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HISTÓRIA B

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1
Revoluções russas
4B
História
13
Aula 
Introdução
No século XIX, a Rússia era um dos países mais 
atrasados da Europa. Sua economia era essencialmente 
agrária; a sociedade, rural e hierarquizada; o czar (título 
dos imperadores russos), um déspota. A miséria dos 
camponeses completava o quadro.
A modernização começou em 1861, quando Alexandre II 
aboliu o regime de servidão. O êxodo rural liberou grandes 
contingentes de mão de obra que poderiam ser utilizados 
a baixos preços na indústria. A Rússia fez sua Revolução 
Industrial em fins do século XIX. Eis alguns fatores que 
propiciaram essa transformação histórica: intervenção do 
Estado na economia, mão de obra barata e investimen-
tos estrangeiros, notadamente franceses. Com a indus-
trialização, a classe operária, que surgiu como decorrência 
do processo, começou a se organizar. Já em 1885, houve 
uma grande greve em Orékhovo-Zuévo. Na classe operária 
russa, as ideias de Marx e Engels eram difundidas por inte-
lectuais da classe média. No final do século XIX, foi criado o 
Partido Social Democrata, cujos líderes (Plekhanov, Lenin, 
Trotski e Martov) se encontravam no exílio.
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 Miséria nos campos da Rússia antes da Revolução
Em 1903, houve a cisão do partido. De um lado, 
o grupo liderado por Martov, que entendia poder o 
proletariado melhorar a sua situação por meio de luta 
grevista. Deveria limitar-se a luta aos seus interesses 
econômicos. Do outro lado, o grupo liderado por Lenin 
(Vladimir Ilyich Ulianov), que considerava a revolução 
socialista e o estabelecimento da ditadura do prole-
tariado os objetivos básicos. Os partidários de Lenin 
conquistaram a maioria, tendo sido cognominados, a 
partir de então, de bolcheviques (isto é, majoritários), 
enquanto os adversários de Lenin passaram a ser cha-
mados mencheviques (isto é, minoritários).
A oposição era reprimida pela polícia secreta chama-
da okrana. Os judeus eram vítimas de pogrom.
Guerra Russo-Japonesa
A Guerra Russo-Japonesa de 1904 - 1905 mostrou toda 
a fragilidade do Império Russo. Essa guerra decorreu 
das ambições russas e japonesas sobre a Manchúria e a 
Coreia. Os japoneses tomaram Porto Artur e derrotaram 
os russos em Mukden e na Batalha Naval de Toushina.
Pelo Tratado de Portsmouth (mediado pelo presi-
dente Theodore Roosevelt, dos Estados Unidos), o Japão 
obteve a parte sul da ilha Sacalina, Porto Artur, as con-
cessões ferroviárias, na Manchúria, além do protetorado 
sobre a Coreia. A derrota russa debilitou enormemente 
o regime czarista.
“Ensaio Geral” de 1905
Em 9 de janeiro (22 de janeiro, de acordo com o 
calendário gregoriano, pois os russos ainda adotavam o 
calendário juliano), uma multidão de 200 mil pessoas, 
liderada pelo padre Gapone, dirigiu-se ao Palácio de 
Inverno, em São Petersburgo, para entregar uma petição 
ao czar Nicolau II. Nesta petição, era feita uma série de 
reivindicações, tais como: jornada de trabalho de 8 horas, 
salário mínimo, eleição de uma Constituinte por sufrágio 
universal, direto e secreto. A manifestação foi reprimida 
de forma violenta. Esse episódio ficou conhecido como 
Domingo Sangrento e desencadeou uma série de gre-
ves nas cidades, além de reações violentas no campo. No 
mar Negro, os marinheiros do encouraçado Potemkin se 
rebelaram, porém tiveram de bater em retirada.
2 Extensivo Terceirão
O czar cedeu, permitindo a eleição da Duma (Parla-
mento), mas assim que pôde procurou dominá-la.
Em relação aos trabalhadores, o grande avanço 
foi a criação dos sovietes, conselhos de operários que 
surgiram em 1905, em várias cidades da Rússia, durante 
as primeiras lutas contra a autocracia czarista. Mais 
tarde, em 1917, os sovietes vão desempenhar um papel 
fundamental na tomada do poder pelos bolcheviques, 
tornando-se um grupo de pressão extremamente 
influente, competindo com o governo provisório e 
considerados como instrumentos de insurreição.
Nicolau II foi obrigado a fazer concessões (o Mani-
festo de Outubro), contudo não cumpriu a promessa: 
melhoria das condições de vida dos operários; liberdade 
de imprensa e de uma democracia verdadeira.
Fatores que contribuíram 
para a eclosão da 
Revolução
Autoritarismo do czar
O czar Nicolau II governava o país despoticamente, 
sem se preocupar com as necessidades básicas da popu-
lação. A grande ambição do czar era estender os domínios 
do Império Russo à custa do decadente Império Turco.
A autocracia russa tinha seu poder respaldado na 
aristocracia e na Igreja Ortodoxa. Os camponeses (imen-
sa maioria da população), os operários e a burguesia 
estavam à margem do poder político.
Os primeiros dez anos do reinado de Nicolau 
são em grande parte a história de uma tendência 
à fuga dos trabalhos do cérebro de um homem... 
que era desesperadamente incapacitado para 
compreender e controlar a Rússia.
Alan Moorehead
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 Czar Nicolau II
Escândalos da família imperial
A esposa de Nicolau II, a czarina Alexandra, deixou-
-se influenciar demasiadamente pelo “monge” siberiano 
Rasputin, ao qual ela recorreu para salvar o pequeno 
Alex, príncipe herdeiro que sofria de hemofilia. Rasputin 
começou a influir na política, fazendo inclusive com que 
alguns políticos, seus inimigos, perdessem os cargos 
que ocupavam. A sua vida dissoluta e imoral fez com 
que muitos se revoltassem contra ele. Muitas pessoas 
dentro da família imperial não suportavam mais Raspu-
tin, até que ele acabou sendo assassinado por um grupo 
liderado pelo príncipe Félix Yussupoff.
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 Rasputin
Fracassos na Primeira Guerra 
Mundial
A Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial ao lado dos 
Aliados contra as Potências Centrais. Sem estradas e comu-
nicações, com um exército aguerrido, porém sem o mínimo 
preparo, os soldados morriam de fome e de frio. As derrotas 
se sucediam, mas o governo permanecia insensível ao 
reclamo dos soldados, que queriam apenas pão e paz.
Politização da burguesia e do 
proletariado
A burguesia russa não tinha ainda o mesmo peso 
da francesa ou inglesa, mas já estava se consolidando. 
O que essa burguesia almejava era uma República bur-
guesa do estilo da França ou, na pior das hipóteses, uma 
monarquia parlamentarista à moda inglesa. 
O sofrido operariado russo encontrava-se, na época 
da Revolução, bastante politizado, daí o sucesso dos 
bolcheviques na Revolução de Outubro de 1917.
Aula 13
3História 4B
Desigualdades sociais
Enquanto a aristocracia e os setores da burguesia 
viviam no luxo e na ostentação, preocupados com caça-
das e com a moda parisiense, a grande maioria do povo 
russo, operários e camponeses, vivia na mais completa 
miséria. Operários, premidos pela fome, exigiam pão. 
A insatisfação popular aprofundava a crise econômica, 
que se tornava incontrolável em virtude das despesas de 
guerra.
Revolução Burguesa
No início de 1917, a situação da Rússia era insus-
tentável. As derrotas externas, a crise econômica e 
social e a insatisfação de amplos setores da sociedade 
chegaram ao ponto máximo. Segundo o historiador 
inglês Christopher Hill, os salários nominais davam para 
comprar menos de 45% dos gêneros adquiridos em 
1913. No front, o número de desertores chegou a um 
milhão e quinhentos mil. Os alimentos passaram a ser 
racionados. A abdicação do czar era inevitável, o que, de 
fato, ocorreu no começo de março.
A Rússia tornou-se uma República parlamentarista. O 
príncipe Gueorgui Lvov formou um gabinete que tinha 
Kerenski como Ministro da Guerra. O Partido Cadete 
(Partido Constitucional Democrata), representando os 
liberais moderados, estava no poder. O novo governo 
libertou os presos políticos, concedeu liberdade de im-
prensa, prometeu realizar eleições para uma Assembleia 
Constituinte, mas não retirou a Rússia da guerra.
Em abril de 1917, Lenin voltou do exílio, lançando 
as Teses de Abril. Neste programa, propunha que a 
Rússia deveria sair imediatamente da guerra, que fosse 
formada umaRepública de sovietes e que os bancos e 
propriedades privadas fossem nacionalizados.
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 Aleksander Kerenski
Revolução Socialista
O Partido Bolchevique crescia rapidamente, apesar 
das perseguições. Em abril de 1917, nas suas fileiras, já 
havia 80 mil pessoas e, em julho, 240 mil. Os bolcheviques 
propunham o fim imediato da participação da Rússia na 
Primeira Guerra, a imediata nacionalização de todas as 
propriedades e a coletivização de toda a Rússia. Em 7 de 
outubro, percebendo que o momento adequado havia 
chegado, Lenin voltou secretamente a Petrogrado.
Por proposta de Lenin, a insurreição começou em 
24 de outubro (isto é, 6 de novembro, de acordo com o 
calendário gregoriano). Depois de tomarem os pontos 
estratégicos, começou a espetacular invasão do Palácio 
de Inverno. Na noite de 25 de outubro, quando ainda 
continuava o assalto ao Palácio de Inverno, começou o 
II Congresso dos Sovietes de toda a Rússia.
O telégrafo transmitiu por todo o país o apelo do 
Congresso “aos operários, soldados e camponeses!”. Esse 
apelo, redigido por Lenin, dizia: Apoiando-se na vontade 
da imensa maioria dos operários e da guarnição que se 
realizou em Petrogrado, o Congresso tomou o poder 
nas suas mãos. O Congresso decreta: toda a autoridade 
local passa para os sovietes de deputados dos operários, 
soldados e camponeses, que devem assegurar uma 
verdadeira ordem revolucionária.
Com os bolcheviques no poder, foi eleita uma Assem-
bleia Nacional Constituinte. Com menos de 30% dos 
votos, num golpe de força, os bolcheviques dissolveram 
a Assembleia. A ditadura ia se consolidando, e a paz era 
fundamental para que o novo regime não sucumbisse, 
daí as negociações para retirar a Rússia da guerra.
