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1
Mundo em crise
Aula 
07 4B
História
 Primeira Guerra 
Mundial
Choques entre as 
potências imperia- 
listas
As disputas pelos mercados 
mundiais eram grandes entre as na-
ções industrializadas. Esses países 
precisavam garantir matérias-pri-
mas baratas e países consumidores 
para seus produtos manufaturados.
A guerra de 1914-1918 tinha por 
objetivo a redistribuição do mundo 
entre os grupos imperialistas princi-
pais, sendo seu motivo fundamental 
o antagonismo anglo-germânico.
Conflitos balcânicos
Em 1908, a Áustria anexou ao seu 
território as províncias da Bósnia-
-Herzegovina, povoadas por eslavos. 
Como a Rússia e a Sérvia tiveram 
seus planos balcânicos contrariados, 
protestaram com muita energia.
O nacionalismo sérvio estava 
relacionado com o chamado pan-
-eslavismo (todos os eslavos da 
região Oriental da Europa forma-
vam uma grande família, da qual a 
Rússia era guia e protetora).
Nacionalismos
Os movimentos nacionalistas 
eram extremamente fortes dentro 
da Europa e fora dela. O naciona-
lismo sérvio relacionava-se com o 
pan-eslavismo, que consistia na luta dos eslavos contra os alemães, austría-
cos e húngaros, aos quais estavam subordinados.
O pangermanismo consistia na luta dos alemães para incorporar todos 
os povos da Europa Central. Além das ambições políticas, o pangermanismo 
passou a estruturar esquemas ideológicos, segundo os quais a raça alemã era 
superior às demais raças, daí o seu destino de controlar o mundo.
Política das alianças
Diante da instabilidade política, formaram-se alianças políticas e militares. A 
Tríplice Entente era formada por Inglaterra, França e Rússia, enquanto a Tríplice 
Aliança contava com Alemanha, Áustria-Hungria e Itália. A Tríplice Entente se 
transformou nos Aliados, contando ainda com a participação de vários outros 
países, como Romênia, Sérvia, Japão, China, Estados Unidos, Itália, etc.
Os italianos, em função de promessas territoriais, romperam com a Trípli-
ce Aliança e lutaram, a partir de 1915, ao lado dos Aliados. A Tríplice Aliança 
se transformou nas Potências Centrais: Alemanha, Áustria-Hungria, Império 
Otomano e Bulgária.
Europa: divisão política em 1914 e Grande Guerra
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2 Semiextensivo
Militarismo
A política armamentista obrigava as nações a 
gastarem somas fabulosas em materiais bélicos. O que 
existia era a chamada “paz armada”, porém o clima era 
de tensão e qualquer incidente poderia ser o estopim 
para a deflagração do conflito.
Atentado de Sarajevo
Nacionalistas sérvios criaram várias sociedades secre-
tas para agir contra a Áustria-Hungria. A Mão Negra era 
a mais atuante dessas sociedades. Na Bósnia, anexada 
pelos austríacos, havia uma ramificação da Mão Negra, 
chamada de Jovem Bósnia, de caráter ultranacionalista. 
No dia 28 de junho de 1914, o herdeiro do trono austro-
-húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando, visitava 
Sarajevo, a capital da Bósnia, ferindo os sentimentos 
nacionalistas dos eslavos de uma forma geral. Um 
militante da Jovem Bósnia, Gravilo Princip, assassinou 
Francisco Ferdinando e sua esposa Sofia. Estava aceso 
o estopim da Primeira Guerra Mundial.
Preparativos
Após o atentado de Sarajevo, a Áustria enviou um 
ultimato à Sérvia, exigindo a apuração dos fatos por 
uma comissão, da qual participariam altos funcionários 
austríacos. Diante da negativa Sérvia, no dia 28 de julho 
de 1914, a Áustria declarou guerra à Sérvia, levando ao 
confronto os países da Tríplice Aliança e Tríplice Entente, 
com exceção da Itália, que permaneceu neutra até 1915.
A Alemanha, colocando-se ao lado da Áustria, decla-
rou guerra à Rússia, que prometera apoiar a Sérvia. Mais 
tarde, declarou guerra à França. Os planos de guerra 
dos alemães foram traçados pelo general Alfred von 
Schlieffen. Ele achava que a Alemanha seria obrigada a 
lutar em duas frentes: contra a Rússia e contra a França. 
Para Schlieffen, era preciso aniquilar a França, antes que 
a Rússia tivesse tempo de concentrar suas tropas na 
fronteira. Schlieffen acreditava numa guerra vitoriosa, 
no prazo de três meses.
Conflito
Os alemães invadiram a Bélgica com certa facilidade. 
Depois de vencer o exército francês, na fronteira franco-
-belga, os alemães marcharam em direção a Paris. Os 
franceses recuavam em todas as frentes; a situação era 
desesperadora. Para a sorte dos franceses, a ofensiva 
russa obrigou Von Moltke a retirar parte de suas tropas 
para lançá-las contra a Rússia. Diante do enfraqueci-
mento alemão, as tropas anglo-francesas passaram à 
contraofensiva, vencendo os germânicos na Batalha do 
Marne. O resultado dessa batalha obrigou os alemães 
a recuarem, estabelecendo uma linha de “trincheiras” 
ainda em território francês.
Após uma fulminante guerra de movimentos, o 
que predominou na Primeira Guerra foi a chamada 
“guerra de trincheiras”. As trincheiras eram longas 
valas cavadas na terra e protegidas por arames far-
pados e toras de madeira. A lama, o frio, os piolhos 
e as doenças infestavam estes buracos mortíferos.
Pouco a pouco, outros países foram entrando na 
guerra. A Turquia (1914) e a Bulgária (1915) entraram 
na guerra ao lado das Potências Centrais.
A Turquia visava a manter o domínio das regiões 
estratégicas, que eram ambicionadas pela Rússia, 
enquanto a Bulgária desejava incorporar territórios 
pertencentes à Sérvia, à Romênia e à Grécia.
Em 1914, o Japão declarou guerra à Alemanha. A Itá-
lia, ambicionando territórios austríacos, entrou ao lado 
dos Aliados. Em 1916, a Grécia e a Romênia também 
passaram para o lado dos Aliados.
Na frente oriental, as Potências Centrais obtiveram 
vitórias significativas. Os alemães responderam à ofen-
siva russa com uma fulminante contraofensiva. Já em 
1915, grande parte do território russo estava ocupado. 
Os desastres militares e a situação interna levaram a 
Rússia a duas revoluções (assunto que será estudado 
adiante). Em 1918, o governo socialista, atendendo aos 
reclamos populares, concluiu a paz em separado com a 
Alemanha, pelo Tratado de Brest-Litovsk.
Italianos e austríacos se digladiavam na frente sul. 
Em 1917, os italianos foram derrotados na Batalha de 
Caporetto. A partir de então, a Itália desempenhou um 
papel secundário no conflito. 
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 Infantaria australiana
Aula 07
3História 4B
Guerra naval
Após o início da guerra, a Inglaterra estabeleceu um 
ordenado bloqueio naval contra a Alemanha. Com o obje-
tivo de romper esse bloqueio, a esquadra alemã atacou a 
esquadra inglesa, na costa da Jutlândia, no mar do Norte. 
Nessa célebre Batalha da Jutlândia, as perdas foram enor-
mes para os dois lados, porém o desastre maior coube à 
Alemanha, que fracassou ao tentar quebrar o bloqueio 
naval inglês. Paralelamente, visando a sufocar a economia 
inglesa, submarinos alemães passaram a afundar navios 
britânicos. O afundamento de navios norte-americanos 
apressou a entrada dos Estados Unidos na guerra, ao lado 
dos Aliados.
Entrada dos Estados Unidos
Os Estados Unidos permaneceram neutros até 1917. 
Lucravam bastante com a guerra, pois penetravam 
nos mercados latino-americanos e desenvolviam um 
intenso comércio com as nações aliadas. A França e a 
Inglaterra possuíam enormes débitos em relação aos 
Estados Unidos, portanto uma vitória das potências 
centrais seria desastrosa para os norte-americanos. A 
guerra submarina desencadeada pela Alemanha, que 
prejudicava o comércio norte-americano, e as probabi-
lidades de uma vitória das Potências Centrais arrastaram 
os Estados Unidos para o conflito. Em abril de 1917, após 
o afundamento do navio norte-americano Vigilentia, o 
Congresso dos Estados Unidos autorizou o presidente 
Wilson a declarar guerra à Alemanha. A utilização de 
tanques, de aviões e, principalmente, a intervenção 
dos Estados Unidos, com tropas descansadas, fartos 
equipamentos bélicos e gêneros alimentícios, mudaram 
totalmente o panorama da guerra, levando as Potências 
Centrais a serem derrotadas.
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 Woodrow Thomas Wilson tentou estabe-
lecer uma ordem internacional mais justa. 
Seus 14 pontos defendiam dentre outras 
coisas o direito à autodeterminação dos 
povos e a criação de uma associação de 
nações que teria por objetivo garantir a 
paz mundial.
Tratado de Versalhes
Chamado pelos alemães de Diktat, impôs as seguin-
tes condições:
• proibição de produzir armas e munições;
• extinção da força aérea;
• redução significativa da marinha;
• desmilitarização do Reno;
• divisão das colônias entre as potências;
• perda de territórios fronteiriços;
• cessão do porto de Danzig e do corredor para a 
Polônia;
• perda da Alsácia-Lorena para a França;
• obrigação de pagar uma dívida de 33 bilhões de 
dólares como indenização.
A humilhação alemã em Versalhes alimentou a sede 
revanchista dos nacionalistas alemães. Hitler soube 
capitalizar esse sentimento de frustração de amplos 
setores da sociedade alemã.
Consequências
 • Morreram aproximadamente 10 milhões de pessoas.
 • Enormes perdas materiais: o comércio e a indústria 
sofreram abalos violentos.
 • A inflação disparou em diversos países.
 • Os Estados Unidos tornaram-se a maior potência 
econômica e política.
 • Ascensão do Japão.
 • Uma epidemia, chamada de “gripe espanhola”, 
matou mais de 25 milhões de pessoas, atingindo 
também o Brasil.
 • As mulheres ganharam força política.
 • Foi criada a Liga das Nações, com o objetivo de 
manter a paz mundial. Fraca – os Estados Unidos não 
participavam – , não conseguiu seu objetivo.
 • Mais de um milhão de armênios foram massacrados 
pelos turcos.
 • No Brasil, houve um surto de industrialização.
 • Em síntese, os tratados humilhantes, o cerceamento 
de certas aspirações nacionais, a situação desastrosa 
dos vencidos e as contradições dos vencedores de-
sencadearam um processo que acabou culminando 
na Segunda Guerra Mundial.
