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LÍNGUA PORTUGUESA C

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Prévia do material em texto

Narrativas não ficcionais
Os textos jornalísticos mais comuns são as notícias e as reportagens. Ambas são textos predominantemente nar-
rativos, cujo compromisso básico é a informação. A diferença está na maior profundidade e extensão da reportagem, 
em contraposição ao caráter mais imediato da notícia. Elas serão objeto de estudo da próxima aula.
Talvez a pior acusação que se possa fazer contra um jornal ou jornalista é que ele inventou ou distorceu fatos. 
Supostamente, a notícia e a reportagem devem ser a expressão da verdade. Nas sociedades democráticas, também se 
espera que sejam textos imparciais, ou seja, que não sejam textos opinativos. Por isso, uma regra de ouro do jornalismo 
democrático é a necessidade de sempre ouvir os dois lados da notícia.
Isso, contudo, não significa que o jornal não traga textos de opinião – que estudaremos daqui a duas aulas. Eles 
estão presentes em quase todos os cadernos. O importante, apenas, é que esse tipo de texto pode ser claramente 
distinguido das notícias e reportagens informativas e não opinativas.
Notícia e reportagem
As narrativas jornalísticas são denominadas notícias ou reportagens. Ambos os termos fazem alusão à ideia de que 
o autor ou as fontes desses textos estão diretamente ligados aos fatos, relatam aquilo que presenciaram ou com que 
tiveram contato próximo. Disso decorre sua veracidade, seu caráter de fato, não de rumor ou boato.
A diferença entre eles estaria na maior extensão e densidade da reportagem, em oposição à notícia. O Manual da 
redação e estilo do jornal O Estado de S. Paulo assim se refere a esses dois tipos de texto:
A reportagem pode ser considerada a própria essência de um jornal e difere da notícia pelo conteúdo, 
extensão e profundidade. A notícia, de modo geral, descreve o fato e, no máximo, seus efeitos e consequên-
cias. A reportagem busca mais: partindo da própria notícia, desenvolve uma sequência investigativa que não 
cabe na notícia. Assim, apura não somente as origens do fato, mas suas razões e efeitos mais importantes e 
divide-o, quando se justifica, em retrancas diferentes que poderão ser agrupadas em uma ou mais páginas. 
A notícia não esgota o fato: a reportagem pretende fazê-lo. 
O ESTADO DE S. PAULO. Manual de redação e estilo (org. e ed. por Eduardo Martins). São Paulo: O Estado de S. Paulo, 1990, p. 67.
Elementos da notícia e da reportagem 
A notícia jornalística é um texto constituído, essencialmente, não apenas do texto escrito em si, mas de variados 
recursos gráficos e visuais. Em primeiro lugar, há os recursos tipográficos, como o uso de cor, negrito, itálico, fontes 
com corpo maior ou menor, sombreamento, molduras, etc. E a articulação do texto escrito com outros textos, verbais 
e não verbais, como a fotografia e sua legenda, tabelas e gráficos, desenhos, ilustrações, mapas, quadros cronológicos, 
etc. Na verdade, é assim que em geral se apresentam os textos jornalísticos. Apenas as notas e os textos menores 
trazem pouca variação visual.
Português
2C
Textos jornalísticos: 
notícia
05
Aula 
1
Mais extensa, a reportagem é composta por dois ou mais textos escritos, chamados, no jargão jornalístico, de 
retrancas, além dos textos não verbais. Assim, uma reportagem sobre, digamos, um acidente rodoviário causado por 
um buraco aberto na pista, pode ser composta por vários elementos e textos. Por exemplo:
 • o texto principal, mais longo, 
com as informações específicas 
do acidente
 • texto com depoimentos das 
vítimas
 • boxe (texto curto inserido entre 
molduras) com a versão dos 
responsáveis públicos ou particu-
lares pela conservação da rodovia
 • quadro com o histórico de outros 
acidentes na mesma rodovia
 • fotografia (com respectiva legen-
da) do buraco na pista
 • fotografia (com respectiva le-
genda) dos carros envolvidos no 
acidente
 • mapa com a localização do trecho 
da rodovia em que houve o 
acidente
Também é interesse notar que muitas notícias desdobram-se por dois ou mais dias. No exemplo acima, à primeira 
reportagem poderiam seguir-se outras, com as investigações sobre a causa do acidente, as medidas para que não 
se repita, as reações das vítimas ou de outros usuários da rodovia, etc. No jargão jornalístico, o texto que retoma e 
desenvolve fato publicado no dia anterior é denominado suíte. Nesses casos, é relativamente comum a presença de 
uma vinheta, isto é, uma palavra ou expressão que identifique o assunto maior a que a suíte faz referência.
©
Fo
lh
ap
re
ss
 A página ao lado exemplifica o tratamen-
to dado a uma reportagem considerada 
mais importante. No dia 17 de dezem-
bro de 2004, os jornais noticiaram que 
o número de brasileiros acima do peso é 
maior que o de brasileiros subnutridos (o 
que não deixa de ser surpreendente, num 
país com tantos problemas sociais). A Fo-
lha de S.Paulo dedicou ao tema a página 
de abertura de seu caderno Cotidiano 
(além de chamada na primeira página e 
complemento da reportagem na página 
C3). Note que a página é composta de 
vários textos e elementos. Além do texto 
principal, há um boxe à esquerda e dois 
textos na parte inferior (com dois perfis, 
um sobre uma mulher acima do peso, 
outro sobre uma mulher subnutrida). Há 
também duas fotografias com legenda, 
ilustração, gráficos, mapas, tabelas e um 
quadro-resumo.
Folha de S.Paulo, 17 dez. 2004, p. C1
2 Extensivo Terceirão
Produção de textos
Notícia jornalística: relato 
objetivo e não ficcional
Mais tradicional dos gêneros próprios do jornalismo, 
a notícia é um texto informativo que requer objetivida-
de, mas não dispensa detalhamento e, eventualmente, 
contextualização.
O relato jornalístico pode ser caracterizada pelos 
seguintes traços: 
a) trata-se de um texto informativo e não opinativo, 
baseado, portanto, em fatos e não nos pontos de vista 
do autor;
b) trata-se de um texto narrativo não ficcional, ou seja, 
aquele em que se relata um acontecimento tido como 
verídico;
c) sua linguagem é preponderantemente objetiva, dis-
tanciando-se, sob esse aspecto, da narrativa literária. 
Estrutura
Por sua objetividade e seu caráter prático, trata-se de 
um texto relativamente menos variado que outros gêne-
ros. Em geral, o relato jornalístico traz alguns elementos 
estruturais básicos, como os comentados a seguir.
Título
Notícias jornalísticas sempre têm título, também de 
natureza informativa. O hábito é que este título apresen-
te verbos no presente do indicativo e substantivos que 
não estejam acompanhados de artigos. 
Lide e sublide
O parágrafo inicial da notícia busca responder a ques-
tões essenciais do fato relatado, geralmente expressas 
pelas perguntas quem?, o quê?, quando?, onde?, como?, e 
por quê? Esse princípio geral, todavia, tem duas restrições.
Muitas vezes uma ou algumas dessas perguntas 
não são relevantes ou não têm resposta conhecida no 
momento em que a notícia é publicada. Na prática, as 
quatro primeiras perguntas são as mais frequentes. 
Outra possibilidade é distribuir a resposta a essas 
perguntas em dois parágrafos, mantendo as mais rele-
vantes no parágrafo de abertura (o lide propriamente 
dito), e as restantes em seguida (no sublide).
Detalhamento e depoimentos
As respostas às perguntas essenciais, presentes já na 
abertura da notícia, não esgotam, naturalmente, todos 
os elementos a serem relatados. Assim, os parágrafos 
seguintes ao lide e ao sublide trazem pormenores que 
expõem mais exatamente o fato noticiado.
Neste ponto, é bastante comum o recurso a depoimen-
tos – registrados com falas entre aspas (discurso direto) ou 
pela própria voz do repórter (discurso indireto). Afinal, o 
repórter em geral não presenciou os fatos e, assim, se vale 
das informações obtidas por meio de relatos pessoais.
Contextualização 
Muitos fatos desdobram-se por vários dias no notici-
ário. Nesses casos, é comum que as notícias apresentem 
breve contextualização, que resgate fatos anteriores 
necessários para a compreensão do relato do dia.
Gênero notícia: análise de 
proposta de redação
Por meio de uma propostaaplicada recentemente, 
vejamos, de forma mais prática, como escrever uma 
redação dentro do gênero notícia. Primeiramente, co-
nheceremos a proposta para, em seguida, analisarmos 
alguns exemplos. 
(UEPG – PR) – Elabore sua redação, em prosa, com um 
mínimo de 10 linhas e máximo de 17 linhas, colocando 
um título.
Proposta:
Há escolas que são gaiolas e há escolas 
que são asas
“Escolas que são gaiolas existem para que os 
pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros 
engaiolados são pássaros sob controle. Engaio-
lados, o seu dono pode levá-los para onde qui-
ser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. 
Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos 
pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam 
pássaros engaiolados. O que elas amam são pás-
saros em voo. Existem para dar aos pássaros 
coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não 
podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos 
pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode 
ser encorajado.»
Adaptado de: Rubem Alves.
O texto de apoio destaca dois tipos de escola:
Escolas que são gaiolas 
Escolas que são asas
Escolha apenas UM dos tipos de escola para desenvolver 
um texto no GÊNERO NOTÍCIA. A expressão escolhida 
pode ser utilizada como título/manchete do seu texto.
Aula 05
3Português 2C
Exemplos de redação
Vamos analisar três redações. Vamos começar por uma avaliada como abaixo da média, até chegarmos à terceira, a 
redação considerada acima da média. Comparemos os textos para, assim, entendermos as características de uma boa 
redação no gênero notícia.
Redação 01
Escolas que são asas
Pesquisas recentes apontam que as escolas buscam mais que inserir conteúdos e valorizar 
notas, elas investem em fazer o aluno a refletir, pesquisar e despertar seu senso crítico.
Professores relatam que ao se mostrarem como mestres que encorajam e apoiam os educandos 
para voarem cada vez mais alto, recebem como resultado animo, participação, maior sucesso na 
carreira estudantil dos alunos.
Ademais, escolas que adotam o método tradicional percebem que o desenvolvimento do aluno 
“livre” é maior que o aluno “decoreba”. Assim, pretendem alterar seus métodos sem comprometer 
a identidade da escola, mas proporcionar e incentivar o aluno a desafiar seu potencial elevar suas 
habilidades e competências, mostrando-lhe como podem chegar cada vez mais longe.
