verbal 
“vivem”, que, no contexto, é intransitiva. Logo, “os 
animais (sujeito) vivem nessa condição”. 
C) Em “Tais delitos acabam tornando-se estímulos 
para a banalização das transgressões.”, o sujeito é 
“Tais delitos”, razão por que a forma verbal 
“acabam” concorda com esse termo. “Estímulos” 
desempenha a função de objeto direto. 
E) Em “Deve-se reconhecer na interdição um 
princípio da lei mosaica.”, temos uma estrutura de 
voz passiva sintética (VTD + SE), em que o sujeito 
paciente é “um princípio da lei mosaica”. 
 
Gabarito: D. 
 
2. (FCC-2009/TRE-PI) 
 
Não é usual tratar da política na 
perspectiva da afirmação da verdade. Platão 
afirmou, na República, que a verdade merece ser 
estimada sobre todas as coisas, mas ressalvou que 
há circunstâncias em que a mentira pode ser útil, e 
não odiosa. Na política, a derrogação da verdade 
pela aceitação da mentira muito deve à clássica 
tradição do realismo que identifica no predomínio 
do conflito o cerne dos fatos políticos. Esta 
tradição trabalha a ação política como uma ação 
estratégica que requer, sem idealismos, uma 
praxiologia, vendo na realidade resistência e no 
poder, hostilidade. Neste contexto, política é 
guerra e, como diz o provérbio, "em tempos de 
guerra, mentiras por mar, mentiras por terra". 
Recorrendo a metáforas do reino animal, 
Maquiavel aponta que o príncipe precisa ter, ao 
mesmo tempo, no exercício realista do poder, a 
força do leão e a astúcia ardilosa da raposa. 
Raposa, leão, assim como camaleão, serpente, 
polvo – metáforas que frequentemente são 
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utilizadas na descrição de políticos – não podem, 
com propriedade, caracterizar o ser humano moral 
que obedece aos consagrados preceitos do "não 
matar" e do "não mentir", como lembra Norberto 
Bobbio. 
No plano político, o realismo da força torna 
límpida, numa disputa, a bélica contraposição 
amigo-inimigo. Já o realismo da fraude é mais sutil, 
pois opera confundindo e aumentando a 
opacidade e a incerteza na arena política, como 
acentua Pier Paolo Portinaro. Maquiavel salienta 
que a fraude é mais importante do que a força 
para assegurar o poder e consolidá-lo. É por esse 
motivo que a simulação, o segredo e a mentira são 
temas da doutrina da razão de Estado e a 
veracidade não é usualmente considerada uma 
virtude característica de governantes. 
Sustentar a simulação e a mentira como 
expedientes usuais na arena política é desconhecer 
a importância estratégica que a confiança 
desempenha na pluralidade da interação humana 
democrática. A confiança requer a boa-fé que 
pressupõe a veracidade. O Talmude equipara a 
mentira à pior forma de roubo: "Existem sete 
classes de ladrões e a primeira é a daqueles que 
roubam a mente de seus semelhantes através de 
palavras mentirosas." O padre Antônio Vieira 
afirmou que a verdade é filha da justiça, porque a 
justiça dá a cada um o que é seu, ao contrário da 
mentira, porque esta "ou vos tira o que tendes ou 
vos dá o que não tendes". Montaigne observou 
que somente pela palavra é que somos homens e 
nos entendemos. Por isso mentir é um vício 
maldito. Impede o entendimento. 
(Celso Lafer. O Estado de S. Paulo, A2, 20 de julho de 2008, 
com adaptações) 
 
Esta tradição trabalha a ação política como uma 
ação estratégica ... (1º parágrafo) 
 
A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de 
complemento que o grifado acima é: 
 
(A) ... que identifica no predomínio do conflito o 
cerne dos fatos políticos. 
(B) Neste contexto, política é guerra ... 
(C) Recorrendo a metáforas do reino animal ... 
(D) ... que obedece aos consagrados preceitos do 
"não matar" e do "não mentir" ... 
(E) ... que a fraude é mais importante do que a 
força ... 
 
Comentário: No enunciado, a forma verbal 
“trabalha” assume transitividade direta, ou seja, 
exige um objeto direto como complemento. Sendo 
assim, deveremos, nas opções, encontrar um 
verbo que exija o mesmo complemento. É o que 
ocorre na assertiva A, já que o verbo “identificar”, 
no contexto, apresenta a mesma transitividade 
(direta). Para facilitar a visualização, vamos 
transcrever o trecho na ordem direta: “Que 
identifica o cerne dos fatos políticos no predomínio 
do conflito”. Percebemos, assim, que o termo “o 
cerne dos fatos políticos” exerce a função de 
objeto direto do verbo “identificar”. 
 
Vamos analisar as demais opções: 
 
B) Em “Neste contexto, política é guerra ...”, a 
forma verbal “é” apresenta-se como verbo de 
ligação, unindo o predicativo “guerra” ao sujeito 
“política”. 
C) Em “Recorrendo a metáforas do reino animal 
...”, a forma verbal “recorrendo” apresenta 
transitividade indireta, regendo o emprego da 
preposição “a” no início da estrutura do objeto 
indireto “a metáforas do reino animal ...”. 
D) Na opção em análise, o verbo “obedecer” é 
transitivo indireto, regendo o emprego da 
preposição “a”: “(...) obedece aos consagrados 
preceitos...”. 
E) Em “(...) a fraude é mais importante ...”, o verbo 
“ser” apresenta-se como verbo de ligação, unindo 
o predicativo “importante” ao sujeito “a fraude”. 
 
Gabarito: A. 
 
3. (FCC-2011/NOSSA CAIXA) 
 
Li que em Nova York estão usando “dez de 
setembro” como adjetivo, significando antigo, 
ultrapassado. Como em: “Que penteado mais dez 
de setembro!”. O 11/9 teria mudado o mundo tão 
radicalmente que tudo o que veio antes – 
culminando com o day before [dia anterior], o 
último dia das torres em pé, a última segunda-feira 
normal e a véspera mais véspera da História – 
virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma 
normalidade foi tão afetada quanto o cotidiano de 
Nova York, que vive a psicose do que ainda pode 
acontecer. Os Estados Unidos descobriram um 
sentimento inédito de vulnerabilidade e 
reorganizam suas prioridades para acomodá-las, 
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inclusive sacrificando alguns direitos de seus 
cidadãos, sem falar no direito de cidadãos 
estrangeiros não serem bombardeados por eles. 
Protestos contra a radicalíssima reação americana 
são vistos como irrealistas e anacrônicos, 
decididamente “dez de setembro”. 
Mas fatos inaugurais como o 11/9 também 
permitem às nações se repensarem no bom 
sentido, não como submissão à chantagem 
terrorista, mas para não perder a oportunidade do 
novo começo, um pouco como Deus – o primeiro 
autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de 
revisão da política dos Estados Unidos com relação 
a Israel e os palestinos são exemplos disto. E é 
certo que nenhuma reunião dos países ricos será 
como era até 10/9, pelo menos por algum tempo. 
No caso dos donos do mundo, não se devem 
esperar exames de consciência mais profundos ou 
atos de contrição mais espetaculares, mas o 
instinto de sobrevivência 
também é um caminho para a virtude. O horror de 
11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de 
me fazer acreditar mais na humanidade. A questão 
é: o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, 
de quê? Seja o que for, será diferente. Inclusive 
por uma questão de moda, já que ninguém vai 
querer ser chamado de “dez de setembro” na rua. 
(Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro) 
 
Na frase No casodos donos do mundo, não se 
devem esperar exames de consciência mais 
profundos, é correto afirmar que: 
 
(A) a construção verbal é um exemplo de voz ativa. 
(B) a partícula se tem a mesma função que em E se 
ela não vier? 
(C) a forma plural “devem” concorda com exames. 
(D) ocorre um exemplo de indeterminação do 
sujeito. 
(E) a expressão donos do mundo leva o verbo para 
o plural. 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
Letra A. Resposta incorreta. Em “(...) não se devem 
esperar exames de consciência mais profundos”, 
temos uma construção de voz passiva (VTD+SE). 
 
Não se devem esperar exames de consciência mais profundos. 
 pron. loc. verbal sujeito 
 apass. transitiva direta 
 
É importante chamar a atenção para a 
colocação proclítica (antes do verbo) do pronome 
SE, devido à presença do advérbio “não”. 
 
Letra B. Resposta incorreta. Como vimos no 
comentário anterior, em “(...) não se devem 
reconhecer (...)”, a partícula SE é denominada 
pronome apassivador. Porém, no trecho “E se ela 
não vier?”, temos um conjunção subordinativa 
adverbial 
condicional, equivalente a “caso”: “E caso ela não 
venha?” 
 
Letra C. Resposta correta. A forma verbal 
“devem”, presente na locução verbal “devem 
reconhecer”, concorda com o núcleo do sujeito 
“exames de consciência mais profundos”. Este 
assunto foi trabalhado na aula sobre concordância 
verbal. 
 
Letra D. Resposta incorreta. A partícula SE será 
índice de indeterminação do sujeito quando 
houver: 
 
a) verbo transitivo indireto (verbo cujo sentido é 
complementado por um objeto indireto): 
 
Precisa-se de empacotadores. 
 
b) verbo intransitivo (verbo de sentido completo): 
 
Vive-se bem no Rio de Janeiro. 
 
c) verbo de ligação: 
 
É-se feliz no Rio de Janeiro. 
 
d) verbo transitivo direto em que haja objeto 
direto preposicionado, ou seja, quando a 
preposição não é regida pela forma verbal: 
 
Comeu-se do bolo. 
 
Na frase “Comeu-se do bolo.”, a 
preposição “de” não é exigida pelo verbo “comer”, 
sendo empregada tão somente para a contribuição 
do sentido: alguém (que não é possível identificar) 
comeu parte do bolo. Não será admitida a 
transposição de voz verbal quando houver objeto 
direto preposicionado. 
 
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Comeu-se do bolo. (sujeito indeterminado: Comeu parte do 
bolo.) 
índice de indeterminação do sujeito 
 
Não é o que ocorre em “(...) não se devem 
reconhecer exames de consciência mais 
profundos”, pois a transitividade da locução verbal 
“devem reconhecer” é transitiva direta 
(reconhecer o quê?). Logo, a partícula SE é 
pronome apassivador. 
 
Letra E. Resposta incorreta. A concordância verbal 
deve-se dar com o sujeito “exames de consciência 
mais profundos”. Logo, a locução verbal concorda 
com o citado termo. 
 
Gabarito: C. 
 
A questão a seguir refere-se ao texto abaixo. 
 
4. (FCC-2011/TRT - 23ª REGIÃO) 
 
Política e sociedade na obra de Sérgio Buarque de 
Holanda 
 
Para Sérgio Buarque de Holanda a principal 
tarefa do historiador consistia em estudar 
possibilidades de mudança social. Entretanto, 
conceitos herdados e intelectualismos abstratos 
impediam a sensibilidade para com o processo do 
devir. Raramente o que se afigurava como 
predominante na historiografia brasileira apontava 
um caminho profícuo para o historiador 
preocupado em estudar mudanças. Os caminhos 
institucionalizados escondiam os figurantes mudos 
e sua fala. Tanto as fontes quanto a própria 
historiografia falavam a linguagem do poder, e 
sempre imbuídas da ideologia dos interesses 
estabelecidos. Desvendar ideologias implica para o 
historiador um cuidadoso percurso interpretativo 
voltado para indícios tênues e nuanças sutis. 
Pormenores significativos apontavam caminhos 
imperceptíveis, o fragmentário, o não 
determinante, o secundário. Destes proviriam as 
pistas que indicariam o caminho da interpretação 
da mudança, do processo do vir a ser dos 
figurantes mudos em processo de forjar estratégias 
de sobrevivência. 
Era engajado o seu modo de escrever 
história. Como historiador quis elaborar formas de 
apreensão do mutável, do transitório e de 
processos ainda incipientes no vir a ser da 
sociedade brasileira. Enfatizava o provisório, a 
diversidade, a fim de documentar novos sujeitos 
eventualmente participantes da história. Para 
chegar a escrever uma história verdadeiramente 
engajada deveria o historiador partir do estudo da 
urdidura dos pormenores para chegar a uma visão 
de conjunto de sociabilidades, experiências de 
vida, que por sua vez traduzissem necessidades 
sociais. Aderir à pluralidade se lhe afigurava como 
uma condição essencial para este sondar das 
possibilidades de emergência de novos fatores de 
mudança social. 
Tratava-se, na historiografia, de aceitar o 
provisório como necessário. Caberia ao historiador 
o desafio de discernir e de apreender, juntamente 
com valores ideológicos preexistentes, as 
possibilidades de coexistência de valores e 
necessidades sociais diversas que conviviam entre 
si no processo de formação da sociedade brasileira 
sem uma necessária coerência. 
(Fragmento adaptado de Maria Odila Leite da Silva Dias, 
Sérgio Buarque de Holanda e o Brasil. São Paulo, Perseu 
Abramo, 1998, pp.15-17) 
 
“Destes proviriam as pistas que indicariam o 
caminho ...” 
 
O verbo empregado no texto que exige o mesmo 
tipo de complemento que o grifado acima está 
também grifado em: 
 
(A) ... a principal tarefa do historiador consistia em 
estudar possibilidades de mudança social. 
(B) Os caminhos institucionalizados escondiam os 
figurantes mudos e sua fala. 
(C) Enfatizava o provisório, a diversidade, a fim de 
documentar novos sujeitos ... 
(D) ... sociabilidades, experiências de vida, que por 
sua vez traduzissem necessidades sociais. 
 (E) Era engajado o seu modo de escrever história. 
 
Comentário: Para facilitar a análise, vamos 
transcrever a frase do enunciado na ordem direta: 
 
“As pistas (...) proviriam destes ...” 
 
Assim, percebemos que: 
 
- “As pistas” desempenham a função de sujeito; 
- “proviriam” é um verbo transitivo indireto; 
- “destes” é o complemento indireto do verbo 
“provir” 
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Desta forma, deveremos buscar, nas 
opções, aquela que também apresenta um verbo 
transitivo indireto. 
 
Letra A. Resposta correta. Em “ ... a principal tarefa 
do historiador consistia em estudar possibilidades 
de mudança social.”, a forma verbal “consistia” 
assume transitividade indireta, regendo o emprego 
da preposição “em”, a qual iniciará a estrutura do 
objeto indireto “em estudar possibilidades de 
mudança social”. 
Letra B. Resposta incorreta. Em “Os caminhos 
institucionalizados escondiam os figurantes mudos 
e sua fala.”, a forma verbal em destaque é 
transitiva direta (escondiam o quê? → os 
figurantes mudos e sua fala). 
Letra C. Resposta incorreta. Em “Enfatizava o 
provisório, a diversidade, a fim de documentar 
novos sujeitos ...”, o verbo “enfatizar” é transitivo 
direto (enfatizava o quê? → o provisório, a 
diversidade). 
Letra D. Resposta incorreta. Em “... sociabilidades, 
experiências de vida, que por sua vez traduzissem 
necessidades sociais.”, a forma verbal 
“traduzissem” é transitiva direta (traduzissem o 
quê? → necessidades sociais). 
Letra E. Resposta incorreta. Em “Era engajado o 
seu modo de escrever história.”, temos um verbo 
de ligação e, consequentemente, o predicativo 
“engajado”. 
 