Estados Unidos
Década da prosperidade
De 1922 a 1929, os Estados Unidos experimentaram 
um período de extrema fartura e prosperidade, esta 
estimulada pelos altos preços da fase da guerra. No 
entanto, os pontos de apoio da economia eram frágeis. 
4 Semiextensivo
Muitos agricultores compraram áreas de terra, na esperança talvez da es-
tabilidade dos preços, o que não ocorreu. Abriram-se muito mais minas de 
carvão e indústrias do que as exigidas pela procura. Com os lucros da guerra, 
volumosos capitais foram acumulados e aplicados no exterior.
Em meio a essa prosperidade, o moralismo, o racismo e a xenofobia 
avançavam. Aprovada em 1917, entrou em vigor em 1920 a chamada “Lei 
Seca”, que proibia a fabricação e venda de bebidas alcoólicas. Apesar da lei, 
surgiram diversas destilarias controladas por mafiosos. Multiplicaram-se as 
quadrilhas de gângsteres das quais Al Capone tornou-se célebre. 
A Ku Klux Klan voltou a atuar intensamente nos estados do sul, proibiu-se 
o ensino da Teoria da Evolução de Darwin nas escolas e os japoneses foram 
proibidos de entrar nos Estados Unidos.
Em 1924, foi decretado o Johnson-Reed Act (Lei de Imigração), que es-
tabelecia uma cota para imigração: só poderiam entrar nos Estados Unidos, 
por ano, 2% do total de imigrantes de cada nacionalidade que já tivesse resi-
dentes no país em 1890. O objetivo era diminuir a entrada de judeus vindos 
da Europa Oriental, católicos do sul da Europa, eslavos e asiáticos.
Crise de 1929
A década de 20 foi para os 
Estados Unidos uma boa época. 
A produção e o emprego eram 
elevados. Os salários subiam e os 
preços eram estáveis. A classe mé-
dia estadunidense tinha a certeza 
de que em poucos anos estaria rica.
A especulação imobiliária ocorri-
da na Flórida em 1925 era uma prova 
de que muitas pessoas começaram a 
construir um mundo de faz de conta 
especulativo.
O boom no mercado de ações 
animava os investidores. Em 1927 
os preços das ações subiram para 
valer. O clima era de otimismo.
Didaticamente podemos arrolar 
as seguintes causas que contribuí-
ram para que ocorresse a crise:
 • superprodução agrícola e indus-
trial;
 • queda das exportações devido 
à recuperação e ao desenvolvi-
mento da economia europeia;
 • saturação do consumo interno;
 • especulação financeira;
 • baixa capacidade aquisitiva das 
massas;
 • declínio da taxa de lucro do 
capitalista, que reduziu o inves-
timento e dispensou a mão de 
obra.
Em setembro de 1929, começou 
a venda de títulos na Bolsa de Nova 
Iorque. No dia 24 de outubro, as 
vendas foram desenfreadas. Fali-
ram bancos, fecharam-se inúmeras 
indústrias. Quatro anos após, 17 
milhões de operários estavam 
desempregados.
Havia nos Estados Unidos um 
estado liberal, ou seja, um estado 
que procurava não intervir nas ati-
vidades econômicas. O presidente 
Herbert Hoover esperava que a 
crise se dissipasse dentro de uma 
economia de mercado. Isso não 
ocorreu e Hoover foi derrotado nas 
eleições de 1932 pelo democrata 
Franklin Delano Roosevelt.
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Europa: divisão política após a Primeira Guerra Mundial (1921)
A intolerância era tão evidente que havia até leis proibindo as escolas de 
ensinar a Teoria da Evolução, de Charles Darwin. Para se ter noção mais pre-
cisa do problema, um professor de Biologia que insistiu em manter o ensino 
da referida teoria chegou a ser preso e processado na cidade de Dayton, no 
Tennessee. Os Estados Unidos viviam no período com uma sociedade contradi-
tória, na qual conviviam a superprodução e a pobreza e disseminava-se a ideia 
de superioridade étnica.
Aula 07
5História 4B
Roosevelt revogou a Lei Seca e estabeleceu uma 
nova diretriz econômica, que ficou conhecida como 
“New Deal” (Novo Acordo), por meio da qual o Estado 
passou a intervir na economia.
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 O economista britânico John 
Maynard Keynes (1883-1946) 
era um crítico do liberalismo. 
Defendia maciços investimen-
tos estatais para vencer a crise. 
Forneceu as bases teóricas ao 
“New Deal”.
eletrificação rural, usinas geradoras de energia, escolas 
e hospitais. O problema do desemprego precisava ser 
resolvido. Os fundos para a execução de muitos projetos 
citados anteriormente foram estabelecidos, em 1933, 
pelo “National Industrial Recovery Act”(NIRA) – lei de 
recuperação industrial. A lei instituía a “National Reco-
very Administration” (NRA), cujo objetivo principal era 
impedir a superprodução e a concorrência excessiva.
Com relação à agricultura, foi criado o “Agricultural 
Adjustment Act”(AAA). Um dos seus objetivos foi 
reduzir as áreas cultivadas com gêneros de primeira 
necessidade e conceder créditos aos agricultores.
O “New Deal” não liquidou totalmente a Grande 
Depressão, manteve apenas a estabilidade. A segunda 
Grande Guerra viria restabelecer a prosperidade.
Consequências da crise na 
América Latina
Para a América Latina, o crash nos Estados Unidos 
simplesmente fechou as portas de seu principal merca-
do consumidor de matérias-primas, além de estancar o 
fluxo de investimentos e produtos estrangeiros. As ex-
portações do continente caíram quase 40% em apenas 
um ano. No Chile, mais de cem mil dos 140 mil mineiros 
perderam o emprego. No Brasil a crise acelerou a queda 
da República Velha.
Vários projetos foram executados, como refloresta-
mento, combate à erosão do solo, estradas de rodagem, 
Testes
Assimilação
07.01. (PUCPR) – A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) 
significou o fim da preponderância europeia no mundo 
e o início da hegemonia dos Estados Unidos. Assinale a 
alternativa correta:
a) O Brasil, então com economia agropecuária, não partici-
pou do conflito, quer direta ou indiretamente.
b) Tendo em vista as limitações da tecnologia, aviões e sub-
marinos não foram empregados na grande luta.
c) A luta teve início com a invasão alemã na Rússia, em busca 
de espaço vital.
d) Uma das consequênciasda guerra foi a proclamação 
da forma monárquica de governo na Rússia e Áustria-
-Hungria.
e) Uma consequência política da guerra foi o surgimento do 
totalitarismo de direita na Europa (nazifascismo).
07.02. (PUCPR) – Assinale a alternativa que preenche as 
lacunas corretamente:
“A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) teve início 
com o ataque dos , através de bombardeio 
naval à cidade de , então capital do Rei-
no da Sérvia. Seguiu-se a invasão alemã ao Reino da 
. O grande avanço terrestre alemão sobre a 
França foi detido na Batalha do . O maior 
poderio naval, em marinha de superfície, durante 
todo o conflito, era detido pela .”
a) alemães, Bucareste, Bélgica, Marne, França;
b) russos, Belgrado, Holanda, Ypres, Inglaterra;
c) austríacos, Viena, Holanda, Yser, Inglaterra;
d) austríacos, Belgrado, Bélgica, Marne, Inglaterra;
e) franceses, Belgrado, Bélgica, Marne, Alemanha.
07.03. (UNIOESTE – PR) – Entre 1914 e 1918, ocorreu a Pri-
meira Guerra Mundial. Sobre esse conflito é CORRETO afirmar:
a) Trata-se de uma guerra deflagrada devido à invasão da 
Polônia pelas tropas de Hitler.
b) Trata-se de um conflito cuja causa única foi o assassinato 
do arquiduque Francisco Ferdinando, em 1914.
c) Trata-se de um conflito que deve ser compreendido 
levando-se em consideração, entre outros fatores, os 
movimentos nacionalistas e as disputas econômicas entre 
as potências europeias.
6 Semiextensivo
d) Foi um conflito entre países que faziam parte do Eixo, 
formado por Alemanha, Japão e Itália, e países da Tríplice 
Aliança, formada pela Inglaterra, EUA e França.
e) Foi um conflito que resultou em milhares de mortos e no 
fortalecimento do Império Austro-Húngaro.
07.04. (ACAFE – SC) – O início da Primeira Guerra (1914-1918) 
completou seu centenário em 2014. Conflito de grandes 
proporções, ela foi o resultado de disputas econômicas, impe-
rialistas e nacionalistas numa Europa industrializada.
Sobre a Primeira Guerra e seu contexto, todas as alternativas 
estão corretas, exceto a:
a) A questão balcânica evidencia as disputas entre Ale-
manha e Hungria pelo controle do mar Adriático e 
coloca em choque os movimentos nacionalistas: pan-
-eslavismo, liderado pela Sérvia, e o pan-germanismo, 
liderado pelos alemães.
b) Apesar de ter começado a guerra como aliada da 
Tríplice Aliança, a Itália passou para o lado da Tríplice 
Entente por ter recebido uma proposta de compen-
sações territoriais.
c) A Rússia não permaneceu na guerra até o seu término. 
Por conta da Revolução socialista, foi assinado um tratado 
com os alemães e os russos se retiraram da guerra.
d) Quando a guerra iniciou, multidões saíram às ruas nos 
países envolvidos para comemorar o conflito: a lealdade 
e o patriotismo eram palavras de ordem.
07.05. No atentado de Sarajevo, em 28 de junho de 1914, 
morreu o herdeiro do trono austríaco, o arquiduque Fran-
cisco Ferdinand, que desejava unir todos os territórios da 
península balcânica sob o domínio do Império Habsbur-
go. Na realidade não foi uma crise política pontual, antes 
acabou se tornando o estopim da Grande Guerra, devido 
a uma série de acordos e alianças que comprometiam 
vários países. Apesar de alguns esforços diplomáticos, um 
mês depois, a Áustria, apoiada pela Alemanha, declarou 
guerra à Sérvia, levando ao confronto a Tríplice Aliança e a 
Tríplice Entente. Em setembro de 1918, os alemães foram 
derrotados e em junho do ano seguinte foi assinado o 
tratado de Versalhes, que definiu que:
a) a Alemanha foi responsabilizada pela guerra e, como tal, 
condenada a pagar aos membros da Tríplice Entente pesa-
das indenizações em dinheiro, máquinas e equipamentos, 
além de minérios e produtos químicos.
b) o exército alemão não foi reduzido, mas a fronteira franco-
-germânica foi totalmente desmilitarizada.
c) os aliados pediram, mas não obtiveram concessões de 
privilégios aduaneiros.
d) a França recebeu de volta a região de Alsácia-Lorena, mas 
não adquiriu direitos de exploração das minas de carvão 
do Sarre, conforme sua pretensão.
e) a Alemanha manteve domínio sobre a Alsácia-Lorena e 
sobre a Polônia.