 Discurso de Lenin. Fragmento do quadro de V. Serov
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4 Extensivo Terceirão
A Revolução consolida-se
Os alemães impuseram aos russos o humilhante Tra-
tado de Brest-Litovski, pelo qual os russos abriram mão 
da Lituânia, Estônia, Letônia, parte da Polônia, Finlândia 
e possessões turcas. Porém Lenin sabia que só com a paz 
interna ele consolidaria as conquistas revolucionárias. As 
tentativas contrarrevolucionárias eram enormes. Alema-
nha, França, Inglaterra e Estados Unidos queriam sufocar 
a revolução. Internamente os brancos, alcunha dada aos 
contrarrevolucionários, cercavam os bolcheviques em 
Petrogrado e Moscou. A ofensiva vermelha reiniciou a 
luta. Sob a liderança de Trotski, foi criada a Tcheca, polícia 
secreta, que muito contribuiu para a consolidação do re-
gime. O governo tentou estabelecer um comportamento 
econômico, baseado no “comunismo de guerra”: todas 
as terras foram nacionalizadas; os artigos de primeira 
necessidade foram racionados; proibiu-se o lucro; e os 
bens da Igreja Ortodoxa foram confiscados.
Os contrarrevolucionários, com o apoio das nações 
capitalistas, tudo fizeram para sufocar a revolução.
Trotski, comandando o Exército Vermelho, liquidou 
os “exércitos brancos” em 1921, pondo fim à guerra civil.
O “comunismo de guerra” produziu o colapso da 
economia russa, que regrediu a níveis inferiores aos de 
antes da Primeira Guerra.
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 Vítimas da grande fome que atingiu a Rússia em 1921 – 1922
“A guerra foi uma tragédia terrível para o povo 
russo, com um custo enorme de vidas e sofrimen-
to humano. Levando-se em conta os mortos no 
Terror Vermelho, na ação militar e nos pogroms 
antijudaicos dos brancos, os que morreram de 
fome e os que pereceram de disenteria e nas epi-
demias de tifo e febre tifoide, o número total de 
mortos foi de, pelo menos, 8 milhões, ou seja, 
mais de quatro vezes o número de russos mortos 
na Primeira Guerra Mundial (1,7 milhão). A eco-
nomia estava em ruínas e o rublo valia apenas 1% 
de seu valor em outubro de 1917.”
LOWE, Norman. História do Mundo Contemporâneo. 
Porto Alegre: Penso, 2011, p. 373.
A resistência dos camponeses para entregar parte de 
suas colheitas ao Estado, a especulação levada a cabo pe-
los camponeses ricos (chamados de kulaks), a ocupação 
desordenada das fábricas, a queda da produtividade e so-
bretudo a fome geraram uma série de insurreições. A mais 
grave aconteceu na Base Naval de Kronstadt, em março 
de 1921. A insurreição foi reprimida pelos bolcheviques 
liderados por Trotski. A Revolução de Kronstadt objeti-
vava a democratização do regime que para eles havia se 
transformado em uma ditadura de capitalismo de Estado. 
Além de reprimidos foram depois desmoralizados e difa-
mados. Na Ucrânia, os anarquistas liderados por Nestor 
Makhno apoiaram os bolcheviques contra os “exércitos 
brancos” mas depois foram descartados e reprimidos.
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 No dia 17 de julho de 1918, em Ekaterinburgo, a família imperial 
foi executada. Os corpos foram mergulhados em ácido sulfúrico 
e enterrados.
Por que os bolcheviques
venceram?
 • Faltava aos exércitos dos brancos uma estrutura 
centralizada.
 • Os vermelhos tinham um maior número de soldados 
e controlavam as indústrias modernas. Daí estarem 
melhor armados.
 • A liderança qualificada de Trotski.
 • Grande parte dos camponeses apoiaram os verme-
lhos, pois estes fizeram uma reforma agrária.
Lenin tomou medidas decisivas, conhecidas como 
comunismo de guerra, para controlar os recursos econô-
micos do Estado.
Lenin conseguiu apresentar os bolcheviques como 
um governo nacionalista que lutava contra estrangeiros, 
e mesmo que o comunismo de guerra não tivesse popu-
laridade entre os camponeses, os Brancos se tornaram 
ainda mais impopulares em função de suas conexões 
estrangeiras.
LOWE, Norman. Obra citada, p. 373.
Aula 13
5História 4B
Testes
Assimilação
13.01. (UNIP – SP) – A queda do socialismo real no Leste 
Europeu conduziu o mundo a uma reflexão a respeito da 
bipolarização entre capitalismo e socialismo. Na Rússia, o so-
cialismo foi implantado em 1917 sob a liderança do Partido:
a) Bolchevique
b) Social-Democrata
c) Conservador
d) Menchevique
e) Liberal-Burguês
13.02. (UFGO – GO) – Se compararmos a Revolução Russa com 
a Francesa, os bolchevistas poderiam ser comparados com os:
a) feuillants
b) sans-culottes
c) girondinos
d) termidorianos
e) jacobinos
13.03. (FGV – SP) – A abolição do princípio da propriedade 
privada, a estatização dos meios de produção e a assinatura 
de um tratado de paz com a Alemanha, marcando a saída 
do país da guerra, foram as principais medidas adotadas na 
Rússia por:
a) Trotsky, em abril de 1924
b) Stalin, em agosto de 1929
c) Kerensky, em fevereiro de 1917
d) Kornilov, em setembro de 1921
e) Lenin, no início de 1918
13.04. (UEFS) – Uma política foi sendo aos poucos colocada 
em prática, desde 1919, pelos países vencedores na Pri-
meira Guerra Mundial: não intervir, porém conter o bol-
chevismo. Formar uma “barragem contínua”, apoiando-se 
no exército polonês e no exército romeno. Era o primeiro 
esboço do mais tarde chamado “cordão sanitário”.
(Jean-Jacques Becker. O Tratado de Versalhes, 2011. Adaptado.)
O historiador alude, implicitamente, 
a) à irrelevância da revolução russa nas relações interna-
cionais. 
b) à ausência de plano no combate dos capitalistas ao 
socialismo soviético. 
c) à aliança entre nações capitalistas e forças czaristas no 
combate ao socialismo. 
d) à defesa pelo Ocidente das liberdades democráticas nos 
estados socialistas. 
e) à consolidação da revolução socialista na Rússia soviética. 
Aperfeiçoamento
13.05. (UFES) – A “Nova Política Econômica” do governo so-
viético (conhecida no Ocidente como NEP) foi uma medida:
a) implementada por Lênin com o objetivo de promover o 
desenvolvimento econômico do campo.
b) implantada por Stalin com vistas a aprofundar o chamado 
“Comunismo de Guerra”.
c) adotada por Kruschev para promover uma industrializa-
ção maciça e o capitalismo de Estado.
d) implementada por Gorbachev para combater a pobreza 
no campo ereintroduzir o princípio de mercado.
e) implantada por Lênin para promover o recuo do “Comu-
nismo de Guerra” e o estabelecimento do capitalismo 
de Estado.
13.06. (PUCCAMP – SP) – No contexto da Revolução Russa 
(1917), os bolcheviques:
a) formaram o “Exército Vermelho”, liderado pelos antigos 
comandantes militares.
b) uniram-se numa organização contrarrevolucionária para 
derrubar o poder conquistado pelos mencheviques.
c) defendiam a conquista do poder pelos trabalhadores 
através de eleições.
d) defendiam a posição segundo a qual os trabalhadores 
só chegariam ao poder pela luta revolucionária, com a 
formação de uma ditadura do proletariado.
e) alteraram sua denominação para “Partido da Ditadura”, 
proibindo toda oposição ao regime socialista.
13.07. (ACAFE – SC) – A Revolução ocorrida na Rússia, em 
1917, implantou efetivamente o primeiro regime socialista 
duradouro implantado por um país. Nesse contexto, e acerca 
dos eventos que se relacionam com esta revolução é correto 
afirmar, exceto: 
a) A insatisfação da população com o Czar (Monarca Russo) 
só crescia. As longas jornadas de trabalho, os altos im-
postos e a falta de alimentos contribuíram para o levante 
contra o Czar. 
b) Durante a Guerra Civil, o Exército branco contou com 
o apoio de nações capitalistas, como Estados Unidos, 
França, Grã-Bretanha e Japão. 
c) Os mencheviques foram diretamente responsáveis por 
implantar o socialismo na Rússia, obtendo o apoio dos 
sovietes e do parlamento russo, conhecido como Duma. 
d) No final do ano de 1917 iniciava-se o regime socialista 
na Rússia, liderado por Lênin. As fábricas, os bancos e os 
estabelecimentos comerciais foram nacionalizados. 
6 Extensivo Terceirão
13.08. (ESPM – SP) – Quando os bolcheviques – até então 
um partido de operários – se viram em maioria nas prin-
cipais cidades russas, e sobretudo na capital, Petrogrado 
e Moscou, e depressa ganharam terreno no exército, a 
existência do Governo Provisório tornou-se cada vez 
mais irreal; em especial quando teve de apelar às forças 
revolucionárias na capital para derrotar uma tentativa de 
golpe contrarrevolucionário de um general monarquista 
em agosto. A onda radicalizada de seus seguidores ine-
vitavelmente empurrou os bolcheviques para a tomada 
do poder. O Governo Provisório, sem mais ninguém 
para defendê-lo, simplesmente se esfumou.
(Eric Hobsbawm. Era dos Extremos: o breve século XX – 1914-1918) 
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, quem 
liderava o Governo Provisório derrubado pela Revolução 
Bolchevique e quem assumiu a presidência do Conselho de 
Comissários do Povo, organizado após a revolução de 25 de 
outubro (7 de novembro no calendário gregoriano): 
a) Príncipe Lvov – Stalin;
b) Kerenski – Lênin; 
c) Kornilov – Trotski;
d) Koltchak – Bukharin; 
e) Denikine – Kamenev. 
13.09. (PUC – SP) – “Vamos trabalhar com o rifle por perto”
São os dizeres do cartaz abaixo, afixado em lugares públicos 
das grandes cidades russas em 1920. 
LEBEDEV, Vladimir. Vamos trabalhar com o rifle por perto. Rússia, 1920. Disponível 
em: <https://www.wdl.org/en/item/9605/>. Acesso em: 06/11/2017.
Exemplo de propaganda do governo revolucionário, é COR-
RETO afirmar que a finalidade do cartaz era
a) arregimentar as massas trabalhadoras para a derrubada 
da república liberal instalada em fevereiro de 1917. 
b) manter os trabalhadores mobilizados para a guerra civil 
em curso, na defesa da revolução bolchevique contra seus 
inimigos, internos e externos. 
c) defender o governo provisório, liderado por Alexander 
Kerensky , com apoio dos socialistas moderados. 
d) incentivar a os trabalhadores a integrar o Exército Branco, 
que reunia contrarrevolucionários russos e potencias 
estrangeiras. 