Extraído de: <http://cps.uepg.br/vestibular/documentos/2015_Arquitetura%20da%20redacao_completa.pdf>. Acesso em: 26/01/18
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Redação 02
Escolas que são asas
Uma escola do interior do Paraná desenvolveu um projeto chamado “Mini e Futuros 
Professores”. O projeto visa aprimorar o conhecimento de alguns alunos e auxiliar no aprendizado 
de outros.
No Mini e Futuros Professores, alunos do 9º. Ano se voluntariaram para auxiliar alunos 
dos 6º., 7º. e 8º. anos nas matérias em que possuíam dificuldades. “o projeto é bom porque além 
de ajudarmos os colegas com dificuldades, também acabamos aprendendo um pouco mais e 
fixando os conteúdos que nós mesmos”, diz João Batista, de 14 anos.
As aulas extras são realizadas em contraturnos no próprio colégio, podendo o aluno utilizar 
seus materiais e recursos para o preparo e a realização das mesmas. 
“Essas aulas são meio de mostrar aos alunos que todos nós temos algo a passar e a ensinar para 
alguém, mesmo que de maneira informal, e incentivá-los a sempre procurar pelo aprendizado, 
ainda que não se sintam preparados o suficiente.”, finaliza a diretora Maria Vitória.
Extraído de: <http://cps.uepg.br/vestibular/documentos/2015_Arquitetura%20da%20redacao_completa.pdf>. Acesso em: 26/01/18
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Redação 03
Escolas que são asas
Projetos que estimulem a criatividade dos alunos são premiadas 
Ontem, 22 de novembro, no Centro de Cultura de Ponta Grossa, houve a premiação 
das Instituições que participaram do Projeto “Escolas que são asas”. O trabalho se constituía 
em elaborar um projeto que estimulasse a criatividade e a liberdade entre os alunos.
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4 Extensivo Terceirão
A Escola Bet’s foi a ganhadora do prêmio máximo. “Desenvolvemos um projeto que 
aliava música e literatura, trabalhando com várias inteligências. Tínhamos como meta a 
criação de uma Banda Marcial e a ampliação da biblioteca. Ofertamos vários instrumentos e 
aulas teóricas. O requesito básico para cada aula é ler um livro novo. Hoje nossa Banda tem 
120 músicas e a biblioteca triplicou de tamanho, além de termos oficinas semanais de 
leitura.” relata a diretora.
“Estimular as crianças, tornando-as cidadãos críticos e ativos e dando base para o seu 
futuro é o que nos motivou a criar esse projeto” diz seu idealizador.
Para a próxima edição, 250 escolas já estão inscritas e o tema será: “Educação e futuro: 
crianças e democracia”. Além do troféu, a escola vencedora ganhará uma rede nova de 
computadores.
Extraído de: <http://cps.uepg.br/vestibular/documentos/2015_Arquitetura%20da%20redacao_completa.pdf>. Acesso em: 26/01/18
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Testes
Assimilação
Instrução: Texto para a próxima questão.
A geração smartphone, que bebe 
menos álcool, faz menos sexo e não 
está preparada para a vida adulta
Jovens que cresceram na era dos smartphones 
estão menos preparados para a vida adulta, se-
gundo uma pesquisa americana. A chamada “ge-
ração smartphone”, daqueles que nasceram após 
1995, vem amadurecendo mais lentamente do 
que as anteriores.
Eles são menos propensos a dirigir, trabalhar, 
fazer sexo, sair e beber álcool, de acordo com Jean 
Twenge, professora de Psicologia da Universidade 
Estadual de San Diego, nos Estados Unidos. Suas 
conclusões estão no recém-publicado livro iGen: 
Why Today’s Super-Connected Kids are Growing 
up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy 
- and Completely Unprepared for Adulthood 
(iGen: Por que as crianças superconectadas estão 
crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, me-
nos felizes - e completamente despreparadas para 
a vida adulta, em tradução livre), com os resul-
tados de uma investigação baseada em pesquisas 
com 11 milhões de jovens americanos e entrevis-
tas em profundidade.
Em entrevista à BBC Mundo, o serviço da BBC 
em espanhol, Twenge explicou que esses jovens 
cresceram em um ambiente mais seguro e se ex-
põem menos a situações de risco. Mas, por outro 
lado, chegam à universidade e ao mundo do tra-
balho com menos experiências, mais dependen-
tes e com dificuldade de tomar decisões. “Os de 
18 anos agem como se tivessem 15 em gerações 
anteriores”, comenta Twenge. Ela diz que isto tem 
relação com a superconectividade típica desta 
geração, que passa em média seis horas por dia 
conectada à internet, enviando mensagens e jo-
gando jogos online.
Por conta disto, acabam passando menos tem-
po com amigos, o que pode afetar o desenvolvi-
mento de suas habilidades sociais. O estudo mos-
trou ainda que quanto mais tempo o jovem passa 
na frente do computador, maiores os níveis de in-
felicidade. “O que me impressionou na pesquisa 
foi que os adolescentes estavam bastante cientes 
dos efeitos negativos dos celulares”, comentou a 
pesquisadora. “E um estudo com 200 universitá-
rios que fizemos mostrou que quase todos prefe-
ririam ver seus amigos pessoalmente”, continua.
Essa consciência, no entanto, não se traduz na 
prática. A Geração Smartphone, segundo a pes-
quisa com base no universo americano, sofre com 
altos níveis de ansiedade, depressão e solidão. A 
taxa de suicídio, por exemplo, triplicou na última 
década entre meninas de 12 a 14 anos. 
1Mas, ao mesmo tempo, trata-se de uma ge-
ração mais realista com o mercado de trabalho 
e mais disposta a trabalhar duro, o que Twenge 
vê como “boa notícia para empresas”. “Eles não 
têm grandes expectativas como as que tinham os 
millennials (a geração anterior, dos nascidos após 
1980)”, compara. “Eles estão mais preocupados 
em estar física e emocionalmente seguros. Bebem 
menos e não gostam de riscos.”
Segundo o livro, por terem umainfância mais 
protegida, têm um crescimento mais lento. Para 
Aula 05
5Português 2C
Twenge, “não gostam de fazer coisas nas quais 
não se sintam seguros, o que fazem é adiar os 
prazeres e as responsabilidades”. Embora as prin-
cipais conclusões pareçam acenar para um sinal 
de alerta, a pesquisadora comenta que a geração 
smartphone é tolerante com pessoas diferentes e 
ativa na defesa de direitos LGBT e da população. 
“E mais ainda que as gerações anteriores, eles 
acreditam que as pessoas devem ser o que são”, 
completa.
Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/
geral-41080541. Acesso em: 29 Ago, 2017. 
05.01. (IFSC – adaptada) – Considerando o trecho “Mas, ao 
mesmo tempo, trata-se de uma geração mais realista com 
o mercado de trabalho e mais disposta a trabalhar duro, o 
que Twenge vê como ‘boa notícia para as empresas’” (ref. 1), 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) A palavra “Mas” pode ser substituída por “além disso”, sem 
prejuízo de sentido. 
b) Ser “mais realista (...) e mais disposta para trabalhar duro” 
são características da geração smartphone. 
c) As aspas em “boa notícia para as empresas” servem para 
indicar a fala do autor da notícia. 
d) Ser “mais realista (...) e mais disposta a trabalhar duro” são 
características atribuídas aos jovens da geração millennial. 
e) Estar “mais disposta a trabalhar duro” tem sentido equiva-
lente a ter grandes expectativas em relação ao mercado 
de trabalho. 
05.02. (EBMSP) – Um novo app promete usar a tecnologia 
para aproximar médicos e pacientes. Batizado de Docpad, 
o aplicativo criado por brasileiros foi lançado no começo 
do mês.
Quem quiser usar o Docpad deve informar da-
dos, como tipo sanguíneo e plano de saúde. Após 
o cadastro inicial, o usuário pode usar seu perfil 
para salvar e compartilhar exames, criar uma lista 
de médicos de sua confiança e marcar consultas 
com profissionais que também usem o aplicativo.
“Nossa ideia era criar um app que ajudasse as 
pessoas a cuidar da saúde de amigos e familiares”, 
explicou em entrevista a EXAME.com o diretor 
de tecnologia da ThinkTank, startup que está por 
trás do app.
BRASILEIROS criam app que aproximam médicos e pacientes. Disponível 
em: <http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/brasileiros-criam-
app-que-aproxima-medicos-e-pacientes>. Acesso em: 23 set. 2016.
Da leitura do texto, é correto afirmar que as novas tecnologias 
de informação e comunicação permitem que as pessoas 
a) possam acompanhar, de forma mais sistemática, a sua 
saúde, tendo acesso mais rápido e prático aos seus mé-
dicos e seus exames. 
b) tenham maior possibilidade de estar atentas ao bem-estar 
de seus familiares, por meio de um contato direto com os 
profissionais que os assistem. 
c) se aproximem mais dos especialistas de sua confiança, po-
dendo tirar dúvidas e conferir os serviços oferecidos em seu 
plano de assistência médico-hospitalar, sem sair de casa. 
d) compartilhem os resultados das investigações a que fo-
ram submetidas, e até mesmo o tipo sanguíneo nas redes 
sociais, para que sejam orientadas quanto aos melhores 
tratamentos e a quem podem recorrer. 
e) socializem com sua rede de amigos uma lista de persona-
gens renomadas na área médica e de sistemas de saúde 
que são considerados os mais atualizados. 
Instrução: Texto para a próxima questão.
No início de 2015, um questionário com 36 
perguntas e quatro minutos ininterruptos de con-
tato visual ficou conhecido por causa de um arti-
go da escritora Mandy Len Catron, publicado no 
jornal norte-americano The New York Times. No 
texto, ela conta a história de como se apaixonou 
pelo marido com a ajuda de um método usado 
para criar intimidade romântica em laboratório, 
experimento criado há mais de 20 anos pelo pro-
fessor de psicologia social Arthur Aron, da Uni-
versidade de Stony Brooks, nos Estados Unidos.
Em nove dias, o texto foi lido por mais de 
5 milhões de pessoas e compartilhado 270 mil 
vezes no Facebook (inclusive por Mark Zucker-
berg). “Criamos esse questionário a fim de ter um 
método para ser usado em laboratório e estudar 
os efeitos da intimidade na vida social de uma 
pessoa. Esse método já foi utilizado em centenas 
de estudos”, disse Aron à reportagem.
Quando foi criado, o estudo tinha regras bem 
rígidas: um homem e uma mulher heterossexuais 
entram em um laboratório por portas separadas. 
Eles se sentam frente a frente e respondem às per-
guntas, que têm um teor cada vez mais pessoal. 