07.06. (ACAFE – SC) – Em 2014, completa um século do 
início da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918). Esse evento 
provocou profundas transformações políticas, econômicas 
e militares na Europa. O resplendor da “Belle époque” con-
trastava com o horror da destruição e de milhões de mortes. 
Considere o contexto que gerou e deflagrou a “Grande 
Guerra” e os anos que se seguiram ao conflito e analise as 
informações a seguir.
I. As políticas nacionalistas dos países europeus contribuíam 
para acelerar os antagonismos. O pan-eslavismo foi decisivo 
no posicionamento russo pró Sérvia na questão balcânica 
que resultou na morte do arquiduque Francisco Ferdinando.
II. Na fase inicial da guerra, embora se mantendo neutros, 
os Estados Unidos da América (EUA) forneciam alimentos 
e armas para países da Entente.
III. A guerra de trincheiras teve como palco principal o ter-
ritório alemão. Na Batalha do Marne, a cidade de Berlim 
chegou a ser sitiada pelas tropas francesas. Chegava ao 
fim o “mito” da invencibilidade alemã.
IV. Com a ascensão de um governo socialista, a Rússia alia-se 
ao Império Austro-Húngaro na formação da Frente Orien-
tal e com o Exército Vermelho tem decisiva participação 
nas últimas batalhas da Primeira Guerra.
V. Nesta guerra, a Alemanha contou com a participação 
decisiva da Itália ao seu lado, até o fim do conflito (1918). 
Um fator determinante para a derrota alemã foi a alian-
ça que o Império Turco-Otomano fez com os belgas, 
obrigando o exército alemão a lutar em duas frentes 
(Ocidental e Oriental).
Assinale a alternativa correta.
a) Todas as afirmações estão corretas.
b) Apenas as afirmações I e II estão corretas. 
c) Apenas as afirmações IV e V estão corretas.
d) Apenas a afirmação IV está correta.
07.07. (UFPR) – Com base nos estudos sobre as con-
sequências da Primeira Guerra Mundial para a Europa, é 
correto afirmar:
a) Apesar de grande parte do território europeu ter sido 
devastado com a Guerra, o mapa geopolítico do conti-
nente permaneceu o mesmo, demonstrando a força das 
monarquias nacionais.
b) A Primeira Guerra Mundial levou ao fim o Império Austro-
-Húngaro e Otomano, que se dividiram em diversos 
países independentes e adotaram o socialismo soviético, 
conforme acordado no Tratado de Brest-Litovski. 
c) Essa guerra marcou o final dos Impérios Autro-Húngaro e 
Otomano, a implantação do modelo democrático-liberal 
em vários países europeus, a afirmação do princípio de au-
todeterminação dos povos em bases étnicas e culturais e a 
grande penalização da Alemanha pelo Tratado de Versalhes.
d) A Alemanha e a Itália foram as grandes derrotadas nessa 
guerra, perdendo parte de seus territórios, que se declara-
ram independentes pelo princípio de autodeterminação 
do presidente Woodrow Wilson.
Aula 07
7História 4B
e) Além do final do Império Otomano, essa guerra trouxe 
o fim dos impérios coloniais de França e Alemanha, sem 
contar o fim do recém-implantado socialismo soviético, 
por conta do Tratado de Versalhes.
07.08. (UDESC) – Sobre a Primeira Guerra Mundial, é correto 
afirmar:
a) A Liga das Nações foi criada apenas depois da Segunda 
Guerra.
b) O movimento Jovem Bósnia foi um dos grandes suportes 
do império Austro-Húngaro contra os sérvios.
c) A instável situação na Península Balcânica, aliada às 
políticas expansionistas dos países europeus, levou a 
efeito a guerra.
d) No Tratado de Versalhes, a Alemanha foi muito prestigiada.
e) As políticas nazista e fascista não se relacionam com o 
final da Primeira Guerra.
07.09. (UFMG) – Considerando-se a crise econômica mun-
dial iniciada, em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, 
é CORRETO afirmar que
a) a Alemanha sofreu impacto imediato e violento desse 
evento, em razão dos laços econômicos estreitos que 
vinha mantendo com os Estados Unidos. 
b) a escassez de matérias-primas e de crédito, entre outras 
causas do crash norte-americano,muito contribuiu, na 
época, para alimentar a espiral inflacionária.
c) a URSS foi um dos países atingidos por esse evento, pois a 
recessão no mundo capitalista prejudicou as exportações 
de petróleo do país.
d) os países da América do Sul sentiram os efeitos desse 
evento, devido à repatriação do capital estrangeiro ante-
riormente investido nessa região.
07.10. (UFRGS) – Em 1932, Franklin Delano Roosevelt foi 
eleito presidente dos Estados Unidos, em meio à maior crise 
econômica experimentada por aquele país até então.
Considere as seguintes afirmações a respeito de seu governo. 
I. A implementação do chamado New Deal consistia em 
um conjunto de medidas governamentais destinadas 
a sanar os problemas econômicos do país, como, por 
exemplo, a realização de diversas obras públicas e a 
criação do seguro desemprego para os trabalhadores 
sem ocupação.
II. Os Estados Unidos mantiveram-se em uma posição de 
neutralidade até dezembro de 1941, quando o ataque 
japonês a Pearl Harbour forçou-os a entrar no conflito, 
ao lado dos Aliados, contra as forças do Eixo.
III. A “Lei Seca”, que proibia a venda e o consumo de álcool 
em todo o território norte-americano, foi anulada pelo 
Congresso.
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
c) Apenas I e IlI. 
e) I, II e III.
b) Apenas lI. 
d) Apenas II e III.
07.11. (PUCRJ) – Com relação à crise econômica iniciada 
com a quebra da Bolsa de Valores americana em 1929, é 
CORRETO afirmar que
a) a crise econômica foi restrita aos países industrializa-
dos, tendo pouco efeito entre os países produtores de 
matérias-primas, como, por exemplo, o Brasil.
b) a crise econômica, em escala mundial, levou os partidos 
de extrema-esquerda a liderar revoluções comunistas em 
diversos países, como, por exemplo, a Rússia.
c) a crise econômica foi o fim da economia liberal, e a saída 
encontrada pelos governos nacionais foi o reforço de uma 
política internacional de livre-cambismo.
d) a crise econômica se manifestou através de uma forte 
desvalorização do capital das empresas levando milhões 
de pessoas ao desemprego. 
e) a crise econômica foi também uma crise política e teve 
como resultado a ascensão de regimes totalitários fascis-
tas em todos os continentes.
07.12. (UEL – PR) – Sobre a Primeira Guerra Mundial, con-
sidere as seguintes afirmativas:
I. As principais potências europeias (Inglaterra, Alemanha, 
França, Rússia) disputavam entre si mercados, áreas de 
influência e colônias pelo mundo, o que provocou uma 
feroz corrida armamentista e a criação de um complexo 
sistema de alianças diplomáticas. 
II. Em 1914, estimulados por ideologias chauvinistas, 
milhões de cidadãos de vários países europeus se 
apresentaram voluntariamente para os centros de 
recrutamento militar, assim que irrompeu a Primeira 
Guerra Mundial.
III. Ao final da Primeira Guerra Mundial, Grã-Bretanha e Fran-
ça submeteram economicamente o Oriente Médio, frag-
mentando a estrutura política unificada dos países árabes, 
que durara quatro séculos, sob o Império Otomano.
IV. A Sociedade das Nações e o Tratado de Versalhes garan-
tiram a reconstrução política europeia após a Primeira 
Guerra Mundial, extinguindo rivalidades e instaurando 
uma paz duradoura.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
b) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
c) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. 
d) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras. 
e) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
Aprofundamento
07.13. (PUCCAMP – SP) – Em relação às causas da Primeira 
Guerra Mundial, é correto afirmar que
a) a incapacidade dos Estados liberais em solucionar a 
crise econômica do século XIX colocou em xeque toda 
a estrutura do sistema capitalista. A instabilidade política 
e social das nações europeias impulsionou as disputas 
colonialistas e o conflito entre as potências.
8 Semiextensivo
b) a desigualdade de desenvolvimento das nações capi-
talistas europeias acentuou a rivalidade imperialista. A 
disputa colonial marcada por um nacionalismo agressivo 
e pela corrida armamentista expandiu os pontos de atrito 
entre as potências.
c) o sucesso da política de apaziguamento e do sistema de 
aliança equilibrou o sistema de forças entre as nações 
europeias, acirrando as lutas de conquista das colônias 
da África e da Ásia.
d) o expansionismo na Áustria, a invasão da Polônia pelas 
tropas alemãs assustaram a Inglaterra e a França, que 
reagiram contra a agressão declarando guerra ao inimigo.
e) o desequilíbrio entre a produção e o consumo incentivou a 
conquista de novos mercados produtores de matérias-primas 
e consumidores de bens de produção reativando as rivali-
dades entre os países europeus e os da América do Norte.
07.14. (FGV – SP) – Quando se processaram as eleições de 
novembro de 1932, o país estava numa situação pior do 
que nunca. Todas as “curas” do Sr. Hoover não consegui-
ram dar vigor ao paciente moribundo. Os trabalhadores 
eram assolados pelo desemprego; os lavradores eram 
arrasados pela crise da agricultura; a classe média tinha 
perdido suas economias nas falências dos bancos e temia 
pela sua segurança econômica.
Em 8 de novembro de 1932 o povo americano elegeu 
Franklin D. Roosevelt para presidente dos Estados Unidos.
O “New Deal” do Sr. Roosevelt foi chamado de revolução. 
Era e não era. Era uma revolução quanto às ideias, mas 
não na sua parte econômica.
[Leo Huberman, História da riqueza dos EUA (Nós, o povo)]
Não era uma revolução econômica, pois:
a) o volume de recursos destinados à recuperação eco-
nômica era pequeno e beneficiou apenas as regiões 
industrializadas.
b) não ocorreu qualquer alteração no direito à propriedade 
privada, assim como foi mantida a mesma estrutura de 
classe.
c) os operários e produtores rurais não tiveram nenhum 
ganho importante, uma vez que os benefícios atingiram 
exclusivamente as classes médias.
d) os principais causadores da crise – os grandes conglo-
merados oligopolistas – foram os que mais recursos 
receberam do governo americano.
e) privilegiaram-se os investimentos diretos em agentes 
econômicos tradicionais, como as grandes casas bancárias 
e as principais corporações.