13.10. (MACK – SP) – “Hoje ainda é moda (...) falar da 
Revolução bolchevique como de uma ‘aventura’. Muito 
bem, se for uma aventura, trata-se de uma das mais 
maravilhosas em que já se empenhou a humanidade, 
aquela que abriu às massas laboriosas o campo da 
história,...”
John Reed
Sobre a Revolução Russa, assinale a alternativa correta.
a) O Governo Provisório retirou a Rússia da Grande Guerra, 
fez a reforma agrária e aprovou leis favoráveis aos traba-
lhadores, por isso tornou-se permanente, consolidando 
o poder dos bolcheviques.
b) Os bolcheviques liderados por Lenin tomaram o poder em 
outubro (novembro no calendário ocidental), instaurando 
um regime de partido único. Retiraram a Rússia da Grande 
Guerra, fizeram uma reforma agrária e procuraram atender 
os interesses da classe trabalhadora.
c) Trostki se opôs a Lenin durante a guerra civil, por isso foi 
afastado do comando do Exército Vermelho e enviado 
para um gulag na Sibéria.
d) Os mencheviques tiveram um papel fundamental na 
ascensão de Stalin e na instauração de um regime 
democrático-parlamentar.
e) Lenin estabeleceu uma aliança estratégica com a Ale-
manha, contribuindo para adiar o fim da Primeira Guerra 
Mundial. 
Aprofundamento
13.11. “Paz, Pão e Terra”.
(Lenin)
Assinale a opção que apresenta corretamente um fator que 
conduziu à Revolução Russa (1917):
a) A participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial 
(1914-1918) recuperou a economia do país e permitiu 
ao czar abafar com sucesso as críticas da oposição e os 
movimentos armados contrários ao regime.
b) O lançamento do “Manifesto de Outubro” (1905), instau-
rando a monarquia constitucional parlamentar, possibi-
litou a criação dos sovietes (conselhos de trabalhadores) 
e significou uma tentativa de liberação do regime, que, 
entretanto, não foi consolidada.
c) A divulgação das “Teses de Abril”, propostas pelos aristo-
cratas, as quais pregavam a ampliação das atribuições do 
Parlamento, o fim dos sovietes e a cassação imediata dos 
deputados bolchevistas.
Aula 13
7História 4B
d) A vitória na Guerra Russo-Japonesa (1905), ampliou o 
apoio ao czar, que encerrou as manifestações revolucioná-
rias com uma violenta repressão contra os mencheviques, 
conhecida como o “Domingo Sangrento”.
e) O controle do Parlamento (Duma) pelos bolcheviques, 
após o assassinato do ministro Stolypin (1911), favoreceu 
a gradativa diminuição dos poderes políticos do czar e 
sua submissão aos deputados do povo até a Revolução 
de 1917.
13.12. (PUC – SP) – Leia o trecho a seguir:
“O povo estava farto da guerra e havia perdido toda a 
confiança no Czar: (...) O próprio czar fora para o quar-
tel general para proteger-se; e quando tentou voltar para 
Petrogrado os trabalhadores ferroviários detiveram seu 
trem. Todo mecanismo da monarquia havia parado; o 
czar havia tentado dissolver a Quarta Duma, tal como 
fizera com as anteriores, mas desta vez os parlamenta-
res se recusaram a se dispersar, e formaram um Comitê 
Provisório, que nomeou o Governo Provisório.”
Sobre as circunstâncias em que se desenvolveram os fatos 
descritos acima, é correto afirmar que
a) a derrubada da monarquia, em março de 1917, na Rússia, foi 
conduzida pelos bolcheviques-parlamentares que contro-
laram o poder na Duma; durante todo o Governo Provisório.
b) a precipitação do processo revolucionário russo foi produzi-
da pela manutenção desse país na Primeira Guerra Mundial, 
o que resultou em 4 milhões de baixas, aproximadamente.
c) os sovietes – comitês locais de trabalhadores – funcio-
naram, desde sua criação em 1906, sob liderança dos 
bolcheviques, que buscavam espaço de atuação no 
governo czarista.
d) as movimentações sociais que resultaram na queda da 
monarquia russa, em 1905, tomaram-se conhecidas como 
“Ensaio Geral”, já que funcionaram como antecâmara da 
revolução socialista.
e) o deputado Kerensky, representou, no governo provisório, 
em 1917, as posições mencheviques, que tinham como 
palavra de ordem “Todo Poder aos Sovietes”, indicavam 
maior participação popular nas decisões políticas.
13.13. (FGV – SP) – “Caros camaradas, soldados, mari-
nheiros e trabalhadores, tenho o prazer de congratulá-
-los pela vitória da revolução russa, saudá-los como 
a vanguarda do exército proletário internacional(...) 
A guerra do banditismo imperialista é o começo da 
guerra civil na Europa. (...). Na Alemanha, tudo já está 
fermentando! Não hoje, mas amanhã, qualquer dia, 
pode ocorrer o colapso geral do capitalismo europeu. 
A revolução russa que vocês realizaram deu o golpe 
inicial e inaugurou uma nova era. (...). Viva a Revolução 
Social Internacional!”
Discurso de Lenin em 16 de abril de 1917, citado em Wilson, E., Rumo 
à estação Finlândia. São Paulo: Cia. Das Letras, 1986. p. 441
Assinale a alternativa que melhor apresenta a temática 
central do discurso de Lenin:
a) O apelo à manutenção da ordem interna em meio ao 
processo revolucionário bolchevique.
b) A defesa da união de russos e alemães contra os imperia-
listas, na Primeira Guerra Mundial.
c) A defesa da permanência russa na Primeira Guerra 
Mundial como fator necessário à desestabilização do 
capitalismo internacional.
d) O triunfo da revolução menchevique na Rússia como o 
primeiro passo para a revolução socialista mundial.
e) A comemoração por conta da derrocada do sistema 
capitalista internacional, com o fim da Primeira Guerra 
Mundial.
13.14. (PUCPR) – A Revolução Russa de 1917 foi uma série 
de conflitos que derrubou o regime czarista russo e levou 
ao poder o Partido Bolchevique, grupo liderado por Lênin, 
que logo após chegar ao poder em outubro de 1917 imple-
mentou uma série de mudanças como: 
a) A tomada das propriedades privadas da Igreja Ortodoxa e 
da nobreza com o pagamento de indenizações. 
b) A estatização das grandes indústrias e latifúndios, man-
tendo bancos e transportes sob iniciativa privada. 
c) O pedido de paz e saída da Primeira Guerra Mundial, 
concretizado através do Tratado de Brest-Litovski. 
d) O fim do regime de servidão que perdurara mesmo após 
as promessas do czar Nicolau II de sua extinção. 
e) A ocupação das terras a oeste da Rússia, antes conside-
radas colônias, como a Lituânia e a Letônia. 
13.15. (PUC – RS) – Em 1917, liderados por Lenin e Trotski, 
os bolcheviques ganharam popularidade com as “Teses 
de Abril”, enunciadas na plataforma “paz, terra e pão”, que 
propunha:
a) a manutenção da Rússia na Primeira Guerra Mundial, a 
conquista da Manchúria e a formação dos soviets;
b) a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial, a instauração 
de uma monarquia parlamentar e a formação da Guarda 
Vermelha;
c) a entrada da Rússia na Primeira Guerra Mundial, a instala-
ção da ditadura do proletariado e a adoção de uma nova 
política econômica (a NEP);
d) a manutenção da Rússia na Primeira Guerra Mundial, o 
domínio dos estreitos de Bósforo e Dardanelos e a forma-
ção de um parlamento (DUMA);
e) a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial, a divisão 
das grandes propriedades entre os camponeses e a 
regularização do abastecimento interno.
8 Extensivo Terceirão
13.16. (UEL – PR) – Compreender o processo revolucionário 
socialista ocorrido na Rússia de 1917 implica discernir histo-
ricamente os seus autores e as atitudes assumidas por eles.
Desta forma, pode-se afirmar:
a) O partido comunista russo, criado por Marx e Engels em 
pleno vigor da lei de exceção imposta pelo Czar Nicolau 
II, adotou táticas de guerrilha de elevada eficácia socio-
política, vencendo assim a guerra revolucionária.
b) O processo revolucionário leninista colocou um ponto 
final no período feudal soviético dos Petrogrados, unindo 
os comerciantes revolucionários das principais cidades e 
os camponeses como anteriormente havia ocorrido na 
Revolução francesa de 1789.
c) O comandante do exército bolchevique, Stalin, assumiu 
o poder no processo revolucionário expulsando o Czar e 
nomeando como seu líder no congresso socialista, Trotski, 
organizador das barricadas sindicais na Praça Vermelha.
d) Marx e Bakunin elaboraram os princípios revolucionários 
de uma sociedade socialista, no entanto, devido aos in-
tensos debates entre eles sobre a forma como o processo 
deveria ocorrer, distanciaram-se, tornando-se adversários.
e) Proudhon, exilado na Rússia, organizou os operários em 
sindicatos comunistas que, na revolução, se integraram ao 
exército vermelho chefiado por Kerensky, estabelecendo 
a estratégia da guerra total contra o exército branco.
13.17. (UFRJ) – 
“Decreto sobre terras da reunião dos sovie-
tes de deputados operários e soldados.
26 de outubro (8 de novembro) de 1917
1. Fica abolida, pelo presente decreto, sem nenhuma 
indenização, a propriedade latifundiária.
2. Todas as propriedades dos latifundiários bem 
como as dos conventos e da igreja, acompanhadas 
de seus inventários, construções e demais acessó-
rios ficarão a disposição dos comitês de terras e dos 
Sovietes de Deputados Camponeses, até a convoca-
ção da Assembleia Constituinte.
3. Quaisquer danos causados aos bens confiscados, 
que pertencem, daqui por diante, ao povo, é crime 
punido pelo tribunal revolucionário. Presidente do 
Soviete de Comissários do Povo – Vladimir Ulia-
nov – Lenin”.
ln: NENAROKOV, A. P. 1917: “a Revolução mês a mês”. Rio 
de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967. p. 169.
A edição deste decreto pelo novo governo revolucionário 
russo imediatamente após a tomada do poder exprime a 
necessidade de:
a) explicitar o caráter camponês da Revolução Russa.
b) dar a burguesia russa uma garantia de que seus bens e 
propriedades permaneceriam intocados.
c) enfraquecer o poder dos antigos latifundiários e ganhar 
a imensa massa camponesa russa para a causa da Re-
volução, garantindo seu acesso à terra a partir de uma 
reforma agrária.
d) permitir aos antigos proprietários das terras, a nobreza 
expropriada pela Revolução de fevereiro de 1917, a reto-
mada de seus direitos.
e) garantir a propriedade privada da terra para os novos 
detentores do poder, os Sovietes de Deputados e Cam-
poneses.