Essa fase leva cerca de 45 minutos e, em seguida, 
é preciso encarar o outro nos olhos durante quatro 
minutos, sem desviar o foco. Na experiência con-
duzida pelo professor Aron, dois participantes do 
teste se casaram depois de seis meses e chamaram 
os funcionários do laboratório para a cerimônia.
LOUREIRO, G. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/
Revista/noticia/2015/03/querencontrar-o-amor-ciencia-e-
tecnologia-podem-te-ajudar.html >. Acesso em: 10 out. 2016.
05.03. (UEMG) – Assinale a alternativa em que o trecho 
em destaque tem a função de dar ênfase à informação 
apresentada no excerto: 
a) “Eles se sentam frente a frente e respondem às perguntas, 
que têm um teor cada vez mais pessoal.” 
b) “Em nove dias, o texto foi lido por mais de 5 milhões de 
pessoas e compartilhado 270 mil vezes no Facebook 
(inclusive por Mark Zuckerberg)”. 
6 Extensivo Terceirão
c) “[...] um método usado para criar intimidade romântica 
em laboratório, experimento criado há mais de 20 anos 
pelo professor de psicologia social Arthur Aron”. 
d) “No início de 2015, um questionário com 36 perguntas e 
quatro minutos ininterruptos de contato visual ficou 
conhecido por causa de um artigo da escritora Mandy 
Len Catron”. 
Instrução: Texto para a próxima questão.
Imagine alguém contando essa historinha: “De-
pois de receber uma premagem, o ludâmbulo des-
ligou o lucivelo, colocou o focale, chamou o cine-
síforo e foi ao local da runimol de que teve notícia 
por um amigo alvissareiro”. Assim seria contada 
essa historinha se se tivesse adotado a proposta de 
Antônio Castro Lopes, filólogo que viveu de 1827 a 
1901. Os neologismos que ele propôs, como ludâm-
bulo, focalo e cinesíforo não pegaram. Então pode-
mos contar hoje a mesma historinha assim: “Depois 
de receber uma massagem, o turista desligou o aba-
jur, colocou o cachecol, chamou o motorista e foi ao 
local da avalanche de que teve notícia por um amigo 
repórter”. Acho muito estranho nessas palavras a 
proposta de usar “alvissareiro” em vez de repórter. 
Alvíssaras é uma palavra sempre relacionada a boas 
notícias, o que não é bem o caso da maioria do que 
ouvimos ou lemos dos repórteres.
BENEDITO, M. Disponível em: <https://blogdaboitempo.com.br/2016/03/11/
chato-cricri-ezung- zung/>. Acesso em: 03 out. 2016. (Adaptado).
05.04. (UEMG) – No fragmento, o autor questiona o empre-
go do termo “alvissareiro” por considerá-lo 
a) distante da realidade linguística do português brasileiro. 
b) impróprio para designar o dia a dia do trabalho de repórter.
c) estranho para ser utilizado como sinônimo de “más notícias”.
d) inadequado diante do teor negativo atribuído a notícias 
jornalísticas. 
Aperfeiçoamento
Instrução: Texto para a próxima questão.
Mãe que não consegue dizer ‘não’ ao filho pede 
à escola que proíba pipoqueiro na porta
Ancelmo Gois
Madame não educa
A mãe de um aluno de um colégio particular 
tradicional da Tijuca, no Rio, pediu que a direção 
proíba o pipoqueiro de trabalhar na porta da esco-
la. É que ela proibiu o filho de comer pipoca. Mas, 
sempre que vê o pipoqueiro, o miúdo pede à mãe 
para comprar. E ela não sabe dizer não. Ah, bom!
Blog do Ancelmo Gois, Jornal O Globo, 08/08/2017. Disponível em: 
<https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/mae-que-nao-
consegue-dizer-nao-ao-filho-pede-escola-queproiba-pipoqueiro-
na-porta.html>. Acesso em: 10 ago. 2018. (Adaptado) 
05.05. (CM – RJ) – Assinale V, para as informações VERDA-
DEIRAS, e F, para as informações FALSAS. Depois indique a 
alternativa que apresenta a ordem corretade preenchimento 
dos parênteses, de cima para baixo. 
Diante dos fatos apresentados no texto, pode-se concluir que 
( ) a culpa de o menino fazer birra é do pipoqueiro. 
( ) a culpa da falta de controle do menino é da criação 
da mãe. 
( ) Ancelmo Gois, o jornalista que noticia o ocorrido, con-
sidera o pedido da mãe correto. 
( ) A mãe pediu ajuda a Ancelmo Gois para forçar a saída 
do pipoqueiro da porta da escola. 
( ) Ancelmo Gois fez uso da ironia para criticar a atitude da 
mãe do menino. 
a) V – F – V – F – V 
b) F – V – V – F – V 
c) F – V – V – V – V 
d) F – V – F – F – F 
e) F – V – F – F – V 
Instrução: Texto para a próxima questão.
No Brasil, a política é o tipo de intolerância 
de maior audiência na internet. A conclusão é de 
uma pesquisa da agência de propaganda Nova/
SB, realizada no ano de 2016, que mapeou os dez 
tipos mais recorrentes de extremismos nas redes 
sociais. Uma rápida navegação comprova esse re-
sultado, que se agrava de forma cruel e pessimis-
ta, uma vez que são raras as vezes em que há um 
debate inteligente ou preocupado com questões 
sociais e coletivas. A discussão é feroz, infantil e 
cega, e não há vencedores ao final.
A intolerância das pessoas chega a ser mesqui-
nha, pequena e imoral. Agem como se não hou-
vesse impunidade, pois existe a ilusão de que o 
mundo digital é uma terra de ninguém, quando 
muitos casos poderiam ser enquadrados em cri-
mes cibernéticos. De insultos a notícias falsas, as 
infrações no mundo digital também devem ser 
julgadas e punidas sem exceção.
Uma pesquisa da Quartz divulgada em janei-
ro deste ano, constatou que 55% dos brasileiros 
consideram que não há nada na internet além do 
Facebook. Para boa parte dos entrevistados, o Fa-
cebook e a internet são a mesma coisa. Nos EUA, 
o índice foi de apenas 5%.
DIAS, Eliane. Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores 
que emudecem. 
Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/-home/
internet-nao-e-o-facebook/>. Acesso em: ago. 2017.
05.06. (EBMSP) – De acordo com o texto, é correto inferir: 
a) O Brasil é um país em que as reflexões políticas se de-
senvolvem apenas por meio da internet, o que acaba 
por generalizar a postura crítica e coletiva dos cidadãos. 
Aula 05
7Português 2C
b) A maioria dos brasileiros não amplia as possibilidades 
de uso da internet, limitando a sua experiência virtual 
à rede social onde mais há expressão de intolerância à 
diversidade de pensamento político. 
c) Os debates políticos comprometidos com a ética e o 
respeito às alteridades se limitam ao âmbito do Facebook, 
não se concretizando nas práticas sociais do cotidiano. 
d) Os norte-americanos, ao contrário dos brasileiros, não 
utilizam o Facebook para expressar intolerância em rela-
ção a posicionamentos políticos, buscando meios mais 
legítimos e democráticos. 
e) A prática do preconceito e a intolerância à diversidade 
de pensamento, no Brasil, se justificam pela ausência de 
punição, o que agrava e aumenta a cada ano os compor-
tamentos extremistas e as injúrias. 
Instrução: Texto para a próxima questão.
Transferência de Neymar ao PSG é 
golpe de ‘soft power’ do Catar a países 
do Golfo, dizem especialistas
A transferência do fenômeno1 brasileiro Ney-
mar ao Paris Saint-Germain (PSG) representa 
uma estratégia de marketing e um golpe de ‘soft 
power’ do Catar contra os países do Golfo que 
cortaram relações diplomáticas com o emirado. 
Esta é a análise de especialistas ouvidos pela agên-
cia de notícias France Presse e do comentarista da 
GloboNews, Marcelo Lins. 
Neymar se tornou o jogador mais caro da his-
tória do futebol, com o pagamento da cláusula 
de rescisão no valor de € 222 milhões (R$ 812 
milhões). 
Segundo Mathieu Guidere, especialista em ge-
opolítica do mundo árabe consultado pela AFP, 
o anúncio da transferência do jogador ao PSG, 
que é de um fundo de investimentos do Catar, 
“foi testado entre catarianos como uma espécie de 
estratégia de comunicação que ofuscaria o debate 
em torno de outras considerações, como o terro-
rismo”. 
Marcelo Lins, comentarista da GloboNews, 
afirmou2 que a transferência beneficia a imagem 
do Catar. “Um pequeno país riquíssimo em pe-
tróleo, do Golfo, que bota tanto dinheiro para dar 
alegria a uma torcida, ou a milhões de torcedo-
res espalhados pelo mundo... você tem uma volta 
disso na imagem do Catar, que é muito grande”, 
disse3 à GloboNews. “É uma grande jogada de 
marketing do Catar como um todo”, acrescentou. 
O Catar enfrenta a sua pior crise política em 
décadas, com a Arábia Saudita e outros países do 
Golfo tendo cortado relações diplomáticas com o 
emirado por acusações de apoio a grupos terroris-
tas. O Catar nega as acusações e diz que o objeti-
vo é prejudicar o emirado rico em gás. 
Com a transferência de Neymar, Doha pode 
estar de olho em investir em ‘soft power’. O con-
ceito de ‘soft power’ (‘poder suave’, em tradução 
livre) foi elaborado para definir a influência de 
países nas relações internacionais por meio de in-
vestimentos em ações positivas. 
“Esse é um golpe de ‘soft power’. O Catar pre-
cisa demonstrar ao mundo que, apesar de todas 
as acusações, é o país mais resiliente no Oriente 
Médio”, disse4 à AFP Andreas Krieg, analista de 
risco político no King’s College de Londres. “Ter 
o melhor jogador do mundo mostra ao resto do 
mundo que se o Catar é determinado, eles ainda 
têm os maiores recursos para tirar e, se necessá-
rio, usar o dinheiro que têm para promover a sua 
agenda”, acrescentou. 
O custo da transferência de Neymar “envia um 
sinal muito forte para o mundo esportivo e um 
sinal muito forte de desafio contra os Emirados 
Árabes Unidos e a Arábia Saudita”, disse Krieg. 