07.15. (UEPG – PR) – Sobre a “crise de 1929”, assinale o que 
for correto.
01) Iniciou nos Estados Unidos e se alastrou por todo o 
mundo devido à interdependência entre a economia 
americana e a de numerosos outros países, principal-
mente aqueles que recebiam empréstimos americanos.
02) Apesar da queda da Bolsa de Nova York, o capital finan-
ceiro não foi atingido pela crise. A venda de ações foi 
mantida, impedindo a falência de investidores e bancos.
04) Apesar de seu afastamento da economia capitalista, a 
União Soviética também foi afetada pela crise de 1929.
08) Foi provocada sobretudo pela insistência norte-
-americana em manter o ritmo de produção da época 
da guerra, quando abastecia os países em luta com 
alimentos, manufaturas e combustível. Finda a guerra, 
os europeus recuperaram sua capacidade de produção 
e o mercado norte-americano ficou saturado.
16) O Partido Republicano perdeu as eleições para os 
democratas, que elegeram, como presidente, Franklin 
Roosevelt, que propôs o New Deal para recuperar a 
economia do país.
07.16. (UNESP – SP) – “A Ku Klux Klan foi organizada 
para segurança própria ... o povo do Sul se sentia 
muito inseguro. Havia muitos nortistas vindos para 
cá (Sul), formando ligas por todo o país. Os negros 
estavam se tornando muito insolentes e o povo branco 
sulista de todo o estado de Tennessee estava bastante 
alarmado.”
(Entrevista de Nathan Bedford Forrest ao Jornal de Cincinnati, Ohio, 1868.) 
A leitura deste depoimento, feito por um membro da Ku Klux 
Klan, permite entender que esta organização tinha por objetivo:
a) assegurar os direitos políticos da população branca, pelo 
voto censitário, eliminando as possibilidades de partici-
pação dos negros nas eleições.
b) impedir a formação de ligas entre nortistase negros, 
que propunham a reforma agrária nas terras do Sul dos 
Estados Unidos.
c) unir os brancos para manter seus privilégios e evitar que 
os negros, com apoio dos nortistas, tivessem direitos 
garantidos pelo governo.
d) proteger os brancos das ameaças e massacres dos ne-
gros, que criavam empecilhos para o desenvolvimento 
econômico dos estados sulistas.
e) evitar confrontos com os nortistas, que protegiam os 
negros quando estes atacavam propriedades rurais dos 
sulistas brancos. 
07.17. (UFSC) – O campo de batalha é terrível. Há um 
cheiro de azedo, pesado e penetrante de cadáveres. 
Homens que foram mortos no último outubro estão 
meio afundados no pântano e nos campos de nabos 
em crescimento. As pernas de um soldado inglês, ainda 
envoltas em polainas, irrompem de um trincheira, o 
corpo está empilhado com outros; um soldado apoia 
o seu rifle sobre eles. Um pequeno veio de água corre 
através da trincheira, e todo mundo usa água para 
beber e se lavar; é a única água disponível. Ninguém 
se importa com o inglês pálido que apodrece alguns 
passos adiante.
BINDING, Rudolf Georg. Um fatalista na guerra. In: MARQUES, Adhemar et alii. Histó-
ria contemporânea através de textos. 11 ed. São Paulo: Contexto, 2005. p. 119.
Aula 07
9História 4B
Sobre a Primeira Guerra Mundial e seu contexto, é CORRETO 
afirmar que
01) a Primeira Guerra Mundial tem suas motivações 
vinculadas às disputas nacionalistas e imperialistas 
articuladas à política de alianças das grandes potên-
cias da época.
02) a entrada da Rússia na guerra, logo após a Revolução Bol-
chevique de 1917, foi decisiva para o desfecho favorável 
aos países vinculados à Tríplice Aliança.
04) não houve participação brasileira na Primeira Guerra, pois a 
organização do país como República, imprescindível para 
a formação de tropas militares, ainda era muito recente.
08) a Revolução Científico-Tecnológica do século XIX in-
fluenciou diretamente o conflito, tanto pelas disputas 
imperialistas como pelo uso, nas batalhas, de recursos 
como granadas, tanques, aviões e armas químicas. 
16) a gripe espanhola ocorreu durante a Primeira Guerra 
Mundial e foi vista como ameaça para as nações em 
conflito; porém, com o desenvolvimento dos antibióticos 
no início do século XX, a doença foi controlada sem gerar 
maiores consequências.
32) com a ida de um número expressivo de homens aos cam-
pos de batalha, muitas mulheres ficaram responsáveis 
por tarefas até então consideradas predominantemente 
masculinas.
07.18. (UEM – PR) – Sobre a Primeira Guerra Mundial (1914-
-1918), assinale a(s) alternativa(s) correta(s):
01) Pelo acordo firmado na Tríplice Aliança, o Império Alemão 
contava com o apoio do Império Austro-Húngaro e do 
Reino da Itália.
02) Devido ao capitalismo industrial incipiente e ao atraso 
tecnológico, os Estados Unidos da América não partici-
pam da Primeira Guerra Mundial.
04) O Brasil e outros países latino-americanos entraram na 
guerra em apoio à Tríplice Aliança.
08) Numa tentativa de ampliar seus mercados para a Europa, 
a China e o Japão foram os principais países asiáticos 
aliados das forças militares da Tríplice Aliança.
16) A Tríplice Entente foi uma aliança pela cooperação militar 
formada pelo Império Russo, pela França e Inglaterra.
Discursivos
07.19. (UFPR) – No final do século XIX e início do século XX, por detrás de uma aparente tranquilidade do cenário político 
europeu, escondia-se um clima de instabilidade e tensão que acabaria por mergulhar a Europa na Primeira Grande Guerra.
Destaque e comente dois dos fatores que contribuíram para essa instabilidade.
07. 20. (UFPR) – Ao analisar a crise de 2008, o prêmio Nobel de economia, Paul Krugman, refere-se à explosão da “bolha ha-
bitacional” norte-americana, que teria provocado um colapso no sistema bancário e nas empresas em quase todo o mundo. 
Com base nessa afirmativa, que comparações podem ser feitas entre a crise de 1929 e a de 2008?
10 Semiextensivo
Gabarito
07.01. e 
07.02. d 
07.03. c 
07.04. a 
07.05. a 
07.06. b 
07.07. c 
07.08. c 
07.09. a 
07.10. e 
07.11. d 
07.12. a 
07.13. b
07.14. b 
07.15. 25 (01, 08, 16)
07.16. c 
07.17. 41 (01, 08, 32)
07.18. 17 (01, 16)
07.19. O aluno deve comentar a respeito da 
política de alianças e a consequente for-
mação de blocos militares antagônicos 
(Tríplice Aliança e Entente), e disputa 
colonialista que acirrou os ânimos e 
conduziu à guerra.
07.20. A crise de 1929 e a de 2008 têm seme-
lhanças e diferenças.
Na década de 20 houve uma intensa 
especulação imobiliária na Flórida, bem 
como em Wall Street, o centro financeiro 
dos Estados Unidos. Já em 2004 o FBI 
advertiu o governo sobre “uma epide-
mia de fraude hipotecária”. Em 2008 a 
irresponsabilidade creditícia levou ban-
cos e seguradoras à falência. Em Wall 
Street, esquemas próprios de mafiosos 
das finanças vieram à tona. Investidores 
tiveram enormes prejuízos.
Na década de 20, o otimismo era enor-
me, todos acreditavam que podiam ficar 
ricos; na década de 90 – não na mesma 
proporção – parecia que os “anos doura-
dos” estavam voltando.
Em 1929 o Governo nada fez para conter 
o caos econômico, social e financeiro. 
Já o governo de Bush sabia o que fazer 
para ter evitado a crise, só que não fez. 
O interessante é que Herbert Hoover 
e George W. Bush foram presidentes 
eleitos pelo Partido Republicano, cujos 
líderes quase sempre se opuseram ao 
intervencionismo estatal na economia.
É claro que as crises têm muitas dife-
renças. Eis algumas:
– Em 1929 o papel do Estado na Eco-
nomia era quase nulo; atualmente 
existem mecanismos diversos de in-
tervenções.
– As consequências da crise de 1929 fo-
ram bem mais traumáticas, tanto nos 
Estados Unidos, como no restante do 
mundo capitalista. Em 1930, a econo-
mia brasileira sofreu um forte abalo.
Já em 2008/2009 a crise foi apenas 
“uma marolinha”.
– Em 1929 os Estados Unidos eram 
uma potência em expansão; atual-
mente, apesar de continuar sendo a 
maior economia do mundo, o país 
perdeu força e vitalidade.
– Os remédios para os efeitos da crise 
de 1929 só começaram a ser minis-
trados em 1933, com o “New Deal”; 
para a de 2008, a intervenção estatal 
foi imediata.
11História 4B
Revoluções russas
Aula 08 4B
História
Introdução
No século XIX, a Rússia era um dos países mais 
atrasados da Europa. Sua economia era essencialmente 
agrária; a sociedade, rural e hierarquizada; o czar (título 
dos imperadores russos), um déspota. A miséria dos 
camponeses completava o quadro.
A modernização começou em 1861, quando Alexandre II 
aboliu o regime de servidão. O êxodo rural liberou grandes 
contingentes de mão de obra que poderiam ser utilizados 
a baixos preços na indústria. A Rússia fez sua Revolução 
Industrial em fins do século XIX. Eis alguns fatores que 
propiciaram essa transformação histórica: intervenção do 
Estado na economia, mão de obra barata e investimen-
tos estrangeiros, notadamente franceses. Com a indus-
trialização, a classe operária, que surgiu como decorrência 
do processo, começou a se organizar. Já em 1885, houve 
uma grande greve em Orékhovo-Zuévo. Na classe operária 
russa, as ideias de Marx e Engels eram difundidas por inte-
lectuais da classe média. No final do século XIX, foi criado o 
Partido Social Democrata, cujos líderes (Plekhanov, Lenin, 
Trotski e Martov) se encontravam no exílio.
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 Miséria nos campos da Rússia antes da Revolução
Em 1903, houve a cisão do partido. De um lado, 
o grupo liderado por Martov, que entendia poder o 
proletariado melhorar a sua situação por meio de luta 
grevista. Deveria limitar-se a luta aos seus interesses 
econômicos. Do outro lado, o grupo liderado por Lenin 
(Vladimir Ilyich Ulianov), que considerava a revolução 
socialista e o estabelecimento da ditadura do prole-
tariado os objetivos básicos. Os partidários de Lenin 
conquistaram a maioria, tendo sidocognominados, a 
partir de então, de bolcheviques (isto é, majoritários), 
enquanto os adversários de Lenin passaram a ser cha-
mados mencheviques (isto é, minoritários).