Gabarito: A. 
 
A questão a seguir baseia-se no texto abaixo. 
 
5. (FCC-2011/Banco do Brasil) 
 
A economia do Nordeste beneficiou-se, 
principalmente, de um modelo econômico que 
priorizou a demanda. A expansão dos programas 
sociais e, sobretudo, o aumento do salário mínimo 
tiveram sobre a região um impacto bem maior do 
que no restante do país. A economista TâniaBacelar, da Universidade Federal de Pernambuco 
(UFPE), lembra que metade das famílias que 
ganham um salário mínimo se encontra no 
Nordeste. A população nordestina também 
absorve 55% do orçamento destinado ao Bolsa 
Família. "Pela estrutura de renda da região, mais 
baixa que no resto do país, o efeito das políticas 
que mexeram com a renda foi maior aqui. O 
aumento dessas receitas impulsionou o consumo e 
atraiu investimentos, especialmente dos grandes 
grupos de alimentos, bebidas, varejistas e 
distribuição de alimentos." 
Investimentos em infraestrutura, como a 
duplicação da BR-101, a transposição do rio São 
Francisco e a construção da ferrovia 
Transnordestina injetaram bilhões na economia e 
ajudaram a dinamizar a construção civil, assim 
como os investimentos da Petrobras – que 
asseguraram à indústria naval a demanda 
necessária para voltar a investir depois de mais de 
uma década sem produzir um único navio. 
A interiorização das universidades federais 
e a criação de novos institutos tecnológicos 
também mudam a cara do Nordeste, 
especialmente nas cidades médias. É o caso de 
Caruaru, um dos municípios que mais crescem na 
região. Nos últimos anos, a "Princesa do Agreste", 
mais conhecida por suas confecções e pelas feiras 
que movimentam milhões de reais, atraiu 
estudantes e professores de todos os lugares e 
observou uma profunda transformação em seus 
hábitos. 
A outra face do "novo Nordeste" está no 
campo. Nas áreas de Cerrado, como no oeste da 
Bahia e no sul do Maranhão, o agronegócio avança 
e transforma chapadões em imensas propriedades 
produtoras de soja. No Semiárido, onde as 
condições são bem menos favoráveis, o aumento 
dos recursos destinados a financiar a agricultura 
familiar e o empreendedorismo dos pequenos 
ajudam a mudar a vida das pessoas. É o que se 
observa em Picos, polo produtor de mel e caju no 
sertão do Piauí. 
(Gerson de Freitas Jr., Carta Capital, 15 de dezembro de 2010, 
p. 24, com adaptações) 
 
“Interiorização das universidades federais e a 
criação de novos institutos tecnológicos também 
mudam a cara do Nordeste ...” (3º parágrafo) 
 
O mesmo tipo de complemento grifado acima está 
na frase: 
 
(A) ... que mexeram com a renda ... 
(B) ... que mais crescem na região. 
(C) ... que movimentam milhões de reais ... 
(D) A outra face do “novo Nordeste” está no 
campo. 
(E) ... onde as condições são bem menos favoráveis 
... 
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Comentário: No excerto “Interiorização das 
universidades federais e a criação de novos 
institutos tecnológicos também mudam a cara do 
Nordeste ...”, a forma verbal “mudam” é transitiva 
direta (“mudam” o quê? → a cara do Nordeste). 
Logo, o termo “a cara do Nordeste” é objeto direto 
do verbo. Sendo assim, deveremos encontrar, nas 
opções, aquela que também apresenta um verbo 
transitivo direto. 
Letra A. Resposta incorreta. Em “... que mexeram 
com a renda ...”, o verbo “mexer” é transitivo 
indireto, regendo o emprego da preposição “com” 
no início da estrutura de seu complemento 
indireto: “com a renda”. 
Letra B. Resposta incorreta. Em “... que mais 
crescem na região.”, o verbo “crescer” é 
intransitivo, e o termo “na região” é um adjunto 
adverbial de lugar. 
Letra C. Resposta correta. Em “... que 
movimentam milhões de reais ...”, “movimentar” é 
um verbo transitivo direto (“movimentam” o quê? 
→ milhões de reais). Logo, “milhões de reais” é o 
objeto direto da forma verbal “movimentam”. 
Letra D. Resposta incorreta. Em “A outra face do 
“novo Nordeste” está no campo.”, o verbo “estar” 
é intransitivo, e o termo “no campo” é adjunto 
adverbial de lugar. 
Letra E. Resposta incorreta. Em “... onde as 
condições são bem menos favoráveis ...”, a forma 
verbal “são” é um verbo de ligação, unindo o 
predicativo “favoráveis” ao sujeito “as condições”. 
 
Gabarito: C. 
 
6. (FCC-2009/TRT-16ª Região) 
 
Sobre a efemeridade das mídias 
 
Um congresso recente, em Veneza, 
dedicou-se à questão da efemeridade dos suportes 
de informação, desde a tábua de argila, o papiro e 
o pergaminho até o livro impresso e os atuais 
meios eletrônicos. O livro impresso, até agora, 
demonstrou que sobrevive bem por 500 anos, mas 
só quando se trata de livros feitos de papel de 
trapos. A partir de meados do século XIX, passou-
se ao papel de polpa de madeira, e parece que este 
tem uma vida máxima de 70 anos (com efeito, 
basta consultar jornais ou livros dos anos de 1940 
para ver como muitos se desfazem ao ser 
folheados). Há muito tempo se realizam estudos 
para salvar todos os livros que abarrotam nossas 
bibliotecas; uma das soluções mais adotadas é 
escanear todas as páginas e passá-las para um 
suporte eletrônico. 
Mas aqui surge outro problema: todos os 
suportes para a transmissão e a conservação de 
informações, da foto ao filme, do disco à memória 
do computador, são mais perecíveis que o livro. As 
velhas fitas cassetes, com pouco tempo de uso se 
enrolavam todas, e saíam mascadas; as fitas de 
vídeo perdem as cores e a definição com 
facilidade. Tivemos tempo suficiente para ver 
quanto podia durar um disco de vinil sem ficar 
riscado demais, mas não para verificar quanto dura 
um CD-ROM, que, saudado como a invenção que 
substituiria o livro, ameaça sair rapidamente do 
mercado, porque podemos acessar on-line os 
mesmos conteúdos por um custo menor. Sabemos 
que todos os suportes mecânicos, elétricos ou 
eletrônicos são rapidamente perecíveis, ou não 
sabemos quanto duram e provavelmente nunca 
chegaremos a saber. Basta um pico de tensão, um 
raio no jardim para desmagnetizar uma memória. 
Se houvesse um apagão bastante longo, não 
poderíamos usar nenhuma memória eletrônica. 
Os suportes modernos parecem criados 
mais para a difusão do que para a conservação das 
informações. É possível que, dentro de alguns 
séculos, a única forma de ler notícias sobre o 
passado continue sendo a consulta a um velho e 
bom livro. Não, não sou um conservador 
reacionário. Gravei em disco rígido portátil de 250 
gigabytes as maiores obras primas da literatura 
universal. Mas estou feliz porque os livros 
continuam em minha biblioteca – uma garantia 
para quando os instrumentos eletrônicos entrarem 
em pane. 
(Adaptado de Umberto Eco – UOL – Notícias – NYT/ 
26/04/2009) 
 
Na frase “Mas aqui surge outro problema”, o 
termo em destaque exerce a mesma função 
sintática que o termo sublinhado em: 
 
(A) Não, não sou um conservador reacionário. 
(B) Tivemos tempo suficiente para ver quanto 
podia durar um disco de vinil (...) 
(C) (...) as fitas de vídeo perdem as cores e a 
definição com facilidade. 
(D) Um congresso recente, em Veneza, dedicou-se 
à questão da efemeridade dos suportes de 
informação (...) 
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(E) Sabemos que todos os suportes mecânicos, 
elétricos ou eletrônicos, são rapidamente 
perecíveis (...) 
 
Comentário: No enunciado “Mas aqui surge outro 
problema”, o termo em destaque exerce a função 
de núcleo do sujeito. Para facilitar a visualização, 
vamos transcrevê-lo na ordem direta: 
 
Mas outro problema surge aqui. 
 
Sendo assim, deveremos buscar, nas 
opções, outro núcleo do sujeito. 
 
Letra A. Resposta incorreta. O termo em destaque 
(“reacionário”) compõe a estrutura do sujeito “um 
conservador reacionário”, mas exerce a função de 
adjunto adnominal. 
Letra B. Resposta incorreta. O termo “tempo” 
exerce a função de núcleo do objeto direto. 
Letra C. Resposta correta. Em “(...) as fitas de vídeo 
perdem as cores (...)”, o termo em destaque exerce 
a função de núcleo do sujeito “as fitas de vídeo”. 
 
Gabarito: C. 
 
7. (FCC-2010/DPE-SP) E a facilidade com que ela 
acessa esse arquivo ... 
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de 
complemento que o grifado acima é: 
 
(A) ... e conforme a idade isso ocorre em maior ou 
menor grau...(B) Cada vez que a memória decai ... 
(C) Os estudos sobre a memória têm um lugar 
destacado nesse esforço científico. 
(D) ... o primeiro é a exposição a uma carga 
excessiva de informações ... 
(E) ... que resultam em perda mnemônica ... 
 
Comentário: No enunciado, a forma verbal 
“acessa” assume transitividade direta (“acessa” o 
quê? → esse arquivo). Logo, o termo “esse 
arquivo” exerce a função de objeto direto do verbo 
“acessar”. Vamos analisar as opções: 
 
Letra A. Resposta incorreta. Em “... e conforme a 
idade isso ocorre em maior ou menor grau ...”, a 
forma verbal “ocorre” é intransitiva. 
Letra B. Resposta incorreta. Em “Cada vez que a 
memória decai ...” também encontramos em 
“decair” um verbo intransitivo. 
Letra C. Resposta correta. No trecho “Os estudos 
sobre a memória têm um lugar destacado nesse 
esforço científico.”, a forma verbal “têm” é 
transitiva direta, exigindo o objeto direto “um 
lugar destacado”. 
Letra D. Resposta incorreta. No trecho “... o 
primeiro é a exposição a uma carga excessiva de 
informações ...”, o verbo “ser” é um verbo de 
ligação, unindo a característica, o predicativo ao 
sujeito “o primeiro”. 
Letra E. Resposta incorreta. No contexto “... que 
resultam em perda mnemônica ...”, o verbo 
“resultar” é transitivo indireto, regendo o emprego 
da preposição “em” no início da estrutura do 
objeto indireto “em perda mnemônica’. 
 
Gabarito: C. 
 
8. (FCC-2011/DPE-RS) 
 
EUA dizem que um ataque ao Irâ uniria o país, hoje 
dividido 
 
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 WASHINGTON (Reuters) – Um ataque militar 
contra o irã uniria o país, que está dividido, e reforçar 
a determinação do governo iraniano para buscar 
armas nucleares, disse o secretário de Defesa dos 
Estados Unidos, Robert Gates, nesta terça-feira. 
 Um pronunciamento ao conselho diretor do 
Wall Street Journal, Gates afirmou ser importante usar 
outros meios para convencer o Irã a não procurar ter 
armas nucleares e repetiu as suas preocupações de 
que ações militares somente iriam retardar – e não 
impedir – que o pais obtenha essa capacidade. 
 
(http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/11/16/eua-dizem-
que-um-ataque-ao-ira-uniria-o-pais-ho-je-dividido.jhtm?action=print, 
em 16/11/2010) 
 
O fragmento frasal “de que ações militares 
somente iriam retardar” (linhas 9 e 10) é 
_________________ do substantivo preocupações 
(linha 9). 
 
Assinale a alternativa que preenche corretamente 
a lacuna do texto acima. 
(A) complemento verbal; 
(B) complemento nominal oracional; 
(C) adjunto verbal; 
(D) adjunto nominal; 
(E) complemento prepositivo-verbal. 
 
Comentário: Recorrendo ao texto, percebemos 
que o trecho completo é “Gates afirmou ser 
importante usar outros meios para convencer o Irã 
a não procurar ter armas nucleares e repetiu as 
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suas preocupações de que ações militares somente 
iriam retardar”, em que o trecho destacado 
complementa o nome (substantivo) preocupações 
(preocupações DE alguma coisa). Entretanto, como 
no complemento nominal há uma estrutura verbal 
(“iriam retardar”), deve ser classificado como 
complemento nominal oracional. Essa função 
equivale à oração subordinada substantiva 
completiva nominal. Para facilitar a visualização, 
podemos substituí-la por “isso”: 
 
“(...) repetiu as suas preocupações de que ações 
militares somente iriam retardar” 
 
“(...) repetiu as suas preocupações disso” 
 
Logo, o fragmento frasal “de que ações militares 
somente iriam retardar” (linhas 9 e 10) é 
complemento nominal oracional do substantivo 
preocupações (linha 9). 
 
Gabarito: B. 
 
SINTAXE DO PERÍODO 
 
A FCC sempre exige alguma questão que 
trabalhe conhecimentos sobre período e a relação 
sintático-semântica entre as orações que o 
compõem. 
Primeiramente, é preciso dizer que o 
período divide-se em simples e composto. 
 
PERÍODO SIMPLES 
 
O período simples é a estrutura que 
composta por uma só oração de sentido completo, 
chamada de oração absoluta. Cada oração se 
estrutura em torno de um verbo. 
 
Exemplo: O aluno passou no concurso. (oração 
absoluta) 
 
PERÍODO COMPOSTO 
 
Já o período composto é a estrutura que formada 
por mais de uma oração. 
 
Exemplo: Se você estudar, acertará as questões. 
 1ª oração 2ª oração 
 
O período composto subdivide-se em 
coordenação e subordinação. 
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 
 
Por que coordenação? Sempre que o 
período for composto por coordenação, 
deveremos entender que as orações que o 
compõem são independentes sintaticamente, ou 
seja, sua estrutura interna (funções sintáticas) não 
depende de outra oração. 
 