13.18. (PUC – RJ) – 
historiaporimagem.blogspot.com.br. Charge de Viktor Denisov 
(1920) Tradução: “Camarada Lênin limpa a Terra do mal”
A Revolução Russa foi um dos mais importantes eventos 
do século XX, e os historiadores apresentaram, ao longo do 
tempo, diversas interpretações sobre os acontecimentos 
iniciados em 1917. A história do socialismo na Rússia foi 
movida por uma série de contradições e conflitos, internos 
e externos, que levaram o país a um determinado modelo 
de socialismo.
A charge acima mostra Lênin, líder do grupo bolchevique, 
varrendo do planeta Terra aqueles que seriam os adversários 
do socialismo.
Considerando a imagem,
a) Identifique dois “inimigos” do socialismo representados 
entre aqueles que estavam sendo “varridos” por Lênin.
Aula 13
9História 4B
b) Explique uma consequência da vitória dos socialistas para 
a sociedade russa. 
Desafio
13.19. (UFSC) – A Revolução Russa, ocorrida em 1917, foi 
resultado de diferentes movimentos de insatisfação que 
culminaram com o fim do czarismo e a criação da União 
das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A liderança do 
operariado russo no processo revolucionário do país ganhou 
visibilidade internacional e contribuiu para o crescimento das 
lutas trabalhistas pelo mundo.
Sobre o contexto dessa revolução e sobre lutas trabalhistas 
ao longo do século XX, é correto afirmar que: 
01) na revolução de fevereiro de 1917, as principais lide-
ranças socialistas operárias russas, Alexander Kerensky 
e Vladimir Lenin, comandaram a queda do czarismo, 
retiraram a Rússia da Primeira Guerra Mundial e implan-
taram um governo inspirado no marxismo. 
02) no Brasil, em 1917, um movimento operário inspirado 
em ideais anarquistas liderou uma grande greve que 
envolveu várias categorias profissionais. 
04) a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), documento 
que reúne as leis trabalhistas brasileiras, foi resultado 
do diálogo estabelecido entre o movimento operário 
brasileiro e o governo militar durante os anos 1970. 
08) criado e implantado no governo de João Goulart, em 
1963, o Estatuto do Trabalhador Rural Brasileiro foi re-
sultado da articulação entre a bancada ruralista e os 
movimentos sociais rurais do país. 
16) entre as medidas tomadaspelo “governo provisório” de 
Getúlio Vargas (1930-1934), está a criação do Ministério 
do Trabalho, Indústria e Comércio, por meio do qual o 
Estado passava a intervir nas relações entre patrões e 
empregados. 
32) no início do século XX, para se organizarem e lutarem 
por melhorias, os trabalhadores russos criaram os so-
vietes, conselhos formados por representantes de ope-
rários, camponeses e soldados.
13.01. a
13.02. e
13.03. e
13.04. e
13.05. e
13.06. d
13.07. c
13.08. b
13.09. b
13.10. b
13.11. b
13.12. b
13.13. b
13.14. c
13.15. e
13.16. d
Gabarito
13.17. c
13.18. a) A imagem apresenta, pelo menos, quatro inimigos do socialismo 
russo: a monarquia russa, a aristocracia (tanto russa quanto de 
outras monarquias inimigas da revolução), a igreja católica orto-
doxa russa e a burguesia russa.
b) A principal consequência foi a queda do czarismo russo e a ado-
ção de um regime republicano comunista. 
13.19. 50 (02 + 16 + 32)
10 Extensivo Terceirão
4B
URSS: de Lenin a Stalin
Aula 14
História
Socialismo real
Karl Marx e Friedrich Engels profetizaram que as 
revoluções socialistas ocorreriam nos países avançados 
do Ocidente, especialmente na França, Inglaterra e 
Alemanha. Não foi o que aconteceu, pois a revolução 
triunfou na Rússia, que era um país atrasado.
Lenin, por um certo tempo, acreditou na possibilida-
de de revoluções no Ocidente, mas suas esperanças não 
se concretizaram. O socialismo deveria ser construído na 
Rússia com as suas próprias forças. Era uma experiência 
nova, daí os erros e as dificuldades.
 Armas da República Socialista Federativa 
Soviética da Rússia
Nova política econômica
Em 1921, a situação da Rússia soviética era desespe-
radora. Fome, burocratização do regime e uma grande 
apatia tomavam conta de muitos. A economia ia mal. As 
mudanças eram necessárias.
“Um passo atrás para dar dois à frente”, foi como 
Lenin definiu, em 1921, a Nova Política Econômica. 
Com o objetivo de reativar a produção que estava em 
queda, restaurou-se parcialmente a economia de mer-
cado. Foram restabelecidos a distinção de salários e o 
comércio exterior, suprimida a requisição compulsória 
de produtos agrícolas, autorizada a constituição de 
empresas privadas e a inversão de capitais estrangeiros. 
Assim, ao lado do setor estatal, ressurgiu o setor privado 
da economia, de cunho marcadamente capitalista. 
A nova política econômica prolongar-se-ia até 1928, 
quando deu origem aos planos quinquenais.
Formação da URSS
Com o Tratado de Brest-Litovsk, a nova Rússia per-
deu 700 000 km2 em relação ao Império dos czares. A 
Polônia tornou-se independente, e se formaram outros 
Estados que, até então, haviam feito parte do Império 
Russo: Lituânia, Letônia, Estônia e Finlândia. A Romênia 
anexou a Bessarábia.
Em dezembro de 1922, durante um congresso dos 
sovietes, nasceu a União das Repúblicas Socialistas 
Soviéticas, compreendendo quatro repúblicas: Rússia, 
Ucrânia, Bielo-Rússia e Transcaucásia. Mais tarde, outras 
repúblicas passaram a integrá-la: Uzbequistão e Turco-
menistão (1924) e Tadjiquistão (1929).
Luta pelo poder
Com a morte de Lenin, em 1924, desencadeou-se 
a luta pelo poder. De um lado, Trotski, comissário do 
povo para a guerra; do outro, Stalin, secretário-geral do 
partido. Essa luta representou o confronto de duas con-
cepções revolucionárias: Trotski defendia a necessidade 
de estender a revolução a todos os países; Stalin defen-
dia a tese da consolidação do socialismo na URSS. Em 
1925, Trotski foi destituído do cargo de comissário para 
a guerra; em 1927, foi expulso do partido e, em 1929, 
foi exilado da URSS. Stalin permaneceu no poder até sua 
morte em 1953. Trotski foi assassinado no México, em 
1940, por um agente da NKVD (comissariado do povo 
para assuntos internos).
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 Stalin Trotski
Os historiadores têm procurado compreender como 
Stalin chegou ao poder supremo. Norman Lowe fez a 
seguinte síntese:
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ons/Government of the Russian Soviet Federative Socialist Republic/Painter Н.А.Андреев (N.A.Andreev)
Aula 14
11História 4B
 • O brilhantismo de Trotski gerava 
inveja e ressentimento entre 
outros membros do Politburo. 
A sua arrogância não era apre-
ciada e muitos não gostavam do 
fato de que ele tinha se juntado 
aos bolcheviques pouco antes 
da Revolução de Outubro.
 • Os membros do Politburo subes-
timaram Stalin. Eles o considera-
vam apenas um administrador 
competente.
 • Stalin usou sua posição de forma 
inteligente. Como secretário-
-geral procurava nomear seus 
apoiadores como secretários das 
organizações locais do Partido 
Comunista, de tal maneira que, 
em 1928, todos os órgãos e 
congressos estavam repletos de 
stalinistas.
 • Stalin soube usar as divergências 
em vantagem própria. Apoiou 
Bukharin contra Kamenev e 
Zinoviev. Em 1929 se voltou 
contra Bukharin, que apoiara 
a Nova Política Econômica. A 
maioria dos membros do Partido 
apoiou Stalin, pois a NEP estava 
começando a falhar e os kulats 
estavam bloqueando o progres-
so e enriquecendo.
Era Stalin
De 1924 até 1953, o georgiano 
(nascido na Geórgia) Stalin governou 
com mãos de ferro a URSS. É inegável 
que, sob a sua direção, o país saiu do 
arado de madeira aos reatores nu-
cleares, mas é verdade também que 
a repressão foi a tônica do regime. A 
democracia proletária cedeu lugar 
a uma crescente burocratização do 
regime. Muitos expurgos foram reali-
zados. Antigos revolucionários, como 
Bukharin, Zinoviev e Kamenev, 
foram executados. Na luta pelo poder 
valia tudo, e a revolução perdeu as 
suas características originais.
A partir de 1929, entrou em 
vigor o Primeiro Plano Quinquenal, 
que objetivava a coletivização 
das terras (missão dos kolkhozes 
– cooperativas agrícolas – e dos 
sovkhozes – fazendas estatais) e a 
industrialização.
Os kulaks, camponeses que haviam enriquecido com a NEP, reagiram ao 
processo de coletivização, matando animais e destruindo benfeitorias em 
suas propriedades. Comissários enviados pelo governo foram mortos. A rea-
ção do poder soviético foi dura. O processo de “deskulakização” foi marcado 
pela repressão.
Após a morte de Stalin (1953), Nikita Kruschev procurou revelar os erros da 
chamada “Era Stalin”. Dados sobre presos políticos e pessoas executadas foram 
inflados.
Com a abertura dos arquivos da antiga União Soviética, pesquisadores 
comprometidos em buscar a verdade, sem intenções ideológicas, têm revelado 
que houve repressão, porém numa escala muito menor do que se imaginava.
Nos anos de 1932-33, ocorreu uma grande fome e um gigantesco morticí-
nio em regiões da URSS, especialmente na Ucrânia. Para o historiador Thomas 
Wood, o “Holodomor Ucraniano” foi uma política deliberada e genocida levada 
a cabo por Stalin. Já para a historiadora Annie Lacroix-Riz houve fome e mortes, 
porém, as causas foram diversas: seca; epidemia do tifo; requisições forçadas; 
sabotagens dos contrarrevolucionários; equívocos na política de coletivização 
e descaso das autoridades com as necessidades das camponesas.
Por outro lado, a “Era Stalin” foi marcada por um notável progresso mate-
rial, social e educacional, como revela o imparcial Norman Lowe.
“Uma das grandes conquistas do regime stalinista foi a expansão da 
educação gratuita em massa. Em 1917, menos da metade da população 
poderia ser descrita como alfabetizada. Em janeiro de 1930, o governo 
anunciou que, até o final do verão russo, todas as crianças entre 8 e 11 
anos deveriam estar matriculadas nas escolas. Entre 1929 e 1931, o 
número de alunos aumentou de 14 milhões para cerca de 20 milhões. 