“Eles queriam esse jogador e usaram o dinheiro 
para comprá-lo a qualquer preço”. [...] 
https://g1.globo.com/mundo/noticia/transferenciade-neymar-ao-psg-e-
golpe-de-soft-power-docatar-a-paises-do-golfo-dizem-especialistas.ghtml 
05.07. (UECE) – A notícia é tomada como um gênero textual 
da esfera jornalística que tem como objetivo divulgar temas 
da atualidade de maneira imparcial. Na notícia acima, este 
objetivo é alcançado pelo enunciador por meio de alguns 
recursos linguísticos textuais, EXCETO pelo (a) 
a) uso predominante do discurso direto como forma de o 
enunciador atribuir a outrem as informações divulgadas. 
b) presença de elementos linguísticos avaliativos, como o 
termo “fenômeno” (referência 1), que amplia a dimensão 
informativa do gênero notícia. 
c) emprego de verbos dicendi, como “afirmou” (referência 
2) e “disse” (referências 3 e 4), para isentar o enunciador 
de revelar o seu ponto de vista. 
d) presença do relato em terceira pessoa, o qual busca um 
distanciamento em relação ao fato, o que constrói a ideia 
da objetividade, de forma a sustentar a credibilidade da 
informação. 
Instrução: Texto para a próxima questão.
Orgânicos: definição, composto e 
como fazer a compostagem
SUA HISTÓRIA
A matéria orgânica é definida biologicamen-
te como matéria de origem animal ou vegetal e 
geologicamente como compostos de origem or-
gânica, encontrados sob a superfície do solo. Os 
papéis, que são feitos com fibra vegetal, também 
são considerados matéria orgânica, porém, trata-
remos dele separadamente.
8 Extensivo Terceirão
Falaremos aqui do aproveitamento de restos 
de comida (cascas de frutas e verduras, folhas, 
talo, etc.) para a fertilização do solo, num proces-
so conhecido como compostagem.
COMPOSTAGEM: A RECICLAGEM NA NA-
TUREZA
A compostagem é um processo de transfor-
mação que pode ser executado com parte do 
nosso lixo doméstico resultando em um excelen-
te adubo para ser utilizado em hortas, vasos de 
plantas, jardins ou algum terreno que você tenha 
disponível. Este é um dos métodos mais antigos 
de reciclagem no qual imitamos os processos da 
natureza para melhorarmos a terra. O conceito de 
resíduo na natureza passou a existir com a sua 
excessiva geração aliada à crescente produção e 
uso de materiais sintéticos que não sedegradam 
facilmente, além da utilização de substâncias quí-
micas perigosas, como tintas, solventes e metais 
pesados utilizados em baterias, entre outras (FI-
GUEIREDO, 1995).
Dos resíduos gerados no estado do Rio de 
Janeiro, cerca de 52% são orgânicos, contra 
44% de recicláveis e 9% de rejeitos. Em anos, 
a porcentagem de lixo orgânico aumentou 16% 
(COMLURB, 2001). É importante ressaltar que 
nem todos os 52% podem ser compostados. O 
conceito de resíduo na natureza passou a existir 
com a sua excessiva geração aliada à crescente 
produção e uso de materiais sintéticos que não 
se degradam facilmente, além da utilização de 
substâncias químicas perigosas, como tintas, sol-
ventes e metais pesados utilizados em baterias, 
entre outras (FIGUEIREDO, 1995). Além disso, 
elementos químicos perigosos ao meio ambiente 
e à saúde contaminam o composto e comprome-
tem a sua qualidade.
Segundo estudos feitos na Usina de Compos-
tagem de Irajá, no Rio de Janeiro, existe cerca de 
5% de metais pesados por de composto (AZE-
VEDO et al., 2003). Esse elevado percentual de 
metal pesado e de material orgânico não compos-
tável em nosso lixo retrata o baixo percentual de 
resíduo orgânico que é transformado em compos-
to, não só no Brasil, com somente 1% mas em 
países que já fazem a separação prévia de seus 
materiais, como a Alemanha cujo índice chega a 
5% (BALERINI, 2000).
O QUE É COMPOSTO E COMPOSTAGEM?
O composto é um material escuro usado como 
um tipo de adubo também chamado de terra pre-
ta ou húmus.
Compostagem é o processo de decomposição 
biológica da matéria orgânica contida em resídu-
os animais ou vegetais. É feita por muitas espécies 
de micro-organismos e animais invertebrados que 
em presença de umidade e oxigênio, se alimen-
tam dessa matéria e propiciam que seus elementos 
químicos e nutrientes voltem à terra. Essa decom-
posição envolve processos físicos e químicos que 
ocorrem em matas, parques e quintais. Os proces-
sos físicos são realizados por invertebrados como 
ácaros, centopeias, besouros, minhocas, lesmas e 
caracóis que transformam os resíduos em peque-
nas partículas. Já os processos químicos, incluem 
a ação de bactérias, fungos e alguns protozoários 
que degradam os resíduos em partículas meno-
res, dióxido de carbono e água. Essa técnica vem 
sendo utilizada há mais de cinco mil anos pelos 
chineses (FREIRE, 2003) e é uma prática utilizada 
em propriedades rurais.
Disponível em: http://www.recicloteca.org.br/material-reciclavel/
organicos/. Acesso em: 7/9/2016. (Texto adaptado) 
05.08. (IFSC) – Assinale a alternativa que contém a afirma-
ção CORRETA em relação ao texto. 
a) Trata-se de um texto que busca esclarecer o leitor sobre 
o processo de compostagem e a importância, para a 
preservação da natureza, de se separarem os resíduos 
orgânicos presentes no lixo. 
b) O texto é uma crônica porque trata de um assunto do dia 
a dia: a separação do lixo doméstico no Rio de Janeiro. 
c) É uma notícia porque responde as perguntas: O quê? 
Quem? Quando? Como? Onde? e Por quê? E tem como 
tema a Usina de Compostagem de Irajá, no Rio de Janeiro. 
d) É um texto narrativo que conta, em primeira pessoa, a 
história das famílias cariocas que separam o lixo domés-
tico para compostagem. 
e) É um texto essencialmente dissertativo porque apresenta 
os prós e contras de se fazer a separação do lixo doméstico 
para a compostagem. 
Instrução: Texto para a próxima questão. 
Gabarito da segunda aplicação do Enem 
2016 é divulgado; uma questão é anulada
Enem de dezembro ocorreu devido às 
ocupações de locais de prova por movimentos 
estudantis. Inep divulgou respostas oficiais 
nesta quarta (7); nota final sai em janeiro.
O gabarito oficial da segunda aplicação do 
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi di-
vulgado nesta quarta-feira (7), pelo Instituto Na-
cional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aní-
sio Teixeira (Inep). Uma das questões da prova 
de ciências da natureza foi anulada, na prova de 
sábado, dia 3 de dezembro: é a 52 na prova ama-
rela, 88 na rosa, 60 na azul e 58 na branca.
A pergunta pedia que o candidato analisasse 
quatro gráficos. De acordo com o Inep, embora 
não haja incorreções nos dados, “as escalas apre-
sentadas podem ter dificultado a visualização dos 
Aula 05
9Português 2C
pontos relativos à concentração de gases e assim, 
a partir de um cálculo mais sofisticado, permiti-
do uma segunda interpretação por alguns parti-
cipantes”. Segundo o órgão, a pergunta não será 
considerada no cálculo das proficiências. “Como 
a prova do Enem é baseada na Teoria de Resposta 
ao Item (TRI), a anulação não tem impacto no re-
sultado final”, afirma o comunicado do Inep.
Disponível em: http://g1.globo.com/educacao/enem/2016/
noticia/gabarito-da-segunda-aplicacao-do-enem-2016-
e-divulgado.ghtml. Acesso em 10 Dez 2016. 
05.09. (IFSC) – Considerando o texto, analise as afirmações 
abaixo e assinale a alternativa CORRETA.
I. O título e o subtítulo desse texto concentram as infor-
mações relevantes que serão apresentadas a seguir, de 
modo a reforçar os objetivos do gênero notícia: relatar 
fatos e informar o leitor, de modo objetivo.
II. Para auxiliar o efeito de objetividade necessário à notícia, 
o texto utiliza a terceira pessoa do discurso.
III. O autor dessa notícia usa predominantemente os verbos 
no pretérito imperfeito, para marcar a sequência dos 
fatos relatados.
IV. A citação de datas, de quantidades e de fontes específicas 
contribui para a imparcialidade do texto e traz credibi-
lidade à notícia. 
a) Somente as afirmações II e IV são verdadeiras. 
b) Somente as afirmações I, II e IV são verdadeiras. 
c) Somente as afirmações I, II e III são verdadeiras. 
d) Somente a afirmação III é verdadeira. 
e) Somente as afirmações I e II são verdadeiras. 
Instrução: Texto para a próxima questão.
TRABALHO ESCRAVO É AINDA 
UMA REALIDADE NO BRASIL
Esse tipo de violação não prende mais o in-
divíduo a correntes, mas acomete a liberdade do 
trabalhador e o mantém submisso a uma situação 
de exploração.
O trabalho escravo ainda é uma violação de 
direitos humanos que persiste no Brasil. A sua 
existência foi assumida pelo governo federal pe-
rante o país e a Organização Internacional do 
Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se 
tornasse uma das primeiras nações do mundo a 
reconhecer oficialmente a escravidão contempo-
rânea em seu território. Daquele ano até 2016, 
mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de 
situações análogas à de escravidão em atividades 
econômicas nas zonas rural e urbana. 
Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? 
O trabalho escravo não é somente uma violação 
trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão 
dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa 
violação de direitos humanos não prende mais o 
indivíduo a correntes, mas compreende outros 
mecanismos, que acometem a dignidade e a liber-
dade do trabalhador e o mantêm submisso a uma 
situação extrema de exploração. 
Qualquer um dos quatro elementos abaixo é 
suficiente para configurar uma situação de traba-
lho escravo: 
TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obri-
gado a se submeter a condições de trabalho em 
que é explorado, sem possibilidade de deixar o 
local seja por causa de dívidas, seja por ameaça e 
violências física ou psicológica. 
JORNADA EXAUSTIVA: expediente penoso 
que vai além de horas extras e coloca em risco a 
integridade física do trabalhador, já que o interva-
lo entre as jornadas é insuficiente para a reposição 
de energia. Há casos em que o descanso semanal 
não é respeitado. Assim, o trabalhador também 
fica impedido de manter vida social e familiar. 
SERVIDÃO POR DÍVIDA: fabricação de dí-
vidas ilegais referentes a gastos com transporte, 
alimentação, aluguel e ferramentas de trabalho. 
Esses itens são cobrados de forma abusiva e des-
contados do salário do trabalhador, que permane-
ce sempre devendo ao empregador. 
CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto 
de elementos irregulares que caracterizam a pre-
cariedade do trabalho edas condições de vida sob 
a qual o trabalhador é submetido, atentando con-
tra a sua dignidade. 