A oposição era reprimida pela polícia secreta chama-
da okrana. Os judeus eram vítimas de pogrom.
Guerra Russo-Japonesa
A Guerra Russo-Japonesa de 1904 - 1905 mostrou toda 
a fragilidade do Império Russo. Essa guerra decorreu 
das ambições russas e japonesas sobre a Manchúria e a 
Coreia. Os japoneses tomaram Porto Artur e derrotaram 
os russos em Mukden e na Batalha Naval de Toushina.
Pelo Tratado de Portsmouth (mediado pelo presi-
dente Theodore Roosevelt, dos Estados Unidos), o Japão 
obteve a parte sul da ilha Sacalina, Porto Artur, as con-
cessões ferroviárias, na Manchúria, além do protetorado 
sobre a Coreia. A derrota russa debilitou enormemente 
o regime czarista.
“Ensaio Geral” de 1905
Em 9 de janeiro (22 de janeiro, de acordo com o 
calendário gregoriano, pois os russos ainda adotavam o 
calendário juliano), uma multidão de 200 mil pessoas, 
liderada pelo padre Gapone, dirigiu-se ao Palácio de 
Inverno, em São Petersburgo, para entregar uma petição 
ao czar Nicolau II. Nesta petição, era feita uma série de 
reivindicações, tais como: jornada de trabalho de 8 horas, 
salário mínimo, eleição de uma Constituinte por sufrágio 
universal, direto e secreto. A manifestação foi reprimida 
de forma violenta. Esse episódio ficou conhecido como 
Domingo Sangrento e desencadeou uma série de gre-
ves nas cidades, além de reações violentas no campo. No 
mar Negro, os marinheiros do encouraçado Potemkin se 
rebelaram, porém tiveram de bater em retirada.
O czar cedeu, permitindo a eleição da Duma (Parla-
mento), mas assim que pôde procurou dominá-la.
Em relação aos trabalhadores, o grande avanço 
foi a criação dos sovietes, conselhos de operários que 
surgiram em 1905, em várias cidades da Rússia, durante 
as primeiras lutas contra a autocracia czarista. Mais 
tarde, em 1917, os sovietes vão desempenhar um papel 
fundamental na tomada do poder pelos bolcheviques, 
12 Semiextensivo
tornando-se um grupo de pressão extremamente 
influente, competindo com o governo provisório e 
considerados como instrumentos de insurreição.
Nicolau II foi obrigado a fazer concessões (o Mani-
festo de Outubro), contudo não cumpriu a promessa: 
melhoria das condições de vida dos operários; liberdade 
de imprensa e de uma democracia verdadeira.
Fatores que contribuíram 
para a eclosão da 
Revolução
Autoritarismo do czar
O czar Nicolau II governava o país despoticamente, 
sem se preocupar com as necessidades básicas da popu-
lação. A grande ambição do czar era estender os domínios 
do Império Russo à custa do decadente Império Turco.
A autocracia russa tinha seu poder respaldado na 
aristocracia e na Igreja Ortodoxa. Os camponeses (imen-
sa maioria da população), os operários e a burguesia 
estavam à margem do poder político.
Os primeiros dez anos do reinado de Nicolau 
são em grande parte a história de uma tendência 
à fuga dos trabalhos do cérebro de um homem... 
que era desesperadamente incapacitado para 
compreender e controlar a Rússia.
Alan Moorehead
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 Czar Nicolau II
Escândalos da família imperial
A esposa de Nicolau II, a czarina Alexandra, deixou-
-se influenciar demasiadamente pelo “monge” siberiano 
Rasputin, ao qual ela recorreu para salvar o pequeno 
Alex, príncipe herdeiro que sofria de hemofilia. Rasputin 
começou a influir na política, fazendo inclusive com que 
alguns políticos, seus inimigos, perdessem os cargos 
que ocupavam. A sua vida dissoluta e imoral fez com 
que muitos se revoltassem contra ele. Muitas pessoas 
dentro da família imperial não suportavam mais Raspu-
tin, até que ele acabou sendo assassinado por um grupo 
liderado pelo príncipe Félix Yussupoff.
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 Rasputin
Fracassos na Primeira Guerra 
Mundial
A Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial ao lado dos 
Aliados contra as Potências Centrais. Sem estradas e comu-
nicações, com um exército aguerrido, porém sem o mínimo 
preparo, os soldados morriam de fome e de frio. As derrotas 
se sucediam, mas o governo permanecia insensível ao 
reclamo dos soldados, que queriam apenas pão e paz.
Politização da burguesia e do 
proletariado
A burguesia russa não tinha ainda o mesmo peso 
da francesa ou inglesa, mas já estava se consolidando. 
O que essa burguesia almejava era uma República bur-
guesa do estilo da França ou, na pior das hipóteses, uma 
monarquia parlamentarista à moda inglesa. 
O sofrido operariado russo encontrava-se, na época 
da Revolução, bastante politizado, daí o sucesso dos 
bolcheviques na Revolução de Outubro de 1917.
Desigualdades sociais
Enquanto a aristocracia e os setores da burguesia 
viviam no luxo e na ostentação, preocupados com caça-
das e com a moda parisiense, a grande maioria do povo 
russo, operários e camponeses, vivia na mais completa 
Aula 08
13História 4B
miséria. Operários, premidos pela fome, exigiam pão. 
A insatisfação popular aprofundava a crise econômica, 
que se tornava incontrolável em virtude das despesas de 
guerra.
Revolução Burguesa
No início de 1917, a situação da Rússia era insus-
tentável. As derrotas externas, a crise econômica e 
social e a insatisfação de amplos setores da sociedade 
chegaram ao ponto máximo. Segundo o historiador 
inglês Christopher Hill, os salários nominais davam para 
comprar menos de 45% dos gêneros adquiridos em 
1913. No front, o número de desertores chegou a um 
milhão e quinhentos mil. Os alimentos passaram a ser 
racionados. A abdicação do czar era inevitável, o que, de 
fato, ocorreu no começo de março.
A Rússia tornou-se uma República parlamentarista. O 
príncipe Gueorgui Lvov formou um gabinete que tinha 
Kerenski como Ministro da Guerra. O Partido Cadete 
(Partido Constitucional Democrata), representando os 
liberais moderados, estava no poder. O novo governo 
libertou os presos políticos, concedeu liberdade de im-
prensa, prometeu realizar eleições para uma Assembleia 
Constituinte, mas não retirou a Rússia da guerra.
Em abril de 1917, Lenin voltou do exílio, lançando 
as Teses de Abril. Neste programa, propunha que a 
Rússia deveria sair imediatamente da guerra, que fosse 
formada uma República de sovietes e que os bancos e 
propriedades privadas fossem nacionalizados.
Revolução Socialista
O Partido Bolchevique crescia rapidamente, apesar 
das perseguições. Em abril de 1917, nas suas fileiras, já 
havia 80 mil pessoas e, em julho, 240 mil. Os bolcheviques 
propunham o fim imediato da participação da Rússia na 
Primeira Guerra, a imediata nacionalização de todas as 
propriedades e a coletivização de toda a Rússia. Em 7 de 
outubro, percebendo que o momento adequado havia 
chegado, Lenin voltou secretamente a Petrogrado.
Por proposta de Lenin, a insurreição começou em 
24 de outubro (isto é, 6 de novembro, de acordo com o 
calendário gregoriano). Depois de tomarem os pontos 
estratégicos, começou a espetacular invasão do Palácio 
de Inverno. Na noite de 25 de outubro, quando ainda 
continuava o assalto ao Palácio de Inverno, começou o 
II Congresso dos Sovietes de toda a Rússia.
O telégrafo transmitiu por todo o país o apelo do 
Congresso “aos operários, soldados e camponeses!”. Esse 
apelo, redigido por Lenin, dizia: Apoiando-se na vontade 
da imensa maioria dos operários e da guarnição que se 
realizou em Petrogrado, o Congresso tomou o poder 
nas suas mãos. O Congresso decreta: toda a autoridade 
local passa para os sovietes de deputados dos operários, 
soldados e camponeses, que devem assegurar uma 
verdadeira ordem revolucionária.
Com os bolcheviques no poder, foi eleita uma Assem-
bleia Nacional Constituinte. Com menos de 30% dos 
votos, num golpe de força, os bolcheviques dissolveram 
a Assembleia. A ditadura ia se consolidando, e a paz era 
fundamental para que o novo regime não sucumbisse, 
daí as negociações para retirar a Rússia da guerra.
 Discurso de Lenin. Fragmento do quadrode V. Serov
A Revolução consolida-se
Os alemães impuseram aos russos o humilhante Tra-
tado de Brest-Litovski, pelo qual os russos abriram mão 
da Lituânia, Estônia, Letônia, parte da Polônia, Finlândia 
e possessões turcas. Porém Lenin sabia que só com a paz 
interna ele consolidaria as conquistas revolucionárias. As 
tentativas contrarrevolucionárias eram enormes. Alema-
nha, França, Inglaterra e Estados Unidos queriam sufocar 
a revolução. Internamente os brancos, alcunha dada aos 
contrarrevolucionários, cercavam os bolcheviques em 
Petrogrado e Moscou. A ofensiva vermelha reiniciou a 
luta. Sob a liderança de Trotski, foi criada a Tcheca, polícia 
secreta, que muito contribuiu para a consolidação do re-
gime. O governo tentou estabelecer um comportamento 
econômico, baseado no “comunismo de guerra”: todas 
as terras foram nacionalizadas; os artigos de primeira 
necessidade foram racionados; proibiu-se o lucro; e os 
bens da Igreja Ortodoxa foram confiscados.
14 Semiextensivo
Os contrarrevolucionários, com o apoio das nações 
capitalistas, tudo fizeram para sufocar a revolução.
Trotski, comandando o Exército Vermelho, liquidou 
os “exércitos brancos” em 1921, pondo fim à guerra civil.
O “comunismo de guerra” produziu o colapso da 
economia russa, que regrediu a níveis inferiores aos de 
antes da Primeira Guerra.
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 Vítimas da grande fome que atingiu a Rússia em 1921-1922
A resistência dos camponeses para entregar parte de 
suas colheitas ao Estado, a especulação levada a cabo pe-
los camponeses ricos (chamados de kulaks), a ocupação 
desordenada das fábricas, a queda da produtividade e so-
bretudo a fome geraram uma série de insurreições. A mais 
grave aconteceu na Base Naval de Kronstadt, em março 
de 1921. A insurreição foi reprimida pelos bolcheviques 
liderados por Trotski. A Revolução de Kronstadt objeti-
vava a democratização do regime que para eles havia se 
transformado em uma ditadura de capitalismo de Estado. 