Foi nas áreas rurais, onde a educação tinha sido irregular, que ocorreu 
a maior parte desse aumento. Em 1940, havia 199 000 escolas, e mes-
mo nas áreas mais remotas da URSS elas eram proporcionadas. Muitas 
novas faculdades foram estabelecidas para formar a nova geração de 
professores. Segundo o censo de 1939, entre as pessoas de 9 a 49 anos, 
94% nas cidades e 86% nas áreasrurais, estavam alfabetizadas. Em 
1959, esses percentuais subiram para 99 e 98% respectivamente.”
LOWE, Norman. História do Mundo Contemporâneo. 
Porto Alegre: Penso, 2011, 393.
Nas artes, predominou o chamado “realismo socialista” (arte a serviço da 
ideologia, por meio de temas facilmente apreensíveis pelas massas, as quais 
teriam de constituir exemplos edificantes da construção do socialismo). Na 
ilustração, observa-se a mensagem de um Stalin popular.
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12 Extensivo Terceirão
Testes
Assimilação
14.01. (UEG – GO) – Leia o texto a seguir. 
A revolução permanente é uma utopia: a guerra per-
manente é uma realidade. 1914-1985: Primeira Guer-
ra Mundial, Guerra do Rif, Guerra Civil Espanhola, 
Segunda Guerra Mundial, guerras da Indochina, da 
Coréia, do Vietnã, da Argélia, a chamada “Guerra 
Fria”. 
VICENT, G; PROST, A. História da Vida Privada. São 
Paulo: Cia. das Letras, 1992. p. 201. v. 5. 
Após a morte de Lênin houve um racha entre os líderes da 
Revolução Russa. Como contraposição à tese da “revolução 
em um só país”, a concepção de Revolução Permanente, uma 
proposta que pretendia transformar o processo revolucioná-
rio em ação incessante e global, foi defendida por 
a) Stalin, sucessor de Lênin. 
b) Trotsky, líder do exército vermelho. 
c) Nicolau II, último czar da Rússia. 
d) Gorbatchov, criador da Perestroika. 
e) Marx, principal teórico do comunismo. 
14.02. (ESPM – SP) – Em 1915, enquanto a dinastia Ro-
manov comemorava seu tricentenário, a Rússia vivia 
um desastre militar. Com os combates da Primeira 
Guerra Mundial os alemães conquistaram boa parte 
do território russo, mais de um milhão e meio de 
soldados foram mortos. No início de 1917 a Rússia 
estava aniquilada militarmente e desorganizada eco-
nomicamente, ocorriam desabastecimento, escassez e 
distúrbios populares. Em fevereiro e março irrompeu 
a revolução contra o czar Nicolau II. A burguesia russa 
rapidamente instalou um Governo Provisório e uma 
Duma (Parlamento). 
Paulo Visentini e Analúcia Pereira. História do Mundo Contemporâneo.
Deflagrada a Revolução Russa, em fevereiro e março de 1917, 
o Governo Provisório: 
a) firmou um acordo de paz, imediatamente, com os ale-
mães; 
b) aboliu a servidão e eliminou as dívidas dos mujiques 
(servos) para aplacar a revolta popular; 
c) decidiu manter Rússia na Primeira Guerra Mundial, o que 
desgastou o novo governo; 
d) decidiu instaurar planos quinquenais para planificar a 
economia; 
e) instituiu a Nova Política Econômica (NEP), que combinava 
princípios socialistas e capitalistas. 
14.03. (UPF – RS) – A Revolução Russa, iniciada em 1917 e 
que derrubou o regime absolutista czarista e implantou pela 
primeira vez o socialismo em um país.
Em relação às medidas adotadas pelo então novo governo 
socialista, é correto afirmar que 
a) com a livre abdicação do Czar Nicolau II, foi possível a 
formação de uma aliança política entre os líderes do 
antigo regime czarista e os dirigentes do novo governo 
provisório. 
b) Lênin, grande líder socialista, prisioneiro político exilado 
na Sibéria, acabou ficando excluído do processo revolu-
cionário, bem como do governo que se instalou na Rússia. 
c) o início do processo revolucionário caracterizou-se pela 
mudança nas leis dos direitos civis, pela anulação dos 
títulos de nobreza, pela separação entre Igreja e Estado, 
pela reforma agrária e pelo fim da propriedade privada. 
d) o governo socialista implantou imediatamente o projeto 
de reconstrução da economia, a chamada Nova Política 
Econômica (NEP), que eliminou por completo a proprie-
dade privada no país. 
e) no nível político, o governo revolucionário promulgou, 
no mesmo ano de 1917, uma nova constituição, que 
legitimou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas 
(URSS), em decorrência da imediata expansão revolucio-
nária para fora da Rússia. 
14.04. (UNISINOS – RS) – Em 2017, completa 100 anos. Sobre 
a Revolução Socialista Russa, é correto afirmar que
I. foi um dos acontecimentos mais significativos do século 
XX, pois a proposta dos revolucionários colocava em xe-
que a ordem socioeconômica capitalista e forjava outra 
sociedade, com a promessa de distribuição de terras para 
os camponeses, de fábricas para os operários, de paz para 
os povos e de liberdade religiosa.
II. fundamentou-se em princípios marxistas de abolição da 
propriedade burguesa e privada, do fim das classes sociais 
e do Estado, e o caminho intermediário para alcançar tais 
propósitos seria a ditadura do proletariado.
III. fundamentou-se em princípios liberais da livre concor-
rência e da livre iniciativa, de incentivo à acumulação 
privada de capital industrial e financeiro, da defesa do 
imperialismo.
Sobre as proposições acima, pode-se afirmar que 
a) apenas I e II estão corretas. 
b) apenas II está correta. 
c) apenas III está correta. 
d) apenas II e III estão corretas. 
e) I, II, III estão corretas. 
Aula 14
13História 4B
Aperfeiçoamento
14.05. (FEEVALE – RS) – 
Disponível em: <http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,ha-100-anos-
mulheres-impulsionavam-revoluacao-russa,12711,0.htm>. Acesso em: 09 abr. 2017.
Em 2017, relembramos os 100 anos da Revolução Russa. 
Depois de longo tempo de reivindicações, greves e crise, 
em outubro de 1917, um dos vários grupos revolucionários 
acabaria chegando ao poder. Sobre esse tema, fazem-se as 
seguintes afirmações.
I. O governo da Rússia, naquele período, era uma monar-
quia. O Imperador era chamado de Czar, detinha poderes 
absolutos e também era o líder da Igreja Ortodoxa Russa.
II. Os dois principais grupos de oposição ao Czar eram os 
mencheviques, que defendiam a implantação de me-
didas radicais, e os bolcheviques, que representavam o 
menor grupo e o mais conservador entre os socialistas.
III. O Império Russo vivia um longo período de crise, que foi re-
alimentado pela participação da Rússia na Primeira Guerra 
Mundial, o que desencadeou uma séria crise econômica, 
além de greves e passeatas, em função da fome, miséria e 
incapacidade do governo de resolver os problemas.
Com base nas afirmações, assinale a alternativa correta. 
a) Apenas a afirmação I está correta. 
b) Apenas as afirmações I e II estão corretas. 
c) Apenas as afirmações I e III estão corretas. 
d) Apenas as afirmações II e III estão corretas. 
e) Todas as afirmações estão corretas. 
14.06. (UFRGS) – Considere as afirmações sobre a Revolução 
Russa de 1917 e seus desdobramentos.
I. Após a chamada “Revolução de Fevereiro”, de 1917, e a 
abdicação do czar Nicolau II, foi instaurado um regime 
parlamentar liberal, mais tarde removido pela Revolução 
Bolchevique de outubro do mesmo ano.
II. Durante a guerra civil que se seguiu à Revolução, os Esta-
dos Unidos e as principais potências europeias apoiaram 
a luta dos bolcheviques contra os chamados “brancos” 
contrarrevolucionários.
III. Nos grandes expurgos da década de 1930, muitos dos 
“velhos bolcheviques”, antigos revolucionários aliados de 
Lênin, foram removidos do poder e executados a mando 
de Josef Stalin.
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e III. 
e) I, II e III. 
14.07. (FGV – SP) – Controle público absolutamente 
indispensável. (...) Corrupção inevitável (...) A prática 
do socialismo exige uma completa subversão no espírito 
das massas (...). Instintos sociais em lugar dos instintos 
egoístas (...). Mas ele [Lênin] se engana completamente 
no emprego dos meios. Decreto, poder ditatorial dos 
inspetores de fábrica, sanções draconianas, terror (...). 
A única via que leva a um renascimento é a própria 
escola da vida pública, uma democracia mais ampla 
(...). É justamente o terror que desmoraliza.
Rosa Luxemburgo. A Revolução Russa (1918), apud Marc 
Ferro. A Revolução Russa de 1917, 1974. Adaptado.
A partir do fragmento, é correto afirmar que 
a) o processo de criação do Estado socialista na Rússia, a 
partir de 1917, faz-se com métodos violentos, defendidos 
pela autora: esvaziamento do poderdos sovietes, fortale-
cimento da polícia secreta, burocracia e implantação de 
uma ditadura para realizar as mudanças econômicas tão 
importantes naquele momento de crise. 
b) o texto da militante comunista é uma crítica à forma 
como a Revolução de 1917, liderada por Lênin, organi-
zou o Estado de forma centralizadora, burocrática, sem 
tolerar a oposição, impunha a requisição de grãos, a 
estatização com o comunismo de guerra, afastando-se 
da democracia. 
c) a militante anarquista russa critica a forma como a lide-
rança menchevique usa meios violentos para implantar 
o socialismo, baseado na reforma agrária, no controle 
dos bancos, dos transportes e das riquezas do subsolo, 
na tentativa de diminuir as distâncias sociais e aumentar 
o poder dos sovietes. 
d) a autora considera que a Revolução Russa de 1917 havia 
avançado no seu projeto de construção do Estado socia-
lista e no êxito de suas realizações econômicas: controle 
da máquina administrativa para evitar a corrupção, a 
organização do Estado de forma democrática e o esta-
belecimento da propriedade coletiva. 
e) a militante comunista alemã, a partir de uma crítica 
contundente, aponta erros na rota planejada por Lênin 
para o Estado socialista russo e sugere caminhos como: 
o controle público da economia, o terror com a polícia 
secreta, sanções contra a corrupção administrativa e, 
por fim, a ditadura para garantir os princípios socialistas. 
14 Extensivo Terceirão
14.08. (PUCCAMP – SP) – Regimes que se dizem cristãos e 
que derivam sua autoridade de um determinado corpo 
de textos já variaram do reino feudal de Jerusalém aos 
shakers, do império dos tsares russos à República Ho-
landesa, da Genebra de Calvino à Inglaterra georgiana. 