Exemplo: Acordei, estudei, dormi. (as orações são 
 1ª oração 2ª oração 3ª oração independentes 
 entre si) 
 
No período composto por coordenação, 
temos as orações coordenadas assindéticas e 
sindéticas. De onde provêm essas nomenclaturas? 
Devo dizer a vocês que toda conjunção 
coordenativa é chamada de síndeto. No período 
composto por coordenação, existem orações que 
não trazem, em sua estrutura, essa modalidade de 
conjunção. Por essa razão, são chamadas de 
orações assindéticas. 
 
Exemplo: Acordei, estudei, dormi. 
 1ª oração 2ª oração 3ª oração 
 
Na estrutura acima, as orações “Acordei”, 
“estudei” e “dormi” não apresentam conjunção 
coordenativa (síndeto). Sendo assim, são 
classificadas como orações coordenadas 
assindéticas. 
Entretanto, no mesmo período composto 
por coordenação, existem orações que podem 
apresentar, em sua estrutura, conjunção 
coordenativa (síndeto). Sendo assim, são 
denominadas orações coordenadas sindéticas. 
Essas orações 
recebem o nome da noção semântica apresentada 
pela conjunção coordenativa. 
As orações coordenadas sindéticas 
classificam-se em: 
 
Orações coordenadas 
sindéticas ... 
Exemplos 
- aditivas – apresentam ideia 
de soma, correlação, sendo 
estabelecida pelos 
articuladores e, mas também, 
além disso, ademais ... 
O aluno estuda e 
trabalha. 
Não só estuda, mas 
também trabalha. 
- adversativas – apresentam 
ideia de oposição, contraste, 
sendo estabelecida pelos 
articuladores mas, porém, 
todavia, contudo, entretanto, 
Estuda pouco, mas 
passou em vários 
concursos. 
Foi ao cinema, no 
entanto dormiu. 
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no entanto ... 
- alternativas – apresentam 
ideia de alternância, escolha ou 
exclusão, sendo estabelecida 
pelos articuladores ou, já...já, 
ou...ou, ora...ora, quer...quer 
etc. 
Deseja isso ou aquilo? 
Ora estuda, ora dorme. 
Iremos à praia quer 
chova, quer faça sol. 
- conclusivas – apresentam 
ideia de conclusão lógica, 
sendo estabelecida pelos 
articuladores pois (após o 
verbo), portanto, assim, por 
isso, logo, em vista disso, 
então, por conseguinte ... 
Estudou muito, logo 
acertará as questões. 
Dormiu tarde, portanto 
não foi à aula. 
- explicativas – apresentam 
ideia de explicação, 
esclarecimento, justificativa, 
sendo estabelecida pelos 
articuladores pois (antes do 
verbo), porque, que, 
porquanto ... 
Façam as questões, pois 
vocês precisam passar na 
prova. 
Entre, que (=pois) é 
tarde! 
 
 
Por ora, devo dizer que os conhecimentos acima são 
suficientes. Mais adiante, veremos que decorar a lista de 
conectivos para classificar as orações nem sempre é o método 
mais eficiente, pois as provas da FCC exigem de vocês, 
candidatos, uma análise da relação sintático-semântica entre 
as orações. 
 
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO 
 
Agora, estudaremos o período composto 
por subordinação. Mas, afinal, por que 
subordinação? Sempre que o período for 
composto por subordinação, deveremos entender 
que as orações que o compõem são dependentes 
sintaticamente, ou seja, sua estrutura interna 
(funções sintáticas) depende de outraoração. 
 
Exemplo: 
 
Vocês aspiram à aprovação no concurso. (as orações são 
 oração principal oração subordinada dependentes) 
 
A primeira oração, denominada principal, é 
o termo regente da oração subordinada (termo 
regido). Em outras palavras, a oração principal 
“Vocês aspiram” subordina a oração “à aprovação 
no concurso.”, pois esta exerce a função 
sintática de objeto indireto do verbo aspirar (Vocês 
aspiram a quê? “À aprovação no concurso”.). Logo, 
“à aprovação no concurso.” é classificada como 
oração subordinada substantiva objetiva indireta. 
 
As orações subordinadas subdividem-se 
em substantivas, adverbiais e adjetivas. 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
A nomenclatura “oração subordinada 
substantiva” deve-se ao fato de um termo, de base 
substantiva, apresentar-se sob a forma de oração, 
desempenhando uma função sintática (sujeito, 
predicativo do sujeito, objeto direto, objeto 
indireto, complemento nominal, agente da passiva 
ou aposto). 
As orações subordinadas substantivas são 
introduzidas por uma conjunção integrante. Para a 
felicidade de vocês (rs...), são apenas duas: que e 
se. 
 Existem as seguintes orações subordinadas 
substantivas: 
 
� Subjetivas – funcionam como sujeito da 
oração principal. 
 
É essencial que estudemos bastante. 
 oração principal oração subordinada substantiva 
 subjetiva 
 
No exemplo acima, a oração “que 
estudemos bastante.” exerce a função de sujeito 
da oração principal. Sendo assim, deve ser 
classificada como oração subordinada substantiva 
subjetiva. 
Para facilitar a análise da função sintática 
desempenhada pela oração subordinada, 
substituam a conjunção integrante pelo pronome 
demonstrativo ISSO: 
 
ISSO é essencial. 
sujeito 
 
Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.) 
 oração princ. oração subordinada substantiva 
 subjetiva 
 
A oração subordinada substantiva 
subjetiva desempenha a função de sujeito 
oracional, pois apresenta verbo em sua estrutura. 
Agora que já estudamos o sujeito oracional, 
sabemos que o verbo sempre aparecerá na 
terceira pessoa do singular. 
 
 É essencial que estudemos bastante. (= ISSO é essencial.) 
oração principal oração subordinada substantiva 
 subjetiva 
 
 
 SUJEITO ORACIONAL 
 
 Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.) 
oração principal oração subordinada substantiva 
 subjetiva 
 
 
 SUJEITO ORACIONAL 
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� Predicativas – funcionam como 
predicativo do sujeito da oração principal. 
 
O essencial é que todos sejamos aprovados. (= O essencial 
 oração principal oração subordinada substantiva é ISSO.) 
 predicativa 
 
� Objetivas diretas – funcionam como 
objeto direto da oração principal. 
 
O professor espera que vocês gabaritem a prova. (O professor 
 oração principal oração subordinada substantiva espera ISSO.) 
 objetiva direta 
 
� Objetivas indiretas – funcionam como 
objeto indireto da oração principal. 
 
O professor gostaria de que vocês fossem aprovados. (O professor 
 oração principal oração subordinada substantiva gostaria 
 objetiva indireta dISSO.) 
 
� Completivas nominais – funcionam como 
complemento nominal da oração principal. 
 
O professor tem vontade de que vocês sejam classificados. (vontade 
 oração principal oração subordinada substantiva dISSO.) 
 completiva nominal 
 
� Agentes da passiva – funcionam como 
agente da passiva da oração principal. 
 
Ayrton Senna foi ovacionado por quem estava presente. 
 oração principal oração subordinada substantiva 
 agente da passiva 
 
Para facilitar a análise da oração 
subordinada substantiva agente da passiva, 
substituam pelo pronome indefinido ALGUÉM. 
 
Ayrton Senna foi ovacionado por alguém. 
 
� Apositivas – funcionam como aposto da 
oração principal. 
 
O nervosismo dos candidatos era este: que fossem aprovados no concurso. 
 oração principal oração subordinada substantiva 
 apositiva 
 
O nervosismo dos candidatos era este: ISSO. 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 
As orações subordinadas adverbiais 
desempenham a função sintática de adjunto 
adverbial da oração principal. São introduzidas por 
conjunções adverbiais. 
As orações subordinadas adverbiais 
subdividem-se em: 
 
Orações subordinadas 
adverbiais ... 
Exemplos 
- causais – exprimem causa, razão, 
motivo, em relação à oração 
principal. Os principais 
articuladores são porque, visto 
que, que (=porque), uma vez que 
... 
O aluno obteve boa 
pontuação porque 
estudou. 
Ficou feliz uma vez que 
foi aprovado. 
- comparativas – expressam ideia 
de comparação ou confrontam 
ideias em relação à oração 
principal. Os principais 
articuladores são como, tal qual, 
tão quanto (=como), feito (= 
como), que (nas correlações mais 
(do) que, menos (do) que, maior 
(do) que, menor (do) que, melhor 
(do) que, pior (do) que ... 
Esta moça é mais bonita 
do que aquela. 
 
Ele estudou tão quanto 
a irmã. 
 
- condicionais – exprimem ideia de 
condição, possibilidade, hipótese. 
Os principais articuladores são 
caso, se (= caso), contanto que, 
desde que (= caso), sem que, salvo 
se, a não ser que, dado que ... 
Contanto que você 
compre os ingressos, 
iremos ao cinema. 
 
Dado que (=caso) erre a 
questão, estude mais. 
- concessivas – expressam ideias 
opostas, concessivas às da oração 
principal. Os principais 
articuladores são embora, ainda 
que, mesmo que, posto que, por 
mais que, se bem que, conquanto, 
dado que (= ainda que), que (= 
ainda que) ... 
Com conjunções concessivas, o 
verbo fica no modo subjuntivo. 
Embora estivessem 
cansados, foram 
estudar. 
 
Obteve a aprovação sem 
que 
(=embora não) se 
dedicasse. 
Persevere, nem que 
(=ainda que) os estudos 
sejam cansativos. 
- conformativas – apresentam ideia 
de conformidade em relação ao 
fato da oração principal. Os 
principais articuladores são 
segundo, como, conforme, 
consoante, que (= conforme) ... 
Segundo o gabarito 
oficial, acertei todas as 
questões da prova. 
Conforme vocês sabem, 
o Fluminense é o atual 
campeão brasileiro de 
futebol. 
- consecutivas – expressam ideia 
de consequência, resultado em 
relação à oração principal. Os 
principais articuladores são que 
(nas correlações tão...que, tanto 
que, tamanho que, tal que, de 
sorte que, de maneira que) ... 
Estudou tanto que 
gabaritou a prova. 
 
Tamanha foi a explosão, 
que todos acordaram. 
- finais – expressam finalidade, 
objetivo. Os principais articuladores 
são para que, a fim de que, que (= 
para que), porque (= para que) ... 
Fez-lhe sinal porque (= 
para que) se calasse. 
Estudou muito a fim de 
que passasse no 
concurso. 
- proporcionais – apresentam ideia 
de proporção, concomitância, 
simultaneidade entre fatos da 
oração subordinada e da oração 
principal. Principais articuladores: à 
medida que, à proporção que, 
quanto mais...mais, quanto 
menos...menos ... 
À medida que vive, mais 
aprende com as 
pessoas. 
 
Quanto maior o estudo, 
maior o conhecimento. 
- temporais – apresentam ideia de 
tempo em relação ao fato da 
oração principal. Principais 
articuladores: logo que, assim que, 
Logo que soube o 
resultado, chamou 
todos os amigos. 
 
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antes que, depois que, quando, 
enquanto ... 
Ficou emocionado 
desde que viu o 
resultado do concurso. 
 
 
Como disse a vocês, decorar a lista de 
conectivos para classificar as orações nem sempre 
é o método mais eficiente. O diferencial para 
resolver questões que exigem esse tipo de 
conteúdo é analisar a relação sintático-semântica 
entre as orações.Vejam: 
 
 
 Adversativo – Estudou bastante, mas foi reprovado. 
MAS 
 Aditivo – Não só pratica judô, mas também faz natação. 
 
 
 
 Aditivo – Arrumou-se e foi trabalhar. 
 
E Adversativo – Não estudou, e passou no concurso. 
 
 Consecutivo – Faltou luz, e não conseguimos estudar à 
 noite. 
 
 
 Explicativo – Não beba, pois é prejudicial à saúde. 
 
POIS Conclusivo – É inteligente; será, pois (= portanto), 
 aprovado. 
 Causal – Estava irrequieto, pois ganhou uma casa. 
 
 
 Explicativo – Estude, porque (=pois) será aprovado. 
 
PORQUE Final – Mudei-me de cidade porque (=para que) 
 fosse feliz. 
 Causal – Chorei porque passei no concurso. 
 
 
 Conclusivo – Estudou muito, logo (=portanto) será 
LOGO classificado. 
 Temporal – Logo que (=assim que) chegou, foi tomar 
 banho. 
 
 
 Causal – Sorriu uma vez que acertou todas as 
UMA VEZ QUE questões. 
 Condicional – Uma vez que estude, será 
 aprovado. 
 (= Se estudar, será aprovado.) 
 
 
 Comparativo – Meu irmão é tão estudioso quanto 
QUANTO meu pai. 
 Aditivo – Ela tanto estuda quanto trabalha. 
 (= Ela estuda e trabalha.) 
 
 
 
 
 Condicional – Desde que compre o ingresso, irei 
DESDE QUE ao cinema. 
 Temporal – Desde que cheguei, quero ir ao 
 cinema. 
 
 
 Condicional – Sem que (= Caso não) estudem, não 
 passarão. 
SEM QUE Concessivo – Sem que estudasse muito, passou na 
 prova. 
 Modal – Fez a prova sem que estudasse. 
 
 
 Comparativo – Ela fala como (= igual a) uma vitrola. 
 
 Conformativo – Estudou como (= conforme) 
COMO combinamos. 
 Aditivo – Não só trabalha como também pratica 
 esportes. 
 Causal – Como (=Já que) estava cansado, resolveu 
 dormir. 
 
 
 Explicativo – Ele deve ter corrido, porquanto 
PORQUANTO está suado. 
 Causal – Estavam felizes porquanto foram 
 aprovados. 
 
 
 Condicional – Se você estudar, logrará êxito no 
SE concurso. 
 Conjunção integrante – Não sei se você virá. (= Não sei 
 isso.) 
 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 
A nomenclatura “oração subordinada 
adjetiva” deve-se ao fato de a oração 
desempenhar uma função de adjetivo 
(acompanhar o substantivo, restringindo ou 
generalizando seu sentido). Sempre são 
introduzidas por pronomes relativos (que, a qual, 
quem, cujo, cuja, onde, como ...). 
As orações subordinadas adjetivas 
dividem-se em: 
 
� Explicativas – sempre isoladas por vírgulas, 
explicam o sentido de um elemento 
presente na oração principal. Podem ser 
retiradas do texto sem que prejudiquem o 
sentido da oração principal. 
 
Os alunos, que são humanos, serão aprovados. 
 
 
oração subordinada adjetiva explicativa 
 
Em “Os alunos, que são humanos, serão 
aprovados.”, temos a interpretação de que todos 
Atenção!
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os alunos são humanos. Logo, a oração em 
destaque pode ser suprimida sem alteração de 
sentido do enunciado original. 
 
� Restritivas – nunca isoladas por sinais de 
pontuação, restringem ou limitam o 
sentido de um elemento presente na 
oração principal. Não podem ser retiradas 
do texto, sob o risco de prejuízo ou 
modificação do sentido original da oração 
principal. 
 