Além de reprimidos foram depois desmoralizados e difa-
mados. Na Ucrânia, os anarquistas liderados por Nestor 
Makhno apoiaram os bolcheviques contra os “exércitos 
brancos” mas depois foram descartados e reprimidos.
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 No dia 17 de julho de 1918, em Ekaterinburgo, a família imperial 
foi executada. Os corpos foram mergulhados em ácido sulfúrico 
e enterrados.
Por que os bolcheviques
venceram?
 • Faltava aos exércitos dos brancos uma estrutura 
centralizada.
 • Os vermelhos tinham um maior número de soldados 
e controlavam as indústrias modernas. Daí estarem 
melhor armados.
 • A liderança qualificada de Trotski.
 • Grande parte dos camponeses apoiaram os verme-
lhos, pois estes fizeram uma reforma agrária.
Lenin tomou medidas decisivas, conhecidas como 
comunismo de guerra, para controlar os recursos econô-
micos do Estado.
Lenin conseguiu apresentar os bolcheviques como 
um governo nacionalista que lutava contra estrangeiros, 
e mesmo que o comunismo de guerra não tivesse popu-
laridade entre os camponeses, os Brancos se tornaram 
ainda mais impopulares em função de suas conexões 
estrangeiras.
Socialismo real
Karl Marx e Friedrich Engels profetizaram que as 
revoluções socialistas ocorreriam nos países avançados 
do Ocidente, especialmente na França, Inglaterra e 
Alemanha. Não foi o que aconteceu, pois a revolução 
triunfou na Rússia, que era um país atrasado.
Lenin, por um certo tempo, acreditou na possibilida-
de de revoluções no Ocidente, mas suas esperanças não 
se concretizaram. O socialismo deveria ser construído na 
Rússia com as suas próprias forças. Era uma experiência 
nova, daí os erros e as dificuldades.
Nova política econômica
Em 1921, a situação da Rússia soviética era desespe-
radora. Fome, burocratização do regime e uma grande 
apatia tomavam conta de muitos. A economia ia mal. As 
mudanças eram necessárias.
“Um passo atrás para dar dois à frente”, foi como 
Lenin definiu, em 1921, a Nova Política Econômica. 
Com o objetivo de reativar a produção que estava em 
queda, restaurou-se parcialmente a economia de mer-
cado. Foram restabelecidos a distinção de salários e o 
comércio exterior, suprimida a requisição compulsória 
de produtos agrícolas, autorizada a constituição de 
empresas privadas e a inversão de capitais estrangeiros. 
Assim, ao lado do setor estatal, ressurgiu o setor privado 
da economia, de cunho marcadamente capitalista. 
A nova política econômica prolongar-se-ia até 1928, 
quando deu origem aos planos quinquenais.
Aula 08
15História 4B
Formação da URSS
Com o Tratado de Brest-Litovsk, a nova Rússia per-
deu 700 000 km2 em relação ao Império dos czares. A 
Polônia tornou-se independente, e se formaram outros 
Estados que, até então, haviam feito parte do Império 
Russo: Lituânia, Letônia, Estônia e Finlândia. A Romênia 
anexou a Bessarábia.
Em dezembro de 1922, durante um congresso dos 
sovietes, nasceu a União das Repúblicas Socialistas 
Soviéticas, compreendendo quatro repúblicas: Rússia, 
Ucrânia, Bielo-Rússia e Transcaucásia. Mais tarde, outras 
repúblicas passaram a integrá-la: Uzbequistão e Turco-
menistão (1924) e Tadjiquistão (1929).
Luta pelo poder
Com a morte de Lenin, em 1924, desencadeou-se 
a luta pelo poder. De um lado, Trotski, comissário do 
povo para a guerra; do outro, Stalin, secretário-geral do 
partido. Essa luta representou o confronto de duas con-
cepções revolucionárias: Trotski defendia a necessidade 
de estender a revolução a todos os países; Stalin defen-
dia a tese da consolidação do socialismo na URSS. Em 
1925, Trotski foi destituído do cargo de comissário para 
a guerra; em 1927, foi expulso do partido e, em 1929, 
foi exilado da URSS. Stalin permaneceu no poder até sua 
morte em 1953. Trotski foi assassinado no México, em 
1940, por um agente da NKVD (comissariado do povo 
para assuntos internos).
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 Stalin Trotski
Os historiadores têm procurado compreender como 
Stalin chegou ao poder supremo. Norman Lowe fez a 
seguinte síntese:
 • O brilhantismo de Trotski gerava inveja e ressen-
timento entre outros membros do Politburo. A sua 
arrogância não era apreciada e muitos não gostavam 
do fato de que ele tinha se juntado aos bolcheviques 
pouco antes da Revolução de Outubro.
 • Os membros do Politburo subestimaram Stalin. Eles 
o consideravam apenas um administrador compe-
tente.
 • Stalin usou sua posição de forma inteligente. Como 
secretário-geral procurava nomear seus apoiadores 
como secretários das organizações locais do Partido 
Comunista, de tal maneira que, em 1928, todos os 
órgãos e congressos estavam repletos de stalinistas.
 • Stalin soube usar as divergências em vantagem própria. 
Apoiou Bukharin contra Kamenev e Zinoviev. Em 1929 
voltou-se contra Bukharin, que apoiara a Nova Política 
Econômica. A maioria dos membros do Partido apoiou 
Stalin, pois a NEP estava começando a falhar e os kulats 
estavam bloqueando o progresso e enriquecendo.
Era Stalin
De 1924 até 1953, o georgiano (nascido na Geórgia) 
Stalin governou com mãos de ferro a URSS. É inegável 
que, sob a sua direção, o país saiu do arado de madeira 
aos reatores nucleares, mas é verdade também que a re-
pressão foi a tônica do regime. A democracia proletária 
cedeu lugar a uma crescente burocratização do regime. 
Muitos expurgos foram realizados. Antigos revolucio-
nários, como Bukharin, Zinoviev e Kamenev, foram 
executados. Na luta pelo poder valia tudo, e a revolução 
perdeu as suas características originais.
A partir de 1929, entrou em vigor o Primeiro Plano 
Quinquenal, que objetivava a coletivização das terras 
(missão dos kolkhozes – cooperativas agrícolas – e dos 
sovkhozes – fazendas estatais) e a industrialização.
Os kulaks, camponeses que haviam enriquecido 
com a NEP, reagiram ao processo de coletivização, 
matando animais e destruindo benfeitoriasem suas 
propriedades. Comissários enviados pelo governo foram 
mortos. A reação do poder soviético foi dura. O processo 
de “deskulakização” foi marcado pela repressão.
Após a morte de Stalin (1953), Nikita Kruschev procu-
rou revelar os erros da chamada “Era Stalin”. Dados sobre 
presos políticos e pessoas executadas foram inflados.
Com a Guerra Fria, pesquisadores ocidentais – no-
tadamente Robert Conquest – através da manipulação 
de fontes, exageraram os números de prisioneiros e de 
mortos nos Gulags (Administração Geral dos Campos de 
Trabalho Correcional e Colônia).
Com a abertura dos arquivos da antiga União 
Soviética, pesquisadores comprometidos em buscar a 
verdade, sem intenções ideológicas, têm revelado que 
houve repressão, porém numa escala muito menor do 
que se imaginava.
16 Semiextensivo
“A grande fome que ocorreu na Ucrânia em 
1932-1933, atribuída à política stalinista, de fato 
ocorreu, mas suas causas teriam sido diversas: 
uma epidemia de tifo, a luta de morte que a extre-
ma-direita ucraniana dirigiu contra o socialismo, 
uma grande seca, a desordem provocada por uma 
reorganização da agricultura, a falta de experiên-
cia, a improvisação e a confusão nas diretivas, e o 
radicalismo esquerdista de alguns funcionários. É 
inegável, contudo, que houve fome e repressão na 
Ucrânia durante a década de 1930.”
MOCELLIN, Renato; CAMARGO, Rosiane. História em Debate. 
São Paulo: Editora do Brasil, 2013, 3 ed, v. 2, p.59.
Por outro lado, a “Era Stalin” foi marcada por um 
notável progresso material, social e educacional, como 
revela o imparcial Norman Lowe.
Nas artes, predominou o chamado “realismo socia-
lista” (arte a serviço da ideologia, por meio de temas 
facilmente apreensíveis pelas massas, as quais teriam 
de constituir exemplos edificantes da construção do 
socialismo). Na ilustração, observa-se a mensagem de 
um Stalin popular.0
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1940, havia 199 000 escolas, e mesmo nas áreas 
mais remotas da URSS elas eram proporcionadas. 
Muitas novas faculdades foram estabelecidas para 
formar a nova geração de professores. Segundo o 
censo de 1939, entre as pessoas de 9 a 49 anos, 
94% nas cidades e 86% nas áreas rurais, estavam 
alfabetizadas. Em 1959, esses percentuais subi-
ram para 99 e 98% respectivamente.”
LOWE, Norman. História do Mundo Contemporâneo. 
Porto Alegre: Penso, 2011, 393.
“Uma das grandes conquistas do regime sta-
linista foi a expansão da educação gratuita em 
massa. Em 1917, menos da metade da popula-
ção poderia ser descrita como alfabetizada. Em 
janeiro de 1930, o governo anunciou que, até o 
final do verão russo, todas as crianças entre 8 e 11 
anos deveriam estar matriculadas nas escolas. En-
tre 1929 e 1931, o número de alunos aumentou 
de 14 milhões para cerca de 20 milhões. Foi nas 
áreas rurais, onde a educação tinha sido irregu-
lar, que ocorreu a maior parte desse aumento. Em 
Testes
Assimilação
08.01. (UEMS) – A Revolução Russa de 1917, num primeiro 
momento, constituiu-se num governo de coalizão burguês-
-socialista, destoando da aspiração popular, o que provocou:
a) o crescimento por toda parte do movimento popular, em 
que soldados e marinheiros desrespeitavam as ordens 
oficiais; os camponeses se adiantavam na Reforma Agrária 
sem a aprovação do primeiro Governo; as fábricas eram 
progressivamente ocupadas pelos comitês de fábrica que 
controlavam o emprego, o abastecimento e a produção. 
b) falta de aspiração do povo para a chegada dos bolche-
viques ao poder, porque o primeiro governo constituído 
satisfazia as massas populares o suficiente para que não 
almejassem promover novas revoluções internas.
c) mesmo com a chegada de Lenin ao poder, não houve 
mudanças significativas, a Rússia permaneceu nos mes-
mos moldes do sistema czarista.
d) acomodação das classes populares que se contentaram 
com o novo governo imposto frente à incapacidade de 
se mobilizarem e promoverem a tão esperada Revolução 
Socialista. 
e) nunca houve a chegada de fato dos comunistas ao poder, 
nem tampouco a centralização das decisões no Conselho 
dos Comissários do Povo, nem a instauração da chamada 
ditadura do proletariado propagada por Lenin.