Em épocas distintas, a teologia cristã absorveu Aristóte-
les e Marx. Todos afirmavam provir dos ensinamentos 
de Cristo – embora em geral desagradando a outros 
cristãos igualmente convencidos de sua cristandade.
HOBSBAWM, Eric. Como mudar o mundo. Marx e o marxismo 
(1840-2011). São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 312.
Sobre o império dos tsares russos a que o texto se refere, 
pode-se afirmar que, na década de 1860, o czar Alexandre 
II, através de empréstimos franceses, inicia 
a) uma intensa reforma social e política como a abolição da 
escravidão, da prisão por dívida, reformas educacionais 
e restabelecimento de liberdade de culto e uma ampla 
reforma agrária com confisco das terras dos nobres 
emigrados. 
b) um forte desenvolvimento industrial e militar na Rússia 
provocando algumas mudanças socioeconômicas, como 
o do controle operário sobre a produção e a distribuição 
igualitária do que for produzido pelos membros da 
sociedade. 
c) uma crescente intervenção do Estado russo sobre a 
economia provocando muitas mudanças, como a deca-
dência dos dogmas do liberalismo, a falência do pequeno 
proprietário de terra e a emissão de moedas para conter 
a inflação. 
d) um acentuado período de planejamento econômico na 
Rússia, por meio de medidas como o financiamento das 
obras públicas, com o intuito de minimizar o desemprego, 
estimular o consumo, aumentar o salário do trabalhador. 
e) uma concentrada industrialização na Rússia provocando 
diversas modificações sociais como o surgimento de um 
vigoroso movimento operário e o início da disputa política 
entre a jovem burguesia e a nobreza russa. 
14.09. (PUC – RJ) – A Revolução Socialista na Rússia, em 
1917, foi um dos acontecimentos mais significativos do sécu-
lo XX, uma vez que derrubou o regime tzarista e estabeleceu 
o socialismo no país. Sobre o contexto sociopolítico anterior 
à Revolução, analise as afirmativas a seguir:
I. A maior parte da população estava no campo, submetida 
a condições de trabalho muito precárias devido a um 
sistema fundiário concentrado.
II. A indústria e o setor financeiro se desenvolveram muito 
ao longo do século XIX e se tornaram a base de uma forte 
burguesia nacional.
III. A igreja ortodoxa mantinha forte influência sobre a elite 
aristocrática e era um dos pilares ideológicos do regime 
monárquico.
IV. No decorrer do século XIX, o operariado russo tornou-se 
a principal oposição ao regime monárquico através de 
uma sólida rede de sindicatos e partidos.
Estão corretas SOMENTE as afirmativas: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) I e III. 
d) I e IV. 
e) III e IV. 
14.10. (FAMERP – SP) – Seja como for, o comunismo não 
se limitava à Rússia. [...] Uma das minhas primeiras 
experiências políticas, quando me tornei membro do 
partido [comunista] na época em que ainda estudava 
em Berlim, foi uma discussão com o companheiro 
responsável por meu recrutamento. Ele ficou descon-
certado quando lhe disse: “Bem, todo mundo sabe que 
a Rússia é um país atrasado, por isso podemos esperar 
que o comunismo tenha suas derrotas por lá.”
(Eric J. Hobsbawm. O novo século, 2000.)
A afirmação do estudante de Berlim e futuro historiador 
inglês baseava-se na ideia de que 
a) as revoluções operárias vitoriosas ocorreram ao longo da 
história nos países mais industrializados. 
b) as rupturas sociais radicais, inauguradas pela Revolução 
Francesa, deram origem a regimes totalitários. 
c) o sucesso revolucionário seria possível somente no caso 
da propagação da revolução para países dominados 
pelos europeus. 
d) a vitória dos comunistas na Rússia foi liderada por partidos 
oriundos dos movimentos camponeses. 
e) a revolução bolchevista deveria enfrentar a questão do 
desenvolvimento econômico do país. 
Aprofundamento
14.11. (UNIOESTE – PR) – Para muitos, ela foi (e continua 
sendo) reconhecida como a maior revolução ocorrida desde 
o século XX; outros, porém, associam-na a um regime extre-
mista que pregou o medo e a repressão; e, para outros tantos 
(talvez a maioria), as marcas de sua existência (caso explícito 
do “comunismo”) ainda rondam a memória individual e 
coletiva de homens e mulheres por todo o planeta, inde-
pendentemente de suas colorações políticas e ideológicas.
Neste ano de 2017, lembramos dos cem anos da chamada 
“Revolução Russa” ou “Revolução Bolchevique” (outubro de 
1917), um dos eventos históricos mais importantes do século 
XX – cujos debates ainda são acalorados – na medida em 
que, durante várias décadas, passou a disputar a hegemonia 
mundial com o capitalismo.
Sobre a Revolução Russa e seus desdobramentos históricos, 
é CORRETO afirmar. 
a) A participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial 
(1914-1918) foi um dos grandes elementos desencade-
adores de uma série de greves e revoltas populares pelo 
País que culminaram com a derrubada do regime czarista 
de Nicolau II. 
Aula 14
15História 4B
b) Uma das memórias mais vivas em nosso tempo presente 
acerca da chamada “Revolução Russa” – conhecida pela in-
ternet e em livros didáticos – e a imagem de Leon Trotsky 
discursando para os trabalhadores na Praça Vermelha em 
maio de 1919. 
c) A consolidação da União das Repúblicas Socialistas 
Soviéticas (URSS), em 1922, depois de uma guerra civil 
de quase cinco anos, teve como seu grande líder Josef 
Stálin, um liberal democrata que defendia a necessidade 
de implantar uma reforma socialista. 
d) Na Rússia do século XXI, em pleno ano do centenário da 
“Revolução Russa”, o governo de Vladimir Putin decidiu 
construir uma estátua em homenagem a Josef Stálin, o 
grande líder daquele evento histórico. 
e) Os bolcheviques, liderados por Plekhanov e Tolstói e que 
representavam a ala mais conservadora dos revolucio-
nários russos, foram derrotados pelos mencheviques nas 
jornadas de outubro de 1917. 
14.12. (PUCCAMP – SP) – Não deixa de ser surpreendente 
que o lirismo delicado de Cecília Meireles tenha se 
mostrado, entre nós, um dos mais permeáveis aos 
acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. De algum 
modo, aquele “costume de sofrer pelo mundo inteiro” 
reflete-se em diversas passagens entre 1939-1945, 
tal como nestes versos do poema “Pistoia, cemitério 
militar brasileiro”:
São como um grupo de meninos
num dormitório sossegado,
com lençóis de nuvens imensas,
e um longo sonosem suspiros,
de profundíssimo cansaço.
MOURA, Murilo Marcondes de. O mundo sitiado. 
São Paulo, Editora 34, 2016, p. 254-255. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, a URSS encontrava-se 
em plena “era stalinista”. Essa era 
a) decaiu em termos de poder político ao serem denuncia-
dos, pelos Estados Unidos, os “crimes de Stalin”, em 1956, 
revelando as atrocidades decorrentes da coletivização 
forçada, numa operação denominada Cortina de Ferro, 
que tinha por objetivo conter o avanço comunista. 
b) sobreviveu à Guerra Fria, consolidando um modelo de 
socialismo e culto à personalidade que se disseminou 
por diversos países por meio do Pacto de Varsóvia e 
desgastou-se somente no fim dos anos 1990, com a 
adoção da Perestroika. 
c) manteve-se com grande base de apoio popular até os 
anos 1980, por ter levado a URSS a um salto de crescimen-
to econômico por meio da indústria de bens de consumo 
duráveis, que transformou esse país na segunda potência 
socialista mundial, atrás somente da China. 
d) perdurou até a morte do líder Joseph Stalin, em 1953, 
sendo caracterizada por um governo marcado por forte 
autoritarismo, rígido planejamento econômico e centra-
lização do poder pelo Partido Comunista. 
e) esfacelou-se com a desintegração da URSS, após sua 
derrota na Guerra da Coréia, momento em que os países 
do Leste Europeu dominados por Stalin passaram a reivin-
dicar novamente sua condição de repúblicas autônomas 
e democráticas. 
14.13. (MACK – SP) – Rosa Luxemburgo, destacada intelec-
tual marxista, escreveu, em 1918, a obra A Revolução Russa. 
Leia com atenção o trecho a seguir:
“A liberdade é sempre a liberdade de quem pensa de 
maneira diferente (...). A ditadura do proletariado 
deve ser obra da classe e não de uma pequena minoria 
dirigente em nome da classe (...). Sem eleições gerais, 
sem liberdade irrestrita de imprensa, de reunião e dis-
cussão (...), algumas dezenas de dirigentes do Partido 
(...) comandam e governam (...). Entre eles, a direção, 
na verdade, está nas mãos de uma dúzia de homens, 
e uma elite, escolhida na classe operária, é de tem-
pos em tempos convocada a aplaudir os discursos dos 
chefes e votar por unanimidade as resoluções que lhe 
são apreendidas”.
Rosa Luxemburgo. A Revolução Russa. Citado em: Antoine Prost. Gérard 
Vincent (orgs). História da Vida Privada: Da Primeira Guerra aos nossos 
dias. v. 5. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, pp. 419-420.
É correto afirmar que, para a autora, o processo revolucio-
nário russo 
a) contribuiu para a imposição das leis proletárias para o 
restante da União Soviética. Segunda essa visão, aos 
soviéticos, por serem a elite socialista, caberia a liderança 
sobre o restante dos países marxistas. 
b) resultou na criação de uma ditadura por parte dos diri-
gentes do partido, e não do proletariado. Em sua visão, a 
ditadura do proletariado deveria partir da classe e não de 
um grupo de dirigentes que fala em seu nome. 
c) criou uma elite burocrática semelhante aos demais paí-
ses capitalistas. Por isso, o governo stalinista deveria ser 
substituído pela ditadura do proletariado, com ampla 
participação do operariado urbano na condução do país. 
d) resultou de uma coalizão de forças entre o campesinato 
e o operariado urbano. Daí a necessidade, apontada no 
texto, de estabelecer um governo centralizador, que fosse 
capaz de congregar interesses diversos. 
e) estabeleceu o comando proletário sobre os dirigentes 
do partido, razão pela qual o governo se encontrava sem 
credibilidade. A solução, segundo o texto, seria atentar 
para os múltiplos interesses envolvidos, e conciliá-los 
no governo. 