Os alunos que são determinados serão aprovados. 
 
 
oração subordinada adjetiva restritiva 
 
Em “Os alunos que são determinados serão 
aprovados.”, temos a interpretação de que 
somente os alunos determinados serão aprovados. 
Sendo assim, não é possível retirar/suprimir do 
período a oração em destaque sem alterar 
o sentido original do enunciado. 
 
FUNÇÕES SINTÁTICAS DOS PRONOMES 
RELATIVOS 
 
Conforme vimos nas lições sobre 
pronomes, os relativos substituem um nome 
antecedente (substantivo ou pronome), evitando 
sua repetição desnecessária no texto. Devido a 
essa substituição, podem exercer diferentes 
funções sintáticas nas orações. 
 
Exemplos: 
 
(1) O livro que comprei é de Português. 
 
 
 
� Em (1), temos a união de duas orações: 
 
Comprei o livro. 
 
O livro é de Português. 
 
Percebemos, assim, que o pronome 
relativo “que” substitui o nome “livro”: Comprei o 
livro. Logo, o “que” exerce a função de objeto 
direto do verbo “comprar”. 
 
(2) Comprei o livro de que gosto. 
 
 
� Em (2), temos a união de duas orações: 
 
Comprei o livro. 
 
Gosto do livro. 
 
Em (2), o “que” substitui o nome “livro”: 
Gosto do livro. Sendo assim, o “que” exerce a 
função de objeto indireto do verbo “gostar”. 
 
(3) A igreja que é antiga está em ruínas. 
 
 
 
� Em (3), temos a união de duas orações: 
 
A igreja está em ruínas. 
 
A igreja é antiga. 
 
Em (3), o “que” substitui o nome “igreja”: 
A igreja é antiga. Portanto, o pronome relativo 
“que” exerce a função de sujeito da oração 
subordinada “que é antiga”. 
 
(4) Veremos o filme cuja protagonista é linda. 
 
 
 
 refere-se concorda com 
 ao termo o termo 
 anterior posterior 
 
� Em (4), temos a união de duas orações: 
 
Veremos o filme. 
 
A protagonista do filme é linda. 
 
Em (4), o pronome relativo “cuja” 
estabelece uma relação de posse entre os termos 
“filme” e “A protagonista”. Fiquem “ligados”, pois 
o pronome relativo “cujo” (e flexões) sempre 
exercerá a função sintática de adjunto adnominal: 
(“veremos o filme” → a protagonista do filme → 
relação de posse → adjunto adnominal). 
Lembrem-se de que o pronome “cujo” (e 
flexões) refere-se ao termo anterior, mas concorda 
em gênero e número com o posterior. 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS REDUZIDAS 
 
A nomenclatura “oração subordinada 
reduzida” deve-se ao fato de a oração não ser 
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introduzida por preposição e de conter verbo em 
uma das três formas nominais (infinitivo, gerúndio 
ou particípio). 
As orações subordinadas reduzidas podem 
ser: 
 
� de infinitivo – apresentam verbo na forma 
infinitiva (pessoal ou impessoal). 
 
Exemplos: 
 
Será necessário estudares muito antes da prova. (= ISSO será 
 oração principal oração subordinada substantiva necessário.) 
 subjetiva reduzida de infinitivo 
 
No exemplo acima, a oração reduzida de 
infinitivo exerce a função de sujeito da oração 
principal “Será necessário”. Por isso, recebe a 
classificação de subjetiva. Vejam que é possível 
transformá-la em oração subordinada 
substantiva subjetiva: 
 
Será necessário que estudes muito antes da prova. (= ISSO será 
 oração principal oração subordinada substantiva necessário.) 
 subjetiva 
 
O aluno esperou o gabarito ser divulgado. (= O aluno esperou 
 oração principal oração subordinada substantiva ISSO.) 
 objetiva direta reduzida de infinitivo 
 
 No exemplo acima, percebemos que a 
oração reduzida de infinitivo exerce a função de 
objeto direto do verbo “esperar”, localizado na 
oração principal. Por isso, recebe essa 
classificação. Vejam que é possível transformá-la 
em oração subordinada substantiva objetiva: 
 
O aluno esperou que o gabarito fosse divulgado. (= O aluno esperou 
 oração principal oração subordinada substantiva ISSO.) 
 objetiva direta 
 
Por estar exausto, foi dormir. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial causal 
 reduzida de infinitivo 
 
 No exemplo acima, há uma relação de 
causa e consequência entre as orações. Sendo 
assim, a oração “Por estar cansado” recebe a 
classificação de oração subordinada adverbial 
causal reduzida de infinitivo. Vejam que é 
possível transformá-la em oração subordinadaadverbial causal: 
 
Já que estava exausto, foi dormir. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial causal 
 
 
 
Ao chegar à praia, deitou-se na areia. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial temporal 
 reduzida de infinitivo 
 
 No exemplo acima, há uma relação de 
tempo entre as orações. Sendo assim, a oração 
“Ao chegar à praia” recebe a classificação de 
oração subordinada adverbial temporal reduzida 
de infinitivo. Vejam que é possível transformá-la 
em oração subordinada adverbial temporal: 
 
Assim que chegou à praia, deitou-se na areia. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial temporal 
 
Era um homem de sorrir facilmente. 
 oração principal oração subordinada 
 adjetiva restritiva 
 reduzida de infinitivo 
 
 No exemplo acima, a oração “de sorrir 
facilmente” restringe o sentido do elemento 
“homem”, presente na oração principal (homem 
sorridente). Por essa razão, é classificada como 
oração subordinada adjetiva restritiva reduzida 
de infinitivo. Notem que é possível transformá-la 
em oração subordinada adjetiva restritiva: 
 
Era um homem que sorria facilmente. 
 oração principal oração subordinada 
 adjetiva restritiva 
 
� de gerúndio – apresentam verbo na forma 
de gerúndio. 
 
Exemplos: 
 
Chegando à praia, deitou-se na areia. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial temporal 
 reduzida de gerúndio 
 
 No exemplo acima, há uma relação de 
tempo entre as orações. Sendo assim, a oração 
“Chegando à praia” recebe a classificação de 
oração subordinada adverbial temporal reduzida 
de gerúndio. Vejam que é possível transformá-la 
em oração subordinada adverbial temporal: 
 
Assim que chegou à praia, deitou-se na areia. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial temporal 
 
 Estudando, serás aprovado. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial condicional 
 reduzida de gerúndio 
 
 No exemplo acima, há uma relação de 
condição entre as orações. Sendo assim, a 
oração “Estudando” recebe a classificação de 
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oração subordinada adverbial condicional 
reduzida de gerúndio. Vejam que é possível 
transformá-la em oração subordinada adverbial 
condicional: 
 
 Se estudares, serás aprovado. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial condicional 
 
Percebam que o período “Estudando, 
serás aprovado.” também pode encerrar a ideia de 
tempo: 
 
 Assim que estudares, serás aprovado. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial temporal 
 
 Se for feita essa leitura, portanto, a 
oração reduzida deverá ser classificada como 
subordinada adverbial temporal reduzida de 
gerúndio. 
 
 Estudando, serás aprovado. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial temporal 
 reduzida de gerúndio 
 
� de particípio – apresentam verbo na forma 
de particípio. 
 
Exemplos: 
 
Mesmo convidado, não foi à cerimônia de premiação. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial concessiva 
 reduzida de particípio 
 
 No exemplo acima, há uma relação de 
concessão entre as orações. Sendo assim, a 
oração “Mesmo convidado” recebe a 
classificação de oração subordinada adverbial 
concessiva reduzida de particípio. Vejam que é 
possível transformá-la em oração subordinada 
adverbial concessiva: 
 
Embora tivesse sido convidado, não foi à cerimônia de premiação. 
 oração subordinada oração principal 
 adverbial concessiva 
 
 
9. (FCC-2011/TRE-TO) 
 
De volta à Antártida 
 
A Rússia planeja lançar cinco novos navios 
de pesquisa polar como parte de um esforço de 
US$ 975 milhões para reafirmar a sua presença na 
Antártida na próxima década. Segundo o blog 
Science Insider, da revista Science, um documento 
do governo estabelece uma agenda de prioridades 
para o continente gelado até 2020. A principal 
delas é a reconstrução de cinco estações de 
pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre 
mudanças climáticas, recursos pesqueiros e 
navegação por satélite, entre outros. A primeira 
expedição da extinta União Soviética à Antártida 
aconteceu em 1955 e, nas três décadas seguintes, 
a potência comunista construiu sete estações de 
pesquisa no continente. A Rússia herdou as 
estações em 1991, após o colapso da União 
Soviética, mas pouco conseguiu investir em 
pesquisa polar depois disso. O documento afirma 
que Moscou deve trabalhar com outras nações 
para preservar a "paz e a estabilidade" na 
Antártida, mas salienta que o país tem de se 
posicionar para tirar vantagem dos recursos 
naturais caso haja um desmembramento territorial 
do continente. 
(Pesquisa Fapesp, dezembro de 2010, no 178, p. 23) 
 
A principal delas é a reconstrução de cinco 
estações de pesquisa na Antártida, para realizar 
estudos sobre mudanças climáticas, recursos 
pesqueiros e navegação por satélite, entre outros. 
 
O segmento grifado na frase acima tem sentido: 
 
(A) adversativo. 
(B) de consequência. 
(C) de finalidade. 
(D) de proporção. 
(E) concessivo. 
 
Comentário: A oração subordinada adverbial “para 
realizar estudos sobre mudanças climáticas, 
recursos pesqueiros e navegação por satélite, 
entre outros.” Estabelece, com a oração principal, 
uma relação sintático-semântica de finalidade, 
sendo introduzida pela conjunção subordinativa 
“para”. 
 
Gabarito: C. 
 
10. (FCC-2011/TRE-RN) 
 
Mal sugeria imagem de vida 
(Embora a figura chorasse). 
 
É correto afirmar que a frase entre parênteses tem 
sentido: 
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(A) adversativo. 
(B) concessivo. 
(C) conclusivo. 
(D) condicional. 
(E) temporal. 
 
Comentário: Conforme vimos, a conjunção 
subordinativa adverbial “embora” introduz uma 
oração concessiva, equivalendo a ainda que, 
mesmo que, posto que, conquanto, dado que (= 
ainda que) etc. Vale lembrar que, com conjunções 
concessivas, o verbo fica no modo subjuntivo, em 
conformidade com o enunciado da questão: 
“Embora a figura chorasse”. 
 
Gabarito: B. 
 
11. (FCC-2011/TRE-RN) Ainda assim, 
provavelmente não foi a captura para o consumo 
pelo homem o que selou o destino do dodô, pois 
sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos 
indiretos da perturbação humana. 
Os elementos grifados na frase acima podem ser 
substituídos, sem prejuízo para o sentido e a 
correção, respectivamente, por: 
 
(A) Contudo - não obstante. 
(B) Conquanto - por que. 
(C) Em que pese isso - embora. 
(D) Apesar disso - visto que. 
(E) Por isso - porquanto. 
 
Comentário: Em “Ainda assim, provavelmente 
(...)”, o conectivo em destaque apresenta a noção 
de contraste, oposição, concessão. Sendo assim, 
podemos eliminar a assertiva E, uma vez que o 
conectivo “por isso” indica conclusão. Por sua vez, 
o conectivo “pois” encerra uma relação de 
causalidade. Sendo assim, pode ser substituído, 
sem alteração que o sentido e a correção do texto 
original sejam prejudicados, pelo conectivo “visto 
que”. Logo, o conectivo “Ainda assim” será 
substituído por “Apesar disso”, indicando uma 
ideia de concessão. 
 
Apesar disso, provavelmente não foi a captura 
para o consumo pelo homem o que selou o 
destino do dodô, visto que sua extinção ocorreu 
sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbação 
humana. 
 
Gabarito: D. 
12. (FCC-2011/TRE-TO) 
 
Cartão de Natal 
 
Pois que reinaugurando essa criança 
pensam os homens 
reinaugurar a sua vida 
e começar novo caderno, 
fresco como o pão do dia; 
pois que nestes dias a aventura 
parece em ponto de voo, e parece 
que vão enfim poder 
explodir suas sementes:que desta vez não perca esse caderno 
sua atração núbil para o dente; 
que o entusiasmo conserve vivas 
suas molas, 
e possa enfim o ferro 
comer a ferrugem 
o sim comer o não. 
(João Cabral de Melo Neto) 
 
Pois que reinaugurando essa criança. 
 
O segmento grifado acima pode ser substituído, no 
contexto, por: 
 
(A) Mesmo que estejam. 
(B) Apesar de estarem. 
(C) Ainda que estejam. 
(D) Como estão. 
(E) Mas estão. 
 
Comentário: No contexto em que está empregada, 
a expressão “Pois que” assume um valor de causal 
em relação ao efeito “pensam os homens 
reinaugurar a sua vida e começar novo caderno 
(...)”. Sendo assim, para manter o sentido original, 
só podemos substituir tal expressão por “Como 
estão”. Notem que a conjunção “Como”, neste 
contexto, equivale a “Já que”: 
 
Como estão reinaugurando essa criança 
 
Já que estão reinaugurando essa criança 
 
Vamos analisar as demais opções: 
 
Letra A. Resposta incorreta. O conectivo “Mesmo 
que” traz a ideia de concessão; 
Letra B. Resposta incorreta. O conectivo “Apesar 
de” também traz a ideia de concessão; 
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Letra C. Resposta incorreta. Novamente, o 
conectivo apresentado (“Ainda que”) encerra a 
relação sintático-semântica de concessão; 
Letra E. Resposta incorreta. A conjunção 
coordenativa “Mas” denota a ideia de adversidade. 
 
Gabarito: D. 
 