Quem são os trabalhadores escravos? Em ge-
ral, são migrantes que deixaram suas casas em 
busca de melhores condições de vida e de sus-
tento para as suas famílias. Saem de suas cidades 
atraídos por falsas promessas de aliciadores ou 
migram forçadamente por uma série de motivos, 
que podem incluir a falta de opção econômica, 
guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os 
trabalhadores provêm de diversos estados das re-
giões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas tam-
bém podem ser migrantes internacionais de paí-
ses latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai 
e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente 
Médio. Essas pessoas podem se destinar à região 
de expansão agrícola ou aos centros urbanos à 
procura de oportunidades de trabalho. 
Tradicionalmente, o trabalho escravo é em-
pregado em atividades econômicas na zona rural, 
como a pecuária, a produção de carvão e os cul-
tivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últi-
mos anos, essa situação também é verificada em 
centros urbanos, principalmente na construção 
civil e na confecção têxtil. 
No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao tra-
balho escravo rural são homens. Em geral, as ati-
10 Extensivo Terceirão
vidades para as quais esse tipo de mão de obra é 
utilizado exigem força física, por isso os aliciado-
res buscam principalmente homens e jovens. Os 
dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego 
de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhado-
res libertados, 72,1% são analfabetos ou não con-
cluíram o quinto ano do Ensino Fundamental. 
Muitas vezes, o trabalhador submetido ao tra-
balho escravo consegue fugir da situação de ex-
ploração, colocando a sua vida em risco. Quando 
tem sucesso em sua empreitada, recorre a órgãos 
governamentais ou organizações da sociedade ci-
vil para denunciar a violação que sofreu. Diante 
disso, o governo brasileiro tem centrado seus es-
forços para o combate desse crime, especialmente 
na fiscalização de propriedades e na repressão por 
meio da punição administrativa e econômica de 
empregadores flagrados utilizando mão de obra 
escrava. 
Enquanto isso, o trabalhador libertado tende 
a retornar à sua cidade de origem, onde as con-
dições que o levaram a migrar permanecem as 
mesmas. Diante dessa situação, o indivíduo pode 
novamente ser aliciado para outro trabalho em 
que será explorado, perpetuando uma dinâmica 
que chamamos de “Ciclo do Trabalho Escravo”. 
Para que esse ciclo vicioso seja rompido, são 
necessárias ações que incidam na vida do tra-
balhador para além do âmbito da repressão do 
crime. Por isso, a erradicação do problema pas-
sa também pela adoção de políticas públicas de 
assistência à vítima e prevenção para reverter a 
situação de pobreza e de vulnerabilidade de co-
munidades. 
Adaptado.SUZUKI, Natalia; CASTELI, Thiago. Trabalho escravo 
é ainda uma realidade no Brasil. Disponível em: <http://www.
cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-
e-ainda-uma-realidade-no-brasil/>. Acesso: 19 mar. 2017. 
05.10. (IFPE) – Em relação ao gênero textual, é CORRETO 
afirmar que o texto é 
a) artigo de opinião, pois os autores se utilizam de um tema, 
a escravidão no Brasil contemporâneo, para defender o 
ponto de vista que têm acerca dessa problemática. 
b) uma notícia, por expor um fato importante, a existência 
de escravidão no Brasil contemporâneo, indicando seus 
responsáveis, bem como outras informações necessárias, 
a exemplo de local, momento e modo como este ocorreu. 
c) uma reportagem, por oferecer ao leitor informações sobre 
um tema, a escravidão contemporânea no Brasil, com 
extensão e profundidade que caracterizam esse gênero. 
d) um texto instrucional, por apresentar as maneiras através 
das quais é possível evitar que pessoas se submetam ao 
trabalho escravo no Brasil. 
e) um relato feito por pessoas que já vivenciaram uma 
situação de escravidão e narram a sequência desse 
acontecimento. 
Aprofundamento
Instrução: Texto para as próximas 2 questões.
Vídeos falsos confundem o público e a imprensa
Por Jasper Jackson, tradução de Jo Amado.
Cerca de duas horas depois da divulgação dos 
atentados de terça-feira (22/03) em Bruxelas, apa-
receu um vídeo no YouTube, sob a alegação de que 
seriam imagens do circuito fechado de televisão 
(CCTV), mostrando uma explosão no aeroporto 
Zaventem, da cidade. As imagens rapidamente se 
espalharam pelas redes sociais e foram divulgadas 
por alguns dos principais sites de notícias. Depois 
desse, surgiu outro vídeo, supostamente mostran-
do uma explosão na estação de metrô Maelbeek, 
próxima ao Parlamento Europeu, e ainda um ou-
tro, alegando ser do aeroporto. 
Entretanto, nenhum dos vídeos era o que ale-
gava ser. Os três vídeos eram gravações de 2011, 
dois de um atentado ao aeroporto Domodedovo, 
de Moscou, e um de uma bomba que explodiu 
numa estação de metrô de Minsk, capital da Be-
larus.
As imagens distorcidas dos clipes do circuito 
fechado de televisão foram convertidas de cor em 
preto e branco, horizontalmente invertidas, no-
vamente etiquetadas e postadas como se tivessem 
surgido dos acontecimentos do dia. Embora a 
conta do YouTube que compartilhou as imagens 
com falsos objetivos tenha sido rapidamente tira-
da do ar, outros veículos as reproduziram dizendo 
que eram de Bruxelas.
Os vídeos ilusórios são exemplos de um fe-
nômeno que vem se tornando cada vez mais co-
mum em quase todas as matérias importantes que 
tratam de acontecimentos violentos e que ocor-
rem rapidamente. Reportagens falsas ou ilusórias 
espalham-se rapidamente pelas redes sociais e são 
acessadas por organizações jornalísticas respeitá-
veis, confundindo ainda mais um quadro já incri-
velmente confuso.
A disseminação e divulgação de falsas infor-
mações não têm nada de novo, mas a internet tor-
nou mais fácil plantar matérias e provas falsas e 
ilusórias, que serão amplamente compartilhadas 
pelo Twitter e pelo Facebook. 
Alastair Reid, editor administrativo do site 
First Draft, que é uma coalizão de organizações 
que se especializam em checar informações e 
conta com o apoio do Google, disse que parte do 
problema é que qualquer pessoa que publique em 
plataformas como o Facebook tem a capacidade 
de atingir uma audiência tão ampla quanto aque-
las que são atingidas por uma organização jorna-
lística. “Pode tratar-se de alguém tentando desviar 
Aula 05
11Português 2C
propositalmente a pauta jornalística por motivos 
políticos, ou muitas vezes são apenas pessoas que 
querem os números, os cliques e os compartilha-
mentos porque querem fazer parte da conversa 
ou da validade da informação”, disse ele. “Eles 
não têm quaisquer padrões de ética, mas têm o 
mesmo tipo de distribuição.”
Nesse meio tempo, a rápida divulgação das 
notícias online e a concorrência com as redes so-
ciais também aumentaram a pressão sobre as or-
ganizações jornalísticas para serem as primeiras a 
divulgar cada avanço, ao mesmo tempo em que 
eliminam alguns dos obstáculos que permitem 
informações equivocadas.
Uma página na web não só pode ser atuali-
zada de maneira a eliminar qualquer vestígio de 
uma mensagem falsa, mas, quando muitas pes-
soas apenas se limitam a registrar qual o website 
em que estão lendo uma reportagem, a ameaça 
à reputação é significativamente menor que no 
jornal impresso. Em muitos casos, um fragmento 
de informação, uma fotografia ou um vídeo são 
simplesmente bons demais para checar.
Alastair Reid disse: “Agora talvez haja mais 
pressão junto a algumas organizações para agirem 
rapidamente, para clicar, para ser a primeira… E 
há, evidentemente, uma pressão comercial para 
ter aquele vídeo fantástico, aquela foto fantástica, 
para ser de maior interesse jornalístico, mais com-
partilhável e tudo isso pode se sobrepor ao desejo 
de ser certo.” 
Adaptado de: http://observatoriodaimprensa.com.br/terrorismo/videos-
falsos-confundem-o-publico-e-a-imprensa/. (Publicado originalmente 
no jornal The Guardianem 23/3/2016. Acesso em 30/03/2016.) 
05.11. (ITA – SP) – De acordo com o texto, 
a) a divulgação deliberada de informações e vídeos falsos 
pela internet é um comportamento antiético. 
b) notícias veiculadas em redes sociais, como Facebook e 
Twitter, não merecem credibilidade por parte do leitor. 
c) as adaptações feitas em fotos normalmente são grosseiras 
e, por isso, despertam a desconfiança dos leitores. 
d) acontecimentos extremamente sérios são banalizados e 
propositalmente deturpados por organizações jornalís-
ticas respeitáveis. 
e) a concorrência acirrada pela audiência é a única respon-
sável pela eventual divulgação de dados incorretos pela 
imprensa. 
05.12. (ITA – SP) – De acordo com o texto, é INCORRETO 
afirmar que 
a) a reputação de um jornal impresso é mais vulnerável do 
que a de uma página na web quanto à divulgação de 
notícias falsas. 
b) interesses comerciais podem ser razões para a divulgação 
precipitada de fotos e vídeos na rede. 
c) as organizações jornalísticas deveriam ter exclusividade 
na divulgação de fatos violentos, como atos terroristas. 
d) falsas notícias são facilmente divulgadas e compartilhadas 
nas redes sociais por motivos diversos. 
e) as organizações jornalísticas de credibilidade também são 
responsáveis pela divulgação de notícias falsas. 
05.13. (ITA – SP) – Marque a opção que NÃO constitui causa 
de divulgação de informações falsas na internet por orga-
nizações jornalísticas respeitáveis, de acordo com o texto. 
a) A rapidez com que as informações são divulgadas online. 
b) A pressão para serem as primeiras a divulgar as novidades. 
c) A concorrência com as redes sociais. 
d) A credibilidade despertada pela boa qualidade das 
imagens falsas. 
e) A impossibilidade de retirada de algo já veiculado.
Instrução: Texto para a próxima questão.
CAMPANHA DE DOAÇÃO DE SANGUE 
APORTA NO CIN DA UFPE
O Programa de Educação Tutorial (PET) de 
Informática promove, na próxima quarta-feira, 
uma campanha de doação de sangue no Centro 
de Informática (CIn) da Universidade Federal de 
Pernambuco. A ação foi articulada em parceria 
com o Hemope. Para doar, basta portar a carteira 
de identidade ou Carteira Nacional de Habilitação 
(CNH) e comparecer ao Centro de 8h30 às 12h 
ou de 13h30 às 17h. É importante lembrar que 
crachás não poderão ser utilizados como docu-
mento de identificação. O posto de doação estará 
localizado no Bloco A do CIn. 