16 Extensivo Terceirão
14.14. (FATEC – RS) – Em fevereiro de 1917, revoltas po-
pulares derrubaram o Czar Nicolau II e instauraram uma 
república; em outubro do mesmo ano, foi implantado o 
governo socialista soviético.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o ce-
nário político e econômico dos primeiros anos do governo 
socialista (1917–1924). 
a) Leon Trotsky coordenou o programa de flexibilização das 
leis trabalhistas, o Partido Bolchevique aprovou o envio de 
mais soldados para o fronte da Primeira Guerra Mundial 
e a Igreja Ortodoxa se responsabilizou pelo programa de 
educação popular. 
b) Gorbachev rompeu as relações comerciais com os Estados 
Unidos, dando início à Guerra Fria, pequenos proprietários 
foram expulsos de suas terras, que foram privatizadas e 
entregues ao controle de empresas estrangeiras. 
c) Sob a liderança de Lênin, a Rússia viveu uma guerra civil, 
durante a qual foi estabelecido o comunismo de guerra, 
um programa de educação obrigatória para as crianças 
de até 16 anos e a Nova Política Econômica. 
d) Após a proclamação da República Russa, Nikita Kruschev 
foi eleito presidente e restabeleceu as relações diplomá-
ticas com a França, o Japão e a Inglaterra, normalizando 
o comércio internacional. 
e) Com o apoio de setores da burguesia e da nobreza cza-
rista, Joseph Stálin promoveu a conciliação de classes, 
apoiada no crescimento industrial acelerado e na pro-
moção do Estado de Bem-Estar Social. 
14.15. (UFPR) – Considere o seguinte texto:
[...] as reuniões de Trotsky no Circo Moderno repre-
sentam apenas uma das múltiplas faces da massa. Há 
uma foto perturbadora do 1o. de Maio em Moscou, na 
futura Praça Vermelha, em frente ao Kremlin. Numa 
espécie de cruzamento cronológico, a multidão revo-
lucionária – uma mistura de tropas, soldados a cavalo, 
passeatas operárias – adquire um perfil familiar, o da 
coreografia tradicional do socialismo real. Somente a 
ausência de tanques, de uma tribuna de apparatchiks 
[o alto escalão do PC] e de grandes retratos de Lenin 
e Stalin pendurados nas fachadas dos edifícios nos 
lembra que tudo isso ainda está por vir. O czarismo 
celebrou sua glória nesse mesmo lugar. A revolução 
apropria-se dele, muda seu significado, mas a geome-
tria das passeatas que o permeiam revela de súbito a 
imagem do futuro e, ao mesmo tempo, a força de um 
atavismo histórico que inegavelmente insere o ano de 
1917, contra a sua vontade, num longo período [...]. 
(LÖWY, Michel. Revoluções. São Paulo: Boitempo, 2009, p. 158.) 
Com relação à Revolução Russa de 1917 e seus desdobra-
mentos políticos na construção da URSS e em outras nações, 
identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes 
afirmativas: 
( ) A recepção do acontecimento da Revolução Russa no 
Brasil foi amplamente favorável. Vários periódicos bra-
sileiros de grande circulação lançaram notas em apoio 
à Revolução Bolchevique, criando assim uma prolífica 
imprensa engajada. 
( ) O ano de 1917 dá início a um processo que transfor-
mou o mundo, sendo chamado por um importante 
analista de “utopia concreta”. Entretanto, os períodos 
que se seguem na construção do socialismo histórico 
apresentaram um universo militarizado e autoritário, 
que, por fim, revelou uma longa e trágica história de 
abusos e violências. 
( ) Embora o fim da URSS tenha ocorrido após os eventos 
que vão de 1989, com a queda do muro de Berlim, 
até dezembro de 1991, com o golpe de estado que 
derrubou Gorbatchev, a URSS teve outro momento de 
grande abalo por volta de 1956, quando vieram a pú-
blico os crimes de estado do período de Stalin. 
( ) O período em que Stalin esteve no controle da URSS 
foi de abertura política, graças à intercessão de Trotsky, 
que estabeleceu uma rede de contatos em todo o 
mundo, incluindo figuras como o muralista Diego Ri-
vera e a pintora Frida Kahlo. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de 
cima para baixo. 
a) V – F – F – V. 
b) F – V – V – F. 
c) F – F – V – V. 
d) V – V – F – V. 
e) F – F – V – F. 
14.16. (UEM – PR) – Sobre a história da Rússia pós-1917, 
assinale o que for correto. 
01) A Nova Política Econômica (NEP) instituiu um planeja-
mento estatal sobre a economia, mas também estimu-
lou a pequena manufatura privada, o pequeno comér-
cio e a venda livre de produtos nos mercados locais, por 
camponeses. 
02) A Perestroika e a Glasnost forampolíticas adotadas 
pelo presidente russo Vladimir Putin para combater a 
corrupção e o tráfico de drogas. 
04) A partir de 1928, com a adoção dos planos quinquenais, 
foi realizada a coletivização agrícola, com a implanta-
ção de dois tipos de estabelecimentos rurais: as fazen-
das estatais (sovkhozes) e as cooperativas (kolkhozes). 
08) Os chamados “processos de Moscou” foram ações de 
julgamentos, condenações, expulsões e fuzilamentos 
adotadas por Stalin contra líderes políticos e cidadãos 
russos que ousaram discordar de sua política centrali-
zadora. 
16) A Primavera de Praga é o nome do acordo assinado 
entre a União Soviética e os países do leste europeu, 
em 1968, visando democratizar os países socialistas e 
acabar com a economia planejada. 
Aula 14
17História 4B
14.17. (UEM – PR) – A eclosão da Re-
volução, em outubro de 1917, abalou e 
transformou as estruturas econômicas 
e políticas internas da Rússia. Sobre a 
situação da Rússia no contexto da Re-
volução de outubro de 1917, assinale 
o que for correto. 
01) Durante o processo revolucioná-
rio, os rebeldes contaram com o 
apoio de exércitos estrangeiros, 
principalmente da Inglaterra e 
dos Estados Unidos da América. 
02) Enquanto os mencheviques (mi-
noria) defendiam uma aliança 
política entre trabalhadores e 
burguesia para conquistar o po-
der, os bolcheviques (maioria) 
defendiam a conquista do poder 
pelos trabalhadores por meio da 
luta revolucionária. 
04) A servidão existiu no País até a 
segunda metade do século XIX, 
quando foi oficialmente aboli-
da. No entanto os trabalhadores 
camponeses continuaram a viver 
na precariedade. 
08) A Rússia já era um dos países eu-
ropeus mais desenvolvidos mili-
tarmente e, mesmo assim, bus-
cou expandir sua indústria bélica 
anexando territórios dos países 
vizinhos. 
16) Ainda que a industrialização te-
nha começado no século XX, a 
burguesia industrial russa tinha 
pouco peso na economia do País, 
pois o capital advinha da Inglater-
ra e da França. 
14.18. (UEM – PR) – Sobre a Revolu-
ção Russa e a história da União Sovié-
tica, assinale o que for correto. 
01) Em 1921, o governo bolchevique 
instituiu a Nova Política Econô-
mica (NEP). Sob rígido controle 
político do Estado, a NEP se carac-
terizou por ser um planejamento 
estatal sobre a economia que 
combinava princípios socialistas 
com elementos capitalistas. 
02) Durante o governo de Joseph 
Stálin, vários de seus opositores 
políticos foram eliminados. Esse 
foi o caso de Trotski, exilado em 
1929, e assassinado em 1940, no 
México. 
04) Quando Nikita Kruschev assumiu o poder, em 1953, implementou-se uma polí-
tica de aproximação com o Ocidente, a chamada coexistência pacífica. Entre os 
aliados do bloco comunista se estabeleceram relações político-ideológicas mais 
flexíveis como no reconhecimento do governo de Tito da Iugoslávia. Contudo, 
essa postura mais flexível não foi seguida em todos os momentos, uma vez que 
as tropas soviéticas sufocaram uma rebelião popular na Hungria em 1956. 
08) Mikhail Gorbatchev enrijeceu as relações políticas com o Ocidente e inten-
sificou a corrida armamentista existente entre os Estados Unidos e a União 
Soviética. Além disso, fortaleceu o poder do Partido Comunista e proibiu as 
manifestações de forças políticas alternativas. 
16) Em 1991, as declarações unilaterais de independência das repúblicas bálticas, 
a saber, Estônia, Lituânia e Letônia, foram rechaçadas pelo governo de Mikhail 
Gorbatchev. 
Desafio
14.19. (PUCCAMP – SP) – Importa questionar como estabelecer critérios de 
valor estético e de definição do belo em tempos sombrios, no século XX. Em 
Crítica Cultural e Sociedade, Theodor Adorno expôs que “escrever um poema 
após Auschwitz é um ato bárbaro” (Adorno, 1998, p. 28). A afirmação se 
refere ao estatuto da produção poética em um contexto que não abarca mais 
condições viáveis para o estado contemplativo, intrinsecamente associado 
à poesia lírica em vários autores, fundamentais para a produção do gênero. 
Na era dos extremos, há necessidade de um estado de permanente alerta, 
em que as condições de integração ao relacionamento social foram abaladas 
e, em muitos casos, aniquiladas pela guerra, pela mercantilização e pelo 
aumento das intervenções violentas dos Estados na vida social. Permitir-se 
a contemplação passiva após Auschwitz significa, em certa medida, natu-
ralizar o horror vivido, esquecê-lo ou trivializá-lo. A banalização dos atos 
desumanos praticados nos campos de concentração, associada à política de 
esquecimento exercida em diversos segmentos da educação e da produção 
cultural, é a legitimação necessária para que eles se repitam constantemente.
GINZBURG, Jaime. Crítica em tempos de violência. São Paulo: Edusp/FAPESP, 2012, p. 460.
Após a Revolução Russa, com a instauração do regime socialista, foram empregadas 
muitas medidas governamentais que representavam intervenções violentas do Es-
tado na sociedade, a fim de que o Partido Comunista, no poder, pudesse ter grande 
controle sobre todas as atividades praticadas. Um exemplo dessas medidas foi a 
a) execução da NEP, Nova Política Econômica, cujo objetivo era o de planificar a 
economia, centralizar o controle da mesma pelo Estado, que passava a organizar 
todas as etapas dos processos de produção e exportação, nos mais diversos setores. 
b) criação da Proletkult, entidade do Partido Comunista formada por escritores 
cuja função era fiscalizar e censurar as obras artísticas e literárias, cobrando dos 
intelectuais que direcionassem suas criações para o proletariado. 
c) fundação da Internacional Comunista, instância superior ao Partido Comunista 
Soviético, que regulamentava a política externa e os acordos bilaterais firmados 
pela URSS, contando com o apoio e a participação das diretorias dos partidos 
comunistas de outras nações. 
d) prática dos “expurgos”, empregados por meio de julgamentos públicos coorde-
nados pelos Tribunais Revolucionários, diante dos quais aqueles considerados 
traidores da Revolução ou acusados de ações opositivas ao governo eram 
punidos, em muitos casos, com o banimento e a execução. 
e) instituição da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que substituiu for-
malmente o Império Russo e determinou que cada província fosse governada 
pelo Partido Comunista eleito localmente, de forma descentralizada, porém 
preservando o modelo autoritário e as milícias anteriores. 