13. (FCC-2007/Prefeitura de São Paulo) 
 
Da impunidade 
 
O homem ainda não encontrou uma forma de 
organização social que dispense regras de conduta, 
princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e 
deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em 
qualquer atividade humana, a inexistência de 
parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no 
qual prevalece a mais dura e irracional das justificativas: 
a lei do mais forte, também conhecida, não por acaso, 
como “a lei da selva”. É nessa condição que vivem os 
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos 
instintos. Mas o homo sapiens afirmou-se como tal 
exatamente quando estabeleceu critérios de controle 
dos impulsos primitivos. 
Variando de cultura para cultura, as regras de 
convívio existem para dar base e estabilidade às 
relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas 
de iniciativas reconhecidas simplesmente como 
humanas: podem apresentar-se como manifestações da 
vontade divina, como valores supremos, por vezes 
apresentados como eternos. Os dez mandamentos 
ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que 
a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta 
humana por meio de princípios fundamentais. No caso 
da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: 
“Não matarás”, “Não cobiçarás a mulher do próximo” 
etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o 
ponto de partida para a boa conduta é o 
reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, 
daquilo que representa o limite de nossa vontade e de 
nossas ações. 
Nas sociedades modernas, os textos 
constitucionais e os regulamentos de todo tipo 
multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como 
sustentação delas a ideia de que os direitos e os deveres 
dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem 
comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, 
instituem-se as sanções para quem os ignore. A 
penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a 
garantia da validade social da norma transgredida. Por 
isso, a impunidade, uma vez manifesta, quebra 
inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e 
deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de 
delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar 
proveito pessoal de uma regra exatamente por tê-la 
infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de 
influências, quando não seguidos de punição exemplar, 
tornam-se estímulos para uma prática delituosa 
generalizada. Um dos maiores desafios da nossa 
sociedade é o de não permitir a proliferação desses 
casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os 
indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios 
éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação 
mesma desse ideal da humanidade. 
(Inácio Leal Pontes) 
 
Expressa uma finalidade a oração subordinada 
adverbial sublinhada em: 
a) (...) a religião toma para si a tarefa de orientar a 
conduta humana. 
b) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma 
regra por tê-la infringido. 
c) (...) o ponto de partida para a boa conduta é o 
reconhecimento daquilo que não pode ser 
permitido. 
d) (...) as regras de convívio existem para dar base 
e estabilidade às relações entre os homens. 
e) (...) o ideal da civilização é permitir que todos os 
indivíduos vivam sob os mesmos princípios éticos 
acordados. 
 
Comentário: Temos uma oração subordinada 
adverbial final reduzida de infinitivo na assertiva D. 
Em “(...) as regras de convívio existem para dar 
base e estabilidade às relações entre os homens.”, 
a oração em destaque é introduzida pela 
conjunção subordinativa adverbial final “para” 
(equivalente a para que, a fim de que), 
estabelecendo uma relação de finalidade em 
relação à oração principal. 
 
Gabarito: D. 
 
14. (FCC-2009/TRE-PI) 
 
Não é usual tratar da política na 
perspectiva da afirmação da verdade. Platão 
afirmou, na República, que a verdade merece ser 
estimada sobre todas as coisas, mas ressalvou que 
há circunstâncias em que a mentira pode ser útil, e 
não odiosa. Na política, a derrogação da verdade 
pela aceitação da mentira muito deve à clássica 
tradição do realismo que identifica no predomínio 
do conflito o cerne dos 
fatos políticos. Esta tradição trabalha a ação 
política como uma ação estratégica que requer, 
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sem idealismos, uma praxiologia, vendo na 
realidade resistência e no poder, hostilidade. Neste 
contexto, política é guerra e, como diz o provérbio, 
"em tempos de guerra, mentiras por mar, mentiras 
por terra". 
Recorrendo a metáforas do reino animal, 
Maquiavel aponta que o príncipe precisa ter, ao 
mesmo tempo, no exercício realista do poder, a 
força do leão e a astúcia ardilosa da raposa. 
Raposa, leão, assim como camaleão, serpente, 
polvo – metáforas que frequentemente são 
utilizadas na descrição de políticos – não podem, 
com propriedade, caracterizar o ser humano moral 
que obedece aos consagrados preceitos do "não 
matar" e do "não mentir", como lembra Norberto 
Bobbio. 
No plano político, o realismo da força torna 
límpida, numa disputa, a bélica contraposição 
amigo-inimigo. Já o realismo da fraude é mais sutil, 
pois opera confundindo e aumentando a 
opacidade e a incerteza na arena política, como 
acentua Pier Paolo Portinaro. Maquiavel salienta 
que a fraude é mais importante do que a força 
para assegurar o poder e consolidá-lo. É por esse 
motivo que a simulação, o segredo e a mentira são 
temas da doutrina da razão de Estado e a 
veracidade não é usualmente considerada uma 
virtude característica de governantes. 
Sustentar a simulação e a mentira como 
expedientes usuais na arena política é desconhecer 
a importância estratégica que a confiança 
desempenha na pluralidade da interação humana 
democrática. A confiança requer a boa-fé que 
pressupõe a veracidade. O Talmude equipara a 
mentira à pior forma de roubo: "Existem sete 
classes de ladrões e a primeira é a daqueles que 
roubam a mente de seus semelhantes através de 
palavras mentirosas." O padre Antônio Vieira 
afirmou que a verdade é filha da justiça, porque a 
justiça dá a cada um o que é seu, ao contrário da 
mentira, porque esta "ou vos tira o que tendes ou 
vos dá o que não tendes". Montaigne observou 
que somente pela palavra é que somos homens e 
nos entendemos. Por isso mentir é um vício 
maldito. Impede o entendimento. 
(Celso Lafer. O Estado de S. Paulo, A2, 20 de julho de 2008, 
com adaptações) 
 
Há relação de causa (1) e consequência(2) entre os 
segmentos transcritos, EXCETO: 
 
 
(A) 
1. a clássica tradição do realismo 
2. derrogação da verdade pela aceitação da 
mentira 
 
(B) 
1. a fraude é mais importante do que a força para 
assegurar o poder e consolidá-lo 
2. a simulação, o segredo e a mentira são temas da 
doutrina da razão de Estado 
 
(C) 
1. o realismo da força torna límpida, numa disputa, 
a bélica contraposição amigo-inimigo 
2. o realismo da fraude é mais sutil 
 
(D) 
1. a justiça dá a cada um o que é seu 
2. a verdade é filha da justiça 
 
(E) 
1. somente pela palavra é que somos homens e 
nos entendemos 
2. mentir é um vício maldito 
 
Comentário: A única assertiva que não apresenta 
relação de causa e consequência é a letra C. Em 
“(...) o realismo da força torna límpida, numa 
disputa, a bélica contraposição amigo-inimigo. Já o 
realismo da fraude é mais sutil”, temos uma 
relação de oposição, adversidade entre as orações. 
Podemos uni-las através do emprego das 
conjunções adversativas “mas, porém, contudo, 
todavia ...”: 
 
“(...) o realismo da força torna límpida, numa 
disputa, a bélica contraposição amigo-inimigo, mas 
o realismo da fraude é mais sutil” 
“(...) o realismo da força torna límpida, numa 
disputa, a bélica contraposição amigo-inimigo, 
porém o realismo da fraude é mais sutil” 
 
Gabarito: C. 
 
15. (FCC-2009/TRT-3ª Região) 
 
Quanto mais chocarem o pensamento corrente 
(...), mais ganharão em originalidade, leitura e 
cartas de protesto. 
 
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A relação estabelecida pelos dois elementos 
sublinhados na frase acima mantém-se na que 
travam os elementos sublinhados em: 
(A) Ora você parece conservador, ora faz pose de 
revolucionário. 
(B) Já dizia um desses velhos provérbios: maior a 
altura, maior o tombo. 
(C) Ele é tão mais otimista que seus companheiros 
de geração... 
(D) Seja por excesso de escrúpulos, seja por falta 
deles, ela sempre age de modo estranho. 
(E) Assim como há pessimistas empedernidos, 
assim também não faltam otimistas ingênuos. 
 
Comentário: No enunciado “Quanto mais 
chocarem o pensamento corrente (...), mais 
ganharão em originalidade, leitura e cartas de 
protesto.”, os elementos sublinhados apresentam 
uma relação de proporcionalidade. A mesma 
relação é encontrada nos elementos em destaque 
em “Já dizia um desses velhos provérbios: maior a 
altura, maior o tombo”. 
 
Vejamos as demais opções: 
 
Letra A. Em “Ora você parece conservador, ora faz 
pose de revolucionário.”, os elementos em 
destaque apresentam uma relação de alternância, 
caracterizando orações coordenadas sindéticas 
alternativas. 
Letra C. Em “Ele é tão mais otimista que seus 
companheiros de geração...”, temos uma relação 
de comparação. 
Letra D. Em “Seja por excesso de escrúpulos, seja 
por falta deles, ela sempre age de modo 
estranho.”, os termos em destaque apresentam 
uma relação de alternância. 
Letra E. As expressões destacadas em “Assim como 
há pessimistas empedernidos, assim também não 
faltam otimistas ingênuos.” apresentam uma 
relação de adição: Há pessimistas e otimistas. 
 
Gabarito: B. 
 
16. (FCC-2010/TRE-AL) No trecho “quanto mais 
contempla, menos vive; quanto mais aceita 
reconhecer-se nas imagens dominantes, menos 
ele compreende a sua própria existência”, 
expressa-se uma relação de: 
 
(A) causalidade entre menos vive e mais aceita. 
(B) oposição entre mais contempla e mais aceita. 
(C) exclusão entre menos vive e menos 
compreende. 
(D) alternância entre mais contempla e mais aceita. 
(E) proporção entre mais contempla e menos vive. 
 
Comentário: No trecho do enunciado, temos uma 
relação de proporcionalidade entre “mais 
contempla” e “menos vive”; “mais aceita” e 
“menos ele compreende”. Notem o emprego das 
correlações “quanto mais... menos”. 
 
Gabarito: E. 
 
17. (FCC-2011/TRF-1ª Região) 
 
Assim como os antigos moralistas 
escreviam máximas, deu-me vontade de escrever o 
que se poderia chamar de mínimas, ou seja, 
alguma coisa que, ajustada às limitações do meu 
engenho, traduzisse um tipo de experiência vivida, 
que não chega a alcançar a sabedoria mas que, de 
qualquer modo, é resultado de viver. 
Andei reunindo pedacinhos de papel em 
que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-
as ao leitor, sem que pretenda convencê-lo do que 
penso nem convidá-lo a repensar suas ideias. São 
palavras que, de modo canhestro, aspiram a 
enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se 
que elas tenham um avesso, nem sempre 
perceptível mas às vezes curioso ou 
surpreendente. 
(Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas 
[aforismos]. 5.ed. 
Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 3) 
 
... que não chega a alcançar a sabedoria mas que, 
de qualquer modo, é resultado de viver. 
 
Iniciando o segmento acima com “que, de 
qualquer modo, é resultado de viver”, a sequência 
que preserva o sentido original e a correção é: 
 
(A) porém não chega a alcançar a sabedoria. 
(B) ainda que não chegue a alcançar a sabedoria. 
(C) e não chega assim a alcançar a sabedoria. 
(D) considerando que não chega a alcançar a 
sabedoria. 
(E) sendo o caso que não chegue a alcançar a 
sabedoria. 
 
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Comentário: Percebemos que, no enunciado, há 
uma relação de oposição, concessão, em virtude 
da expressão “de qualquer modo”. Assim, ao 
iniciarmos o segmento por “que, de qualquer 
modo”, deveremos manter essa relação, 
atentando-nos para a correção gramatical do 
período. Logo, teremos a seguinte construção: 
 
“... que, ainda que não chegue a alcançar a 
sabedoria, é resultado de viver” 
 
Gabarito: B. 
 
18. (FCC-2011/DPE-RS) 
 
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 Um policial aposentado ajudou a desvendar um 
antigo caso de assassinato que o havia atormentado por 
toda sua carreira graças a pontas de cigarro guardadas por 
24 anos. 
 O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar 
os responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel em 1986, 
quando ele foi morto a tiros dentro de seu carro em frente a 
sua casa, em Long Island, Nova York. Mas Goodwin insistiu 
que fossem guardadas quatro pontas de cigarro encontradas 
durante a investigação do crime, esperando que algum dia 
elas pudessem identificar os assassinos. 
 Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na 
tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos bancos 
de dados com informações genéticas de criminosos, foi 
possível identificar os homens responsáveis pelo crime. Lewis 
Slaughter, 61 anos, foi condenado por assassinato em 
segundo grau e será sentenciado em dezembro. 
 Ele pode receber pena de 25 anos a prisão 
perpétua pela morte de Quentzel, que era casado e pai de 
três filhos. Slaughter, que tem uma longa ficha criminal, já 
está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986. 
 "Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse 
Goodwin, que se aposentou da polícia em 2000, ao New York 
Daily News. "Sempre que investigava um caso no Brooklyn ou 
em Queens, eu checava se uma arma .380 tinha sido usada, 
esperando encontrar uma ligação. Nunca deu certo". 
 Na entrada de casa 
 Realizado mais de 20 anos após o crime, o 
julgamento, em um tribunal em Long Island, estabeleceu que 
no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e seu cúmplice 
Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava em 
seu carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de 
materiais de encanamento no Brooklyn. 
 ... 
 DNA 
 A retomada do caso resultou de uma iniciativa da 
viúva e um filho de Quentzel, que, em maio de 2007, 
contataram a promotoria pública pedindo uma nova 
investigação sobre a morte de Samuel. 
 A resolução do crime só foi possível graças à 
ampliação do banco de dados de DNA, que passou aexigir 
amostras de todos os condenados por crimes após 2006, mas 
que também valia retroativamente para os que estivessem 
presos ou em liberdade condicional na época. 
 Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal 
de Nova York ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro 
encontrada na van mais de 20 anos antes. 
 ... 
 "A família Quentzel perseverou por mais de 24 
anos com esperança de ver os assassinos de Samuel Quentzel 
enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente chegou", disse a 
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promotora pública no caso, Kathleen Rice. "Eu não poderia 
estar mais orgulhosa dos integrantes de meu gabinete e do 
departamento de polícia, que nunca desistiram de seu 
comprometimento em prender os homens responsáveis por 
esse crime terrível". 
(http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431-EI8141,00-
Apos+anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam+assassinatos.html; 
15/11/2010, 09h49 • atualizado às 11h04) 
 
Assinale a alternativa em que a oração NÃO é 
subordinada adjetiva explicativa. 
 
(A) Na passagem Quentzel, que era casado ... (linha 
20) 
(B) Na passagem Slaughter, que tem uma longa 
ficha criminal ... (linha 21) 
(C) Na passagem Goodwin, que se aposentou da 
polícia ... (linha 24) 
(D) Na passagem Quentzel, que estava em seu 
carro (linhas 32 e 33) 
(E) Na passagem homicídio de Samuel Quentzel em 
1986, quando ele foi morto a tiros ... (linhas 6 e 7) 
 
Comentário: Conforme vimos, as orações 
subordinadas adjetivas sempre são introduzidas 
por pronomes relativos (que, a qual, quem, cujo, 
cuja, onde, como...). No que se refere às orações 
subordinadas adjetivas explicativas, estas sempre 
vêm isoladas por vírgulas, pois explicam o sentido 
de um elemento presente na oração principal. Por 
essa razão, podem ser retiradas do texto sem que 
prejudiquem o sentido da oração principal. Isso 
ocorre nas assertivas A, B, C e D. 
 Entretanto, na opção E, a oração “quando 
ele foi morto a tiros dentro de seu carro em frente 
a sua casa” não é adjetiva, devendo ser classificada 
como oração subordinada adverbial temporal, 
introduzida pela conjunção subordinativa temporal 
“quando”. Relata o momento, o tempo em que 
ocorreu a morte de Samuel Quentzel. 
 