Para doar, é necessário ter entre 18 e 60 anos, 
ter peso superior a 50 kg e não ter feito tatuagens 
ou piercings recentemente. É necessário também 
estar descansado e bem alimentado, não ingerir 
bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a 
doação e estar em boas condições de saúde. 
Há a oportunidade de ajudar na realização da 
campanha além da doação, participando como 
voluntário. Os interessados devem enviar um 
email para petcomputacao-l@cin.ufpe.br infor-
mando o seu nome e a melhor forma de contato. 
Diário de Pernambuco (versão on-line). Disponível em: <<http://www.
diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2017/03/15/
interna_vidaurbana,694183/campanha-de-doacao-de-sangue-
aporta-no-cin-da-ufpe.shtml>>. Acesso: 08 maio 2017. 
05.14. (IFPE) – A principal informação veiculada pela notícia 
que compõe o texto é 
a) os critérios necessários para uma pessoa ser considerada 
apta a doar sangue. 
b) a parceria firmada entre a universidade e o Hemope. 
c) o acontecimento de uma campanha de doação de 
sangue. 
12 Extensivo Terceirão
d) a importância de levar a documentação adequada no 
ato da doação. 
e) a oportunidade de ajudar na realização da campanha, 
atuando como voluntário. 
05.15. (PUCPR) – De acordo com o texto, analise as afirma-
ções e marque a alternativa CORRETA.
O que aconteceria se a internet 
deixasse de existir?
Não seria tarefa fácil derrubar todas as redes 
conectadas que compõem a internet, mas, se isso 
acontecesse, as consequências seriam radicalmen-
te mais graves que o fim dos emoji trocados com 
seus amigos. “Se a internet deixasse de existir, se-
ria como dizimar um continente com mais de 2 
bilhões de pessoas”, afirma Humberto de Sousa 
Delgado, coordenador de tecnologia em redes de 
computadores e sistemas para internet da Fiap. 
Basicamente, toda a produção econômica do 
mundo seria comprometida – na indústria, no 
setor de serviços, nas transações comerciais ou 
nas operações financeiras nas bolsas de valores –, 
com consequências imprevisíveis no âmbito polí-
tico e social.
“Segundo dados de pesquisa realizada pela 
Federação Brasileira de Bancos, as transações 
via internet banking superaram qualquer outro 
meio de operação e já são em número quatro ve-
zes maior quando comparadas às transações nas 
agências físicas”, diz Delgado.
Deixando o colapso econômico global de lado, 
também viveríamos uma regressão cultural: o fim 
dos mais de 870 mil artigos da Wikipédia em 
português, dos 30 bilhões de fotos hospedadas 
no Instagram ou das 300 horas de vídeos adicio-
nadas a cada minuto no YouTube representaria a 
destruição de parte do patrimônio guardado pe-
los usuários na rede, uma espécie de destruição 
da Biblioteca de Alexandria em escala exponen-
cial. Não seria o apocalipse zumbi, mas estaría-
mos bem próximos disso...
Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/05/o-
que-aconteceria-se-internet-deixasse-de existir.html>.Acesso em: maio 2015.
I. Sem internet seria um grande caos.
II. Sem internet não poderíamos mais ter indústrias ou 
transações comerciais.
III. A regressão cultural seria devastadora.
IV. Seria o apocalipse total. 
a) V – V – F – F 
b) F – V – F – V 
c) V – F – V – F 
d) F – F – V – V 
e) V – V – V – F 
05.16. (PUCPR) – Leia o texto, analise as afirmações feitas e 
escolha a opção CORRETA.
Hackers podem acessar mensagens de 600 
milhões de smartphones da Samsung 
Foi descoberta uma vulnerabilidade 
no software dos gadgets
Se você tem um Galaxy é bom ficar longe de 
conexões abertas de wi-fi. Foi descoberta uma 
vulnerabilidade no software dos smartphones que 
permite que hackers acessem a câmera do celular, 
ouçam o microfone, leiam mensagens enviadas 
ou recebidas e instalem apps. E, além de ficar fora 
de redes que não sejam protegidas (o que ainda 
não garante proteção completa), há pouco que os 
usuários podem fazer. 
O hack funciona a partir de uma falha no sis-
tema IME de teclado, uma versão nova do Swif-
tKey que a Samsung inclui nos telefones. Esse 
software pede por atualizações periódicas para 
um servidor, mas hackers podem ‘fingir’ ser o ser-
vidor e enviar malwares para o aparelho. Então 
não importa se o usuário faz uso desse software 
específico, já que os pedidos por atualizações são 
feitos ao servidor de forma automática.
A falha é confirmada nos modelos Samsung 
Galaxy S6, S6 e Galaxy S4 Mini – porém, pode 
estar ativa em outros telefones Galaxy.
A Samsung afirmou que já lançou a atualiza-
ção para as operadoras de telefonia móvel – e elas 
devem corrigir o problema. Mas ainda não sabe-
mos se alguma operadora já o fez.
Já a SwiftKey, fabricante do software de tecla-
do, afirmou que o problema não afeta a versão do 
app disponível para download na Google Play ou 
na App Store. A falha existiria apenas na versão já 
instalada nos Galaxys.
Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/
noticia/2015/06/hackers-podem-acessar-mensagens-de-600-milhoes-
desmartphones-da-samsung.html>. Acesso em: Junho de 2015. 
a) Os telefones Samsung pedem atualizações automáticas 
que autorizam hackers a acessarem seu fornecedor.
b) Samsung enfrenta hacking por meio de conexões wi-fi, 
devido à versão nova do Swiftkey.
c) Todos os smartphones da Samsung estão sendo atingidos 
por hackers por meio de conexões wi-fi.
d) Nenhuma operadora corrigiu o problema, permitindo o 
acesso de hackers.
e) Os smartphones Galaxy, por meio de conexões wi-fi, não 
fizeram as atualizações necessárias para que o problema 
fosse corrigido. 
Aula 05
13Português 2C
Instrução: Textopara as próximas 2 questões.
Para responder a(s) quest(ões) a seguir, leia o seguinte di-
álogo entre os personagens Simei e Colonna, no romance 
Número Zero, de Umberto Eco:
– Colonna, exemplifique para os nossos amigos 
como é que se pode seguir, ou dar mostras de 
seguir, um princípio fundamental do jornalismo 
democrático: fatos separados de opiniões. Opi-
niões no Amanhã [nome do jornal] haverá inú-
meras, e evidenciadas como tais, mas como é que 
se demonstra que em outros artigos são citados 
apenas fatos? 
– Muito simples – disse eu. – Observem os gran-
des jornais de língua inglesa. Quando falam, sei 
lá, de um incêndio ou de um acidente de carro, 
evidentemente não podem dizer o que acham 
daquilo. Então inserem no artigo, entre aspas, 
as declarações de uma testemunha, um homem 
comum, um representante da opinião pública. 
Pondo-se aspas, essas afirmações se tornam fa-
tos, ou seja, é um fato que aquele sujeito tenha 
expressado tal opinião. Mas seria possível supor 
que o jornalista tivesse dado a palavra somente a 
quem pensasse como ele. Portanto, haverá duas 
declarações discordantes entre si, para mostrar 
que é fato que há opiniões diferentes sobre um 
caso, e o jornal expõe esse fato irretorquível. A es-
perteza está em pôr antes entre aspas uma opinião 
banal e depois outra opinião, mais racional, que 
se assemelhe muito à opinião do jornalista. Assim 
o leitor tem a impressão de estar sendo informado 
de dois fatos, mas é induzido a aceitar uma úni-
ca opinião como a mais convincente. Vamos ver 
um exemplo. Um viaduto desmoronou, um cami-
nhão caiu e o motorista morreu. O texto, depois 
de relatar rigorosamente o fato, dirá: Ouvimos o 
senhor Rossi, 42 anos, que tem uma banca de jor-
nal na esquina. Fazer o quê, foi uma fatalidade, 
disse ele, sinto pena desse coitado, mas destino 
é destino. Logo depois um senhor Bianchi, 34 
anos, pedreiro que estava trabalhando numa obra 
ao lado, dirá: É culpa da prefeitura, que esse via-
duto estava com problemas eu já sabia há muito 
tempo. Com quem o leitor se identificará? Com 
quem culpa alguém ou alguma coisa, com quem 
aponta responsabilidade. Está claro? O problema 
é no quê e como pôr aspas.
ECO, Umberto. Número Zero. Rio de Janeiro: Record, 2015, p. 55-6. 
05.17. (UFPR) – Segundo o texto, são estratégias utilizadas 
pelos jornais ao fazer citações:
1. Escolher criteriosamente as citações das testemunhas 
para contemplar pontos de vista divergentes sobre um 
mesmo fato.
2. Salientar os pontos de vista que mais interessam ao jor-
nalista.
3. Redigir as notícias de tal forma que as opiniões sejam 
apresentadas como fatos.
4. Citar em primeiro lugar as palavras da testemunha que 
faz uma análise mais racional dos acontecimentos.
Estão de acordo com o texto as estratégias: 
a) 1 e 2 apenas. 
b) 1 e 4 apenas. 
c) 1, 2 e 3 apenas. 
d) 1, 3 e 4 apenas. 
e) 2, 3 e 4 apenas. 
05.18. (UFPR) – Assinale a alternativa correta sobre afirma-
ções encontradas no texto. 
a) Ao mencionar “um princípio fundamental do jornalismo 
democrático: fatos separados de opiniões”, Simei destaca 
que os jornais seguem rigorosamente esse princípio. 
b) Ao dizer que “o leitor tem a impressão de estar sendo in-
formado de dois fatos, mas é induzido a aceitar uma única 
opinião”, Colonna explicita uma forma de manipulação da 
opinião do leitor. 
c) Na primeira linha do texto, Simei faz uma retificação (“... 
seguir, ou dar mostras de seguir...”) para deixar claro que 
o jornalista deve não só separar fatos de opiniões como 
indicar isso explicitamente nos artigos. 
d) Ao afirmar que “é fato que há opiniões diferentes sobre 
um caso, e o jornal expõe esse fato irretorquível”, Colonna 
destaca a imparcialidade do jornal ao incluir nos artigos 
opiniões divergentes. 
e) Ao afirmar, no final do texto, que “o problema é no quê 
e como pôr aspas”, Colonna enfatiza a importância da 
fidelidade na citação das palavras das testemunhas de 
cada fato noticiado.
 
Desafio
Instrução: Texto para a próxima questão.