18 Extensivo Terceirão
14.01. b
14.02. c
14.03. c
14.04. a
14.05. c
14.06. d
14.07. b
14.08. e
14.09. c
14.10. e
14.11. a
14.12. d
14.13. b
14.14. c
14.15. b
14.16. 13 (01 + 04 + 08)
14.17. 22 (02 + 04 + 16)
14.18. 07 (01 + 02 + 04)
14.19. d
14.20. a) Avanço da arte cinematográfica e 
adoção do realismo para exaltar o Re-
gime Socialista.
b) Os poemas criticam o modo de vida 
burguês, pautado em privilégios, e 
propõem a busca pela igualdade 
social. 
Gabarito
14.20. (FUVEST – SP) – 
Come ananás, mastiga perdiz.
Teu dia está prestes, burguês.
Vladimir Maiakóvski. Come ananás, 1917.
Cidadão fiscal de rendas! Desculpe a liberdade.
Obrigado... Não se incomode... Estou à vontade.
A matéria que me traz é algo extraordinária:
O lugar do poeta da sociedade proletária.
Ao lado dos donos de terras e de vendas
estou também citado por débitos fiscais.
Você me exige 500 rublos por 6 meses e mais
(...)
Cidadão fiscal de rendas, eu encerro.
Pago os 5 e risco todos os zeros.
Tudo o que quero é um palmo de terra
ao lado dos mais pobres camponeses e obreiros.
Porém se vocês pensam que se trata apenas
de copiar palavras a esmo,
eis aqui, camaradas, minha pena,
podem escrever vocês mesmos!
Vladimir Maiakóvski. Conversa sobre poesia com o fiscal de rendas, 1926.
a) Indique duas características da produção cultural na 
Rússia, nos anos posteriores à Revolução de 1917.
b) Identifique e comente uma crítica e uma proposta de 
mudança presentes nos dois poemas.
19História 4B
1B
História
4BAula 15
Itália e Alemanha na década de XX
Fascismo na Itália
A Itália, apesar de ter participadoda Primeira Guerra 
Mundial do lado vencedor, saiu dela bastante enfraque-
cida. Suas pretensões territoriais não foram totalmente 
atendidas. Multiplicaram-se as greves, os choques entre 
a direita e a esquerda, bem como a crise econômico-
-financeira.
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 Benito Mussolini
A elite temia pela “bolchevização da Itália”, ou seja, 
que ocorresse na Itália uma revolução como ocorreu na 
Rússia. Foi do contexto de crise econômica e social, de 
governos fracos e de radicalização que Benito Mussolini 
se aproveitou. Em março de 1919, fundou em Milão uma 
organização paramilitar chamada Fascio di Combatti-
mento (Esquadrão de Ação). Usando camisas negras e 
adotando como símbolo o fascio (feixe de varas), que na 
antiga República romana era conduzido pelos litores à 
frente das tropas, os seguidores de Mussolini emprega-
vam métodos violentos contra os adversários políticos.
A preparação militar e a conivência do exército, das 
elites e da Igreja Católica explicam em parte o sucesso 
dos fascistas.
Em 1921, Mussolini fundou o Partido Nacional Fas-
cista, cujas (principais) características eram as seguintes: 
rejeição da filosofia liberal, nacionalismo exacerbado, 
expansionismo, racismo (porém bem mais atenuado 
que o nazismo), submissão de todos ao Estado, uni-
partidarismo, culto ao chefe (o Duce é infalível) e a 
hierarquização da sociedade.
“... O fascismo é uma tendência que surge na 
fase imperialista do capitalismo, que procura se 
fortalecer nas condições de implantação do ca-
pitalismo monopolista de Estado, exprimindo-se 
através de uma política favorável à crescente con-
centração do capital; é um movimento político de 
conteúdo social conservador, que se disfarça sob 
uma máscara “modernizadora”, guiado por uma 
ideologia de um pragmatismo radical, servindo-
-se de mitos irracionalistas e conciliando-os com 
procedimentos racionalistas formais de tipo ma-
nipulatório. O fascismo é um movimento chauvi-
nista, antiliberal, antidemocrático, antissocialista, 
antioperário. Seu crescimento num país pressu-
põe condições históricas especiais, pressupõe 
uma preparação reacionária que tinha sido capaz 
de minar as bases das forças potencialmente anti-
fascistas (enfraquecendo-lhes a influência junto à 
massa); e pressupõe também as condições da cha-
mada sociedade de massas de consumo dirigido, 
bem como a existência nele de um certo nível de 
fusão do capital bancário com o capital industrial, 
isto é, a existência de capital financeiro.”
KONDER, Leandro. Introdução ao fascismo. Rio de Janeiro: 
Graal, 1977, p. 21
Em outubro de 1922, os fascistas realizaram a Marcha 
sobre Roma. O rei Vítor Emanuel III nomeou Mussolini 
primeiro-ministro. O apoio discreto das Forças Armadas, 
de amplos setores da Igreja Católica, a fraqueza do rei e 
a conivência da polícia foram providenciais para a vitória 
fascista.
Contra o totalitarismo fascista, levantou-se o 
deputado socialista Giacomo Matteotti, que acabou 
sendo assassinado. Em 1924, nas eleições parlamentares, 
Itá
20 Extensivo Terceirão
os fascistas obtiveram 65% dos votos. Diante dos 
métodos utilizados, os resultados não poderiam ter sido 
diferentes.
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 O Estado fascista procurou enquadrar a sociedade. Nem as 
crianças eram poupadas.
Os sindicatos foram enquadrados; as greves, proibi-
das; a Carta del Lavoro estabeleceu o corporativismo e 
a pena de morte foi restaurada.
Em 1929, Mussolini assinou um acordo com a Igreja 
Católica pondo fim à “questão romana”. Pelo Tratado de 
Latrão, assinado com o papa Pio XI, criou-se o Estado 
do Vaticano. A Igreja Católica recebeu uma indenização 
pelos territórios pontifícios e a religião católica tornou-
-se obrigatória nas escolas italianas.
Durante a década de 30, a liberdade de imprensa foi 
sepultada, o Parlamento foi suprimido, os meios de co-
municação, controlados, a educação passou a servir ao 
regime, o ensino crítico foi erradicado, o país militarizou-
-se, a Albânia foi transformada em Protetorado (1925) e 
a Etiópia foi ocupada (1935).
A Itália tornou-se um Estado totalitário. Devemos 
entender o totalitarismo como “sistema de governo 
segundo o qual um grupo político centraliza todos os 
poderes, não permitindo a existência de outros partidos 
e sobrepondo teoricamente os interesses coletivos aos 
individuais. Mesmo não sendo rigidamente necessário, 
requer consenso amplo”.
Mussolini se aproximou de Hitler, assinando, em 
1939, o “Pacto de Aço”. O mundo marchava para a Se-
gunda Guerra Mundial.
República de Weimar
Com a derrota da Alemanha, na Primeira Guerra 
Mundial, o kaiser Guilherme II abdicou, a República 
Alemã passou a ser chefiada pelo social-democrata 
Friedrich Ebert. Em fevereiro de 1919, a Assembleia 
Nacional passou a se reunir, na pequena cidade de 
Weimar, daí República de Weimar. A situação era crítica. 
Os comunistas estavam cada vez mais fortes.
O governo provisório foi dominado pelos socialistas 
moderados. Estes últimos recusaram-se a uma transfor-
mação radical da sociedade: eles queriam pôr em prática 
um sistema democrático e pluralista. A extrema-esquerda 
do Partido Socialista recusou-se a participar do governo. 
Foi criado o Partido Comunista, que objetivava transfor-
mar a Alemanha numa República de sovietes.
A radicalização da Revolução Alemã fracassou. Os 
comunistas foram reprimidos.
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 Rosa Luxemburgo, teórica marxista e revolucionária, 
era uma das líderes da Liga Espartaquista. Acabou as-
sassinada em 1919.
Em agosto de 1919, a Alemanha ganhou uma nova 
Constituição que assegurava o pluripartidarismo, o voto 
da mulher, a liberdade de imprensa e vários direitos 
sociais.
Em 1923, a Alemanha mergulhou na hiperinflação. 
Em março de 1923, 1 dólar valia 22 000 marcos e no fim 
de abril eram necessários 40 000 marcos para comprar 1 
dólar. Em agosto, 1 milhão. Em 1o. de novembro de 1923, 
1 dólar valia 1 bilhão de marcos!
Visando salvar a Alemanha do caos econômico e 
social, foi aplicado o Plano Dawes (comitê dirigido por 
Charles G. Dawes), formado por representantes dos 
Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Bélgica e Itália. O 
objetivo principal era estabilizar a economia e a moeda, 
além da evacuação da região do Ruhr pelas forças aliadas. 
A situação da Alemanha melhorou significativamente.
Aula 15
21História 4B
“Em 1923 - 24, a Alemanha conseguiu uma espectacular recuperação financeira. O marco foi imediatamen-
te substituído por uma nova moeda, o rentenmark, garantido pelo conjunto da produção nacional. O Estado 
aplicou depois uma política de estrito equilíbrio orçamental (liquidou a sua dívida interna, decidindo que os 
empréstimos emitidos antes da depreciação da moeda apenas seriam reembolsados na proporção de 2,5 a 10%). 
Finalmente, em 1924, Schacht, director do Reichsbank, criou o reichsmark, definido com referência ao padrão-
-ouro. A nova moeda era sólida e os preços estáveis.
A partir de 1924, o país entrou num período de crescimento muito intenso, o que permitiu o afluxo dos capitais 
americanos (colocados nos bancos alemães, que os investiam na indústria), a raridade dos conflitos de trabalho, a 
cada vez mais poderosa concentração das empresas e a adoção dos métodos americanos (trabalho em cadeia). A pro-
dução industrial passou do índice 69 em 1924 ao índice 
100 em 1928. Nesta data, a Alemanha surgiu à cabeça da 
produção mundial para o ramo químico, das indústrias 
elétricas e da óptica. A prosperidade, real, não era contu-
do geral. A taxa de desemprego continuava elevada e os 
rendimentos dos agricultores baixaram, apesar da ajuda 
do Estado (protecionismo, subvenções, etc.).
Finalmente, a Alemanha encontrou o seu lugar no 
concerto das nações. A partir de 1922, ela assinou o 
tratado de Rapallo com a Rússia e, em 1925, os acordos 
de Locarno; em 1926, entrou para a SDN (Sociedade 
das Nações) e, em 1928, aderiu ao pacto

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