Gabarito: E. 
 
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 
 
1. (FCC-2007/Prefeitura de São Paulo) 
 
Da impunidade 
 
O homem ainda não encontrou uma forma de 
organização social que dispense regras de conduta, 
princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e 
deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em 
qualquer atividade humana, a inexistência de 
parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no 
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qual prevalece a mais dura e irracional das justificativas: 
a lei do mais forte, também conhecida, não por acaso, 
como “a lei da selva”. É nessa condição que vivem os 
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos 
instintos. Mas o homo sapiens afirmou-se como tal 
exatamente quando estabeleceu critérios de controle 
dos impulsos primitivos. 
Variando de cultura para cultura, as regras de 
convívio existem para dar base e estabilidade às 
relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas 
de iniciativas reconhecidas simplesmente como 
humanas: podem apresentar-se como manifestações da 
vontade divina, como valores supremos, por vezes 
apresentados como eternos. Os dez mandamentos 
ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que 
a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta 
humana por meio de princípios fundamentais. No caso 
da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: 
“Não matarás”, “Não cobiçarás a mulher do próximo” 
etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o 
ponto de partida para a boa conduta é o 
reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, 
daquilo que representa o limite de nossa vontade e de 
nossas ações. 
Nas sociedades modernas, os textos 
constitucionais e os regulamentos de todo tipo 
multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como 
sustentação delas a ideia de que os direitos e os deveres 
dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem 
comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, 
instituem-se as sanções para quem os ignore. A 
penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a 
garantia da validade social da norma transgredida. Por 
isso, a impunidade, uma vez manifesta, quebra 
inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e 
deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de 
delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar 
proveito pessoal de uma regra exatamente por tê-la 
infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de 
influências, quando não seguidos de punição exemplar, 
tornam-se estímulos para uma prática delituosa 
generalizada. Um dos maiores desafios da nossa 
sociedade é o de não permitir a proliferação desses 
casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os 
indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios 
éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação 
mesma desse ideal da humanidade. 
(Inácio Leal Pontes) 
 
O termo sublinhado constitui o sujeito na 
seguinte construção: 
 
(A) Não se encontrou uma forma definitiva de 
organização social. 
(B) É nessa condição que vivem os animais. 
(C) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para 
a banalização das transgressões. 
(D) Ocorre isso por conta das reiteradas situações 
de impunidade. 
(E) Deve-se reconhecer na interdição um princípio 
da lei mosaica. 
 
2. (FCC-2009/TRE-PI) 
 
Não é usual tratar da política na 
perspectiva da afirmação da verdade. Platão 
afirmou, na República, que a verdade merece ser 
estimada sobre todas as coisas, mas ressalvou que 
há circunstâncias em que a mentira pode ser útil, e 
não odiosa. Na política, a derrogação da verdade 
pela aceitação da mentira muito deve à clássica 
tradição do realismo que identifica no predomínio 
do conflito o cerne dos fatos políticos. Esta 
tradição trabalha a ação política como uma ação 
estratégica que requer, sem idealismos, uma 
praxiologia, vendo na realidade resistência e no 
poder, hostilidade. Neste contexto, política é 
guerra e, como diz o provérbio, "em tempos de 
guerra, mentiras por mar, mentiras por terra". 
Recorrendo a metáforas do reino animal, 
Maquiavel aponta que o príncipe precisa ter, ao 
mesmo tempo, no exercício realista do poder, a 
força do leão e a astúcia ardilosa da raposa. 
Raposa, leão, assim como camaleão, serpente, 
polvo – metáforas que frequentemente são 
utilizadas na descrição de políticos – não podem, 
com propriedade, caracterizar o ser humano moral 
que obedece aos consagrados preceitos do "não 
matar" e do "não mentir", como lembra Norberto 
Bobbio. 
No plano político, o realismo da força torna 
límpida, numa disputa, a bélica contraposição 
amigo-inimigo. Já o realismo da fraude é mais sutil, 
pois opera confundindo e aumentando a 
opacidade e a incerteza na arena política, como 
acentua Pier Paolo Portinaro. Maquiavel salienta 
que a fraude é mais importante do que a força 
para assegurar o poder e consolidá-lo. É por esse 
motivo que a simulação, o segredo e a mentira são 
temas da doutrina da razão de Estado e a 
veracidade não é usualmente considerada uma 
virtude característica de governantes. 
Sustentar a simulação e a mentira como 
expedientes usuais na arena política é desconhecer 
a importância estratégica que a confiança 
desempenha na pluralidade da interação humana 
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democrática. A confiança requer a boa-fé que 
pressupõe a veracidade. O Talmude equipara a 
mentira à pior forma de roubo: "Existem sete 
classes de ladrões e a primeira é a daqueles que 
roubam a mente de seus semelhantes através de 
palavras mentirosas." O padre Antônio Vieira 
afirmou que a verdade é filha da justiça, porque a 
justiça dá a cada um o queé seu, ao contrário da 
mentira, porque esta "ou vos tira o que tendes ou 
vos dá o que não tendes". Montaigne observou 
que somente pela palavra é que somos homens e 
nos entendemos. Por isso mentir é um vício 
maldito. Impede o entendimento. 
(Celso Lafer. O Estado de S. Paulo, A2, 20 de julho de 2008, 
com adaptações) 
 
Esta tradição trabalha a ação política como uma 
ação estratégica ... (1º parágrafo) 
 
A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de 
complemento que o grifado acima é: 
 
(A) ... que identifica no predomínio do conflito o 
cerne dos fatos políticos. 
(B) Neste contexto, política é guerra ... 
(C) Recorrendo a metáforas do reino animal ... 
(D) ... que obedece aos consagrados preceitos do 
"não matar" e do "não mentir" ... 
(E) ... que a fraude é mais importante do que a 
força ... 
 
3. (FCC-2011/NOSSA CAIXA) 
 
Li que em Nova York estão usando “dez de 
setembro” como adjetivo, significando antigo, 
ultrapassado. Como em: “Que penteado mais dez 
de setembro!”. O 11/9 teria mudado o mundo tão 
radicalmente que tudo o que veio antes – 
culminando com o day before [dia anterior], o 
último dia das torres em pé, a última segunda-feira 
normal e a véspera mais véspera da História – 
virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma 
normalidade foi tão afetada quanto o cotidiano de 
Nova York, que vive a psicose do que ainda pode 
acontecer. Os Estados Unidos descobriram um 
sentimento inédito de vulnerabilidade e 
reorganizam suas prioridades para acomodá-las, 
inclusive sacrificando alguns direitos de seus 
cidadãos, sem falar no direito de cidadãos 
estrangeiros não serem bombardeados por eles. 
Protestos contra a radicalíssima reação americana 
são vistos como irrealistas e anacrônicos, 
decididamente “dez de setembro”. 
Mas fatos inaugurais como o 11/9 também 
permitem às nações se repensarem no bom 
sentido, não como submissão à chantagem 
terrorista, mas para não perder a oportunidade do 
novo começo, um pouco como Deus – o primeiro 
autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de 
revisão da política dos Estados Unidos com relação 
a Israel e os palestinos são exemplos disto. E é 
certo que nenhuma reunião dos países ricos será 
como era até 10/9, pelo menos por algum tempo. 
No caso dos donos do mundo, não se devem 
esperar exames de consciência mais profundos ou 
atos de contrição mais espetaculares, mas o 
instinto de sobrevivência 
também é um caminho para a virtude. O horror de 
11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de 
me fazer acreditar mais na humanidade. A questão 
é: o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, 
de quê? Seja o que for, será diferente. Inclusive 
por uma questão de moda, já que ninguém vai 
querer ser chamado de “dez de setembro” na rua. 
(Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro) 
 
Na frase No caso dos donos do mundo, não se 
devem esperar exames de consciência mais 
profundos, é correto afirmar que: 
 
(A) a construção verbal é um exemplo de voz ativa. 
(B) a partícula se tem a mesma função que em E se 
ela não vier? 
(C) a forma plural “devem” concorda com exames. 
(D) ocorre um exemplo de indeterminação do 
sujeito. 
(E) a expressão donos do mundo leva o verbo para 
o plural. 
 
A questão a seguir refere-se ao texto abaixo. 
 
4. (FCC-2011/TRT - 23ª REGIÃO) 
 
Política e sociedade na obra de Sérgio Buarque de 
Holanda 
 
Para Sérgio Buarque de Holanda a principal 
tarefa do historiador consistia em estudar 
possibilidades de mudança social. Entretanto, 
conceitos herdados e intelectualismos abstratos 
impediam a sensibilidade para com o processo do 
devir. Raramente o que se afigurava como 
predominante na historiografia brasileira apontava 
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um caminho profícuo para o historiador 
preocupado em estudar mudanças. Os caminhos 
institucionalizados escondiam os figurantes mudos 
e sua fala. Tanto as fontes quanto a própria 
historiografia falavam a linguagem do poder, e 
sempre imbuídas da ideologia dos interesses 
estabelecidos. Desvendar ideologias implica para o 
historiador um cuidadoso percurso interpretativo 
voltado para indícios tênues e nuanças sutis. 
Pormenores significativos apontavam caminhos 
imperceptíveis, o fragmentário, o não 
determinante, o secundário. Destes proviriam as 
pistas que indicariam o caminho da interpretação 
da mudança, do processo do vir a ser dos 
figurantes mudos em processo de forjar estratégias 
de sobrevivência. 
Era engajado o seu modo de escrever 
história. Como historiador quis elaborar formas de 
apreensão do mutável, do transitório e de 
processos ainda incipientes no vir a ser da 
sociedade brasileira. Enfatizava o provisório, a 
diversidade, a fim de documentar novos sujeitos 
eventualmente participantes da história. Para 
chegar a escrever uma história verdadeiramente 
engajada deveria o historiador partir do estudo da 
urdidura dos pormenores para chegar a uma visão 
de conjunto de sociabilidades, experiências de 
vida, que por sua vez traduzissem necessidades 
sociais. Aderir à pluralidade se lhe afigurava como 
uma condição essencial para este sondar das 
possibilidades de emergência de novos fatores de 
mudança social. 
Tratava-se, na historiografia, de aceitar o 
provisório como necessário. Caberia ao historiador 
o desafio de discernir e de apreender, juntamente 
com valores ideológicos preexistentes, as 
possibilidades de coexistência de valores e 
necessidades sociais diversas que conviviam entre 
si no processo de formação da sociedade brasileira 
sem uma necessária coerência. 
(Fragmento adaptado de Maria Odila Leite da Silva Dias, 
Sérgio Buarque de Holanda e o Brasil. São Paulo, Perseu 
Abramo, 1998, pp.15-17) 
 
“Destes proviriam as pistas que indicariam o 
caminho ...” 
 
O verbo empregado no texto que exige o mesmo 
tipo de complemento que o grifado acima está 
também grifado em: 
 
(A) ... a principal tarefa do historiador consistia em 
estudar possibilidades de mudança social. 
(B) Os caminhos institucionalizados escondiam os 
figurantes mudos e sua fala. 
(C) Enfatizava o provisório, a diversidade, a fim de 
documentar novos sujeitos ... 
(D) ... sociabilidades, experiências de vida, que por 
sua vez traduzissem necessidades sociais. 
 (E) Era engajado o seu modo de escrever história. 
 
A questão a seguir baseia-se no texto abaixo. 
 
5. (FCC-2011/Banco do Brasil) 
 
A economia do Nordeste beneficiou-se, 
principalmente, de um modelo econômico que 
priorizou a demanda. A expansão dos programas 
sociais e, sobretudo, o aumento do salário mínimo 
tiveram sobre a região um impacto bem maior do 
que no restante do país. A economista Tânia 
Bacelar, da Universidade Federal de Pernambuco 
(UFPE), lembra que metade das famílias que 
ganham um salário mínimo se encontra no 
Nordeste. A população nordestina também 
absorve 55% do orçamento destinado ao Bolsa 
Família. "Pela estrutura de renda da região, mais 
baixa que no resto do país, o efeito das políticas 
que mexeram com a renda foi maior aqui. O 
aumento dessas receitas impulsionou o consumo e 
atraiu investimentos, especialmente dos grandes 
grupos de alimentos, bebidas, varejistas e 
distribuição de alimentos." 
Investimentos em infraestrutura, como a 
duplicação da BR-101, a transposição do rio São 
Francisco e a construção da ferrovia 
Transnordestina injetaram bilhões na economia e 
ajudaram a dinamizar a construção civil, assim 
como os investimentos da Petrobras – que 
asseguraram à indústria naval a demanda 
necessária para voltar a investir depois de mais de 
uma década sem produzir um único navio. 
A interiorização das universidades federais 
e a criação de novos institutos tecnológicos 
também mudam a cara do Nordeste, 
especialmente nas cidades médias. É o caso de 
Caruaru, um dos municípios que mais crescem na 
região. Nos últimos anos, a "Princesa do Agreste", 
mais conhecida por suas confecções e pelas feiras 
que movimentam milhões de reais, atraiu 
estudantese professores de todos os lugares e 
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observou uma profunda transformação em seus 
hábitos. 
A outra face do "novo Nordeste" está no 
campo. Nas áreas de Cerrado, como no oeste da 
Bahia e no sul do Maranhão, o agronegócio avança 
e transforma chapadões em imensas propriedades 
produtoras de soja. No Semiárido, onde as 
condições são bem menos favoráveis, o aumento 
dos recursos destinados a financiar a agricultura 
familiar e o empreendedorismo dos pequenos 
ajudam a mudar a vida das pessoas. É o que se 
observa em Picos, polo produtor de mel e caju no 
sertão do Piauí. 
(Gerson de Freitas Jr., Carta Capital, 15 de dezembro de 2010, 
p. 24, com adaptações) 
 
“Interiorização das universidades federais e a 
criação de novos institutos tecnológicos também 
mudam a cara do Nordeste ...” (3º parágrafo) 
 
O mesmo tipo de complemento grifado acima está 
na frase: 
 
(A) ... que mexeram com a renda ... 
(B) ... que mais crescem na região. 
(C) ... que movimentam milhões de reais ... 
(D) A outra face do “novo Nordeste” está no 
campo. 
(E) ... onde as condições são bem menos favoráveis 
... 
 