08.02. (UFAL) – A Revolução Russa de 1917 é conside-
rada um dos episódios mais importantes da história do 
século XX. Também reconhecida como Revolução Socialista 
Russa, ela exerceu considerável influência na vida de cente-
nas de milhões de seres humanos. Sobre esse tema, analise 
as afirmações a seguir. 
1) O cenário desolador composto na Rússia após sua desas-
trosa participação na Primeira Guerra Mundial emoldurou 
o quadro da Revolução de 1917.
Aula 08
17História 4B
2) A disputa entre russos e japoneses pela posse dos ter-
ritórios da Coreia e da Manchúria constituiu uma das 
motivações imediatas para se deflagrar a Revolução. 
3) Os partidos de esquerda que se encontravam na clandesti-
nidade ressurgiram na conjuntura revolucionária, fazendo 
eco às exigências de derrubada da monarquia russa.
4) Os bolcheviques liderados por Lenin preferiam adotar 
estratégias de negociação, mas foram vencidos pelo bloco 
liderado por Trotski.
5) Os soldados russos encarregados de conter os movimentos 
grevistas aderiram a eles, desobedecendo às ordens dos 
generais czaristas.
Estão corretas apenas:
a) 1, 2 e 3 
b) 1, 3 e 4
c) 1, 4 e 5
d) 1, 3 e 5 
e) 2, 4 e 5
08.03. (UNESP – SP) – No final da primavera de 1921, 
um grande artigo de Lenin define o que será a NEP 
[Nova Política Econômica]: supressão das requisições, 
impostos em gêneros (para os camponeses); liber-
dade de comércio; liberdade de produção artesanal; 
concessões aos capitalistas estrangeiros; liberdade de 
empresa – é verdade que restrita – para os cidadãos 
soviéticos. [...] Ao mesmo tempo, recusa qualquer 
liberdade política ao país: “Os mencheviques con-
tinuarão presos”, e anuncia uma depuração do par-
tido, dirigida contra os revolucionários oriundos de 
outros partidos, isto é, não imbuídos da mentalidade 
bolchevique.
SERGE, Victor. Memórias de um revolucionário, 1987.
O texto identifica duas características do processo de cons-
tituição da União Soviética:
a) A reconciliação entre as principais facções social-
-democratas e a implantação de um sistema político que 
atribuía todo poder aos sovietes de soldados, operários 
e camponeses. 
b) O reconhecimento do fracasso político e social dos ideais 
comunistas e o restabelecimento do capitalismo liberal 
como modo de produção hegemônico no país. 
c) A estatização das empresas e dos capitais estrangeiros 
investidos no país e a nacionalização de todos os meios de 
produção, com a implantação do chamado comunismo 
de guerra.
d) A aguda centralização do poder nas mãos do partido 
governante e o restabelecimento temporário de algumas 
práticas capitalistas, que visavam à aceleração do cresci-
mento econômico do país.
e) O fim da participação russa na Guerra Mundial, defendi-
da pelas principais lideranças do Exército Vermelho, e a 
legalização de todos os partidos socialistas.
08.04. (FGV – SP) – Com a NEP (Nova Política Econô-
mica) o comércio interno foi liberado, permitiu-se o 
funcionamento de pequenas e médias empresas pri-
vadas, estimularam-se os investimentos estrangeiros, 
instituiu-se o pagamento de horas extras e de prêmios 
aos trabalhadores e criou-se o imposto sobre proprie-
dades urbanas.
SANDRONI, Paulo. Dicionário de economia, 1985.
Durante a Revolução Russa, a NEP foi aplicada no contexto
a) do fim da guerra civil (1918-1921), devido à destruição 
da economia nacional e às tensões pela aplicação do 
chamado comunismo de guerra.
b) da tomada do poder pelos bolcheviques, em outubro 
de 1917, pois a economia russa crescia em função da 
Primeira Guerra.
c) do fracasso dos planos quinquenais, que geraram a estag-
nação da economia soviética a partir de 1930.
d) da revolução de fevereiro de 1917, pois os mencheviques 
apostaram na reestruturação da economia russa por meio 
das grandes obras de infraestrutura.e) da morte de Lenin e da ascensão de Stalin, que estabeleceu 
um rígido e eficaz controle sobre as atividades produtivas.
08.05. (MACK – SP) – Com a morte de Lenin, em 1924, a luta 
pelo poder na Rússia culminou com a vitória de:
a) Trotski, que apoiava a revolução mundial, ou seja, a des-
truição do capitalismo nos demais países.
b) Koltchak, líder dos russos brancos, que pretendia o retorno 
do capitalismo.
c) Stalin, que pretendia concentrar-se na implantação do 
socialismo na Rússia e na posterior expansão do movi-
mento pela Europa.
d) Kerenski, que defendia a continuidade da participação 
russa na Primeira Guerra Mundial.
e) Kamenev, um dos mais íntimos colaboradores de Lenin.
Aperfeiçoamento
08.06. (UFT – TO) – Entre abril e outubro de 1917, os 
bolcheviques haviam julgado indissociáveis a revolução 
russa, o fim da guerra seguido por uma paz democrática 
e revolução proletária pela Europa, sendo que as três 
coisas fariam parte de um mesmo e único processo. 
O Decreto sobre a paz (26 de outubro de 1917) é, 
assim, o primeiro ato de política externa do governo 
dos soldados, operários e camponeses.
SALAMONI, Antonella. Lenin e a Revolução Russa: século XX. 
São Paulo: Ática, 1997, p. 45.
Com base no texto, é CORRETO afirmar que
a) a paz, a terra e o controle operário revelam o interesse 
de soldados, operários e camponeses, mas não se pode 
entendê-los como parte de um mesmo processo.
b) o Decreto sobre a paz sobrepunha os interesses dos 
soldados aos dos camponeses e operários.
18 Semiextensivo
c) o processo revolucionário russo estava ancorado na indis-
sociabilidade entre os interesses dos soldados, operários 
e camponeses.
d) a paz democrática e a extensão da revolução russa pela 
Europa eram indissociáveis, mas prejudiciais aos cam-
poneses.
e) os interesses dos soldados, operários e camponeses 
não foram compreendidos pelos bolcheviques como 
parte de um único processo, apesar de a junção desses 
interesses ser essencial para a continuidade do processo 
revolucionário russo. 
08.07. (FGV – SP) – Em abril de 1917, o líder bolchevique 
Lenin, exilado em Zurique (Suíça), voltou à Rússia lançando 
as Teses de Abril. 
Nesse programa político é incorreto afirmar que Lenin 
propunha a/o: 
a) formação de uma República de sovietes.
b) concessão à defesa nacional, dando total apoio ao go-
verno provisório.
c) nacionalização dos bancos e das propriedades privadas.
d) reconstituição da Internacional.
e) controle da produção pelos operários. 
08.08. (FM Petrópolis – RJ) – Em 1921 o país estava em 
ruínas. No inverno de 1921-1922, houve uma grande 
fome que, com as epidemias, matou cerca de cinco 
milhões de pessoas. As revoltas locais, as greves, a 
insurreição revolucionária do Kronstadt configuravam 
um quadro de descontentamento generalizado.
REIS FILHO, Daniel Aarão. As revoluções russas e o socialismo soviético. 
São Paulo: Editora UNESP, 2003. p. 77. 
A situação socioeconômica da Rússia no início da década 
de 1920, resumida no texto, foi causada, dentre outros 
motivos, pelo
a) fim das restrições ao comércio externo.
b) isolamento internacional do país.
c) aperfeiçoamento do regime czarista.
d) conflito militar contra Hitler.
e) extermínio dos kulaks.
08.09. (UNISC – RS) – O impacto da Revolução de Outubro 
de 1917 na Rússia foi largamente revisitado. Naquele contex-
to, John Reed descreveu este acontecimento como “os dez 
dias que abalaram o mundo”, mas, mais do que isso, talvez, 
a instauração do Socialismo, com a Revolução Russa, serviu 
como inspiração para outras revoluções que se desenrola-
ram ao longo do século XX, como a Revolução Chinesa e a 
Revolução Cubana – guardadas as devidas particularidades 
de cada uma naturalmente. 
Sobre esse contexto na Rússia, é correto afirmar que 
I. os mencheviques (minoria) eram membros de um 
partido político russo de tendências revolucionárias 
moderadas que se contrapunha aos bolcheviques; os 
bolcheviques (maioria) eram mais radicais do que os 
mencheviques e defendiam a revolução socialista, a 
instalação da ditadura do proletariado, com a aliança de 
operários e camponeses. 
II. o Narodnik foi um partido czarista que buscou um diálogo 
constante com os mencheviques e bolcheviques.
III. os sovietes eram comitês que reuniam operários, cam-
poneses e soldados. 
IV. a Revolução de 1905 é considerada um ensaio geral para 
a Revolução de Outubro de 1917.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.
e) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
08.10. (PUCPR) – Relacione as duas colunas:
1. Revolução Russa – 1905
2. Revolução Russa – março de 1917
3. Revolução Russa – novembro de 1917
( ) Derrubou a monarquia.
( ) Foi resultado das derrotas russas frente ao Japão no 
auge da crise econômica.
( ) Convocação da Duma, legalização dos partidos políti-
cos e ampliação do direito de voto.
( ) Governo Provisório integrado por elementos liberais da 
Duma.
( ) Foi grandemente decorrente da participação da Rússia 
na Primeira Guerra Mundial.
( ) Levou ao poder os bolchevistas.
A sequência correta é:
a) 1 – 3 – 2 – 2 – 3 – 2
b) 2 – 1 – 1 – 2 – 2 – 3
c) 1 – 2 – 2 – 1 – 3 – 3
d) 3 – 1 – 1 – 2 – 3 – 1
e) 2 – 2 – 3 – 3 – 2 – 1
08.11. (UFPel – RS) –
*Marechal Joseph Stalin
“*JOSEPH STALIN, Marechal da União Soviética, por-
tador da Ordem de Lenin, Comissário da Defesa do 
Povo, presidente do Conselho Supremo e Comandante 
em Chefe do Exército e da Marinha, é, talvez, o homem 
que enfeixa a maior soma de responsabilidade em todo 
o mundo. É o homem de quem a Rússia precisava no 
momento mais trágico e mais glorioso de sua história.