Texto 1
Nova data? Escola não libera muçulmanos para 
festa religiosa 
Diretor afirmou que aqueles que não 
comparecessem às aulas levariam falta
Nesta quinta-feira (24), a religião Islã come-
mora a Festa do Sacrifício, uma das datas religio-
sas mais importantes para os muçulmanos. Apesar 
14 Extensivo Terceirão
do feriado religioso, uma escola no Reino Unido 
não liberou seus alunos das aulas e informou que 
aqueles que não comparecessem levariam falta. 
As informações são do Independent.
Normalmente, em feriados religiosos, as esco-
las tendem a dar uma “falta autorizada” aos alunos 
de determinada religião. No entanto, a instituição 
afirmou aos pais que os alunos muçulmanos não 
seriam liberados e poderiam comemorar a data na 
sexta-feira (25), quando a escola estará fechada 
pra um treinamento dos professores. “Sexta-feira 
não significa nada. O Eid al-Adha (Festa do Sacri-
fício) é na quinta”, disse a mãe de uma das alunas 
da escola, que estranhou a decisão da instituição, 
já que as crianças normalmente são liberadas.
A carta enviada pela diretoria aos pais dizia: 
“Nós permitimos que os estudantes registrados 
como muçulmanos tenham um dia de falta auto-
rizada para celebrar a ocasião. A sexta-feira, 25 de 
setembro, quando a Academia estará fechada para 
alunos, foi reservada para isso. Nesse dia todos os 
alunos terão direito a uma falta autorizada”.
Muitos pais ficaram insatisfeitos e alunos não 
foram à escola, apesar da posição da diretoria. No 
feriado da Festa do Sacrifício, os muçulmanos re-
servam o dia para rezar, trocar presentes e come-
morar com a família e amigos. 
http://noticias.terra.com.br/educacao/nova-data-escola-
nao-libera-muculmanos-para-festa-religiosa,13596104
77ae131c95eb751344b0b21e8mkih63u.html
Texto 2
Menina vítima de intolerância religiosa 
diz que vai ser difícil esquecer pedrada
Criança é do candomblé e foi 
agredida na saída do culto.
Avó iniciou campanha na internet 
e recebeu apoio de amigos.
A marca da violência está na cabeça da menina 
de 11 anos que foi agredida no Subúrbio do Rio 
por intolerância religiosa, mas esta não é a maior 
cicatriz. “Achei que ia morrer. Eu sei que vai ser di-
fícil. Toda vez que eu fecho o olho eu vejo tudo de 
novo. Isso vai ser difícil de tirar da memória”, afir-
mou Kailane Campos, que é candomblecista e foi 
apedrejada na saída de um culto. Ela deu a decla-
ração em entrevista ao RJTV desta terça-feira (16).
A garota foi agredida no último domingo (14) 
e, segundo a avó, que é mãe de santo, todos esta-
vam vestidos de branco, porque tinham acabado 
de sair do culto. Eles caminhavam para casa, na 
Vila da Penha, quando dois homens começaram a 
insultar o grupo. Um deles jogou uma pedra, que 
bateu num poste e depois atingiu a menina.
“O que chamou a atenção foi que eles começa-
ram a levantar a Bíblia e a chamar todo mundo de 
‘diabo’, ‘vai para o inferno’, ‘Jesus está voltando’”, 
afirmou a avó da menina, Káthia Marinho. Na de-
legacia, o caso foi registrado como preconceito de 
raça, cor, etnia ou religião e também como lesão 
corporal, provocada por pedrada. Os agressores 
fugiram num ônibus que passava pela Avenida 
Meriti, no mesmo bairro. A polícia, agora, bus-
ca imagens das câmeras de segurança do veículo 
para tentar identificar os dois homens.
A avó da criança lançou uma campanha na 
internet e tirou fotos segurando um cartaz com 
as frases: “Eu visto branco, branco da paz. Sou 
do candomblé, e você?”. A campanha recebeu o 
apoio de amigos e pessoas que defendem a liber-
dade religiosa. Uma delas escreveu: “Mãe Kátia, 
estamos juntos nessa”.
Iniciada no candomblé há mais de 30 anos, 
a avó da garota diz que nunca havia passado por 
uma situação como essa.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/06/menina-vitima-de-
intolerancia-religiosa-diz-que-vai-ser-dificil-esquecer-pedrada.html
05.19. (UFJF – MG) – Os textos 1 e 2 têm um tema em 
comum. Qual é esse tema? Justifique sua resposta. 
05.20. (UNICAMP – SP) – Reproduzimos abaixoa chamada 
de capa e a notícia publicadas em um jornal brasileiro que 
apresenta um estilo mais informal.
Governo quer fazer a galera pendurar 
a chuteira mais tarde
Duro de parar Como a vovozada vive até mais 
tarde, a intenção, agora, é criar regra para aumen-
tar a idade mínima exigida para a aposentadoria; 
objetivo é impedir que o INSS quebre de vez 
Descanso mais longe
O brasileiro tá vivendo cada vez mais – o que é 
bom. Só que quanto mais ele vive, mais a situação 
do INSS se complica, e mais o governo trata de difi-
cultar a aposentadoria do pessoal pelo teto (o valor 
integral que a pessoa teria direito de receber quan-
do pendura as chuteiras) – o que não é tão bom.
Aula 05
15Português 2C
A última novidade que já tá em discussão lá em Brasília é botar pra funcionar a regra 85/95, que diz que 
só se aposenta ganhando o teto quem somar 85 anos entre idade e tempo de contribuição (se for mulher) e 
95 anos (se for homem).
Ou seja, uma mulher de 60 anos só levaria a grana toda se tivesse trampado registrada por 25 anos 
(60+25=85) e um homem da mesma idade, se tivesse contribuído por 35 (60+35=95).
Quem quiser se aposentar antes, pode – só que vai receber menos do que teria direito com a conta fechada.
(notícia JÁ, Campinas, 30/06/2012, p.1 e 12.)
a) Retire dos textos duas marcas que caracterizariam a informalidade pretendida pela publicação, explicitando de que tipo 
elas são (sintáticas, morfológicas, fonológicas ou lexicais, isto é, de vocabulário).
b) Pode-se afirmar que certas expressões empregadas no texto, como “tá” e “botar”, se diferenciam de outras, como “galera” e 
“grana”, quanto ao modo como funcionam na sociedade brasileira. Explique que diferença é essa.
16 Extensivo Terceirão
Produção de textos
Proposta 01
(UNIFAP) – O gênero notícia consiste em um texto jornalístico, de cunho informativo, que tende a relatar fatos condiciona-
dos ao interesse do público em geral, de modo exato e imparcial. Diariamente, interagimos com notícias relacionadas aos 
mais variados temas: política, esporte, economia, etc. Dessa forma, a linguagem necessariamente deverá ser clara, objetiva 
e precisa, isentando-se de quaisquer possibilidades de ocasionar múltiplas interpretações por parte do receptor, por isso a 
predominância da 3ª pessoa no relato dos fatos.
Assim, a partir dessas informações e de seus conhecimentos sobre esse gênero, elabore uma notícia em que o fato central esteja 
relacionado ao meio ambiente. Abaixo seguem alguns textos de apoio que poderão auxiliá-lo no desenvolvimento do tema.
Texto 1
04/08/2011
Notícia velha: o Brasil continua detonando a Amazônia. De acordo com a última medição, até junho 2.429,5 
quilômetros quadrados de florestas deixaram de existir. Viraram lenha ou móveis de grifes na sala de algum 
bacana no exterior. O Governo Dilma ensaiou que iria enfrentar este problema lançando um gabinete de crise, 
mas foi só balão de ensaio mesmo. As motosserras continuam a todo vapor, derrubando árvores de espécies 
preciosas. Algumas delas podem conter a cura de muitas doenças e até a cura do câncer, mas nunca vamos 
saber. Porque a leniência de governos (isto inclui todos eles, inclusive os militares) e a ganância e o atraso de 
nossas elites, permitem que este tesouro seja dilapidado sem dó nem piedade. O que vamos dizer às futuras 
gerações? Desculpas? Não serve! No meu ponto de vista a situação na Amazônia se resolve de forma simples: 
Relocar todos os moradores que não forem indígenas da região; implantar postos avançados da Marinha, Exér-
cito e Aeronáutica e determinar o desmatamento zero; instalar um centro de estudos de última geração para 
abrigar cientistas brasileiros em projeto vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia para mapear espécies, 
com ênfase a identificar o estudo do potencial medicinal da fauna, bem como a sua exploração racional e sus-
tentada. Só isso já salvaria uma das regiões de biodiversidade mais rica do planeta da ignorância das motosserras.
Afonso Mascarenhas, A ignorância das motosserras In: http://esportepr.orangotoe.com.br
Texto 2
06/07/2011
Mais uma vez pagaram com a própria vida os Ativistas, Ecologistas Jose Cláudio Ribeiro e sua esposa Ma-
ria do Espírito Santo, brutalmente assassinados na região de Marabá, leste do Pará, ao defenderem a floresta 
não só para si, mas para as gerações futuras, principalmente. As milenares castanheiras que pelo extrativismo 
uma só castanheira rendia produzindo castanhas e óleo para as indústrias cosméticas R$ 900,00 por cada 
safra colhida. O mais trágico é que com a árvore derrubada e enviada para as madeireiras clandestinas valem 
no máximo R$ 200,00 para os que derrubam a floresta. Como se não bastasse toda essa devastação, em lugar 
das árvores que davam vida à biodiversidade são plantadas hoje soja e pastagem. Assim é a Marcha da Insen-
satez contra a Natureza e a Vida. Poucos sabem, mas o Geógrafo Jared Diamond no seu Livro “O Colapso”, 
citou que a civilização Maia desapareceu porque esgotou seus recursos naturais. Nós já utilizamos 125% 
daquilo que a natureza pode produzir, ela não consegue mais sua regeneração. Algo de trágico está por vir, 
pelas leis da causa e efeito, não teremos uma segunda chance, pelo que fazemos contra a natureza e a vida.
José Pedro Naisser, A marcha da insensatez na Amazônia In:http://173.192.214.83/política/noticias
Texto 3
AS INDÚSTRIAS E O MEIO AMBIENTE
Desde meados do século XIX quando a revolução industrial surgiu, o meio ambiente sofreu impactos in-
calculáveis gerados pela poluição das indústrias. Hoje o estrago ambiental ainda é enorme, mas as empresas 
podem minimizar a poluição gerada pela produção de suas fábricas. As empresas hoje podem investir em em-
pregos que respeitem os princípios do desenvolvimento sustentável. A compensação ambiental também ajuda 
a reduzir impactos ambientais causados pela execução de empreendimentos. Atualmente estudos apontam que 
automóveis causam mais estragos no meio ambiente do que as indústrias. Mesmo assim, governo e sociedade 
devem estar atentos para fiscalizar a produção industrial. A mudança climática é uma realidade e não existe 
solução simples. Devemos todos trabalhar em conjunto para devolver ao planeta a sua saúde. Que assim seja!