6. (FCC-2009/TRT-16ª Região) 
 
Sobre a efemeridade das mídias 
 
Um congresso recente, em Veneza, 
dedicou-se à questão da efemeridade dos suportes 
de informação, desde a tábua de argila, o papiro e 
o pergaminho até o livro impresso e os atuais 
meios eletrônicos. O livro impresso, até agora, 
demonstrou que sobrevive bem por 500 anos, mas 
só quando se trata de livros feitos de papel de 
trapos. A partir de meados do século XIX, passou-
se ao papel de polpa de madeira, e parece que este 
tem uma vida máxima de 70 anos (com efeito, 
basta consultar jornais ou livros dos anos de 1940 
para ver como muitos se desfazem ao ser 
folheados). Há muito tempo se realizam estudos 
para salvar todos os livros que abarrotam nossas 
bibliotecas; uma das soluções mais adotadas é 
escanear todas as páginas e passá-las para um 
suporte eletrônico. 
Mas aqui surge outro problema: todos os 
suportes para a transmissão e a conservação de 
informações, da foto ao filme, do disco à memória 
do computador, são mais perecíveis que o livro. As 
velhas fitas cassetes, com pouco tempo de uso se 
enrolavam todas, e saíam mascadas; as fitas de 
vídeo perdem as cores e a definição com 
facilidade. Tivemos tempo suficiente para ver 
quanto podia durar um disco de vinil sem ficar 
riscado demais, mas não para verificar quanto dura 
um CD-ROM, que, saudado como a invenção que 
substituiria o livro, ameaça sair rapidamente do 
mercado, porque podemos acessar on-line os 
mesmos conteúdos por um custo menor. Sabemos 
que todos os suportes mecânicos, elétricos ou 
eletrônicos são rapidamente perecíveis, ou não 
sabemos quanto duram e provavelmente nunca 
chegaremos a saber. Basta um pico de tensão, um 
raio no jardim para desmagnetizar uma memória. 
Se houvesse um apagão bastante longo, não 
poderíamos usar nenhuma memória eletrônica. 
Os suportes modernos parecem criados 
mais para a difusão do que para a conservação das 
informações. É possível que, dentro de alguns 
séculos, a única forma de ler notícias sobre o 
passado continue sendo a consulta a um velho e 
bom livro. Não, não sou um conservador 
reacionário. Gravei em disco rígido portátil de 250 
gigabytes as maiores obras primas da literatura 
universal. Mas estou feliz porque os livros 
continuam em minha biblioteca – uma garantia 
para quando os instrumentos eletrônicos entrarem 
em pane. 
(Adaptado de Umberto Eco – UOL – Notícias – NYT/ 
26/04/2009) 
 
Na frase “Mas aqui surge outro problema”, o 
termo em destaque exerce a mesma função 
sintática que o termo sublinhado em: 
 
(A) Não, não sou um conservador reacionário. 
(B) Tivemos tempo suficiente para ver quanto 
podia durar um disco de vinil (...) 
(C) (...) as fitas de vídeo perdem as cores e a 
definição com facilidade. 
(D) Um congresso recente, em Veneza, dedicou-se 
à questão da efemeridade dos suportes de 
informação (...) 
(E) Sabemos que todos os suportes mecânicos, 
elétricos ou eletrônicos, são rapidamente 
perecíveis (...) 
 
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7. (FCC-2010/DPE-SP) E a facilidade com que ela 
acessa esse arquivo ... 
 
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de 
complemento que o grifado acima é: 
 
(A) ... e conforme a idade isso ocorre em maior ou 
menor grau... 
(B) Cada vez que a memória decai ... 
(C) Os estudos sobre a memória têm um lugar 
destacado nesse esforço científico. 
(D) ... o primeiro é a exposição a uma carga 
excessiva de informações ... 
 
8. (FCC-2011/DPE-RS) 
 
EUA dizem que um ataque ao Irâ uniria o país, hoje 
dividido 
 
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 WASHINGTON (Reuters) – Um ataque militar 
contra o irã uniria o país, que está dividido, e reforçar 
a determinação do governo iraniano para buscar 
armas nucleares, disse o secretário de Defesa dos 
Estados Unidos, Robert Gates, nesta terça-feira. 
 Um pronunciamento ao conselho diretor do 
Wall Street Journal, Gates afirmou ser importante usar 
outros meios para convencer o Irã a não procurar ter 
armas nucleares e repetiu as suas preocupações de 
que ações militares somente iriam retardar – e não 
impedir – que o pais obtenha essa capacidade. 
 
(http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/11/16/eua-dizem-
que-um-ataque-ao-ira-uniria-o-pais-ho-je-dividido.jhtm?action=print, 
em 16/11/2010) 
 
O fragmento frasal “de que ações militares 
somente iriam retardar” (linhas 9 e 10) é 
_________________ do substantivo preocupações 
(linha 9). 
 
Assinale a alternativa que preenche corretamente 
a lacuna do texto acima. 
 
(A) complemento verbal; 
(B) complemento nominal oracional; 
(C) adjunto verbal; 
(D) adjunto nominal; 
(E) complemento prepositivo-verbal. 
 
9. (FCC-2011/TRE-TO) 
 
 
 
De volta à Antártida 
 
A Rússia planeja lançar cinco novos navios 
de pesquisa polar como parte de um esforço de 
US$ 975 milhões para reafirmar a sua presença na 
Antártida na próxima década. Segundo o blog 
Science Insider, da revista Science, um documento 
do governo estabelece uma agenda de prioridades 
para o continente gelado até 2020. A principal 
delas é a reconstrução de cinco estações de 
pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre 
mudanças climáticas, recursos pesqueiros e 
navegação por satélite, entre outros. A primeira 
expedição da extinta União Soviética à Antártida 
aconteceu em 1955 e, nas três décadas seguintes, 
a potência comunista construiu sete estações de 
pesquisa no continente. A Rússia herdou as 
estações em 1991, após o colapso da União 
Soviética, mas pouco conseguiu investir em 
pesquisa polar depois disso. O documento afirma 
que Moscou deve trabalhar com outras nações 
para preservar a "paz e a estabilidade" na 
Antártida, mas salienta que o país tem de se 
posicionar para tirar vantagem dos recursos 
naturais caso haja um desmembramento territorial 
do continente. 
(Pesquisa Fapesp, dezembro de 2010, no 178, p. 23) 
 
A principal delas é a reconstrução de cinco 
estações de pesquisa na Antártida, para realizar 
estudos sobre mudanças climáticas, recursos 
pesqueiros e navegação por satélite, entre outros. 
 
O segmento grifado na frase acima tem sentido: 
 
(A) adversativo. 
(B) de consequência. 
(C) de finalidade. 
(D) de proporção. 
(E) concessivo. 
 
10. (FCC-2011/TRE-RN) 
 
Mal sugeria imagem de vida 
(Embora a figura chorasse). 
 
É correto afirmar que a frase entre parênteses tem 
sentido: 
 
(A) adversativo. 
(B) concessivo. 
(C) conclusivo. 
(D) condicional. 
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(E) temporal. 
 
11. (FCC-2011/TRE-RN) Ainda assim, 
provavelmente não foi a captura para o consumo 
pelo homemo que selou o destino do dodô, pois 
sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos 
indiretos da perturbação humana. 
Os elementos grifados na frase acima podem ser 
substituídos, sem prejuízo para o sentido e a 
correção, respectivamente, por: 
 
(A) Contudo - não obstante. 
(B) Conquanto - por que. 
(C) Em que pese isso - embora. 
(D) Apesar disso - visto que. 
(E) Por isso - porquanto. 
 
12. (FCC-2011/TRE-TO) 
 
Cartão de Natal 
 
Pois que reinaugurando essa criança 
pensam os homens 
reinaugurar a sua vida 
e começar novo caderno, 
fresco como o pão do dia; 
pois que nestes dias a aventura 
parece em ponto de voo, e parece 
que vão enfim poder 
explodir suas sementes: 
que desta vez não perca esse caderno 
sua atração núbil para o dente; 
que o entusiasmo conserve vivas 
suas molas, 
e possa enfim o ferro 
comer a ferrugem 
o sim comer o não. 
(João Cabral de Melo Neto) 
 
Pois que reinaugurando essa criança. 
 
O segmento grifado acima pode ser substituído, no 
contexto, por: 
 
(A) Mesmo que estejam. 
(B) Apesar de estarem. 
(C) Ainda que estejam. 
(D) Como estão. 
(E) Mas estão. 
 
13. (FCC-2007/Prefeitura de São Paulo) 
 
Da impunidade 
 
O homem ainda não encontrou uma forma de 
organização social que dispense regras de conduta, 
princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e 
deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em 
qualquer atividade humana, a inexistência de 
parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no 
qual prevalece a mais dura e irracional das justificativas: 
a lei do mais forte, também conhecida, não por acaso, 
como “a lei da selva”. É nessa condição que vivem os 
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos 
instintos. Mas o homo sapiens afirmou-se como tal 
exatamente quando estabeleceu critérios de controle 
dos impulsos primitivos. 
Variando de cultura para cultura, as regras de 
convívio existem para dar base e estabilidade às 
relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas 
de iniciativas reconhecidas simplesmente como 
humanas: podem apresentar-se como manifestações da 
vontade divina, como valores supremos, por vezes 
apresentados como eternos. Os dez mandamentos 
ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que 
a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta 
humana por meio de princípios fundamentais. No caso 
da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: 
“Não matarás”, “Não cobiçarás a mulher do próximo” 
etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o 
ponto de partida para a boa conduta é o 
reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, 
daquilo que representa o limite de nossa vontade e de 
nossas ações. 
Nas sociedades modernas, os textos 
constitucionais e os regulamentos de todo tipo 
multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como 
sustentação delas a ideia de que os direitos e os deveres 
dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem 
comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, 
instituem-se as sanções para quem os ignore. A 
penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a 
garantia da validade social da norma transgredida. Por 
isso, a impunidade, uma vez manifesta, quebra 
inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e 
deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de 
delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar 
proveito pessoal de uma regra exatamente por tê-la 
infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de 
influências, quando não seguidos de punição exemplar, 
tornam-se estímulos para uma prática delituosa 
generalizada. Um dos maiores desafios da nossa 
sociedade é o de não permitir a proliferação desses 
casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os 
indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios 
éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação 
mesma desse ideal da humanidade. 
(Inácio Leal Pontes) 
 
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Expressa uma finalidade a oração subordinada 
adverbial sublinhada em: 
a) (...) a religião toma para si a tarefa de orientar a 
conduta humana. 
b) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma 
regra por tê-la infringido. 
c) (...) o ponto de partida para a boa conduta é o 
reconhecimento daquilo que não pode ser 
permitido. 
d) (...) as regras de convívio existem para dar base 
e estabilidade às relações entre os homens. 
e) (...) o ideal da civilização é permitir que todos os 
indivíduos vivam sob os mesmos princípios éticos 
acordados. 
 
14. (FCC-2009/TRE-PI) 
 
Não é usual tratar da política na 
perspectiva da afirmação da verdade. Platão 
afirmou, na República, que a verdade merece ser 
estimada sobre todas as coisas, mas ressalvou que 
há circunstâncias em que a mentira pode ser útil, e 
não odiosa. Na política, a derrogação da verdade 
pela aceitação da mentira muito deve à clássica 
tradição do realismo que identifica no predomínio 
do conflito o cerne dos 
fatos políticos. Esta tradição trabalha a ação 
política como uma ação estratégica que requer, 
sem idealismos, uma praxiologia, vendo na 
realidade resistência e no poder, hostilidade. Neste 
contexto, política é guerra e, como diz o provérbio, 
"em tempos de guerra, mentiras por mar, mentiras 
por terra". 
Recorrendo a metáforas do reino animal, 
Maquiavel aponta que o príncipe precisa ter, ao 
mesmo tempo, no exercício realista do poder, a 
força do leão e a astúcia ardilosa da raposa. 
Raposa, leão, assim como camaleão, serpente, 
polvo – metáforas que frequentemente são 
utilizadas na descrição de políticos – não podem, 
com propriedade, caracterizar o ser humano moral 
que obedece aos consagrados preceitos do "não 
matar" e do "não mentir", como lembra Norberto 
Bobbio. 
No plano político, o realismo da força torna 
límpida, numa disputa, a bélica contraposição 
amigo-inimigo. Já o realismo da fraude é mais sutil, 
pois opera confundindo e aumentando a 
opacidade e a incerteza na arena política, como 
acentua Pier Paolo Portinaro. Maquiavel salienta 
que a fraude é mais importante do que a força 
para assegurar o poder e consolidá-lo. É por esse 
motivo que a simulação, o segredo e a mentira são 
temas da doutrina da razão de Estado e a 
veracidade não é usualmente considerada uma 
virtude característica de governantes. 
Sustentar a simulação e a mentira como 
expedientes usuais na arena política é desconhecer 
a importância estratégica que a confiança 
desempenha na pluralidade da interação humana 
democrática. A confiança requer a boa-fé que 
pressupõe a veracidade. O Talmude equipara a 
mentira à pior forma de roubo: "Existem sete 
classes de ladrões e a primeira é a daqueles que 
roubam a mente de seus semelhantes através de 
palavras mentirosas." O padre Antônio Vieira 
afirmou que a verdade é filha da justiça, porque a 
justiça dá a cada um o que é seu, ao contrário da 
mentira, porque esta "ou vos tira o que tendes ou 
vos dá o que não tendes". Montaigne observou 
que somente pela palavra é que somos homens e 
nos entendemos. Por isso mentir é um vício 
maldito. Impede o entendimento. 
(Celso Lafer. O Estado de S. Paulo, A2, 20 de julho de 2008, 
com adaptações) 
 
Há relação de causa (1) e consequência (2) entre os 
segmentos transcritos, EXCETO: 
 
(A) 
1. a clássica tradição do realismo 
2. derrogação da verdade pela aceitação da 
mentira 
 
(B) 
1. a fraude é mais importante do que a força para 
assegurar o poder e consolidá-lo 
2. a simulação, o segredo e a mentira são temas da 
doutrina da razão de Estado 
 
(C) 
1. o realismo da força torna límpida, numa disputa, 
a bélica contraposição amigo-inimigo 
2. o realismo da fraude é mais sutil 
 
(D) 
1. a justiça dá a cada um o que é seu 
2. a verdade é filha da justiça 
 
(E) 
1. somente pela palavra é que somos homens e 
nos entendemos 
2. mentir é um vício maldito 
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15. (FCC-2009/TRT-3ªRegião) 
 
Quanto mais chocarem o pensamento corrente 
(...), mais ganharão em originalidade, leitura e 
cartas de protesto. 
 
A relação estabelecida pelos dois elementos 
sublinhados na frase acima mantém-se na que 
travam os elementos sublinhados em: 
 
(A) Ora você parece conservador, ora faz pose de 
revolucionário. 
(B) Já dizia um desses velhos provérbios: maior a 
altura, maior o tombo. 
(C) Ele é tão mais otimista que seus companheiros 
de geração... 
(D) Seja por excesso de escrúpulos, seja por falta 
deles, ela sempre age de modo estranho. 
(E) Assim como há pessimistas empedernidos, 
assim também não faltam otimistas ingênuos. 
 