É um dos “leaders” das Nações Unidas [...]. Da inte-
ligência e coragem desses líderes depende a completa 
vitória das forças aliadas contra os opressores da civi-
lização e da paz do mundo.”
O CRUZEIRO, 5 de fevereiro de 1944. 
Com base no documento acima, percebe-se
a) que a expressão “contra os opressores da civilização e da 
paz” comprova que Getúlio Vargas e Stalin pautaram-se 
pelos princípios democráticos, mesmo antes da Batalha 
de Stalingrado. 
Aula 08
19História 4B
b) como o governo de Getúlio Vargas, durante a Segunda 
Guerra Mundial, identificou-se com o comunismo e a 
democracia soviética, objetando qualquer aproximação 
com o nazismo. 
c) que, durante o “Estado Novo”, período ditatorial de Vargas, 
o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) liberou 
uma exaltação ao ditador Stalin enquanto perseguia os 
comunistas no Brasil.
d) por que o Partido Comunista Brasileiro, liderado por Luís 
Carlos Prestes, recebeu apoio soviético e de Getúlio Vargas, 
na luta antifascista na Guerra Civil Espanhola. 
e) por que a Ação Integralista Brasileira e a Aliança Nacional 
Libertadora apoiaram Vargas em suas relações interna-
cionais, durante a Grande Guerra – caracterizada pelo 
embate entre nações unicamente democráticas e nações 
ditatoriais. 
08.12. (FM Petrópolis – RJ) – Caracterizou a composição 
político-ideológica da URSS (União Soviética), no período 
compreendido entre o stalinismo e a dissolução da própria 
URSS,
a) o investimento maciço em propaganda externa.
b) o culto à personalidade associado à centralização buro-
crática.
c) a representatividade das repúblicas socialistas, associadas 
no alto comando da URSS.
d) a doutrina do isolamento e da autossuficiência, represen-
tada pela expressão “Cortina de Ferro”.
e) o pluripartidarismo como expressão das diferentes cor-
rentes de interpretação do marxismo existentes.
Aprofundamento
08.13. (FM Petrópolis – RJ) – Durante a Grande Depres-
são, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) 
manteve-se relativamente a salvo dos efeitos mais intensos 
da recessão econômica. Enquanto diversos países capitalis-
tas tiveram que rever suas políticas econômicas, o governosocialista liderado por Josef Stalin exibia pujança econômica 
e fornecia modelos de planejamento estatal que serviram de 
inspiração para economistas de todo o mundo. 
Que medida punitiva tomada por países capitalistas após 
a 1a. Guerra Mundial contribuiu para proteger a URSS dos 
efeitos da crise de 1929?
a) Isolamento da Rússia por aliança de países limítrofes do 
país socialista. 
b) Financiamento a Trotski e seus seguidores para enfra-
quecer Stalin.
c) Adoção da Nova Política Econômica (NEP) pelo governo 
de Lenin.
d) Expulsão da União Soviética da Liga das Nações.
e) Invasão do território soviético por tropas alemãs.
08.14. (UFV – MG) – O “homem de aço”, Josef Vissarionovitch 
Djugatchvili – conhecido como Stalin – foi o dirigente má-
ximo da União Soviética entre 1924 e 1953.
A respeito de suas ideias, seu governo e o stalinismo, assinale 
(V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas.
01) ( ) Stalin socializou toda a economia soviética, abolindo 
a NEP (Nova Política Econômica) e instaurando os 
Planos Quinquenais, pelos quais tudo seria minu-
ciosamente planejado e controlado pelo Estado 
soviético: investimentos, níveis de produção e pro-
dutividade e crescimento da economia.
02) ( ) Segundo o ideal stalinista, vitorioso a partir da morte 
de Lenin, a revolução nunca se imporia se ficasse 
confinada na URSS, o que fez Stalin partir para uma 
política de anexação de territórios europeus e incen-
tivos à implantação do socialismo nos países mais 
pobres, através da chamada Revolução Permanente. 
03) ( ) Durante o governo de Stalin, houve uma supremacia 
da indústria de bens de consumo em detrimento da 
indústria pesada, a fim de diminuir a fome da po-
pulação, através do plano denominado Comunismo 
de Guerra, uma vez que o bem-estar da família e do 
indivíduo na URSS era o princípio norteador de todas 
as ações governamentais.
04) ( ) Para que Stalin fosse reverenciado como o maior pensa-
dor político do século XX, o governo estimulava o culto 
à sua personalidade por intermédio das escolas, jornais, 
espetáculos, cinemas e rádios, além de promover um 
clima de terror, perseguição e expurgo de membros 
do partido e dos chamados traidores da revolução.
05) ( ) A origem do stalinismo deve ser atribuída aos resul-
tados da Associação Internacional dos Trabalhadores 
– a Primeira Internacional – realizada na Inglaterra, 
na qual, após a aliança com os anarquistas, foi 
vitoriosa a tese marxista-leninista da ditadura do 
proletariado em detrimento da centralização de 
poderes pela burocracia estatal.
08.15. (UEPG – PR) – A Rússia, no início do século XX, 
tinha uma população de 174 milhões de pessoas, das 
quais 85% viviam no campo. Nesta economia tipicamente 
agrária, com predominância das relações servis, a elite pro-
prietária de terras, os boiardos, impunha ao campesinato 
uma vida miserável. Até 1917 o governo foi absolutista, 
nos moldes do Antigo Regime. Nas cidades populosas 
concentraram-se os investimentos industriais e formou-
-se um operariado, vindo do campo, com salários baixos 
e excessiva jornada de trabalho. A oposição ao regime 
cresceu a partir do final do século XIX. Sobre este processo, 
assinale o que for correto.
01) Com a Revolução de 1917, os bolcheviques assumiram 
o poder na Rússia, governando o país através da Duma. 
02) O Partido Bolchevique, liderado por Lenin, defendia a 
conquista do poder através da luta revolucionária. 
20 Semiextensivo
04) Em 1905, o padre Gapone liderou um movimento de 
reivindicação junto ao czar. Este episódio ficou conhecido 
como Domingo Sangrento e provocou uma onda de 
protestos por toda a Rússia. 
08) Em sua tentativa de pacificar a Rússia, o czar editou um 
decreto, conhecido como Manifesto de Outubro, que 
transformava o país em uma monarquia constitucional, 
ampliando os direitos do cidadão. 
16) O Partido Operário Social Democrata, fundado em 1898, 
dividiu-se em duas facções em 1903: os mencheviques 
e os bolcheviques.
08.16. (UFRGS) – Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as 
seguintes afirmações, referentes à Revolução Russa.
( ) Exceto a Comuna de Paris (1871), ela resultou na for-
mação do primeiro Estado socialista do mundo, pro-
vocando uma ruptura no sistema capitalista mundial e 
influenciando os movimentos revolucionários no pós-
-guerra.
( ) Ela foi fundamentada nas Teses de Abril, de Lenin, em 
que este defendia a aliança do proletariado com a bur-
guesia e a formação de um governo de conciliação de 
classes como forma de derrotar os setores aristocráti-
cos.
( ) Ela teve no Ensaio Geral, apesar da derrota, um impor-
tante acúmulo de experiência revolucionária, particu-
larmente com o surgimento dos primeiros sovietes.
( ) A intensa luta pelo poder entre Lenin e Trotski impediu 
a tomada do poder pelos bolcheviques, em fevereiro 
de 1917, postergando o avanço revolucionário até ou-
tubro do mesmo ano.
( ) Os sovietes foram o núcleo propulsor da articulação 
das forças revolucionárias lideradas pelos bolchevi-
ques.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de 
cima para baixo, é
a) V – F – V – F – V
b) F – F – F – V – F
c) V – F – F – V – V
d) F – V – V – F – V
e) V – V – F – V – F
08.17. “Hoje ainda é moda (...) falar da Revolução bol-
chevique como de uma ‘aventura’. Muito bem, se for 
uma aventura, trata-se de uma das mais maravilhosas 
em que já se empenhou a humanidade, aquela que 
abriu às massas laboriosas o campo da história,...”
John Reed
Sobre a Revolução Russa, assinale a alternativa correta.
a) O Governo Provisório retirou a Rússia da Grande Guerra, 
fez a reforma agrária e aprovou leis favoráveis aos traba-
lhadores, por isso tornou-se permanente, consolidando 
o poder dos bolcheviques.
b) Os bolcheviques liderados por Lenin tomaram o po-
der em outubro (novembro no calendário ocidental), 
instaurando um regime de partido único. Retiraram a 
Rússia da Grande Guerra, fizeram uma reforma agrária 
e procuraram atender os interesses da classe traba-
lhadora.
c) Trostki se opôs a Lenin durante a guerra civil, por isso foi 
afastado do comando do Exército Vermelho e enviado 
para um gulag na Sibéria.
d) Os mencheviques tiveram um papel fundamental na 
ascensão de Stalin e na instauração de um regime 
democrático-parlamentar.
e) Lenin estabeleceu uma aliança estratégica com a Ale-
manha, contribuindo para adiar o fim da Primeira Guerra 
Mundial. 
08.18. (UFRJ) – “Decreto sobre terras da reunião dos 
sovietes de deputados operários e soldados.
26 de outubro (8 de novembro) de 1917
1. Fica abolida, pelo presente decreto, sem nenhuma 
indenização, a propriedade latifundiária.
2. Todas as propriedades dos latifundiários bem como 
as dos conventos e da igreja, acompanhadas de 
seus inventários, construções e demais acessórios 
ficarão à disposição dos comitês de terras e dos 
sovietes de deputados camponeses, até a convoca-
ção da Assembleia Constituinte.
3. Quaisquer danos causados aos bens confiscados, 
que pertencem, daqui por diante, ao povo, é crime 
punido pelo tribunal revolucionário.
Presidente do Soviete de Comissários do Povo – Vla-
dimir Ulianov – Lenin”.
ln: NENAROKOV, A. P. 1917: “a Revolução mês a mês”. 
Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967. p. 169.
A edição deste decreto pelo novo governo revolucionário 
russo imediatamente após a tomada do poder exprime a 
necessidade de:
a) explicitar o caráter camponês da Revolução Russa.
b) dar à burguesia russa uma garantia de que seus bens e 
propriedades permaneceriam intocados.
c) enfraquecer o poder dos antigos latifundiários e ganhar 
a imensa massa camponesa russa para a causa da Re-
volução, garantindo seu acesso à terra a partir de uma 
reforma agrária.
d) permitir aos antigos proprietários das terras, a nobreza 
expropriada pela Revolução de fevereiro de 1917, a reto-
mada de seus direitos.
e) garantir a propriedade privada da terra para os novos 
detentores do poder, os sovietes de deputados e cam-
poneses.
Aula 08
21História 4B
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