Marco Pozzana In: www.meioambienteurgente.blogger.com.br
Aula 05
17Português 2C
Texto 4
WWW.google.com/aprendizesdanatureza.blogspot.com
Texto 5
WWW.google.com/aprendizesdanatureza.blogspot.com
18 Extensivo Terceirão
Proposta 02
(UFPR) – Adoniran Barbosa é um ícone do samba paulista. Os temas de suas composições giravam em torno dos tipos huma-
nos mais comuns e da realidade crua de uma metrópole que não para. Em suas músicas, usou sempre a linguagem popular
paulistana para dar vida a suas personagens. “Saudosa Maloca” (1951) conta um fato, que é retratado a partir do ponto de 
vista de uma das personagens.
Saudosa Maloca*
Se o senhor não tá lembrado,
Dá licença de contá
Que aqui, onde agora está
Esse edifício arto,
Era uma casa veia,
Um palacete assobradado.
Foi aqui, seu moço,
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca.
Mas um dia,
Nóis nem pode se alembrá,
Veio os home c´as ferramentas
O dono mandô derrubá.
Peguemos todas nossas coisa
E fumos pro meio da rua
Apreciá a demolição.
Que tristeza que nóis sentia,
Cada tauba que caía
Doía no coração.
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
“Os home tá cá razão
Nóis arranja outro lugá.”
Só se conformemos
Quando o Joca falou:
“Deus dá o frio conforme o cobertô.”
E hoje nóis pega a paia** nas grama do jardim
E pra esquecê nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida,
Que dim donde nóis passemos os dias feliz de 
nossa vida.
Saudosa maloca, maloca querida,
Que dim donde nóis passemos os dias feliz de 
nossa vida.
*Maloca: casa muito pobre e rústica; lar.
**Pegar uma palha ou puxar uma palha: dormir.
A partir da leitura dessa música, redija uma notícia de jornal que informe ao leitor os fatos narrados. Seu texto deve:
• ser introduzido por um título (manchete);
• apresentara narrativa do ponto de vista do veículo de comunicação;
• ser fiel aos fatos apresentados na letra da música, podendo haver acréscimo de detalhes, inventados por você, que atua-
lizem a narrativa e permitam adequá-la ao gênero “notícia de jornal”;
• apresentar a linguagem e a estrutura próprias do gênero;
• ter de 7 a 10 linhas.
Aula 05
19Português 2C
Proposta 03
(UNICAMP – SP) – Você é um estudante do Ensino Médio e foi convidado pelo Grêmio Estudantil para fazer uma palestra aos 
colegas sobre um fenômeno recente: o da pós-verdade. Leia os textos abaixo e, a partir deles, escreva um texto base para a 
sua palestra, que será lido em voz alta na íntegra. Seu texto deve conter: a) uma explicação sobre o que é pós-verdade e sua 
relação com as redes sociais; b) alguns exemplos de notícias falsas que circularam nas redes sociais e se tornaram pós-verdade; 
e c) consequências sociais que a disseminação de pós-verdades pode trazer. Você poderá usar também informações de outras 
fontes para compor o seu texto.
TEXTO A
(Disponível em https://horizontesafins.wordpress.com/2017/02/02/averdade-da-pos-verdade/. Acesso em: 03/09/2017.)
TEXTO B
O que é “pós-verdade”, a palavra do ano segundo a Universidade de Oxford
Anualmente, a Oxford Dictionaries, parte do departamento de imprensa da Universidade de Oxford 
responsável pela elaboração de dicionários, elege uma palavra para a língua inglesa. A de 2016 foi “pós-ver-
dade” (post-truth).
A palavra é usada por quem avalia que a verdade está perdendo importância no debate político. Por 
exemplo: o boato amplamente divulgado de que o Papa Francisco apoiava a candidatura de Donald Trump 
não vale menos do que as fontes confiáveis que negaram esta história. Segundo Oxford Dictionaries, a pala-
vra vem sendo empregada em análises sobre dois importante acontecimentos políticos: a eleição de Donald 
Trump como presidente dos Estados Unidos e o referendo que decidiu pela saída da Grã-Bretanha da União 
Europeia, designada como Brexit. Ambas as campanhas fizeram uso indiscriminado de mentiras, como a de 
que a permanência na União Europeia custava à Grã-Bretanha US$ 470 milhões por semana, no caso do 
Brexit, ou a de que Barack Obama é fundador do Estado Islâmico, no caso da eleição de Trump.
Em um artigo publicado em setembro de 2016, a influente revista britânica The Economist destaca que 
políticos sempre mentiram, mas Donald Trump atingiu um outro patamar. A leitura de muitos acadêmicos e 
da mídia tradicional é que as mentiras fizeram parte de uma bem-sucedida estratégia de apelar a preconceitos 
e radicalizar posicionamentos do eleitorado. Apesar de claramente infundadas, denunciar essas informações 
como falsas não bastou para mudar o voto majoritário.
Para diversos veículos de imprensa, a proliferação de boatos no Facebook e a forma como o feed de 
notícias funciona foram decisivos para que informações falsas tivessem alcance e legitimidade. Este e outros 
motivos têm sido apontados para explicar a ascensão da pós-verdade.
Plataformas como Facebook, Twitter e Whatsapp favorecem a replicação de boatos e mentiras. Grande 
parte dos factoides são compartilhados por conhecidos nos quais os usuários têm confiança, o que aumenta 
a aparência de legitimidade das histórias. Os algoritmos utilizados pelo Facebook fazem com que usuários 
tendam a receber informações que corroboram seu ponto de vista, formando bolhas que isolam as narrativas 
às quais aderem de questionamentos à esquerda ou à direita.
(Adaptado de André Cabette Fábio. O que é ‘pós-verdade’, a palavra do ano segundo a Universidade de Oxford. Nexo, 16/11/2016. Disponível em https://
www.nexojornal.com.br/expresso/2016/11/16/O-que-é-‘pós-verdade’-a-palavra do-ano-segundo-a-Universidade-de-Oxford. Acesso em: 01/12/2017).
20 Extensivo Terceirão
 
Aula 05
21Português 2C
Gabarito
05.01. b
05.02. a
05.03. b
05.04. d
05.05. e
05.06. b
05.07. b
05.08. a
05.09. b
05.10. c
05.11. a
05.12. c
05.13. e
05.14. c
05.15. c 
05.16. b
05.17. c
05.18. b
05.19. Em ambos os textos estamos diante da 
intolerância religiosa. O texto 1 diz res-
peito à intolerância religiosa em uma 
escola no Reino Unido que não liberou 
os alunos muçulmanos para que come-
morassem a tradicional Festa do Sacri-
fício. O texto 2 diz respeito à agressão 
cometida por evangélicos fanáticos a 
uma família que se vestia com roupas 
do candomblé. Uma jovem levou uma 
pedrada na cabeça e o grupo foi tam-
bém agredido com xingos e injúrias. 
05.20. a) Espera-se que o candidato indique 
duas marcas da informalidade pre-
tendida pelo texto jornalístico em 
questão e, como solicita o enuncia-
do, expresse a que nível de análise 
estão relacionadas. A maior parte das 
marcas é de natureza lexical, como 
galera, vovozada, quebrar, trampado, 
grana, botar. Há marcas como pra, tá, 
que podem ser tomadas como va-
riantes de pronúncia representadas 
na escrita.
b) Espera-se também que o candidato 
perceba que, quanto ao funciona-
mento social de algumas dessas mar-
cas, há aquelas que são fortemente 
relacionadas a grupos específicos – 
como galera, grana – e aquelas que 
são de uso geral, como tá, botar, que 
funcionam no português brasileiro 
como marcas de informalidade para 
todos os falantes.
22 Extensivo Terceirão
Informação X Opinião
Para esta aula, será fundamental saber diferenciar 
a escrita com finalidade essencialmente informativa, 
como a notícia, de textos que possuem como intenção 
explícita a defesa de uma opinião a respeito de um tema. 
Defender um posicionamento é a característica principal 
dos textos argumentativos.
Embora útil para fins de estudo, é muito importante 
um cuidado quanto à classificação “informação x opi-
nião”: todo texto possui informação. Porém, na escrita 
argumentativa, informação e opinião se relacionam, 
afinal, uma boa argumentação se constrói a partir de 
informações. 
O texto a seguir é uma notícia a respeito do propósito 
do Ministério da Educação e Cultura de suspender tem-
porariamente a abertura de novos cursos de Medicina.
MEC quer suspender criação de cursos de 
Medicina por 5 anos
Segundo declaração de ministro à Folha de S. 
Paulo, o objetivo é preservar a qualidade da 
formação
Da Redação 
[17/11/2017] 
[10h23]
O Ministério da Educação cogita suspender a 
criação de cursos de medicina por cinco anos. A 
decisão, ainda não anunciada oficialmente, teria 
como objetivo evitar uma queda na qualidade da 
formação de médicos. 
A informação foi publicada pela coluna de Mô-
nica Bergamo na Folha de S. Paulo e confirmada 
pela Gazeta do Povo.
A ideia é preservar a qualidade do ensino: “Há 
um clamor dos profissionais de medicina para 
que se suspenda por um período determinado a 
abertura de novas faculdades, em nome da pre-
servação da qualidade do ensino”, afirmou o mi-
nistro Mendonça Filho à coluna.
A decisão do governo, se confirmada, pode ge-
rar controvérsia: o Brasil vive um problema grave
de falta de médicos – o que foi um dos motivos 
para a criação do programa Mais Médicos, man-
tido pelo governo Temer. Sem uma expansão na 
quantidade de vagas, o sistema de saúde pode ter 
ainda mais problemas. 
Por outro lado, nada na nova regra do MEC 
impediria a expansão dos cursos que já existem.
Extraído de: <http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/mec-quer-
-suspender-criacao-de-cursos-de-medicina-por-5-anos-c3uhzx8bsvo-
c41e29hyhguzfu>. Acesso em: 28/01/18
Note como, apesar de haver a citação da argumen-
tação do MEC, esse texto possui evidente estruturação 
informativa. Não há nesse texto a marcação explícita de 
um posicionamento de quem o escreveu. 
Textos com finalidade 
argumentativa
Por outro lado, há textos em que a opinião de seus 
autores está marcada de forma explícita. É isso que 
usaremos como base para a classificação de textos 
argumentativos nesta aula. 
O texto argumentativo (ou texto de opinião) pode 
aparecer em diversas formas (dissertação, artigo de opi-
nião, carta argumentativa etc.), porém, em todos esses 
diferentes formatos, há uma base

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