16. (FCC-2010/TRE-AL) No trecho “quanto mais 
contempla, menos vive; quanto mais aceita 
reconhecer-se nas imagens dominantes, menos 
ele compreende a sua própria existência”, 
expressa-se uma relação de: 
 
(A) causalidade entre menos vive e mais aceita. 
(B) oposição entre mais contempla e mais aceita. 
(C) exclusão entre menos vive e menos 
compreende. 
(D) alternância entre mais contempla e mais aceita. 
(E) proporção entre mais contempla e menos vive. 
 
17. (FCC-2011/TRF-1ª Região) 
 
Assim como os antigos moralistas 
escreviam máximas, deu-me vontade de escrever o 
que se poderia chamar de mínimas, ou seja, 
alguma coisa que, ajustada às limitações do meu 
engenho, traduzisse um tipo de experiência vivida, 
que não chega a alcançar a sabedoria mas que, de 
qualquer modo, é resultado de viver. 
Andei reunindo pedacinhos de papel em 
que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-
as ao leitor, sem que pretenda convencê-lo do que 
penso nem convidá-lo a repensar suas ideias. São 
palavras que, de modo canhestro, aspiram a 
enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se 
que elas tenham um avesso, nem sempre 
perceptível mas às vezes curioso ou 
surpreendente. 
(Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas 
[aforismos]. 5.ed. 
Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 3) 
 
... que não chega a alcançar a sabedoria mas que, 
de qualquer modo, é resultado de viver. 
 
Iniciando o segmento acima com “que, de 
qualquer modo, é resultado de viver”, a sequência 
que preserva o sentido original e a correção é: 
 
(A) porém não chega a alcançar a sabedoria. 
(B) ainda que não chegue a alcançar a sabedoria. 
(C) e não chega assim a alcançar a sabedoria. 
(D) considerando que não chega a alcançar a 
sabedoria. 
(E) sendo o caso que não chegue a alcançar a 
sabedoria. 
 
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 Um policial aposentado ajudou a desvendar um 
antigo caso de assassinato que o havia atormentado por 
toda sua carreira graças a pontas de cigarro guardadas por 
24 anos. 
 O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar 
os responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel em 1986, 
quando ele foi morto a tiros dentro de seu carro em frente a 
sua casa, em Long Island, Nova York. Mas Goodwin insistiu 
que fossem guardadas quatro pontas de cigarro encontradas 
durante a investigação do crime, esperando que algum dia 
elas pudessem identificar os assassinos. 
 Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na 
tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos bancos 
de dados com informações genéticas de criminosos, foi 
possível identificar os homens responsáveis pelo crime. Lewis 
Slaughter, 61 anos, foi condenado por assassinato em 
segundo grau e será sentenciado em dezembro. 
 Ele pode receber pena de 25 anos a prisão 
perpétua pela morte de Quentzel, que era casado e pai de 
três filhos. Slaughter, que tem uma longa ficha criminal, já 
está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986. 
 "Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse 
Goodwin, que se aposentou da polícia em 2000, ao New York 
Daily News. "Sempre que investigava um caso no Brooklyn ou 
em Queens, eu checava se uma arma .380 tinha sido usada, 
esperando encontrar uma ligação. Nunca deu certo". 
 Na entrada de casa 
 Realizado mais de 20 anos após o crime, o 
julgamento, em um tribunal em Long Island, estabeleceu que 
no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e seu cúmplice 
Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava em 
seu carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de 
materiais de encanamento no Brooklyn. 
 ... 
 DNA 
 A retomada do caso resultou de uma iniciativa da 
viúva e um filho de Quentzel, que, em maio de 2007, 
contataram a promotoria pública pedindo uma nova 
investigação sobre a morte de Samuel. 
 A resolução do crime só foi possível graças à 
ampliação do banco de dados de DNA, que passou a exigir 
amostras de todos os condenados por crimes após 2006, mas 
que também valia retroativamente para os que estivessem 
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presos ou em liberdade condicional na época. 
 Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal 
de Nova York ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro 
encontrada na van mais de 20 anos antes. 
 ... 
 "A família Quentzel perseverou por mais de 24 
anos com esperança de ver os assassinos de Samuel Quentzel 
enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente chegou", disse a 
promotora pública no caso, Kathleen Rice. "Eu não poderia 
estar mais orgulhosa dos integrantes de meu gabinete e do 
departamento de polícia, que nunca desistiram de seu 
comprometimento em prender os homens responsáveis por 
esse crime terrível". 
(http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431-EI8141,00-
Apos+anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam+assassinatos.html; 
15/11/2010, 09h49 • atualizado às 11h04) 
 
Assinale a alternativa em que a oração NÃO é 
subordinada adjetiva explicativa. 
 
(A) Na passagem Quentzel, que era casado ... (linha 
20) 
(B) Na passagem Slaughter, que tem uma longa 
ficha criminal ... (linha 21) 
(C) Na passagem Goodwin, que se aposentou da 
polícia ... (linha 24) 
(D) Na passagem Quentzel, que estava em seu 
carro (linhas 32 e 33) 
(E) Na passagem homicídio de Samuel Quentzel em 
1986, quando ele foi morto a tiros ... (linhas 6 e 7) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito 
1. D 6. C 11. D 16. E 
2. A 7. C 12. D 17. B 
3. C 8. B 13. D 18. E 
4. A 9. C 14. C 
5. C 10. B 15. B 
Prof. Edson Ribeiro 
 
 
 
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MÓDULO 09 
 
SUMÁRIO 
 
Pontuação - Introdução .................................... 01 
Pré-requisitos para o Emprego da Vírgula......... 02 
O Emprego da Vírgula ....................................... 04 
O Ponto e Vírgula .............................................. 06 
Os Dois-Pontos ................................................. 07 
O Ponto ............................................................. 07 
O Ponto de Exclamação..................................... 08 
O Ponto de Interrogação................................... 08 
As Aspas............................................................. 09 
O Travessão ...................................................... 09 
Questões Comentadas...................................... 10 
Redação (confronto e reconhecimento de 
frases) ............................................................... 
 
16 
Questões Comentadas...................................... 16 
Lista das Questões Comentadas na Aula........... 22 
 
Reflexão: "No que diz respeito ao desempenho, ao 
compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe 
meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou 
não faz." 
(Ayrton Senna) 
 
PONTUAÇÃO 
(Introdução) 
 
A pontuação é um recurso de extrema 
importância para a interpretação da superfície 
textual. Inicialmente, quero demonstrar a vocês 
que a omissão ou alteração do sinal de pontuação 
podemodificar parcial ou totalmente o sentido do 
texto. 
De maneira geral, o texto abaixo 
representa o valor da pontuação. 
Um homem rico, à beira da morte, deixa o 
seu testamento assim: 
 
"Deixo meus bens à minha irmã não ao meu 
sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada 
aos pobres." (Luiz Bertin Neto) 
 
Não teve tempo de pontuar e morreu. A 
quem ele deixara a riqueza? Eram quatro os 
concorrentes: o sobrinho, a irmã, o alfaiate e o juiz. 
 
Segue um exercício de aplicação para 
vocês. 
Observando os textos abaixo, numere-os, usando 
os seguintes códigos: 
 
(A) O sobrinho reescreve o testamento em seu 
benefício; 
(B) A irmã reescreve o testamento em seu 
benefício; 
(C) O alfaiate reescreve o testamento em seu 
benefício; 
(D) O juiz decide doar os bens aos pobres e 
reescreve o testamento. 
 
( ) "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao 
meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do 
alfaiate. Nada aos pobres". 
( ) "Deixo meus bens à minha irmã. Não ao meu 
sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. 
Nada aos pobres". 
( ) "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao 
meu sobrinho. Jamais será paga a conta do 
alfaiate. Nada aos pobres". 
( ) "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao 
meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do 
alfaiate? Nada! Aos pobres". 
 
Conseguiram fazer a correlação? Vamos 
ver como ficaria o texto acima sob as quatro 
perspectivas: 
 
"Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu 
sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. 
Nada aos pobres". - alfaite (C) 
 
"Deixo meus bens à minha irmã. Não ao meu 
sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. 
Nada aos pobres". - irmã (B) 
 
"Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu 
sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. 
Nada aos pobres". - sobrinho (A) 
 
"Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu 
sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? 
Nada! Aos pobres". - juiz (D) 
 
Sendo assim, percebam o quão importante 
é estudar o tema pontuação. 
Agora, proponho um desafio a vocês: 
empreguem APENAS UMA VÍRGULA no período a 
seguir: 
 
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"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher 
andaria de quatro a seus pés." 
 
Pronto? Vamos lá! 
 
Se você é do sexo masculino, 
provavelmente empregou a vírgula após o verbo 
ter: 
 
"Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher 
andaria de quatro a seus pés". 
 
Porém, se você é do sexo feminino, 
provavelmente empregou a vírgula após o 
vocábulo mulher: 
 
"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, 
andaria de quatro a seus pés". 
 
O que pretendo demonstrar com isso? 
Acho que vocês já perceberam que uma única 
modificação pode alterar completamente o sentido 
de um texto. 
Por exemplo, o emprego da vírgula: 
 
- pode ser uma pausa (ou não). 
 
Exemplos: 
 
Não, espere. 
Não espere. 
 
- pode denotar autoritarismo (ou não). 
 
Exemplos: 
 
Aceito, obrigado. 
Aceito obrigado. 
 
- pode criar heróis ou vilões. 
 
Exemplos: 
 
Isso só, ele resolve. 
Isso só ele resolve. 
Este, juiz, é corrupto. 
Este juiz é corrupto. 
 
- pode denotar uma solução. 
 
Exemplos: 
Vamos perder, nada foi resolvido. 
Vamos perder nada, foi resolvido. 
 
- pode mudar uma opinião. 
 
Exemplos: 
Não queremos saber. 
Não, queremos saber. 
 
É preciso que vocês, futuros servidores 
públicos, tenham muita atenção ao redigir um 
documento. Vejam o que uma simples vírgula pode 
ocasionar. 
 
A VÍRGULA DE UM MILHÃO DE DÓLARES 
 
Pode parecer incrível, mas uma única 
vírgula causou uma confusão e um prejuízo terrível 
para o governo dos EUA. 
A história é a seguinte: Na lei de tarifa 
alfandegária aprovada pelo congresso, em 6 de 
junho de 1872, uma lista de artigos livres de 
impostos incluía: 
 
“plantas frutíferas, tropicais e semitropicais”. 
 
No momento em que redigiu o documento, 
um servidor público distraído acrescentou uma 
vírgula, deixando o texto assim: 
 
“plantas, frutíferas, tropicais e semitropicais” 
 
Com isso, todos os importadores de 
plantas americanos pleitearam o direito de 
importação livre de impostos, ocasionando uma 
perda de impostos milionária aos cofres dos EUA. 
Pasmem: o desastrado servidor público, ao 
que parece, não foi demitido. 
 
PRÉ-REQUISITOS PARA O EMPREGO DA VÍRGULA 
 
Antes de estudar os casos em que se 
emprega a vírgula, sinal de pontuação muito 
explorado nas provas da Fundação Carlos Chagas, é 
oportuno apresentar a vocês alguns comentários 
introdutórios. 
 
� Ordem direta 
 
Prof. Edson Ribeiro 
 
 
 
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Diz-se que uma oração está na ordem 
direta quando seus termos se apresentam na 
seguinte progressão: 
 
SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO + ADJUNTO 
 
Exemplos: 
O presidente iniciará a cerimônia às dez horas. 
 sujeito verbo O.D. adj. adverbial 
 
O rapaz deu flores à namorada ontem. 
 sujeito verbo O.D. O.I adj.adv. 
 
É importante observar que: 
 
- não se deve separar por vírgula o sujeito de seu 
predicado e os verbos de seus complementos. 
 
Exemplos: 
 
Fabiano, comprou um carro na concessionária. 
(errado) 
Fabiano comprou, um carro na concessionária. 
(errado) 
Fabiano comprou um carro na concessionária. 
(correto) 
 
- a vírgula é facultativa entre o complemento do 
verbo e o adjunto adverbial. 
 
Exemplos: 
 
O rapaz deu flores à namorada, ontem. (correto) 
 sujeito verbo O.D. O.I adj.adv. 
 
O rapaz deu flores à namorada ontem. (correto) 
 sujeito verbo O.D. O.I adj.adv. 
 
1. (FCC/DPE-SP) Julgue o item a seguir. 
 
A pontuação está inteiramente correta em: A ética 
rigorosa que Graciliano revela na escritura dos 
romances, está também nesse relatório de prefeito 
muito autocrítico e enxuto. 
 
Comentário: Conforme vimos acima, não se deve 
separar por vírgula o sujeito (A ética rigorosa que 
Graciliano revela na escritura dos romances) de 
seu predicado (está também nesse relatório de 
prefeito muito autocrítico e enxuto). Sendo assim, 
a reescritura segundo o padrão culto escrito da 
língua é: A ética rigorosa que Graciliano revela na 
escritura dos romances está também nesse 
relatório de prefeito muito autocrítico e enxuto. 
Vale frisar que a oração iniciada pelo pronome 
relativo “que” em “que Graciliano revela na 
escritura dos romances” tem caráter restritivo. Por 
essa razão, não poderia ser isolada entre vírgulas. 
Veremos esse assunto mais detalhadamente 
adiante. 
 
Gabarito: Errado. 
 
2. (FCC/TRE-AM) Julgue o item a seguir. 
Está clara e correta a redação deste livre 
comentário sobre o texto: A mesma Fundação em 
que se abona o papel da Igreja como democrática, 
é também a instituição em que avalia seu 
decréscimo de fiéis. 
 
Comentário: Notem que o sujeito da oração é “A 
mesma Fundação” e que o verbo “ser” introduz o 
predicado da estrutura. Vimos, há pouco, que não 
podemos separar o sujeito de seu verbo. Sendo 
assim, faltou uma vírgula antes da oração 
subordinada adjetiva explicativa “em que se abona 
o papel da Igreja como democrática”. A pontuação 
correta seria “A mesma Fundação, em que se 
abona o papel da Igreja como democrática, é 
também a instituição em que avalia seu 
decréscimo de fiéis. 
 
Gabarito: Errado. 
 
� Ordem inversa 
 
A ordem direta, descrita acima, pode ser 
rompida por inversões ou intercalações, 
constituindo o que se convencionou chamar de 
ordem inversa. 
 
Exemplos: 
 
Às dez horas, o presidente iniciará a cerimônia. 
 adj.adverbial sujeito verbo O.D. 
 
Observa-se, no exemplo acima, que o 
adjunto adverbial “às dez horas” está deslocado 
em relação à sua posição tradicional (final do 
período). Houve, portanto, uma inversão da ordem 
direta da frase. Por essa razão, justifica-se o 
emprego da vírgula. 
 
 
Prof. Edson Ribeiro 
 
 
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